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PALAVRA DO PRESIDENTE
EXPEDIENTE
Expointer é a nossa casa
DIRETORIA
É com entusiasmo que chegamos à 35ª Expointer realizada no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, neste espaço que conta com 141 hectares de área e 45.300 metros quadrados cobertos. Em 2012, mais de 6.200 animais de mais de 150 raças diferente estão sendo expostos.A visitaçao esperada é mais de 500.000 pessoas nos oito dias da feira. Números que fazem da Expointer uma das maiores feiras do mundo. Nós da Associação Brasileira de Criadores de Charolês estamos em casa , já que mudamos a sede da entidade para o Parque Assis Brasil, em 2011. Sede que antes estava em Santa Maria, também no Rio Grande do Sul. Neste ano, porém, comemoramos o aumento de 17% no número de inscrições de Charolês em comparação a 2011, totalizando 119 animais de criadores de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Nosso calendário de 2012 de exposições ranqueadas iniciou na Expo-Londrina, onde o Núcleo de Criadores do Norte do Paraná, presidido por Carlos Henrique da Silva, organizou um evento técnico, comercial e social de tirar o chapéu. Na Feicorte, participamos com 31 animais, após quatro anos de ausência no evento. O jurado Mr. Robert Williams (EUA), elogiou a qualidade dos animais apresentados, destacando o bom volume de carne, precocidade de acabamento e habilidade materna das fêmeas. Nos remates de outono a raça tem tido total liquidez no Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande Sul, deixando os criadores motivados e demonstrando que a raça está no caminho certo produzindo o Charolês Funcional. Por fim, gostaria de agradecer aos autores dos artigos, assim como aos parceiros que anunciam e prestigiam a nossa revista.
Presidente Joaquin Villegas (RS) Vice-Presidente Cesar Adams Cezar (RS) 1º Secretário Joaquim Francisco R.M. da Costa (RS) 2º Secretário Nilson Antônio Pagliosa (PR) 1º Tesoureiro Augusto Mascarenhas de Souza (RS) 2º Tesoureiro Carlos Henrique da Silva (PR) Diretor de Patrimônio Wilson Borges (RS) Diretor de Exposições Joahan Zuber Júnior (PR) Diretor de Divulgação José Carlos Berta Dorneles (RS) Dir. Coord. Deptº de Jovens Criadores de Charolês Fernando Salles Souto Ribeiro (RS) Diretora Deptº Feminino Hildegard V. Reinhofer (PR) Cleuza Mariza Agostini Deud (PR) Diretor Social Iriberto Tozzo (SC)
CONSELHO FISCAL EFETIVO Waldemir Appelt (RS) José Carlos Ferreira Trois (RS) Newton Bollis de Oliveira (RS) CONSELHO FISCAL SUPLENTE Dênis Ferreira Ribeiro (SP) Renan Mallmann Oliveira(RS) Cláudio Kellermann (RS)
CONSELHO DELIBERATIVO TÉCNICO Josef Pfann Filho (PR) Jamil Deud Júnior (PR) André Plastina Gomes(RS) Jorge Renato Campos Abreu (RS) André Corrêa Berta (RS) Rosalina Ribas Gonzales (RS)
Desejo a todos uma boa leitura! JoaquinVillegas Presidente
GERENTE ADMINISTRATIVO Sérgio Luiz da Rosa
REPÓRTER FOTOGRÁFICO Sérgio Luiz da Rosa - 11319 DRT/RS
Casa do Charoles: Parque de Exposições Assis Brasil - Pavilhão do Gado de Corte - BR 116 - km13 - Esteio/RS Telefone: (51) 3458.3919 www.charoles.org.br charoles@charoles.org.br
SECRETÁRIA ADMINISTRATIVA Luisa Basilio de Lima PROJETO GRÁFICO Troca de Ideias - Comuniçação 3
CHAROLÊS DEU SHOW NA EXPO-LONDRINA 2012
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Segundo o Presidente do Núcleo dos Criadores do Norte do Paraná, Carlos Henrique da Silva, “a Expo-Londrina serviu para comprovar o crescimento da Raça Charolesa no cenário nacional, uma representação significativa de animais, e com uma qualidade que superou as expectativas de todos criadores”.
Raça Charolesa esteve presente na ExpoLondrina 2012 com 54 animais de argola. O julgamento aconteceu nos dias 13 e 14 de abril, e esteve a cargo do Dr. Célio Arantes Heim. A raça atraiu a atenção de um público interessado nas qualidades que o Charolês representa para o gado de corte. Segundo Dr. Célio, ''a raça evoluiu muito em acabamento, tendo animais de tamanho mais moderados, com boa conformação, desenho e grande precocidade, confirmando o que já vinha observando em outras exposições''.
SUPREMA CAMPEÃ E GRANDE CAMPEÃ Gabiroba 0391 da Estrela
GRANDE CAMPEÃO Jacó 0498 de Estrela 5
CHAROLÊS EXPO-LONDRINA
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ESULTADOS DO JULGAMENTO E CLASSIFICAÇÃO:
Grande Campeão: Jacó 0498 de Estrela Criador e Expositor: Annemarie Pfann e Outros
Suprema Campeã e Grande Campeã: Gabiroba 0391 da Estrela Criador:Annemarie Pfann e Outros Expositor: Miguel Galdino e Ivan Gaidalo
Reservado de Grande Campeão: Konnan 587 do Tesourão Criador e Expositor Nelson João Klass
Reservada de Grande Campeã: Kátia 595 do Tesourão Criador e Expositor: Nelson João Klas
3º Melhor Macho Índio da LH Criador: Luiz H.Almerão de Oliveira Gomes Expositor: Annemarie Pfann e Outros
3ª Melhor fêmea: Isís da Estância Nova Criador e Expositor: Marco e Maurício Palmeira Checchia
RESERVADA DE GRANDE CAMPEÃ Kátia 595 do Tesourão
RESERVADO DE GRANDE CAMPEÃO Konnan 587 do Tesourão
Dr. Célio Arantes Heim 6
NOITE DE CONFRATERNIZAÇÃO NA CASA DO CHAROLÊS NA EXPO-LONDRINA
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Henrique e da sua esposaViviane. A seguir, foi entregue a premiação ao campeão do Ranking Charolês 2011. Melhor Expositor e Criador, Dr. Nelson João Klas, Cabanha Tesourão de Palmeira (PR). Dr. Nelson agradeceu a todos os participantes e destacou que o sucesso obtido é graças ao empenho de todos os seus colaboradores, finalizando seu discurso ao lado da esposa.
