ESPECIAL BTL 2016
A diversidade de uma região à conquista do “planeta” A BTL - Feira Internacional de Turismo abre hoje portas e pelos cerca de mil expositores devem passar mais de 70 mil visitantes. A diversidade (e qualidade) do território dos 100 municípios que compõem a Turismo Centro de Portugal vai ser levada até Lisboa em diversas iniciativas nestes dias do importante certame.
Introdução | 03
Suplemento BTL 2016
FICHA TÉCNICA Março 2016 Director Adriano Callé Lucas Directores-adjuntos Miguel Callé Lucas, J. C. Galiano Pinheiro, Arménio Travassos e João Luís Campos (director-adjunto executivo) Textos Bruna Santos, Catarina Tomás Ferreira, Célia Domingues, Helena Amaro e Patrícia Isabel Silva. Fotografia Arquivo. Coordenação Comercial Mário Rasteiro Vendas: Ana Lopes, Lídia Saraiva e Mário Carrola Design Gráfico Pedro Seiça Publicidade Carla Borges e Guilherme Busato Impressão FIG – Indústrias Gráficas, S.A. Tiragem: 20.000 exemplares
Turismo é o sector que pode ajudar a fazer a diferença
N
uma época de grandes dúvidas a nível económico, o sector do Turismo tem assumido em Portugal um crescente protagonismo. Os números têm vindo a melhorar, ano após ano, com cada vez mais turistas a visitarem o nosso país. A segurança, o clima e a progressiva estruturação do sector são pontos cruciais que têm dado os seus resultados. É muita a esperança que se deposita no Turismo para ajudar a melhorar a economia do país e, ao mesmo tempo, ajudar a combater as desigualdades territoriais. Neste contexto, a BTL - Feira Internacional de Turismo, surge como uma viagem determinante para todo o território nacional. Quer nos primeiros dias, dedicados aos profissionais da área, quer no fim-de-semana, aberto ao público em geral, este certame apresenta-se como um palco de excelência para a promoção dos muitos projectos em curso e que neste suplemento damos a conhecer com um especial enfoque na área abrangida pela Turismo Centro de Portugal.
04 | Expectativas para 2016
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Consolidar crescimento com privado e público juntos Investimento Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, acredita que é possível que Portugal se afirme cada vez mais como destino turístico de excelência mundial A secretária de Estado do Turismo considera que as expectativas para o turismo em Portugal para 2016 são positivas e de crescimento e defendeu que o caminho da consolidação é o sector público e privado trabalharem juntos. Questionada recentemente sobre as expectativas para o turismo em Portugal em 2016, Ana Mendes Godinho declarou que as expectativas são "bastante positivas". "Do que eu tenho ouvido dos empresários e das associações, a procura para 2016 tende até a aumentar. Portanto, temos uma expectativa ainda de mais crescimento", referiu Ana Mendes Godinho, à margem do XI Fórum Internacional de Turismo. Ana Mendes Godinho defende que a lógica para consolidar o crescimento do turismo português é trabalhar em parceria entre o sector público e o privado, para garantir que Portugal se afirme cada vez mais como um "destino turístico de excelência mundial". "O grande desafio é de facto acrescentar valor”, fazer com quem procura Portugal “gaste mais dinheiro, que fique mais tempo e conheça mais destinos” no país, considerou a secretária de Estado do Turismo. "O Turismo é um sector que representa 16% das exportações totais", recordou Ana Mendes Godinho, referindo que a actividade tem tido "capacidade de crescer com a sua resiliência face aos contextos económicos adversos", demonstrando que é uma aposta ganha, sem "baixar os braços". Segundo a secretária de Estado do Turismo, "a sorte constróise" e deu como exemplo a aposta nas companhias aéreas de baixo custo, as chamadas ‘low cost'. Em 2004 não havia ‘low cost' em Portugal e chegavam 10 milhões de turistas via aérea. Em 2015, Portugal teve 20 milhões a chegar pelos aeroportos, informou.
Fundo de captação de rotas E foi na abertura desse Fórum Internacional de Turismo que
Ana Mendes Godinho, responsável governativa pela pasta do Turismo, visitou em Coimbra vários projectos turísticos Ana Mendes Godinho anunciou a criação de um novo fundo de captação de rotas até ao final do primeiro trimestre deste ano para garantir que o destino Portugal tem capacidade de ser atractivo. “Neste momento estamos a preparar e a ultimar um fundo de captação de rotas para, no fundo, garantir que os nossos destinos têm capacidade de ser
atractivos em termos de rotas aéreas", declarou Ana Mendes Godinho. "O que me interessa mesmo é que existam rotas e que os turistas cheguem aos destinos portugueses", declarou Ana Mendes Godinho, recordando que o fundo de captação de rotas já existiu no passado e que terminou no final de 2015. Questionada pela Lusa sobre quando estaria pronto o fundo
de captação de rotas, a secretária de Estado do Turismo não quis avançar datas, mas afirmou que está a trabalhar para que seja concluído no primeiro trimestre deste ano e que seja lançado o mais breve possível para garantir a competitividade aérea do destino de Portugal. Segundo Ana Mendes Godinho, este fundo vai ajudar a "promover rotas turísticas junto
dos mercados", ou seja Portugal vai estar a promover o destino nos países onde estas rotas têm ligação. O fundo de captação de rotas funciona na dinamização e promoção junto dos mercados emissores, naturalmente que as rotas estão interessadas, porque é uma forma de dinamizarem o seu próprio tráfico dessas rotas, acrescenta.
Estatuto PME Excelência 2015 chega a 169 empresas do turismo São 169 as empresas do turismo que foram distinguidas com o Estatuto PME Excelência 2015, num universo de 1.509 empresas dos vários sectores de actividade, que apresentaram os melhores desempenhos económico-financeiros e de gestão no exercício de 2014, revelou o Turismo de Portugal. O turismo tem uma quota de 11% do universo Excelên-
cia, sendo, segundo a mesma fonte, um dos sectores que regista um crescimento em todos os todos os indicadores de desempenho, num ano. Sendo ainda de destacar o aumento de 28,2% da Rentabilidade do Activo e de 26,6% da Rentabilidade das Vendas. No seu conjunto, as 169 empresas PME Excelência do Turismo representam 6.086 postos de trabalho directos e
apresentam um volume de negócios de cerca de 420 milhões de euros em 2014. Com um activo líquido de 612 milhões de euros e capitais próprios de 397 milhões de euros, as PME Excelência do Turismo têm uma autonomia financeira média de 65% e níveis de rentabilidade superiores à média nacional. A nível sectorial, as 169 empresas estão distribuídas
pelas seguintes actividades: 83 estabelecimentos de restauração e bebidas; 55 empreendimentos turísticos; 15 agências de viagem; 7 renta-car; 4 estabelecimentos de animação. Regionalmente, é nos distritos de Lisboa (com 44 empresas), Porto (com 36) e Faro (com 34), onde se concentram 68% das PME Excelência.
06 | Entrevista | Pedro Machado
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A qualificação da oferta é ainda uma preocupação? Julgo que ainda há um trabalho longo a fazer em relação àquilo que é a qualificação da oferta. A ideia de que todos os recursos podem ser produtos turísticos e que podemos promover todos, em turismo não é vendável, portanto, é preciso que se saiba fazer escolhas e ter consciência de que essas prioridades podem e devem servir o bem comum, a transversalidade dos territórios, a transversalidade das comunidades.
Pedro Machado: ”Ainda há um trabalho longo a fazer em relação àquilo que é a qualificação da oferta”
“Turismo é muito pouco compatível com amadorismos e estratégias de experimentação” Entrevista Presidente da entidade regional de turismo considera que o futuro do sector exige, cada vez mais, capacidade de diálogo e cooperação entre os diversos agentes para a afirmação da marca Centro de Portugal Diário de Coimbra - Os proveitos dos operadores turísticos nos 100 concelhos da Turismo do Centro ultrapassaram em 2015 um valor de 200 milhões de euros, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística. Estes números são um recorde? Pedro Machado - Estamos a falar de 203.139 milhões de euros, que significa mais 14,99% de aumento de receitas em 2015, comparativamente ao período homólogo de 2014. É uma cifra muito representativa, que representa também um aumento de 13% do número global de dormidas e hóspedes, em particular, um aumento significativo nos estrangeiros, cerca de 10,5%, o que dá um total de cerca de 4,5 milhões de dormidas. O período que os turistas permanecem na região começa a deixar de ser um problema?
A região melhora em todos os indicadores principais: número de dormidas (10%), números de hóspedes (13%), nos proveitos. Temos o problema ainda da estadia média, essa manteve-se, praticamente, inalterável, 1,8 noites. É aí que precisamos de aumentar e ter melhores indicadores em 2016. Os valores são reveladores do sucesso da estratégia que tem sido desenvolvida? O turismo é uma actividade profissional, é muito pouco compatível com amadorismos e com estratégias de experimentação. Exige recursos técnicos e financeiros, capacidade de diálogo, cooperação e trabalho. Estamos a falar de uma actividade económica representativa de mais de 16% das exportações em Portugal. Segundo, exige cada vez mais empresas em cooperação, com
Região melhora em todos os indicadores principais[...] Temos ainda o problema da estadia média
conhecimentos mínimos na área da competição para o marketing, para o branding, para a comunicação, para o envolvimento, até podermos chegar àquele que é o grande desafio da operação, que é a internacionalização. Temos vindo a trabalhar em parceria com associações empresariais do sector, com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro – que é um parceiro estruturante e fundamental para nós, nomeadamente, através de instrumentos financeiros, através da própria parceria com as comunidades intermunicipais. É aí que se joga o futuro comum, o futuro dos projectos intermunicipais, a definição de estratégias e de crescimento, desenvolvimento e criação de riqueza. Portanto, definimos esse parceiro estratégico para desenvolvermos a nossa própria actividade.
E esse trabalho em rede faz toda a diferença. É o trabalho que temos vindo a fazer. Umas vezes mais bem compreendidos, umas vezes menos bem compreendidos. A prova disso é que os resultados que a região obtém são os melhores resultados de sempre. A prova inequívoca de que a estratégia que definimos, o reconhecimento público que almejámos em 2015 – o Centro de Portugal conquista o galardão da melhor região de Turismo, conquista o galardão da melhor presença na BTL – é mais um argumento para continuar a fazer este trabalho de disponibilidade. 2015 foi, de facto, um “ano de ouro” para o Turismo do Centro. Com o apoio dos fundos do novo quadro comunitário é possível ir ainda mais longe? Graças à parceria que temos com a CCDRC, é possível termos um projecto de planeamento e financiamento transversal à região, aos 100 municípios, em três grandes domínios: no património mundial (o nosso produto mais maduro), no trabalho de cooperação e rede com as oito comunidades intermunicipais de projectos e no trabalho específico que a marca Centro de Portugal vai fazendo. Esta abordagem tem quatro grandes eixos de intervenção: a estratégia regional, em parceria com as CIM e os municípios, em que todos contam. Segundo grande eixo é o território e importa valorizar o que temos de melhor, assumirmos a marca Centro de Portugal, que é outra percepção que eu julgo que ainda não está muito bem enraízada no conjunto dos actores da região Centro. Terceiro, queremos estruturar e qualificar a nossa oferta e, portanto, muitos dos recursos ainda não são produto. Estamos a trabalhar no sentido de, com a marca Centro de Portugal, criarmos produtos complementares, nomeadamente, novas rotas, como a rota da lã,
08 | Entrevista | Pedro Machado rota da cerâmica, rota das cidades de água. Apostámos no turismo de incentivos e congressos, apostámos no turismo religioso, apostámos no turismo náutico, no turismo saúde e bem-estar. Faz parte da nossa estratégia de complementaridade com os produtos que já conhecemos: a gastronomia e vinhos, turismo cultural e patrimonial, turismo sol e praia, montanha. Esses já estão identificados, estamos a fazer um reforço de promoção. Uma grande nota para o desejo de nos posicionarmos no momento da escolha dos consumidores. Esta faz toda a diferença. Nessa estratégia de promoção a presença na BTL pode também fazer a diferença? A BTL tem sempre um conjunto significativo de consumidores finais e tem também um conjunto significativo de operadores nacionais e estrangeiros. Faz sentido a presença na BTL de profissionais para profissionais. Não estamos contra o facto de alguns municípios, de algumas marcas puderem querer representar-se na BTL. Isso é um in-
vestimento que diz respeito à opção legítima e autonomia de cada um desses agentes económicos. Defendemos que tem mais sentido estarem sob a alçada da nossa marca Centro de Portugal, porque é a marca que tem a componente profissional, seja da comercialização, seja da promoção, seja da criação de condições para recebermos os operadores estrangeiros. Eles procuram o profissionalismo, os operadores profissionais e procuram os representantes institucionais do destino. O apelo que nós fazemos é que os recursos financeiros que, muitas vezes, são gastos por opção legítima de quem lá quer estar, seriam, seguramente, muito mais rentabilizados se fossem canalizados para operações de meios directos desses territórios, dessas câmaras municipais, desses agentes públicos, em vez de se fazerem na presença numa BTL, que, verdadeiramente, é uma bolsa para profissionais. Tem o consumidor final, ao sábado e ao domingo, mas sabemos que, esmagadoramente, esse consumidor final, em muitos casos, tem um poder relativo de escolha e compra.
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Importa discutir “de forma madura” um aeroporto regional para o Centro dizer que uma estrutura aeroportuária tem sobre si duas grandes vantagens competitivas: é uma porta de entrada e um elemento promocional do território. Hoje, existem partes do mundo em que se confunde o aeroporto e Lisboa com a marca Portugal, exactamente, pela força de um aeroporto internacional.
A Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela defende a criação de um aeroporto regional naquele território. O que lhe parece esta ideia? A criação de um aeroporto alternativo entre Lisboa e o Porto tem sido projectada e defendida para o território de Monte Real, também já foi apresentada a ambição de Fátima, e é conhecida também a dos territórios da Serra da Estrela. Julgo que, hoje, não existem condições financeiras para termos estas três opções. Acho que
o Conselho Regional, uma vez que é o órgão máximo da região, poderia equacionar um investimento, discutir de forma madura, responsável e financeiramente sustentável esta matéria, em vez de cada uma das sub-regiões. A falta de um aeroporto regional ainda é um constrangimento para a região? A acessibilidade aérea é responsável por mais de 52% do tráfego mundial de turistas, o que quer
O Governo anunciou a transferência de mais de 16,4 milhões de euros para as entidades regionais de turismo. O que lhe parece este valor? Em 2008/2009, tínhamos na ordem dos 20 milhões. De 2009 a 2014, passámos para 20,8 milhões e, em 2015, tivemos um corte de 14%. Temo-nos batido contra esta diminuição. Nada justifica que um sector que está a fortalecer, a criar riquezas, seja diminuído nos seus recursos. As entidades regionais podem atingir novas competências, nomeadamente nos órgãos de proximidade.
