2 de novembro a 1 de dezembro 2018
Áfricas-Brasis
A cultura africana chegou ao Brasil com os povos escravizados trazidos da África durante o longo período em que durou o tráfico negreiro transatlântico. A pluralidade cultural do continente africano refletiu-se na diversidade dos escravizados, pertencentes a diversas etnias que falavam idiomas diferentes e trouxeram tradições distintas. A presença da cultura dos países africanos pelo Brasil é marcada principalmente por cores vivas, religiosidade, estilos de dança, técnicas da agricultura e pecuária, modos de vida e outras peculiaridades. O projeto Áfricas-Brasis propõe uma reflexão que se reforça no mês de novembro devido ao Dia da Consciência Negra, sobre as formas de desigualdade racial ainda presentes na sociedade em função desse longo período escravocrata. E mesmo diante de toda essa referência africana na formação cultural do povo brasileiro é comum ainda observar que negros e negras tenham pouco espaço para apresentar suas narrativas, trajetórias e identidades culturais no universo das artes e do entretenimento. A programação composta por espetáculos teatrais, dança e música; oficinas, bate papos e contações de histórias; gastronomia e intervenções artísticas apresenta essa importante contribuição da cultura africana. A representatividade por meio da produção cultural de sujeitos negros é ainda uma luta necessária, buscando livrar o povo negro da condição de invisibilidade; e a cultura e os meios culturais se tornam uma ferramenta importante para este propósito.
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shows
Fรกbio Guerra
Música e dança da África Oeste e Diáspora Com Fanta Konatê (República da Guiné . África) Troupe Djembedon (Sorocaba SP) Uma voz que apresenta a musicalidade das tradições africanas, herdeira do Império de Mali (séc. XIII), e que se destaca em meio às multidões. O show conecta o público à África Real dos saberes, belezas e resiliência a partir de temas, dinâmicas e andamentos variados das composições, que expressam a alma dessa embaixadora cultural da República da Guiné: Fanta Konatê.
Dia 11, domingo, às 16h. Galpão. 400 lugares sem assento. Grátis. Retirada de ingressos com 1h de antecedência.
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Divulgação
Samba de Coco Raízes de Arcoverde Com Grupo Samba de Coco Raízes de Arcoverde (Arcoverde PE) Dança da cultura indígena com a negra, o Samba de Coco Raízes de Arcoverde vem florindo os palcos com suas saias Godê Pavão. Seu canto retrata a poesia do sertão nordestino embalada pela dança do coco trupé. Sua sonoridade percussiva consiste em uma rápida e forte batida dos pés no chão com tamancos de madeira, usados, inovadoramente, como instrumentos percussivos.
Dia 22, quinta, às 20h30. Galpão. 400 lugares. R$5,00 R$8,50 R$17,00
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espetรกculos
12 Divulgação
Contos Negreiros do Brasil Com Rodrigo França, Valéria Monã e Milton Filho (São Paulo SP) Um espetáculo documentário sobre a condição real e atual da negra e do negro no Brasil, baseado no livro “Contos Negreiros”, de Marcelino Freire, e seus personagens: o jovem estudante, o gay negro, a negra hipersexualizada pela sociedade, o menor infrator, a prostituta e a idosa.
Dia 7, quarta, às 20h30. Teatro Minaz. 260 lugares. Endereço: Rua Carlos Chagas, 273, Jardim Paulista. R$5,00 R$8,50 R$17,00
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VinĂcius Borovoy
Salva ela! Carolina Maria de Jesus em Cena Com Cia. Alternativa de Teatro (Rio de Janeiro RJ)
O espetáculo homenageia a escritora Carolina Maria de Jesus, moradora da favela Canindé (SP). A escritora, que trabalhava como catadora de papel era uma apaixonada por livros. Ela alimentava sonhos e desabafava a sua triste realidade nas folhas de um caderno encontrado no lixo que, mais tarde, tornou-se público por meio do seu primeiro livro ‘Quarto de despejo: diário de uma favelada’. Sua voz ecoou para o mundo e até hoje reverbera.
