SEREIA, V. J.; CAMARA, M. R. G.; ANHESINI, J. A. R. Competitividade do complexo cafeeiro...
Competitividade do complexo cafeeiro: uma análise a partir do market share e das vantagens comparativas simétricas Vanderlei José Sereia1 Márcia Regina Gabardo da Camara2 João Amilcar Rodrigues Anhesini3 Resumo: O objetivo deste artigo é analisar o comportamento dos principais indicadores de comércio exterior do complexo cafeeiro brasileiro entre 1990 e 2007. O Brasil é o maior produtor e exportador mundial de café e seu maior rival internacional é o Vietnã. O problema a ser estudado trata da evolução da competitividade - ganhos e perdas - do café brasileiro no período. O estudo discute os fundamentos econômicos sobre o comércio internacional, os indicadores internacionais de competitividade e caracteriza a dinâmica do complexo cafeeiro brasileiro. O problema a ser estudado é a evolução da competitividade, de forma a verificar ganhos e perdas de participação no comércio exterior, a partir de indicadores de comércio. Os procedimentos metodológicos utilizados para verificar a existência de vantagens e analisar os indicadores de comércio exterior são o modelo Constant Market Share e as vantagens competitivas reveladas simétricas (CRVS) do café brasileiro (verde, torrado, solúvel e especial) em relação aos países concorrentes. Discutem-se as barreiras às importações impostas ao café brasileiro pelos países importadores e as possíveis políticas públicas e privadas favoráveis à competitividade das exportações de café. O artigo verifica a existência de vantagens e os principais indicadores de comércio exterior sinalizam a expansão das exportações. O estudo conclui que o complexo cafeeiro é competitivo, especializado na exportação de café verde e tem baixa participação nos mercados de café torrado, solúvel e bebidas que contém café. Palavras-chave: comércio internacional; competitividade; exportação de café. JEL: F10; F17; F19. 1 Doutorando pela Universidade Nove de Julho (Uninove). Professor titular do Departamento de Economia, Universidade Estadual de Londrina (UEL). E-mail: sereia@uel.br 2 Doutora em Economia pela Universidade de São Paulo (USP). Professora do Departamento de Economia, Universidade Estadual de Londrina (UEL). E-mail: mgabardo@sercomtel.com.br 3 Mestrando em Economia na Universidade Estadual de Londrina (UEL). E-mail: joaoamilcarr@hotmail.com
Revista de Economia, v. 38, n. 1 (ano 36), p. 07-34, jan./abr. 2012. Editora UFPR
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