10 | Apresentação
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Mais de 72 mil visitantes esperados na maior feira internacional de turismo FIL Certame é referência do sector e nesta 28.ª edição tem como país convidado o Brasil
Prémios para os melhores blogues de viagens A BTL organiza, pela terceira vez, os BTL Blogger Travel Awards, que se destinam a premiar os melhores blogues de viagens em Portugal e de língua portuguesa. Na categoria de blogues de viagens profissionais estão nomeados Hotelandia, Alma de Viajante, Japonismo e Grande Turismo. Nelsoncarvalheiro.com, Viajar entre Viagens, Julie Dawn Fox in Portugal, Sofia na Austrália e Menina Mundo são os nomeados para blogues de viagens pessoais, enquanto que, o melhor blogue de fotografia de viagens será escolhido entre Crónicas da Atlântida, Uma Foto uma História, Oliraf e Machbel – Fotografiando el mundo. Nos últimos dias, esteve ainda em votação o blogue de viagens eleito pelo público. Feira divide-se por quatro pavilhões na FIL Cinco dias de exposição – 2 a 6 de Março -, 32 mil metros quadrados de área, 1100 expositores e 72 mil visitantes esperados. Eis a BTL – Feira Internacional de Turismo de Lisboa, que, a partir de hoje, dá as boas-vindas à 28.ª edição, assumindo-se, mais uma vez, como a maior plataforma de negócios para o sector do turismo em Portugal. Feira de referência para o mercado português e para os mercados de influência portuguesa, a BTL é um espaço de negócios e networking de todos os profissionais do sector e um palco aberto ao debate e à discussão. Quem visita ou participa na BTL tem também a garantia de estar “na mais internacional feira do sector, onde pode encontrar grandes compradores estrangeiros”, refere a organização, classificando o certame como um “evento cheio de desafios e propostas”. Para os profissionais do sector do turismo,
a BTL assume-se como uma oportunidade para encontrar compradores e para conhecer a concorrência, analisar a tendência dos mercados e posicionar a oferta de forma inovadora e competitiva. Para o público, um passeio à BTL é uma oportunidade para conhecer novos destinos e soluções, comparar propostas e comprar a preços mais convidativos. Tudo, num ambiente de festa, com a música e a gastronomia a reinar. Os três primeiros dias da feira internacional são
dedicados aos profissionais e nos dois seguintes as portas abrem-se ao público em geral. Em relação às edições anteriores, a organização garante uma maior oferta de produtos e serviços, entre viagens, sugestões de hotelaria e outros interesses, destinados a diferentes públicos-alvo, desde famílias, grupos, turismo sénior ou viagens de negócios. Em 2016, a BTL supera os 36 destinos internacionais representados o ano passado, registando-se uma apetência por al-
Reorganização do espaço Outra das novidades da BTL 2016 é a organização dos espaços. De acordo com a organização, o que se pretende é a optimização, rentabilização e mais visibilidade dos expositores. Nesse sentido, no pavilhão 3, a Agência Portuguesa das Agências de Via-
gens e Turismo estará em destaque, ocupando um espaço mais central e de maior dimensão. Por outro lado, o pavilhão 2 também será alterado e o próprio lounge dos Hosted Buyers será reposicionado no conceito da feira.
guns destinos regressarem à feira, de que é exemplo o Egipto, e outros de participarem pela primeira vez, como é o caso do Japão. Marrocos, Moçambique, Tunísia, Cabo Verde, Índia, Malásia, Tailândia, China, Indonésia, Cuba, República Dominicana, Panamá ou Andaluzia são alguns dos destinos com presença garantida.
Brasil é o país convidado Na edição de 2016, o Brasil é o país convidado, o que representa o momento para ficar a conhecer as principais atracções de cada estado, desde o sol e praia, sem esquecer as sugestões culturais ou o turismo de natureza. Na feira, o Brasil vai estar representado com um conjunto de propostas numa área de mais de 1500 metros quadrados. “O Brasil continua a ser um destino privilegiado para os portugueses, mais ainda com a descida do Real o que o torna mais
económico e, este ano, teremos mais um bom motivo para o visitar. Refiro-me aos Jogos Olímpicos que irão decorrer no Rio de Janeiro, de 5 a 21 de Agosto. A Embratur já confirmou a presença da maioria dos Estados do Brasil, o que irá permitir uma grande variedade de produtos turísticos», refere Fátima Vila Maior, directora de área de feiras da FIL responsável pela BTL. «Além de ser uma participação importante para o público em geral e que conta sempre com muita animação, recordo que o Brasil também é uma forte aposta para a BTL no que respeita ao público profissional e em concreto ao programa de Hosted Buyers, que terá uma oferta específica para o Brasil», acrescenta. A 28.ª edição da BTL – Feira Internacional de Turismo, promovida pela Fundação AIP, através da AIP – Feiras Congressos e Eventos, decorrerá na FIL, Parque das Nações, em Lisboa.
12 | Turismo Centro de Portugal
Suplemento BTL 2016
Representações → Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro → Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra → Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria → Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo → Comunidade Intermunicipal do Oeste → Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões → Comunidade intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela → Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa
O Turismo Centro de Portugal apresenta um stand de 540 metros quadrados no pavilhão 1 da FIL
Empresas
Turismo lança mapa regional e reafirma “coesão territorial” Centro “Este é o caminho”. Entidade regional de Turismo volta a surgir na BTL em parceria com as comunidades intermunicipais Em 2015, a Turismo Centro de Portugal lançou, na BTL, uma nova imagem institucional, com o slogan “Região Centro: um país dentro do país”. Este ano, o objectivo é “consolidar a marca Centro de Portugal”, numa representação que volta a acontecer em parceria com as oito comunidades intermunicipais que abrangem os 100 municípios da entidade regional de Turismo. Das várias iniciativas previstas, Pedro Machado destaca, o lançamento do mapa regional do Centro de Portugal, numa sessão que decorre esta quarta-feira, às 16h00, com a presença do secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel. “É uma afirmação pública nacional do que é, hoje, o espaço, a identidade e uma coesão territorial que nunca existiu na história do turismo da região Centro”, sublinha. Mais: “a possibilidade de uma região dividida a 100 municípios, oito comunidades intermunicipais, com mais de 500 unidades de alojamento, que representou, em 2015, mais de 200 milhões de euros, poder estar representada numa matéria integrada é, provavelmente, a maior novidade”.
A BTL será também uma oportunidade para o lançamento da nova brochura e “um conjunto significativo de outros meios”, nomeadamente vouchers que abrem as portas da região aos visitantes. Tudo em parceria com as oito CIM, cada uma com o seu programa específico de animação, sublinha o presidente da entidade regional de turismo, elogiando “muitos bons exemplos” que se têm verificado neste trabalho em rede com os municípios. “Este é o caminho”, reforça. Sendo o Brasil o país convidado da BTL 2016 e o quarto mercado do turismo no Centro de Portugal, haverá uma atenção especial. “É um mercado que tem vindo a crescer significativamente e que nos interessa. Tem um poder económico elevado, tem uma estadia média maior do que o mercado espanhol e o português e uma apetência muito forte para muitos dos nossos produtos”, com destaque para o turismo religioso (em particular, Fátima), refere Pedro Machado, salientando as “excepcionais relações” que a Turismo Centro de Portugal mantém, entre outros, com a Associação Brasileira de Agentes de
◉ Sendo o Brasil o país convidado da BTL 2016 e o quarto mercado do turismo no Centro de Portugal, haverá uma atenção especial
Viagens. Do programa desta quarta-feira, destaque também, às 13h00, para a apresentação do projecto Aldeias de Montanha, pela ADIRAM – Associação Aldeias de Montanha. Quinta-feira, às 13h00, o destaque vai para o website “Roteiro das Minas e Pontos de Interesse Mineiro e Geológico de Portugal, seguido da apresentação do projecto da 1.ª edição do Tourism Train Experiences, que termina em plena BTL, depois de várias viagens de comboio, desde Novembro. Sexta-feira, os momentos Turismo Centro de Portugal são preenchidos com as divulgações do Axtrail 2016 (Go Outdoor), do projecto “Do you speak Coimbra?” com o Teatro Dançado de Pedro e Inês (BeCoimbra)e João Rôlo Racing, terminando com a conferência Glocaltim e degustação de produtos. Para sábado, estão previstos três showcookings conduzidos pela Escola Profissional em Turismo de Aveiro, Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra e Escola de Hotelaria e Turismo de Manteigas. No último dia da BTL, a Turismo Centro de Portugal promove a apresentação do II International Happiness Forum e dedica um momento especial à Confraria da Chanfana.
→ Hotel dos Templários → Dtravel → Fado ao Centro → Mimos do Bosque → Obidos Lagoon Wellness Retreat → Pow – Portugalonwater → Quinta Porto dos Lobos → Sin – startup incubation network → Sup In River → Termalistur - Termas de S. Pedro do sul, e.m.s.a → Villa Redouça → Vougaldeias → Ahresp → Barquinha Nature House → Cosy & stylish portugal → Dolce camporeal lisboa | dolce destination collection → Embarcação Praia Costa Nova → Grutas de Mira de Aire → Hotel Rural Quinta da Conchada → Monte da Várzea → O Milagre de Fátima → Parque Biológico da → Serra Lousã | Hotel Parque Serra da Lousã → Portugal dos Pequenitos → Trans serrano aventura, lazer e turismo → Universidade de Coimbra
14 | CIM Região de Coimbra A NÃO PERDER i
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◉ Mapa da CIM Região de Coimbra
PATRIMÓNIO
Universidade Coimbra A história da Universidade de Coimbra remonta ao século XIII, mais propriamente. Em 1537, havia de ser transferida para o Paço Real. É no Pátio das Escolas que se encontram algumas das suas maiores relíquias, desde logo, a Biblioteca Joanina, a capela de São Miguel, a Sala dos Capelos, a Via Latina e a Torre. O dia 22 de Junho de 2013 ficará para a história como o momento em que a Unesco reconhece a Universidade de Coimbra, Alta e Sofia como Património Mundial da Humanidade. GASTRONOMIA
Chanfana Miranda e Poiares Especialidade, essencialmente, de Miranda do Corvo e Vila Nova de Poiares, a chanfana é um prato típico que se expandiu praticamente por toda a região Centro. É muito apreciada, constituindo o prato «obrigatório» quando decorrem as festas religiosas anuais e é ainda hoje imprescindível na ementa dos casamentos, sendo como tal também chamada “Carne de Casamento”. Há um factor extremamente importante para o sucesso destes pratos, que se prende com as condições de cozedura, que deve ser sempre em caçoilas de barro. PRAIAS
Praia da Claridade Figueira da Foz Um dos eternos encantos da Figueira da Foz é a Praia da Claridade, um vasto areal que, já desde os finais do séc. XIX, era o preferido da classe aristocrática. Nas palavras de Ramalho Ortigão, os banhos eram uma espécie de «rendez-vous geral de toda a população balnear», que implicava «certas exigências de aparato e de toilette». Os tempos mudaram, mas a praia não deixou de ser um ponto de encontro para quem continua a eleger a paria da Figueira da Foz como a «rainha das praias de Portugal».
Os 19 concelhos que integram a Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra abrangem uma população de 400 mil habitantes
Diversidade é “grande potencial” de uma região entre a serra e o mar Num conjunto de 19 municípios, existe uma oferta integrada, que, na perspectiva de João Ataíde necessita de «mais promoção» para uma maior afirmação do território. Fundos comunitários poderão ser determinantes na valorização do património
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os produtos endógenos às aldeias de xisto, passando pelas dezenas de exemplos do património cultural, a gastronomia e o turismo de sol e mar, a região de Coimbra destaca-se pela diversidade dos seus 19 municípios, que atrai ao território visitantes nacionais e estrangeiros, ao longo de todo o ano. Da serra ao mar, não faltam motivos para conhecer este território, que, mais uma vez, marcará na Bolsa de Turismo de Lisboa, representada pela Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra. Na perspectiva de João Ataíde, “é fundamental” ter uma oferta integrada, assente em “mais promoção, mais afirmação do território”. Para o presidente do Conselho Intermunicipal da Região de Coimbra, estamos perante um conjunto de município em pleno Centro do país que encontra na diversidade o seu “grande potencial”. Mas, importa estar atento aos novos tempos, porque a “procura tu-
rística alterou-se”, com o visitante a valorizar “muito” o património cultural, o património de natureza e a gastronomia, refere o também presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz. “Nesses campos, temos a certeza de que somos muito ricos e temos uma aposta de dinamismo bastante diferenciada”, a que se acrescenta, entre tantos outros produtos, o mar e as praias. É nesse sentido que João Ataíde considera que a estratégia deve passar por “afirmar o território na sua diversidade”. “Este trabalho em rede é importante para a afirmação integrada, que permita, por exemplo, uma visita a Coimbra, Património da Humanidade, ao Buçaco, à Serra da Lousã até à Pampilhosa, com toda a oferta diversificada ao nível do turismo de natureza e até de desporto”, reforça. Importa, depois, não esquecer, continua, “toda a região do Mondego até à praia”, com um vasto património natural e cultural.
◉ João Ataíde destaca a importância de trabalhar em rede para afirmação integrada de um território que se destaca pela diversidade
Nesta perspectiva, João Ataíde sublinha que os apoios dos fundos comunitários poderão ser determinantes, essencialmente, “na valorização do património”, numa altura em que se aguardam as directrizes do entidade regional de Turismo no que respeita à estratégia de promoção turística. Com um orçamento de de cerca de 1,5 milhões de euros para 2016, a CIM-RC defende “a necessidade da afirmação de uma identidade regional através do acompanhamento, discussão e intervenção nas matérias com incidência na região”, apostando no reforço do posicionamento da Região de Coimbra no contexto nacional e também internacional. Nesse sentido, no âmbito do quadro comunitário Portugal 2020, prevê a execução do Pacto e Desenvolvimento e Coesão Territorial e a dinamização de projectos de cooperação inter-regional e internacional, bem como o reforço da competitividade “num território
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A NÃO PERDER i LAZER Piódão
Arganil É bem conhecida a aldeia histórica do Piódão, caracterizada pelas pequenas casas de xisto, com a igreja branca a sobressair da paisagem, por entre sinuosas e estreitas ruelas, que em cada canto escondem a história daquela Aldeia Histórica de Portugal. Aquela que é também conhecida como a aldeia-presépio - classificada como "Imóvel de Interesse Público" - , está rodeada pelo verde das montanhas e proporciona uma visita inesquecível. Reza a lenda que foi ali que se refugiou um dos algozes de D. Inês de Castro, numa tentativa de fugir à ira de D. Pedro. MUSEU
Universidade de Coimbra é um dos pontos “obrigatórios” de visita tal como as praias
inclusivo e sustentável”. Encarando a BTL - Feira Internacional de Turismo como uma oportunidade para lançar pistas sobre as particularidades do território e um ponto de partida para a descoberta dos 19 municípios, João Ataíde não deixa de destacar uma iniciativa da feira internacional, que pode ser também uma maisvalia para os operadores turísticos da região de Coimbra. Trata-se do programa Hosted Buyers, organizado pela BTL, em parceria com o Turismo de Portugal e a TAP Portugal. O objectivo é apoiar a vinda de compradores internacionais, com interesse específico no destino Portugal. Através deste programa, é apoiada a vinda de compradores, disponibilizando voos, alojamento, transferes, possibilidade de agendamento de reuniões, participação no programa social, bem como acompanhamento durante os dias de visita à feira. João Ataíde destaca a importância deste programa, que traduz como “vendedores de hospitalidade”. “Afirmamos o nosso território e, caso seja solicitado por algum interessado, reencaminhamos para os operadores turísticos”. Constituída por 19 municípios 17 concelhos do distrito de Coimbra, um do distrito de Aveiro e um do distrito de Viseu - a Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra abrange uma população total de cerca de 400 mil habitantes.
