disponĂ a 1 Jun vel em DVDho
Š 2011 DW Studios L.L.C. e Universal Studios. Todos os Direitos Reservados.
DIRECTOR Marco António dos Reis
mareis@tvprime.pt
DIRECÇÃO OPERACIONAL Marta Afonso Rosa
mrosa@tvprime.pt
EDITORIAL
Equipa tvPRIME
EDITOR ADJUNTO Hugo Pagani
hugo.pagani@tvprime.pt COLABORAM NESTA EDIÇÃO: Ana Isabel Alves, Carla Filipa Santos, Catarina Lopes, Joana Isabel Carreto, João Costa, Marco Almeida, Maria Mota, Nuno Fernandes, Pedro Miguel Mateus, Pedro Ponte, Pedro Rodrigues, Renata Curado, Renata Domingos, Rita da Nova, Rui Sousa, Sara Karim, Susana Cigano, Tatiana Pacheco ARTE E PAGINAÇÃO Daniela Bento, Mónica Rodrigues, Sara Colaço IMAGENS ABC, AMC, Atlanta Filmes, Catello Lopes Multimedia, CBS, Colombia Tristar Warner Portugal, Costa do Castelo Filmes, FIC, HBO, LNK Audiovisuais, Midas Filmes, NBC, New Lineo Cinemas, Prisvídeo, RTP, SIC, Sony Pictures Portugal, TVI, Universal Pictures Portugal, Valentim de Carvalho Multimédia, Vitória Filmes, ZON Lusomundo Audiovisuais CONTACTOS geral@tvprime.pt PUB. publicidade@tvprime.pt EDIÇÃO DIGITAL 8 JUNHO 2011 / MENSAL © 2011 tvPRIME Todos os direitos reservados As imagens usadas têm direitos reservados e são propriedade dos seus respectivos donos.
Sendo este o meu primeiro editorial, não posso deixar de falar no sentimento envolvido – tanto pela oportunidade que me foi dada neste projecto, como por esta paixão pela 7ª arte que a cada dia se intensifica. Esta paixão, como tantas outras – nomeadamente no campo das artes – foi-me incutida pelo meu avô, pessoa que sempre admirarei por todos os princípios e experiências que me transmitiu ao longo da sua vida. Recordo-me de em criança passar a semana ansioso para que o sábado chegasse o mais rápido possível, para que pudesse finalmente cumprir o ritual semanal de ir ao cinema S. Jorge, ou ao Condes, para mais uma sessão de cinema. Saíamos de casa e passeávamos até à hora da sessão – lembro-me saudosamente dos nossos passeios pela Avenida da Liberdade – onde eu ouvia atentamente histórias que me faziam parar no tempo e pensar o quão fascinante deveria ter sido viver aqueles momentos. No fim da sessão, discutíamos saudavelmente o filme que acabáramos de ver, com um companheirismo e cumplicidade difíceis de descrever, programando já o que poderíamos ver na semana seguinte. Quando não havia filmes que nos despertassem o interesse, íamos ao videoclube – que a cada dia que passa, vai caindo mais em esquecimento – onde escolhíamos uns quantos filmes para ocupar o nosso serão. Durante muitos anos o ritual manteve-se, até que as leis naturais da vida nos levam por rumos diferentes, transformando-nos no que somos hoje – mas nunca esquecendo o passado, ou esses momentos de inocência e felicidade que nos complementam. A felicidade é feita de momentos – discordo vivamente de quem me diga o contrário – e foram esses, entre tantos outros, que mais me marcaram e que continuarei a recordar com uma saudade imensa. Espero que a edição deste mês seja do vosso agrado, pois esta revista é para vocês, leitores da tvPRIME. Um grande abraço. Hugo Pagani
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SUMÁRIO [ 6 - 12 ] ZOOM Acompanhe as grandes novidades do mundo da televisão e do cinema [ 12 - 15 ] JANELA INDISCRETA Falámos com a banda revelação “Amor Electro”, e ficámos a saber o que viam e o que vêem [ 16 - 17 ] ENQUADRAMENTO Assaltámos o baú da memória e redescobrimos Stanley Kubrik [20 - 24 ] FLASH FORWARD Espreitamos o que vai estreando nos EUA, com o arranque das séries Camelot e The Killing [26 - 29 ] SÉRIES DE CULTO No espaço de culto deste mês relembramos a série Smallville e preparamo-nos para o seu anunciado final [34 - 39 ] SÉRIES TV Saiba o que está a arrancar na televisão Portuguesa, entre estreias e novas temporadas, com Family Guy, American Dad, Rizzoli & Isles, Nurse Jackie, Lights Out e Hung [42 - 52 ] RED CARPET Estendemos a nossa passadeira vermelha deste mês aos filmes Transformers 3, Padre 3D, X-Men O Início e A Ressaca - Parte II
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ENQUADRAMENTO
CAMELOT
TOY STORY 3
THE KILLING
LIGHTS OUT tvPRIME | Junho 2011
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zoom: séries FOX cancela cinco séries, entre elas ‘Lie to Me’ e ‘Human Target’
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FOX revelou que vai cancelar cinco séries para a próxima temporada, incluindo ‘Breaking In’, ‘The Chicago Code’, ‘Human Target’, ‘Lie to Me’ e ‘Traffic Light’. No seu lugar, a estação deu luz verde para a série criada por J.J. Abrams, ‘Alcatraz’; o spin-off de ‘Bones’, intitulado ‘The Finder’; e as comédias ‘The New Girl’, com Zooey Deschanel, e ‘I Hate My Teenage Daughter’. A estas, juntam-se as já confirmadas ‘Terra Nova’, ‘Allen Gregory’ e ‘Napoleon Dynamite’. A FOX também decidiu não avançar com os episódios piloto da mini-série ‘Locke and Key’, bem como da série ‘Council of Dads’, ‘Iceland’, ‘Outnumbered’ e ‘Weekends at Bellevue’.
‘THE BORGIAS’ renovada
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nova aposta da Showtime foi renovada para uma segunda temporada. ‘The Borgias’ relata a história da ascensão de Rodrigo Borgia a Papa Alexandre VI, e o papel que os seus filhos tiveram nessa ascensão. A série conta com as participações de François Arnaud como Cesare Borgia, Holliday Grainger interpreta Lucrezia Borgia, Lotte Verbeek é Giulia Farnese e neste lote de actores desconhecidos do grande público destaque para Jeremy Irons, que é o papa Alexandre VI. A Showtime, responsável também por ‘The Tudors’, parece ter encontrado um substituto à altura para a história de Henrique VIII e as suas esposas.
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canal de CW já começou a decidir o seu futuro, que é como quem diz, que séries irá renovar para 2011-2012. À cabeça surge ‘America’s Next Top Model’. Não só foi renovada como irá ganhar dois ciclos: um normal no Outono (com o arranque das novas grelhas) e pela primeira vez um All-Stars de edições anteriores. Como se deverão lembrar, a CW terá no próximo ano televisivo que superar uma perda de peso, a série ‘Smallville’ que contou com 10 temporadas. Para ajudar a atenuar a dor – e não a expandir – o canal renovou também as séries ‘Diários de Um Vampiro’, ‘Gossip Girl,’ ‘90210’ e ‘Supernatural’. De resto, esta será o último bastião dos “velhos fãs” que reergue-
ram o canal, pelo que só deverá ter o seu final quando tiver substitutos à altura. O canal parece mesmo estar a dar especial atenção a ‘Diários de Um Vampiro’, que conseguiu manter-se como a série mais vista do canal (4 milhões de espectadores) e a preferida dentro do seu target (18/34).
ZOOM SERIES
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CW renova em força
Das séries renovadas destaque ainda para ‘Gossip Girl’, que é a segunda mais popular do canal no target 18/34, mas destaque também para ‘90210’, que obteve resultados espectaculares no DVR (Gravação de Vídeo Digital), especialmente no segmento feminino. Por saber fica o futuro de outras séries do canal como ‘Nikita’ ou ‘Hellcats’.
‘The Paul Reiser Show’ é cancelado ao segundo episódio
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canal NBC cancelou a sitcom ‘The Paul Reiser Show’ depois de serem transmitidos somente dois episódios. Tudo estava alinhado para que Paul Reiser voltasse ao topo – uma nova série que iria ser exibida às quintas-feiras, num horário privilegiado
(20h30), antes dos novos episódios de ‘The Office’. Mas a estreia correu da forma menos esperada, resultando numa audiência de apenas 3,3 milhões de espectadores, tendo descido no segundo episódio para 2,5 milhões. ‘The Paul Reiser Show’ tornou-se assim na estreia com o pior ranking de sempre que o canal NBC registou. A NBC vai passar episódios repetidos da série ‘The Office’, para preencher o espaço vazio da grelha. Paul Reiser continuará a ser reconhecido pela série de enorme sucesso, ‘Mad About You’ (em Portugal intitulado ‘Doido Por Ti’), que durou sete anos (1992-1999), e onde trabalhou com Helen Hunt. tvPRIME | Junho 2011
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ZOOM SERIES
‘Californication’ e ‘Rizzoli & Isles’ ganham novas personagens
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ovidades para os apreciadores das séries ‘Californication’ e ‘Rizzoli & Isles’. Na série encabeçada por David Duchovny, o carismático escritor Hank Moody passará a ter a companhia de Megan Good (‘My Wife and Kids’) nesta próxima quinta temporada. Na série, ela interpretará uma artista de Hip-Hop. [Revelações] A próxima temporada de ‘Californication’ inicia-se com Hank em alta, depois do estrondoso sucesso do filme baseado no seu livro “Fucking and Punching” (o mesmo que quase o colocou atrás das grades). Com tanta popularidade, ele acaba por ser convidado para escrever o guião de um filme produzido por um milionário produtor de Hip-Hop…
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A série ‘Rizzoli & Isles’ também terá adições de peso no seu elenco, com especial destaque para Jacqueline Bisset (‘O Abismo’). A actriz terá participações na série já na segunda temporada, interpretando Constance, a mãe adoptiva de Maura Isles (Sasha Alexander). Aqui compreenderemos melhor a origem de Maura, filha de um criminoso e adoptada pela abastada Historiadora de Arte. Também o actor Colin Egglesfield (‘Irmãos e Irmãs’) terá uma participação na segunda temporada, interpretando o ex-presidiário Tommy, irmão de Jane Rizzoli (Angie Harmon). A estes dois nomes juntam-se os de Chris Vance (‘Mental’) e Richard Thomas (‘Causa Justa’).
zoom: cinema ‘THE TUNNEL’ disponível para download (legal) O filme ‘The Tunnel’ é o exemplo de como se consegue criar e financiar um projecto com a ajuda do público, desafiando a habitual produção cinematográfica. Para tal, a produtora australiana Distracted Media decidiu vender cada frame do filme por 1 dólar. Assim, este inovador projecto de crowdsourcing deu a possibilidade de todos poderem fazer parte desta produção. O filme já começou a ser distribuído de forma gratuita via torrent. ‘The Tunnel’ é filmado num labirinto de túneis que existe em Sydney, contando-nos a história da jornalista Natasha Warner, que leva a sua equipa para o subterrâneo com o intuito de investigar a razão do governo ter descartado o plano de utilizar a água nos túneis subterrâneos, localizados por baixo da estação St. James. Foram à procura de uma história, até a história os encontrar a eles. ‘The Tunnel’ é realizado por Carlo Ledesma, com argumento de Julian Harvey e Enzo Tedeschi. O filme já se encontra disponível via torrent, para que possa efectuar download de forma gratuita e legal. tvPRIME | Junho 2011
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ZOOM CINEMA
Chris Hemsworth confirmado no elenco de ‘Snow White and The Huntsman’ Depois de Viggo Mortensen ter recusado participar no filme ‘Snow White and the Hunstman’, surgiram rumores de que seria Chris Hemsworth a ficar com o papel do caçador. Surge agora a confirmação de que Hemsworth foi mesmo o escolhido, juntando-se assim a Kristen Stewart, Charlize Theron e Sam Claflin na produção deste filme, que será realizado por Rupert Sanders. Esta versão segue a história do caçador, que foge com Branca de Neve depois de falhar a missão que lhe foi dada pela Rainha Má. Enquanto o caçador ensina Branca de Neve a sobreviver aos perigos da floresta, o romance acaba por florescer entre eles. Hemsworth acumula assim mais um projecto, depois de confirmada a sua participação no remake de ‘Red Dawn’, em ‘The Cabin in the Woods’ e ‘The Avengers’, onde irá interpretar Thor, mais uma vez.
Lars von Trier e Martin Scorsese vão trabalhar juntos em ‘The Five Obstructions’ O realizador Lars von Trier vai colaborar com Martin Scorsese num novo projecto, intitulado ‘The Five Obstructions’. Este projecto será baseado numa experiência criada por Lars von Trier em 2003, em que um realizador (von Trier) propõe a outro um desafio: refilmar uma antiga obra do próprio realizador de cinco maneiras diferentes, obedecendo a regras e obstáculos impostos pelo primeiro realizador. O resultado deste jogo é ‘The Five Obstructions’. Os rumores indicam que este desafio fará com que Scorsese revisite ‘Taxi Driver’, um dos seus maiores clássicos, mas não existe ainda confirmação. Lars von Trier diz: «A ideia é darmos tarefas um ao outro, que nos obriguem a entrar em áreas que habitualmente não vamos, se depender somente de nós.» A produção de ‘The Five Obstructions’ começa em 2012.
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num clássico com tanta classe. Também estamos muito entusiasmados em trabalhar com produtores como Christi Dembroski e Kevin McCormick, que são maravilhosos. As expectativas de trabalhar com a Johnny Depp foi confirmado como Warner Bros. na reinvenção desta o protagonista deste remake, que história tão amada também são será realizado por Rob Marshall, bastante elevadas.» juntando novamente esta dupla, Neste, Depp irá interpretar Nick após ‘Piratas das Caraíbas por Charles, um detective privado Estranhas Marés’. casado com uma rica socialite, Nora. O par, juntamente com o Rob Marshall disse: seu cão, Asta, trabalham juntos na «Estamos muito contentes com a investigação de casos. ideia de trabalhar com o Johnny [Depp] novamente, especialmente O filme original gerou ainda cinco sequelas e uma série de televisão. A Warner Bros. vai avançar com o remake de ‘The Thin Man’ (em português ‘O Homem Sombra’), que originalmente foi realizado por W. S. Van Dyke em 1934 e que é baseado no romance de Dashiell Hammett.
ZOOM CINEMA
Johnny Depp e Rob Marshall voltam a trabalhar juntos no remake de ‘The Thin Man’
Sony agarra ‘Django Unchained’, de Quentin Tarantino Quentin Tarantino vendeu os direitos do seu novo projecto, ‘Django Unchained’, à Sony Pictures, apesar dos esforços da Universal em contrariar esse negócio. Apesar do sucesso de ‘Sacanas Sem Lei’, que a Universal financiou e distribuiu, o realizador acabou por preferir a Sony, em grande parte devido a este ser o estúdio com quem Will Smith mais trabalha. Esta é a prova de que Tarantino quer mesmo garantir Will Smith como protagonista principal do seu novo filme, como os rumores têm indicado. ‘Django Unchained’ fala-nos de um escravo recém-libertado, que se junta a um caçador de cabeças alemão para encontrar a sua mulher que está desaparecida. Will Smith é o nome mais falado para interpretar o escravo Django, enquanto que o caçador de cabeças alemão foi escrito a pensar em Christoph Waltz. Fala-se também em
Samuel L. Jackson, que anda a rondar o papel do vilão Calvin Candie. Assim, ‘Django Unchained’ será co-financiado e distribuído internacionalmente pela Sony Pictures, enquanto que a The Weinstein Company vai co-financiar e distribuir o filme domesticamente. A produção terá início no último trimestre deste ano, com previsão de estreia para 2012. tvPRIME | Junho 2011
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Janela Indiscreta: Amor Por: Marco António dos Reis
Electro
o espaço JANELA INDISCRETA N procuramos espreitar o mundo que se vislumbra por entre vidas fora da sétima arte.
