Gerações Brasileiras - Guia Definitivo, por Volney Faustini

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VALTER CAMPANATO/ABR

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A cultura é a alma e a honra de qualquer nação, é a sede da alma e da honra da nação. Ariano Suassuna

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Sem determinar as gerações, não podemos saber com rigor o que ocorre hoje; porque não sabemos a quem lhe ocorre, em que grupo social está realmente inserido cada indivíduo. J ULIÁN M ARÍAS


[abertura] "O mundo se divide em dois grupos de pessoas: aquelas que acreditam que o mundo se divide em dois grupos de pessoas e às que assim não acreditam." Foi com essa afirmativa – evidentemente de efeito – que iniciei mais uma palestra sobre as nossas gerações. Segui complementando: "Sim, aqui no Brasil, para aqueles que acreditam temos por igual modo dois grupos. Há os que entendem que o fenômeno geracional está intimamente atrelado à Sociedade e cultura, e portanto algo local e nacional; e há aqueles que aceitam as denominações americanas e suas nebulosas e confusas explicações. Em qual desses grupos você está?" Administradores de sites de notícias, no afã de fornecer novos conteúdos para os internautas, tem promovido redatores à função de pseudoespecialistas. Não à toa, simplificam conceitos complexos e promovem prognósticos com forte viés e tremenda superficialidade. O tema geracional tem sido uma das vítimas preferidas de aventureiros travestidos de entendidos. Como predadores, caçam motivos, curiosidades e espantos, para elaborar artigos atraentes e bem embalados. O resultado é sabido: erros e falácias no que tange as gerações, que deságua em dúbias interpretações que mais desorientam que explicam. Lembro que para esmiuçar as gerações, é necessária uma boa dose de Sociologia, cuidadosa fundamentação histórica somada à uma consistente análise antropológica do nosso povo. Por igual modo importante, adotar metodologia consistente – que utilize instrumentos acessíveis na identificação de padrões para o objeto em estudo. Foi seguindo essa avenida em receituário que conclui As 16 Gerações Brasileiras (1683 a 2028) – De Onde Viemos e Para Onde Vamos, um profundo e detalhado estudo de nossa gente, em especial os mais jovens, transformado em livro. O presente Guia portanto é um resumo derivado dessa obra, que tem por objetivo clarear conceitos, apresentando as nossas gerações dentro do nosso contexto, e introduzir de maneira equilibrada e consolidada a proposta exclusiva que contempla o povo brasileiro. Boa leitura! Volney Faustini

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[Índice] 1. Introdução 2. O princípio 3. Cinco motivos para ser definitivo 4. A encruzilhada da vida 5. Os três fatores 6. A História e Gerações 7. Demografia Brasileira 8. Gerações Brasileiras 9. As dez gerações do passado 10. As seis gerações do presente 11. Enfrentar ou Rejeitar

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Nenhum homem pode pular seu próprio tempo, pois o espírito do seu tempo é também seu próprio espírito. HEGEL


[Introdução] A que geração pertenço? E o que isso significa para mim? Este questionamento, aparentemente trivial, tem um fundo existencial. Queremos compreender nossa identidade e obter respostas para as questões que nos perseguem na vida: saber de onde viemos, o que nos trouxe aqui e qual o sentido – individual ou coletivo – da nossa existência. Podemos e devemos enquadrar a percepção geracional no bojo de nossa busca. Não se pode escapar do lado social de nossa jornada. Afinal nenhum homem é uma ilha. Nos espelhamos no outro: seja o pai ou mãe, sejam irmãos e amigos, e em nossos filhos e descendentes. Ao olhar para as gerações que nos antecedem ou nos sucedem, achamos a nossa própria – e refletimos a seu respeito e assim compreendemos como a humanidade caminha. Família e prole; crianças e velhos; pais e avós; netos e bisnetos. O arco da vida é amplo. O meu arco principia nos nascimentos de minhas duas bisavós (às quais tive o privilégio de duradoura convivência), ainda no final do Século 19. E deverá terminar já entrando no Século 22, quando – assim Deus permitindo – meus netos completarem suas existências. O interesse no tema geracional portanto, é vital. E ganha ainda mais importância e interesse no contexto atual de um mundo em constante e contínua transformação. O ritmo das mudanças é frenético, inimaginável. Estamos na alvorada de grandes novidades trazidas pelo efeito exponencial dos avanços da tecnologia (também conhecido como Singularidade). A IA (inteligência artificial) subjaz como o grande e intenso desafio. E temos para nós como única e final solução enaltecer, distinguir e valorizar nossa humanidade. E é em seu seio que gerações nascem e vivem.