Território com ambição mostra o melhor que existe nos 19 concelhos A Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra marca presença na BTL com uma estratégia que vai muito além da “simples” divulgação dos seus produtos mais característicos. “Queremos ser um bocadinho mais ambiciosos na promoção da região de Coimbra”, sublinha João Ataíde, presidente do Conselho Intermunicipal da CIM-RC, recordando o objectivo da comunidade intermunicipal em afirmar um plano de promoção turística próprio. “Consideramos que é estruturante para afirmar o território e para aumentar o período de permanência de quem nos visita”, acrescenta o também presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz. Performances, degustação de produtos e apresentação de propostas do plano de acção turística de cada um dos 19 municípios marcam a presença na maior feira internacional de turismo. Para sexta-feira, dia 4, estão marcadas as apresentações da CIM-RC, a partir das 11h00,
com destaque para a divulgação do plano de actividades para o Verão. Em destaque estarão os eventos estratégicos do município da Figueira da Foz, a apresentação do vídeo “Arganil um lugar para os sentidos, sem esquecer as iniciativas de Lousã e o projecto “Experiências de Xisto/Turismo Acessível - Activar”. Na estratégia de promoção, surge também a apresentação
do projecto Poiares Capri Land (criado, recentemente, pelo município com o envolvimento de um conjunto de entidades académicas e empresariais), do projecto Centro de Trail Running e BTT de Penacova, com a presença do mentor, o ultramaratonista português Carlos Sá. Ainda no que concerne ao município de Penacova, será divulgado o Centro de Competências. Coimbra também divulgará o seu video promocional e a agenda de eventos, enquanto Condeixa privilegia a apresentação do museu multimédia P.O.R.O.S. e o guia turístico do município. Depois, importa não esquecer os sabores da região, com momentos de degustação de peixinhos do rio e enguias, chanfana, o leitão, da doçaria ou os vinhos e licores. Não vai faltar animação, já no sábado, com a Tuna da UC, presença do Carnaval da Mealhada, Confraria da Chanfana ou o Grupo de cavaquinhos da União Popular da Rebordosa.
Museu Machado de Castro Coimbra Museu abriu ao público a 11 de Outubro de 1913, ocupando os edifícios que, do século XII ao século XVIII, se foram construindo para residência episcopal e, em meados do séc. XX, se adaptam à função museológica. Particularmente notáveis são os vestígios do claustro do período “condal” (c. 1100-c. 1140) e o criptopórtico datado do séc. I que constitui a mais importante construção romana em Portugal. Reaberto na totalidade no final de 2012 – seguindo o projecto de requalificação e ampliação do arquitecto Gonçalo Byrne –, o MNMC é um espaço de encontro entre a memória e a contemporaneidade, com um rico espólio com destaque para os núcleos de escultura, ourivesaria, pintura, paramentos, faianças, azulejos, mobiliário ou tapeçaria. DOÇARIA
Mel da Serra da Lousã Lousã Com uma cor âmbar escura, o néctar das urzes acentua o odor do mel, revelando ainda um paladar forte e alguma adstringência. Assim é o Mel da Serra da Lousã, um produto obtido por abelhas da espécie Apis melifera iberica em nectários florais da flora espontânea regional, onde predominam as ericáceas, como sejam a urze e o queiró.
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Suplemento BTL 2016
◉ Mapa da CIM Região de Leiria
LAZER
Rede de Percursos Pedestres Alvaiázere É formada por seis percursos de pequena rota e um de grande rota, que se interligam entre sim. A ideia é mostrar os principais locais de interesse. Praia das Rocas Castanheira de Pera Complexo de lazer, animação e divertimento situado num lago com quase um quilómetro de extensão. Tem uma ilha no centro da Praia, a maior piscina de ondas do país, uma albufeira e uma ponte secular.
Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMTL) é formada por 10 municípios
Praia Fluvial Fragas de S. Simão Figueiró dos Vinhos Local de beleza ímpar, com águas límpidas rodeadas de imensas fragas, que lhe dão o nome e que possibilitam a realização de desportos radicais. Praia Fluvial do Mosteiro Pedrogão Grande Está integrada na rede das praias fluviais do pinhal interior norte e tem a capacidade de oferecer aos seus visitantes um conjunto de actividades de cariz cultural e desportivo. GASTRONOMIA
Chícharo Alvaiázere É a mais conhecida iguaria gastronómica do concelho e dá nome a um festival gastronómico que junta, anualmente, milhares de pessoas. Brisas do Lis Leiria São bolos tradicionais feitos à base de amêndoa, açúcar e ovos, assumindo-se como um ex-líbris da doçaria portuguesa. O segredo da receita deste doce conventual foi passado por uma freira a uma senhora muito devota e sua amiga. MUSEUS
Museu do Vidro Marinha Grande Reúne colecções que testemunham a actividade industrial, artesanal e artística vidreira portuguesa, desde meados do século XVII/XVIII até à actualidade. É o único museu vocacionado para o estudo da arte, artesanato e indústria vidreira em Portugal.
Região de Leiria na BTL de forma “diferenciadora e aliciante” Municípios que contituem a Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria marcam presença no certame para mostrarem que da serra à praia vai só um passo. Atrair turistas e levá-los a permanecer por vários dias é o objectivo da CIMRL
H
á praia, pinhal, serra, rio, grutas. Há também artesanato, património da humanidade, património natural, cultura, gastronomia, tudo isto em poucos quilómetros. Os 10 municípios da CIMRL - Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria distinguem-se pela diversidade e é esse o 'segredo' com que se apresentam, este ano, na BTL - Feira Internacional de Turismo. Para o presidente «do Conselho Intermunicipal da CIMRL, o 'salão' de referência para a indústria do turismo nacional, que decorre até 6 de Março, permite “promover o território, os saberes e sabores, através da mostra e prova de produtos locais dos 10 municípios associados” à comunidade. Inserida no stand da Turismo do Centro, a CIMRL divulga a região através de material videográfico e folhetos promocionais e dá-a a conhecer aos operadores turísticos “de uma forma diferenciadora e aliciante”, sublinha Raul Castro. “Atrair turistas” e levá-los a “per-
◉ A CIMRL participa na BTL integrada na Turismo do Centro, em parceria com as restantes Comunidades Intermunicipais da Região, num total de oito, que representam os 100 municípios da Região Centro. O período dedicado à apresentação da CIMRL acontece dia 3 de Março, entre as 14h00 e as 16h00.
manecer por vários dias” continuam a ser os objectivos. A par das potencialidades já conhecidas, há que destacar alternativas de rotas e de experiências existentes na região, que constituem mais-valias para que os 10 municípios sejam cada vez mais uma escolha turística. “Assistindo-se a uma cada vez maior transição positiva de inserção internacional, a CIMRL assume-se como um veículo de promoção aglutinador de um território diversificado, que em conjunto assume uma 'massa crítica', capaz de atrair cada vez mais turistas a visitar e permanecer no nosso território”, afirmou Raul Castro, sublinhando que se pretende “criar hábitos de atractividade e de permanência no território, que contrariem os actuais visitantes de passagem fortuita pelo território”. “É nestes termos que a CIMRL, em parceria com os municípios associados, pretende divulgar e promover o território e as suas potencialidades dentro e fora do país”, acrescentou. A actividade da CIMRL tem sido,
segundo o presidente da comunidade, baseada numa “atitude de permanente proactividade, numa óptica de 'semear', espelhando o Plano de Actividades e Orçamento para 2016”. A diversidade de projectos e actividades de diferentes áreas, que pretendem responder às necessidades sentidas na região, quer a nível social, económico e financeiro, educativo, cultural, patrimonial, turístico, de segurança, tem por base uma “óptica de proximidade” e de “participação activa” com os principais 'actores' públicos, privados e associativos da região, defende. A CIMRL participa na BTL integrada na Turismo do Centro, em parceria com as restantes Comunidades Intermunicipais da Região, num total de oito Comunidades Intermunicipais que representam 100 municípios da Região Centro. A Comunidade está presente com um balcão individual, até 6 de Março, sendo que o período de tempo dedicado em especial à região acontece dia 3 entre as 14h00 e as 16h00. Nesse
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Suplemento BTL 2016
A NÃO PERDER i MONUMENTOS
Museu da Comunidade Concelhia Batalha Recebeu o galardão de Melhor Museu Português de 2012. É um projecto inserido na linha da Nova Museologia e da Sociomuseologia que pretende valorizar a identidade e a história do Concelho da Batalha e dos seus munícipes. Castelo Leiria É um dos espaços mais visitados da cidade e este ano tem entrada livre nos dias 18 de Abril, 22 de Maio, 12 de Agosto, 27 de Setembro (e outros dois dias a fixar) e 7 de Outubro. Mosteiro de Santa Maria da Vitória Batalha Monumento nacional, integra a Lista do Património da Humanidade definida pela UNESCO desde 1983. É uma das maiores jóias arquitectónicas portuguesas e símbolo marcante da Dinastia de Avis.
Monumentos, lazer e gastronomia são três das áreas de maior potencial dos municípios da CIMRL
dia, a partir das 14h00, haverá uma sessão de apresentação sobre a região, intitulada 'Conheça a Região de Leiria em 20 minutos', seguida de uma prova gastronómica. Entre as 14h45 e as 15h00 está agendada a apresentação dos vídeos promocionais dos municípios associados e do programa cultural do município. Além disso, haverá espaço para a apresentação do novo vídeo promocional do concelho pelo vereado da Cultura, Gonçalo Lopes. Está igualmente agendado um momento musical com o Orfeão de Leiria. Entre o período das 14h00 e as 16h00, dois figurantes – Marquês de Pombal e Condessa de Daun – estarão no stand para promover as actividades do concelho de Pombal. “A BTL é um meio de promoção e divulgação do território, dos produtos e da nossa marca, com a possibilidade de dirigir esta 'venda' para profissionais durante três dias e para o público em geral durante dois dias”, disse Raul Castro, para quem “continua a ser muito importante apostar na participação neste tipo de eventos, dentro e fora do país, sobretudo em parceria com a Associação Turismo do Centro”. O certame dedicado ao turismo permite, refere ainda, promover “o património histórico e etnográfico, a cultura, os produtos locais, o turismo natureza, o alojamento, enfim, as potencialidades de um território que muito tem para oferecer e dar a conhecer de forma mais eficaz e sustentada”. |
“Transferência de competências” é rumo a seguir “Os desafios que se colocam a uma CIM são cada vez maiores e dependem cada vez mais da vontade política de transferir competências tanto dos municípios para as CIM como do governo para as Comunidades Intermunicipais”. É desta forma que o presidente do Conselho Intermunicipal da CIMRL define o 'caminho' a tomar para potencializar o desenvolvimento de cada região e para enfrentar os desafios que as comunidades intermunicipais enfrentam. A este propósito, Raul Castro releva que as “as transferências de competências terão, naturalmente, que ser sempre devidamente acompanhadas da respectiva compensação económico-financeira”, mas sublinha a ideia de que devem “ser acompanhadas do devido Planeamento Estratégico e Organizacional, dotando estas de mais e maiores capacidades técnicas e logísticas”. Há pois que 'decidir' os rumos a seguir, salienta o presidente, que sejam “mais ade-
Castelo Porto de Mós Erguido sob os escombros de um posto de vigia romano, acumulou ao longo dos séculos influências militares, góticas e renascentistas. Está classificado, desde 1910, como Monumento Nacional. Castelo Pombal Mandado construir por Gualdim Pais, é a memória mais antiga da cidade. É também uma das mais bem preservadas fortalezas militares do país. TRADIÇÃO
quados aos interesses das populações e dos municípios associados, numa óptica de rentabilização de meios e de recursos ao dispor, ajustando-se à conjuntura com inteligência, e assumir apenas os temas/áreas de intervenção que efectivamente são de relevância para a Estratégia de Desenvolvimento da Região, a curto/médio e longo prazos”. A CIMRL – Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria é constituída pelos municípios de Ansião, Alvaiázere, Batalha, Castanheira de Pera,
Figueiró dos Vinhos, Leiria, Marinha Grande, Pedrogão Grande, Pombal e Porto de Mós, assumindo a configuração da nova NUT III. A comunidade é uma Associação de municípios de direito público, sem fins lucrativos, dotada de autonomia administrativa e financeira, e cuja actuação visa o desenvolvimento integrado e sustentável de projectos e actividades de interesse comum aos municípios, contribuindo para a competitividade, coesão e economia de escala das intervenções do território.|
Feira dos Pinhões Ansião É uma das mostras do que de melhor oferece a região de Sicó e como pretexto o precioso fruto seco que dá nome ao evento - o pinhão. Tradição secular, reúne, anualmente, milhares de pessoas em Ansião. Festas de S. Pedro Porto de Mós O Santo Padroeiro de Porto de Mós é festejado anualmente com um programa repleto de animação, exposições e tasquinhas, que atrai milhares de pessoas.
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Suplemento BTL 2016
◉ Mapa da CIM Viseu Dão Lafões
MUSEU
Museu Nacional Grão Vasco Viseu O espaço museológico, agora com estatuto de museu nacional tem na sua colecção principal um conjunto notável de pinturas de retábulo, provenientes da catedral, de igrejas da região e de depósitos de outros museus, da autoria de Vasco Fernandes (c. 1475-1542). O acervo inclui ainda objectos e suportes figurativos originalmente destinados a práticas litúrgicas (pintura, escultura, ourivesaria e marfins, do Românico ao Barroco), a que acrescem peças de arqueologia, uma colecção importante de pintura portuguesa dos séculos XIX e XX, exemplares de faiança portuguesa, porcelana oriental e mobiliário. O Museu foi, em 2014, o sexto mais visitado do país.
Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões é constituída por 14 municípios
GASTRONOMIA
Vitela de Lafões Zona de Lafões A área geográfica da vitela de Lafões compreende os concelhos de Oliveira de Frades, Vouzela e S. Pedro do Sul e algumas freguesias dos concelhos de Sever do Vouga, Viseu e Castro Daire. É um dos ex-libris gastronómicos da região e é obtida a partir de bovinos das raças Arouquesa e Mirandesa. Saborosa, suculenta e extraordinariamente tenra, a vitela de Lafões é por norma servida com batatas assadas. TERMAS
Termas de São Pedro do Sul São Pedro do Sul Com uma vocação milenar para o termalismo de saúde, perdem-se no tempo os primeiros vestígios da utilização das águas termais de S. Pedro do Sul com fins curativos e de bem-estar. Com instalações modernas e equipamentos termais de última geração, as termas proporcionam um atendimento profissional altamente qualificado. No ano passado venceram o prémio europeu de inovação e na base desta vitória está a inovação na utilização das características únicas da água termal nos produtos dermocosméticos AQVA.
Viseu Dão Lafões aposta nos produtos locais e no património Os produtos regionais, as paisagens e os principais eventos da região vão estar em destaque em mais uma BTL. Degustações, provas de vinhos e showcooking com os melhores ingredientes locais integram o programa
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o segundo dia da BTL, uma das protagonistas vai ser a Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões, que fará a apresentação dos seus produtos, eventos e ofertas turísticas. A estratégia da CIM para esta edição da BTL, de acordo com o presidente, José Morgado, é “consolidar” a oferta da região, nomeadamente no que diz respeito ao património arquitectónico e natural, mas também dar a conhecer a “rica e variada oferta gastronómica”, na qual se incluem os vinhos e a doçaria. O stand da CIM ficará integrado no espaço da Turismo Centro de Portugal, dando assim outro impulso e visibilidade à região. José Morgado adiantou que a área geográfica do Turismo do Centro foi, no país, a que “mais cresceu no ano passado”, crescimento que também se verificou em Viseu Dão Lafões, tendo aumentado o número de dormidas em Viseu, São Pedro do Sul e Nelas. “Cresceu muito o turismo de na-
tureza em espaço rural”, revelou o presidente da CIM, justificando esse aumento com o vasto património arquitectónico e natural existente na região. Além disso, sete dos 14 municípios da CIM Viseu Dão Lafões têm termas, permitindo que os visitantes desfrutem dos locais e ainda cuidem da sua saúde. José Morgado referiu que, actualmente, os turistas não se sentem apenas atraídos pela beleza paisagística ou patrimonial, também procuram boa comida e bons vinhos. “O enoturismo [impulsionado pela Rota dos Vinhos do Dão] é uma potencialidade para atrair turistas”, considerou. A Rota dos Vinhos do Dão é um projecto da Comissão Vitivinícola Regional do Dão (CVR Dão) – financiado pelo Plano Operacional do Centro, CIM Viseu Dão Lafões e CVR Dão – que arrancou em Abril do ano passado com 41 vitivinicultores aderentes. O ponto de partida é o Welcome Center, no Solar do Vinho do Dão, em Viseu, onde os visitantes
provam alguns vinhos e depois seguem à descoberta do Dão e dos seus melhores néctares. Os municípios também se têm empenhado em dar cada vez mais destaque a Viseu Dão Lafões como região vinhateira, desde logo através dos eventos relacionados com vinhos, como a Feira do Vinho do Dão de Nelas; em Viseu os Vinhos de Inverno, a Festa das Vindimas e os Tons da Primavera; e em Penalva do Castelo a Feira do Vinho Dão de Penalva. O público que mais visita a região é o português, logo seguido do espanhol e, já com alguma relevância, o francês. Na BTL, a procura incide sobre o que Viseu Dão Lafões tem para oferecer a todos os níveis e no seu todo, havendo também quem procure algo em específico, como as termas ou determinados eventos. Em destaque estará ainda a Ecopista do Dão, distinguida no ano passado na categoria Excelência dos Prémios Europeus de Ecopistas e referido como um exemplo em certames na Espanha e na Holanda. Com
◉ A estratégia é “consolidar” a oferta da região, nomeadamente o património arquitectónico e natural, mas também dar a conhecer a “rica e variada oferta gastronómica”, na qual se incluem os vinhos e a doçaria
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A NÃO PERDER i GASTRONOMIA
As imensas vinhas e a ecopista do Dão são algumas das imagens de marca da região
49 quilómetros que ligam os concelhos de Viseu, Tondela e Santa Comba Dão, a Ecopista do Dão é a maior do país. Programa que apela aos sentidos A apresentação da CIM, no dia 3 de Março, começa com a visualização de um filme da região (11h00), seguindo-se a apresentação do Manual Trade de Viseu Dão Lafões e depois dos eventos regionais. A oferta turística é dada a conhecer às 11h30, segue-se um momento musical e um showcooking com degustação de produtos regionais (queijo, enchidos, frango do campo, cabrito, vitela, míscaro, mel, doces e compotas, maçã Bravo de Esmolfe e doçaria diversa). A apresentação da CIM termina com uma prova de vinhos a cargo da CVR Dão. No dia 6 de Março, último dia da BTL, as degustações serão proporcionadas pela Confraria do Cabrito e da Serra do Caramulo e pela Confraria dos Carolos e Papas de Milho (Tondela), às 12h00. As provas gastronómicas continuam às 17h30 pela Confraria Gastronómica do Frango do Campo (Oliveira de Frades) e Confraria do Bolo Podre e Gastronomia de Montemuro (Castro Daire). Neste dia, a animação estará a cargo do Grupo de Cantares Vozes da Aldeia.
Cartaz de eventos para todos os gostos Rica em património, produtos gastronómicos e espaços de lazer, a região Viseu Dão Lafões oferece ainda a quem a visita e a quem nela reside um vasto conjunto de eventos ao longo de todo o ano. O presidente da CIM, José Morgado, adiantou que, na BTL - Feira Internacional de Turismo, serão apresentados eventos de cinco municípios, a aplicação 'Descubra São Pedro', do município de São Pedro do Sul, e a agenda de eventos do município de Viseu. De entre os muitos eventos que podiam ser dados a conhecer, destaca-se a 25.ª Feira do Vinho do Dão de Nelas, que acontece sempre no primeiro fim-de-semana de Setembro, e reúne produtores da região do Dão, artesanato e actividades para todas as idades; a Feira do Míscaro de Sátão, que costuma realizar-se em Outubro, onde os apreciadores desta iguaria poderão provar e adquirir míscaros do concelho; e a Feira dos Santos de Mangualde, certame que decorre em finais de Outubro ou
inícios de Novembro, por altura do Dia de Todos os Santos. Nesta feira, a tradição manda que os visitantes comprem a carne na hora e a assem ali mesmo, nos grelhadores disponíveis para o efeito. A par disso, estão ainda em exposição os produtos locais, as associações, empresas e artesanato. E porque os doces também caracterizam Viseu Dão Lafões, o município de Vouzela vai apresentar o seu Festival de Doçaria – Doce Vouzela – que costuma acontecer em Julho, e que mostra os melhores doces, desde os mais tradicionais até
às criações mais recentes, todos de fazer crescer água na boca. O Caramulo Motorfestival é outro evento bem conhecido na região, que vai decorrer de 2 a 4 de Setembro deste ano na Serra do Caramulo, e que irá juntar automóveis e motociclos clássicos e desportivos. O evento combina competição com acções lúdicas e turísticas, como a Rampa Histórica do Caramulo e o Rally Histórico Luso-Caramulo. Novidade vai ser a apresentação da aplicação 'Descubra São Pedro', do município de São Pedro do Sul, através da qual os visitantes poderão ficar a conhecer melhor o concelho, o património e os pontos de interesse. O município de Viseu fará também a apresentação dos principais eventos do concelho, sobretudo da Feira de São Mateus (de Agosto a Setembro), e dos eventos relacionados com o vinho – Festa das Vindimas, Tons da Primavera e Vinhos de Inverno.
Vinho, queijo e maçã Região do Dão Os vinhos do Dão, o queijo Serra da Estrela e a maçã Bravo de Esmolfe constituem a trilogia de excelência da região do Dão. Conhecida como o berço da Touriga Nacional, é na região do Dão que se produzem alguns dos melhores vinhos do país e até do mundo, pois são vários os néctares premiados todos os anos em concursos internacionais. O queijo Serra da Estrela é o produto mais importante em alguns municípios, assim como a maçã Bravo de Esmolfe (com origem em Penalva do Castelo), por ser de uma qualidade única. DOÇARIA
Pastéis de Vouzela Vouzela Podem ser confundidos com os pastéis de Tentúgal, pelo seu aspecto, mas a textura e o sabor dos pastéis de Vouzela são bem diferentes. A massa é muito fina e desfaz-se rapidamente na boca, e o creme de ovos completa este doce maravilhoso. Destacam-se ainda os pastéis de feijão do Patronato de Mangualde, cuja receita permanece em segredo mas o seu sabor é sobejamente conhecido e apreciado. LAZER
Ecopista do Dão Viseu, Tondela e Santa Comba Dão A ecopista do Dão, que liga os concelhos de Viseu, Tondela e Santa Comba Dão, é a maior do país (49 quilómetros) e, no ano passado, foi premiada na categoria de Excelência, dos Prémios Europeus de Ecopistas.
20 | CIM Região de Aveiro A NÃO PERDER i
Suplemento BTL 2016
◉ Mapa da CIM Região de Aveiro
PATRIMÓNIO
Rua do Azulejo Ovar A “Rua do Azulejo” é um projecto inovador que, através da criação de tapetes azulejares, reinterpreta o azulejo tradicional de forma lúdica e contemporânea, criando um percurso pelas principais fachadas azulejares do centro da cidade, conferindo uma nova dinâmica ao centro urbano de Ovar e ao comércio local. Em Ovar, os azulejos são um bem patrimonial e um elemento diferenciador que marca a imagem e a história da cidade.
Região é constituída por 11 municípios, com Aveiro, Águeda e Ovar assumirem-se como concelhos com maior infuência
PATRIMÓNIO
Museu de Aveiro Aveiro O Museu de Aveiro está instalado no antigo Convento de Jesus da Ordem Dominicana feminina, um dos mais antigos de Aveiro, que remonta à segunda metade do século XV, fundado por D. Brites Leitão e por D. Mécia Pereira. Apresenta um circuito de visita com duas partes distintas, mas complementares: o percurso monumental e a exposição permanente. No piso térreo do convento podem ver-se o coro baixo, com o túmulo de Santa Joana Princesa, a Igreja de Jesus, o claustro, com as suas capelas, sala do capítulo e refeitório. De destacar também a Igreja de Jesus, decorada com uma sumptuosa talha dourada e azulejos portugueses. LAZER
Cascata da Cabreia Sever do Vouga Com 25 metros de altura, a Cascata da Cabreia é uma queda de água (proveniente do rio Mau) sobre uma bacia fluvial, envolta numa vegetação densa. Situada na Aldeia de Silva Escura, a Cascata da Cabreia é das principais atracções da região e consegue oferecer ao seu visitante de tudo um pouco: a frescura provocada pela queda de água na bacia fluvial, a vegetação densa e ordenada pela intervenção a que foi sujeita através de um projecto de recuperação, os recantos convidativos, as mesas e bancos de apoio vindos ao encontro de quem quer associar ao descanso e gosto gastronómico.
Território é o “maior contribuinte” para crescimento do turismo Ria de Aveiro é a principal imagem de marca e é em torno dela que surgem um conjunto de potencialidades turísticas. Aumento da oferta hoteleira de quatro e cinco estrelas é determinante para a capacidade de resposta da região
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um território de 11 municípios, a Região de Aveiro é um pólo de forte atractividade no Centro de Portugal. A qualidade dos recursos naturais e as suas paisagens únicas, com destaque para a Ria de Aveiro e toda a zona do Baixo Vouga, são factores de atractividade, que proporcionam o desenvolvimento do turismo balnear, eco-turismo ou turismo de natureza e do termalismo. No espaço da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) é a cidade de Aveiro que se destaca com uma área de influência regional mais abrangente, seguida de Águeda e Ovar. Os restantes pólos urbanos, como Murtosa, Estarreja, Albergaria-a-Velha, Vagos, Sever do Vouga, Anadia ou Oliveira do Bairro, apresentam áreas mais limitadas, com Ílhavo a surgir quase como “um caso à parte”, graças à sua importante representação em termos populacionais e com uma dinâmica urbana própria, por vezes confundida
◉ CIRA investiu 1,5 milhões de euros em campanhas de marketing, dos quais 60% foram comparticipados por fundos comunitários, instrumentos importantes para dar continuidade ao trabalho de investimento e promoção do território, refere José Ribau Esteves
com a da cidade de Aveiro. No vasto e heterogéneo território residem cerca de 370 mil pessoas e são também milhares as que ali trabalham e por lá passam em busca de momentos de lazer e cultura. Numa análise aos índices de turismo, José Ribau Esteves não esconde o orgulho pelo “comportamento” de toda a região. “Temos acompanhado a maioria dos indicadores por cima. De facto, a região Centro teve crescimentos recordes a nível nacional e a região de Aveiro, em alguns dos indicadores cresceu o dobro”, sublinha o presidente da Comunidade Intermunicipal. Se 2015 foi “um ano de excelência, de grande e fortíssimo crescimento”, Aveiro, reforça o autarca, “foi o maior contribuinte” para esta subida. “Mas, mais importante, entendemos que este crescimento de 2015, não é um pico, mas um patamar que já estamos a utilizar para prosseguir um processo de crescimento sustentado”, refere.
Nesta estratégia de sucesso, Ribau Esteves destaca a importância dos apoios da União Europeia. “O principal alimentador de muitas das coisas que temos feito, nomeadamente ao nível do marketing territorial, nos últimos dois anos, foram os fundos comunitários”, destaca, recordando que só em campanhas de marketing, usando o seu grupo de acção costeira ou o Polis da Ria de Aveiro, A CIRA investiu 1,5 milhões de euros, 70% dos quais comparticipados por fundos comunitários. “Estamos a falar de grandes investimentos que, obviamente, vão dando o seu retorno”, continua Ribau Esteves, sem esquecer que, nos próximos anos, esses apoios terão “um papel muito importante no alavancar de recursos para prosseguir este trabalho de investimento e promoção do território”. E se as características da região apresentam um conjunto de potencialidades, que estão a dar frutos, nomeadamente, ao nível turístico, há ainda muito a fazer. “Temos vi-
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Suplemento BTL 2016
A NÃO PERDER i MUSEU
Eco-museu Marinha da Troncalhada Aveiro Marinha de sal, onde se podem observar os ancestrais métodos de salicultura da região, actividade já referenciada em Aveiro, no testamento da Condessa Mumadona Dias, em 959. Além de mostrar aos visitantes os métodos de produção artesanal do sal, a Marinha da Troncalhada explora a paisagem, fauna e flora características, bem como mantém vivas as vivências e tradições ligadas a esta actividade secular.Caracterizando-se por ser um núcleo museológico ao ar livre, aberto permanentemente, o visitante poderá realizar a sua visita de forma independente consultando os diversos painéis interpretativos que a marinha dispõe. DOÇARIA
Desde os canais de Aveiro, aos azulejos de Ovar há muito para conhecer na região
vido, nos últimos anos, um processo muito positivo de crescimento global e mesmo o crescimento do próprio espírito de equipa e de parceria entre todos”, sustenta. José Ribau Esteves refere que importa prosseguir investimentos na área da qualificação urbana em alguns dos municípios, mas também na qualificação da Ria de Aveiro. “Temos muito para fazer, nomeadamente, na ‘toalha’ de água da Ria de Aveiro, em termos de valorização”, continua. “Temos de prosseguir o bom trabalho da Polis da Ria de Aveiro”, adianta, acrescentando que o território necessita de de investimento na oferta hoteleira, nomeadamente de nível mais elevado (quatro e cinco estrelas). “Crescemos muito, nos últimos dois anos, no alojamento local e nos hosteis de qualidade. Mas, sentimos bem, em 2015, pelo menos em três dos 12 meses do ano, a incapacidade de resposta, o estarmos com lotação esgotada”, continua, ao explicar por que coloca o aumento da oferta hoteleira como prioridade para o território. É isto e muito mais que quem visitar a Feira Internacional de Turismo em Lisboa poderá encontrar aos longo dos cinco dias do certame, que contará com a presença da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro e “um cheirinho” da força dos seus 11 concelhos, que ali vão mostrar o que têm de melhor.
