Edicao 18 12 15

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Feira de Santana, sexta-feira 18 de dezembro de 2015

ANO XVI - Nº 2.564

R$ 1

ATENDIMENTO (75)3225-7500

Detran quer suspender milhares de motoristas Para não ter a carteira suspensa, motoristas com mais de 20 pontos vão pagar caro por curso de reciclagem e podem ser obrigados a fazer nova habilitação. Em Feira são 17 mil nesta situação. Na Bahia, mais de 100 mil.

Jorge Magalhães

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Paciente é examinada no Hospital da Mulher: filhos de mães que tiveram zika devem ser acompanhados mesmo que nasçam sem problema aparente

Microcefalia tira a paz das mulheres Adiar gravidez, se cobrir de repelente, monitorar sem parar a saúde do bebê, mesmo que ele nasça sem problema aparente.

O risco da microcefalia transforma a maternidade em tensão permanente.

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Francisco Júnior é inocente, diz sindicância

Prefeitura aumenta receita com cobrança

Comissão conclui que não havia carros desmanchados e sim sucatas retiradas das ruas para não servirem de criatório ao Aedes Aegypti.

Em um ano a prefeitura de Feira de Santana conseguiu passar de R$ 5 para R$ 10 milhões a arrecadação com a cobrança da dívida ativa de contribuintes que estavam inadimplentes.

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Feira de Santana, sexta-feira 18 de dezembro de 2015

Michael Jackson

O disco mais vendido de todos os tempos, “Thriller”, se tornou o primeiro álbum a receber 30 certificados de multiplatina nos Estados Unidos, com vendas superiores a 30 milhões de cópias. Ë, sem dúvida, um disco histórico e imortal da música mundial.

Eduardo Cunha

Pautas permanentes A defesa das lagoas, nascentes e meio ambiente de Feira A defesa do patrimônio histórico e imaterial da cidade A defesa do urbanismo planejado por arquitetos e urbanistas profissionais A defesa da cultura como elemento de valorização da vida humana A defesa da educação que ensine o essencial e não tenha a pretensão totalitária e incompetente de “formar o cidadão”

É impressionante a quantidade de golpes e dinheiro recebido pelo deputado em atos corruptos.

Não há uma única ação que não tenha sido motivada por negociações escusas de vantagens indevidas.

Mesmo para os amorais padrões nacionais é um destaque. Que seja cassado e preso.

A defesa do mérito, da avaliação, da meta e da recompensa na educação

Impeachment

A defesa permanente de um serviço de saúde pública sem luxo, mas resolutivo e eficaz

Ao que parece o Ministro Fachin mudou de opinião. Se há uma semana ele travou o processo agora ele diz que a escolha da comissão foi legal e que Cunha agiu dentro da lei. Uma metamorfose jurídica ambulante.

Economia

O afastamento de Dilma não é uma vingança pessoal como tenta vender o PT. A inoperância do governo destruiu a economia, levou a inflação a superar os 10%, piorou os serviços públicos, aumentou o desemprego, encareceu todos os produtos e serviços, destruiu a Petrobrás, atrasou a indústria. Ë um desastre monumental, como nunca antes na história deste país. A esta obra de desertificação soma-se a prática de medidas que violaram a lei de responsabilidade fiscal para ganhar a eleição. Era o tal de “fazer o diabo para ganhar a eleição” como ela própria afirmou.

Delatores

A delação premiada presta um serviço inestimável ao país. A maioria delas foi acordada quando o preso já estava em liberdade, mostrando não haver coação, apesar de alguns famosos advogados a combaterem.

Alguns, sinceramente; muitos porque perderam os recursos protelatórios que fizeram a fama e fortuna de vários deles. É legitimo e ético o que vem sendo feito.

Cuba e similares

Nenhuma estratégia política tem preferência existencial ou moral sobre os direitos humanos. Uma ditadura é apenas o absurdo que é: uma ditadura.

Mico do Ano

Concessão de título de cidadão baiano a Paulo Henrique Amorim, CONDENADO POR RACISMO, com trânsito em julgado, em um estado em que 76,3% das pessoas se declaram negros ou pardos.

A defesa de cotas sociais e não raciais A defesa intransigente da liberdade de expressão A defesa do jornalismo independente e sem adjetivos reducionistas A defesa da atenção adequada do estado à segunda cidade da Bahia A defesa da livre iniciativa, sem estado paternalista, nem gigante, mas regulador A defesa da criminalização do menor por tipo de crime e não redução da maioridade A defesa de agravo criminal para todo agente político corrupto A defesa da delação premiada como instrumento ético sim. E eficaz A defesa de investigação contra qualquer político, com tempo fixo pra julgamento A defesa do direito familiar de educar os filhos e não do estado em impor discussão de gênero, substituição de letras ou manipulação da informação

A defesa do direito da polícia entrar em qualquer campus universitário, sem permissão prévia, nestes tempos de crime endêmico A defesa da Lei de Responsabilidade Fiscal A defesa da regulação do extorsivo sistema financeiro nacional A defesa de uma educação que não tenha 34% de analfabetos funcionais na universidade A defesa de uma política de controle migratório e de uma lei de terrorismo A defesa de programas de incentivo à leitura, redução de impostos de livros a universidades e entidades de ensino público A defesa da redução de impostos para empresas que empreguem ex-presidiários A defesa da redução dos encargos trabalhistas com repasse ao funcionário A defesa absoluta da democracia e contra o bolivarismo, marxismo fraudulento e similares A defesa da escola com pluralidade política e não partidarismo esquerdista A defesa da união civil homossexual A defesa de pena alternativa ao usuário de maconha e contra a legalização da droga A defesa contra a manipulação oculta no sexismo e a farsa do discurso opressivo A defesa apaixonada da palavra “Eu sou senhor do meu destino, eu sou capitão de minha alma.”

Deputados baianos A imoralidade brasiliense tornou-se contagiosa e despudorada.

Por cínica, apesar das prisões, expõe o pior de cada político com mandato. Agem unidos pelo mal comum, em acordos subterrâneos e golpes os mais diversos.

São figuras que discursam

em programas de televisão com a seriedade de um monge e agem com a falta de caráter de um rato diante do queijo público.

Compactuam com qualquer indecência, ou gangster, por afinidade, ou cumplicidade

criminosa e fazem do cidadão eleitor apenas um objeto a ser usado e desprezado, descartado no lixo, até ser comprado novamente.

Não é possível que com tudo que já foi mostrado contra Cunha, com a PF dando busca na sua casa, deputados

baianos votem contra a abertura de processo contra ele. Cacá Leão, Erivelton Santana e João Carlos Bacelar, são nomes a serem desprezados por qualquer baiano com mínimo de decência.

Não sejamos cúmplices deles.

Por um Hospital Universitário para a UEFS “Precisamos formar médicos maximamente eficientes e minimamente invasivos à integridade física, econômica e afetiva do paciente” Professor César Oliveira

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Feira de Santana, sexta-feira 18 de dezembro de 2015

Glauco Wanderley

Coitadinhas das empresas de ônibus O sistema de transporte de Feira de Santana está tão degradado, que a audiência pública que discutiu o tema semana passada foi marcada por discursos pessimistas e, por incrível que pareça, preocupação com a sorte das empresas de ônibus que vão assumir a concessão por 15 anos.

Claudiney Castanha, apresentado na sessão como consultor técnico das empresas São João e Rosa, disse que elas estão investindo R$ 80 milhões somente na compra dos 270 ônibus zero quilômetro e R$ 100 milhões ao todo.

“Nenhuma cidade deste porte no país tem um nível de investimento como este”, assegurou.

Oradores que vieram em seguida demonstraram preocupação com o risco dos veículos se deteriorarem nas más condições das ruas da cidade, dos clandestinos continuarem atuando de forma intensa como hoje e as empresas, desiludidas, irem embora.

“Tenho pena, mas tomara que vocês sejam muito bons realmente. Não entendo como topam um investimento

destes”, mandou o professor Antônio Rosevaldo, da Uefs, sem conseguir evitar uma ponta de ironia, mas advertindo os empresários de que, como os ônibus em cada linha são poucos, “no horário de pico não vai ter carro suficiente e vocês vão ter concorrência predatória da clandestinidade”.

Complementou afirmando que a prefeitura nunca conseguiu vencer a clandestinidade. “Vai conseguir agora?”, desafiou.

As costas largas dos clandestinos foram expostas pelo radialista Paulão. “Até ônibus faz ligeirinho nessa cidade. A maior parte deles são apadrinhados por políticos, ninguém pode mexer. Por poderosos e ninguém pode falar senão é até afastado do rádio. E muitos são protegidos por alguns militares”, comentou, questionando ao secretário Pedro Boaventura como iria fazer para combater os motoristas clandestinos.

“O clandestino é o caos.

Em um ano e meio, se não resolver, as empresas estão indo embora e nós trabalhadores vamos pagar o pato”, advertiu o sindicalista José Souza (e aproveitou para

avisar que também não vão aceitar a prevista demissão em massa dos cobradores, em função da bilhetagem eletrônica dos novos veículos.

“Se mexer com nossos trocadores, Feira vai virar um caos”, ameaçou.

O radialista Juarez Fernandes falou que os ônibus ficarão sucateados, com o pavimento por onde terão que circular. “Tem galho arranhando ônibus, buraco, lama, costela de vaca. Vocês falam de frota nova que vem com GPS. Mas não vi ainda por parte do poder público um corredor de tráfego com condição dessa frota nova poder circular e atender os horários a contento. O sucateamento vai acontecer em tempo recorde. Vocês vão ter condição de fazer um outro investimento?”, indagou.

Nem esta nem outras perguntas foram respondidas pelos representantes da empresa (além do consultor técnico, havia um advogado, que praticamente não falou), pois a sessão foi encerrada minutos antes do horário previsto, em função de um estudante que passou mal.

Dilma em debate na Rádio Sociedade

redacao@tribunafeirense.com.br

Vexame Aparentemente por conta própria, as empresas decidiram que o vale transporte seria comercializado só até o dia 18 e assim fixaram avisos nos ônibus para informação aos estudantes. Depois de se reunir com o secretário

Pedro Boaventura, voltaram atrás, já que a medida descumpria lei municipal. O estranho é que tenham anunciado a decisão, como se não estivessem submetidas à instância administrativa do poder concedente.

Na Câmara, o governista Pablo Roberto já se anuncia como adversário de Rosa e São João. Após uma postura bastante crítica na audiência pública, chamou as empresas de “irresponsáveis” quando se tratou do episódio dos vales transporte.