presidente do Núcleo de Criadores de Charolês do Norte do Paraná, Carlos Henrique da Silva, iniciou o evento dando boas vindas a todos participantes da ExpoLondrina 2012. Saudando em especial aos novos criadores da raça Charolesa presentes na feira. Segundo Carlos, ''é uma alegria ver que novos criadores estão valorizando cada vez mais a raça no Brasil''. A seguir foram entregues as premiações pelo julgamento dos animais na feira, julgamento que ficou a cargo do Dr. Célio Arantes Heim. O presidente entregou uma placa de agradecimento a Dra. Neusa Soni Jamus, responsável pelo setor animal da Sociedade Rural do Paraná, destacando que o sucesso da participação do Charolês na feira não seria possível sem a colaboração da mesma. Carlos H. Silva passou a palavra ao Sr. Joaquin Villegas, presidente da ABCCharolês. Villegas parabenizou o Núcleo pela participação da raça na Expo-Londrina, salientando em especial o grande empenho do presidente Carlos
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JURADO AMERICANO APONTA VENCEDORES DA RAÇA CHAROLÊSA NA FEICORTE
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grande momento da Associação Brasileira de Criadores de Charolês na 18ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne - Feicorte, que ocorreu em São Paulo, foi o julgamento da raça, comandado pelo experiente jurado americano, Dr. Robert Willians. Ele julgou animais de expositores do Rio Grande do Sul, Paraná e São Paulo e valorizou a representação da raça na pista da Feicorte. "Os animais apresentaram as melhores
características do Charolês, entre elas, bom volume corporal, bons aprumos e ótima genética", declarou. P a r a o p re s i d e n t e d a Associação Brasileira de Criadores de Charolês, Joaquin Villegas, o otimismo marca a participação de todos os expositores que foram à feira.“Estamos felizes pela expressiva participação da raça na Feicorte, isso demonstra o momento positivo que a raça Charolêsa está passando no país”, afirma.
SUPREMA CAMPEÃ CHAROLÊS FEICORTE 2012 Haspudia da Estância Nova
GRANDE CAMPEÃO CHAROLÊS FEICORTE 2012 Santa Tecla 2000 Pavarotti 8
CHAROLÊS FEICORTE
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Criador e Expositor:André Correa Berta Grande Campeão Charolês Feicorte 2012: Santa Tecla 2000 Pavarotti Criador e Expositor: Jamil Deud Junior
Grande Campeã e Suprema Campeã Charolês Feicorte 2012: Haspudia da Estância Nova Criador e Expositor: Marco e Maurício Palmeira Checcia
Reservado de Grande Campeão Charolês Feicorte 2012: Água Marinha 46 Poulard Criador e Expositor: Deniz Ferreira Ribeiro
ESULTADOS DO JULGAMENTO CHAROLÊS FEICORTE 2012
Reservada de Grande Campeã Charolês Feicorte 2012: Jotabe Fagulha
RESERVADA RESERVADA DE DE GRANDE GRANDE CAMPEÃ CAMPEÃ Jotabe Jotabe Fagulha Fagulha
RESERVADO DE GRANDE CAMPEÃO Água Marinha 46 Poulard
Dr. Dr. Robert RobertWillians. Willians. 9
CABANHA TESOURÃO RECEBE O TROFÉU THE BEST NA FEICORTE
Nelson João Klas, recebeu o troféu das mãos de Rubens de Vilhena Resstel
Foto: Divulgação Revista AG
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12ª edição do The Best, reconhecimento da Revista AG aos criadores campeões dos seus respectivos rankings de raça, foi muito concorrida por pecuaristas de todo o Brasil. Nelson João Klas, recebeu em São Paulo o The Best Raça Charolês, a importante premiação foi entregue em evento paralelo na 18ª Feicorte.
A RAÇA CHAROLÊSA NO BRASIL Amilton Cardoso Elias * ovelhas e dois carneiros Dishley-Rambouillet e sementes “de todas as árvores, plantas, hortaliças, etc., que se cultivam na Europa”. Os touros foram entregues para dois dos mais renomados criadores da região de Pelotas, que os utilizaram em cruzamentos com vacas já adaptadas.
1 – A introdução
A
porta de entrada do Charolês no Brasil foi o Rio Grande do Sul. E lá se vão 128 anos ... Que outra raça bovina ostenta o privilégio de ter sua introdução oficialmente registrada há tanto tempo? Os anais da Faculdade de Agronomia “Eliseu Maciel”, da Universidade Federal de Pelotas registram esse fato. Está lá, para quem quiser ler. Uma decisão governamental permitiu que se criasse naquela cidade a Imperial Escola de Medicina Veterinária e Agricultura Practica, no ano de 1883, que foi inaugurada pelo Imperador Dom Pedro II, em viagem que realizou àquela cidade, juntamente com a Princesa Isabel e muitos membros da Corte. Como nos é somente possível imaginar, as dificuldades eram imensas naqueles tempos. Tudo carecia de logística. Para que o novel educandário começasse a funcionar, o Governo Imperial mandou vir dos Estados Unidos da América, todo o material básico. Foram chegando mesas, bancos, escrivaninhas, quadros-negros, mapas, globos etc. Tudo aqui chegado e instalado deparou-se a Escola com uma dificuldade ainda maior. Faltavam professores. Travava-se, naquele período, uma luta insana contra a varíola, que grassava vitoriosa no Rio de Janeiro. Como o antídoto era muito caro, o Governo Imperial resolveu mandar vir da França o Dr. Claude Marie Rebourgeon, oriundo da famosa escola de Alfort e discípulo de Pasteur, que desembarcou então, na capital do Império, com a missão de produzir o antígeno. Tendo lá chegado e constatado que não havia as condições ideais para desenvolver seu trabalho, a solução foi enviá-lo para Pelotas, onde poderia estabelecer-se, já que ali fora inaugurada a Imperial Escola de Medicina Veterinária e Agricultura Practica. Ergueu-se, então, um laboratório (uma casinha com um banheiro) para que ele desenvolvesse suas pesquisas e produzisse o tão almejado antídoto. No ano de 1884, o professor Rebourgeon excursionava à Europa, de onde chegou a 26 de dezembro.Vinham com ele dois touros da raça Charolês, dois cavalos da raça Percheron, oito
2 – A evolução
