ualg.pt
RELATÓRIO DE ATIVIDADES
2012
MENSAGEM DO DIRETOR
“Ladies and gentlemen we are now approaching our destination, where we will be landing in a few minutes. Please fasten your seat belts, keep your seats and tables in the upright position”,... e assim se chega a qualquer aeroporto do mundo. Porém, quem aterra em Faro de dia, na direção este-oeste e tem a sorte de vir junto à janela, tem um bónus especial: um espetáculo único de mar, ilhas, praias e canais que formam a Ria Formosa. Este sistema lagunar, o mais importante em Portugal, constitui um laboratório ao ar livre, onde se estuda a biodiversidade, as correntes marítimas, o transporte de sedimentos e a vegetação marinha, entre outros. Colando o nariz à janela conseguimos (talvez) descortinar, debaixo do avião, a única construção com dois pisos que fica no meio do intrincado sistema de canais: é a estação marítima do Ramalhete, perto da Universidade do Algarve bem no centro da Ria. Este é um ponto privilegiado para o seu estudo, para a sua monitorização e para a sua descoberta. Aliás a primeira pergunta que nos ocorre acerca da Ria é: qual é a sua origem? Como se formou a Ria Formosa? Porque razão existe uma Ria entre Faro e Tavira e não em Portimão? São estas as perguntas a que tenta responder o Prof. Tomasz Boski no projeto SIHER que tem por objetivo “ler o livro geológico” da Ria Formosa através dos seus testemunhos. Um testemunho é uma amostra cilíndrica do solo retirada na vertical. No caso da Ria, o solo é, em boa parte, lama em estratos com vários tipos de materiais. Essas são as “linhas que escrevem o livro” da origem da Ria. A interpolação, mais ou menos imaginativa, entre os vários testemunhos espaçados entre ilhas e canais, permite juntar as “folhas do livro” ao longo dos sete ou oito mil anos que traçam a vida da Ria Formosa. Conhecer o passado permite-nos prever o futuro com maior segurança o que, num sistema ambientalmente frágil como o da Ria Formosa, é de extrema importância para desenhar a estratégia para a sua proteção e preservação.
Enquanto isto, um grupo de nove jovens universitários desassossega os pacatos idosos da bucólica aldeia de Querença, no barrocal algarvio. A sua área de formação é variada, mas o objetivo é único: criar uma atividade de cariz empresarial centrada na zona de Querença, nos seus lugares, nas suas gentes e que, se possível, fale com as suas tradições. Que importa a formação ? Aqui estamos no terreno, há que deixar o computador e arregaçar as mangas (literalmente). Este projeto, verdadeiro projeto de ligação à comunidade, tem chamado a atenção nacional, desde o interesse pessoal do Secretário de Estado Almeida Henriques, ao apadrinhamento da Fundação Calouste Gulbenkian e da Portugal Telecom, que vêm nesta iniciativa um papel revelador da realidade rural, a sua atualidade e utilidade noutras comunidades do País. Até porque, no final do projeto, há mesmo negócios à vista. A Ti Joaquina não sabe muito bem o que se passa, mas já conhece a 9 Arrobas, o Ervanarium e a Querença Paisagens, e sabe que esses jovens simpáticos da Universidade - que a terra já adotou - andam por aí. Muitas mais iniciativas tiveram lugar em 2012, nas quais a Universidade do Algarve teve o seu papel motor, mostrando à comunidade local as melhores práticas de fora, e mostrando fora o que se faz na região. A ideia que ainda subsiste de que na Universidade se aprende um ofício, está cada vez mais ultrapassada: na Universidade aprende-se a aprender e fazem-se pontes entre pessoas, comunidades e conhecimento. Pessoalmente, vivi em Faro durante muitos anos antes da Universidade existir, mas hoje já não consigo imaginar o que seria Faro sem a Universidade!