Fora Dilma sem Fora Cunha não cola Quem faz política dentro ou fora dos partidos precisa meter uma coisa na cabeça: baixou muito o percentual de idiotas alienados. Sim, ainda há muitos por aí. Sempre haverá. Mas com estes não adianta contar, nem para um lado nem para outro.

Agora os MBL e Revoltados online da vida precisam entender que quem sabe o que é a nossa classe política não vai aceitar integrar um movimento que tem como único alvo Dilma e o PT. Colocar o foco exclusivamente nisso e ignorar Eduardo Cunha,

é pedir para não ter adesão nas manifestações. Qual pessoa honesta e simpática a ideias como “vamos passar o Brasil a limpo” ou “varrer a corrupção” vai aceitar se juntar na rua a manifestações de um grupo que se pauta unicamente pelo antipático?

Sinal vermelho para CPI O vereador Edvaldo Lima apresentou requerimento com apenas três assinaturas (as da oposição) para instalar CPI para investigar a Superintendência Municipal de Trânsito. Para

instalação da CPI, seriam necessárias 7 assinaturas.

Como não conseguiu os seis apoios, Edvaldo quis levar o assunto para votação no plenário.

Ora, se não encontrou entre os governistas

quatro dispostos a assinar o apoio a uma investigação, muito menos encontraria maioria para criar uma CPI. Evidentemente o requerimento foi rejeitado.

Plano de Cultura mudou e Conselho não sabia Membros do Conselho de Cultura se mostram perplexos e inconformados com mudanças que desconheciam, que apareceram no projeto que chegou para discussão na Câmara de Vereadores.

Inicialmente o conselho seria controlado pela

sociedade civil, o que se perdeu com o projeto enviado ao Legislativo. A presidência será exercida pelo secretário de Cultura e a composição passou a ser de 10 membros da sociedade civil e 10 do poder público. Quando o plano foi elaborado, após muitas reuniões com ampla participação, na gestão do secretário

Jailton Batista, eram 10 da sociedade e 6 do poder público.

Se há outras alterações à proposta que dormiu todo o ano de 2015 nas gavetas do Executivo, ainda vai ser avaliado, pois os conselheiros só tiveram acesso ao projeto final enviado à Câmara por meio de um vereador de oposição.

Plano é do Executivo, diz secretário

Camperlingo, Rangel e Wanderley, no Acorda Cidade

Juntamente com o professor Carlos Rangel, economista e com o também professor Cláudio Camperlingo, advogado, debatemos no programa Acorda Cidade, sob a condução do comendador Dilton Coutinho, a situação política e econômica do país, que vive eletrizado pelo processo de impeachment da presidente de um lado e das revelações da operação Lava Jato do outro.

A situação política está tão fora de controle que os fatos se sobrepõem numa velocidade que nem a era digital dá conta de acompanhar. No dia

em que estivemos no rádio, terça-feira, de manhã cedo a adesão da Fiesp (e Ciesp) ao impeachment, anunciada por volta de 9 da noite anterior, já nem aparecia em destaque no noticiário online. Porque então a polícia federal ocupava a casa de Eduardo Cunha e outros suspeitos em Brasília e Brasil afora, em busca de provas de crimes.

O sonho dourado de 11 entre 10 poderosos, de colocar um freio nas investigações, segue sendo adiado e que permaneça assim.

Em nossa participação no rádio, alguns consensos: a economia só se acalma quando

se resolver a crise política e 2016 só não será pior se isto ocorrer logo. E para melhorar, o governo vai ter que mudar.

Com Dilma ou sem Dilma. Se vencer esta tempestade - o que imagino que não vai acontecer - a petista terá que reformular radicalmente seu governo, para ver se alguma coisa sobra de seu partido para 2018. Se vencer Temer - pois só um ingênuo incurável não tem certeza de que ele comanda o time na outra ponta do cabo de guerra -, que ninguém espere bonança. Com muito esforço e alguma sorte, ele consegue levar o barco para o cais.

O secretário de Cultura, Rafael Cordeiro, afirma que fez mudanças tanto em função da lei como da prerrogativa de ser do Executivo o direito e o dever de definir a forma do plano que seguiu para a Câmara.

Segundo ele o

Conselho de Cultura é consultivo, mas não pode impor ao Executivo sua vontade.

“O Conselho não pode obrigar o prefeito. Cabe ao prefeito escolher seus assessores”, argumenta. Ele compara por exemplo ao orçamento, em que a população pode

se manifestar em audiências públicas, mas o Executivo decide se acata ou não.

Além do mais, segundo Rafael, é a própria lei municipal, de 2012, quem determina que o secretário deve presidir o Conselho.

“Projeto do diabo” foi rejeitado por governistas As modificações acabaram não sendo postas em prática devido à paranoia da bancada evangélica com a palavra “diversidade”. O projeto previa a participação de um “representante do segmento da identidade e da diversidade cultural”

e os evangélicos enxergaram nisso uma conotação sexual, a abertura de uma brecha ao homossexualismo que eles consideram uma praga a ser exterminada.

“Projeto do diabo”, como definiu o estridente pastor Edvaldo Lima.

O projeto apresentado pelo

governo acabou derrotado e só pode voltar à pauta no próximo ano. Mesmo fazendo uma leitura totalmente equivocada do texto a derrubada do projeto do governo demonstrou o poder que os evangélicos possuem hoje na política municipal.

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Feira de Santana, sexta-feira 18 de dezembro de 2015

Sindicância conclui por inocência de Francisco Júnior Glauco Wanderley “Não se observou qualquer indício de desmanche de veículos ou mesmo utilização de pokemon, como denunciado”. Foi o que concluiu a sindicância da secretaria de Transportes e Trânsito, instalada para apurar a denúncia do vereador David Neto contra o capitão da PM Francisco Júnior, que dirige a Superintendência Municipal de Trânsito.

A conclusão da comissão, datada de 01 de dezembro, ainda não tinha sido divulgada pelo governo, mas foi apresentada nesta quarta-feira (16) quando solicitada pela Tribuna Feirense.

O relatório de quatro páginas informa que o vereador, ao ser

ouvido, confirmou as declarações dadas na tribuna da Câmara, mas disse “não ter interesse em apresentar a origem da denúncia e demais provas”.

A conclusão da comissão foi de que os veículos envolvidos no caso eram sucatas recolhidas em ação conjunta da SMT com a Secretaria de Serviços Públicos (SSP) e Secretaria de Meio Ambiente.

A limpeza pelas ruas da cidade, após levantamento feito pela fiscalização, se deu “para combater o acúmulo de águas e a proliferação do mosquito transmissor da dengue”.

Ao ser ouvido, o superintendente de trânsito confirmou este procedimento e

acrescentou que as carcaças que tiveram os donos identificados “foram devolvidas aos proprietários”.

As sucatas recolhidas eram levadas para a SMT e depois que o espaço começou a ficar escasso, para o terreno mencionado pelo vereador no bairro São João do Cazumbá como sendo um depósito de carros apreendidos que depois teriam suas peças retiradas e vendidas.

O relatório informa que a SSP firmou convênio com a Cooperativa dos Badameiros, com a CUFA (Central Única de Favelas), com outra instituição chamada Artemaris e com a ASSAS (Associação Som Salvador). Estas

organizações sem fins lucrativos recebem o material recolhido para reciclagem, conforme orienta o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, numa medida que visa prolongar a vida útil de aterros sanitários.

Mesmo sem ter apresentado provas à sindicância, o vereador David Neto continuou dizendo que as têm, durante as sessões da Câmara em novembro e dezembro (o recesso começou na terça-feira).

Mas repetiu também que só fará apresentação delas à Justiça, se for processado, como inicialmente Francisco Júnior anunciou que faria. Segundo uma fonte da prefeitura, o superintendente de fato entrou com duas ações judiciais contra o vereador.

José Ronaldo anuncia obras orçadas em R$ 18 milhões Envolvendo investimento estimado em R$ 18 milhões oriundos de receitas próprias, o prefeito José Ronaldo de Carvalho anunciou, na tarde desta segunda-feira, 14, obras para localidades da zona rural e sede do município. As licitações serão publicadas nos próximos dias. O anúncio foi feito na tarde de hoje no gabinete do prefeito, no Paço Municipal Maria Quitéria.

Segundo a prefeitura, o anúncio englobou principalmente pavimentação de ruas, ampliação e reforma de

prédios escolares e campos de futebol, prometidos na campanha eleitoral passada.

2016 será o último ano do mandato para o qual Ronaldo foi eleito em 2012 e ele pretende concorrer em outubro ao quarto mandato como prefeito de Feira de Santana.

Foram anunciadas a reforma da Praça Esportiva Gilson Porto, no bairro Estação Nova, a construção do vestiário e dos alambrados dos campos do Conjunto Feira VI e do distrito de Jaguara, e cobertura da Praça de Esportes do Conjunto Feira X.

Estão ainda previstas as reformas urbanísticas da Praça do Ex-Combatente, no bairro São João, e da Praça do bairro Aviário.

Já no bairro Subaé, Panorama, Campo Limpo, Novo Horizonte, Sobradinho, Asa Branca, Santa Mônica II e Morada Tropical e Conceição II várias ruas serão pavimentadas, além da complementação asfáltica da rua marginal à Avenida Eduardo Fróes da Mota que dá acesso à Avenida Sérgio Carneiro. Também haverá drenagem em ruas da Cidade Nova.

Para os distritos, foi

prometida a pavimentação na capela de Senhor do Bonfim, na comunidade de Capim Grosso, no distrito de Tiquaruçu, construção de uma praça na comunidade do Escoval, no distrito de Humildes, e pavimentação na localidade de Ferrovia, no distrito de Humildes.

No setor educacional serão construídas escolas nos bairros Feira IX e Novo Horizonte. Serão reformadas as escolas Luciano Ribeiro e Marina Carvalho, no bairro Subaé, uma unidade no distrito da Matinha e uma creche no bairro Irmã Dulce.

Minha Casa, Minha Vida beneficia mais de 68 mil baianos em 2015 O sonho da casa própria tornou-se realidade para mais de 68 mil baianos este ano. Sob a coordenação da Superintendência de Habitação da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), foram entregues, em todo estado, 17 mil unidades residenciais do Programa Minha Casa, Minha Vida

(MCMV), referentes a 45 empreendimentos.