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mbora não haja qualquer assentamento sobre o desempenho daqueles dois reprodutores junto ao criatório da região, é de se supor que tiveram influência bastante acentuada, pois ensejaram os primeiros conhecimentos sobre a raça, despertando nos criadores de então o desejo de importar animais puros, para utilizarem em seus rebanhos. Já se tendo consolidado o serviço de registro genealógico no Brasil, que tivera início no ano de 1906, por iniciativa do Dr. Leonardo Brasil Collares, um filho de Bagé, no Rio Grande do Sul, que se formara em agronomia na segunda turma da faculdade Eliseu Maciel, no ano de 1900, foram importadas, da França, as primeiras fêmeas da raça Charolês. Coube essa primazia ao criador Cypriano de Souza Mascarenhas, da fazenda Rodeio Bonito, localizada no município de Júlio de Castilhos, no Rio Grande do Sul. No mês de abril do ano de 1927 ele importou “Fadette” e “Formose”, ambas nascidas em fevereiro de 1926 e procedentes da criação de Achille Nandin Fils. Com Fadette o Herd-Book Collares abriu o Livro Genealógico da raça. Na parede da principal sala de trabalho, na Associação Nacional de Criadores “Herd-Book Collares”, em Pelotas, pode-se ver, num mesmo quadro, duas fotografias de Fadette.A primeira, que foi tirada ainda na França, quando ela tinha apenas 1 ano de idade e a outra aos 20 anos. Uma réplica daquele quadro foi doada à Associação Brasileira de Criadores de Charolês. A ABCC a mantém, orgulhosamente, na “Casa do Charolês”, nas dependências do Parque de Exposições “Assis Brasil”, em Esteio, também no Rio Grande do Sul. 11
A RAÇA CHAROLÊSA NO BRASIL CHAROLÊS NO BRASIL
Amilton Cardoso Elias *
estupendos. Em 1985 foram inscritos 514 exemplares, em 1986 foram 453, em 1987 contabilizaram-se 577, em 1988 o recorde de 610 e em 1989 foram 519. O Brasil acordou e começou a adquirir nossos melhores reprodutores, levando-os para Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Bahia... Proliferaram as associações de criadores. No Rio Grande do Sul criou-se a Associação Brasileira de Criadores de Charolês; em São Paulo, a Associação Paulista de Criadores de Charolês; no Paraná, a Associação Paranaense de Criadores de Charolês e em Santa Catarina, a Foto: Divulgação Associação Catarinense de Criadores de Charolês. Com o passar do tempo a paulista se desfez, a paranaense perdeu vigor, a catarinense ainda resiste e a brasileira continua atuante e pujante. Há muitos anos, deu-se início à criação de Canchin, um cruzamento com zebuínos, especialmente com Nelore, que veio a constituir uma associação própria.As associações de Canchin e a Brasileira de Charolês caminham juntas, entrelaçando seus objetivos comuns, num clima especialmente fraternal, de ampla cordialidade e cavalheirismo, sem qualquer espécie de antagonismo.
Fadette é motivo de júbilo para o Charolês brasileiro. Além de ter sido o primeiro animal da raça a ser registrado em nosso país, deixou um legado de 17 crias, num tempo em que não havia as modernas tecnologias reprodutivas. Àquele tempo, impensáveis eram as inseminações artificiais, as transferências embrionárias, as fertilizações in vitro e as transferências nucleares (clonagens). Mas Fadette não se importava com isso. Ela cumpriu com tudo o que se esperava dela, excedendo, em muito, qualquer expectativa e provando, já desde o início, duas das mais excepcionais qualidades do Charolês, no que tange à reprodução: a raça é excepcionalmente longeva e prolífera. Fadette morreu em 11 de novembro de 1948. Formose também deixou seu brilhante legado. Tendo morrido em 30 de março de 1944, deixou 9 filhos registrados. 3 – O vórtice
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raça se deu tão bem em nosso meio, que os campos gaúchos branquearam com a disseminação do Charolês. Eram tempos de abundância! O rebanho gaúcho chegou a ser considerado como o maior da raça em todo o mundo. Criou-se um slogan extremamente representativo, que
4 – O intermezzo
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á uma conhecida lei da Física que diz: “Tudo que sobe tem de baixar”. Parece que ela também se aplica à criação de gado. Todas as raças, historicamente, têm seu apogeu e, alguns anos depois, tendem a provar o dissabor do declínio, sendo absorvidas pelo que se costuma chamar de “raças da moda”.
“O gado de prata que vale ouro”. A espelhava todo um conceito de eficiência:
Expointer, nossa maior feira agropecuária, chegou a contabilizar a estupenda cifra de 610 exemplares na edição de 1988. Este foi o recorde, mas os cinco últimos anos da década de 90 foram igualmente 12
A RAÇA CHAROLÊSA NO BRASIL CHAROLÊS NO BRASIL
Amilton Cardoso Elias *
passaram a utilizar sêmen de reprodutores estadunidenses e canadenses que aqui haviam sido introduzidos e que apresentavam um biótipo ligeiramente diferente do brasileiro. Como aqueles animais eram de registro aberto (Purebred) em seus países de origem, não tardou para que se considerasse que os animais brasileiros, aqui registrados como Puros Por Cruzamento, pudessem competir em situação de igualdade com aqueles. É fácil de compreender o que se seguiu. Reunidos em assembléia geral, os criadores aprovaram o que se convencionou chamar de “progressão de registro de PC para PO”.As regras foram aprovadas pelo Conselho Deliberativo Técnico da ABCC, que as enviou ao Herd-Book Collares. O CDT do Collares as examinou e aprovou. Os criadores cujos rebanhos já cumpriram todas as exigências puderam registrar a terneirada nascida em 2011 no livro dos PO. O primeiro deles foi a Estância do Sá Brito, de propriedade da Parceria Rural Adolpho Guerra Gomes, localizada no município de Alegrete, no Rio Grande do Sul. O segundo foi André Corrêa Berta, da Estância da Figueira, no município de Arambaré, também no Rio Grande do Sul. Outros criatórios estão ultimando os preparativos para também se beneficiarem desta nova oportunidade.