“É a somar que somos mais fortes” na promoção de produtos e do território “É a somar que somos maiores e não a dividir”. É com esta expressão que José Ribau Esteves define as vantagens da aposta da Comunidade Intermunicipal da Região da Aveiro em marcar presença, em parceria com a Turismo do Centro, na BTL, certame que define como “um grande evento de produtos e de território”, que abre portas a oportunidades que não se podem perder. Será na sexta-feira, dia 4, entre as 17h00 e as 19h00, o momento de maior destaque da Região de Aveiro. “Vamos fazer uma apresentação da Agenda da Primavera”, que inclui todos os principais eventos ligados ao turismo, essencialmente, nas áreas da gastronomia, cultura e animação, explica o autarca. A agenda contempla actividades que acontecem desde Março até Julho, altura em que acontece “o grande evento da região”, o Ria de Aveiro Weekend. A promoção do território na BTL passa também pela projecção de três filmes sobre a re-
gião de Aveiro, em torno da ria, e com destaque para o ambiente a cultura. “O stand da Turismo Centro de Portugal vai, este ano, usar muito a imagem, os grandes videohall. Nesse âmbito, vamos mostrar a região de uma forma diferente”, sublinha Ribau Es-
teves. O também presidente da Câmara Municipal de Aveiro refere que a presença na BTL não se fica por aí. Quer na tarde de sexta-feira, quer sábado e domingo, alguns dos municípios da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro e associações vão também revelar alguns dos projectos que estão a desenvolver. “São acções geridas por cada um, que mostram de forma individualizada, alguns dos seus valores, com destaque especial para a gastronomia”, adianta Ribau Esteves. Por tudo isto, o presidente da CIRA aproveita ainda para garantir que é com “todo o gosto e interesse” que a região volta a marcar presença em parceria com a entidade regional de turismo. “Entendemos que a região de Aveiro tem crescido com a sua região Centro e é esse caminho que queremos continuar. Daí a nossa opção de participarmos e co-financiarmos a participação”, conclui José Ribau Esteves.
Pão-de-ló de Ovar Ovar O pão-de-ló de Ovar é um doce com, pelo menos, 200 anos, mas são muitas as dúvidas sobre as suas origens. Diz a lenda que foi uma freira vareira quem o idealizou e levou a receita a familiares, existindo, no entanto, registos do século XVIII, nomeadamente nas actas da Irmandade dos Passos, como tendo sido o doce oferecido aos padres que levavam o andor do Senhor dos Passos, na procissão. Desde, então, o pão-de-ló de Ovar, doce feito de farinha de trigo, ovos e açúcar, continua, hoje, a ser a mais apreciada especialidade da gastronomia vareira e uma presença obrigatória em festas e feiras para promover a gastronomia do concelho e da região. MUSEU
Museu da Vista Alegre Ílhavo Fundada em 1824 a Fábrica de Porcelana da Vista Alegre é reconhecida internacionalmente pela qualidade e excelência da sua produção. Situada em Ílhavo, engloba um conjunto patrimonial e industrial único, onde poderá visitar para além do Museu, o circuito produtivo, a capela, as lojas e o Bairro Operário.
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◉ Mapa da CIM da Beira Baixa
GASTRONOMIA
Cabrito assado e os maranhos Proença O cabrito assado no forno a lenha, o Afogado da Boda (antigo prato de casamentos), os maranhos, o plangaio fazem parte da ementa do restaurante da Casa da Ti Augusta, um projeto empresarial instalado numa habitação de pedra, cuidadosamente recuperada, na aldeia de xisto de Figueira, em Proença-aNova. A unidade tem também alojamento.
São seis os concelhos do distrito de Castelo Branco que integram a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa
LAZER
Moinho do Maneio Penamacor Integrado em plena natureza, em convívio com a Serra da Malcata, no concelho de Penamacor, este alojamento turístico resulta da recuperação de um antigo e secular moinho de água. O Moinho do Maneio é servido por pequenas piscinas naturais e de paisagens virgens. As acomodações do Maneio apresentam paredes em pedra e vigas expostas em madeira, proporcionando uma decoração de estilo único.
10 anos de história da Naturtejo presentes na BTL O Geopark Naturtejo viu renovado o seu selo de Geoparque Global, reconhecido pela UNESCO, uma certificação internacional de excelência, até Setembro de 2019
MUSEU
Museu Tavares Proença Junior Castelo Branco As famosas colchas em linho bordado com fios de seda natural são um dos ex líbris da região. O Bordado de Castelo Branco é um emblema da tradição portuguesa. Com origens que remontam ao século XVI e de inegável inspiração oriental, o bordado é conhecido pelas suas cores vivas e pelos elementos que retrata. O Museu Francisco Tavares Proença Júnior em Castelo Branco tem um núcleo expositivo e ainda algumas bordadoras a trabalhar.
O
s 10 anos de existência do Geoparque Naturtejo vai ser o tema central da representação do território na BTL deste ano. “O facto de este ser um ano com um cartão verde na recondução do Geoparque na rede mundial de geoparques da UNESCO e a integração de um novo município (Penamacor) no território são elementos que devemos comunicar e faz sentido que o façamos na feira do turismo em Portugal”, adianta Armindo Jacinto, presidente da Naturtejo. O Geopark Naturtejo viu renovado o seu selo de Geoparque Global, reconhecido pela UNESCO, uma certificação internacional de excelência, até Setembro de 2019. Na mesma reunião da Comissão de Coordenação da Rede Europeia de Geoparques, que decorreu em Setembro no Geopark Rokua (Finlândia), foi também votada, por unanimidade, a extensão do Geopark Naturtejo, com a integração de Penamacor. No ano passado, a Naturtejo lançou
novos programas de percursos e sugestões turísticas, ofertas que serão repetidas na próxima BTL. “Já apresentámos os programas na Feira Internacional de Turismo em Madrid e depois de Lisboa, vamos comunicálos de novo na ITB (Internationale Tourismus-Börse Berlin) em Berlim. É nossa estratégia para mostrar ao mercado os nosso programas turísticos, podem ser percursos pedestres, como percursos de BTT, observação de aves, entre muitos outros”, completa Armindo Jacinto. O responsável lembra que o projecto e os esforços desenvolvidos ao longo da última década permitiram a passagem de 39 unidades de alojamento, que existiam então naquele território, para as actuais 89. Na área da restauração “passou-se de 114 para 147 estabelecimentos e, se antes não havia centros de BTT, agora há quatro”, acrescenta. Os dados apontam ainda para a presença, nos 10 anos do Geopark Naturtejo, em 43 feiras e em mais de 158 colóquios e congressos.
◉ Armindo Jacinto frisa que o projecto e os esforços desenvolvidos ao longo da última década no território permitiram a passagem de 39 unidades de alojamento para as actuais 89
Nascida do espírito de união e da partilha de objectivos, a Naturtejo é a entidade que promove o Geopark Naturtejo da Meseta Meridional, que integra os concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão. Da Raia à Beira Interior, passando pelo Pinhal Interior até ao Alto Alentejo, este é um território com potencial turístico e com inúmeros factores de atracção. Por ser uma região vasta mas homogénea, o Geopark Naturtejo oferece uma grande variedade de produtos turísticos, tendo como mais-valia comum a natureza e uma rede de infra-estruturas. As “Portas de Ródão” é um dos o ex-libris natural do território, onde o Tejo, o mais importante rio da Península Ibérica, corre entrincheirado entre gigantes quartzíticos. Classificadas Monumento Natural a 20 de Maio de 2009, as “Portas de Ródão” constituem um lugar único pelos seus valores geológicos. Gozando de uma localização cen-
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A NÃO PERDER i VISITAR
A aldeia “mais portuguesa” Monsanto Ícone turístico da região, a Aldeia Histórica Monsanto é uma experiência inesquecível para quem a visita. Considerada a Aldeia mais Portuguesa de Portugal tem na festa de Maio a sua romaria mais conhecida. Segundo a tradição, a população cercada pelos romanos e recolhida no castelo lançou ao fim de sete anos uma vaca pela encosta que, segundo eles, tinham sido alimentados com sobras. A festa da Divina Santa Cruz sinaliza este momento histórico. Castelo Branco e os concelhos vizinhos vão promover o seu património mas também o calendário de eventos pensados para o resto do ano
tral no país e bons acessos (A 23 e rede de estradas nacionais), o Geopark Naturtejo estende-se por mais de 4.600 quilómetros quadrados de área. Armindo Jacinto, também presidente da Câmara de Idanha-aNova, anuncia que este ano o município vai ter um stand próprio dedicado à entrada na Rede de Cidades Criativas da Unesco na área da música. O concelho, que já está representado no segmento das Aldeias Históricas, através das aldeias de Monsanto e Idanha-a-Velha, e no pavilhão da Entidade Regional de Turismo do Centro, vai assumir uma promoção própria na perspectiva cultural. “A presença de Idanha servirá para comunicar ao mercado turístico este reconhecimento da Unesco.Temos um produto valorizado no contexto mundial. Vamos mostrar aquilo que caracteriza a Cidade Criativa da Unesco na área da música”, diz Armindo Jacinto. O programa de ensino musical, a cultura musical de Idanha-a-Nova, os vários eventos que ali se realizam são algumas das informações que vão constar do stand. O Geopark Naturtejo da Meseta Meridional foi o primeiro geoparque português inserido nas Redes Europeia e Global da UNESCO.A Rede Europeia de Geoparques (REG) foi criada em 2000 por quatro geoparques pioneiros, contando com o apoio da UNESCO a partir de 2001. A REG distribui-se actualmente por 23 países europeus, com 69 geoparques.
Comunidade representada em dois stands quer atrair também pelos eventos As potencialidades da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB) vão ter dupla representação na Bolsa de Turismo de Lisboa. “Vamos estar presentes na pavilhão da Entidade Regional de Turismo do Centro e no do Geopark Naturtejo”, anuncia o presidente da comunidade, João Paulo Catarino. A nova região da Beira Baixa junta Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Penamacor, Vila Velha de Ródão, Proença-a-Nova e Oleiros. A CIMBB - Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa afirma-se pelas tuas particularidades, a riqueza patrimonial, os recursos naturais, as características dos solos, a grandiosidade da paisagem, “factores que atribuem a esta região potencialidades únicas, capazes de impulsionar o turismo”, frisa João Paulo Catarino, presidente da comunidade. A promoção da Beira Baixa far-se-à através da oferta turística mas também por via dos eventos calendarizados para
GASTRONOMIA
Restaurante Santo Amaro Sertã Inspirado no nome do santo invocado na capela situada nas proximidades, o restaurante Santo Amaro, na Sertã, é a escolha natural para quem aprecia a boa gastronomia regional e o marisco. A sopa de peixe da Dona Helena, os famosos maranhos da Sertã e o bucho recheado pertencem a esta riqueza dos produtos locais e regionais, confeccionados por quem sabe e por quem respeita os ciclos da natureza. LAZER
2016. “A BTL é uma mostra do país enquanto destino turístico e cabe também a cada entidade regional mostrar o que tem de melhor. Queremos atrair pela natureza, mas também pela gastronomia, pelos eventos que são organizados na Beira Baixa”, completa aquele que também é presidente da Câmara de Proença-a-Nova. Assim, iniciativas como o Festival das Sopas de Peixe em Vila Velha de Ródão, a Feira de Enchidos e do Azeite em Idanha-aNova, a Bienal do Azeite em
Castelo Branco, a Feira da Tigelada em Proença-a-Nova ou a Semana do Cabrito Estonado em Oleiros, entre outros certames, são convites que a CIMBB vai deixar na BTL. “Vamos estar (CIMBB) no pavilhão do Geopark Naturtejo numa perspectiva de natureza e património, na Entidade Regional de Turismo do Centro estaremos enquanto comunidade que procura afirmar as potencialidades, como pela gastronomia e eventos”, completa João Paulo Catarino.
Trilho dos Apaches Oleiros O percurso português do Trilho Internacional dos Apalaches está numa Grande Rota, com cerca de 37 quilómetros, situada na Serra do Muradal, em Oleiros. O seu nome “Grande Rota MuradalPangeia”, faz alusão, à emblemática montanha quartzítica, onde se desenvolve, mas também, ao continente, que existiu, há 200 milhões de anos e que reunia todos os continentes, que existem hoje e consequentemente, a região do Maciço Ibérico.
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◉ Mapa da CIM Beiras e Serra da Estrela
LAZER
Parque Natural da Serra da Estrela Serra da Estrela No Parque Natural da Serra da Estrela podem distinguir-se cinco principais unidades paisagísticas: o planalto central, os picos e algumas cristas que se estendem a partir destes, os planaltos a menor altitude, as encostas e os vales percorridos por linhas de água. Aqui, encontra-se o ponto mais alto de Portugal continental. O Parque Natural apresenta um variado mosaico de habitats, conjugando elementos representativos de diversas regiões biogeográficas. É, como expectável, a área mais emblemática de Portugal continental para valores naturais associados à altitude, muitos deles com carácter exclusivo.
A Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela é composta por 15 municípios
GASTRONOMIA Cabrito da Beira Serra da Estrela Com o sabor e a qualidade que é reconhecido, o cabrito assado no forno é um prato típico que conhece no Fundão o seu esplendor. São muitos os restaurantes locais que dizem fazer o melhor prato de cabrito do país. Onde os pastos e o trato ajudam ao sabor final, é uma iguaria que atrai muitos turistas curiosos no paladar de uma carne enriquecida pelos temperos locais. MUSEU
CISE Seia O Centro de Interpretação da Serra da Estrela (CISE) está localizado num parque verde com cerca de dois hectares e tem por missão sintetizar e divulgar conhecimentos sobre os processos naturais, sociais e económicos que condicionam a vida na montanha, sendo um local privilegiado para partir à descoberta da Serra da Estrela. O CISE promove educação e divulgação ambientais, investigação e a promoção turística, desenvolvendo regularmente diversas actividades.
