n. 185 - agosto - 2013 Departamento de Publicações Av. José Cândido da Silveira, 1.647 - União - 31170-495 Belo Horizonte - MG - site: www.epamig.br - Tel. (31) 3489-5000 Disponível no site, em Publicações
Broca-do-café e controle químico1 Júlio César de Souza2 Rogério Antônio Silva3 Paulo Rebelles Reis4 Carla de Pádua Martins5 Melissa Alves de Toledo6 Patrícia de Padua Marafelli7 João Paulo Alves8 INTRODUÇÃO A broca-do-café, causada por um diminuto inseto, Hypothenemus hampei (Ferrari, 1867) (Coleoptera: Scolytidae), é considerada a segunda praga mais importante na cultura do cafeeiro Arábica, Coffea arabica L., no Brasil. Em cafeeiro Conilon, Coffea canephora, é considerada a principal praga. Como a broca é difícil de ser erradicada da cafeicultura brasileira e do mundo, torna-se necessário que cafeicultores e técnicos a conheçam em detalhes, bem como o seu controle químico, com inseticidas de baixa toxicidade. HISTÓRICO A broca-do-café é uma praga exótica constatada pela primeira vez no Brasil em 1913, no município de Campinas, SP, e os primeiros prejuízos, ocorreram em 1922. Originária da África, dispersou-
se por toda a cafeicultura brasileira e do mundo. A alta infestação no Brasil levou o governo do estado de São Paulo a criar em 1927, o Instituto Biológico de São Paulo, para estudá-la. Porém, naquela época, não existiam inseticidas no mundo para controlá-la, chegando as infestações a atingir 100% de frutos broqueados, com grandes prejuízos qualitativos e quantitativos. No Brasil, a broca causou prejuízos até 1970, já que o único inseticida disponível para controlá-la era o hexaclorociclohexano (BHC). Este inseticida mostrou-se ineficiente, em sua única formulação disponível, de pó seco, que era facilmente lavada pelas chuvas que ocorriam na época de seu controle. Em janeiro de 1970, foi constatada no estado da Bahia a doença ferrugem-do-cafeeiro, causada pelo fungo Hemileia vastatrix, o que causou pânico entre cafeicultores e técnicos. A partir daí, o governo federal implantou um Plano de Renovação da Cafeicultura Brasileira, com a utilização de maiores
Circular Técnica produzida pela EPAMIG Sul de Minas. Tel.: (35) 3821-6244. Correio eletrônico: uresm@epamig.br Engo Agro Dr., Pesq. EPAMIG Sul de Minas-EcoCentro/Bolsista FAPEMIG, Caixa Postal 176, CEP 37200-000 Lavras-MG. Correio eletrônico: jcsouza@navinet.com.br 3 Engo Agro, Dr., Pesq. EPAMIG Sul de Minas-EcoCentro/Bolsista FAPEMIG, Caixa Postal 176, CEP 37200-000 Lavras-MG. Correio eletrônico: rogeriosilva@epamig.ufla.br 4 Engo Agro, Dr., Pesq. EPAMIG Sul de Minas-EcoCentro/Bolsista CNPq, Caixa Postal 176, CEP 37200-000 Lavras-MG. Correio eletrônico: paulo.rebelles@epamig.ufla.br 5 Enga Agra. Correio eletrônico: carla67@yahoo.com.br 6 Enga Agra, Doutoranda Entomologia Agrícola UFLA, Bolsista CAPES/EPAMIG Sul de Minas-EcoCentro, Caixa Postal 176, CEP 37200-000 Lavras-MG. Correio eletrônico: toledo.melissa@hotmail.com 7 Doutoranda UFLA, Bolsista CNPq. Correio eletrônico: patriciapadua@yahoo.com.br 8 Graduando Biologia UNILAVRAS, Bolsista FAPEMIG/EPAMIG Sul de Minas-EcoCentro, Caixa Postal 176, CEP 37200-000 Lavras-MG. Correio eletrônico: joaopauloalves101@yahoo.com 1 2