Este mês estivemos à conversa com a banda revelação de 2011, os ‘Amor Electro’, que entre a promoção do seu disco “Cai o Carmo e a Trindade” – número um no top de vendas nacional – e o arranque dos concertos de Verão, nos revelaram alguns dos seus segredos. A conversa com Marisa Liz e Tiago Pais Dias foi, tal como é a sua música, absolutamente deliciosa. Pena é que tenha acabado! Como surgiram os “Amor Electro”? Tiago Pais Dias: O projecto surgiu da ideia de nos juntarmos os quatro (amigos) e fazermos versões de músicas existentes para tocarmos ao vivo. O disco veio no seguimento do desafio da editora e resulta do trabalho que já vínhamos a acumular há dois anos. Marisa, o início da tua carreira foi nos “Onda-Choc” e nos “Popeline”. Mais tarde estiveste em outros projectos para cantores mais jovens, como “Os Principais” (RTP). Como é que estas experiências condicionaram a tua carreira? Marisa Liz: Foram tempos incríveis! Desde sempre quis ser cantora e ali tinha o espaço para o fazer. Éramos todos muito amigos, num ambiente muito salutar, sem qualquer competição. Era uma espécie de campo de férias para meninos que gostavam de cantar. Em termos de percepção do mundo do espectáculo não foi muito determinante,
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uma vez que as coisas aconteciam com alguma magia. Nós chegávamos, cantávamos e íamos embora. Modelos de televisão como o actual “Uma Canção Para Ti” fazem-vos sentido? M. L.: Lá está, se for como no meu caso e as crianças lá forem porque querem mesmo é cantar, o modelo é bom. Se existir uma competição desenfreada só para ganhar, venha ela de onde vier, desvirtua a experiência. T. P. D.: Até porque, em condições normais, no final, vão todos para casa com as famílias, seguindo as suas vidas. Não vai acontecer nada de transcendente a um miúdo só porque ganhou. Nos EUA, o modelo do “American Idol” elegeu e vende sucessos mundiais como a Carrie Underwwod, a Kelly Clarkson, o David Cook e o Adam Lambert. Já em Portugal, apenas o “Chuva de Estrelas” foi capaz de disparar talento com
consistência, com o João Pedro Pais, a Inês Santos ou a Sara Tavares. Porque acham que deixou de funcionar? T. P. D.: O modelo americano, com o sucesso comercial que todos reconhecemos, está formatado e não deixa margem ao erro. É uma máquina. Por cá, o modelo do “Chuva de Estrelas”, embora com imitações, tinha áurea de novidade e alguma inocência, dando espaço a que de lá saísse alguma irreverência e originalidade. Além disso, o facto de não se ficar em primeiro, por cá, pode ser uma vantagem. Mostras o que sabes fazer, mas sais com liberdade contratual e artística. O João Pedro Pais não ganhou, a Luísa Sobral que tem agora um grande disco não ganhou, a Áurea também não ganhou... M. L.: ... e a questão da consistência é também fundamental. Se estás à espera de ganhar um destes programas e ficares no topo, esquece. Há muito trabalho a fazer! Mas se já estás a trabalhar há muito e queres continuar a trabalhar, este tipo de programas pode abrir-te muitas portas. Têm uma posição forte na questão da língua? Letras em Inglês podem ser música Portuguesa? T. P. D.: Se é feito em Portugal e por Portugueses, é música Portuguesa. Se não e no limite, deixávamos de poder usar as guitarras de Blues que são americanas... o Rui Veloso, por exemplo, deixava de ser um músico Português. Nós gravámos este
álbum em Português porque fez sentido assim... amanhã logo se vê. M. L.: A língua faz parte da forma de expressão, é arte. Se me exprimir melhor de uma forma vou mudá-la só porque alguém acha mais correcto de outra forma? Não deixa de ser engraçado que a nossa música mais original acabe por ser primeiro descoberta e reconhecida lá fora como World Music, e só depois em Portugal. T. P. D.: Mas isso é algo que nos define há muito tempo enquanto povo. Nós vivemos mais preocupados com o que se faz lá fora e esquecemo-nos que quando lá estamos somos referências de competência e originalidade. Hoje, eu posso conhecer a vossa música virtualmente em qualquer lugar, mas também posso pirateá-la sem qualquer problema. Como encaram as novas tecnologias na música? T. P. D.: Existem. Não há nada a fazer quanto a isso! Tens de ser capaz de educar as pessoas, mas também tens de percebê-las. Se não houver dinheiro, a pessoa não tem como comprar. Ainda assim, vão surgindo grandes soluções, como comprares só uma música por 0,99€. M. L.: Não é bom vermos pirataria, mas também alguns preços de álbuns não fazem sentido. Tem de existir equilíbrio. tvPRIME | Junho 2011
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Agora, o objecto do disco continua a ser um elemento de culto para muitos, uma marca de vida que não se dispensa. E parece-me que vai ser assim por muito tempo ainda. Mudando de assunto, que memórias guardam da televisão? T. P. D.: O Herman, claro, com “O Tal Canal” e o “Casino Royale”. Depois descobri os “Monty Python” e o “Flying Circus”... genial! São os meus favoritos, sem dúvida! M. L.: Além do “Herman”, adorava ver o “Vitinho”, os “Jogos Sem Fronteiras”, os “Simpsons” e, naturalmente, o “Festival RTP da Canção” era sempre um dos meus momentos de televisão favoritos. No passado recente, a série que mais me marcou foi o “Perdidos”, embora não tenha gostado especialmente do final. Que filmes recordam melhor e que cinema vão vendo? T. P. D.: Gosto dos filmes de artes marciais, especialmente os orientais – por força de ter praticado algumas – e do cinema oriental. Gosto muito de filmes do tipo “Ghost In The Shell” e somos os dois apaixonados pelos “Kill Bill”, do Tarantino. M. L.: Eu gosto mais do cinema Francês, como “Os Coristas”, gosto do Almodóvar e gostava de ir ao antigo cinema Quarteto. Há filmes, como o “Donnie Darko” e o “Morrer em Las Vegas”, que gostei muito de ver. Depois há filmes como o “Música no Coração”, que tem a magia de ter muita música, o que me fascinava. E gosto dos clássicos da Disney... T. P. D.: ... sim, vimos há pouco tempo o “Entrelaçados” e adorámos. Ultimamente, gostei muito do “There Will Be Blood” e do “Discurso do Rei”, especialmente pelo Geoffrey Rush. E no topo, de novo, os “Monty Python”... especialmente com o “Holy Grail”. M. L.: E gostamos muito do Spielberg e estamos curiosos para ver o novo “Tintin”.
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Marisa, existe um paralelismo entre a intérprete musical e a actriz. No teu percurso profissional vês-te como actriz? M. L.: Nunca tinha pensado nisso até ser convidada para fazer parte de uma peça, pelo António Feio. Na altura disse-lhe que não era actriz e acabei por não fazer. Agora tenho mesmo muita pena de não o ter feito!
ENQUADRAMENTO
STANLEY KUBRICK – O POETA VISUAL
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objectivo da rubrica aqui inscrita, qual janela da imaginação, é através de um pequeno espaço poder lançar uma viagem a fundo pela história do cinema. Durante esta viagem de horizontes tão vastos, não fazer paragens pelas grandes estrelas, ou pelos grandes blockbusters, mas seguir para além das câmaras, traçar a rota em torno da vida e obra daqueles que deram corpo e alma às mais maravilhosas obras-primas do cinema. Este ano traz uma lembrança especial ao cinema. Foi há precisamente quatro décadas que foi projectado pela primeira vez o icónico ‘Laranja Mecânica’, filme que marcou a década de 70 e continua a inspirar as novas gerações de cineastas. Depois de na edição passada termos andado às voltas com a grande instituição que foi Alfred Hitchcock, este mês, estendemos a mão ao legado de um realizador histórico,
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TEXTO POR PEDRO RODRIGUES polémico e sobretudo eternamente inspirador. Sempre actual, foi capaz de alcançar a excelência estética numa Hollywood totalmente dominada pela narrativa. Falo aqui de uma carreira que conta com quase 5 décadas. Com 16 longas-metragens assinadas em seu nome, Stanley Kubrick deixou para a posterioridade marcos absolutamente imperdíveis, como o sublime ‘Dr.Strangelove’ (1964), ou o clássico de terror ‘The Shinning’ (1980). «[Kubrick] é como uma força de inteligência sobrenatural, surgindo a grandes intervalos por entre altos gritos, que dá ao mundo um violento pontapé no degrau seguinte da escala da evolução» - Palavras retiradas do monólito de ‘2001: Odisseia no Espaço’, e utilizadas pelo prestigiado crítico Norte-Americano David Denby para descrever o realizador. Stanley Kubrick nasceu em 1928 em Manhattan, Nova Iorque. Ao contrário da
maior parte dos seus contemporâneos, a grande paixão da sua infância e juventude não foi o cinema, mas a fotografia. Estreou-se como fotógrafo profissional em 1946. Apaixonado pela força das imagens e pelo seu potencial estético, Stanley foi contratado pela revista ‘Look’, onde permaneceu durante cinco anos. Foi só em 1951 que o mundo das imagens lhe abriu inevitavelmente as portas para o fascínio do cinema. Após algumas experiências em curtas-metragens (com lucros muito modestos), Stanley experimentou pela primeira vez o ambiente sério das rodagens em 1953, ano em que estreou a sua primeira longa-metragem ‘Fear and Desire’. Diz quem o conheceu que, como pessoa, era muito tímido; daqueles que se encostam à parede ou desviam o olhar quando se cruzam com alguém. Mas uma vez atrás das câmaras, Kubrick assumia uma persona totalmente diferente, «podia controlar o mundo». No fundo, os filmes de Stanley Kubrick ficaram para a história como donos de uma
dualidade palpitante, um jogo de sombras, um dilema paradoxal presente em qualquer uma das suas narrativas. O império do subtexto. No entanto, foi no campo visual que mais se destacou, não só pela estética cuidada ao milímetro em cada plano, mas principalmente pelos verdadeiros “planos kubrickianos” que ficaram para a história, como o característico travelling de afastamento, de seu mais alto e digno exemplo a sequência de entrada no supremo clássico ‘Laranja Mecânica’.
«NÃO ME PARECE QUE UM ESCRITOR, PINTOR OU REALIZADOR FAÇA O SEU TRABALHO PORQUE TEM ALGO DE ESPECIAL A DIZER. FAZ PORQUE SENTE.» Os 40 anos da ‘Laranja Mecânica’ «Experiencie as aventuras de um jovem cujos principais interesses são violações, ultra-violência e Beethoven.» Foi já há quatro décadas que um ainda novato Malcolm Mcdowell dava vida ao controverso e perturbado adolescente Alex, uma das personagens mais marcantes do cinema Americano. Partindo de uma adaptação do romance homónimo de Anthony Burgess, kubrick transformou a criatividade e o potencial imagético do autor numa obra cinematográfica recheada de brilhantismo, um ensaio sobre a violência e o “sistema” numa Inglaterra de “futuro-próximo”. Na altura em que foi lançado para os
cinemas, o filme acabou por ser retirado por ordem do próprio realizador. Apesar da controvérsia que se gerou em relação ao seu conteúdo explícito, ‘A Clockwork Orange’ tornou-se um fenómeno sem precedentes, e nada impediu que se viesse a tornar num dos maiores filmes de culto de sempre. Para assinalar a data especial, a ‘Stanley Kubrick Films’ está a lançar este mês um pacote comemorativo do aniversário do filme, que contém um novo documentário. ‘Turning like clockwork’ discursa sobre o impacto que o filme teve nas gerações vindouras, incluindo os movimentos dos jovens britânicos que quiseram imitar os ‘Droogs’ para lançar um clima de destruição.
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Camelot
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26 Smalville
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FLASH FORWARD Texto por Rui Sousa
BODY OF PROFF O corpo é a prova
A Drª Megan Hunt (Dana Delany), uma brilhante neurocirurgiã, sempre abdicou de tudo para prosseguir a sua carreira, mas no momento em que sofre um acidente de viação, tudo se altera. Apesar de ficar incapacitada para voltar a operar, ela consegue arranjar uma solução, que é tornar-se Médica Legista. Devido a ter sido viciada em trabalho no passado, acabou por perder a custódia da sua filha, Lacey Fleming (Mary Matilyn Mouser) sendo que, Megan Hunt, irá tentar recuperar os anos perdidos e reconquistá-la, o que, à partida, se afigura uma tarefa bastante complicada.
passam despercebidos à maioria das pessoas. Muitas das vezes, ela é forçada a ultrapassar a burocracia da Polícia, onde se incluem, Samantha Baker (Sonja Sohn) e Bud Morris (John Carroll Lynch), com quem, no início, irá trocar alguns comentários menos agradáveis. Em ‘Body of Proof’, vamos porventura achar algumas semelhanças entre a Drª Megan Hunt e o famoso Dr. House, devido ao seu mau feitio e à sua capacidade fora do normal de resolver todos os seus casos.