Turismo de natureza, cultural e de experiências são as armas da região Aposta centra-se nestas três vertentes do turismo que, aos poucos, começam a aproximar-se do grande motor deste território que é a Serra da Estrela, principalmente quando neva
◉ As experiências relacionadas com os produtos agro-alimentares, com a natureza e com a cultura orientam a afirmação do território das Beiras e Serra da Estrela
I
ntegrada no stand da Turismo Centro de Portugal, a Comunidade Intermunicipal (CIM) das Beiras e Serra da Estrela vai marcar presença em mais uma edição do BTL - Feira Internacional de Turismo e promete levar a Lisboa o melhor da gastronomia e da beleza natural. Paulo Fernandes, presidente da CIM e também da Câmara do Fundão, assume que a participação no certame vai focar-se nos produtos turísticos. Refere-se a três vertentes do turismo que a região pretende explorar e que já começam a ganhar terreno. “Esta é uma área com enorme potencial do ponto de vista de áreas protegidas, como a Serra da Gardunha [concelho do Fundão] e a Serra da Malcata [concelhos do Sabugal e Penamacor]”, evidenciou, acrescentando que o turismo de natureza é a primeira vertente. A segunda diz respeito ao turismo cultural, que põe em destaque a rede de aldeias históricas e das aldeias de xisto e o património judaico. As al-
deias históricas encontram-se um pouco por todo o território, fazendo-nos viajar no tempo e ter vontade de descobrir que história se esconde por detrás de cada monumento. Já as aldeias de xisto estão concentradas no concelho do Fundão, nomeadamente, a aldeia da Barroca e de Janeiro de Cima. Paulo Fernandes deixou para terceiro lugar uma vertente turística não menos importante do que as anteriores e que anda de braço dado com as duas: o turismo de experiências. “Temos as melhores [áreas de] Denominação de Origem Protegida [DOP] de queijo da Serra da Estrela e da Beira Baixa, bom azeite, a cereja do Fundão, o vinho DOP da Beira Interior, que está em franca expansão, os nossos enchidos e os frutos secos”, descreveu. Segundo o autarca, são experiências relacionadas com os produtos agro-alimentares, com a natureza e com a cultura que orientam a afirmação do território das Beiras. Muitas destas iguarias vão ser da-
das a provar na BTL, com ênfase no queijo, nos vinhos e nos enchidos. Produtos para degustar Neste leque de produtos inserem-se ainda as cavacas e as papas de carolo, doces típicos da região, e ainda doces mais 'modernos' como o pastel de cereja do Fundão, que utiliza esta famosa fruta local para oferecer um produto inovador. Inspirado em receitas tradicionais, o pastel estaladiço e cremoso foi criado e desenvolvido pela Escola de Hotelaria do Fundão. Já no que toca aos pratos mais tradicionais, quem visitar a região das Beiras e Serra da Estrela vai poder desfrutar de uma estadia rica em tudo, nomeadamente em sabores. Grelos à pastor, cherovias, torresmos, arroz de carqueja e cabrito são pratos de prova obrigatória. A cherovia é uma raiz em forma de cenoura e com cor de nabo. O seu sabor é uma mistura de ambos os legumes, mas mais acentuado e até adocicado. Em Portugal, é cultivada na Serra da
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A NÃO PERDER i MUSEU
Museu do Queijo Covilhã Único na região, o Museu do Queijo, situado na freguesia de Peraboa, Covilhã, permite ao visitante conhecer o processo de fabrico de um dos melhores queijos do mundo, iguaria apreciada e reconhecida internacionalmente. O novo espaço museológico, inaugurada em 14 de Maio de 2011, tem dois trajectos paralelos: um museológico e um gastronómico, o que permite diferentes experiências sensoriais aos visitantes. GASTRONOMIA
A Serra da Estrela, o queijo e as paisagens naturais, que convidam a um passeio, são algumas das atracções da região
Estrela e deve ser cozida em água e sal e cortada em fatias finas, no sentido longitudinal, temperando-se com sal e sumo de limão. Passa-se por ovo e farinha, é frita em azeite ou óleo e serve-se como entrada. Pode ainda ser servida como acompanhamento de um prato de peixe.
Muitas das iguarias vão ser dadas a provar na BTL, com ênfase no queijo, nos vinhos e nos enchidos O arroz de carqueja é, talvez, o mais procurado pelos turistas que visitam o Fundão. O entrecosto é muito bem temperado e, depois de confeccionado, juntam-se os enchidos típicos da região e o arroz, assim como alguns temperos, para adquirir um sabor perfumado e delicioso. Em defesa dos melhores produtos da região, foram surgindo diversas confrarias que têm como missão divulgar o melhor da gastronomia da serra. São os casos das Confrarias do Bucho Raiano (Sabugal), da Urtiga (Fornos de Algodres), da Broa e do Bolo Negro de Loriga (Seia), da Feijoca de Manteigas (Manteigas), do Azeite (Fundão), da Pastinaca (Cherovia) e do Pastel de Molho da Covilhã (Covilhã), dos Aromas e Sabores Raianos (Almeida), da Cereja de Portugal (Covilhã) e do Borrego (Celorico da Beira).
Serra da Estrela cada vez menos dependente da neve A neve é um elemento motivador para fazer uma visita à Serra da Estrela, mas não só. A região já oferece uma multiplicidade de experiências que não a deixam tão dependente da neve. “A região está cada vez menos dependente da neve. A Serra da Estrela é o elemento mais forte de atracção de turistas, à que admiti-lo, mas a Serra da Estrela e a região estão-se a posicionar cada vez mais para não estarem dependentes da neve”, adiantou o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) das Beiras e Serra da Estrela, Paulo Fernandes. A diversificação da oferta tem diminuído a sazonalidade turística, embora ainda haja um pico de afluência no Inverno. É graças aos parques naturais, às áreas protegidas, à rede de percursos pedestres (para andar a pé e de bicicleta), aos trilhos, aos caminhos panorâmicos e às paisagens únicas que a região tem conseguido ir muito além dos passeios na neve. Muitos locais têm granjeado notoriedade e mais turistas dada a sua beleza natural e marcas históricas. Falamos das áreas protegidas (Serra da Estrela, Serra da Malcata e Serra
Queijo e enchidos Região Falar em Serra da Estrela é falar de neve, paisagens deslumbrantes, mas também do queijo Serra da Estrela e da Beira Baixa (Denominação de Origem Protegida DOP) e dos enchidos. O vinho DOP da Beira Interior começa também a evidenciar-se e os enchidos ganham importância no país. As cavacas e as papas de carolo são os doces típicos, com origem no Fundão, mas toda a doçaria da região tem outra atenção na altura da Páscoa. A par da tradição anda a inovação, por isso, foi criado recentemente o pastel de cereja do Fundão. PATRIMÓNIO
da Gardunha), do património, das 26 praias fluviais espalhadas pelo território, das rotas temáticas (da lã, das antigas judiarias, dos castelos e aldeias históricas e dos quatro rios e das lagoas) e da Rota dos Vales Glaciares. Casais de Folgosinho, situados na área da freguesia de Folgosinho, em Gouveia, é outra atracção e vai ser candidata a Património Imaterial da Humanidade pela Câmara de Gouveia. A candidatura, que vai ser apresentada junto da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura
(UNESCO), consubstancia-se na “implementação de um plano de salvaguarda integrado do património ambiental, cultural e etnográfico desta área do concelho de Gouveia”. Casais de Folgosinho é a denominação de um vale “de horizontes largos, situado no interior da Serra da Estrela, de povoamento disperso e carácter profundamente rural, onde a paisagem é dominada por searas de centeio, pastagens e matos de giestas”, segundo o Centro de Interpretação da Serra da Estrela (CISE), com sede em Seia.
Aldeias históricas e aldeias de xisto Região Um pouco por todo o território da CIM Beiras e Serra da Estrela podemos encontrar aldeias históricas e aldeias de xisto, repletas de cantos e recantos surpreendentes e ricas em património. O tempo parece parar quando visitamos alguns destes locais e, para onde quer que olhemos, somos envolvidos pelas marcas históricas. Destacamos, por exemplo, as aldeias históricas de Castelo Novo, em plena Serra da Gardunha, no Fundão, Marialva, no concelho da Mêda, e Sortelha, no Sabugal. Já no que toca às aldeias de xisto, ganham destaque a aldeia do xisto da Barroca e a aldeia do xisto de Janeiro de Cima, ambas no concelho do Fundão.
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◉ Mapa da CIM Médio Tejo
PATRIMÓNIO
Mosteiro da Batalha Batalha O Mosteiro de Santa Maria da Vitória é vulgarmente conhecido pelo nome de Mosteiro da Batalha. O núcleo inicial foi a Quinta do Pinhal, comprada pelo rei a Egas Coelho e Maria Fernandes de Meira, pouco depois do triunfo de Aljubarrota (1385), para a construção do mosteiro. A partir de 1551, sofre uma profunda reconfiguração, devido à reforma geral da Igreja Católica e ao incremento dos estudos teológicos no próprio mosteiro, acrescentando-se dois novos claustros e dependências respectivas aos edifícios góticos. Após a extinção do convento, em 1834, edifícios conventuais e cerca conhecem sortes distintas. O Mosteiro da Batalha integra a Lista do Património Mundial da UNESCO desde 9 de Dezembro de 1983. DOÇARIA
Tigeladas Abrantes A origem das tigeladas, doce conventual, encontra-se na freguesia de Rio de Moinhos, concelho de Abrantes. Diz a lenda que uma mulher, de nome Verdiana, que tinha sido lavadeira no Convento da Graça, em Abrantes, aprendeu o segredo com as freiras e começou a confeccionar este doce em Rio de Moinhos, onde a receita foi passando de geração em geração. O nome tigeladas deriva da tigela de barro, onde o doce é cozido. MUSEU
Museu Nacional Ferroviário Entroncamento O Museu Nacional Ferroviário é um espaço de vivência colectiva, diálogo e partilha de saberes sobre o transporte ferroviário em Portugal. Considerada uma das melhores colecções de património ferroviário da Europa, o museu possui um acervo de 36 mil objectos, de grandes e pequenas dimensões, com objectos que variam entre os primórdios da locomotiva a vapor ao transporte ferroviário do futuro. Depois da requalificação, o museu reabriu a 18 de Maio de 2015.
Médio Tejo é um território constituído por 13 municípios e conta com uma população a rondar os 250 mil habitantes
Argumentos patrimoniais e eventos exclusivos reforçam atractividade Cultura, memória, religião, natureza, património. Potencialidades não faltam ao Médio Tejo para se afirmar como um dos território do Centro de Portugal com “maior peso” no turismo regional
◉ Fátima e Convento de Cristo são alguns dos “pontos” mais determinantes do Médio Tejo, mas comunidade intermunicipal deseja mais produtos estruturados
A
região do Médio Tejo revela a imagem de um território onde coexistem realidades urbanas e rurais, “que recomendam uma leitura no seu conjunto, reconhecendo a cada concelho a sua especificidade e o contributo que oferecerá à região, no seu todo”. Quem o diz é a presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIM-MT), destacando o potencial desta vasta área de 13 municípios, que conta com 250 mil habitantes, representa 10% da riqueza do Centro do país e apresenta 23 mil unidades empresariais, o que equivale a 7o mil postos de trabalho, aproximadamente. Aos argumentos patrimoniais e “eventos exclusivos” que dispensam apresentações - como o Convento de Cristo, Santuário de Fátima, Castelo de Almourol, Rio Tejo, Albufeira de Castelo de Bode ou Festa dos Tabuleiros -, acrescenta-se uma diversidade que reforça a atractividade ao território.
Basta ter em atenção, conforme refere Maria do Céu Albuquerque, “a combinação de elementos naturais distintivos numa ambiente dominado por uma paisagem verde e azul (rios, floresta, Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, parques naturais, praias fluviais, percursos ribeirinhos, sítios classificados, grutas)”, com os centros históricos de cidades e vilas, “onde sobressai a riqueza histórica e patrimonial dos seus castelos”. São disso exemplo Abrantes, Almourol, Ourém, Sertã, Tomar ou Torres Novas. Depois, importa também não esquecer a cultura e memória e, claro está, a gastronomia. Se é extensa a lista de forças e oportunidades, existem também algumas “fraquezas e ameaças”, refere a autarca, referindo o “esvaziamento populacional”, “fragilidade do tecido empresarial”, “debilidade das estruturas de apoio ao turismo e a inexistência de produtos estruturados, competitivos que consigam extravasar Fátima e o Convento de
Cristo” ou os “riscos ambientais, em particular no sector da floresta”. Neste sentido, são vários os desafios da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, que, a nível do turismo, exige uma “clarificação dos produtos e dos canais e formas da sua produção global”, refere Maria do Céu Albuquerque, que alerta, no entanto, para “factores críticos para o sucesso da estratégia”. Por um lado, existe um conjunto de factores externos, como “a efectiva aplicação dos princípios de territorialização presentes no acordo de parceria, nos planos operacionais e regulamentos”. Internamente, exige-se uma “eficiente coordenação” e “envolvimento dos stakeholders na implementação da estratégia”. No que concerne à aplicação de fundos comunitários, Maria do Céu Albuquerque destaca que a estratégia para o Médio Tejo privilegia a valorização de recursos endógenos e do potencial turístico e a consequente incorporação de valor na actividade empresarial.
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A NÃO PERDER i PATRIMÓNIO
Património cultural é uma das principais mais valias desta zona do país
Projectos contratualizados com o Portugal2020 Estas duas primeiras orientações de base “pretendem promover uma maior competitividade dirigidas à valorização económica do potencial instalado na região”, refere a autarca, acrescentando que são também prioritárias orientações que apoiam políticas regionais de combate à pobreza, exclusão social, abandono escolar ou à integração no mercado de trabalho. Ao analisar os instrumentos regulamentares do Portugal 2020 e tendo em conta que o Investimento Territorial Integrado será “o principal instrumento de territorizalização das políticas públicas ao nível das NUTS III”, a presidente da CIM-MT destaca, entre alguns projectos já contratualizados, a acção “Afirmação Territorial do Médio Tejo”, que incide, essencialmente, nas áreas da cultura e do turismo. Trata-se de um projecto intermunicipal “centrado na promoção, divulgação e perpetuação das competências e recursos endógenos do território”, com foco especial na promoção do turismo, criação e consolidação de rotas e percursos turísticos, utilização das novas tecnologias de informação e comunicação, “como instrumento essencial à projecção do Médio Tejo, marketing territorial e aposta na programação cultural e na formação de novos públicos”, conclui.