As que são realmente boas resistem. Às vezes combalidas, mas resistem. O Charolês é um caso típico destes. Floresceu, vicejou, teve sua fase de crestamento, mas está reflorescendo. Pode-se dizer, até, que rejuvenescendo. É sabido que, na origem, o Charolês tinha três funções. A raça foi selecionada para trabalho, produção de carne e de leite. Compreende-se perfeitamente que o tamanho um tanto avantajado tenha sido forjado para cumprir a função trabalho, o que foi mantido em seu país de origem, a França. Aos poucos foi perdendo esse perfil, em função da substituição do trabalho animal pelo mecanizado. Igualmente, cedeu espaço para as raças especializadas na produção de leite. Selecionou-se, então, para a produção de carne, sem perder, naquele país, seu porte privilegiado em relação a várias outras raças carniceiras. No Brasil, também foi selecionado, durante várias décadas, conservando-se a característica de estatura avantajada, pois a tendência mercadológica de então assimilava esse tipo de animais. Mais recentemente, grande parte dos criadores entendeu que deveriam adotar uma mudança no porte dos animais, tornando-os menores e mais baixos, sem perder de vista a exuberância da produção de carne. Esta medida levou ao que se começou a chamar de “Charolês funcional”. Este novo biótipo nada mais é do que um animal com o mesmo padrão racial, mas com características que lhe são próprias, conferindo maior facilidade de parto e terminação mais precoce, sem perder sua identidade principal: rusticidade, ótima conformação, potencialidade em ganho de peso e excelente rendimento de carcaça, aliados a uma carne superior, com bom marmoreio e adequada gordura de cobertura.
6 – A progressão
A
Associação Nacional de Criadores “HerdBook Collares” está com texto em fase final para aprovação do seu Regulamento do Serviço de Registro Genealógico junto ao M i n i s t é r i o d a A g r i c u l t u r a , Pe c u á r i a e Abastecimento. Dele constarão as novas normas, tal como a seguir estão descritas.
5 – A modernidade
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s rebanhos brasileiros atuais foram sendo forjados, ao longo dos tempos, através de cruzamentos sucessivos com touros puros de origem, geralmente começando com vacas de outras raças ou sem raça definida, de forma a que se chegou a ter criações de puros por cruzamento com qualidade fenotípica bastante superior aos rebanhos puros de origem. Esses reprodutores sempre eram de origem francesa. De algum tempo para cá, muitos criadores
A – As normas sugeridas estão em consonância com a legislação atual, especialmente no que concerne à Portaria SNAP Nº 47, publicada em 15 de outubro de 1987. B – Serão registrados como PUROS DE ORIGEM (PO) os produtos originários de animais Puros de Origem, nascidos ou não no Brasil, portadores de documentos que assegurem a sua origem, bem 13
A RAÇA CHAROLÊSA NO BRASIL CHAROLÊS NO BRASIL
Amilton Cardoso Elias *
I – As inspeções relatadas no Artigo anterior darão direito à expedição de Certificado de Registro Definitivo, sem direito à marca, somente à tatuagem do símbolo HBC e do Código de Rebanho.
como os oriundos de cruzamentos absorventes, que atinjam número previsto de gerações para a raça e submetidos à inspeção zootécnica por Comissão de Julgamento ou Jurado Único do Serviço de Registro Genealógico da raça, atendidas as Normas aprovadas pelo Ministério da Agricultura. (Item 3.1, do Capítulo II, das Normas e Execução do Registro Genealógico – Portaria 47).
J – Quando o criador receber o Relatório de Avaliação do PROMEBO® poderá requerer inspeção para aplicação das marca P ou PP, FL ou FLFL de acordo com os resultados obtidos pelo animal no PROMEBO®.
C – Serão registrados como Puros de Origem (PO) os animais oriundos do registro de Puros Por Cruzamento (PC), que cumprirem as seguintes exigências:
K – Serão candidatos à Marca Simples (P) ou (FL) os animais que cumprirem o que já determina o Regulamento do Serviço de Registro Genealógico, no que concerne à Marca Simples, ou seja, animais com seleção apenas fenotípica. L – Serão candidatos à Dupla Marca (PP) ou (FLFL) os animais que cumprirem o que já determina o Regulamento do Serviço de Registro Genealógico, no que concerne à Dupla Marca, ou seja, animais com seleção fenotípica e resultado positivo no PROMEBO®.
C1 – Que tenham, no mínimo, quatro (04) gerações conhecidas, ou seja, o próprio indivíduo mais três (03) gerações de ascendentes; C2 – que pai e mãe tenham registro definitivo; C3 – que o pai seja PO ou, sendo PC, que seja marcado com Dupla Marca (FLFL); C4 – que a mãe tenha Marca Simples (FL), Marca Dupla (FLFL) ou seja PO; C5 – que os animais candidatos ao ingresso no Livro de PO estejam participando do PROMEBO®.
M – Serão candidatos à Dupla Marca (PP) ou (FLFL) as fêmeas classificadas até DECA 4 e os machos classificados até DECA 2, na avaliação no PROMEBO®.
D – É facultado ao criador dar continuidade ao registro de seus animais no Livro Genealógico dos PC, se ele assim o desejar. Caso queira, posteriormente iniciar os registros como PO, terá de cumprir as exigências ora estabelecidas.
N – A aplicação da Marca Simples é opcional, ficando a decisão por conta do Inspetor Técnico e do criador. Quando o animal que já recebeu a marca simples é reapresentado ao Inspetor Técnico, este, de posse do Relatório de Avaliação do PROMEBO®, verifica que o animal se enquadra nos índices requeridos, tem de aplicar a Dupla Marca.
E – Os animais oriundos do Livro de PC terão a sigla BR ao final do nome. F – Os animais registrados receberão um Controle Coletivo Provisório cujo documento terá validade máxima de 24 meses;
O – A aplicação das marcas só poderá de ser feita na região da omoplata (paleta).
G - A idade máxima para apresentar os machos à inspeção zootécnica será de 48 meses, sendo que não haverá limite para as fêmeas.
P – As normas aqui aprovadas aplicar-se-ão para os animais nascidos a partir de 1º de janeiro de 2011. * Engenheiro Agrônomo, Superintende da Associação Nacional de Criadores “Herd-Book Collares” e representante daquela entidade no Conselho Deliberativo Técnico da ABCC.
H – Os prazos para as inspeções zootécnicas permanecerão, à semelhança do que já acontece nos PO, preferentemente ao pé da vaca.