Recentemente, ‘Body of Proof’, viu luz verde para uma segunda temporada e destas notícias queremos nós ouvir sempre das boas Dotada de um enorme mau feitio, ela vai séries e esperemos que as renovações sejam criando alguns inimigos, entre eles Curtis uma constante para ‘Body of Proof’. Brumfield (Windell Middlebrooks). A única pessoa que consegue (com bastante dificuldade), manter-se ao seu lado, é o seu Ficha Técnica colega Peter Dunlop (Nicholas Bishop), que T.O.: Body Of Proof * PRODUÇÃO: Abc * ELENCO: aos poucos vai conseguindo entendê-la. A sua Dana Delany, Mary Matilyn Mouser, Windell própria chefe, a Drª Kate Murphy (Jeri Ryan), Middlebrooks, Nicholas Bishop, Jeri Ryan, John Carroll Lynch e Sonja Sohn * CRIAÇÃO: Chris questiona os seus métodos, mas de uma coisa Murphey * ARGUMENTO: Nelson McCormick e é certa, ela tem uma capacidade tremenda e Christine Moore* GENERO: Drama * PORTUGAL: fora do comum de resolver todos os casos que Foxlife lhe surgem e por vezes com pormenores que tvPRIME | Junho 2011
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flash forward T.O.: CAMELOT * PRODUÇÃO: STARZ ENTERTAINMENT, GK-TV, KA TELEVISION E TAKE 5 * ELENCO: EVA GREEN, SEBASTIAN KOCH, JOSEPH FIENNES, JAMIE CAMPBELL BOWER,PETER MOONEY E JAMES PUREFOY * CRIAÇÃO: CHRIS CHIBNAL, MICHAEL HIRST, THOMAS MALORY, LOUISE FOX E STEVE LIGHTFOOT * GÉNERO: DRAMA * PORTUGAL: POR DEFINIR
‘Camelot’ baseia-se no livro ‘Le Morte D’Arthur’, de Thomas Malory, sendo este autor considerado um dos maiores especialistas sobre as lendas dos Cavaleiros da Távola Redonda. Morgan (Eva Green), regressa a Camelot, para fazer frente ao seu pai, o Rei Uther (Sebastian Koch) e acusa-o de matar a sua mãe e de tentar silenciá-la ao enviá-la para bem longe durante 15 anos. Morgan está sedenta por vingança e o reencontro com o seu pai não termina nada bem. Com recurso a magia, Morgan consegue entrar na sala de jantar e, nessa mesma noite, assassina-o. Uma das últimas acções do Rei é assinar um testamento perante Merlin (Joseph Fiennes). Nesse testamento, consta
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o facto de que o Rei Uther tem um filho, o que o coloca directamente no trono. A morte de Uther acaba por colocar a Grã-Bretanha num verdadeiro estado de guerra. Mas as más notícias não se ficam por aqui e as coisas acabam por piorar quando as visões de Merlin mostram um futuro preocupante para o país. O primeiro desafio de Merlin será encontrar Arthur (Jamie Campbell Bower), para que o possa treinar e prepará-lo para o que aí vem, e para isso vai contar com a ajuda do irmão de Arthur, Kay (Peter Mooney). A tarefa está longe de ser fácil, pois no momento em que Morgan descobre que tem um “rival”, fica de imediato fora de si e os
flash forward
Texto por Rui Sousa problemas de Arthur começam logo a caminho de Camelot, quando um desconhecido o tenta assassinar. Arthur é filho da actual mulher do Rei, mas à nascença foi entregue a um casal de camponeses, de forma a que fosse criado sem que ninguém soubesse da sua existência e no início não vai ser fácil assimilar a verdade e que aquelas pessoas que sempre o protegeram durante toda a sua vida, não são os seus verdadeiros pais, mas neste aspecto, Merlin também irá tentar esclarecer todas a dúvidas na cabeça de Arthur. Morgan vai fazer de tudo para que Arthur não fique com o trono e, por este ter crescido num meio humilde, vai ter que se esforçar ao máximo para que
Morgan não leve a melhor, pois esta terá a ajuda de forças sobrenaturais, mas Merlin irá combatê-la da mesma forma. A ira de Arthur, começa a revelar-se quando a sua mãe é assassinada à sua frente por Lot (James Purefoy), um Rei sem escrúpulos, que se uniu a Morgan para reinar Camelot e que vai ser um dos maiores inimigos de Arthur. Para Merlin, o mais importante de tudo, é proteger ao máximo os interesses do país. A guerra pelo trono vai começar e apenas um pode reinar. ‘Camelot’ é, sem dúvida, uma excelente série, que irá deixar os espectadores colados ao ecrã e sempre ansiosos pelo próximo episódio. tvPRIME | Junho 2011
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flash forward
The Killing Quem matou Rosie Larsen? Texto por Rui Sousa
The Killing, é uma série que fala sobre o misterioso assassinato de Rosie Larsen e é baseada numa série de televisão Dinamarquesa “Forbrydelsen”. A história desenrola-se em Seattle e em três direcções: 1º - A Polícia – Sarah Linden (Mireille Enos) está noiva e está prestes a mudar-se de malas e bagagens com o seu noivo Rick Felder (Callum Keith Rennie) e com o seu filho para Detroit, mas no momento em que se encontra a arrumar as suas coisas, o novo ocupante do seu gabinete Jan Meyer (Joel Kinnaman) entra e com ele traz o seu chefe Michael Oaks (Gary Chalk) para lhe entregar o último caso. Sara é uma mulher perspicaz e confia sempre no seu instinto e não nas
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2º - A Família –Stanley Larsen (Brent Sexton) e Mitch Larsen (Michelle Forbes) têm três filhos e são um casal unido e bastante trabalhador. Eles terão de lidar com o drama de perder a filha de 17 anos, que aparentemente é uma jovem absolutamente normal para aquela idade. 3º - O Político – Darren Richmann (Bill Campbell) encontra-se em campanha eleitoral. Tem um caso com a sua assistente Gwen Eaton (Kristin Lehman) e o seu outro assistente, Jamie Wright (Eric Ladin), dá sinais de querer usar o
assassinato da jovem como cartaz para que Richmann vença as eleições. Com o desenrolar do enredo, estas três histórias vão entrelaçando-se e fica provado de que nesta cidade não há coincidências e quando todos os habitantes parecem manter um segredo, tornam-se automaticamente suspeitos. Esta é uma série dramática, repleta de mistério e bastante intensa ao nível psicológico. Claramente a não perder.
flash forward
primeiras opiniões que ouve. O seu colega tem um perfil bastante diferente, chegando ao ponto de ser intimidatório na primeira abordagem às testemunhas.
T.O.: THE KILLING * PRODUÇÃO: AMC* ELENCO: MIREILLE ENOS,CALLUM KEITH RENNIE, JOEL KINNAMAN, GARY CHALK, BRENT SEXTON, MICHELLE FORBES, BILL CAMPBELL, KRISTIN LEHMAN, ERIC LADIN* ARGUMENTO: ED BIANCHI, AGNIESZKA HOLLAND * CRIAÇÃO: VEENA CABREROS SUD, SOREN SVEISTRUP E DAWN PRESTWICH * GÉNERO: DRAMA * EM PORTUGAL: POR DEFINIR
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FLASH FORWARD
‘C
CALL ME FITZ
hamem-me Fitz’, marca o regresso à televisão de Jason Priestley, que além de produzir, ainda ficou com o papel de Richard Fitzpatrick, Fitz, para os amigos. Ele é um vendedor de carros usados, desconhecendo por completo o significado da palavra “Moral”. O que ele pretende é fechar sempre um bom negócio antes da concorrência. Alcoólico, viciado em drogas e em mulheres, Fitz consegue ainda ser oportunista e incorrecto com os seus colegas, mas tudo está prestes a mudar, no momento em que sofre um acidente e deixa uma das suas clientes em coma. A partir daqui, a sua vida nunca mais será a mesma, devido ao seu novo colega Larry (Ernie Grunwald), que é nem mais nem menos do que a parte boa da sua consciência. Larry vai fazer de tudo para conseguir tornar Fitz numa boa pessoa, o que não vai ser nada fácil, quando o próprio Fitz começa a odiar Larry desde o início. Vejamos porquê... Larry começa por ocupar o seu lugar no
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concessionário do pai Ken Fitzpatrick (Peter Mcneill). Por sua vez, o seu pai começa a gostar de Larry, porque Larry é o que Fitz nunca foi, uma boa pessoa. Larry começa por ser melhor vendedor do que Fitz e no momento em que Fitz é alertado pela advogada da pessoa que ele deixou em coma, é que começa a aperceber-se de que vai mesmo ter de mudar ou está sujeito a perder tudo. Ou, então, também pode tentar livrar-se de Larry. Será que vai conseguir? Chamem-me Fitz, é uma série repleta de humor negro e tenho a certeza de que vai fazer as delícias dos que gostam deste tipo de humor. T.O.: Call me Fitz * PRODUÇÃO: Amaze, E1 entertainment e big motion pictures * ELENCO: Jason Priestley, Ernie Grunwald e Peter Mcneill * CRIAÇÃO: Sheri Elwood * PORTUGAL: Fox FX Texto por Rui Sousa
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Š 2010 CBS Films Inc. and Sony Pictures Worldwide Acquisitions Inc. Reservados Todos os Direitos M/16
SÉRIES DE CULTO
Temporada 10, dia 30 de Maio à 01.30, Segunda a Sexta, na FOX
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s adeptos de adaptações de conhecidas figuras míticas do imaginário juvenil certamente não serão indiferentes a ‘Smallville’. Há dez anos na televisão e contando já com nove temporadas, Smallville é transmitida a nível internacional e tem vindo a arrecadar uma crescente legião de fãs. Mas, para os mais desatentos, façamos uma retrospectiva da série. Quem não conhece Clark Kent, o involuntário super-herói, repórter e com poderes especiais que nunca desejou a fama? Smallville recria a história deste. O mítico Super-
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-Homem criado para a banda desenhada no final dos anos 40 pela dupla Joe Shuster e Jerry Siegel salta agora para os ecrãs de televisão do século XXI. Num misterioso dia, uma chuva de meteoritos caiu dos céus de ‘Smallville’, no Kansas, causando estragos nas propriedades dos discretos habitantes. Por entre as cinzas emergiu Clark Kent – um jovem que se viria a revelar muito pouco convencional. Com uma abordagem realista às questões recorrentes da adolescência, ‘Smallville’ apresentaTexto por Rui Sousa -nos a juventude atribulada deste rapaz por Rui Sousa Texto por Texto Renata Domingos
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SÉRIES DE CULTO
quase normal (ou não fossem os seus misteriosos super-poderes). Inicialmente, em vez de lidar com vilões e proteger o mundo, o protagonista terá que enfrentar a escola e as dificuldades de lidar com os seus rígidos pais, enquanto o seu corpo enfrenta uma série de mudanças (nem todas elas relacionadas com a puberdade): uma super-força, a visão de raio-x, etc., - uma realidade desconhecida para um jovem presumidamente normal. Esta incapacidade de Clark lidar com a sua realidade acabou por trazer o lado dramático ao formato desejado pelos produtores: mostrar a vulnerabilidade de um pseudo-humano quando, fisicamente, ele é completamente indestrutível. Neste sentido, Clark aparecerá como uma pessoa comum e vulnerável, principalmente quando está próximo das pedras de Kryptonita (pedaços radio-
activos do seu planeta) e quando se vê emocionalmente envolvido com outras personagens. A ideia, bem concretizada, era distanciar os telespectadores do conceito de imortalidade criado em torno do Super-Homem, para “trazê-lo à terra” e colocá-lo mais perto do telespectador comum. Desta forma, a partir do relato do seu percurso, cheio de descobertas, aventuras e confrontos com os mais variados inimigos, a série reinventa o caminho, desde as suas raízes, que levou Clark Kent a transformar-se no Super-Homem. Mas o critério de inovação de ‘Smallville’ reside no facto de representar uma adaptação da história deste herói aos tempos actuais: quem assistir à série poderá acompanhar a difícil adaptação de um homem com poderes sobrenaturais
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SÉRIES DE CULTO às adversidades do século XXI, numa mescla da modernidade de hoje com os valores antigos tão característicos da história tradicional do Super-Homem. Criada por Alfred Gough e Miles Millar, a série tem como personagem principal Clark Kent, interpretado por Tom Welling, o jovem actor de ‘À dúzia é mais barato’. A seu lado encontra-se a actriz Allison Mack, que dá vida a Chloe Sullivan, a melhor amiga do futuro Super-Homem. A acrescentar valor ao elenco, aparece ainda a veterana Annete O’Toole, que interpreta Martha Kent, a mãe do herói. No entanto, depois de nove temporadas no ar, Tom Welling e Allison Mack são os únicos actores com uma participação regular no elenco desde a primeira temporada. Mas desengane-se quem pensa que ‘Smallville’ é só mais uma série de super-heróis como tantas outras. Baseada
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no universo de DC Comics, a série tem feito as delícias dos fanáticos das histórias de banda desenhada ao explorar inúmeras personagens do mundo dos quadradinhos. São vários os heróis e vilões que já tiveram a sua versão num ou mais episódios da série. Exemplo disso são Green Arrow, Cyborg e Flash. Quanto aos vilões, destaque para Doomsday (que quase levava a melhor sobre Super-Homem) e para o mítico General Zod. Depois do lançamento do seu primeiro episódio em 2001, com um total de aproximadamente oito milhões de telespectadores nos EUA (constituindo, aliás, o recorde de audiências para uma estreia na televisão onde foi transmitida), ‘Smallville’ tornou-se uma das séries mais mediáticas do panorama internacional, tendo recebido oito nomeações para os Leo Awards. A série consolidou desta
efeitos especiais duma série do género. Entretanto, a décima temporada da reinterpretação moderna da mitologia do Super-Homem e das suas personagens clássicas vai continuar a misturar realismo, aventura e emoção. Será que Clark Kent finalmente aparecerá ao mundo enquanto Super-Homem? A dúvida fica no ar, para descobrir na nova temporada.
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forma o seu lugar de prestígio ao lado de semelhantes da temática sobrenatural como ‘Buffy - a Caçadora de Vampiros’, ‘Sobrenatural’ ou ‘As Feiticeiras’. Na sequência do percurso satisfatório, ‘Smallville’ estreia este ano a sua décima temporada. No entanto, e apesar do êxito conquistado ao longo dos dez anos de exibição, esta já foi anunciada como sendo a última temporada da série. Na origem estará a suposta descida das audiências ao longo da nona temporada, que contou com uma média de 2,4 milhões de telespectadores por episódio, ditando assim o fim da série. Assim como a vida de Super-Homem, ‘Smallville’ teve altos e baixos e acabou por perder audiências devido ao, por vezes, limitado orçamento face aos necessários
T.O.: ‘Smallville’ * PRODUÇÃO: Brian Peterson * ELENCO: Tom Welling, Allison Mack, Annete O’Toole e Michael Rosenbaum * CRIAÇÃO: Alfred Gough e Miles Millar * ARGUMENTO: Alfred Gough e Miles Millar * GÉNERO: Fantástico/ Aventura * PORTUGAL: FOX
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SÉRIES DE ENTREVISTA CULTO
BEING HUMAN C
omo está a ser interpretar a personagem? Meaghan Rath (MR) - A Sally é um fantasma, e a única rapariga da casa, que partilha com o Aidan e o Josh. Depois de se tornar num fantasma, tenta juntar todos os cacos para poder sair do limbo a que ela chegou. Lida com imensa solidão, porque ninguém a vê, não consegue falar com ela, não consegue tocar em nada. Foi um choque passar a ser um fantasma, porque deixou de estar em contacto com a vida. Ao ir viver com os dois, sente que pode voltar a reviver, ter alguém com quem falar pela primeira vez. Sam Witwer (SW) - A minha personagem é o Aidan, um vampiro que a dada altura decide deixar levar a vida levianamente, pois tem problemas com drogas. Ele tenta pôr fim ao seu vício e pede ajuda ao seu amigo lobisomem. Coloca-se à margem da sociedade vampírica, e refugia-se no apoio do amigo. Sam Huntington (SH) - Eu interpreto o Josh, o lobisomem. Antes de se tornar lobisomem, Josh era uma pessoa insegura e eram a família, amigos e a noiva que o apoiavam. Com a sua transformação tem que deixar todos aqueles que mais ama, mas só faz para os proteger desta sua nova forma de vida. Aproxima-se de Aidan porque sente-se sozinho e não tem mais ninguém, facto que une os dois.