Em 2015, foram contratadas mais de 4,6 mil novas unidades habitacionais pelo MCMV, enquanto 22 mil foram concluídas, abrangendo 58 municípios. Em outras 246 cidades, mais de 9 mil casas tiveram obras reiniciadas e outras 3.274

foram concluídas, referentes a outros programas habitacionais do governo federal, a exemplo do Programa de Subsídio à Habitação de Interesse Social (PSH).

Também foram entregues mais de 1,4 mil títulos de posse em todo Estado, com

perspectiva de entrega de outros 2.225 na Região Metropolitana, até o início de 2016.

“O saldo do ano é extremamente positivo, considerando que muitas obras paralisadas foram reiniciadas.

Houve uma forte retomada”, afirmou a superintendente de Habitação, Adalva Tonhá.

Adilson Simas

Feira Ontem É pedra mas não é diamante No segundo mandato, quando criou a Secom que teve como titular o jornalista Jailton Batista, o prefeito Colbert Martins em razão do advento da Tv Subaé, decidiu investir também na mídia televisiva, usando inclusive novos famosos da televisão. Foi assim que Lima Duarte, que tinha feito sucesso na novela O Salvador da Pátria como Sassá Mutema, apareceu na telinha mostrando as obras da Santa Mônica, Matinha e outras.

Em 1992, quando era o Murilo Pontes da novela Pedra Sobre Pedra, o ator foi novamente procurado pelo “Governo da Gente”.

Lima Duarte aceitou, mas mesmo sendo o

trabalho menor em relação ao primeiro, triplicou o cachê. Ao ser informado do valor cobrado, Colbert mandou suspender os entendimentos e sugeriu ao secretário: - Nos intervalos da novela mostra “pedra sobre pedra” sendo retirada da Mário Pessoa, Padre Ovídio e Floriano Peixoto para a duplicação do acesso Sul.

Áureo Filho, defensor do divórcio Apontado como forte candidato ao prêmio instituído pela “Springer” para o parlamentar que mais se destacar no campo educacional, em julho de 1971 Áureo Filho foi o convidado dos estudantes do ICEIA – Instituto Central de Educação Isaias Alves, em Salvador, para falar sobre “As instituições sociais do Brasil”.

Na conferência, o deputado feirense ouvido em silêncio, defendeu o divórcio lembrando que ele “reconhece o litígio entre os cônjuges e define uma situação com o desaparecimento

do vínculo conjugal.

Indagado sobre o desquite, o representante de Feira de Santana na Assembleia Legislativa resumiu: - O desquite separa os corpos e os bens, mas se constitui um mal maior para a moral social...

Oposição em ditadura é igual grama Político ativista, mesmo quando o regime militar extinguiu as inúmeras siglas partidárias, impondo o bipartidarismo, Torquato Brito não recuou. Foi um dos primeiros a assinar o livro de filiação do velho MDB, para fazer oposição ao sistema.

Participava das reuniões semanais do partido, estava sempre inscrito para usar da palavra, mas nunca aceitou a idéia de ser candidato à Câmara de Vereadores.

Ao ser novamente assediado para as eleições proporcionais de 1972 Torquato voltou a lembrar que preferia gastar o tempo conversando política com os amigos

na bodega que possuía no Beco de Miguel da Ervas, onde coordenava aguerridas partidas de dominó todos os dias ao entardecer. E ainda acrescentou para lideres emedebistas: - Com este regime, oposição é como grama de jardim: tem direito de viver, mas sem direito de crescer.

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Feira de Santana, sexta-feira 18 de dezembro de 2015

Milhares de motoristas ameaçados de perder a carteira Juliana Vital O empresário Edivaldo Lopes, 65 anos, tem carteira de habilitação desde 1975, e segundo ele, nunca esteve ameaçado de perdê-la. Mas há 15 dias recebeu em casa uma carta do Detran da Bahia informando que ele havia acumulado 24 pontos durante um período de 12 meses, ultrapassando o limite de 20 pontos permitido pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) para habilitados.

Os pontos foram resultado de multas por ultrapassagem de limite de velocidade em vias urbanas. “Sempre fui prudente na direção, mas você precisa levar em conta hoje em dia a quantidade de carros no trânsito, que pode provocar excessos involuntários. Por exemplo, eu fui multado porque passei a 64 km numa via em que o limite era 60 km. Já precisei passar no sinal vermelho para evitar colisões, mas não tive oportunidade de me defender. Fui classificado no mesmo patamar de punição que outros que cometem erros gravíssimos, o que não é o meu caso.

Ao invés do Detran ser

educativo, acaba sendo punitivo”, critica. Ele trabalha e necessita do carro para se locomover e pretende recorrer para evitar ter a habilitação suspensa.

O Detran da Bahia emitiu 140 mil cartas de notificação, informando sobre a possibilidade de suspensão da carteira de habilitação, devido ao acúmulo de pontos na carteira desde 2011, em todo o estado.

Somente em Feira de Santana foram 17 mil cartas, com prazo de 30 dias para apresentação de defesa.

Outra ameaçada é Áurea Ferreira, 51 anos. Como filha mais velha, acompanha de perto o tratamento de saúde do pai, que muitas vezes necessita viajar para Salvador.

“Recebi a carta falando da possibilidade de suspensão da minha habilitação e fiquei surpresa e preocupada”.

Surpresa porque segundo ela muitas das multas foram originadas pelo atual dono de seu antigo carro.

“Apesar de não ter tido tempo para mudança dos documentos, me preocupei em comunicar diretamente ao Detran sobre a

venda do carro, mas ainda assim, as multas foram para a minha carteira. Pelo visto o Detran não acatou o meu comunicado.

Sou habilitada desde 2006 e nunca vivi isso.

Estou preocupada porque sem o carro fica complicado dar assistência ao meu pai idoso e doente, sou responsável por ele. Se tiver minha carteira suspensa eu pretendo desistir e vender o carro, não terei tempo para realizar curso de reciclagem”, garante.

O diretor regional do Detran em Feira de Santana, Silvio Dias, afirma que o Código Trânsito Brasileiro estabelece o prazo máximo de 5 anos, a contar da data do envio da multa, para aplicar penalidades.

“O Detran sempre realizou as devidas punições, mas como a quantidade de multas tem sido grande, tem gerado muita pontuação, o Detran não estava dando conta da quantidade de processos. Assim, o Detran fez um levantamento de todas estas pontuações e abriu processos, dando prazo para que as

pessoas se defendam, o que não é obrigatório, já que o sujeito consciente de sua infração deverá arcar por ela”, explica.

Caso a pessoa não tenha decisão favorável em seu recurso neste processo administrativo, deverá pagar por um curso de reciclagem que atualmente custa em média R$ 800 reais.

Depois dele, deverá passar por uma prova que é realizada no SAC ou no Detran.

Silvio Dias explica que há casos mais graves que não necessitam de acúmulo de pontos, como pilotar moto sem capacete e ultrapassar 50% da velocidade permitida. “Estes casos são passíveis de multas graves. Podem ter sua habilitação suspensa caso não se defendam ou não realizem o curso de reciclagem de 30 horas nas auto escolas, além da prova de legislação”.

A pena de suspensão é de 1 mês a 1 ano, e 2 meses a 2 anos para os reincidentes. A pena é imposta de acordo com a gravidade da infração. Para aqueles

que ainda assim insistirem em dirigir sem habilitação, Silvio Dias alerta que poderá ter o carro retido e a habilitação recolhida.

ADVOGADO CONTESTA O advogado Bruno Sobral, especializado em gestão, educação e segurança no trânsito, questiona o fato das pessoas não terem sido informados quando foram multadas. “Já começa errado quando os órgãos responsáveis por proporcionar um trânsito organizado e seguro, não promovem educação no trânsito, mas apenas penalizações. A maioria das pessoas que estão sendo penalizadas tinham a plena convicção de que pagar a multa seria a ultima instância, sem saber que haveria o ponto na certeira, e por isso não recorriam”, constata.

O advogado contesta o Detran, ao dizer que o curso de reciclagem é obrigatório de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, mas a aplicação de prova de legislação é só nos casos de cursos à distância. “O que não ocorre na Bahia, já que o Detran daqui não oferece curso à distância e exige 70% de aproveitamento.

O CTB não exige a realização de prova em

caso de curso presencial.

Basta participar, mas o Detran da Bahia está exigindo a realização da prova e além disso 70% de aproveitamento do curso, o que também não é previsto em lei”.

Ele alerta para esta situação que prejudica bastante uma faixa etária cada vez mais ativa, mas afetada pela falta de habilidade em lidar com a tecnologia, os idosos. “Muitos idosos estão perdendo as provas, precisando repetir o curso, pagando novamente por ele. São obrigados a responder 40 questões em 40 minutos”, denuncia.

O advogado afirma que há casos em que após perder na prova e já tendo repetido o curso, a pessoa precisou pagar por um novo laudo e se submeter novamente a exame prático para tirar nova habilitação.

“Na legislação de trânsito não existe a previsão legal de que ele precise se submeter à prova, se ele participou presencialmente.

Somente exige que se faça esta prova quando o curso foi feito à distancia”, declara Bruno.

O advogado alerta que enquanto o processo administrativo estiver em trâmite, o motorista não é obrigado a entregar a habilitação, e que pretende entrar com ação civil pública contra o Detran para representar a coletividade. “Muitas pessoas estão sendo prejudicadas, e podem até receber demissão por justa causa, quando necessitam desta habilitação. É preciso suscitar este debate e mostrar o outro lado.

O órgão está inclusive desrespeitando o estatuto do idoso”, reflete.

Entramos em contato com o Detran em Salvador para saber sobre o índice de reprovação nas provas de legislação em obrigação ao curso de reciclagem, além da legalidade da obrigatoriedade desta prova, mas não obtivemos resposta.

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Feira de Santana, sexta-feira 18 de dezembro de 2015

Estado recolhe mas não divulga dados sobre roubo de veículos Juliana Vital Como em toda cidade grande, em Feira de Santana o índice de crimes relacionados a automóveis é alto. Mas a falta de informação por parte da Secretaria de Segurança Pública do Estado não permite conhecer detalhes desta prática. Não há sequer divisão entre carros e motos.

A estatística da secretaria, disponível apenas de janeiro a setembro de 2015 (os dados são atualizados apenas trimestralmente), 901 veículos foram roubados (tomados da mão do dono) e 243 furtados (quando o carro é levado do local em que estava parado,

sem o motorista estar presente).

A pouca informação dificulta a adoção de ações efetivas de segurança e de planejamento para evitar roubos e furtos.