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UMA OUTRA FORMA DE ALIMENTAR BOVINOS – SEM FORRAGENS Rubem Frosi *
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amido, nas dietas de ruminantes), o maior risco deste sistema e o seu sucesso passa por controlar o quanto for possível a sua intensidade. O uso do milho inteiro também tem por objetivo reduzir a acidose ruminal. A decisiva recomendação de manter uma rotina de fornecimento e de manejo dos animais, evitando alterações bruscas durante o período de confinamento é indicada. Ainda, devemos manter os cochos sempre com a mistura, garantindo pequenas sobras como forma de termos certeza de que não há animais famintos. Queremos consumo regular. Nada de animais famintos que vão comer em demasia e sofrerão os efeitos da acidose. Por fim, cabe dizer que escolher animais mais jovens para confinar é o indicado, uma vez que apresentam melhor conversão alimentar e que este é o fator mais decisivo no resultado econômico. Fatores como o ambiente podem também determinar o sucesso ou o insucesso do confinamento. Deve ser uma preocupação do confinador o bem-estar animal. Exemplo de adaptação: 1-5 dias: 1% do peso vivo da mistura (15% concentrado + 85% de milho); 6-10 dias: 1,25% do peso vivo da mistura (15% concentrado + 85% de milho);
Foto: Divulgação
ovinos são ruminantes e como tal evoluíram no sentido de aproveitarem cada vez mais eficientemente dietas fibrosas. Mas, na medida em que o homem buscou incrementar a produtividade animal, aumentou o uso de alimentos mais concentrados (grãos de cereais, por exemplo), não fibrosos e mais ricos em amido. Essa alteração ocorreu junto com estudos que trouxeram informação sobre os parâmetros a respeitar para evitarmos problemas de desempenho animal, por excessos ou deficiências nutricionais importantes. O manejo da alimentação de animais destinados ao abate, em sistema de confinamento, é uma das práticas da pecuária em que adotam-se estes conceitos. Busca-se dietas a fim de obter o máximo ganho de peso, com o menor custo possível, respeitando limites para distintos nutrientes (proteína, energia, minerais, vitaminas, fibra, etc.) ou ingredientes (silagens, fenos, grãos, subprodutos, aditivos, etc.). E há uma novidade que mexe com estes conceitos: o sistema de confinamento sem forragens ou “Alto Grão”. Neste caso, nada de pastos, de silagens, fenos ou palhas são usados, após um período de adaptação. Os bovinos comem cerca de 2,5% do seu peso vivo diariamente, de uma mistura de concentrado protéico e milho em grãos inteiros. Ou seja, um animal de 300 kg comerá 7,5 kg/dia de alimentos concentrados, diariamente . Precisamos compreender como executar este novo sistema. A adaptação é um dos pontos mais importantes: os animais devem receber uma dieta em que vamos substituindo gradualmente os alimentos mais fibrosos. Não é errado pensar em adaptação de 20 a 30 dias. Para aqueles que pensam ser longa demais, é só visualizarem que a concentração nutricional do início da adaptação neste sistema, já é dieta próxima ou similar (nutricionalmente falando) de um confinamento tradicional, portanto com ganho de peso garantido. E a segurança está na adaptação. São a acidose ruminal e as suas consequências ( a c i d o s e r u m i n a l o c o rre s e m p re q u e desequilibramos a relação natural entre fibra e
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CHAROLÊS NO BRASIL
Nestes anos em que acompanho os confinadores, vi exemplos de sucesso neste sistema como foi o caso do criador de Charolês que obteve os números abaixo, em Major VieiraSC: 64 dias de confinamento; Adaptação por 15 dias com casca de soja e mistura de 20% de SUPRA MAXXIPESO ALTO GRÃO + 80% de milho em grãos inteiros; Depois, sem casca de soja, e mistura de 15% de SUPRA MAXXIPESO ALTO GRÃO + 85% de milho em grãos inteiros. GANHO DE PESO MÉDIO DIÁRIO NO PERÍODO TOTAL: 2,107 kg/animal/dia; RENDIMENTO DE CARCAÇAS MÉDIO: 55,7%
11-15 dias: 1,5% do peso vivo da mistura (15% concentrado + 85% de milho); 16-20 dias: 1,75% do peso vivo da mistura (15% concentrado + 85% de milho); 21-25 dias: 2% do peso vivo da mistura (15% concentrado + 85% de milho); 26-30 dias: 2,25% do peso vivo da mistura (15% concentrado + 85% de milho); 31 em diante: 2,5% do peso vivo da mistura (15% concentrado + 85% de milho); Começar com 1,5% do peso vivo diariamente de feno, por exemplo, e ir reduzindo na mesma proporção que aumenta a mistura concentrada. É possível adaptar com casca de soja, silagens, pastos e até palhas ou grãos fibrosos como aveia, considerando a umidade de cada alimento para definir a quantidade (silagem deve ser usada na proporção de 3x o feno, por exemplo, uma vez que tem um terço da matéria seca deste).