Sérgio M. Machado Jesus Vice-Reitor para a Investigação Científica Universidade do Algarve, Março 2013
A criação da UAIC veio proporcionar à comunidade académica uma estrutura vocacionada para a divulgação e apoio a candidaturas a programas de financiamento à investigação: a Divisão de Informação e Estatística. É objetivo desta Divisão, entre outros, a recolha e distribuição de avisos de programas de financiamento nacional, europeu e internacional, de interesse para a comunidade científica da Universidade.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ESTRUTURAÇÃO DA REDE DE I&D No ano de 2012, foi homologado um novo Centro de Estudos e Desenvolvimento em Saúde (CES). Por sua vez no final do 2012 foi realizado o inquérito1 dirigido a toda a comunidade académica de forma a ser aferido o potencial de investigação existente na UAlg. Este inquérito tem como objetivo verificar o grau de inserção de docentes - investigadores inseridos em unidades de I&D, tanto
Inquiridos (a) Ensino Politécnico Ensino universitário Bolseiros Investigação Total
dentro da estrutura da UAlg como externamente, aproveitando-se o mesmo inquérito para atualizar as listas de divulgação de informação. O inquérito foi dirigido a um total de 762 docentes investigadores (alargado este ano a bolseiros de investigação com o grau de doutor) tendo registado 656 respostas, o que representa uma taxa de participação de 86% (tab.1). Inquiridos que declararam realizar (c)
Total de respostas (b)
377 371 14 762
336 310 10 656
(c)/(b)
267 286 10 563
79% 92% 100% 86%
Tab. 1: participação no inquérito ao potencial humano de investigação.
Dos 106 docentes que não responderam ao inquérito, 75% são docentes a tempo parcial. Dos 563 investigadores, cerca de 75% encontram-se inseridos em unidades de I&D
o que, em comparação com o resultado de 2010, regista um aumento de cerca de 4%, na concentração de investigadores em unidades de I&D (tab. 2).
Não Integrados em Unidades de Investigação Integrados em Unidades de Investigação Total
2010
2012
156 405 561
143 420 563
Tab. 2: grau de integração dos investigadores em unidades de I&D. 2010 Integrados em UI&D externas à UAlg Integrados em UI&D da UAlg Total
2012
N.º
%
N.º
%
89 316 405
22% 78%
127 293 420
30% 70%
Tab. 3: grau de integração dos investigadores em unidades de I&D internas e externas.
Entre 2010 e 2012, houve uma clara tendência pela associação de investigadores em unidades de I&D, todavia registou-se uma preferência por estruturas externas de I&D. As figs. 1 e 2 apresentam a distribuição de investigadores com vínculo contratual à Universidade por centros de investigação e por centros de estudos e desenvolvimento, respetivamente. Os investigadores que optaram por estar inseridos em unidades de I&D da UAlg encontram-se na sua maioria em centros de investigação2 (72%).
CIQA 10%
CIMA 15%
CBME 16%
CCMAR 12% CEOT 4%
CIEO 33%
CIAC 10%
Fig. 1: distribuição de investigadores por centros de investigação (total 211). 1
Os resultados detalhados deste inquérito serão objeto de um relatório próprio. De acordo com o art. 11º dos Estatutos da Universidade do Algarve, os centros de investigação são aqueles centros reconhecidos e avaliados positivamente pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
2
UALG-iLAB4%
CASEE 2%
NAP 1%
CECL 9%
GLACIP 10% CECTA 16%
CUIP 7% CTA 7%
CEDMES 7%
CINTAL 17%
CES 20%
Tendo em atenção os participantes por unidade I&D verifica-se uma maior participação de investigadores que não se encontram associados a qualquer unidade I&D (32%), sendo seguido pelo CBME que apresenta uma taxa de participação de 21% e o CCMAR com 10% (fig.4).
CTA 2%
CUIP 2%
CINTAL 2%
GLACIP 2%
CECTA 2%
CFMFT 1%
CIAC 4%
CFMFT 4%
CIEO 5% Fig. 2: distribuição de investigadores por centro de estudos e desenvolvimento (total 82).