Dia 23, sexta, às 20h30. Galpão. 80 lugares. R$5,00 R$8,50 R$17,00
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Divulgação
Isto é um negro? Com Ivy Souza, Lucas Wickhaus, Mirella Façanha e Raoni Garcia (São Paulo SP) O espetáculo é um dispositivo, um estudo negro sobre a negritude, sobre o que é ser negro e negra no Brasil hoje. Foi lendo e estudando Angela Davis, Fred Moten, Achille Mbembe, bell hooks, Grada Kilomba, Frantz Fanon, Sueli Carneiro e Aimé Cesaire que o grupo elaborou as questões presentes em cada uma das cenas de Isto É Um Negro? Como transformar teoria em cena? Como discutir negritude e questões raciais a partir da experiência singular de cada um dos intérpretes? A peça propõe algumas hipóteses possíveis para essas perguntas.
Dia 28, quarta, às 20h30. Teatro Minaz. 260 lugares. Endereço: Rua Carlos Chagas, 273, Jardim Paulista. R$5,00 R$8,50 R$17,00
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intervenção
Ellen Faria
A presença negra Com Emaye Natália Marques (Ribeirão Preto SP)
Emaye é arte educadora, estilista e artista visual. A performance busca denunciar o processo de embranquecimento da população negra, visto como a interiorização dos modelos culturais brancos pelo segmento negro, implicando a perda de raízes. É a luta do corpo e mente da mulher negra, mostrando detalhadamente o processo de autoafirmação, autoconhecimento e reconhecimento.
Dia 30, sexta, às 20h. Convivência. Acesso livre. Grátis.
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oficinas
Divulgação
Percussão e Dança Africana Com Fanta Konatê (República da Guiné . África) Luis Kinugawa (São Paulo SP) Fanta Konatê e Luis Kinugawa apresentarão a cultura da Guiné Conacri por meio de danças, percussões e cantos tradicionais e contemporâneos. A oficina possibilita aos participantes vivenciar o contexto de uma mesma dança em suas duas formas: a ancestral e a moderna.
Dia 10, sábado, das 15h às 18h. Convivência. 30 vagas (por ordem de chegada). Grátis.
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Toni de Souza
África Brasil Com os Chefs Toni de Souza, Genilton Laurenano, Fernando di Serio e Profa. Mestre Nainora Freitas (Ribeirão Preto SP) Oficina gastronômica que tem por objetivo apresentar os principais ingredientes e processos incorporados pelos africanos escravizados, considerando as questões históricas e geográficas que permitiram sua disseminação e uso. E também conhecer, por intermédio da análise turística do território, o universo gastronômico brasileiro e a influência dos negros sobre a mesma.
Dias 24 e 25, sábado e domingo, das 11h às 13h. Oficina 1. 40 vagas (por ordem de chegada). Grátis.
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Sebรก Neto Fotografia
Se me vejo Com Emaye Natália Marques (Ribeirão Preto SP)
Emaye é arte educadora, estilista e artista visual. A oficina busca a partir de relações com Auto Retrato desmistificar a imagem deturpada que a sociedade criou em relação à população afrodescendente, e quebrar padrões racistas, estéticos que são impostos pela mídia e reproduzidos estruturalmente.
1/12, sábado, das 10h30 às 13h30. Oficina 2. Grátis. 25 vagas (por ordem de chegada).
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vivĂŞncia
Divulgação
Dança e cultura Afro-Brasileira Com Enoque Santos (São Paulo SP) Uma imersão pela cultura afro-brasileira que é objeto de muitas opiniões e desconhecimento de sua história, religião, valores e costumes. Nesta vivência busca-se resgatar sua importância histórica na formação cultural brasileira, a partir das suas danças populares, como o coco de roda, a catira e o samba. A dança africana, carregada de vivacidade, está fortemente relacionada com a cultura brasileira, principalmente em seu aspecto religioso.
Dia 24, sábado, das 15h30 às 17h30. Sala de Atividades Corporais. 20 vagas (por ordem de chegada). Grátis.
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crianรงas
Martim Rowe
Contação de histórias
Caule do Conto Com Raconto (São Paulo SP) A Companhia Raconto busca narrações de histórias inovadoras, originais e inspiradoras. Contos originais narram a trajetória de pessoas reais que, a partir de suas raízes, fizeram florescer o movimento dos direitos civis e inspiraram a luta contra o preconceito racial. Quintal. Grátis. Acesso Livre.