Com informações incompletas quem compra fica no escuro ao escolher o modelo do carro ou da moto.

A influência da desinformação se estende às seguradoras.

De acordo com o corretor de seguros Paulo Cardoso, responsável pelo setor de sinistro da seguradora em que trabalha, as corretoras baseiam os valores dos seguros dos carros e motos de acordo com tabela própria.

Cada seguradora, segundo ele, formula

uma tabela por estado, de acordo com sua estatística interna.

“Fazem um apanhado dos sinistros dos veículos, quando são acionadas por roubo ou por furto. E todos os meses atualizam o ranking de qual modelo foi mais roubado ou furtado em casa estado”, explica.

Valores do seguro aumentam ou diminuem no sistema em relação a cada modelo, conforme as informações são atualizadas. Para o corretor, se houvesse uma estatística detalhada divulgada pelos órgãos de segurança, haveria um equilíbrio maior na cotação. E menos dúvida por parte das pessoas no momento da

escolha sobre que veículo comprar. “Teriam mais segurança ao escolher o modelo de carro ou moto se os dados de furtos e roubos fossem divulgados de forma clara. Muitas pessoas se queixam e até duvidam das informações passadas pelas seguradoras.

Sempre precisamos mostrar os dados para que entendam melhor.

As pessoas ficariam mais precavidas. Muitas vezes só sabem que compraram um carro ou moto muito visado quando chegam na seguradora”, conta.

A grande incidência de roubo de motos pode ser notada pelo número de segurados que acionam as corretoras por este motivo. Na corretora de Paulo, são em média quatro por mês, mas já teve mês em

que chegou a oito.

“O modelo mais visado atualmente é CG, porque existem muitas na cidade, não chamam muita atenção, os ladrões preferem passar despercebidos. É difícil você ver roubo de moto importada, porque elas chamam mais a atenção”, explica.

A corretora Vanessa Machado, responsável pelo setor de sinistros de outra seguradora, confirma que não podem se basear em dados oficiais da SSP-BA. “As seguradoras acabam fazendo um apanhado próprio. Se houvesse números oficiais, outros modelos de carros poderiam entrar nas listas de seguros mais caros, ou o contrário.

Aqui por exemplo, o modelo mais visado é o

Strada, da Fiat. São mais de mil assegurados em nossa corretora, a maior parte deles de carros. Acho que as pessoas ficariam mais seguras se soubessem já antes da compra os índices oficiais”, afirma.

A secretaria de Segurança pública respondeu, através da assessoria de comunicação, que os dados coletados são catalogados “de acordo com a exigência do código penal brasileiro” e por isso não faz distinção por modelo ou tipo de veículo.

Apesar de no registro das ocorrências as delegacias colherem as informações de modelo, cor e placa dos carros, segundo a assessoria da SSP, “o sistema que coleta os dados não oferece espaço para a inclusão destas informações”.

andrepomponet@hotmail.com

André Pomponet

Economia em crônica

Os sertões e as vidas secas: até quando?

Embora as chuvas tenham caído em razoável quantidade na Feira de Santana no primeiro semestre do ano, contribuindo para encorpar a reserva que socorre o sertanejo nos períodos de estio, os longos meses que se sucederam, de implacável calor e escassas precipitações, vem contribuindo para que essas reservas se esgotem rapidamente. Com isso – e em época de El Niño, como informa a imprensa com reiterada frequência – o fantasma do esgotamento hídrico assombra os moradores da zona rural feirense, que já lidam com perdas significativas na lavoura.

Seca é fenômeno renitente no semiárido, repetindo-se com implacável regularidade.

Isso desde tempos imemoriais. O

fenômeno, a propósito, foi documentado pelo colonizador português ainda no século XVI, quando as visitas à Colônia tornaram-se mais regulares e as tentativas de se estabelecer no território recém-descoberto se intensificaram.

Durante séculos o sertanejo permaneceu esquecido, entre lajedos e espinhos, cercado pela vegetação hostil.

Só quando uma grande estiagem assolava a região e a população migrava em busca de alguma perspectiva – ou padecia de fome, o que é pior – é que as excelências, nos gabinetes e nos parlamentos, esgrimiam discursos indignados ou contemporizavam sobre a tragédia, conforme o tráfego circunstancial na oposição ou na situação.

Em meados dos anos

oferecer perspectivas que se situem além do mero repasse de benefícios sociais.

Com o El Niño a toda, provocando agruras mais intensas que nos períodos habituais, o País deveria se voltar para debater a questão, buscar soluções, pensar em políticas factíveis que sinalizem para desconforto menor no futuro. Mas a crise Futricas palacianas política – em larga Esse descaso sempre se medida movida a traduz em sufoco para o futricas palacianas sertanejo nos prolongados – monopoliza as períodos de estiagem. Nos atenções, tornando últimos anos, alega-se que as todo o mais políticas de transferência de secundário, mesmo renda – a exemplo do Bolsa que esse secundário Família – vem evitando implique em efeitos migrações e mortes durante nefastos sobre a vida as secas cada vez mais dos cidadãos. intensas. É verdade, mas Note-se que, em convenhamos que ainda é determinadas regiões muito pouco: é necessário do Nordeste, a estiagem

1950, sob a batuta do economista Celso Furtado, é que se tentou discutir a questão do semiárido e da seca com mais técnica e menos retórica, a partir da criação da Sudene. Depois veio o regime militar e o semiárido voltou ao esquecimento habitual. Nem mesmo o restabelecimento democrático recolocou a região como objeto de políticas específicas de desenvolvimento.

arrasta-se por longos quatro anos. E que fustiga os sertanejos no mais impróprio dos momentos, justamente quando o Brasil enfrenta – talvez – a mais severa crise econômica de toda a história republicana, que inclusive é rica em turbulências econômicas.

Guerra sem mocinhos

O mais desalentador é que a guerra sem mocinhos do impeachment, além de cindir o País, dilui qualquer possibilidade de se tentar pensar os problemas que afligem os brasileiros. O que anda – mal – se deve mais à natureza inercial das atividades do Estado que, propriamente, a quaisquer iniciativas dos governantes.

Voltar-se para questão mais complexas, então, só quando se estabelecer um mínimo de normalidade, sabe Deus quando.

Fundado em 10.04.1999 www.tribunafeirense.com.br / redacao@tribunafeirense.com.br Fundadores: Valdomiro Silva - Batista Cruz - Denivaldo Santos - Gildarte Ramos Editor - Glauco Wanderley Diretor - César Oliveira Editoração eletrônica - Maria da Piedade dos Santos

O pior é que, pelo andar da carruagem, a lógica do balcão, do toma-lá-dá-cá, dos acordos espúrios, dos conchavos inconfessáveis, vai sobreviver a mais essa crise. Talvez, quem sabe, até se fortaleça. Pior, portanto, para o Brasil que precisa pensar o seu desenvolvimento com mais planejamento e menos clientelismo.

Enquanto isso, o sertanejo de Jaguara, de Bonfim de Feira, de São José das Itapororocas e de outros tantos lugarejos rurais sofre com a estiagem que, aos poucos, vai esgotando suas reservas de água, ressecando a lavoura modesta e ameaçando a cria parca que ainda não sucumbiu. Exatamente como acontecia com seus ancestrais, desde que os índios foram escorraçados e o colonizador se instalou pelos sertões inóspitos.

OS TEXTOS ASSINADOS NESTE JORNAL SÃO DE RESPONSABILIDADE DE SEUS AUTORES. Rua Quintino Bocaiuva - 701 - Ponto Central CEP 44075-002 - Feira de Santana - PABX (75)3225.7500/3021.6789

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Feira de Santana, sexta-feira 18 de dezembro de 2015

Município dobra valor recebido por meio de cobrança da dívida ativa Juliana Vital Um ano após cobranças e acusações de ineficiência por parte do Tribunal de Contas dos Municípios, que chegou a chamar a prefeitura de Feira de Santana de preguiçosa na cobrança da dívida ativa, o governo vislumbra um crescimento de 110% na arrecadação das dívidas em relação ao ano de 2014.

A criação da central de conciliação (em outubro do ano passado) e outras formas de cobrança, como as parcerias com bancos, por exemplo, ajudaram o município a resgatar valores e negociar com os inadimplentes.

Em 2015, o município registrou R$ 223 milhões inscritos na dívida.

Mas estima que apenas 50% (o que representa R$ 111,5 milhões) poderá ser efetivamente cobrado.

“Pelo menos R$ 111,5 milhões da nossa dívida ativa representa o que podemos classificar de ‘dívida podre’, mas estamos desenvolvendo ações no sentido de higienizá-la.

Criamos a Central de Atualização de dados cadastrais neste intuito. Todavia trata-se de um processo demorado pois requer cuidados e extrema minúcia.

Envolve a Vara da Fazenda Pública, Procuradoria Geral do Município,

dentre outros órgãos”, explica o secretário da Fazenda do município, Expedito Eloy.

Em 2014, foram recebidos por meio da cobrança de dívida ativa R$ 5 milhões. É o que consta do próprio relatório encaminhado ao TCM. Em 2015, até o mês de novembro, a arrecadação da dívida ativa alcançou R$ 10,3 milhões até novembro.

A Central de Conciliação Tributária iniciou seus trabalhos no final do ano passado, contando com 18 servidores (15 estagiários do curso de direito, um auditor fiscal e dois subprocuradores fiscais).

Hoje, com grande parte do trabalho atualizado, são nove estagiários do curso de direito e o auditor Fiscal com os dois subprocuradores fiscais.

Ao longo de um ano, a cobrança ocorreu por meio de mais de 284 mil malas diretas, cobrança de boletos através do Banco do Brasil e remessa para Cartório de Protesto/ Serasa.

“Se formos considerar que o valor passível de cobrança da nossa dívida ativa gira em torno de R$ 111,5 milhões, e o recebimento em 2015 ficar na ordem de R$ 11 milhões, isso representa 9,86% do valor da dívida real.

Muitos municípios têm obtido sucesso ao utilizar o protesto em cartório para recuperação de crédito. Iniciamos o processo de apontamento em cartório agora no final do ano de 2015”, comenta Expedito.

Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana

Resíduos da História

Curiosidades Históricas de Feira No ano de 1859 foi construída uma estrada entre a “Villa de Feira de Sant’Anna e a Villa de Chique-Chique ao custo de 6:000$000 (seis contos de réis).”(1) (O cifrão na época escrevia-se com a letra S sendo cortada por dois traços verticalmente).