Sem Centro 32%
CIQA 8% CIMA 9%
DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO E CANDIDATURAS
CCMAR 10%
A criação da UAIC veio proporcionar à comunidade académica uma estrutura vocacionada para a divulgação e apoio a candidatura a programas de financiamento à investigação: a Divisão de Informação e Estatística. É objetivo desta Divisão, entre outros, a recolha e distribuição de avisos de programas de financiamento nacional, europeu e internacional, de interesse para a comunidade científica da Universidade. Para a distribuição da informação foi privilegiada a divulgação através de correio eletrónico e de sessões presenciais. Para o efeito, o inquérito realizado em final de 2010, permitiu segmentar os investigadores por áreas científicas. Para além da divulgação através de correio eletrónico, foram realizadas, durante o ano de 2012, sessões presenciais. Cada sessão, tinha como objetivo por um lado a divulgação dos avisos em aberto que melhor se ajustavam à investigação realizada na Universidade, designadamente características e condições de elegibilidade do Programa, e por outro alertar os investigadores para os procedimentos internos existentes na instituição. Ao todo foram realizadas 5 sessões presenciais que contaram com a participação de 116 investigadores, no total. A fig. 3 apresenta a participação dos investigadores nessas sessões de divulgação. 45
Fig. 4: participação dos investigadores em sessões de divulgação por unidades de I&D no ano de 2012.
No inquérito realizado em 2012 foi solicitada uma apreciação referente à metodologia de divulgação. Assim, dos 459 investigadores que indicaram que receberam ao longo dos últimos dois anos informação por parte da UAIC registou-se que 34% privilegia a divulgação de informação através de correio eletrónico, enquanto que 19% prefere que a divulgação seja feita através da combinação de correio eletrónico, sessões de divulgação e página. Para além da divulgação de informação a UAIC tem promovido o apoio a candidaturas, designadamente na parte administrativa e financeira dos projetos submetidos a programas de investigação. Assim a UAIC apoiou durante o ano de 2012 um total de 243 candidaturas, sendo que 148 destas foram apresentadas à Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
Transferência de Tecnologia
24,3%
35
4,5%
1,6% 26
30
26
25 20
Apoio à comunidade e extensão científica
Prestação de Serviços
39
40
CBME 21%
16
15
Institucionais
9
10
0,4%
Investigação e Desenvolvimento
69,1%
5 0
23 de Abril
6 de Junho
11 de Junho
4 de Julho
25 de Julho
Fig. 3: participação de investigadores em sessões de divulgação no ano de 2012.
Fig. 5: candidaturas a financiamento submetidas no ano 2012 por perfil de projeto.
A análise de acordo com o perfil de projetos aponta para que a maior parte, cerca de 69%, são candidaturas relacionadas com a investigação e desenvolvimento (fig.5). Por sua vez, existe uma clara adesão à submissão de projetos de âmbito nacional (68%). Os programas onde existe uma maior submissão de candidaturas são os Programas da FCT (cerca de 61%), seguido pelos programas de cooperação (como os programas MED e
SUDOE) que apresentaram cerca de 12% e 9%, respetivamente do total de candidaturas. No que diz respeito aos projetos no âmbito do 7º Programa Quadro verificou-se que foram apresentadas 10 candidaturas, o que representa em termos relativos 4,12% do total de candidaturas submetidas (fig.6)3.
148
Fundação para a Ciência e a Tecnologia
28
MED
22
SUDOE
10 9
7ºPQ ENPI CBC MED
7
Fundação Calouste Gulbenkian
3 3 3 2 2 1 1 1 1 1 1
Prestação de Serviço ERC-Advanced Grant Acordo Bilateral LIFE+ Fundação MAPFRE Programa Cultura POPH POCTEP DG Ficheries (MARE) DG Employment AICR GRANT
0
20
40
60
80
100
120
140
160
Fig. 6: candidaturas a financiamento submetidas por Programa Financiador.
TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA E EMPREENDEDORISMO A Divisão de Empreendedorismo e Transferência de Tecnologia (CRIA), tem continuado a desenvolver o seu papel de interface entre o trabalho de investigação realizado na Universidade do Algarve e as empresas, despertando o interesse dos docentes-investigadores e jovens diplomados para a colaboração com a indústria e a criação de novas empresas de base tecnológica com forte cariz inovador. Durante 2012 foram realizadas várias iniciativas de fomento do espírito de empreendedorismo nomeadamente: Pedidos de Patentes
Concessões
10 8
9
Foram apoiados durante o ano de 2012, 9 pedidos de patentes e 6 pedidos de registos de marcas e logotipos (fig.7); A participação em 30 eventos de ligação à comunidade, com aproximadamente 1500 participantes, num total de 285 horas, com o objectivo de apoiar o lançamento de novas empresas (fig.8); Foram organizados 3 eventos de sensibilização em direitos de propriedade intelectual e a publicação da revisão do regulamento de propriedade intelectual da Universidade do Algarve. 10
7 6
6
6
5
8
8
7
6 4
3
2
2 0
0 2010
2011
Fig. 7: pedidos e registo de patentes. 3
4
4
Estes dados não incluem nem o CCMAR nem o CINTAL
2012
2010
2011
Fig. 8: criação de empresas (spin-offs e start-ups).
2012
RECURSOS PARA A I&D E FORMAÇÃO PÓS-GRADUADA RECURSOS FINANCEIROS De uma forma geral as actividades de investigação tiveram uma taxa de crescimento de cerca de 16% na receita (tabela 4). O aumento mais significativo em termos percentuais regista-se na área dos projetos de apoio à comunidade científica e extensão universitária e nos projetos de investigação e desenvolvimento. Verificou-se um valor negativo no saldo transitado devido às receitas de 2012 serem inferiores às despesas. Assim, foi necessário utilizar os saldos dos anos anteriores para fazer face aos compromissos assumidos.
As figs. 9 e 10 mostram a distribuição percentual da receita de 2012 por tipologia de actividade e por área temática, respetivamente. Os projectos de I&D e os programas de mobilidade representam cerca de 74% do montante total da receita. Já do ponto de vista da distribuição por área temática as Ciências da Vida, da Terra, Mar e Ambiente contribuem com 35% do total da receita, seguida pelas Ciências Básicas e da Engenharia com 24%.
Receita
1%
Apoio à Comunidade/extensão
Apoio à Comunidade/extensão Inovação Institucional Mobilidade Prestação de Serviços Projeto de I&D Unidades de I&D Total
Despesa Recursos Humanos Investigadores Bolseiros I&D Mobilidade Missões Aquisição de Bens e Serviços Equipamento Restituições/Devoluções Transferências Parceiros Saldo Trasitado Total
Gastos Gerais UID integrada UID não integrada Mobilidade Total
2011 16.850 364.568 343.909 2.461.994 520.516 1.200.864 376.670 5.285.370
2012 37.977 366.425 561.212 1.936.156 451.740 2.429.777 330.939 6.114.227
2011 2.631.426 319.620 1.090.651 1.221.155 512.421 1.278.644 322.641 83.556 539.780 -83.098 5.285.370
2012 3.105.122 349.940 1.346.632 1.408.549 683.650 2.105.625 483.901 7.114 666.669 -937.854 6.114.227
2011 465.073 259.244 152.357 876.674
2012 529.455 12.817 542.273
Tab. 4: balanço e contas da Unidade de Apoio à Investigação Científica e Formação Pós-Graduada, anos 2011 e 2012.
Inovação
6%
Unidades de I&D Institucional
5%
6%
Projectos de I&D
Mobilidade
41%
33%
Prestação de Serviços
8% Fig. 9: distribuição da receita por tipologia de atividade.