*Eng.Agrônomo M.Sc. Rubem Frosi Gerente Técnico – Ruminantes Alisul Alimentos S.A. – SUPRA
PARQUE DE EXPOSIÇÕES LACERDA WERNECK FONE: (42) 3622-2412 16
NÚCLEOS Foto: Sérgio Luiz da Rosa
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Núcleo dos Criadores de Charolês dos Campos Gerais promove III Brasil Sul de Charolês durante a 35ª EFAPI, a realizarse de 11 a 16 de setembro de 2012, no Centro Agropecuário de Ponta Grossa – PR Programação : Inscrições até 01/09/2012 Recepção de animais:
11 e 12 /09/2012 das 8 às 20 h Pesagem e Julgamento admissão: 13/09/2012 a partir das 9 h Julgamento de Classificação: 14/09/2012 a partir das 9 h Entrega de Prêmios: 15/09/2012 Saída dos animais: 17/09/2012 INFORMAÇÕES: 42 – 3223-3778
45 ANOS SELECIONANDO O MELHOR DO CHAROLÊS
CHAROLÊS NÚCLEOS
CHAROLÊS NA EXPOINGÁ 2012
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Núcleo Charolês do Norte, junto com o diretor de pecuária Sr. Jucival Sá, promoveram uma mostra da raça durante a ExpoIngá 2012. A vaca Gabiroba 0391 da Estrela, de propriedade de Miguel Galdino e Ivan Gaidalo, foi a grande campeã da mostra da raça Charolêsa, que fez parte da programação da 40ª Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Maringá e 17ª Internacional, a Expoingá 2012. O julgamento foi realizado no dia 19 de
maio, na Pista Professor José Quirino, no Parque Francisco Feio Ribeiro, sob responsabilidade do Dr. Fernando Nobre. A Agro Mercantil Vila Rica foi considera a melhor expositora. Annemarie Pfann conquistou o título de melhor criadora. O presidente do n ú c l e o , S r. C a r l o s Henrique da Silva, fechou parceria com a Sociedade Rural de Maringá para promoverem juntos um grande leilão da raça Charolês, em 2013. Foto: Divulgação
Apoiado pela Associação Rural de Bagé, o Engenheiro Agrônomo Leonardo Brasil Collares, um bageense nascido no ano de 1876, na Estância Nova, nas Palmas e formado pela Faculdade de Agronomia “Eliseu Maciel”, de Pelotas, no ano de 1900, tendo colado grau em abril do ano seguinte, criou o Serviço de Registro Genealógico, organizando o primeiro "Herd-Book" do Brasil. Entendia ele, já naqueles tempos, a imperiosa necessidade de se manter a crônica genética dos animais de reconhecida importância econômica, visando à organização de exposições e ao necessário melhoramento das espécies. A Associação Nacional de Criadores "Herd-Book Collares", progressão da antiga Associação do Registro Genealógico Sul Riograndense, fundada também em Bagé, no ano de 1921, contempla em sua denominação uma justíssima homenagem àquele ilustre brasileiro. Entidade sem fins lucrativos, a ANC, como é mais conhecida nos dias atuais, tem sob sua responsabilidade a coleta, estruturação e manutenção da base de dados formadora do Arquivo Zootécnico Nacional, de várias raças bovinas de origem Européia e suas cruzas, por delegação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Abrangendo inicialmente qualquer das espécies úteis ao homem, o serviço começou a funcionar, efetivamente, somente em 1906, quando foram registrados os primeiros animais, embora estivesse devidamente estruturado desde 1904. Na antevisão dos dirigentes da época, que entendiam ser aquela uma justificável divisão do trabalho, acabou por focalizar seus objetivos no registro das raças de corte e mistas, todas de origem Européia. Entretanto, a entidade iniciou as atividades de registro genealógico para outras raças e espécies. Foi o que aconteceu com Holandês e Jersey, ambas especializadas na produção de leite. Até a criação da ARCO (Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos), teve sob sua responsabilidade a condução dos registros de todas as raças daquela espécie. Organizada a entidade, transferiu os livros originais à novel coirmã. Procedimento igual ocorreu com as espécies caprina e suína. No que se refere aos equinos, deu início aos registros das raças Árabe e Crioulo, entre outras. A Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos foi criada sob seus auspícios, também com o sempre precioso apoio e nas dependências da Associação Rural de Bagé, no distante ano de 1932. Percebendo a necessidade que a Associação do Registro Genealógico Sul Riograndense tinha de ter sua própria sede social, a Diretoria da época adquiriu o imóvel que mantém até os dias de hoje, à Rua Anchieta, 2043, em Pelotas, pelo valor de Cr$ 70.000,00 (setenta mil cruzeiros), no dia 17 de dezembro de 1942. O vendedor foi o senhor Cássio Brutus de Almeida, conforme consta do 1º Registro de Imóveis de Pelotas. Um ano antes, em 20 de novembro de 1941, a Associação do Registro Genealógico já havia acordado com o Dr. Leonardo Collares acerca “dos direitos que possa ter à propriedade dos elementos constitutivos, ou componentes, da repartição do registro por ele criado, em favor da A.R.G.S.Rg., a cujo patrimônio também incorpora a sua Biblioteca particular”. A Biblioteca foi comprada pela quantia de três contos de réis (3:000$000), pagos no ato da assinatura, acrescendo-se trinta por cento (30%) da renda bruta proveniente dos emolumentos cobrados pelos serviços de registros a cargo da Associação, pelo prazo de vinte (20) anos (de 1940 a 1959) e lhe será creditada, depois de cada balanço, a si, ou aos seus descendentes. Naquela ocasião, a Associação do Registro Genealógico elegeu o Dr. Collares como Zelador Perpétuo do Registro. Atualmente, a ANC está inscrita no cadastro geral do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, sob nº 12, na série Entidades de Âmbito Nacional. Detém delegação para executar, em todo o território nacional, o registro genealógico de 20 raças bovinas (Aberdeen Angus, Ayrshire, Blonde d’Aquitaine, Charolês, Devon, Dinamarquesa Vermelha, Flamenga, Galloway, Gasconne, Hereford, Herens, Lincoln Red, Maine Anjou, Normando, Pinzgauer, Red Poll, Salers, Shorthorn, South Devon e Tarentaise), assim como para três raças eqüinas (Morgan, Percheron e Marchador do Tennessee). Em consonância com o que determina a legislação vigente, a ANC presta atendimento a todos os componentes de seu quadro social e, também, a uma série de criadores não associados. Além dos serviços de registro genealógico, a entidade disponibiliza aos seus usuários dois programas de avaliação de performance em bovinos: o CDP – Controle de Desenvolvimento Ponderal, desde 1970 e o Promebo® – Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne, desde 1974. Até o final do primeiro semestre deste ano foram registrados 1.806.944 animais. Desse total, 1.803.761 são bovinos, dos quais, 1.336 foram feitos de forma terceirizada para a Associação Brasileira de Blonel, conforme contrato firmado entre as duas entidades. Os outros 3.183 são equinos.
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CHAROLÊS – UMA MÁQUINA DE PRODUZIR CARNE Eldomar Kommers*
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m Cruzamento Industrial é o bezerro mais pesado e mais valorizado do Brasil – o diferecial está no peso que imprime.
Fotos: Divulgação
CHAROLÊS FUNCIONAL demonstra, a campo, suas grandes qualidades em cruzamento com Zebuínos.
Vacas NELORE com ½ sangue CHAROLÊS ao pé, em ponto de desmama, em Santo Antonio da Platina – PR
Observamos em diversas regiões do Brasil, tais como: Arambaré – RS, Abelardo Luz – SC, Santo Antonio da Platina- PR, Clevelandia – PR, Mangueirinha – PR, Dois Vizinhos – PR, Londrina – PR, Dourados – MS, Jardim – MS, Ponta Porã – MS, Camapuã – MS, em propriedades de clientes que utilizam esta excelente ferramenta que é a genética CHAROLÊS, imbatível em padrão de animais produzidos e, principalmente, ótimo peso a desmana e terminação. Temos observado desmamas aos 07 a 08 meses, atingir com facilidade pesos de O8 a 10 @ em manejo tradicional e desmamas superiores a 10 @ quando da utilização de Creep Feeding (suplementação ao pé da vaca).