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Em que é que se baseia para interpretar a sua personagem? MR - Não é assim tão difícil porque a minha personagem exige muita tecnicidade. Faço de fantasma e tenho muitos efeitos para parecer como tal. Além de que o guião está muito bem escrito, e portanto não pensas como é que hás-de interpretar estas criaturas sobrenaturais. Mas estas personagens são muito emotivas, são pessoas comuns, o que facilitou muito o encarnar da personagem. SW - O meu papel é interpretar um homem viciado em drogas e como em todas as histórias tento perceber o real conteúdo, os aspectos importantes. No final de contas, a ficção científica, as séries e os filmes, se não têm um assunto de interesse são superficiais, e por vezes inúteis. Enquanto estive na audição, a ler as falas, foi fácil perceber o papel que iria representar. O vampiro é aqui uma metáfora, para o vício das drogas. E foi isso que me interessou, pois já há imenso material televisivo, cinematográfico sobre vampiros, e eu não estava disposto a aceitar só mais um papel sobre essa temática. Mas à medida que fui lendo o guião, a personagem revelou-se irresistível. SH - Josh é uma personagem frágil, que acha que tem uma doença, da qual tem que proteger o mundo. Não se sabe muito bem como é que se interpreta um lobisomem, mas a série é mais do que o mundo fantástico, pois se retirarmos as
ENTREVISTA
À conversa com os actores da mais recente aposta da SYFY - a série Being Human com Aidan (Sam Witwer), Josh (Sam Huntington) e Sally (Meaghan Rath).
Texto por Ana Isabel Alves palavras: fantasma, lobisomem e vampiro da série, ela continuá a existir, a ser interessante e a fazer sentido. Porque aceitou o papel? Qual é que está a ser o maior desafio? MR - Para mim bastou ler os primeiros guiões para perceber que queria o papel. Pareceu-me super interessante e fiquei logo entusiasmada. Sally é muito humana, apesar da sua diferença, e é aqui que tenho que conjugar as maneiras de ela se expressar. Porque ela não tem qualquer tipo de contacto humano, um toque, um abraço. SW - São vários os desafios da personagem. Mas a parte divertida é manter a série divertida, dentro de tanto drama. SH - A minha personagem tem muitas falas cómicas, o que mostra a facilidade da série passar da cena dramática para uma cómica. A minha personagem em si tem a particularidade de usar muita maquilhagem, o que faz com perca muito tempo a ser maquilhado e a desmaquilhar, isto apenas para filmar a transformação do lobisomem, que na série surge apenas em breves segundos. Foram semanas intensas com poucas horas de descanso, mas que valeu a pena o esforço.
Em que difere esta personagem das que já representou? MR - É de longe o maior desafio que já enfrentei na representação e é fantástico, porque esta personagem passa por imensas emoções, o que trabalha a minha versatilidade. A experiência tem sido muito enriquecedora. SW - Eu prefiro personagens dramáticas, e antes de aceitar o papel, ao ler os guiões, reparo que a série e o argumento equilibram inteligentemente o humor e o drama, o que me conquistou e fez encarnar a personagem Aidan. SH - Eu comecei por interpretar apenas personagens dramáticas, e tinha decidido que ia procurar fazer comédia, mas depois de perceber que a personagem é uma panóplia de géneros, aceitei o desafio. Que mensagem quer deixar para que os portugueses não percam a série? MR- Eu espero que o vejam e apreciem, que consigam identificar-se com as personagens, até mesmo revendo-se nelas. SW - Eles são o público e se eles estão felizes eu também estarei. SH - Eu quero esclarecer que eu não sou um verdadeiro Lobisomem. Que isto é pura ficção, não é vida real. (gargalhadas despoletadas pelo bom humor de Sam H.)
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BEING HUMAN
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ma produção adaptada da versão original inglesa ‘Being Human’, da BBC, chegou em Maio ao pequeno ecrã e promete uma nova aventura no mundo fantástico. A série recriada irá passar no SYFY, canal promotor da série. Uma mulher-fantasma, um vampiro e um lobisomem são as criaturas sobrenaturais que poderemos acompanhar em ‘Being Human’. É este o mote da série que articula o drama e a comédia de uma forma subtil. Após Sally confrontar-se com a sua fantasmagoria, de Aidan decidir que iria fazer uma reabilitação e de Josh ganhar coragem para abandonar todos aqueles que ama para os proteger, os três jovens cruzam os seus caminhos e vão viver juntos. Perante as suas semelhanças sobrenaturais, os três unem forças apoiando-se mutuamente nesta aventura.
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Contudo, esse percurso não se revela fácil já que a adaptação ao estilo de vida humano enquanto seres sobrenaturais é-lhes dificultada, pelo facto de terem duas identidades e ainda de os seus semelhantes os perseguirem, tornando-os seus inimigos. O único intuito destes jovens é de alcançar, à sua maneira, o mesmo estilo de vida que o comum dos mortais. No papel de vampiro Aidan surge Sam Witwer, de mulher-fantasma Meghan Rath, como lobisomem Sam Huntington e como polícia Mark Pellegrino. Estes são os protagonistas de uma trama que envolve seres humanos e criaturas fantásticas e que pretende mostrar um lado mais humano, fugindo ao cliché da devoção dos poderes sobrenaturias característica fulcral deste género. Os actores e produtores de Being Human Texto por Ana Isabel Alves
ON TV Temporada 1, Segunda-Feira às 21.30 (duplo) no SyFy
contam já com particiapções em séries como ‘O Mentalista’, ‘Heróis’, ‘Everwood’, ‘Men in Trees’, ‘Smallville’ ou ‘Perdidos’, o que aumenta a fasquia quanto ao sucesso da série em Portugal, lançada a 23 de Maio e que contará com 13 episódios. T.O.: ‘Being Human’ * PRODUÇÃO: Adam Kane, Elissa Lewis e Evan Tussman * ELENCO: Sam Witwer Sam Huntington, Meaghan Rath e Mark Pellegrino * CRIAÇÃO: Toby Whithouse * ARGUMENTO: Jeremy Carver, Anna Fricke, Toby Whithouse, Chris Dingess e Nancy Won * GÉNERO: Drama, Comédia, Terror * PORTUGAL: SYFY, Maio 2011
ESPECIAL 30 DE ABRIL E 1 DE MAIO
Texto por Sara Karim tvPRIME | Junho 2011
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Temporada 7, dia 30 de Maio, episódio duplo Segunda a Sexta às 13.50 horas na FOX
AMERICAN DAD A
série de êxito da FOX ‘American Dad’ regressa ao canal no dia 30 de Junho para a estreia da sua sétima temporada. A série segue a vida doméstica do “pai americano” Satan Smith, um conservador que pertence à CIA e que é casado com Francine, uma dona de casa alucinada. Os seus dois filhos são Hayley, uma jovem-adulta liberal activista, e Steve, um adolescente “tótó” que quer a todo o custo fazer com que o pai tenha orgulho nele. A casa dos Smith conta ainda com a presença de um alien que vive no sótão, Roger, viciado em programas de televisão e bebida barata, e um peixinho dourado que foi implantado com o cérebro de um atleta olímpico alemão. Tudo o que os membros desta excêntrica família querem é encontrar uma maneira de se amarem uns aos outros, apesar das suas personalidades radicalmente diferentes, através de uma série de acontecimentos completamente ridículos e fora do comum. Tal como em ‘Family Guy’, o que Seth
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MacFarlane faz com ‘American Dad’ é tecer uma crítica aos vícios da sociedade americana de uma forma satírica cheia de humor e, sobretudo, cheia do chamado ‘nonsense’. ‘American Dad’ tem recebido aclamação internacional, sendo hoje transmitida em 17 países por todo o mundo. Em 2009, foi nomeada para o Emmy na categoria de ‘Outstanding Animated Program’, para além de outras 10 nomeações que tem vindo a receber desde a sua estreia em 2005. Não perca agora a nova temporada de ‘American Dad’, de segunda a sexta, às 13h50, no canal FOX. T.O.: American Dad’ * PRODUÇÃO: 20th Century Fox Television * ELENCO: Seth MacFarlane, Wendy Schaal, Dee Bradley Baker, Scott Grimes, Rachael MacFarlane * CRIAÇÃO: Seth MacFarlane * ARGUMENTO: Seth MacFarlane * GÉNERO: Animação, Comédia, Aventura * PORTUGAL: Fox Texto por Maria Mota
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ON TV
FAMILY GUY
Temporada 10, dia 18 - Sábado e Domingo às 21.30 horas na FOX
A
série de Seth MacFarlene, Family Guy, regressará ao canal FOX para a sua décima temporada, no próximo dia 18 de Junho. A história gira em torno do caricato Peter Griffin e a sua família disfuncional: Lois é a mulher, típica americana ex-miss à beira de um ataque de nervos; Meg é a filha mais velha, habituada a ser renegada por todos, inclusive a própria família; Chris é o filho de 13 anos que não faz a mínima ideia de como atrair raparigas; Stewie é o bebé malvado e terrivelmente inteligente; e Brian é o melhor amigo de Pete, o “cão que fala” da casa. Juntamente com outras personagens hilariantes, de onde se destaca o prevertido Glenn Quagmire, temporada após temporada os Griffin vêm-se envolvendo numa série de acontecimentos bizarros e divertidos que representam uma sátira humorística à cultura pop americana. Esta peculiar família surgiu a partir de Texto por Ana Isabel Maria MotaAlves
dois filmes de animação de MacFarlene, ‘The Life of Larry’ e ‘Larry & Steve’, que o próprio redesenhou para criar o hit ‘Family Guy’. Desde a sua estreia, a série tem atraído uma multidão de fãs dedicados que tornaram ‘Family Guy’ a série televisiva com o maior número de vendas de sempre. Foi nomeada para 11 Emmy’s, incluindo Melhor Série de Comédia em 2009, a primeira vez que uma série de animação é nomeada para esta categoria desde os ‘Flinstons’. Não vai, por isso, poder perder esta nova temporada de ‘Family Guy’, sábados e domingos às 21h30, no canal FOX. T.O.: Family Guy * PRODUÇÃO: 20th Century Fox Television * ELENCO: Seth MacFarlane, Seth Green, Alex Borstein * CRIAÇÃO: Seth MacFarlane * ARGUMENTO: Seth MacFarlane * GÉNERO: Animação, Comédia, Aventura * PORTUGAL: Fox tvPRIME | Junho 2011
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RIZZOLI & ISLES Temporada 1, estreia dia 29 - Quarta às 22.10 na FOX Life
A
mais recente produção do canal americano TNT chega este mês à Fox Life Portugal. A série ‘Rizzoli & Isles’ conta com duas caras bem conhecidas da televisão: Angie Harmon – que conhecemos de séries como ‘Lei & Ordem’ ou ‘Marés Vivas’ – e Sasha Alexander, a agente Caitlin Todd de ‘NCIS’. Jean Rizzoli (Harmon) é a única detective do departamento policial de Boston. Depois de um trauma com Charles Hoyt (Michael Massee), um serial killer que se esforça por capturar, Rizzoli torna-se numa mulher mais fria e introspectiva. Maura Isles, interpretada por Sasha Alexander, que desde pequena nutre um grande fascínio pelo mundo dos mortos, é uma misteriosa médica legista, dedicada a autopsiar os corpos importantes para as investigações. Não partilham apenas personalidades fechadas e complexas: Rizzoli e Isles são melhores amigas e apenas na presença uma da outra revelam o que de mais
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íntimo têm. À semelhança de muitas séries policiais, as duas personagens vão, no decorrer das suas buscas, tropeçar em revelações importantes sobre as suas vidas privadas. Isles descobrirá muito mais acerca da sua família a analisar corpos do que alguma vez pensou. E será que Jean está livre de Charles Hoyt? Vai restar-lhes a amizade mútua para conseguirem manter a calma e a postura impenetrável. Para saber como é uma verdadeira investigação criminal no feminino, ligue-se na Fox Life dia 29 de Junho, às 22h10. T.O.: ‘Rizzoli & Isles’ * PRODUÇÃO: Hurdler Productions e Warner Horizon Television * ELENCO: Angie Harmon, Sasha Alexander, Jordan Bridges, Bruce McGill e Lee Thompson Young * CRIAÇÃO: Janet Tamaro * ARGUMENTO: Janet Tamaro * GÉNERO: Crime/Drama/ Mistério * PORTUGAL: Fox Life Texto por Rita da Nova
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NURSE JACKIE Temporada 1, dia 16 - Quinta às 21.25 na FOX Life
S
e for ao All Saints’ Hospital, em Nova Iorque, pode ser que tenha a sorte (ou o azar) de ser atendido por Jackie Peyton, uma enfermeira fora do comum. Interpretada por Edie Falco, conhecida da série ‘Os Sopranos’, Jackie debate-se constantemente entre duas vertentes opostas do seu dia-a-dia: o seu trabalho agitado nas urgências e uma vida pessoal, no mínimo, dramática. O vício em analgésicos não só complica as coisas no trabalho, como lhe dá dores de cabeça em casa, com as suas duas filhas. Ao mesmo tempo, mantém uma relação amorosa com Eddie (Paul Schulze), um farmacêutico. Em suma, toda a sua vida é um ciclo entre dores de cabeça constantes e meios para aceder aos medicamentos que lhe aliviam a pressão dos dias. Mas não só nesta enfermeira se centra a vida deste hospital. A partir de dia 16 de Junho às 21h25, conheça o resto da equipa: Zoey (Merritt Wever), uma enfermeira nova e inexperiente; Dr. Cooper (Peter Facinelli), um médico simpático
mas que esconde um distúrbio nervoso; e Mo-Mo (Haaz Sleiman), o enfermeiro homossexual e colega de Jackie. Apesar de não ter ganho nenhum dos dois Golden Globes para que foi nomeada, enquanto melhor protagonista de comédia, Edie Falco acabou por arrecadar um Primetime Emmy Award numa categoria semelhante, devido ao seu papel em ‘Nurse Jackie’. A primeira temporada desta série passará em Portugal no canal Fox Life. T.O.: ‘Nurse Jackie’ * PRODUÇÃO: Caryn Mandabach Productions e Madison Grain Elevator * ELENCO: Edie Falco, Eve Best, Merritt Wever, Haaz Sleiman e Paul Schulze * CRIAÇÃO: Liz Brixius, Evan Dunsky e Linda Wallem * ARGUMENTO: Liz Brixius, Evan Dunsky e Linda Wallem * GÉNERO: Comédia/Drama * PORTUGAL: Fox Life
Texto por Rita da Nova tvPRIME | Junho 2011
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atrick “Lights” Leary (Holt McCallany) é um ex-campeão de pugilismo na categoria de pesos pesados que, depois de se reformar, tenta levar uma vida pacífica junto da sua mulher e das suas três filhas. Contudo, a determinada altura, tudo sofre uma reviravolta e Leary vai sentir-se tentado a regressar ao boxe. No decorrer de muitos anos como desportista profissional, “Lights” desenvolve uma doença, uma espécie de demência geralmente associada a pugilistas. Desta forma, vai perdendo
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gradualmente a memória e sofre de fortes enxaquecas. Mas estas são as menores das suas dores de cabeça. Depois de ter confiado ao seu irmão a gestão dos seus negócios familiares, que lhe permitiam sustentar confortavelmente a sua família, Patrick descobre que este o deixou na bancarrota. Aqui, o ex-campeão vai ser confrontado com uma decisão complicada. Na iminência de perder tudo o que tem, “Lights” vai ter que escolher a forma mais fácil e rápida de ganhar dinheiro: pode Texto por Rita da Nova
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LIGHTS OUT Temporada 1, estreia dia 10 - Sexta às 22.00 horas, no FX