Transversal
Artes, Literatura e História
4%
22% Economia, Gestão e Turismo
Ciências Básicas e da Engenharia
3%
24%
Ciências Sociais, da Educação e da Formação
3% Ciências e Tecnologias da Saúde
Ciências da Terra, do Mar e do Ambiente
9% Fig. 10: distribuição da receita por área temática.
35%
RECURSOS HUMANOS A caracterização dos recursos humanos envolvidos em I&D resultam do inquérito ao potencial humano para a investigação. A fig. 11 mostra a distribuição dos docentesinvestigadores da UAlg, por área temática. No inquérito realizado verificou-se que das 656 respostas obtidas junto dos docentes, 563 realizam investigação, como já anteriormente se afirmou. Economia, Gestão e Turismo
16% Ciências Sociais, da Educação e da Formação
Artes, Literatura e História
13% Ciências Básicas e da Engenharia
26%
18% Ciências e Tecnologias da Saúde
9%
Ciências da Terra, do Mar e do Ambiente
18%
Fig. 11: distribuição de investigadores por área temática (total 563). Mar
14% Artes e Património
7% Outras
51%
Saúde, Alimentação e Bem-Estar
12% Turismo
16% Fig. 12: distribuição de investigadores por área âncora (total 563).
Em comparação com o inquérito realizado em 2010, a área temática que apresentou uma maior concentração de docentes foi a área das ciências e tecnologias da saúde que apresentou uma taxa de crescimento de cerca de 89%. Por sua vez, perante a dimensão da Universidade do Algarve, existe a necessidade da convergência das suas atividades, sejam elas de formação, de investigação ou de transferência, em torno de áreas âncora identificadas como áreas estratégicas para o desenvolvimento e crescimento da Universidade. Assim foi feita uma primeira abordagem de correspondência entre as áreas científicas identificadas pelos os investigadores e as áreas âncora que se traduz na fig.12. Em 2012, houve um aumento de 5% do número de bolseiros de investigação inseridos em projetos de investigação da Universidade do Algarve, atigindo um total de 112 bolseiros de investigação.
Em comparação com o inquérito realizado em 2010, a área temática que apresentou uma maior concentração de docentes foi a área das ciências e tecnologias da saúde que apresentou uma taxa de crescimento de cerca de 89%.
DESEMPENHO EM I&D relativamente à taxa de crescimento nacional, onde se pode ver que, curiosamente, não foi nos anos de maior produção em valor absoluto que se obteve o maior crescimento relativamente às outras instituições nacionais como foi o caso entre 2008 e 2010. Já em 2011 e em 2012 o crescimento da UAlg foi superior ao crescimento nacional de 5 e 18%, respetivamente, o que denota uma acentuada melhoria. 4
500
5
450
4.5
400
4
350
3.5
300
3
250
2.5
200
0
150
1.5
100
1
50
0.5
0
0 1994
A fig. 13 mostra a produção científica de acordo com Web of Science, medida a 1 de março de 2013, para a UAlg (barras azuis e escala da esquerda) e para o total nacional (linha preta e escala da direita) entre 1994 e 2012. A partir desta figura podemos constatar que a quebra de produtividade média da Universidade nos últimos anos foi ultrapassada em 2012, tendo-se obtido um crescimento de cerca de 20% relativamente a 2011, atingindo um total de 465 publicações. Também a nível nacional houve crescimento com agora um número total de publicações superior a 15.000. Em termos globais o peso da UAlg no contexto nacional é de cerca de 3%.