Centenário das Aparições de Fátima em destaque na feira internacional “Uma oportunidade para a região para estar presente de forma conjunta num evento de grande impacto nacional e internacional ao nível de turismo”. É deste modo que Maria do Céu Albuquerque encara a presença da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo na BTL, acrescentando que se trata de “um momento importante para a promoção do território, valorizando os seus elementos diferenciadores e exibindo as suas vantagens competitivas enquanto região”. Sem esquecer a importância do contacto directo com potenciais investidores e turistas, a presidente da CIM-MT anuncia que, durante a participação na Feira Internacional de Turismo de Lisboa, será apresentada a aplicação para smartphones “Descubra”, disponível para os 13 concelhos da região. Entretanto, explica a autarca, «foi também desenvolvida a App “Descubra Médio Tejo”, que permite ao utilizador conhecer o que de melhor a região tem para oferecer no seu conjunto”.
As comemorações das aparições de Fátima, que terão o seu momento alto em 2017 com a vinda do Papa Francisco à Cova de Iria, estarão também destaque na edição deste ano da BTL. Já na vertente desportiva, a CIM Médio Tejo continua a aposta no Wakeboard, «depois do sucesso do campeonato
mundial realizado no Médio Tejo em 2015 e da instalação de 5 Cable Parks. É ambição que «este projecto evolua no futuro, culminando com a criação na nossa região da primeira estância de Wakeboard do mundo», refere Maria do Céu Albuquerque. A Grande Rota do Zêzere e o Museu Nacional Ferroviário que reabriu ao público em 2015 - são outros dos projectos em promoção, bem como «outros motivos de valor que identificam e representam a região», sustenta a autarca, acrescentando que «para o Médio Tejo, o turismo possui uma importância significativa», pelo que é «uma das áreas de aposta» para a comunidade intermunicipal. Não é por acaso que, em 2015, na oferta da região Centro, «o Médio Tejo representou 19% ao nível do número de camas», com igual valor ao nível da procura, o que coloca este território no 2.º lugar do Centro de Portugal e na 3.ª posição no conjunto da região Centro.
Santuário de Fátima Ourém Fátima, a maior freguesia do concelho de Ourém, é um importante centro de peregrinação para o mundo católico. Até 1917, era uma aldeia desconhecida que nasceu num descampado, voltada para a pastorícia e para a agricultura de sequeiro, mas com as aparições tudo mudou. O 13 de Maio e o 13 de Outubro são as datas mais marcantes, altura em que milhares de peregrinos percorrem, a pé, os caminhos de Portugal rumo ao Santuário. Situado na Cova de Iria, o Santuário de Fátima encontra na Capelinha das Aparições o seu espaço mais emblemático, que foi construído em 1919, de 28 de Abril a 15 de Junho. Mais recentemente, em 2007, foi inaugurada a Basílica da Santíssima Trindade, que assinalou os 90 anos das aparições. GASTRONOMIA
Sopa de peixe do rio Vila Nova da Barquinha Prato único na gastronomia portuguesa, a sopa de peixe do rio resulta de um vasto conhecimento gastronómico que remonta aos princípios da constituição da nacionalidade portuguesa. É confeccionado, como o nome indica, com peixes do rio, nomeadamente fataça, barbo, enguia e carpa, entre outros ingredientes. PATRIMÓNIO
Convento de Cristo Tomar O Castelo de Tomar e Convento de Cristo, sede das ordens religiosas e militares do Templo e de Cristo foi classificado como património da humanidade e inscrito na lista do património mundial da UNESCO, em 1983. Os sete séculos da sua construção percorrem os momentos mais significativos da história de Portugal, desde o início do reino até à época contemporânea com o Liberalismo. O castelo surge em 1160 com a fundação de Tomar pelos Templários.
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◉ Mapa da CIM do Oeste
MONUMENTO
Mosteiro de Santa Maria Alcobaça Reconhecido pela UNESCO como Património Mundial desde 1989, o Mosteiro de Alcobaça apresenta uma das mais importantes abadias cistercienses europeias, pelo seu estado de conservação e arquitectura, símbolo de Cister. Mandada construir em 1178 pelos monges de Cister, apresenta uma fachada com portal gótico e torreões barrocos, destacando-se no interior a grandiosidade da nave central, os túmulos de D. Pedro e D. Inês, o claustro de D. Dinis, a casa do Capítulo, a cozinha dos Monges e o dormitório.
Comunidade Intermunicipal do Oeste é composta por 12 municípios, todos eles, com ofertas turísticas diversificadas
LAZER
Bacalhôa Buddha Eden Bombarral São cerca de 35 hectares que prestam homenagem e protestam contra a destruição dos Budas Gigantes de Bamyan. Budas, pagodes, estátuas de terracota e várias esculturas cuidadosamente colocadas entre a vegetação são apenas algumas das peças que podem ser visitadas no maior jardim oriental da Europa, o Bacalhôa Buddha Eden, localizado na Quinta dos Loridos, Bombarral. LAZER
Museu da Cerâmica Caldas da Rainha Foi Raphael Bordallo Pinheiro quem deu vida ao ‘Zé Povinho’, imortalizando-o em cerâmica. As obras do mestre merecem destaque no Museu da Cerâmica, localizado nas Caldas da Rainha, criado em 1983, e que conta com um núcleo das obras mais representativas da produção do mestre da cerâmica e que documenta a laboração da fábrica de faianças.
Oeste reforça identidade da região na Bolsa de Turismo Comunidade Intermunicipal do Oeste e os doze municípios que integra vai marcar presença da Bolsa de Turismo de Lisboa, que decorre até ao próximo dia 6, na FIL, em Lisboa, para dar a conhecer a sua identidade
É
uma região de excelência, composta por doze municípios, tão distintos entre si, mas que se complementam uns aos outros no que há oferta turística diz respeito. Falamos do Oeste de Portugal, cuja região pode ser ‘espreitada’ através do ‘olhar’ da Comunidade Intermunicipal do Oeste até dia 6, na BTL - Feira Internacional de Turismo. Reforçar a sua identidade e afirmar a marca Oeste Portugal é a estratégia preparada pela OesteCIM para a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL). Aproveitando a sua presença no certame, a comunidade do Oeste pretende para fazer passar a mensagem promovendo os eventos de maior destaque de cada um dos concelhos, distribuindo material publicitário e proporcionando aos municípios que constituem o seu conselho a oportunidade de apresentarem alguns dos seus projectos de carácter inovador. Paralelamente, e tal como tem
acontecido nas edições anteriores, à tradição e património, será aliada a degustação dos produtos regionais que diferenciam e caracterizam aquela região. André Macedo, primeiro secretário da Comunidade Intermunicipal do Oeste, não tem dúvidas que a BTL “contribui para o reforço da
identidade da marca Oeste Portugal” a uma escala nacional e internacional. Esta feira “é importante na divulgação da região e na potencialização de um relacionamento mais próximo e dos vários sectores turísticos internacionais”, afirma André Macedo, considerando que o certame contribui também “para a dinamização e potencialização da rede regional, de escala intermunicipal, de apoio ao desenvolvimento económico e social da região, através das parcerias estabelecidas com os ‘stakeholders’ da região Oeste Portugal”. Aliás, é justamente esta a missiva que a Comunidade Intermunicipal do Oeste tem praticado. Segundo André Macedo, “o trabalho em rede, tendo por base uma estratégia comum a todos”, é o conceito a adoptar para fazer frente aos desafios que actualmente se colocam, não apenas à entidade como à própria região e ao seu desenvolvimento.
◉ A Comunidade Intermunicipal do Oeste e os 12 municípios que a integram marcam presença no certame em parceria com a Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, partilhando o mesmo espaço com as restantes sete CIM’s da Região Centro. A apresentação ao público da OesteCIM na BTL acontece no dia 2.
CIM do Oeste | 29
Suplemento BTL 2016
A NÃO PERDER i LAZER
Praia da Nazaré Nazaré Foi em meados do século XIX que a vila piscatória da Nazaré começou a ser conhecida como uma zona de banhos. A sua beleza natural e tipicismo, aliada à pesca, transformação do pescado e venda, deixaram de ser o principal factor de atractividade, dando lugar a uma zona agora conhecida pelo seu extenso areal e água e actividades de Verão. MONUMENTO
Na Nazaré as ondas gigantes são, actualmente, um dos principais atractivos turísticos
Doze municípios de mãos dadas por uma região A OesteCIM é composta pelos municípios de Alcobaça, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Nazaré, Óbidos, Peniche, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras, e corresponde à Unidade Territorial Estatística de Nível III (NUT III). A criação da Rede Oeste Portugal é da sua autoria, criada em articulação com parceiros estratégicos da região, que procuram promover e conferir maior visibilidade e dinâmica aos recursos sócio-económicos, patrimoniais, históricos, turísticos e naturais da região. Através da marca Oeste Portugal, os parceiros pretendem a afirmação de uma imagem identitária, para que quem visita a região saiba o que o Oeste faz de melhor, no país ou além-fronteiras. Para o efeito, o trabalho da OesteCIM tem-se multiplicado em várias frentes, desde a participação em feiras, exposições, seminários ou conferências, para além da BTL - Feira Internacional de Turismo, onde aposta na apresentação do património histórico e cultural da região, assim como no turismo ligado às actividades náuticas, e também na agricultura, promovendo diversas actividades de divulgação dos seus produtos e serviços. A sede da Comunidade Intermunicipal do Oeste está localizada nas Caldas da Rainha.
Melhorar a competitividade através da diferença Sol, praia, resorts, saúde e bemestar, desportos náuticos, gastronomia. São algumas das temáticas exploradas pela região Oeste e que constituem hoje imagens de marca de uma oferta diferenciada e concentrada, como são exemplo, os circuitos de surf; produtos de origem denominada, como a pêra rocha, maçã de Alcobaça ou a Ginja de Óbidos; hotéis que conjugam o lazer com a prática do golf; sem contar as inúmeras praias cuja beleza natural atrai milhares de visitantes. Tendo presente esta realidade, a OesteCIM “pretende responder com êxito à procura dos diferentes produtos que a região oferece e melhorar a sua competitividade”, esclarece André Macedo, considerando, porém, que tudo dependerá “da capacidade de integrar e articular produtos com novas tecnologias e promover a cooperação permanente entre entidades do sector da Região Oeste para que, em conjunto, possam melhorar competências e reforçar ou criar elementos diferenciadores com
base nos recursos existentes”. André Macedo aponta para um leque variado de potencialidades do Oeste que podem ser ‘vendidas’ dentro e fora do País, nomeadamente, o Canhão da Nazaré; costa Oeste e praias; ecossistemas naturais de referência, como áreas protegidas e vestígios arqueológicos; monumentos e imóveis classificados; história, festividades, tradições, lendas, saberes tradicionais; doces conventuais, fruta, vinhos, licores e aguardentes e
peixe fresco; resorts de golfe e hotelaria associada e saúde e bem-estar; para além de eventos locais e regionais e com reconhecida projecção internacional, actividades promovidas por empresas locais de animação turística,e rotas e passeios pedestres. André Macedo entende, pois, que “todas as potencialidades expostas devem ser promovidas e divulgadas”, contribuindo a OesteCIM “para o reforço da rede regional de parcerias, alavancando as dinâmicas privadas dos empreendedores e empresários do Oeste, com vista à afirmação da sub-região” no país e além-fronteiras, “como um território ‘business friendly’ e com uma marca forte, a marca ‘Oeste Portugal’”. “A rede de parcerias consubstancia os pontos fortes e principais potencialidades do tecido económico regional, no que se refere aos sectores e produtos mais representativos deste território, não só pelo seu peso económico e social como pela qualidade e valor reconhecidos”, conclui.
Castelo Óbidos Assente sobre um penhasco à beira de um extenso areal que, há pouco mais de dois séculos, as águas do mar ainda cobriam, o castelo de Óbidos apresenta-se hoje ao visitante de cara lavada e completamente restaurado. Como porto de mar, o castelo passou por várias mãos, desde a fortificação pelo domínio árabe, passando pela conquista dos cristãos, tendo sido, por várias ocasiões, reparado e ampliado. LAZER
Berlengas Peniche É considerado um verdadeiro lugar de sonho, único em Portugal. Falamos do arquipélago das Berlengas, não muito longe de Peniche, considerada Reserva Mundial da Biosfera pela UNESCO desde 2011. Área com elevado interesse botânico, a reserva é local de nidificação para algumas espécies de aves marinhas e ponto de passagem para numerosas espécies migradoras, sendo ainda de grande riqueza faunística. Não é, pois, de estranhar, a limitação a esta maravilha da natureza, condicionada a 350 visitantes por dia.
30 | Destinos
Suplemento BTL 2016
Algarve estará em destaque como destino convidado Aposta Considerado o segredo mais famoso da Europa, o Algarve tem programadas inúmeras iniciativas durante o certame O Algarve irá estar em grande destaque na edição de 2016 da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), enquanto destino nacional convidado. De hoje a 6 de Março, no Pavilhão 1 da FIL, os visitantes da principal feira de turismo em Portugal terão a oportunidade de conhecer os atractivos da região sul. Considerado o segredo mais famoso da Europa, o Algarve tem programadas inúmeras iniciativas durante o certame, entre as quais provas de vinhos, demonstrações culinárias, concertos e sorteios. Para o presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA), Desidério Silva, “ser destino convidado é revelador da importância que o Algarve detém enquanto maior destino de férias nacional. Em 2015, a região registou perto de 17 milhões de dormidas e cerca de 1,2 milhões de voltas de golfe, sendo que temos vindo a receber cada vez mais distinções internacionais. Para tal contribui a nossa oferta diversificada, com experiências únicas, durante todo o ano, que fazem do Algarve o destino turístico preferido dos portugueses”. Nesta edição, o Algarve conta com a presença de 15 municípios algarvios e 26 hotéis e empresas turísticas que irão oferecer ao pú-
Stand onde estará o Algarve será palco de muitas promoções blico pacotes especiais a preço de feira, num novo stand com cerca de 900 metros quadrados. No local, haverá muita animação e serão apresentadas diversas novi-
dades, nomeadamente duas novas aplicações para dispositivos móveis e o livro infantil “Algarve, quem és tu?”. “Na BTL pretendemos fami-
liarizar o trade e o público com a oferta diversificada do Algarve, através de acções originais e atractivas”, acrescenta o presidente da RTA.
O Algarve apresenta-se assim como um destino que oferece muito mais do que Sol e Mar. Em destaque estarão, durante os cinco dias da feira, a gastronomia e os vinhos algarvios, propostas de turismo de natureza, turismo residencial, autocaravanismo, golfe, entre outras experiências de viagem e produtos turísticos. Para Fátima Vila Maior, directora de área de feiras da FIL responsável pela BTL, “sendo o Algarve a região turística mais importante a nível nacional, que em 2014 registou cerca de 16,4 milhões de dormidas, é natural que nesta edição da BTL este importante destino seja valorizado e promovido junto dos mais de 72 mil visitantes que esta Feira recebe”. A responsável adianta: “Não podemos esquecer que o Algarve tem uma importância relevante e estratégica junto do mercado interno e externo e é, assim, a escolha certa para a edição deste ano. Iremos, com certeza, ficar a conhecer melhor os seus diferentes produtos, desde os tradicionais sol e mar, golfe e turismo residencial passando pelos que estão em expansão como a gastronomia e vinhos, touring, turismo de saúde, de negócios, de natureza e náutico”.