Outra estrada que foi construída neste mesmo ano ligava “Villa de Feira de Sant’Anna a Villa do Tucano.” O custo estimado foi de 10:000$000 (dez contos de réis). O Governo da Província pagou 5.000$000 (cinco contos de réis) a empreiteira, ficando devendo o restante para exercício futuro(2).

Em 1860, o Dr. Luiz Antonio Pereira Franco era Juiz de Direito de nossa Terra, o Juiz Municipal era o Dr. João Ladislau Japiassu de Figueiredo e Mello, o Juiz de Órfãos o Dr. Francisco Maria Sodré Pereira e como Promotor o Dr. Antero Cícero de Assis. Todos atuavam na “Villa de Feira de Sant’Anna e no município de Camizão” ou Camisão, que era o antigo nome da atual Cidade de Ipirá (3). (A palavra Camisão encontrei ortografada com Z e com S em vários documentos).

Nesta mesma época foi reformada uma casa que servia de cadeia por um custo de 961$200 (novecentos e sessenta e um mil e duzentos réis), quantia esta que foi quase o valor da casa e, neste ano, a cadeia da cidade de Cachoeira custou aos cofres públicos 250$000 (duzentos e cinquenta mil réis). No ano seguinte (1860) através da lei nº662, art1º, §16 , o Governo da Província mandou construir uma cadeia. Provavelmente a primeira cadeia de Feira, tendo em vista que a existente era uma casa improvisada (4).

Hoje reclamamos que o governo paga um salário para a família de quem está preso, pois bem, esta ajuda já existia naquela época. Sabe quanto no ano de 1859 o Governo da Província da Bahia gastou com esta ajuda? Nada mais que 27:170$003 (vinte e sete contos, cento e setenta mil e três réis) e deste montante veio para Feira 452$200 (quatrocentos e cinquenta e dois mil e duzentos réis) (5).

Um professor para ensinar Latim (língua que originou a Língua Portuguesa) em localidade de “VILLA”, ganhava 800$000 (oitocentos mil réis) e uma professora de “primeiras letras”, para meninas quanto para meninos, ganhava 600$000 (seiscentos mil réis). As escolas eram separadas por sexo, meninas não estudavam na mesma escola dos meninos (6).

Outro fato curioso é que em nossa “Villa” não existia luz elétrica e para iluminar as ruas usava- -se a queima de óleo num lampião, havendo a necessidade de todas às tardes um homem ir acendendo-os. Eles eram chamados de “accendedores.” A despesa de “Feira de Sant’Anna” no ano de 1858 com este serviço público foi de 4:460$000 (quatro contos, quatrocentos e sessenta mil réis) e compreendia: azeite, conserto dos lampiões, salário dos “accendedores” e outras (7).

Em 26 de abril de 1859, para ajudar a manter a ordem na “Villa de Feira de Sant’Anna”, foram destacados 30 praças (8).

Na “Villa de Feira de Sant’Anna” existia, no ano de 1872, 15 eleitores, sendo: 01 Tenente- - Coronel, 02 Majores, 03 Capitães, 03 Tenentes, 01 Alferes e 05 cidadãos civis. Destes cinco dois eram médicos: Dr. Amphilophio Botelho F. de Carvalho e Dr. João Vicente Sapucaia (9).

(1)Pesquisa feita na prestação de contas do Presidente Interino da Província da Bahia, Sr. Herculano Ferreira Penna. Esta prestação de contas foi apresentada à Assembleia da Província da Bahia em 26 de abril de 1860, ocasião em que a administração da Província passou para o Exmo. Sr. Antonio da Costa Pinto.

(2)Idem (3)Idem (4)Idem (5)Idem (6)Idem (7)Idem (8)Idem (9) Pesquisa feita no Relatório do Conselho Interino do Governo da Província da Bahia ano 1873.

Dázio Brasileiro Filho

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Feira de Santana, sexta-feira 18 de dezembro de 2015

Secretário de Cultura Esporte e Lazer preside Conselho Deliberativo do Flu O advogado Rafael Pinto Cordeiro é o novo presidente do Conselho Deliberativo do Fluminense de Feira para o biênio 2016-2018.

Ele foi eleito por aclamação no pleito realizado na noite de ontem (15), na

sede da Associação Comercial de Feira de Santana, que contou com a presença de conselheiros e torcedores do tricolor feirense.

Rafael Pinto Cordeiro, que é também secretário municipal de Cultura, Esporte

e Lazer, foi eleito numa chapa composta pelo vice-presidente Jayro Miranda e os secretários José Fernando dos Santos, o Irmão Fernando, e Júlio César dos Santos.

“Exerço várias atividades, mas não me furtei de

assumir mais este desafio e espero que continuemos unidos e com certeza vamos fazer uma gestão conjunta dando todo suporte aos dirigentes executivos como deve ser. Foi com esta união que ganhamos a Copa

Estado, voltamos à elite do futebol baiano e vamos prosseguir desta forma em prol de um clube forte”, destacou.

Conselho - O Conselho Deliberativo do Fluminense de Feira Futebol Clube é o órgão associativo

CHEGOU A HORA DE SALVAR A LAGOA SALGADA

Uma campanha da

Tribuna Feirense

e consultivo que tem as funções de eleger, deliberar e fiscalizar, exercidas através de decisões proferidas em suas reuniões ordinárias e extraordinárias ou através de suas comissões permanentes ou transitórias.

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Feira de Santana, sexta-feira 18 de dezembro de 2015

Fenômeno na internet, escritor feirense lança livro em 2016 Vanessa Testa Somando cerca de 400 mil curtidas e seguidores na internet, o escritor Matheus Rocha agora busca outros públicos através do lançamento do seu primeiro livro. A obra será publicada pela Editora Sextante, uma das maiores do país.

Na internet, através do perfil Neologismo, Matheus conquistou leitores fiéis e suas publicações já foram reproduzidas em posts por famosos como as cantoras Anitta e Solange Almeida, a atriz Marina Ruy Barbosa e o blogueiro Hugo Gloss.

Formado em jornalismo no ano passado e trabalhando na secretaria de Educação do município, Matheus conta que começou a escrever para passar os sentimentos para o papel. Aos 24 anos, revela que pretende viver da escrita. Para ele, o lançamento do primeiro livro será um pontapé inicial para a conquista do seu sonho.

A Tribuna Feirense conversou com o autor, que contou um pouco da sua história e paixão pelas palavras.

- De onde vem a inspiração para escrever?

Da minha própria história de vida. Coloco em meus textos um pouquinho de tudo que vi, vivi ou ainda quero ver.

Por mais que, no momento que eu esteja escrevendo, não esteja vivenciando, de repente, o fim de um namoro, já vivi isso um dia. Sei como é se sentir daquela forma. Só

ela tem. Busquei-a e ela me abraçou.

Você acredita que com o livro o Neologismo vai atingir outros públicos? Como está a expectativa?

A expectativa é gigantesca. Às vezes, perco até o sono imaginando a capa, os capítulos, as pessoas lendo...

Sonho muito! Acredito que com a publicação, vou conseguir atingir um número ainda maior de leitores.

O livro, sem dúvidas, vai potencializar isso. Quem já me conhece através das redes sociais, vai querer ter o material (pelo menos eu espero, rs), mas quem entra numa livraria procurando

Matheus tem milhares de seguidores em redes sociais

escolho o sentimento que quero - Qual o seu maior colocar e busco as palavras sonho? que se encaixem melhor nesse O meu maior sonho quebra-cabeças. Mas acontece era publicar um livro. também, de uma música, um Agora que isso já se tornou filme ou um livro me inspirarem. realidade, meu sonho se É algo subjetivo. Vem de todos tornou viver da literatura. os lugares, mas, sobretudo, de Do Neo. Tirar das minhas dentro. palavras o meu sustento.

- Quais são as suas maiores - Você foi convidado influências literárias? pela editora a publicar um Sem dúvidas, as minhas livro ou teve que correr maiores influências são o Caio atrás para fazer com que Fernando de Abreu e a Clarice isso acontecesse?

Lispector. Eles escreviam, entre O processo de seleção, tantas outras pérolas da literatura, análise e convite são bem crônicas. Um gênero que eu me complexos. Algumas apaixonei e tomei por estilo. editoras convidam, outras Eles falam da vida de uma forma recebem materiais para a objetiva, mas simples. Eles tratam avaliação. No meu caso, os dramas que todo mundo tem, enviei muitos emails para com uma destreza invejável. Digo muita gente. Depois de isso no presente porque por mais diversos “nãos”, três me que eles não estejam mais entre procuraram para que o livro nós, suas palavras continuam virasse realidade. Escolhi a vivas e pulsando nos corações. Sextante pela dimensão que

EDITAL CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL PESSOA JURÍDICA EXERCÍCIO DE 2016 A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, em conjunto com as Federações Estaduais de Agricultura e os Sindicatos Rurais e/ou de Produtores Rurais com base no Decreto-lei nº 1.166, de 15 de abril de 1971, que dispõe sobre a arrecadação da Contribuição Sindical Rural - CSR, em atendimento ao princípio da publicidade e ao espírito do que contém o art. 605 da CLT, vêm NOTIFICAR e CONVOCAR os produtores rurais, pessoas jurídicas, que possuem imóvel rural, com ou sem empregados e/ou empreendem, a qualquer título, atividade econômica rural, enquadrados como “Empresários” ou “Empregadores Rurais”, nos termos do artigo 1º, inciso II, alíneas “a”, “b” e “c” do citado Decreto-lei, para realizarem o pagamento das Guias de Recolhimento da Contribuição Sindical Rural, referente ao exercício de 2016, devida por força do Decreto-lei 1.166/71 e dos artigos 578 e seguintes da CLT. O recolhimento da CSR deverá ocorrer, impreterivelmente, até o dia 31 de janeiro de 2016, em qualquer estabelecimento integrante do sistema nacional de compensação bancária. A falta do recolhimento da Contribuição Sindical Rural – CSR, até a data do vencimento (31 de janeiro de 2016), constituirá o produtor rural em mora e o sujeitará ao pagamento de juros, multa e atualização monetária previstos no artigo 600 da CLT. As guias foram emitidas com base nas informações prestadas pelos contribuintes nas Declarações do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR, repassadas à CNA pela Secretaria da Receita Federal do Brasil – SRFB, remetidas, por via postal, para os endereços indicados nas respectivas Declarações, com amparo no que estabelece o artigo 17 da Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de 1.996, e o 7º Termo Aditivo do Convênio celebrado entre a CNA e a SRFB. Em caso de perda, de extravio ou de não recebimento da Guia de Recolhimento pela via postal, o contribuinte deverá solicitar a emissão da 2ª via, diretamente, à Federação da Agricultura do Estado onde tem domicílio, até 5 (cinco) dias úteis antes da data do vencimento, podendo optar, ainda, pela sua retirada, diretamente, pela internet, no site da CNA: www.canaldoprodutor.com.br. Eventual impugnação administrativa contra o lançamento e cobrança da Contribuição Sindical Rural – CSR deverá ser encaminhada, por escrito, no prazo de 30 (trinta) dias, contado do recebimento da guia, para a sede da CNA, situada no SGAN Quadra 601, Módulo K, Edifício CNA, Brasília - Distrito Federal, Cep: 70.830-021 ou da Federação da Agricultura do seu Estado, podendo ainda, ser enviada via internet no site da CNA: cna@cna.org.br. O sistema sindical rural é composto pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil–CNA, pelas Federações Estaduais de Agricultura e/ou Pecuária e pelos Sindicatos Rurais e/ou de Produtores Rurais.