Rosa Parks Nesta narração teremos um conto original baseado na vida e obra de Rosa Parks, símbolo do movimento de direitos humanos.
Dia 2, sexta, às 15h30.
Wangari Maathai Apresentação de um conto original baseado na vida e obra de Wangari Maathai, professora e ativista política do meio-ambiente do Quênia. Foi a primeira mulher africana a receber o Prêmio Nobel da Paz.
Dia 4, domingo, às 15h30.
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Divulgação
Contação de histórias
Viagem pela cultura africana Com La Diva (Ribeirão Preto SP) De forma simples, porém rica em informações histórico-culturais, levaremos o público infantil e adulto em uma viagem no tempo, conhecendo juntos as raízes de um universo fabuloso e onírico que é o da cultura africana. Quintal. Grátis. Acesso Livre.
A Feiticeira A sombra, a mágica... A sombra é mãe de tudo que rasteja. A sombra dá medo, portanto tome cuidado. Durante o dia ela é viva, à noite desaparece, se esconde. Como Feiticeira, cria mundos na nossa imaginação. E você pode se esconder da sombra?
Dia 11, domingo, às 15h30.
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Divulgação
O Vento O vento mora no topo de uma montanha muito alta, habita uma gruta; o vento não fica quieto e sempre precisa sair. Ele dança, brinca, salta, faz sorrir e chorar. O vento é invisível, mas podemos senti-lo. Ele é mágico. Olha o vento ali... sumiu.
Dia 18, domingo, às 15h30.
O Canto dos Ratos Um pobre agricultor, que sempre ficava a observar os ratos no campo, costumava colocava a sua orelha no buraco para escutar o que se passava sob a terra. Mas o que ele ouvia? O que ele sentia?
Dia 25, domingo, às 15h30.
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42 RogĂŠrio Alves
Espetáculo
O Pequeno Príncipe Preto Com Douglas Resende, Junior Dantas e Rodrigo França (Rio de Janeiro RJ) O espetáculo discute o empoderamento e a autoestima de crianças e adolescentes negros que não se veem representados na maioria dos livros, bonecas e bonecos que lhes são oferecidos. Permeado por canções e brincadeiras, semeia o entendimento sobre a importância da valorização de questões como: diversidade, cultura, amor, generosidade, empatia e respeito, além de ressaltar a influência do aprendizado familiar para que as crianças cresçam fortalecidas.
Dia 10, sábado, às 16h. Galpão. 150 lugares. R$5,00 R$8,50 R$17,00 Grátis para crianças até 12 anos.
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Aline Capobianco
Espetáculo
Eleguá, Menino e Malandro Com o Clã do Jaboti (São Paulo SP) Eleguá era um príncipe muito esperto. Todo mundo tinha medo das suas artimanhas e malandrices de moleque. Mas um dia o menino botou o pé na estrada e foi descobrir o mundo... Até que um dia decidiu voltar! Mas nem tudo estava como era antes.
Dia 24, sábado, às 16h. Convivência. Grátis. Acesso Livre. A partir de 4 anos.
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turismo
PatrĂcia Ribeiro
Excursão
São Paulo das Africanidades São Paulo SP Religiosidade, história, cultura e gastronomia, um resgate da cultura afro na cidade de São Paulo. Neste roteiro serão apresentadas as manifestações que enriquecem a cultura local com seus belos ritmos, crenças e costumes e realçam a diversidade da capital.
15 a 18/11. Credencial Plena R$ 699,00. Não credenciados R$ 1.049,00. Inscrições e informações na Central de Atendimento.
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CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA Livre para todos os públicos. Não recomendado para menores de 10 anos. Não recomendado para menores de 12 anos. Não recomendado para menores de 14 anos. Não recomendado para menores de 16 anos. Não recomendado para menores de 18 anos, não será admitido o ingresso de menores de 18 anos, mesmo que acompanhados de pais ou responsáveis.
LEGENDAS Inteira. Aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escola pública com comprovante. Trabalhadores no comércio de bens, serviços e turismo credenciados no Sesc e seus dependentes: Credencial Plena.