Capitão america

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Apresentação

Somos alunos criativos do terceiro período de Jornalismo diurno e vamos falar mais acerca do processo do Imperialismo Cultural, mais precisamente de seus conceitos e conseqüências no universo da influência cultural exercida/imposta pelos ditos países “imperiais” sobre os seus “dominados”. Vamos abordar tal tema sob a perspectiva existente nos estudos culturais referentes ao modelo Latino-Americano de pesquisa em Comunicação, dando uma maior ênfase à forma de subordinação proposta pelos Estados Unidos da América; sobretudo, após o término da Segunda Guerra Mundial, contemporaneamente ao período da Guerra Fria. Realizaram esse trabalho os alunos Arthur Gomes Moura e Marcel Henrique Leite, como requisito a obtenção de nota na disciplina Comunicação Comparada, ministrada pelo Professor Clayton Santos. O objeto de estudo analisado foi o quadrinho do Capitão América.


Contexto HisTÓRICO:

A Segunda Guerra foi fortemente marcada pelos conflitos de interesse entre a Tríplice Entente e a Tríplice Aliança, dando uma pequena amostra do embate ideológico que se estenderia após o conflito armado. Durante a Guerra, havia a liderança da Alemanha nazista de Hitler, de um lado, e do outro o comando dos EUA de Roosevelt. No período subseqüente, houve uma troca. O inimigo ianque passou a ser a URSS de Stalin, ex-aliada norte-americana

Imperialismo cultural é o nome dado a um conjunto de políticas que têm por objetivo ampliar a esfera de influência geopolítica de um país sobre outro (ou outros), impondo-lhe(s) a sua cultura. Essa espécie de imposição provém desde os primórdios da Antiguidade, no momento de ascensão e crescimento do império de Alexandre Magno. Porém, o auge desse tipo de domínio se deu do meio para o final do século XX, sob as rédeas da ideologia norte-americana.

NÃO CONFUNDA! o conceito de Imperialismo Cultural com de Imperialismo propriamente dito. O Cultural diz respeito ao domínio de influência de uma nação sobre as demais, já o outro abrange sua dominação para o âmbito político e econômico. Isso não anula o fato de que os dois conceitos possam estar intimamente ligados.

O choque de duas ideologias opostas, a capitalista e a socialista, gerou as tensões pós-guerra. A busca por zonas de influência era a grande particularidade do mundo naquela época. Era a Guerra Fria. Um belo exemplo disso foi a construção do Muro de Berlin, que era o símbolo mor dessa discrepância das duas formas de pensar, tanto que sua queda foi o estopim do fim dessa corrida ideológica.


Capitão américa nos quadrinhos Foi, justamente, nesse contexto histórico que se deu o surgimento do personagem Capitão América, que se trata do alter ego de Steve Rogers, um personagem de HQ da Marvel Comics. Foi criado por Joe Simon e Jack Kirby, apareceu pela primeira vez em 1941. O Capitão América foi o maior

de uma onda de super-heróis surgidos sob a bandeira do patriotismo estadunidense, que foram apresentados ao mundo pelas companhias de histórias em quadrinhos, durante os anos da Segunda Guerra Mundial. O Capitão América enfrentou as hordas nazistas no período de conflito. Sua história se baseia em um fraco e esquelético rapaz, que deseja de qualquer forma participar dos esforços norte-americanos para vencer a guerra. Ao ter seu alistamento recusado por sua saúde debilitada, ele deixa claro estar disposto a fazer qualquer coisa para ajudar na guerra. Esse “qualquer coisa” é tão literal que ele se torna parte de um experimento para a criação de soldados superiores em tudo: o “projeto supersoldado”, que consistia em um soro especial e a radiação de raios gerando um crescimento físico geral, tornando um ser debilitado como Steve Rogers em um superatleta musculo-

so, forte, veloz e ágil. O maior rival do Capitão América era, exatamente, o Caveira Vermelha, que, na verdade, se tratava de Johann Schmidt, filho de um camponês analfabeto e bêbado. Sua mãe morreu ao lhe dar a luz e seu pai, que tentou afogá-lo por causa disso em uma bacia e foi contido pelo obstetra, logo em seguida suicídou-se. Schmidt fugiu aos sete anos do orfanato onde foi criado, cresceu nas ruas da Alemanha, sendo preso varias vezes por pequenos crimes. Hitler encontrou Schmidt quando esse trabalhava como camareiro em um hotel onde o líder nazista se hospedou. Hitler o treinou pessoalmente, oferecendo ao final do processo uma mascara vermelha no formato de um crânio e o nome que carrega até hoje(simbolo da supremacia nazista). Sua reputação era tão grande que chegou a assustar seu proprio criador. O vilão chegou a se auto proclamar o herdeiro da vilania de Hitler e continuou com seus planos na-

zistas, sendo sempreconfrontado pelo Capitão América. Após fracassos em suas cruéis empreitadas, muda sua filosofia para a Anarquia, considerando o nazismo ultrapassado. O Caveira Vermelha é odiado pelos vilões americanos, só conseguindo u tilizá-los quando permanece em segredo.


o IMPERIALISMO EMBUTIDO

A tendência dominante subentendida nas entrelinhas do quadrinho é nítida na produção das fábulas de série.

Um aspecto bastante peculiar na elaboração das histórias do “Herói Americano” é a maneira com que o personagem foi utilizado como um instrumento de propagação do ideal norteamericano. A veiculação do quadrinho em outros países foi utilizada exatamente dessa forma, ajudando a vincular o sentido ideológico dos Estados Unidos aos pensamentos e conclusões de outras nações. Para que, com isso, pudessem, de certa forma, realizar a manutençãode sua dominação, de um jeito diferente do empregado em outros tempos, por outros Estados que dotassem dessa linha de pensamento imperialista. Essa é apenas uma das maneiras empregadas pelos EUA para manter suas zonas de influência, sobretudo na América Latina. Para os governantes da Terra do Tio Sam, assim como os líderes dos outros países “imperiais” a comunicação é de funda-

mental importância para assegurar e manter a dominação econômica e a hegemonia política sobre os demais. Isso é, veridicamente, o que ocorre nas relações entre Estados Unidos e as nações latinas subdesenvolvidas. Na grande maioria dos casos, são utilizados mecanismos de influência como as agências de notícias e de publicidade, as firmas internacionais de opinião pública, livros, filmes,músicas, entre outros meios midiáticos. Um belo exemplo disso foi o Chile precedente ao golpe de estado dado por pinochet, quando, durante o governo de Salvador Allende, houve um aumento bastante c o n s i d e r á ve l na importação dos programas norte-americanos.

Outro ponto que merece ser frisado é o fato de haver certa oS OUTROS VILÕES conveniência na criação dos vilões da série. A maioria deles é atrelada aos opositores políticos e ideológicos do país em dada época. No início, o principal vilão do Capitão América era um nazista, curiosamente no período da Segunda Guerra Mundial.Logo após, o alvo se transferiu para comunistas soviéticos e chineses.

barão zemo: Ciêntista da elite nazista durante a Segunda guerra

Aleksander Lukin: ex-general soviético, parceiro do Caveira Vermelha.

Hate-monger: Ele é na verdade um clone do ditador Adolf Hitler

Yellow Claw: chefão da máfia na china comunista



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