1998
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
Fig. 13: Produção científica da UAlg (em azul, escala da esquerda) e nacional (a cinza, escala da direita), entre 1994 e 2012 em número de entradas na Web of Science medidas a 1 de março de 2013. 50
Taxa de crescimento UAlg-Nacional (%)
4.1 PRODUÇÃO CIENTÍFICA
1996
Publicações nacionais
x10
Publicações UAlg
Independentemente de se concordar ou não, os rankings de instituições de ensino superior existem, são utilizados e estão para ficar. Por enquanto não existem métricas estandardizadas para a avaliação do desempenho, sendo que cada instituição opta por dar relevo aqueles indicadores que são os mais significativos para os seus objetivos, como por exemplo, a investigação científica, a formação doutoral, a mobilidade, a atração de estudantes de um grau de formação específico, área científica, ou de uma determinada zona geográfica ou língua. No entanto, quase todos os rankings incluem fatores baseados no desempenho científico, para o qual a produção de publicações científicas em quantidade e em qualidade, é o fator mais relevante. Em Portugal, o indicador bibliométrico por excelência é aquele produzido pela Thomson-Reuters para a produção científica (Web of Science) e para qualidade das publicações (Impact Factor). Entre outros, o fator da internacionalização, tem sido apontado como marcante para o desenvolvimento e para a qualidade.
40 30 10 10 0 -10 -20 -30
Mais importante do que mostrar os números de produção absoluta, importa situar a posição da UAlg no contexto nacional. A fig. 14 mostra a taxa de crescimento da UAlg
1992
1994
1996
1998
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
Fig. 14: taxa de crescimento da produção científica da UAlg relativa à taxa de crescimento nacional em %.
A capacidade de internacionalização das instituições de ensino superior tem vindo a revelar-se como um dos factores mais determinantes para o aumento da sua qualidade, para o seu crescimento e para a sua capacidade de atração de estudantes e investigadores de excelência.
INTERNACIONALIZAÇÃO A capacidade de internacionalização das instituições de ensino superior tem vindo a revelar-se como um dos factores mais determinantes para o aumento da sua qualidade, para o seu crescimento e para a sua capacidade de atração de estudantes e investigadores de excelência. As fig. 15 e 16 mostram a diversidade de países com os quais a UAlg teve projectos a decorrer em 2012, e a tipologia de parceiros, respetivamente.
Os parceiros por excelência dos projectos de investigação da UAlg são entidades nacionais, seguem-se as entidades de Espanha e de França. De entre a tipologia de parceiros verifica-se que cerca de 41% são instituições de ensino superior.
Outros países
FORMAÇÃO PÓS-GRADUADA
Dinamarca Noruega Holanda Irlanda Alemanha Grécia Reino Unido Itália França
6,6% 0,7% 1,1% 1,8% 2,7% 3,2% 3,9%
A tab. 5 mostra o número de alunos inscritos em cursos de 3º ciclo por área temática e o número de diplomados em 2011 e em 2012.
4,3% 6,1% 8,2%
Espanha
14,8%
Portugal
46,6%
Fig. 15: origem de parceiros em projetos I&D por país.
Centros de Investigação
10% Instituições Públicas
31%
Instituições Privadas
11%
Fig. 16: tipologia de parceiros nos projetos I&D.
Empresas
Número de alunos Artes, Literatura e História Ciências Básicas e da Engenharia Ciências da Terra, do Mar e do Ambiente Ciências e Tecnologias da Saúde Ciências Sociais, da Educação e da Formação Economia, Gestão e Turismo Total de alunos
Matriculados 2011/2012 55 41 124
Diplomados 2011 2012 1 3 2 5 9 22
28 61
5 11
3 6
69 378
3 31
6 45
Tab. 5: N.º de alunos inscritos e diplomados em estudos de 3º ciclo por área temática.
7%
Instituições de Ensino Superior
41%
A duração recomendada de um programa doutoral é entre 3 e 4 anos. Mesmo assumindo uma duração de 4 anos, e tendo em conta o número total de matriculados, o número de diplomados por ano deveria rondar os 90. Apesar de uma melhoria significativa entre 2011 e 2012, o número total de 45 é apenas 50% do número ideal esperado, o que indicia uma duração de estudos média superior a 4 anos ou um grau de abandono significativo neste ciclo de estudos.
Unidade de Apoio à Investigação Científica e Formação Pós-Graduada Universidade do Algarve Tel. 289 800100 e-mail: uaic@ualg.pt www.ualg.pt