Vacas NELORE com ½ sangue CHAROLÊS ao pé, na região de Jardim – MS.
Comercialmente - cruzados charolês confirmam suas qualidades e sua valorização.
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CHAROLÊS – UMA MÁQUINA DE PRODUZIR CARNE CHAROLÊS UMA MÁQUINA
Quadro comparativo de vendas de Eldomar Kommers* cruzados Charolês X Nelore em algumas praças do Brasil:
COMERCIALIZAÇÃO DE ½ SANGUE CHAROLÊS X NELORE EM 2012 Local
Valores/cab
Nº de animais (M/F)
(até 12 meses) Data
Sto. Antonio Plat. – PR
R$ 815,00
22 (F)
12/06/2012
Mafra – SC
R$ 1.000,00 R$ 900,00
128 (M) 114(F)
05/06/2012
Campos Novos – SC
R$ 880,00 R$820,00
79 (M) 47(F)
19/05/2012
Ponte Serrada – SC
R$ 950,00 R$ 750,00
147 (M) 141 (F)
13/05/2012
Passos Maia – SC
R$ 990,00 R$ 820,00
72 (M) 47 (F)
05/05/2012
R$ 963,00
66 (M)
01/04/2012
R$ 905,00 R$ 707,00
31 (M) 72 (F)
29/03/2012
Pinhão – PR Sto. Antonio Plat. – PR
*FONTE- PORTAL DBO
idade, em condição de confinamento, ou a partir dos 18 meses em condições de pasto. Animais com 18 a 20 @ no abate é normal para novilhos, sem duvida, o retorno é garantido e compensatório para quem investir nesta genética. Cabe destacar, também, que quando falamos que o PLUS esta no diferencial de peso que o Charolês imprime, comparado com outros cruzamentos, ele atinge todo o rebanho, sem qualquer seleção ou classificação la no frigorífico. A produção do universo do rebanho que utilizou esta genética é beneficiado, sem qualquer discriminação.
Os números falam por si, as excelentes cotações que os cruzados CHAROLÊS recebem no mercado, tanto Machos como Fêmeas e comprovam o acerto quando utilizada essa genética fabulosa. Para quem faz terminação, ou para quem adquire bezerros para terminação, também não é diferente. O retorno é rápido com novilhos que ganham peso, precoces na terminação, pesados e ótima cobertura de gordura na carcaça. ` Os frigoríficos exportadores preferem este tipo de carcaça pesada e uniforme. Mercados mais exigentes, que pagam mais, preferem peças grandes e uniformes Dependendo da condição alimentar, os novilhos se aprontam a partir dos 14 meses de
Cruzados Charolês x Nelore terminados a campo em Arambaré – RS
*Eng. Agrônomo Eldomar Kommers E R K O M M E R S – CONSULTORIA erkommers@yahoo.com.br
Cruzados Charolês x Nelore terminados em sistema Alto Grão na região de Dourados – MS 22
CHAROLÊS LEILÃO
PISTA LIMPA NO XI LEILÃO SANTA TECLA
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pela media de R$ 5.740,00, e as duas receptoras prenhas foram vendidas por um total de R$ 10.360,00. O maior investidor do evento foi Altair Sarda de Clevelândia – PR, que adquiriu 5 touros por um total de R$ 33.880,00. Quem vendeu foi como leiloeiro Max Ted Teixeira e a leiloeira a Pampa Remates.
Fotos: Divulgação
oram atingidos todos os objetivos do XI LEILÃO SANTA TECLA no último dia 21 de julho. Contando com a presença de mais de 350 pessoas, tanto vendedores quanto clientes ficaram satisfeitos com o material e a qualidade genética apresentada pela Santa Tecla. Um dos fatos que chamou a atenção foi a precocidade dos animais. No caso dos Touros Charolês, a idade média era de 20 meses. No total, foram vendidos os 38 lotes do leilão, com um faturamento de R$ 252.100,00. No Charolês foram ofertados Touros PO, Terneiras PO e Receptoras prenhas. No Crioulo, as ofertas foram de éguas prenhas, de serviço e coberturas do garanhão Pai de Fogo. Outro destaque foi a média dos 26 Touros vendidos a R$ 8.100,00, sendo o Touro mais valorizado comercializado a R$ 11.200,00, da Santa Tecla Pachola para Ligia Dallo Glio de Campos novos – SC. Outro destaque foram os 25 compradores do leilão dos estados de SC e PR. As Terneiras PO foram comercializadas
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CHAROLÊS LEILÃO
8º CHAROLÊS DO CONTESTADO NEGOCIA GENÉTICA CATARINENSE
N
a tarde de domingo, 1º de julho, foi realizado no Parque de Exposições Nova Vicenza, em Água Doce, (SC), o 8º Leilão Charolês do Contestado. O remate foi promovido pela parceria entre Marcus Antônio Gonzatto, criador da raça há mais de 20 anos na Cabanha Santa Lúcia, no município; e Nilson Antônio Pagliosa, proprietário da Cabanha Pagliosa, em Alberto Luz, no Norte catarinense. Os dois criatórios são reconhecidos pela tradição e pelo forte investimento em genética, por isso o remate tornou-se um balizador de preço para animais da raça na região. Foram comercializados 31 touros, oito
fêmeas e um ovino da raça Texel.A receita totalizou R$ 194.460 em um total de 40 animais. Os reprodutores foram negociados à média de R$ 5.170. Entre eles, um ganhou destaque por R$ 7 mil. Da seleção de Gonzatto, o touro foi adquirido pelo senhor Joaquim Ribeiro Becker. A venda de fêmeas contabilizou seis exemplares a campo pela média de R$ 3.500, e dois de elite a R$ 6.580. O único ovino ofertado na t a rd e fo i a rre m a t a d o p o r R $ 1 . 0 0 0 . A organização ficou por conta da Pampa Remates, com trabalhos a cargo de Cândido Scholl.
