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Novidades Nacionais

por_ Kamille Viola | do_Rio

5 fases de Groove

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Gloria Groove lançou a faixa “A Tua Voz”, primeiro single de seu próximo trabalho, o EP audiovisual “Affair”, que terá cinco canções e um clipe para cada. A música é uma parceria da artista com o trio Dogs (Pablo Bispo, Sérgio Santos e Ruxell), autores de outros sucessos dela. “As cinco faixas representam, para mim, as cinco fases da paixão, e cada uma foi para um braço da sonoridade do R&B. O EP é mais sobre a relação com a minha própria cabeça e minha persona do que necessariamente sobre um relacionamento. Apesar de as músicas terem cunho romântico, passional, elas têm altos e baixos. Há músicas mais tóxicas, outras mais apaixonadas ou mais envolventes”, contou Gloria.

VEJA MAIS | O clipe de “A Tua Voz” ubc.vc/GloriaVoz

SONHO DE PAULINHO

Gravado ao vivo no Teatro Fecap (SP), entre outubro e novembro de 2006, e lançado só agora, “Sempre Se Pode Sonhar” reúne êxitos da longa e prolífica carreira de Paulinho da Viola, além de uma inédita, “Ela Sabe Quem Eu Sou”. Com direção musical do próprio Paulinho e direção geral de Homero Ferreira, o show de onde se extraíram as 22 canções que compõem o álbum foi um reencontro do mestre do samba com a capital paulista, depois de uma longa ausência. “Os anos se passaram e as transformações estruturais no mercado fonográfico colocaram em modo pause as carreiras discográficas de diversos nomes da música brasileira. Diante deste quadro, incerto, Paulinho manteve-se na estrada, com sua agenda de shows, observando a nova ordem se desenhar. Porém, o desejo de ver lançadas as gravações do Teatro da Fecap, pelas quais tinha tanto apreço, não deixou de existir”, escreveu o músico Charles Gavin, que assina o material de divulgação do disco, lançado agora em novembro, mesmo mês em que Paulinho comemora 78 anos de vida.

VEJA MAIS | O ‘lyric video’ de “Ela Sabe Quem Eu Sou”

ubc.vc/Paulinho

WADO, RITMO PRÓPRIO

Prestes a completar 20 anos de carreira solo, o cantor e compositor Wado, um catarinense radicado há décadas em Maceió, lança seu mais novo álbum, “A Beleza que Deriva do Mundo, Mas a Ele Escapa”. O trabalho traz 12 faixas, sendo que 11 delas contam com participações de outros artistas, com nomes como Otto (“Nanã”), Zeca Baleiro e Patrícia Ahmaral (“Depois do Fim“) e Cris Braun (“Para Anthony Bourdain”). “É um disco que tem um conceito radical de não ter instrumentos de ritmo, o que o deixa com essa aparência de vazios e espaços, mas muita coisa acontece sutilmente. A grande quantidade de autores e intérpretes soma a essa delicadeza, o disco seria menor sem essas pessoas. Adoro o encontro e sou fã de todos os que estão no álbum”, ele diz.

OUÇA MAIS | As 12 faixas do álbum

ubc.vc/Wado

ROGER DEFF: NOVO COMBATE

Em 2015, o rapper mineiro Roger Deff lançou a música “Pro Combate”, sua primeira música solo, depois de anos como integrante da banda Julgamento. Cinco anos e várias canções depois, ele solta a versão remix da faixa. Mais suingada, ela ganhou participação do DJ Hamilton Jr., produção do Poliphonicos e lyric video com animação de Dokttor Bhu. “Quis remixar essa faixa em versão soul justamente para reforçar a mensagem da luta antirracista. Inclusive o lyric video traz imagens de celebridades emblemáticas nessa questão racial (como Mano Brown, Leci Brandão, Ângela Davis e Toni Tornado)”, explica, lembrando que a versão original não está em plataformas de streaming. Deff prepara álbum para 2021, com o nome provisório de “Alegoria da Paisagem”.

VEJA MAIS | O clipe de “Pro Combate”

ubc.vc/Combate

LUEDJI LUNA: ÁFRICA-BAHIA

Luedji Luna lançou “Bom Mesmo É Estar Debaixo D’Água”, seu segundo álbum. Com 12 músicas inéditas, o trabalho foi produzido pelo queniano Kato Change. Ela viajou para gravar no Quênia, depois foi para a Bahia rodar o filme que acompanha o disco, dirigido por Joyce Prado, que traz a narrativa visual de cinco faixas. A sonoridade é diferente do anterior, o bem-sucedido “Um Corpo no Mundo” (2017). Nas canções, as complexidades de viver a afetividade enquanto mulher negra. “A lógica do racismo é destituir nossa humanidade. Falar do amor enquanto mulher negra é reconstituir essa humanidade e também construir uma narrativa e um imaginário que é sistematicamente apagado”, disse Luedji ao site Universa.

VEJA MAIS | A versão visual do álbum, gravada na Bahia

ubc.vc/Luedji

CHORARE DE NOVO

“Acabou Chorare” (1972), clássico álbum dos Novos Baianos, ganhou releitura com artistas de novas gerações pelo projeto Replay, lançado pela Som Livre. A série promete outras versões de discos antológicos da música brasileira. Nomes como Céu, João Cavalcanti, Letrux, Marcelo Jeneci, Maria Gadú, Xênia França e Francisco El Hombre participam. “É uma banda que é muito formadora de quem eu sou, como artista, como intérprete, como compositor, como um artista que pensa a relação entre uma música universal e a brasilidade”, comenta João Cavalcanti, que canta “Besta é Tu”. “Quando eu a gravei, o Moraes estava vivo, e ele se foi subitamente. Então, para todo mundo havia, no estúdio, esse impacto de saber que deveria estar ali. E isso foi sempre muito presente no processo todo”, conta.