“Pampilhosa da Serra Inspira Natureza” na BTL O Município da Pampilhosa da Serra, à semelhança de anos anteriores, aposta forte na BTL com um stand próprio para promover o concelho. Aliás, na edição do ano passado, a AIP distinguiu o stand da Pampilhosa da Serra com uma menção honrosa pela sua atractividade, diversidade, dinamismo e animação ao longo dos cinco dias desta feira. Reconhecendo a importância deste certame, a autarquia “vê a sua participação como uma excelente forma de promover as enormes potencialidades turísticas deste território”. “Venha conhecer-nos no nosso stand e deixe-se render pela beleza desta região, marcada por uma rurali-
dade de excelência”, é convite deixado para visitar o espaço de promoção localizado no pavilhão 2 da FIL. No primeiro dia da feira, a abertura oficial do stand “Pampilhosa da Serra Inspira Natureza” será feita pelo presidente da Câmara, José Brito Dias, às 15h00, a que se segue uma degustação de chocolates com sabores regionais (mel, serpão e castanha), pelo Chef Flávio Silva (Villa Pampilhosa Hotel). Ao final da tarde, haverá uma visita de todas as colectividades do concelho e à noite, ao jantar, o autarca reúne com essas mesmas colectividades momento durante o qual apresentará aos seus con-
Stand da BTL do ano passado recebeu uma menção honrosa
vidados projectos no âmbito do Portugal2020 bem como o novo vídeo promocional do concelho. Na quinta e na sexta-feira, a animação será uma constante com a possibilidade dos visitantes tirarem “selfies” que lhes podem valer estadias na Pampilhosa da Serra. No sábado, será feita a apresentação pública do “Seaside Sunset Sessions`16- Pampilhosa da Serra”, com a presença de alguns dos melhores DJ´s nacionais. Este é um evento que tem vindo a ganhar adesão no Verão e é uma das principais apostas do concelho para dar a conhecer a beleza das suas paisagens e a qualidade das suas praias fluviais.
32 | Festivais de Música
Suplemento BTL 2016
Festivais de música mobilizam muitos milhares de turistas. Em Coimbra, a Queima das Fitas recebeu, pelo segundo ano consecutivo, o galardão de melhor festival académico
Festivais de Música e o impacto no Turismo em debate Discussão O impacto dos festivais de música nas cidades, a oportunidade que o destino tem para se promover junto dos visitantes estrangeiros e modo como captar outras atracções turísticas estarão na base da conferência “A importância dos Festivais de Música no Turismo em Portugal” é o tema da conferência que irá realizar-se no dia 3 de Março no âmbito da BTL – Feira Internacional de Turismo e do Talkfest (International Music Festivals Forum). Esta iniciativa irá realizar-se no Pavilhão 1, no Auditório Key for Travel, às 17H00, e terá como oradores, entre outros, a vicepresidente do Rock in Rio Lisboa, Roberta Medina. A moderação do debate ficará a cargo da jornalista da SIC Notícias, Liliana Lobo de Carvalho. O impacto dos festivais de música nas cidades, a oportunidade que o destino tem para se promover junto dos visitantes estrangeiros, a forma de os captar para outras atracções turísticas além dos festivais, serão algumas das questões debatidas. Inserida na vasta programação do Talkfest, destaca-se também a primeira edição da Gala Iberian Festival Awards, com
atribuição da categoria BTL – Best Tourist Promotion. Esta gala tem como objectivo premiar a área dos festivais em diferentes vertentes como produção, investigação, activação de marca, concessionários e media. Fátima Vila Maior, directora de área de feiras da FIL responsável pela BTL, adianta: “através da parceria da BTL com a APORFEST – Associação Portuguesa de Festivais de Música inicia-se
um novo sector na feira, onde o negócio e networking com todos os que trabalham na área dos festivais de música e eventos culturais motivam, no âmbito da actividade turismo, o encontro profissional do sector. Este trabalho conjunto prevê um novo segmento do programa de hosted buyers, ou seja, o Talkfest irá trazer à BTL compradores internacionais do sector, tendo os expositores portugueses a oportu-
nidade única de entrar em contacto com empresas e entidades da indústria da música”. O Talkfest realiza-se este ano em simultâneo com a BTL, evento de referência internacional que assim se constitui um parceiro fulcral ao seu desenvolvimento estratégico, potenciando-se a afirmação dos festivais de música enquanto factor de atracção turística. O Talkfest - International Music Festivals
Forum, terá assim a sua 5ª edição nos dias 3 e 4 de Março, sendo composto por sete secções: conferências, apresentações (científicas e profissionais), seminários, documentários, concertos, feira de emprego e pela integração dos Iberian Festival Awards, onde existirá, no total, mais de 70 pontos de programação preenchidos por 85 speakers (13 internacionais) de organizações de diferentes valências.
Queima das Fitas foi o melhor festival académico A Queima das Fitas ganhou, em 2015 e pelo segundo ano consecutivo, o prémio de melhor festival académico pelo Portugal Festival Awards. «A equipa da Queima das Fitas agradece a todos os que votaram com a promessa de continuar a fazer mais e melhor. Agradecemos também a todos os estudantes, a todas as secções
da AAC e a todos os parceiros, que todos os anos contribuem para que esta continue a ser a melhor e a única Queima. Viva Coimbra! Viva a AAC! Viva a Queima das Fitas». Foi com esta mensagem que os organizadores da maior festa estudantil do país anunciaram o resultado dos “Portugal Festival Awards”.
Recorde-se que nesta categoria, o resultado é obtido através da votação do público. Segundo os organizadores, os Portugal Festival Awards são o «evento que premeia os melhores festivais de música em Portugal. O objectivo destes prémios é reconhecer o esforço envolvido na produção de festivais de música e, para isso, pre-
miar os que mais se destacaram, em várias categorias». «Acreditamos que este escrutínio pode ajudar a impulsionar e a melhorar a indústria dos festivais em Portugal. Os Portugal Festival Awards não existem só para os promotores, mas também para todas as entidades que se associam a estes eventos», explicam.
34 | Hosted Buyers
Suplemento BTL 2016
Ideias inovadoras apresentadas por startups A promoção das startups nacionais dedicadas a projectos turísticos volta a ser uma aposta da BTL e, nesse sentido, foi estabelecida uma parceria com a Beta-i para a criação de sinergias para a dinamização do espaço. Durante os dias dedicados aos profissionais, as empresas terão a possibilidade de apresentarem os seus produtos e serviços e ainda de integrarem o programa de Hosted Buyers, contactando não só com o mercado nacional, como com o internacional. De hoje a sexta-feira, estarão representadas 30 startups e, no fim-desemana, os visitantes poderão contactar com 60 ideias inovadoras no espaço BTL Startups & Inovation by Beta-i. Entre startups e ideias, nos cinco dias de feira, são esperados cerca de 90 novos projectos, superando também as inscrições do ano passado. Programa Hosted Buyers permite o agendamento de reuniões entre os compradores e os expositores
Reforçado programa Hosted Buyers para negócios internacionais Promoção Organização aponta para a presença de cerca de 400 compradores internacionais, superando os números de 2015 O programa Hosted Buyers é já uma referência na BTL, por isso, também este ano não poderia faltar, sendo uma das principais apostas da feira internacional de turismo, que reforça o programa com novas parcerias. Além da TAP, Turismo de Portugal, entidades promotoras das várias regiões de Turismo e a Associação Profissional das Agências de Viagens e Turismo, a BTL 2016 conta com novas unidades hoteleiras parceiras, nomeadamente os hotéis Sheraton, Corinthia, Marriott, Intercontinental e Lutécia, que se juntam aos Hotéis Sana, Mundial, D. Pedro, Altis, Tivoli, Turim, PortoBay,
Pestana e VIP. Em 2015, o programa contou com mais de 300 compradores estrangeiros e cerca de três mil reuniões agendadas, números que a organização espera superar
nesta 28.ª edição da BTL, apontando para a presença de cerca de 400 compradores internacionais. As apostas surgem não só nos tradicionais mercados da Alemanha, França, Reino Unido,
Divulgados os nomeados dos Prémios AHRESP Os nomeados da 2.ª edição dos Prémios AHRESP serão conhecidos na Feira Internacional de Turismo de Lisboa, seguindo-se um período de votação online pelo público no website oficial.
A 25 de Maio, numa cerimónia no Pátio da Galé, serão divulgados os vencedores nas diversas categorias, entre empresas, conceitos, marcas e profissiobais nas áreas da hotelaria, promoção turística e restauração.
Holanda, Bélgica, Itália e Espanha, mas também em mercados, como o Brasil (país convidado) e ainda Polónia, República Checa, Rússia, Panamá, Colômbia, Índia, China ou Estados Unidos. A ideia é manter a estratégia de especialização e os produtos turísticos, isto é, direccionar a comunicação, tendo em conta as especificidades de cada mercado, refere Fátima Vila Maior, directora de Área de Feiras da FIL, responsável pela BTL. O programa Hosted Buyers permite que compradores agendem reuniões com expositores e tenham oportunidade de conhecer vários locais turísticos nacio-
nais, através de visitas organizadas, visando a promoção de Portugal. «O papel da BTL não está cingido à feira. A BTL também apoia a divulgação dos produtos turísticos do país», sustenta a responsável. Ainda no campo dos Hosted Buyers, é lançado um novo segmento dedicado aos festivais de música, realizado no âmbito da participação da APORFEST – Associação Portuguesa de Festivais de Música. O programa Hosted Buyers teve início em 2010 e, ao longo de cinco anos, participaram 600 empresas portuguesas e cerca de mil compradores internacionais de 29 países.
36 | Expectativas a nível mundial
Suplemento BTL 2016
Organização Mundial do Turismo assinala tendência para oferecer misto de experiências Mercado O turista do futuro, como as pessoas em geral quer viver mais tempo, ser mais jovem e ser mais feliz pelo que é com este perfil que os agentes devem preparar os seus produtos
Yolanda Perdomo é directora executiva do Programa de Membros Afiliados da OMT
Caribe foi a região mais visitada no mundo inteiro A tendência da oferta turística para 2016 é um misto de experiências culturais materiais e imateriais, desportivas e de saúde e bem-estar, porque o turista quer crescer interiormente e ganhar autoestima. “O turista actual procura crescer interiormente, ganhar auto-estima, aprender e fazer parte dos locais que visita e não ser um mero espectador”, explicou à Lusa Yolanda Perdomo, directora executiva do Programa de Membros Afiliados da Organização Mundial do Turismo, que esteve recentemente em Portugal. Para Yolanda Perdomo o turista do futuro, e as pessoas em geral, querem três coisas, querem “viver mais tempo, ser mais jovem e ser mais feliz” e é com base nessas três tendências que se deve pensar nas ofertas turísticas.
O produto turístico não pode ter apenas um só aspecto como, por exemplo, o sol/praia, tem de misturar várias ofertas numa só e creio que essa é a grande tendência para o futuro do turismo para este ano, considerou aquela representante da Organização Mundial do Turismo. Os turistas procuram experiências turísticas novas, observou ainda Yolanda Perdomo, reforçando a ideia de que o turista valoriza experiências que dêem realização pessoal, auto-estima e satisfação. Em 2016, o turismo mundial vai ser marcado pelo que foi verificado também em 2015, ou seja, pela flutuação dos mercados, pela evolução geopolítica, o preço do petróleo e a tecnologia que permite oferecer novos produtos turísticos e mais flexibili-
dade, enumerou Yolanda Perdomo. Na sua apresentação que fez durante o XI Congresso Internacional do Turismo, no painel denominado "Hospitalidade no mundo e temas turísticos - Turismo em 2016", Yolanda Perdomo referiu que os países a emitirem mais turistas foram em primeiro lugar a China, depois EUA, Alemanha, Reino Unido, Rússia, França e Canadá. A Europa foi a líder a receber turistas com uma cota mundial de 51% dos turistas, tendo recebido mais 50 milhões de turistas do que em 2014. O Caribe foi a região mais visitada no mundo inteiro, seguida da América Central, Europa Central e de Leste, Oceânia, referiu. A projecção do crescimento turístico para 2016 é que vai superar a média entre 2015 e 2014.
38 | Barómetro nacional
Suplemento BTL 2016
Turismo em Portugal deve continuar a crescer Barómetro Estudo permite concluir que em 2016 novos recordes continuarão a ser batidos no sector A procura turística por Portugal deve continuar a crescer este ano e todos os sinais de evolução para o sector são positivos, segundo o Índice de Confiança do Barómetro de Turismo, do IPDT - Turismo de Portugal, recentemente apresentado. O ano de 2016 será muito positivo para o turismo nacional, no que diz respeito a todos os principais índices: número de turistas, número de dormidas, receitas e gastos por cada viajante, de acordo com o Barómetro de Turismo, do IPDT - Turismo de Portugal. Por estes valores, o Índice de Confiança deste Barómetro permite concluir que 2016 voltará a registar recordes para o sector do turismo, que já tem vindo a revelar tendências de cresci-
Número de turistas deve continuar a aumentar tal como nos últimos anos mento ao longo dos últimos anos. Quando compara com 2015, o Barómetro permite ainda antecipar que a perspectiva de evolução do turismo português é
particularmente auspiciosa junto de potenciais turistas do Reino Unido, Espanha, França e Alemanha, onde o painel de inquiridos expressa a sua confiança em que 2016 seja um ano
melhor que o anterior. O Índice de Confiança é um trabalho desenvolvido pelo IPDT, em cima dos resultados do Barómetro do Turismo, um projecto lançado em 2006 e que já
ultrapassa as 50 edições. Para o presidente do IPDT, Jorge Costa, “esta ferramenta, ao ser cruzada com os resultados oficiais do turismo nacional, demonstra a sua fiabilidade e a possibilidade de fazermos previsões e traçarmos tendência através dos resultados do Barómetro”. Nas respostas dos inquiridos no painel do Barómetro - composto por profissionais e responsáveis de organizações do sector - verifica-se que cerca de 70% responderam que esperam um comportamento melhor do turismo nacional, no que diz respeito ao número de turistas e número de dormidas, bem com às receitas angariadas pelos operadores. No mesmo Barómetro, e sobre o gasto por cada turista em Portugal, cerca de 40% dizem que o comportamento do sector será melhor e cerca de 50% dizem que o panorama não deve sofrer alteração em comparação com 2015. Na leitura de Jorge Costa, “as previsões para 2016 apontam para mais um excelente ano para o turismo nacional”.