CHAROLÊS LEILÃO
FAZENDAS PARAÍSO & TARUMÃ: SUCESSO DE VENDAS NA EXPOAGRO
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com uma média geral na venda de R$ 5.400,00. Leiloeiro:Vadico Vendedores: Fazenda Paraiso - Claudio Kellerman - Piratini RS Cabanha Tarumã - Dirceu Neto Dorneles Camaquã - RS Venda total – Pista Limpa, 33 Touros O lote mais caro (R$ 8.320) foi o 15, um touro mocho de 33 meses comprado Carlos Roberto de Lima e vendido por Claudio Kellerman. O maior comprador foi Augusto Cesar Moura, que comprou 06 touros por R$ 32.000,00.
Foto: Divulgação
ais um leilão com a chancela da Associação Brasileira de Criadores de Charolês (ABCCharolês) foi realizado com grande êxito. Desta vez o evento foi realizado pelas fazendas Paraíso e Tarumã, no dia 14 de maio, no Parque de Exposições de Dourados (MS).Todos os lotes de animais ofertados pela Trajano Silva Leilões de Campo Grande (MS) foram arrematados, confirmando a grande procura por Touros da raça Charolêsa no Mato Grosso do Sul. Compradores das cidades de Campo Grande, Jardim, Laguna, Dourados, Sete Quedas, Ponta Porã e Rio Brilhante, participaram do evento, assegurando a venda total dos animais leiloados,
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CHAROLÊS LEILÃO
EVENTOS COMERCIAIS DA CONEXÃO CHAROLÊS BRASIL NO MÊS DE MARÇO ATINGEM PLENOS OBJETIVOS
I
Foto: Divulgação
niciando a agenda de Leilões de 2012, tanto na Expo-Umuarama (03/03/12) como na EFAPI em Santo Antonio da Platina (29/03/12), o sucesso foi total. Apesar das médias não serem iguais as atingidas no ano passado. O clima do sul do Brasil e o valor da @ do boi tiveram a sua influência na cotação dos animais vendidos. O importante é destacar a liquidez que os produtos da Conexão estão atingindo. Na Expo-Umuarama, na retomada desta praça depois de quase 10 anos sem a presença do Charolês na feira, houve muito interesse sobre os produtos ofertados, os pecuaristas reconheceram o trabalho da Conexão na seleção do perfil funcional dos animais, foram vendidos 19 touros numa media de R$ 5.800,00 por animal. O maior comprador foi Célio Batista Martins Filho de Umuarama que comprou 03 touros por R$ 17.440,00, sendo que o mais valorizado (Santa Tecla 1890 Pavio Curto) saiu por R$ 6.800,00, e foi vendido para Candido Garcia da UNIPAR (Universidade do Paraná), que faz um trabalho de pesquisa com o Cruzamento Industrial (Charolês X Nelore). Em Santo Antônio da Platina (EFAPI 2012), este ano no terceiro leilão da Conexão que iniciou as vendas nesta praça em 2010, já é um mercado consolidado. Foram vendidos no inicio animais cruzamento Charolês X Nelore, já filhos dos touros vendidos em 2010, somaram em torno de 125 animais, 31 touros e 02 novilhas prenhas. O
Foto: Divulgação
faturamento total foi de R$ 274.560,00, sendo que no cruzamento os machos atingiram a media de R$ 880,00 e as fêmeas R$ 710,00. Nos touros a média foi de R$ 6.008,00 e nas fêmeas prenhas R$ 5.440,00. O maior comprador foi Sebastião Vitral dos Santos Furtado que investiu R$ 28.000,00, na compra de 05 touros. O touro mais cotado foi Santa Tecla 1932 Primor que foi adquirido pela Botanic Brasil Com. de Produtos Naturais Ma, de Curitiba, pelo valor de R$ 8.000,00. Cabe destacar do 3º Leilão Charolês Norte Pioneiro a liquidez total dos animais e a grande qualidade e uniformidade da apresentação dos Touros Charolês e dos cruzamentos apresentados. O resultado destes eventos é de que o trabalho da Conexão Charolês Brasil esta no rumo correto e que o Perfil Funcional do Charolês é cada vez mais aceito pelos Cruzadores do Brasil.
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C H A RO L Ê S P RO G R E S S Ã O
ESTÂNCIA SÁ BRITO É PIONEIRA NA PROGRESSÃO DA RAÇA CHAROLÊSA
A
novo caminho de registros com origem de procedência''. Para o Presidente da Associação Brasileira de Criadores de Charolês (ABCCharolês), Sr. Joaquin Villegas, foi uma grande satisfação a primeira progressão ser realizada na Estância Sá Britto. "A cabanha tem uma seleção de charolês muito séria e criteriosa, alicerçada em mais de trinta anos de PROMEBO''. Segundo Dr. André Plastina Gomes, da Parceria Rural Adolpho Guerra Gomes e Filhos, "o importante é que essa progressão de status está confirmando mais de sessenta anos de registro e trinta anos de avaliação genética, selecionando animais nas nossas condições, sempre procurando identificar os gados com a maior capacidade de adaptação ao nosso ambiente de criação''.
Estância Sá Brito, em Alegrete (RS), é pioneira na progressão de animais da raça charolês para o registro PO. Noventa animais tiveram confirmados essa mudança de status e foram tatuados no último sábado, 14 de julho de 2012, na sede da Estância. Diversas autoridades prestigiaram o evento, entre elas o presidente da Associação Nacional de Criadores "Herd-Book Collares", Dr. Mário Ubirajara Rota Anselmi, o superintendente da ANC, Dr. Amilton Cardoso Elias, o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Charolês, Sr. Joaquin Villegas, o titular da Agenda Leilões, Dr. Homero Tarrago Filho, o vice-presidente do Sindicato Rural de Alegrete, Dr. Augusto Monteiro, além da imprensa local e convidados. Na oportunidade, Dr. Joaquim Francisco R. M. da Costa, lançou à reeleição da ANC o presidente Mario Ubirajara. Segundo Joaquim, "a Associação mudou de perfil nos últimos anos, pois está atendendo muito melhor os associados e se encontra em uma situação econômica estável", declarou. Mario recebeu o apoio de todos os criadores presentes na atividade. Ubirajara disse ter ficado honrado com as palavras de apoio recebidas, e comentou "que apesar dos interesses particulares e familiares, devemos também nos doar pela classe". Ao fim, prometeu estudar a solicitação dos amigos e associados da ANC. Ele ainda aproveitou para enaltecer a Estância Sá Britto, salientando a qualidade do trabalho apresentado a todos. "Dr.André Gomes e Família estão de parabéns, pois estão abrindo um 28
CHAROLÊS EM FOCO
Foto: Divulgação
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por Sérgio Luiz da Rosa
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