Brasília, 15 de dezembro de 2015.

João Martins da Silva Júnior Presidente da Confederação

por um título, com certeza acaba passando os olhos por alguns outros. Espero que escolham o meu!

Uma das minhas maiores vontades é viajar pelo país para conhecer as pessoas que me lêem.

Ver seus olhos, abraçar, saber das histórias, sentir como as minhas palavras impactam em suas vidas.

Como tenho seguidores do país inteiro e a editora tem alcance nacional, acho que conseguiremos cair na estrada para colecionar encontros.

- Para quando está previsto o lançamento?

Ainda não tem uma

data marcada. Nosso objetivo é que ele saia ainda no primeiro semestre. Estamos preparando todo o material, as imagens, finalizando alguns textos, revisando outros, selecionando alguns outros.

Quero que esse seja apenas o primeiro de dezenas, centenas de outros. Quero que a minha vida seja assim: escrever livros, lançar, encontrar leitores, escrever, lançar e por aí vai!

Você pode encontrar os textos e frases do Neologismo através do Facebook.com/ neologismo, Instagram: @ neologismos, Twitter: @ neologista, e pelo site www. neologismo.com.br

Trechos dos pensamentos expostos por Matheus no Neologismo “E a vida, meu amigo, sempre segue. Às vezes, não tão farta, nem tão bela, nem tão feia, amarga ou exagerada no açúcar. Mas caminha. Para frente. Enfrente. Não vale a pena se deixar ficar pelo meio do caminho. Não quando não se sabe o que se esconde depois da linha do horizonte.”

“Parei de procurar o amor da minha vida quando me apaixonei por ela” “Tanta gente precisando de gente de carne, osso e coração, e as pessoas se parecendo cada vez mais com estátuas. Lindas, esculturais e vazias.”

“O amor é um fogo cruzado onde uns estão vestindo coletes à prova de balas, enquanto outros vão para a batalha de peito aberto. Prazer, outros.”

“Nem só de cama e travesseiro viverá o cansaço humano, mas, também, de um coração que seja abrigo.”

Quitéria e o Bando de Cleonice, nova obra de Alberto Peixoto

A saga da heroína feirense Maria Quitéria na Guerra da Independência da Bahia é contada na nova obra do escritor feirense Alberto Peixoto. O livro “Quitéria e o Bando de Cleonice”, resultado de uma ampla pesquisa histórica feita pelo autor durante três anos.

O romance mistura realidade e ficção. No enredo criado por Peixoto, Cleonice, uma negra fugida que lidera um bando de saqueadores luta junto com Maria Quitéria na Guerra da Independência.

Quitéria de forma oficial, após alistar-se nas Forças Armadas usando identidade de homem.

E Cleonice de maneira clandestina, entrando no combate contra os portugueses pelo sentimento de amor à pátria.

Através da narrativa, Peixoto consegue levar o leitor aos cenários detalhados da Feira de Santana do século XIX. Utensílios domésticos, vestimentas e outros objetos da época compõem a história de forma bastante natural. A

característica linguística do período colonial, marcada pela forte influência dos portugueses, dos negros escravos, e pela falta de escolaridade é outro aspecto da obra.

O contexto social está

presente em situações que mostram singularidades do coronelismo na época, desde a questão política entre fazendeiros e comerciantes, à relação dos coronéis com seus escravos e “escravas-amantes”.

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Feira de Santana, sexta-feira 18 de dezembro de 2015

Desconhecimento da doença dificulta inclusão dos autistas Lana Mattos Jair Campos Soares, médico, e Lúcia Carina Carneiro Soares, enfermeira, são casados.

Quando ambos já estavam realizados em suas profissões, com 20 e 15 anos de experiência, respectivamente, nasceu o sétimo filho.

O diagnóstico de autismo severo veio em 2009 e a vida do casal começou a mudar.

Com dificuldade para encontrar um tratamento adequado para o menino, Soares, cirurgiãogeral e radiologista, se especializou em autismo.

A esposa fez uma nova graduação, em psicologia, e também se especializou em autismo. Juntos, fundaram a Clínica Ideal, especializada no assunto. Carina agora faz mestrado em Análise do Comportamento Aplicada, uma abordagem da psicologia indicada para o atendimento a autistas.

São mais de 70 milhões de pessoas com transtorno do espectro do autismo (TEA) no mundo, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Não há estudo da prevalência no Brasil, apenas uma estimativa de 2007, quando havia aproximadamente 1 milhão de autistas (quando o país tinha cerca de 190 milhões de habitantes), segundo o Projeto Autismo, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, da Universidade de São Paulo (USP).

Também não há pesquisa em Feira de Santana, mas são 95 autistas atendidos no CAPSi Osvaldo Brasileiro Franco; 80 na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE); a ONG Crescer Cidadão (antiga Clinica Infante) atende 30 e na Clínica Ideal (particular) são 40 indivíduos. Há, no entanto, inúmeros autistas sem diagnóstico na cidade, situação preocupante, pois só a condição do autista piora com o tempo.

Homens são afetados cinco vezes mais que as mulheres. Na maioria

Guilherme rodeados por seus pais, Jair e Carina Soares

das vezes, se adquire a doença após o nascimento, na primeira infância, conforme Soares. “Há uma predisposição genética e normalmente fatores ambientais fazem com que a criança entre no mundo autista”. Entre eles, metais pesados, como mercúrio, alumínio e bário. E alguns agrotóxicos, corantes, conservantes e açúcares, pois “o autismo está muito ligado ao intestino”, revela. Nas cidades mais poluídas dos Estados Unidos, por exemplo, a cada 40 crianças, uma é autista, enquanto na zona rural do país, a incidência é de uma autista a cada 200 crianças.

Os sintomas variam com o grau do autismo, mas em geral são mesmo as estereotipias, como balançar as mãos, andar na ponta dos pés, não responder a um chamado pelo nome, o isolamento.

Maria Fernanda Souza também mudou sua vida radicalmente para dar um tratamento efetivo a seu filho Enrico Rafael, de cinco anos. “Ele se mordia, batia a cabeça no chão quando queria alguma coisa e não conseguia.

Não falava, não interagia com ninguém”, lembra.

Depois de muitas idas e vindas, ela, que é de Nova Soure, onde não há nenhum tipo de tratamento para o problema, teve de migrar para Feira, deixando a profissão de

professora e atuando como secretária aqui.

O ATEC - sigla em inglês para Autism Treatment Evaluation Checklist, uma avaliação que mede a extensão do autismo, numa escala de 0 a 180 - de Enrico, quando começou o tratamento, em junho de 2013, estava em 113. Hoje está em 30, passando de um autismo moderado a leve.

Conforme a mãe, ele tem ainda um pouco de dificuldade na fala, mas “graças a Deus, com as intervenções que foram feitas, hoje eu posso dizer que meu filho é uma criança feliz, que brinca, que interage com as pessoas”, festeja.

Ainda há muito atraso e poucos profissionais com conhecimento na área. Fernanda reclama que “muitas mães perdem tempo indo a profissionais que não dão diagnóstico, que não sabem, na verdade, nem o que é autismo”.

Não há alterações nos exames neurológicos e o tratamento é multidisciplinar, envolvendo psicólogo, médico, fonoaudiólogo, dentre outros. Medicação às vezes é indicada, a depender do caso.

Soares trabalha com tratamento biomédico, à base de suplementação de vitaminas, porque a grande maioria dos autistas têm disbiose intestinal, um processo inflamatório do intestino que afeta o cérebro. “Muitas dessas crianças têm alergias alimentares muito grandes, intolerâncias principalmente ao leite, ao glúten, aos açúcares e conservantes”, descreve.

Fernanda, a mãe guerreira, e Enrico

Não há um consenso no diagnóstico e tratamento da doença no meio acadêmico.

“A gente trabalha com estudos científicos realmente. Apesar de que alguns médicos acham que não têm comprovação científica as dietas, mas tem. Hoje a gente usa métodos similares aos dos Estados Unidos”, garante o médico.

Recebendo diagnóstico precoce e tratamento adequado, o adulto autista “vai ser sempre aquela pessoa um pouco retraída, que não gosta de sair, de ter amigos”, mas pode levar uma vida normal, garante Carina.

Ser mãe de autista é “uma luta constante”, descreve Fernanda. “É ser uma guerreira, dessas mesmo de desenhos, de conto de fadas”, pois “a gente passa por muito preconceito, nas ruas, nas praças, em shopping, em qualquer lugar que a gente vá com nossa criança” e “sofre muito por essa inclusão, porque é um direito da criança, é um ser humano que precisa estar inserido na sociedade e a gente que é mãe de criança especial tem de lutar por eles, por que eles só têm a nós e se a gente não lutar, ninguém vai lutar. A sociedade não está nem aí, não está preparada ainda para receber”, constata.

É difícil encontrar uma escola que aceite uma criança com autismo. Depois de muitas idas e vindas, Fernanda conseguiu matricular Enrico no Colégio Santo Antônio, o único da cidade, segundo ela, que oferece um mediador (o que é lei desde 2012). Guilherme, filho de Jair e Carina, hoje com 9 anos, ficou sem estudar em 2015. Seu pai emitiu sua opinião no Facebook sobre a escola, que o processou.

O paradoxo das vacinas Aos seis meses, após tomar quatro tipos de vacinas, Guilherme passou a fazer o movimento repetitivo de balançar a cabeça para o lado.