entrar para uma organização criminosa, enquanto cobrador de dívidas, ou pode voltar ao boxe. Esta última opção poderá ter graves consequências, dados os traumas neurológicos de que padece. Ainda assim, o protagonista opta por arriscar e regressar aos ringues. É nesse mundo que vai reencontrar muito dos seus antigos oponentes. Entre luvas de boxe, treinos e knock outs, “Lights” vai ter que provar que ainda está em melhor forma do que nunca. A partir daqui, muitas questões se colocam: será que vai conseguir voltar a ganhar competições, de modo a garantir a sobrevivência da sua família? Irá a sua doença interferir com a sua escolha, deitando tudo a perder? E como será que vai evoluir a sua relação com o irmão que, no fundo, o vigarizou? Vista pelas diversas críticas de forma positiva, ‘Lights Out’ promete prender os espectadores não só pelo drama, como também – e principalmente – pelo intenso realismo. Apesar de ser uma série que envolve lutas, a verdade é que prima, acima de tudo, pelo enredo penetrante e
pela complexidade das personagens, com as quais o espectador cria desde logo alguma empatia ou ligação. Claramente inspirada em clássicos de ringue como ‘Rocky’, por exemplo, este drama dá cartas no género de forma inovadora, na medida em que cria diversas histórias paralelas à história da personagem principal, com o objectivo de transportar dinamismo e conteúdo para dentro da série. ‘Lights Out’ é uma série de acção, mesmo para aqueles que não são muito de lutas e afins. Se não acredita ou quiser comprovar, sintonize-se no canal FX dia 10 deste mês, sexta-feira, a partir das 22h. Patrick “Lights” Leary está pronto para o deixar completamente K.O. T.O.: ‘Lights Out’ * PRODUÇÃO: Fox Television e Two Ton Films * ELENCO: Holt McCallany, Stacy Keach, Catherine McCormack, Pablo Schreiber e Ryann Shane * CRIAÇÃO: Justin Zackham * ARGUMENTO: Justin Zackham * GÉNERO: Drama * PORTUGAL: FX
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HUNG A
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primeira temporada da série americana ‘Hung’ irá estrear dia 20 de Junho, às 22 horas, no canal FX. Misturando drama com comédia, a série criada por Dmitry Lipkin e Colette Burson, original da HBO, usa uma forte dose de humor negro para contar a história de Ray Drecker, um homem que decide tornar-se gigolô para ganhar dinheiro. Ray é professor e treinador de basebol numa escola secundária americana, mas a sua vida parece correr mal a vários níveis. Cheio de dívidas, com um emprego de fraco prestígio, sem sucesso com as mulheres e com uma auto-estima bastante abaixo do que é normal para um homem da sua idade, Ray opta por tornar-se gigolô e assim conseguir resolver grande parte dos problemas que o atormentam. Com a ajuda de uma poetisa fracassada, Tanya, que lhe dá a ideia de se prostituir e é tvPRIME | Junho 2011
administradora deste seu “negócio”, Ray consegue fazer com que as coisas corram como planeado. Mas será que por muito tempo? No papel de Ray Drecker temos o actor Thomas Jane e no da sua amiga poetisa Tanya Skagle, a actriz Jane Adams. Em papéis secundários, encontram-se Anne Heche, Eddie Jemison, Alanna Ubach, Loren Lester, Rebecca Creskoff, Natalie Zea e Joshua Leonard, que representarão as personagens Jessica Haxon, Ronny Haxon, Yael Koontz, Howard Koontz, Lenore, Jemma e Pierce, respectivamente. A série estreou em Junho de 2009 nos Estados Unidos e tem a duração, por episódio, de cerca de 45 minutos. Apesar de aparentar semelhanças com a série ‘Californication’, ‘Hung’ mostra-se diferente a partir do momento em que se percebe que o seu protagonista encara o Texto por Joana Carreto
ON TV Temporada 1, estreia dia 20 Sexta às 22.00, no FX futuro de maneira pouco risonha e a vida de forma bastante pessimista. A série desperta curiosidade por nos fazer pensar no que irá esta nova profissão mudar na vida e na personalidade de Ray. Os seus filhos, a ex-esposa Jessica e outras personagens mostrarão também o lado cómico e caricato da série. Contando já com uma segunda temporada nos Estados Unidos, ‘Hung’ parece prometer muitas gargalhadas aos portugueses, que terão agora
oportunidade de poder assistir a esta divertida série no canal televisivo FX. T.O.: Hung * PRODUÇÃO: HBO Network * ELENCO: Thomas Jane, Jane Adams, Anne Heche, Charlie Saxton, Sianoa Smit-McPhee * CRIAÇÃO: Colette Burson, Dmitry Lipkin * ARGUMENTO: Colette Burson, Dmitry Lipkin * GÉNERO: Comédia, Drama * PORTUGAL: FX
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SÉRIE DO MÊS Texto por Tatiana Pacheco
“O FRUTO PROIBIDO É O MAIS APETECIDO” EM ATLANTIC CITY
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terceira temporada da série de culto ‘Boardwalk Empire’ é uma série construída num cenário de corrupção e proibição, num tempo em que a América era a terra das oportunidades e a Europa inspirava ventos de mudança. Do produtor de ‘Os Sopranos’, Terence Winter, esta série histórica baseia-se num capítulo do livro de Nelson Johnson, Boardwalk Empire: The Birth, High Times, and Corruption of Atlantic City. O episódio piloto foi dirigido por Martin Scorsese, ficando conhecido como o primeiro episódio mais caro da história da televisão. Steve Buscemi (‘Os Sopranos’) dá vida a Enoch “Nucky” Thompson, versão fictícia de “Nucky” Johnson, que liderou
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o tráfico de bebidas alcoólicas no início da Lei Seca, durante os loucos anos 20, nos Estados Unidos. «Quase fiquei arrependido por ter lido isto, porque se eu não o conseguir, vou ficar muito triste», disse o protagonista quando recebeu o convite para o papel. Na verdade, Winter quis distanciar-se o máximo possível da personagem histórica de “Nucky”, aceitando a ideia de Scorsese, que expressou o desejo de trabalhar com Steve Buscemi. Tendo em conta o abundante consumo de álcool que se verificava desde o século XVII, surgiram nos EUA movimentos ligados ao cristianismo que vieram condenar o excessivo consumo de bebidas espirituosas, ficando conhecidos como movimentos de Temperança.
É numa reunião da Liga Pró-Temperança Feminina que “Nucky” conhece Margaret Schroeder (Kelly Macdonald, ‘Trainspotting’), uma jovem irlandesa grávida com a qual virá a desenvolver uma tensão romântica. “Nucky” Thompson é uma figura híbrida que, se por um lado, está envolto no mundo do crime organizado e prostituição, por outro, é um político cuidadoso, tesoureiro da Atlantic County, que convive com grandes personalidades da política e apresenta um lado mais humano. O seu irmão mais novo, Elias “Eli” Thompson (Shea Whigham, ‘All the Real Girls’) é o “xerife” da cidade, o que demonstra a promiscuidade entre a política ou o poder público e a corrupção através das actividades ilegais. Contudo, o governo federal começa a investigar as acções ilícitas que
circulam dentro das ruas da cidade e depressa o agente Nelson Van Alden (Michael Shannon, ‘Revolutionary Road’) identifica “Nucky” como uma peça central no tráfico. Com efeito, o estilo de vida deste político levanta suspeitas aos mais atentos, a começar pela sua aliança com Jimmy Darmody (Michael Pitt, ‘The Dreamers’), seu protegido, que tem ideias muito ambiciosas. ‘Boardwalk Empire’ mostra uma teia de gangsters e oportunistas que na década de 20 desenvolvem esquemas e relações circunstanciais motivadas por interesses económicos, uma época de ligações humanas degradadas que, não obstante, revela ao espectador do século XXI importantes momentos históricos. Esta não é a primeira série a dedicar-se a uma época histórica peculiar, já
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série do mês
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a premiada ‘Mad Men’ fê-lo de modo exímio. Acerca dos anos 20 podemos constatar, como o HBO, canal por cabo americano que lançou a série, que «a Grande Guerra terminou. Wall Street está prestes a explodir e tudo está à venda», «é um tempo de mudança quando as mulheres estão a conseguir o direito ao voto, a radiodifusão é introduzida e os jovens dominam o mundo». Assim, é natural que Winter diga que «mais de 90 por cento» da série «é baseada nas pessoas e eventos da vida real», uma vez que consegue retirar destes anos loucos personagens de forte interesse e dimensão. Por conseguinte, as personagens de ‘Boardwalk Empire’ são densas e bem estruturadas, sendo que, a cada episódio, novas faces nos são reveladas e a intriga vai-se adensando. Para além das personagens já mencionadas, encontramos ainda Lucy Danziger (Paz de la Huerta, ‘Enter the Void’), como amante de “Nucky”; Al Capone (Stephen Graham , ‘Snatch’), talvez um dos gangsters mais famosos da história; Commodore Louis Kaestner tvPRIME | Junho 2011
(Dabney Coleman, ‘Hard Four‘), como o mentor de “Nucky” e seu antecessor em Atlantic City, e, ainda Angela Darmody (Aleksa Palladino, ‘Before the Devil Knows You’re Dead’), esposa de Jimmy e mãe do seu filho. «Sempre que começas a trabalhar num filme de época, é mais divertido», diz Chris Wesselman, criador de efeitos visuais. Apesar de demorarem dois meses para completar todos os efeitos visuais, também a este nível há consenso quanto ao valor e qualidade de ‘Boardwalk Empire’, que caminha agora para a segunda série, após os 12 episódios da primeira. Aos sábados, no AXN black, podemos entrar numa época completamente diferente através desta série que tem tudo para ser de culto. Embora os elevados custos tenham gerado crítica, Matt Roush, da TV Guide, refere que estamos perante o casamento do «olho cinematográfico virtuoso de Scorsese com a mestria panorâmica de personagens ricas e uma história memorável, de Terence Winter.»
A Ressaca
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cinema
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RED CARPET Texto por Joana Isabel Carreto
A RESSACA 2
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oi no passado dia 26 de Maio que, internacionalmente, o filme ‘A Ressaca’ voltou aos ecrãs de cinema de inúmeras salas de cinema espalhadas por esse mundo fora. Prometendo deixar, mais uma vez, os seus espectadores perdidos de riso, o filme ‘A Ressaca 2’ (‘The Hangover 2’) volta a basear-se na mesma história do primeiro: quatro amigos que decidem fazer uma grande viagem antes de um deles se casar. Stu, que vai dar o nó, decide que o seu casamento se realizará em Banguecoque, na Tailândia. Os seus grandes amigos Phil, Alan e Doug não poderiam deixar de o acompanhar
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nesta viagem, que se tornaria num marco entre a sua vida de solteiro e a sua futura vida de casado. Obviamente, o filme basear-se-á na ressaca que os quatro amigos sofrerão após uma louca e longa noite na qual decidem sair. Stu decide casar-se na Tailândia para que o casamento seja mais calmo que a despedida de solteiro, passada em Las Vegas, no primeiro filme. Mas parece que nada corre como era suposto... Mais uma vez, alguém desaparece do grupo durante a atribulada noite – o irmão da noiva. O problema é que nenhum dos três amigos que permanecem juntos
26 MAI. se lembram de nada no dia seguinte. Como reconstituir a noite anterior? O que terá acontecido? Como encontrar quem desapareceu? Os amigos tentam assim encontrar respostas a estas perguntas, na companhia de um macaco irrequieto. Dilemas que, certamente, entreterão o espectador e o farão passar uma óptima e divertida sessão de cinema. O elenco é reunido mais uma vez por completo: Bradley Cooper, Zach
Galifianakis, Justin Bartha e Ed Helms representam os quatro amigos. O pugilista Mike Tyson, que havia participado na primeira versão de ‘A Ressaca’ volta a entrar no segundo filme. Com realização de Todd Phillips, esta sequela da comédia americana parece prometer não ficar aquém do primeiro filme, que foi um sucesso estrondoso de bilheteiras.
T.O.: The Hangover Part II « PRODUÇÃO: Touchstone Pictures « ELENCO: Bradley Cooper, Zach Galifianakis, Ed Helms « REALIZAÇÃO: Todd Phillips « ARGUMENTO: Craig Mazin, Scot Armstrong « GÉNERO: Comédia « DISTRIBUIÇÂO: Columbia TriStar Warner
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9 JUN.
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história é a de um grupo de mutantes mundialmente conhecidos por lutarem contra outros mutantes menos bem-intencionados. Parece familiar? Dia 9 de Junho estreia mais um filme baseado na banda-desenhada da Marvel, ‘X-Men’. Depois de ‘X-Men’, ‘X-Men II’, ‘X-Men 3 - O Confronto Final’ e ainda depois de ‘Wolverine’, segue-se ‘X-Men – O Início’, que remete para a origem de todo o conflito entre Charles Xavier (tornado Professor X)
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e Erick Lehnserr (que depois se torna Magneto). Assim, este último filme conta-nos a história desta épica rivalidade entre o Professor X e Magneto, em forma de prólogo aos primeiros três filmes da saga ‘X-Men’. O filme inicia-se nos anos 60, época em que as personagens, na sua adolescência, descobrem ser diferentes dos humanos e se apercebem das suas capacidades sobrenaturais.
O INÍCIO
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X-MEN
Texto por Sara Karim
O filme contextualiza ainda a presidência de John F. Kennedy e a crise dos mísseis de Cuba. Na altura, Xavier e Lehnserr são amigos e batalham os dois contra o eminente perigo, contra a maior ameaça com que o mundo se depara até à altura.
ofensivas mútuas entre os dois ex-amigos.
Charles Xavier torna-se, então, o lendário Professor X e a sua missão passa pela reunião de um grupo algo peculiar: um grupo de mutantes, cuja importância reside nos seus esforços Contudo, no decorrer desta co- para promover a coexistência pacífica laboração, as incompatibilidades sur- entre mutantes e humanos. gem entre os dois amigos e é desta cisão que Xavier e Lehnserr se tornam Contudo, ao tornar-se Magneto, arqui-inimigos e que se formam grupos Erick Lehnserr não compreende esta opostos como forma de responder às abordagem pacífica e, antes pelo tvPRIME | Junho 2011
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contrário, reunirá também um grupo de mutantes cujas acções se baseiam em constantes ataques e ameaças à paz entre estes seres e os homens. Esta rivalidade é o primeiro passo para que o Professor X reúna os seus X-Men e para que se continue a luta contra a superioridade da raça mutante face aos humanos. Assim, ‘X-Men- O Início’ promove uma nova abordagem à conhecida saga, onde se conseguem compreender todas as razões que criam o conflito eterno entre os X-Men e os apoiantes de Magneto. O filme é assinado por Matthew Vaughan (‘Stardust - O Mistério da Estrela Cadente’ e ‘Kick-Ass’) e conta
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com um elenco que promete contribuir com a máxima qualidade: James McAvoy interpreta o Professor X, é conhecido pela sua participação em filmes como ‘Procurado’ e ‘Expiação’. Além de McAvoy, o filme conta com a participação de Michael Fassbender como Magneto, Kevin Bacon, Jennifer Lawrence, entre muitos outros. ‘X-Men – O Início’ promete, então, tornar-se mais um filme de culto para os adeptos de X-Men e da Marvel.