OUÇA MAIS | “Replay Acabou Chorare” na íntegra

ubc.vc/Chorare

AGORA, SIM, ELISA

Depois de oito anos de shows pelo Rio de Janeiro e com alguns singles na bagagem, a cantora e compositora Elisa Fernandes lança seu álbum de estreia, “Elisa”. O álbum conta com oito faixas com produção musical, arranjos, bandolim e violões de Mário Wamser (exceto “Voltei”, com violão de Matheus Prevot, coautor da música, que também divide os vocais com Elisa nela), violoncelos de Federico Puppi e bateria de Gabriel Barreto. “Quando comecei a me apresentar, não imaginava entrar em estúdio e gravar um disco. Com o tempo, muita gente começou a questionar quando eu faria um, só que eu estava me descobrindo compositora, me entendendo como cantora, tinha pressa para viver todas as experiências possíveis, mas não exatamente a de gravar um disco. Hoje, tenho mais confiança no meu trabalho, sei as histórias que quero contar e os caminhos que quero trilhar”, diz.

OUÇA MAIS | “As oito faixas de “Elisa”

ubc.vc/ElisaF

GUILHERME ISNARD, DE DENTRO PARA FORA

Guilherme Isnard, da banda Zero, lançou o single “Quando Esse Mal Passar”. Parceria com Elísio Neto, guitarrista do grupo, a música foi composta durante a pandemia. “A circunstância do confinamento foi uma experiência de pausa. A vida estava muito corrida, e, de repente, o mundo parou. Todos fomos forçados à internalização, o que é especialmente importante para os artistas. Tenho a convicção de que uma grande explosão criativa sobrevirá ao momento de introspecção”, afirma. Ele conta ainda que compôs diversas canções após seu divórcio, em 2018 – “Acumulei um baú que renderia um álbum triplo”, diz – e que pretende lançar no mercado europeu um trabalho voltado para o samba-canção, com cinco novas músicas feitas em parceria com Rildo Hora.

OUÇA MAIS | O single “Quando Esse Mal Passar”

ubc.vc/QEMP

PRIMEIRA FLORADA

Nascida no Rio de Janeiro e criada em Maceió, a cantora e compositora Flora lança seu primeiro álbum, “A Emocionante Fraqueza dos Fortes”. São nove composições próprias produzidas por Wado, além de uma releitura (“Sua Estupidez”, de Roberto Carlos, com produção de Dinho Zampier). “É um disco híbrido, que foi se construindo ao longo dos anos. Um processo bastante autobiográfico. Tinha uma vontade muito grande de usar a música como minha principal expressão artística e fui coletando coisas que eu havia escrito para transformar em canções”, comenta à UBC a cantora, que é filha dos artistas plásticos Delson Uchôa e Eva Le Campion, cresceu num ateliê de pintura, estudou teatro e cursa História da Arte.

OUÇA MAIS | As dez faixas do disco

ubc.vc/Flora

J. VELLOSO, EXPERIMENTAL

O projeto J. Velloso e Recôncavo Experimental, que une o compositor, cantor e produtor e a banda, ambos de Santo Amaro (BA), soltou o terceiro single, “Iê, Saudade”. No trabalho, eles combinam elementos da música contemporânea e o samba chula (também conhecido como samba de roda), típico da região. “Sempre admirei a proposta do Recôncavo Experimental. Este projeto com eles propõe falar da tradição da minha terra de forma contextualizada, e isso muito me instiga. Nunca imaginei estar lidando com a tradição dessa forma tão particular como estamos fazendo, sem ferir a oralidade. É uma felicidade imensa falar sobre as coisas da nossa terra, através do som deles, tão visceral e atual”, comenta Velloso.

VEJA MAIS | O lyric video de “Iê, Saudade”

ubc.vc/Ie

JUBA: ETHOS E TRADIÇÃO

VEJA MAIS | O clipe de “Coco das Flores”

ubc.vc/Juba

O cantor e compositor pernambucano Juba lança em 13 de novembro seu primeiro álbum solo, “Ethos”. “É o conjunto do que ando fazendo durante os anos em que venho trabalhando com música. São 11 faixas que apresentam lados doces, ácidos, angustiados e alegres. ‘Ethos’ é para ser escutado com calma, é um disco para ser saboreado sem a pressa do relógio”, comenta o artista, filho de Alceu Valença, cujo trabalho é um amálgama de gêneros do Nordeste. O primeiro single, “Coco das Flores”, com participação de Viola Luz, mestre do coco de Olinda, e do guitarrista Paulo Rafael (Alceu Valença e Ave Sangria), já saiu. “A música conta com um naipe de cordas, violas sertanejas e a linha melódica que faz esses cantos de aboio, típicos do Nordeste. É uma mistura de muitas coisas”, define Juba.

BIA FERREIRA, FUTURISTA

Em comemoração ao primeiro aniversário do álbum “Igreja Lesbiteriana: o Chamado”, a cantora, compositora e multi-instrumentista Bia Ferreira lançou o clipe de “Boto Fé”, sua primeira faixa gravada em estúdio. O vídeo, de inspiração afrofuturista, mostra um futuro distópico em que os recursos naturais se esgotaram, e a Terra, que é comandada por robôs, foi tomada por lixo eletrônico. “Resolvi lançar o clipe dessa música neste momento porque foi só agora que eu tive condições financeiras para produzi-lo”, explica a cantora. “E acho que, neste momento do avanço do conservadorismo, dessa opressão religiosa, da teocracia, a gente precisa falar que a fé que a gente precisa ter é no ser humano, é na coletividade”, diz.

VEJA MAIS | O clipe de “Boto Fé”

ubc.vc/BiaF

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