Era o primeiro sinal de que se tratava de uma criança autista.

As vacinas, no Brasil, são conservadas à base de mercúrio, um metal pesado que, comprovadamente desenvolve autismo.

Mas Soares não desaconselha seu uso e sim um intervalo maior entre as doses.

“Se aplica vacinas com intervalos muito

curtos, crianças que tomam hoje cinco, seis, oito vírus de vacinas de uma vez só”, sendo que seu organismo ainda não está preparado.

Vacinas do tipo que apenas uma dose previne várias doenças, podem ser prejudiciais se a criança tiver predisposição genética, acredita o médico.

Com isso, Fernanda também desconfia da vacina, pois seu menino passou a ter os primeiros sintomas do transtorno após receber a Tríplice Viral.

Características do autismo

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Feira de Santana, sexta-feira 18 de dezembro de 2015

Sandro Penelu

Cultura e Lazer Mais dicas culturais em: www.infcultural.blogspot.com

sandropenelu@gmail.com

Seguem bons espetáculos no Teatro Margarida Ribeiro O mês de dezembro reserva bons espetáculos no Teatro Margarida Ribeiro. Uma programação especial e também voltada ao Natal. Confira a programação: 18 e 19/12 - Festival de Música Gospel, às 19hs 21 e 22/12 - Espetáculo de Dança “Ásia uma odisseia milenar”, às 20hs.

Biblioteca Municipal Arnold Silva promove Natal Solidário dias 17 e 18 deste mês o Natal Solidário, com apresentações artísticas de cantores locais, atores e dançarinos, a partir das 17

Com o intuito de ajudar instituições que mantém obras de caridade, a Biblioteca Municipal Arnold Silva promove nos

horas, nas dependências da própria Biblioteca.

O público pode colaborar doando um quilo de alimento não perecível.

Economia solidária, na Praça do Fórum Comercialização de produtos artesanais e concebidos no regime de economia solidária, possibilitando exposição e troca de experiência e intercâmbio produtivo e cultural, esse é o objetivo da II Feira de

MOC - Movimento de Organização Comunitária.

Participarão empreendedores solidários, urbanos e rurais, de várias associações comunitárias, nos segmentos de artesanatos e alimentação.

A visitação é aberta ao público das 8h às 18h.

Economia Solidária, que acontece até esta sexta-feira, dia 18, na Praça João Barbosa de Carvalho, a Praça do Fórum.

A iniciativa é do projeto Feira Produtiva, da Secretaria de Desenvolvimento Social, em parceria com o

SHOWS AO VIVO SEXTA-FEIRA 18/12 ATRAÇÃO

LOCAL

HORA

ENDEREÇO

PAULINHO SUCESSO

Pieer Bar

21

Av. Getúlio Vargas

ALAN EMANOEL

Boteco Vip

21

Av. Getúlio Vargas

NUNO BAIA

Filozophia

21

Rua São Domingos

KARLA JANAÍNA

Zeca Petiscaria

21

Ville Gourmê

WILLIAN DE CASTRO

The House

22

Ville Gourmet

ALAN OLIVEIRA

Arpoador

22

Capuchinhos

TRIO QUASE PRETO

Botekim

22

Av. João Durval

GUYMEO JUMONJI

Bar Novo Arte

21

Serraria Brasil

URI BECHEN

Frango na Brasa

20

Jomafa

GABRIELA MORAES GELIVAR SAMPAIO E SEU GRUPO MÁRCIO MIRANDA

Bar o Boteco

22

Ville Gourmet

Bengos Bar

21

Estação Nova

Paradinha Pastelaria

21

Rua São Domingos

CELLY NOBLAT

Quiosque do Mazinho

21

Praça de Alimentação

ADRIANO OLIVEIRA

Fino Espeto

21

Av. Santo Antônio

MAZINHO VENTURINI

Bar 14 Bis

22

Av. Getúlio Vargas

NENEM DO ACORDEON

Cidade da Cultura

21

Conjunto João Paulo

CHORINHO ENTRE AMIGOS

Escritório Bar

21

Conjunto Feira V

ATRAÇÃO

LOCAL

HORA

ENDEREÇO

GRUPO AUDÁCIA PURA

Bar Novo Arte

17

Serraria Brasil

SARA REIS

Seu Zé

22

Ponto Central

GENIVAN

Quiosque do Mazinho

21

Praça Gilson Pedreira – Av. Getúlio Vargas

SANDRO PENELÚ

Saigon Restaurante

21

Rua José Mascarenhas – Cortiço

GRUPO POP ZEN

Zeca Petiscaria

21

Ville Gourmet

ALEX VINÍCIUS

Cidade da Cultura

21

Conjunto João Paulo

GELIVAR SAMPAIO E SEU GRUPO

Bengos Bar

21

Estação Nova

MARCOS HEYNNA

Choperia dos Amigos

20

Brasília

GEOVANE E SEUS TECLADOS

Ana da Maniçoba

22

Ponto Central

SÁBADO 19/12

Alunos de Zé das Congas farão apresentação especial Nesta sexta, dia 18, alunos do projeto “Zé das Congas”, farão uma apresentação especial, no CRAS do bairro Rua Nova, quando na oportunidade apresentarão performances na armação de instrumentos de percussão, além da

execução de números musicais em um show aberto para toda a comunidade. O evento vai acontecer na sede do CRAS, localizada nas imediações da conhecida Praça de Dona Pomba no bairro Rua Nova.

Cinquenta crianças e adolescentes estarão

se apresentando no evento, todos descobertos e incentivados por Zé das Congas, que é taxativo: “Além da dedicação nas aulas, eles precisam estar bem na escola, porque o estudo é importante na vida de qualquer pessoa”.

Programação do Natal Encantado Coral da Esc. Mun. Nossa Senhora das Candeias [Distrito de Humildes] – Feira de Santana-BA

Coral da Esc. Mun. Profa. Maria José Dantas Carneiro [Caseb] –

de Santana-BA Mais de 60Feira atrações parte do Socorro Natal Coral da Esc. Mun. farão Nossa Senhora do Perpétuo [Pq.Encantado 2015, promovido pela Secretaria Tamandari] – Feira da Santana-BA Municipal de Cultura, Esporte eFalcão Lazer.

Coral da Esc. Mun. Adenil da Costa [Brasília] – Feira de Santana-BA

18

sexta

PRAÇA PADRE OVÍDIO

19 hs

Mônica San Galo | Salvador-BA (palco 1)

20 hs

Marcus Biancardini | Goiânia-GO (palco 2)

ESTACIONAMENTO DA PREFEITURA

10 hs

Coral da Esc. Mun. Norma Suely Mascarenhas [George Américo] – Feira de Santana-BA Coral da Esc. Mun. Margarida Brito de Oliveira [Tomba] – Feira de Santana-BA

17 hs

18 hs

20

domingo

Coral da Esc. Mun. Antonio Eloi da Costa [Baraúnas] – Feira de Santana-BA Coral da Esc. Mun. Maria da Glória Carvalho Bahia [Subaé] – Feira de Santana-BA Coral da Esc. Mun. Prof. Wilson Moreira Mascarenhas [Campo Limpo] – Feira de Santana-BA

21

segunda

Coral da Esc. Infantil Profa. Olga Noemia de Freitas Guimarães [Cidade Nova] – Feira-BA

sábado

19 hs

Orquestra Castro Alves [Projeto NEOJIBA | Salvador-BA (palco 1)

20 hs

Concerto Família Pereyr | Feira de Santana-BA (palco 2)

10 hs

Turma do Picadeiro Encantado – São Paulo-SP

17 hs

Filarmônica 24 de Junho – Jeremoabo-BA

18 hs

Ministério de Dança Rosa de Saron – Feira de Santana-BA

PRAÇA PADRE OVÍDIO

19 hs

Cristiane Bueno e participação do Maestro Divino Allancaster | Goiânia-GO (PALCO 1)

20 hs

Timbauba, Janno, Willian Dicastro, Djalma Ferreira e Bruno Bezerra | Feira de Santana-BA (PALCO 2)

10 hs

Orquestra de Sopro do Colégio Supremo – Feira de Santana-BA

17 hs

Quarteto de Sax – Feira de Santana-BA

19 hs

Coral HOPE – Feira de Santana-BA

PREFEITURA

18 hs

22 terça

Coral do Maestro Miro - Feira de Santana-BA

PRAÇA PADRE OVÍDIO

19 hs

As Divas [Kamila Ariane, Cris Mel, Ana Castelo, Juliana Greyce e Sara Reis] | Feira-BA (PALCO 1)

20 hs

Quarteto Sanfônico [Nenem do Acordeon, Marciano, Zé Araujo e Rogerio Ferrer] | Feira-BA (PALCO 2)

ESTACIONAMENTO DA PREFEITURA

Coral do Maestro Miro - Feira de Santana-BA

10 hs

Os Canarinhos da EPB [Escola Padre Braulinho] – Feira de Santana-BA

17 hs

TARDE | Filarmônica Euterpe Feirense – Feira de Santana-BA Sociedade Litero Musical 25 de Dezembro – Irará-BA

PREFEITURA PRAÇA PADRE OVÍDIO

19 hs

Família Lima | Campinas-SP (PALCO 1)

20 hs

Paula Sanffer | Feira de Santana-BA (PALCO 2)

ESTACIONAMENTO DA PREFEITURA

17 hs

Grupo de Dança da Escola Padre Giovanni Ciresola – Feira de Santana-BA Coral Espírita Fabiano de Cristo – Feira de Santana-BA

segunda

Coral do Maestro Miro - Feira de Santana-BA

Coral da Primeira Igreja Batista – Feira de Santana-BA

PREFEITURA

21

Jazz a Todos – Feira de Santana-BA

18 hs

ESTACIONAMENTO DA PREFEITURA

19 hs

domingo

Grupo de Dança da Escola Padre Giovanni Ciresola – Feira de Santana-BA

19 hs

PRAÇA PADRE OVÍDIO

Coral do CUCA – Feira de Santana-BA

20

ESTACIONAMENTO DA PREFEITURA

ESTACIONAMENTO DA PREFEITURA

Coral da Esc. Mun. Almira Pereira Lago [Campo do Gado] – Feira de Santana-BA

19

Paula Sanffer | Feira de Santana-BA (PALCO 2)

Coral Espírita Fabiano de Cristo – Feira de Santana-BA

Trilogia da Boemia – Feira de Santana-BA

PREFEITURA

18 hs

Família Lima | Campinas-SP (PALCO 1)