RED CARPET T.O.: ‘X-Men: First Class’ « REALIZAÇÃO: Matthew Vaughan « ELENCO: James McAvoy, Kevin Bacon, Michael Fassbender, Jennifer Lawrence « ARGUMENTO: Ashley Miller e Zack Stentz « GÉNERO: Acção, Ficção Científica « DISTRIBUIÇÃO: Castello Lopes Multimédia tvPRIME | Junho 2011
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O Panda do Kung-Fu 2
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já neste mês que será possível assistir às novas aventuras de Po, o roliço panda que sonha ser alguém dentro do mundo das artes marciais apesar de lutar, desde logo, com a desvantagem do seu peso e da sua aparente falta de jeito. Po vive agora com os “Cinco Sensacionais”, o Tigre, a Garça, o Louva-a-Deus, a Víbora e o Macaco no Vale da Paz, mas a sua pacífica existência torna-se atribulada graças à presença de uma nova ameaça no mundo que pretende usar uma poderosíssima e ultra-secreta arma que lhe permitirá conquistar a China e ainda erradicar o kung-fu. Os “Cinco Sensacionais” e Po deverão, então, assumir a missão de controlar a ameaça e dominar este novo vilão. Contudo, como será possível Po usar o kung-fu contra uma arma capaz de reduzir a potência desta arte marcial? ‘O Panda do Kung-Fu 2’ leva a que Po
empreenda uma viagem pelas suas origens na tentativa de encontrar soluções para esta nova ameaça com que este urso a preto e branco agora se depara. A Dreamworks Animation lança este novo filme em tecnologia 3D, permitindo aos mais novos viver de uma forma muito mais realista os golpes que o Panda aplicará aos novos vilões desta nova aventura. Na versão original contam-se com conhecidas vozes como as de Angelina Jolie, Jackie Chan, Jean-Claude Van Damme, Jack Black, Dustin Hoffman, Lucy Liu e Gary Oldman. Na versão portuguesa a voz de Po está a cargo do divertido Marco Horácio. Prevêem-se grandes gargalhadas construídas com base numa história emotiva como já acontecia no primeiro filme. Nas palavras de Po, será um filme cheio de “altamentivez”. Texto por Sara Karim
T.O.: ‘The Kung-Fu Panda 2’ « REALIZAÇÃO: Jennifer Yuh « ELENCO: Angelina Jolie, Dustin Hoffman, Jack Black, Jackie Chan, Jean-Claude Van Damme« ARGUMENTO: Jonathan Aibel e Glenn Berger « GÉNERO: Animação, aventura « DISTRIBUIÇÃO: Zon Lusomundo Audiovisuais
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O Castor Texto por Carla Santos
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‘Castor’ é uma comédia produzida por Steve Golin e Keith Redmon que conta a história de um homem em depressão, Walter Black, papel interpretado por Mel Gibson. Walter encontra-se numa árdua jornada em busca da sua família e, sobretudo, de si mesmo. Indivíduo atormentado pelos seus demónios, o antigo empresário de sucesso procura recomeçar de novo, no entanto, por mais que insista não consegue dar a volta ao problema, até que aparece no seu caminho um fantoche castor. Será este fantoche o meio que Black encontra para regressar a ser o que era e estabelecer contacto com a sua mulher (Jodie Foster) e os dois filhos.
O filme, realizado por Jodie Foster, junta novamente a actriz e Mel Gibson. A dupla trabalhou em 1994 no filme ‘Maverick’ e volta agora a contracenar neste novo filme que conta com um orçamento de cerca de 13,6 milhões de euros. A crítica define esta película como fresca e tem uma pontuação de 6.9/10 no site imdb. Com data de estreia nas salas de cinema portuguesas a 16 de Junho, ‘O Castor’, apesar de não nos trazer uma história forte ou inovadora, apresenta-nos a ideia de um fantoche como ponte de comunicação entre seres humanos que não deixa de despertar curiosidade e, além disso, o filme conta com a participação de um elenco bastante bom.
T. O.: ‘The Beaver’ « REALIZAÇÃO: Jodie Foster « ELENCO: Mel Gibson, Jodie Foster, Cherry Jones e Anton Yelchin « ARGUMENTO: Kyle Killen « GÉNERO: Drama « DISTRIBUIÇÃO: ZON Lusomundo tvPRIME | Junho 2011
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PADRE 3D Texto por Carla Santos
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filme, que se encaixa na categoria de thriller pós-apocalíptico, tem lugar num mundo alternativo, onde uma guerra sangrenta entre humanos e vampiros decorre há séculos. A história centra-se num lendário sacerdote guerreiro (Paul Bettany), que vive na clandestinidade com os restantes humanos, os quais foram derrotados na última batalha contra os sugadores de sangue, vagueando em cidades secretas governadas pela Igreja. Quando a sua sobrinha (Lily Collins) é raptada por um grupo de vampiros, o padre quebra os seus votos para se lançar numa demanda obsessiva e encontrar a jovem antes que seja transformada por eles. Acompanhado pelo namorado da sobrinha (Cam Gigandet), e uma ex-sacerdotisa guerreira (Maggie Q), inicia uma viagem perigosa e sangrenta da qual poderá não regressar. O mundo encontra-se devastado e a Igreja, a encarnação futura da Igreja católica Romana, criou uma elite espiritual que se auto denomina por “Padres” e que têm como função o extermínio dos vampiros. Muitos deles foram chacinados, no entanto, os sugadores sobreviventes foram colocados em reservas isoladas. A história começa com um Padre sem nome que é interceptado por Hicks, um
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Após despedir-se do irmão moribundo, o Padre e Hicks deslocam-se a uma reserva de vampiros, onde descobrem que estes se exilaram em Mira Sola. A eles junta-se Priestess, a ex-sacerdotisa que se encontra apaixonada pela personagem principal. O grupo descobre que os vampiros estão a utilizar comboios para fazer as suas deslocações e que estão a organizar um exército para atacar a cidade dos Padres, matar os sobreviventes e destruir a Igreja, tudo através de um túnel que liga Mira Sola a Jericó. Em Jericó encontram três Padres sobreviventes e Black Hat (Karl Urban), um dos sacerdotes que se pensava ter morrido numa das batalhas travadas entre vampiros e humanos e que entretanto passou para o lado negro. Black vai pedir aos três
sacerdotes que se juntem a ele, sendo as consequências de uma recusa a crucificação. De seguida, chacinando a cidade inteira, Black Hat continua a sua jornada enquanto que o grupo liderado pelo Padre e Hicks o persegue. As críticas relativamente a esta película são negativas. Embora seja arrojado e visualmente apelativo, ‘O Padre’ acaba por tornar-se num conjunto de clichés de uma mistura de géneros: ficção científica, acção, horror e aventura. A ideia de um mundo futurista em apocalipse devido à oposição de duas grandes forças, a raça humana e uma super natural acaba por ser redundante e diz-nos já muita coisa sobre o que vai acontecer com base em tantos outros filmes do mesmo grupo. O Padre, realizado por Scott Stewart, baseia-se na banda desenhada Korean e começou a ser produzido em 2005, onde supostamente Gerard Butler desempenharia o papel principal, acabando por ser dado a Paul Bettany. Oficialmente, as gravações começaram em 2010, mas o filme sofreu várias alterações em termos de datas devido à conversão para 3D. Depois de estrear nos Estados Unidos em Maio deste ano, o filme não chegará a estrear nas salas portuguesas, sendo lançado directamente para Homevideo em data a anunciar.
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xerife de uma cidade vizinha, o qual conta-lhe que o seu irmão Owen havia sido mortalmente ferido e a cunhada (e ex-namorada, Shannon) assassinada. Para além de tudo, a sua sobrinha Lucy encontra-se nas mãos dos vampiros. Ao desafiar o líder da Igreja, Monsignor Orelas, o Padre torna-se num foragido desejado e todos os outros Padres estão no seu encalço. Orelas pretende que tragam o desertor de volta para os seus domínios, vivo ou morto.
T. O.: ‘Priest 3D’ « REALIZAÇÃO: Scott Charles Stewart « ELENCO: Paul Bettany, Cam Gigandet, Karl Urban e Maggie Q « ARGUMENTO: Cory Goodman e Min-Woo Hyung « GÉNERO: Acção, Ficção Científica « DISTRIBUIÇÃO: Columbia TriStar Warner
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A Águia
da Nona Legião Texto por Susana Cigano
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já dia 16 deste mês que chega às salas de cinema nacionais, o filme ‘A Águia da Nona Legião’. Este filme de contornos históricos conta-nos a aventura de dois homens, um jovem soldado Romano e o seu escravo, que embarcam numa derradeira viagem para encontrar um desaparecido emblema de ouro. Channing Tatum, talvez o mais conhecido do público pelas suas participações em ‘Step Up’ e no romance ‘Querido John’, dá vida a Marcus Aquilla, o soldado Romano que não olha a esforços para honrar a memória do seu pai depois de este ter perdido o emblema durante uma batalha. Jamie Bell, por sua vez, protagoniza o escravo Esca, o seu leal companheiro na viagem. Ainda que no princípio odeie Marcus e todos os outros romanos,
Esca jura a sua lealdade depois de Marcus ter salvo a sua vida num duelo de gladiadores. Bell, embora jovem, teve já a oportunidade de participar em filmes de grande importância como ‘Billy Elliot’ ou o oscarizado ‘King Kong’. Esta épica aventura romana é uma adaptação do romance histórico de Rosemary Sutcliff e é adaptado ao grande ecrã através da mão do director Kevin Macdonald, conhecido por ter assinado filmes como ‘O Último Rei da Escócia’ ou ‘Ligações Perigosas’. Durante quase duas horas pode desfrutar de ‘A Águia da Nona Legião’, um filme cheio de aventura e acção, que estreará dia 16 de Junho nos cinemas nacionais.
16 JUN.
T.O.: ‘The Eagle’ « REALIZAÇÃO: Kevin Macdonald « ELENCO: Channing Tatum, Jamie Bell e Donald Sutherland « ARGUMENTO: Jeremy Brock « GÉNERO: Acção e Aventura « DISTRIBUIÇÃO: Castello Lopes Multimédia
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Texto por Carla Santos
Hoodwinked 2 E sta é uma versão moderna d’ O Capuchinho Vermelho, mas onde também há um lobo, crianças perdidas, uma capa vermelha e muita aventura. Desta vez, Red (Hayden Panettiere), que se retirou para uma terra distante onde treina com um grupo secreto, designado por The Sisters of Hood, vê-se forçada a abandonar o grupo quando recebe uma chamada urgente de Nick Flippers (David Ogden Stiers), o chefe da super-secreta Agência Happily Ever After (HEA). Flippers pede para Red investigar o desaparecimento de duas crianças, Hansel (Bill Hader) e Gretel (Amy Poether), os quais foram raptados por uma bruxa malvada, (Joan Cusack) e tentar resgatá-los. É o regresso do grupo HOODWINKED, formado pelo Lobo Mau (Patrick
Warburton), pelo companheiro extra-cafeinado Twitchy (Cory Edwards) e, claro, por Red, a grande heroína. Todos juntos, vão tentar resolver o último grande desafio imposto e restituir a ordem na sua floresta. Sem dúvida, este é um filme de animação para pais e filhos e que possui uma boa receita: um velho conto adaptado aos tempos modernos, repleto de peripécias que nos fazem saltar da cadeira do cinema e temer pela própria vida… mas afinal, como diz o slogan do filme “Ela não é um Piquenique” e nós também não. ‘Hoodwinked Too! Hood vs. Evil (3D)’ tem data marcada para o dia 1 de Setembro de 2011 e é-nos apresentado em versão 3D.
1 SET.
T. O.: ‘Hoodwinked Too! Hood vs. Evil (3D)’«REALIZAÇÃO: Mike Disa«ELENCO: Bill Hader, Glenn Close, Hayden Panettiere, Joan Cusack, Patrick Warburton«ARGUMENTO: Cory Edwards e Todd Edwards«GÉNERO: Animação «DISTRIBUIÇÃO: Pris Audiovisuais tvPRIME | Junho 2011
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Transformers 3 Texto por Catarina Lopes
30 JUN.
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ransformers 3’ ou ‘Transformers: Dark of the Moon’ é o mais recente filme da saga Transformers, que tem data de estreia marcada nos cinemas nacionais no fim do mês de Junho, dia 30. O filme do já conhecido realizador Michael Bay traz-nos, desta vez, uma história que envolve o mistério sobre a corrida espacial EUA vs URSS. Mais uma vez, os Autorobots, sob a liderança de Optimus Prime, confrontam-se com os malignos Deceptions que procuram vingar a sua última derrota. Os dois grupos de robôs envolvem-se assim numa perigosa corrida espacial entre norte-americanos e soviéticos. De entre as novas personagens deste terceiro filme da saga destaca-se o vilão Shockwave. O elenco principal do filme centra-se nas já conhecidas personagens
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Sam Witwicky, interpretado pelo actor Shia LaBeouf, Robert Epps por Tyrese Gibson e na estreante na saga, a actriz Rosie Huntington-Whiteley, que encarnará o papel de Carly, a nova namorada de Sam, já que Megan Fox abandonou a produção de ‘Transformers’. A saga ‘Transformers’ nem sempre tem sido recebida pela crítica de braços abertos. Apesar do sucesso entre o público ser incontestável, ‘Transformers’ parece não agradar tanto aos críticos e, como prova disso, temos por exemplo o testemunho de um dos mais conceituados dos EUA, Robert Ebert, que escreveu acerca de ‘Tranformers: Retaliação’ o seguinte: «Uma experiencia horrível e impossivelmente longa… Se quiser poupar o dinheiro do bilhete, entre na sua cozinha, coloque um coro
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masculino a cantar a música dos infernos e peça a um dos seus filhos para bater os tachos e panelas. Depois feche os olhos e use a imaginação.» Robert Ebert pode não ter sido meigo, mas a verdade é que ‘Transformers’ já arrecadou também três Razzies nas categorias de Pior Filme, Pior Realizador e Pior Argumento. ‘Transformers 3’ não promete um argumento que dê azo a reflexões profundas, mas o seu objectivo também não é esse. O que estes filmes nos prometem é entretenimento com muita acção. E ‘Transformers 3’, apesar de Michael Bay dizer que será
um filme mais sério e adulto, não parece que vá quebrar em muito com a linha de filmes da saga já realizados até aqui. ‘Transformers 3’ é claramente um filme para os amantes do entretenimento e da acção que, com certeza, irão apreciar o formato 3D – pois é, Bay acabou por se render aos encantos das três dimensões e o filme, que estreará nas nossas salas de cinema no dia 30 de Junho, estará neste formato. Por isso, para os fãs de ‘Transformers’, este filme que promete mais uma vez ser um sucesso de bilheteiras, não deve mesmo deixar de ser visto.