20 hs 17 hs

Coral da Esc. Mun. Antonio Albertino Carneiro [Tanque da Nação] – Feira de Santana-BA

19 hs

PRAÇA PADRE OVÍDIO

19 hs

Fanfarra de Bonfim – Feira de Santana-BA Coral da Esc. Mun. Dr. Nilton Bellas Vieira [Pq. Getulio Vargas] – Feira de Santana-BA

Coral do Maestro Miro - Feira de Santana-BA

19 hs

Jazz a Todos – Feira de Santana-BA

18 hs

Coral do Maestro Miro - Feira de Santana-BA

PRAÇA PADRE OVÍDIO

19 hs

Cristiane Bueno e participação do Maestro Divino Allancaster | Goiânia-GO (PALCO 1)

20 hs

Timbauba, Janno, Willian Dicastro, Djalma Ferreira e Bruno Bezerra | Feira de Santana-BA (PALCO 2)

ESTACIONAMENTO DA PREFEITURA

10 hs

Orquestra de Sopro do Colégio Supremo – Feira de Santana-BA

17 hs

Quarteto de Sax – Feira de Santana-BA

19 hs

Coral HOPE – Feira de Santana-BA Coral da Primeira Igreja Batista – Feira de Santana-BA

PREFEITURA

18 hs

Coral do Maestro Miro - Feira de Santana-BA

18 hs

23 quarta

Coral do Maestro Miro - Feira de Santana-BA

PRAÇA PADRE OVÍDIO

19 hs

João Bosco | Rio de Janeiro-RJ (PALCO 1)

20 hs

Vencedores do Festival Vozes da Terra – Feira de Santana-BA (PALCO 2) Vencedores do Festival Gospel – Feira de Santana-BA

ESTACIONAMENTO DA PREFEITURA

10 hs

Coral A Luz da Paz [Escola Monsenhor Mario Pessoa] – Feira de SantanaBA

17 hs

Filarmônica 25 de Março – Feira de Santana-BA Sinos de Natal – Feira de Santana-BA

PREFEITURA

18 hs

Coral do Maestro Miro - Feira de Santana-BA

Pereira Px. Ao

Dom Itamar Vian Luzes no Caminho

di.vianfs@ig.com.br

Grande presente

Um marceneiro resolveu inovar na oferta de presentes de Natal. John Ogden está oferecendo caixões mortuários como sugestão de compra para as festividades de fim de ano. O caixão pode ser personalizado de acordo com as sugestões do cliente. Uma frase tenta convencer possíveis compradores: “você ainda vai precisar um”. Uma senhora adquiriu um caixão para um amigo, mas este não gostou.

O EVANGELHO de Mateus narra que alguns magos do Oriente, em busca do recém nascido rei dos judeus (Mt 2,1), trouxeram a Ele os melhores presentes.

Lucas fala dos pastores que visitaram o Menino, deitado na manjedoura. O texto não diz, mas é provável que os pastores também tenham levado algum presente.

NATAL é convite para dar e receber presentes. Presentear não é tão fácil assim.

Trata-se de verdadeira arte. Há presentes esperados, presentes vulgares, presentes inúteis. A pessoa que oferece o presente é sempre lembrada. Trocar presentes de Natal é, sobretudo, lembrar o grande presente que recebemos de Deus: Jesus que assumiu as dores e angústias, as alegrias e esperanças da humanidade. Maria foi a depositária fiel deste presente, que ela acolheu agradecida e soube oferecer ao mundo.

NATAL é a história deste presente, diante do qual as palavras se sentem muito pobres. A melhor saída é balbuciar, comovidos, um muito obrigado. Santo Agostinho resume esse evento, dizendo: “Deus se fez homem para que nós nos tornássemos deuses. Jesus veio à terra para que pudéssemos alcançar o céu”. Foi Ele que nos garantiu: “Não tenham medo, estou todos os dias com vocês” (Mt 28, 10,20) PENSANDO nisso, neste Natal, somos de novo desafiados a dizer não ao medo e erguer a bandeira da Esperança. Esperança de ver crianças felizes, idosos sorrindo, famílias se abraçando, água, terra, saúde, educação, segurança, casa, vida com dignidade para todos. Só assim posso dizer que o Natal é Festa da Vida. É o dia que Deus nos enviou, o irmão Jesus, irmão de todos, o grande presente.

SENHOR, que o teu Natal transforme a nossa vida. Queremos sentir o raiar da esperança em nosso coração. Não podemos caminhar sem a tua luz. Ajuda-nos a afastar de nós toda tristeza. Abençoa, Senhor Jesus, a minha vida, os meus amigos, a minha família. Abençoa todos os que estão tristes e desanimados. Obrigado por estarmos vivendo mais um Natal. Amém.

12

Feira de Santana, sexta-feira 18 de dezembro de 2015

Microcefalia assusta mães e preocupa profissionais de saúde Juliana Vital

O primeiro dos muitos desejos de uma mulher grávida com certeza, é que o seu filho “venha com saúde”.

O medo de que ocorra o contrário talvez nunca tenha sido tão intenso quanto agora, quando o país, sobretudo o Nordeste, é assolado por uma epidemia de microcefalia após a contaminação das mães pelo vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes Aegypti, o mesmo da dengue.

Somente em Feira de Santana 19 casos de microcefalia foram registrados pela Vigilância Epidemiológica, sendo que sete eram de pacientes moradores de outras cidades (Amélia Rodrigues, Barrocas, Lamarão, Muritiba, Santo Amaro, Santo Estevão e Taperoá).

Entre os 12 de Feira, dois tiveram o diagnóstico ainda no ventre materno e sete mães confirmaram ter apresentados sintomas da zika.

A vigilância epidemiológica está acompanhando todos os casos suspeitos e grávidas que estiveram expostas a doenças causadas pelo

mosquito ou tiveram empolações. Ao todo são 162 grávidas estão em acompanhamento de pré natal.

A jornalista Louise Farias está grávida do primeiro filho e assustada com as notícias e orientações direcionadas às grávidas nos últimos tempos. “Confesso que fiquei assustada quando soube da relação da microcefalia com o zika vírus. Principalmente porque em Feira de Santana há uma infestação do mosquito Aedes Aegypti.

Embora eu nunca tenha tido dengue ou chikungunya, fiquei com medo de contrair o zika na minha primeira gravidez e por conta disso ter um bebê com anomalia.

Não é o que nenhuma mãe deseja. Mesmo já estando com 31 semanas de gestação, na reta final, eu ainda corro o risco de contrair a doença, por isso tenho me prevenido usando repelente todos os dias, além de realizar mensalmente o pré natal e ficar atenta ao resultados das ultrasons”.

A professora Rebeca Nascimento, grávida de três meses , perdeu o sossego.

“Quando começaram a aparecer as primeiras

reportagens sobre a zika, fiquei em choque porque justamente a falta de informação me assustava.

Um dia eram 300 bebes, outro dia 500, outro dia 600, então os dados aumentaram drasticamente da noite pro dia. A discrepância de posicionamento de um médico pra outro também me assustava, primeiro dizia que não podia usar repelente, depois que podia usar qualquer tipo de repelente e eu fico meio sem saber o que fazer. É muito angustiante”, lamenta.

A médica infectologista Normeide Pedreira explica que a microcefalia, é uma má formação congênita que pode ocorrer em diversas situações, não apenas se restringindo ao tamanho da caixa craniana, mas podendo aparecer também em lesões cerebrais comprometedoras para o desenvolvimento.

Outras doenças como a toxoplasmose, a rubéola congênita, o citomegalovirus e a herpes podem provocar a má formação e a microcefalia. “O que se tem percebido é que o vírus da zika parece ser mais agressivo, provocando maiores seqüelas. Ainda

não sabemos quantificar este risco porque é muito recente a epidemia que se instalou”.

A infectologista explica que a maior epidemia já registrada ocorreu na Polinésia Francesa, com 15 mil casos de zika. “Nunca houve caso de epidemia deste vírus como em nosso país. Além disso, a Polinésia Francesa após a divulgação de nossa epidemia voltou a apurar os seus registros.

Perceberam um amento real de casos de microcefalia, como também de abortos por má formação do feto, que é permitido naquele país. Claro que em proporções menores, pois eles são menores.

Durante outros anos havia 4 notificações de microcefalia.

Durante a epidemia de zika deles, este número subiu para 17 casos”, afirma.

A médica quem também é pediatra recomenda que todas as crianças nascidas de mães que tiveram o vírus da zika durante a gravidez sejam acompanhadas de perto pelos seus pediatras, mesmo aparentemente saudáveis.

“Estas crianças devem ser bem acompanhadas e deve-se investigar quaisquer

alterações, porque como em outras doenças, muitas vezes os bebês tem alterações visíveis, mas outras vezes não são perceptíveis e visíveis. É preciso investigar”, alerta.

Uma vez confirmada a doença, a situação requer cuidados especiais, para o bebê e a família. “Esta família deverá receber apoio com terapia, a criança deverá receber estimulação precoce com fisioterapeuta, fonoaudiólogo, porque pode apresentar dificuldade de deglutir e mastigar. Há também a necessidade de um neuropediatra para avaliar a formação de um cérebro incompleto, procurar as cicatrizes para agir nas necessidades especificas, de cada órgão que poderá ser comprometido por esta má formação”.

A expectativa de vida registrada pela literatura médica, de acordo com Normeide, é de 7 a 10 anos, mas isto depende da extensão das lesões cerebrais e do comprometimento dos órgãos. “A criança pode ter uma vida longa. Há casos de adolescentes e até adultos, mas de modo geral a vida destas pessoas é curta”.

A recomendação da médica que faz parte da rede básica de saúde do município é que as mulheres em idade fértil evitem a gravidez. “Pelo menos por enquanto, para que possamos entender melhor quais os períodos de maior risco para a formação do bebê. Esta recomendação é baseada na sensatez, e não em fundamentações científicas, pois estas ainda estão sendo formadas”.

AÇÕES

A enfermeira Maricélia Maia, da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do município, afirma que ações e capacitações estão sendo realizadas entre profissionais da área. Vai ser feito um evento semanal com um grupo de pessoas que lideram o atendimento em maternidades para discutir todos os casos e estratégias.

“Vamos solicitar ao Ministério Público que convoque todos os profissionais da área, como maternidades e clínicas de atendimento às gestantes para participarem, pois é imprescindível”, avisa.