T. O.: ‘Transformers: Dark of the Moon’ « REALIZAÇÃO: Michael Bay « ELENCO: Shia LaBeouf, Rosie Huntington-Whiteley, Tyrese Gibson « ARGUMENTO: Ehren Kruger « GÉNERO: Acção, Aventura, Drama « DISTRIBUIÇÃO: Zon Lusomundo Audiovisuais
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FLASHBACK Texto por João Costa
The Hustler No próximo mês de Junho, mais precisamente no dia 4, passa na RTP Memória um clássico memorável de 1961 com Paul Newman, o filme ‘The Hustler – A Vida é um Jogo’. Nesta grande obra cinematográfica, somos apresentados a Eddie Felson (o falecido Paul Newman), um talentoso e arrogante jogador de snooker. Decidido a ser conhecido como o melhor, Eddie desafia Minnesota Fats, e após várias horas de snooker, este perde o jogo, e juntamente com isso a sua confiança e todo o dinheiro que tinha apostado. Após isso, sem dinheiro e sem agente, Eddie junta-se ao manager Bert Gordon para conseguir recuperar a sua auto-estima e desafiar novamente Minnesota Fats. Com uma envolvente história de redenção, e uma moralidade complexa
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e negra, somos apresentados ao argumento de Sidney Carroll e Robert Rossen, que roça a perfeição. Robert Rossen também ficou com o cargo de realizador, e não desilude, fazendo um trabalho excepcional, ao nivel dos grandes clássicos de sempre. Paul Newman tem aqui uma interpretação fenomenal, fazendo de Eddie Felson uma personagem lendária quando recordada, ao nivel daquilo que o actor nos habituou na sua excelente carreira. Também Jackie Gleason brilha como Minnesota Fats. ‘The Hustler – A Vida é um Jogo’ é uma obra-prima e altamente recomendado. Um verdadeiro clássico de 1961, ainda hoje relembrado pela sua qualidade.
FLASHBACK
Crónica dos Bons Malandros Texto por Marco António dos Reis Para os mais novos que estejam a ler este pequeno texto e em jeito de introdução, importa lembrar que tempos houve em que o cinema português era uma espécie de cinema maldito. Não era visto nas salas de cinema - sendo as receitas miseráveis - e normalmente era conotado com algo desinteressante, aborrecido. A obra de Fernando Lopes, que a RTP Memória irá transmitir no dia 26, marcou o virar de página.
levou até ali. Naturalmente, e como quase sempre acontece nestas coisas, o assalto acaba por não correr da forma esperada...
O filme apresentava um grupo de pequenos marginais alfacinhas, com uma linguagem “malandra”, abusando do calão (no Brasil, por exemplo, o grande sucesso do filme foi acompanhado por legendagem). E a colar-se de forma definitiva ao quotidiano, a trama foi surgindo com o público como seu cúmplice.
Para quem não conhece o cinema português dos anos 80, este é um dos filmes mais emblemáticos ao lado de “O Lugar do Morto”, de António-Pedro Vasconcelos, e “Kilas, O Mau da Fita” de José Fonseca e Costa.
Além de uma participação especial de Paulo de Carvalho, pontuam as interpretações de Nuno Duarte, João Perry, Lia Gama, Maria do Céu Guerra, Zita Duarte, António Assunção e o inevitável Nicolau Breyner.
A história, baseada no romance homónimo de Mário Zambujal editado em 1980, gira em torno de um grupo de amigos, pequenos assaltantes, que um dia são abordados por uma figura sinistra. Este homem, um italiano, desafia-os para um grande assalto, num museu de Lisboa. Durante a preparação do assalto, vamos então conhecendo individualmente os diferentes amigos e o que os
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ON TV
MORRER EM LAS VEGAS Texto por Catarina Lopes
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orrer em Las Vegas’ é um filme do realizador Mike Figgis que conta com a participação dos galardoados actores Nicolas Cage e Elisabeth Shue nos papéis principais de Ben Sanderson e Sera, respectivamente. Ben Anderson é um argumentista que, após ser deixado pela mulher que leva com ela o seu filho, mergulha no mundo viciante da bebida. O alcoolismo vale-lhe o emprego e um afundar-se cada vez mais notório numa solidão e isolamento. Ben decide então, deixando tudo para trás, mudar-se para Las Vegas, cidade onde se pretende render aos excessos até que a morte o resgate. Em Las Vegas conhece Sera, uma prostituta que também tinha os seus próprios e complicados problemas. Os dois apaixonam-se e iniciam uma vida em conjunto, mas os vícios não os abandonam. Na sua relação prometem aceitar-se mutuamente, com os seus
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prós e contras: Sera aceita o alcoolismo de Ben enquanto este respeita o modo como Sera ganha a vida. ‘Morrer em Las Vegas’ não é um filme fácil – está carregado de dramatismo numa jornada onde se assiste à autodegradação da personagem principal, Ben Sanderson, ao mesmo tempo que tomamos conhecimento de um mundo de prostituição através de Sera. Todavia, é um filme a não perder, e a reflectir acerca dele. Está carregado de excelentes prestações – Nicolas Cage venceu o Óscar de melhor actor com ‘Morrer em Las Vegas’. O filme ficou ainda indicado para três outras categorias: Óscar de Melhor Director, Melhor Actriz (Elisabeth Shue) e Melhor Argumento Adaptado. ‘Morrer em Las Vegas’ é um filme já com 16 anos, mas que nunca fica mal (re)ver. No próximo dia 10 Junho essa possibilidade chega às nossas mãos, no canal Hollywood.
ON TV SÉRIES
O Príncipe das Marés Texto por Catarina Lopes
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Príncipe das Marés’ é um filme da realizadora, produtora, escritora e actriz Barbra Streisand, que teve data de estreia em Portugal a 21 de Fevereiro de 1992, enquadrando-se no género do drama e romance. O filme conta-nos a história de Tom Wingo, um homem que viveu a sua infância na ilha de Melrose, no litoral atlântico da Carolina do Sul, juntamente com a sua irmã gémea, Savannah e o irmão mais velho, Luke. A infância destes, apesar de por um lado ter sido marcada pela extraordinária beleza do local onde viviam e pelas aventuras que juntos partilhavam, por outro lado ficou também profundamente marcada pela violência do pai. Anos mais tarde, já os três irmãos adultos, Savannah - que nunca havia conseguido superar os traumas da infância - tenta o suicídio. É aí então que Tom, personagem principal do filme, se dirige a Nova Iorque,
para dar apoio à sua gémea. E é em Nova Iorque que conhece Susan Lowenstein, a psiquiatra de Savannah, com quem partilha uma série de recordações do seu passado, na esperança de assim conseguir encontrar um modo de ajudar a mitigar os tormentos da sua irmã. É nesta jornada de regresso a tempos idos que uma relação muito cúmplice se instaura entre o preocupado e triste Tom e Susan, que também não é feliz na vida que leva, e os dois começam a apaixonar-se. Este filme é um drama intenso que conta com um elenco coeso e muito competente. Nos papéis principais encontramos o já vencedor de alguns prémios com duas nomeações para Óscares, Nick Nolte (Tom), e a vencedora de dois Óscares e também realizadora deste mesmo filme, Barbra Streisand (Susan). ‘O Príncipe das Marés’ pode ser visto no dia 2 de Junho no canal Hollywood. tvPRIME | Junho 2011
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ON TV
Constantine Texto por João Costa
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18 de Junho, às 23h10, o canal Hollywood vai exibir o filme de acção e terror baseado nas BD’s da DC, ‘Constantine’, protagonizado por Keanu Reeves e do realizador de ‘Eu Sou a Lenda’. ‘Constantine’ conta a história de um homem chamado John Constantine, que nasceu com um dom indesejado, a capacidade de reconhecer os anjos e demónios mascarados de humanos que andam pela Terra. Ao tentar suicidar-se por não conseguir viver com o seu dom, Constantine é ressuscitado para vigiar a fronteira entre o céu e o inferno. Constantine não é nenhum herói (de facto, ele pode ser considerado um anti-herói) e, apesar de lutar para salvar as nossas almas, não quer agradecimentos.
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Keanu Reeves não foi uma escolha feliz para protagonista. Apesar de fazer um trabalho sólido, não consegue dar a profundidade necessária que esta personagem precisava. Já no elenco secundário, liderado por Rachel Weisz (uma detective que luta por descobrir a verdade por detrás da morte da sua irmã gémea), temos um grande número de interpretações que merecem reconhecimento, tal como a já referida Rachel Weisz, Tilda Swinton, Djimon Hounson ou Shia LaBeouf. Francis Lawrence mostra aqui porque anos mais tarde foi escolhido para realizar ‘Eu Sou a Lenda’, fazendo um óptimo trabalho. ‘Constantine’ é puro entertenimento. Cheio de acção e adrenalina, merece uma oportunidade pelo fãs do género.
ON TV
Closer Perto Demais
Texto por Tatiana Pacheco
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erto Demais’ narra quatro vidas unidas pela intimidade. A frase mais emblemática deste filme de 2004 será talvez a que Natalie Portman (‘Cisne Negro’), na pele de Alice Ayres, diz a Dan Woolf (Jude Law, ‘Alfie’): «Olá estranho». O drama de Patrick Marber, escrito em 1997 como peça teatral, não é mais do que uma versão moderna e trágica da ópera “Così fan tutte” de Mozart, contendo referências desta na intriga e na banda sonora. Anna Cameron (Julia Roberts, ‘Pretty Woman’) é uma fotógrafa por quem Dan Woolf, um jornalista fracassado, se apaixona ao mesmo tempo que tem um relacionamento com Alice, mulher misteriosa que trabalhou como stripper. Larry Gray (Clive Owen, ‘Duplicity’) acaba por conhecer Anna, com quem casa, de maneira inusitada, através de Dan. O filme, produzido e realizado por Mike Nichols, foi largamente elogiado pela crítica e nomeado
para vários prémios, tendo Clive Owen e Natalie Portman arrecadado os Globos de Ouro de melhores actores secundários, em 2005. A Rolling Stone descreveu-o como “assombroso” e “hipnotizante”, destacando as performances «de quatro actores atraentes, fazendo decididamente coisas pouco atraentes». «A intimidade é uma mentira que nós contamos a nós próprios», é o que podemos ler no trailer do filme que ficou para sempre conotado com a voz de Damien Rice, através da música ‘The Blower’s Daughter’. As ligações amorosas fugazes e intensas é o tema central que encontramos em ‘Perto Demais’, contudo, Marber foca também o papel da mentira e do desejo como orientadores das relações. Estes são pequenos elementos do que podemos encontrar dia 9, pelas 23h30 no Hollywood. Imperdível.
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Discurso do Rei Texto por Susana Cigano
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filme que valeu ao actor Colin Firth o Óscar de melhor actor principal vai estar agora disponível na sua televisão através do serviço Vodafone Casa TV, no mês de Junho. ‘O Discurso do Rei’, de Tom Hooper, transporta-nos para o reinado de Jorge VI, um rei afligido pelos seus problemas de gaguez. Assim, de modo a encontrar uma solução para esta sua patologia, o rei (ainda que contrariado) sucumbe à vontade da sua esposa Elizabeth e contrata os serviços de Lionel Logue, um fonoaudiólogo. Durante o decorrer do tratamento, os dois homens tornam-se amigos e o rei Jorge VI confia em Locke para o ajudar a fazer um dos mais importantes discursos da história da Inglaterra, no início da Segunda Guerra Mundial. Com Colin Firth a protagonizar o rei Jorge VI com uma prestação digna de um Óscar e Geoffrey Rush a dar vida ao seu fiel amigo e doutor Lionel Logue, ‘O Discurso do Rei’ tem dois dos melhores actores
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da actualidade a liderar o elenco. Como se isso não bastasse, o filme conta ainda com a participação da fantástica Helena Bonham Carter que interpreta Elizabeth, a esposa do rei. Esta adaptação cinematográfica de um período menos feliz da história inglesa, venceu sete prémios BAFTA e foi nomeado para doze Óscares (mais do que qualquer outro filme este ano), acabando por vencer quatro estatuetas, incluindo a de melhor filme e de melhor director. Decerto que não quererá perder uma oportunidade de ver um filme tão galardoado como este, que estará disponível no mês de Junho através do serviço Vodafone Casa TV. T.O.: ‘The King’s Speech’ « REALIZAÇÃO: Tom Hooper « ELENCO: Colin Firth, Geoffrey Rush e Helena Bonham Carter « ARGUMENTO: David Seidler « Género: Drama « Distribuição: The Weinstein Company
Winter’s Bone
VOD
Texto por Susana Cigano
A
adaptação cinematográfica do romance ‘Winter’s Bone’ de Daniel Woodrell, chega este mês ao serviço Vodafone Casa TV. Escrito e realizado por Debra Granik, uma realizadora norte-americana de filmes independentes, ‘Winter’s Bone’ foi nomeado para quatro Óscares na última edição dos prémios da Academia, incluindo o Óscar de melhor filme do ano. Este drama conta-nos a história de Ree Dolly, uma jovem que vive numa região montanhosa e que parte em viagem pela região selvagem das montanhas de Ozark para encontrar o seu pai, um traficante de droga. A sua mãe, incapacitada por uma depressão, e os seus irmãos mais novos são a família que lhe resta depois do seu pai dar a casa como fiança num dos seus negócios fraudulentos. Este desaparece, deixando a sua família numa situação muito complicada. Cabe a Ree resolver a situação, não olhando a meios para atingir o seu fim, ainda que todos a tentem desencorajar a partir numa viagem tão periogosa. Jennifer Lawrance faz uma excelente interpretação de Ree Dolly, valendo-lhe uma merecida nomeação para um Óscar. A jovem actriz de 20 anos irá voltar ao grande ecrã já este mês com a estreia de ‘X-Men: O Início’, a prequela da saga ‘X-Men’. Se gosta de filmes que exploram temas ligados a relacionamentos familiares, então irá decerto gostar de ‘Winter’s Bone’. A não perder, este mês, na Vodafone Casa TV.
T.O.: ‘Winter’s Bone’ « REALIZAÇÃO: Debra Granik « ELENCO: Jennifer Lawrence, John Hawkes, Garret Dillahunt e Dale Dickey « ARGUMENTO: Debra Grasnik e Anne Rosellini « Género: Drama « Distribuição: Roadside Attractions
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Indomável Texto por Susana Cigano
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s irmãos Coen voltam a fazer das suas depois de sucessos como ‘Fargo’ e ‘Este País Não É Para Velhos’. Desta vez, é ‘Indomável’, nomeado para 10 Óscares, que é aclamado pela crítica. ‘Indomável’ conta-nos a história de Mattie Ross, uma rapariga de 14 anos que pretende vingar-se do homem que assassinou o seu pai. Para tal, decide contratar Rooster Cogburn, um alcoólico veterano da Guerra Civil Americana, para a ajudar a levar o assassino Tom Chaney à justiça. Ainda que recuse a sua oferta inicial, Mattie finalmente consegue contratar os serviços de Cogburn por 100 dólares. Cogburn insiste que ela o deixe capturar o assassino sozinho, mas Mattie exige acompanhá-lo na viagem de modo a certificar-se que a missão seria cumprida.
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LaBoeuf, um Ranger do Texas que perseguia Chaney há já vários meses devido ao homicídio de um Senador do Texas, faz um acordo com Cogburn para dividir a recompensa entre ambos, o que Mattie considera uma atitude fraudulenta. Juntos embarcam numa viagem pelo território índio à procura do cobarde Tom Chaney para que este possa pagar pelos seus crimes e justiça possa ser finalmente feita. ‘Indomável’ conta com um elenco de luxo liderado pelo experiente (e oscarizado) Jeff Bridges, que dá vida ao veterano Cogburn, protagonização que lhe valeu uma nomeação da Academia para melhor actor principal. O papel da jovem Mattie Ross é interpretado pela iniciante Haille Steinfeld, que se estreia no grande ecrã com uma excelente actuação que lhe valeu
Disponível em DVD e Blu-Ray
T.O.: ‘True Grit’ « REALIZAÇÃO: Joel & Ethan Coen « ELENCO: Jeff Bridges, Matt Damon, Josh Brolin, Hailee Steinfeld « ARGUMENTO: Joel & Ethan Coen « GÉNERO: Acção e Aventura « DISTRIBUIÇÃO: Paramount Pictures também uma nomeação da Academia. Matt Damon é outro dos grandes nomes que participam em ‘Indomável’, dando vida ao Ranger do Texas, LaBoeuf. Resta ainda o cobarde Tom Chaney, que é protagonizado por Josh Brolin que, embora não tenha tido tanto tempo no grande ecrã como os outros actores, faz uma excelente interpretação de Chaney. Como podemos observar, os actores principais de ‘Indomável’ são todos ou vencedores ou nomeados para prémios da Academia, o que lhes confere um alto grau de notabilidade. A realização desta aclamada longa-metragem é feita pelos irmãos Coen e é já a segunda adaptação cinematográfica do livro ‘True Grit’, de Charles Portis. A primeira adaptação foi em 1969 pela mão do director Henry Hathaway e contou
com a actuação de John Wayne como Rooster Cogburt. Actuação essa que lhe valeu o único Óscar da sua carreira. Embora Jeff Bridges tenha sido nomeado para exactamente o mesmo prémio, a estatueta foi para Colin Firth pela sua interpretação do rei Jorge VI no filme ‘O Discurso do Rei’. ‘Indomável’ conta ainda com a produção de Scott Rudin, conhecido por produzir êxitos como ‘A Rede Social’, ‘Este País Não É Para Velhos’ ou ‘Haverá Sangue’, e do experiente Steven Spielberg, que dispensa apresentações. Com esta fórmula predestinada para o sucesso, ‘Indomável’ é um filme à moda dos westerns, recheado de aventura e acção e, por isso, uma boa sugestão para passar um serão agradável.
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Homem-Aranha 3 Texto por Marco Almeida
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uatro anos se passaram desde a última vez que um dos heróis mais conhecidos da Marvel chegou às salas de cinema pelas mãos de Sam Raimi. Tornando esta saga numa trilogia, ficamos a conhecer novas personagens da banda desenhada de Stan Lee, nomeadamente Sandman e Venom, sendo este último um dos vilões mais desejados pelos fãs. Porém, o número elevado de personagens e um conjunto de situações tresloucadas tornaram o terceiro filme do ‘Homem-Aranha’ num produto de qualidade bastante mais reduzida que os seus antecessores. Ainda assim, existem bastantes ideias que resultaram, mesmo que mal aproveitadas.
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Sandman é uma personagem que, se melhor explorada, dava origem a um filme bastante aprazível e com uma história bem ambivalente. A dualidade de emoções da personagem poderia facilmente transpor-se para Peter Parker. Por outro lado, a história que dá origem a Venom é desprovida de qualquer interesse ou sentido, tanto para o lado de Peter Parker como para Eddie Brock, que acaba por se tornar num vilão completamente descartável. Como se não bastasse, Harry Osborn ainda segue as pisadas do seu pai e traz de volta Green Goblin que, além de ser melhor aproveitado que Venom, não adiciona nada a este terceiro filme. Mas, no geral, é um filme divertido, mas ao querer contar tantas histórias e adicionar tantas personagens novas, perde-se completamente numa amálgama de ideias mal articuladas.
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Green Hornet Texto por Marco Almeida
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epois do lançamento cinematográfico no passado mês de Fevereiro, chega agora a DVD, Blu-Ray e Blu-Ray 3D ‘Green Hornet’. Britt Reid tem uma vida de festas e excessos, até ao dia em que o seu pai, um respeitado líder de um jornal, é encontrado morto, deixando tudo ao seu filho. No entanto, Britt desenvolve uma amizade com um dos empregados do pai, Kato, e os dois começam a planear tornar-se falsos criminosos, para poderem chegar mais perto dos verdadeiros vilões. E assim nasce o Green Hornet. Este, e o seu parceiro, começam a ser muito conhecidos no mundo dos criminosos, e chamam a atenção do rei do submundo de Los Angeles, Benjamin Chudnofsky, que pretende acabar com o vigilante mascarado.
O elenco do filme é muito bom. Seth Rogen continua na linha da comédia e é isso que faz bem, Jay Chou é surpreendente como o parceiro do herói (apesar do seu sotaque não ser o melhor), Cameron Diaz é apenas uma cara bonita, e a sua personagem podia ser facilmente cortada da história, e Christoph Waltz volta a ser o vilão de serviço, e não desilude. James Franco tem um pequeno e hilariante cameo no início do filme, que é talvez o momento mais marcante e engraçado em todas as suas duas horas de duração. Com uma história tipíca, e sem na-da de novo para oferecer, ‘Green Hor-net’ é divertido e serve como bom entertenimento para quem gosta do género. T.O.: ‘Green Hornet’ « REALIZAÇÃO: Michel Gondry « ELENCO: Seth Rogen, Jay Chou, Cameron Diaz e Christoph Waltz « ARGUMENTO: Seth Rogen e Evan Goldberg « Género: Acção, Comédia « Distribuição: Pris Audiovisuais
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The
MECHANIC O Profissional J
ason Statham está de volta à acção, o género em que já estamos habituados a vê-lo. Desta vez, o nome do filme é ‘The Mechanic – O Profissional’, que chega este mês a DVD e Blu-Ray. Jason Statham é Arthur Bishop, um assassino de elite contratado para eliminar alvos expecíficos de forma a parecerem acidentes. No entanto, quando o seu mentor e amigo Harry é assassinado, Bishop faz da sua próxima missão vingar-se do responsável pela morte do seu amigo. A ele, junta-se o filho de Harry, Steve, que também procura vingança pela morte do pai. Juntos formam uma parceria mortal em busca do seu alvo. Apesar de Jason Statham ser conhecido
pelos seus filmes de acção, começa a ser cansativo vê-lo sempre a interpretar o mesmo tipo de personagem, especialmente quando sabemos que Statham tem mais talento do que demonstra nestes filmes. Mas aqui, o grande destaque é Ben Foster, que tem andado perdido. Depois de ter roubado o espectáculo em ‘O Comboio das 3 e 10’, o actor praticamente desapareceu do mapa. E agora, que finalmente voltou a aparecer, rouba o protagonismo a Statham, e mostra que é um dos melhores da sua geração. A história não traz nada de inovador, mas ‘The Mechanic – O Profissional’ é um agradável filme de acção que serve como bom entertenimento sem comprometer. Os fãs do género deverão ficar contentes, pois o realizador Simon West e os protagonistas fizeram tudo bem, mas o problema é que tudo o que é feito aqui já foi visto e revisto noutros filmes do género. Texto de João Costa
T.O.: ‘The Mechanic’ « REALIZAÇÃO: Simon West « ELENCO: Jason Statham, Ben Foster e Donald Sutherland « ARGUMENTO: Richard Wenk e Lewis John Carlino« GÉNERO: Acção, Thriller, Crime « DISTRIBUIÇÃO: Pris Audiovisuais
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FASTER Texto por João Costa
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hega agora a Portugal directamente em Blu-Ray e DVD, o filme de acção ‘Faster’, cujo protagonista é o sempre bad-ass Dwayne Johnson, no género onde todos o queremos ver, acção. ‘Faster’ conta a história de Driver, que após ter passado 10 anos na prisão, tem apenas um objectivo: vingar a morte do seu irmão, que ocorreu durante um assalto mal executado a um banco, que também originou a ida de Driver para a prisão. No entanto, agora livre e com o objectivo de começar a sua missão, Driver tem dois homens atrás de si. Um polícia veterano, interpretado por Billy Bob Thornton, e um jovem assassino e egocêntrico, trazido até nós por Oliver Jackson. E aqui começa uma história de mistério, acção e vingança, que não deixará mal os fãs do género, apesar de nunca se destacar em nada, e será esquecido rapidamente por quem o visualizar.
Dwayne Johnson é o actor perfeito para este tipo de filme. Após algumas comédias familiares menos concebidas, o actor está de volta ao que melhor sabe fazer, acção pura. E não deixará ninguém desiludido, porque o actor faz o melhor que pode com o argumento que lhe deram. No geral, ‘Faster’ será aquilo que os fãs de acção procuram. Entertenimento garantido e um grande protagonista. No entanto, quem procura algo com mais qualidade, terá outras propostas melhores dentro do género. T.O.: ‘Faster’ « REALIZAÇÃO: George Tillman Jr. « ELENCO: Dwayne Johnson, Billy Bob Thornton e Maggie Grace« ARGUMENTO: Tony Gayton e Joe Gayton « GÉNERO: Acção « DISTRIBUIÇÃO: Pris Audiovisuais
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APANHA-ME SE PUDERES Texto de João Costa A primeira temporada de uma das séries mais aclamadas da televisão actualmente chegou finalmente a DVD e Blu-Ray. Agora tem a hipótese de adquirir ‘Apanha-me se Puderes – Temporada Um’ e juntá-la à sua colecção. ‘Apanha-me se Puderes’ fala-nos de Neal Caffrey, um génio do crime, que é capturado pelo seu rival, Peter Burke, um agente do FBI. Após fugir da prisão onde estava para tentar encontrar a sua ex-namorada Kate, Neal é novamente apanhado por Burke. No entanto, desta vez, Neal faz uma proposta a Burke e este aceita. O plano é Neal ajudar o FBI a capturar outros criminosos com a sua experiência, em troca de liberdade.
A relação entre os dois protagonistas é de amor/ódio, que fica retratado em momentos verdadeiramente hilariantes. Os actores fazem um excelente trabalho para mostrar que merecem todos os elogios que recebem. De facto, todo o elenco é bom, e merece ser mencionado e destacado por isso mesmo. A história também é muito boa. Todos os casos são, no geral, bastante completos e apelativos, e raramente óbvios de adivinhar como acabam. Portanto, também fica aqui referido o excelente argumento criado por Jeff Eastin. Se procuram drama sério, vão encontrá-lo aqui. Se procuram comédia e boa disposição, também o vão encontrar aqui. ‘Apanha-me se Puderes’ é inteligente, divertido, dramático e será, sem dúvida, aquilo que procuram numa série policial.
T.O.: ‘White Collar’ « PRODUÇÃO: Jeff Eastin « ELENCO: Matt Bomer, Tim DeKay, Willie Garson, Tiffani Thiessen e Sharif Atkins « CRIAÇÃO: Jeff Eastin « ARGUMENTO: Jeff Eastin « GÉNERO: Crime, Comédia, Drama « DISTRIBUIÇÃO: Castello Lopes Multimédia
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disponí a 2 Jun vel em DVDho
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DIA DA CRIANÇA
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Dia da
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CRIANÇA Texto por Renata Curado
aquele que é o primeiro dia do mês de Junho, celebra-se por cá o Dia Mundial da Criança. E como seria de esperar, neste dia dedicado a todas as crianças, são várias as propostas apresentadas pelos canais temáticos, especialmente pensadas para os mais novos. Assim, no dia 1 de Junho, o canal Hollywood presenteia o seu público com ‘Madagáscar’ e logo de seguida ‘Antz’, iniciando esta programação especial às 17 horas. Em ‘Madagáscar’ encontramos quatro amigos improváveis – leão, zebra, girafa e hipopótamo - que, habituados desde sempre ao Zoo de Nova Iorque, não têm qualquer conhecimento do que é a vida selvagem e acabam por acidentalmente ir parar à ilha de Madagáscar. Neste habitat completamente estranho para eles, os quatro animais vêem-se envolvidos em inúmeras aventuras e peripécias, fazendo pelo meio muitas descobertas e alguns amigos. Lançado em 2005, ‘Madagáscar’ foi um sucesso, assim como a sua sequela, ‘Madagáscar 2’, de 2008. Uma banda sonora que convida à dança, cores vibrantes e diálogos cheios de humor fazem deste filme uma receita de diversão garantida.
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Logo de seguida podemos ver ‘Antz’, o clássico de 1998, onde a neurótica formiga Z assume um papel de protagonista no meio de milhares de formigas trabalhadoras e faz todos os esforços para conquistar a princesa Bala, por quem se apaixona. Contudo, Z tem a vida dificultada pelo General Mandíbula na sua busca por Insectopia, um local lendário onde abundam alimento e felicidade. Esta é uma história que reflecte e questiona assuntos como autoritarismo, o conformismo e a opressão na sociedade, sendo por isso um filme que se mantém actual e não só dirigido aos mais novos. Já no Disney Cinemagic, que nos habituou à qualidade e magia próprias da animação Disney, a oferta é diferente, com total destaque para uma personagem – Sininho. A fada companheira de Peter Pan é a protagonista da tarde, primeiro em ‘Sininho’, às 17 horas, e depois em ‘Sininho Salva as Fadas’, às 19. ‘Sininho’, de 2008, foi o primeiro filme de uma série de filmes realizados em torno desta personagem. Neste
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primeiro filme, somos transportados para o mundo mágico das fadas, em Pixie Hollow, onde Sininho conhece novos amigos e tenta descobrir qual o seu lugar no mundo mágico das fadas, numa obra em que a Natureza é uma constante, assim como o encanto próprio desta personagem tão querida pelo público Disney. Este é um filme que aborda temas como a autodescoberta e a capacidade de acreditar em si próprio. Logo de seguida temos ‘Sininho Salva as Fadas’, mais um aventura protagonizada pela pequena fada onde esta trava conhecimento com um ser humano pela primeira vez (ainda antes de conhecer Wendy e os Meninos Perdidos). Esta amizade vai colocar em risco a segurança de Sininho e mesmo de todas as fadas, o que dá origem a uma fantástica aventura de salvamento. A capacidade de não desistir, a fé e a amizade são valores postos aqui em evidência. Neste Dia Mundial da Criança, lembre-se que a oferta é variada e os filmes não são exclusivamente para crianças – podemos sempre retirar deles uma qualquer lição, nem que seja a da diversão.
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TOY STORY 3
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odos se lembram do Toy Story. A agora trilogia indiciou-se em 1995, com a história do pequeno Andy e do seu mundo de brinquedos onde se destacava Woody, um cowboy aventureiro e Buzz Lightyear, um destemido astronauta. Ao início rivais, pois ambos ambicionam ser os preferidos de Andy, os dois brinquedos vão desenvolvendo uma estreita relação de amizade ao longo dos filmes. Toy Story 3 acompanha o crescimento duma geração, sendo assim um filme não só para os mais pequenos e os pais, mas também para os jovens adultos que começaram a ver a trilogia quando ainda eram crianças e actualmente conseguem rever-se no papel de Andy. Agora já não se trata de um pequeno Andy, mas sim de um rapaz que, ao iniciar a sua ida para a faculdade, tem de começar a desfazer-se dos brinquedos que
Texto por Catarina Lopes
tornaram a sua infância tão doce. E é com base nesta premissa que o argumento central do filme se desenrola: os brinquedos que ainda tinha decidido conservar no sótão são entregues por engano numa creche que, apesar de inicialmente parecer um paraíso para os brinquedos, se vai revelar algo totalmente diferente. Toy Story 3 contou com a realização de Lee Unkrich, que já tinha estado na produção de Toy Story 2 juntamente com John Lasseter, realizador dos dois primeiros filmes. Os três filmes foram sempre nomeados para Óscares, no entanto, foi só agora, em 2011, com Toy Story 3, que dois Óscares foram arrecadados, nomeadamente o de Melhor Filme de Animação. Toy Story 3 estreia a 17 de Junho no canal Disney Magic, às 21h00. É um filme que ninguém deve perder.
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