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[O princípio] O sentido de gerações é tão antigo como a Bíblia. Os primeiros relatos e considerações a respeito de genealogia e por consequência a preocupação geracional advém do Pentateuco (denominação dada aos primeiros cinco livros do Antigo Testamento). No relato bíblico, de acordo com estudos teológicos, o termo ganha sentido e preocupação em virtu-

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de da linhagem de Abrãao, sucedido por seu filho Isaque, e em seguida por Jacó e daí com seus doze filhos, reconhecidamente os patriarcas das 12 tribos de Israel. Em tempos mais recentes, temos o Sociólogo Karl Mannheim, acompanhado por Ortega y Gasset, JúlianMarías e Entralgo, como grandes teóricos a contribuírem para o estudo do chamado "problema das gerações". Já ao


final do Século 20, tivemos nos americanos Aquele flagrante se tornava icônico na cultuWilliam Strauss e Neil Howe os grandes pre- ra americana e repercutiu pelo mundo. cursores da compreensão geracional para a soAo iniciar a década de 1970, o Brasil vive ciedade moderna, dando foco à questão no sob estrita vigilância e restrita liberdade. Na contexto norte-americano. contra partida, aqui, é o AI-5 que se torna o Mas o tema e a articulação da identificação símbolo de uma era. Nossa música vivia das geracional data do Século 19. Ferrari, pensa- boas lembranças dos festivais televisivos, com dor social italiano chegou a elencar as gerações a Tropicália em ascensão, apesar de seus reiniciando nos primórdios da era Cristã, cata- presentantes maiores, Gilberto Gil e Caetalogando as personalidades da história ao lon- no Veloso estarem no exílio. go de quase dois milênios. A diferença entre os dois paUma geração vai-se, É possível, no entanto que o íses é clara. Foi com o pós guertema tenha ganho extraordiná- outra vem, mas a ra americano, que os mais de ria relevância a partir da déca- terra permanece seis milhões de soldados e prada de 1950, uma vez que os cos- para sempre. ças combatentes das diferentumes, hábitos e comporta- ECLESIASTES 1:4 tes Armas voltaram para casa mentos dos jovens ganham um e proporcionaram um mutirão desprendimento acima do padrão histórico. de casamentos. O período imediato é conheLembremos que o mundo de maneira inten- cido como o do 'baby boom' – ou seja de exsa, na primeira metade do século passado, foi plosão de bebês que nascem e crescem, fazenliteralmente chacoalhado por duas grandes do mudar o cenário urbano americano com guerras, sendo que esta última se encerra com a mobilidade em alta, os empreendimentos o advento atômico nuclear. E por causa dele, no entorno das cidades. A economia floreso mundo inteiro passa a viver debaixo do es- ce. O avanço industrial que alimentou motipectro apocalíptico da guerra fria. vos bélicos, seria usado para promover bem Os primeiros movimentos do rock-and-roll estar, facilidade e modernidade. Essa transfore a moda atrelada à juventude, sinalizaram mação toda se caracteriza como um fenômeque o rompimento seria mais intenso e radi- no tipicamente de classe média americano. cal. E contínuo. Vê-se em seguida o movimenJá no Brasil a nossa demografia seguia em ritto hippie, a proliferação da maconha, os ex- mo lento. O censo de 1950 contava 51.994.397 perimentos psicodélicos, o "faça amor, não brasileiros. Levaria ainda 65 anos para quafaça a guerra", o advento da pílula anticon- druplicar a população. Quando em 1970, checepcional, o ceticismo diante da guerra do gamos à Copa do México, cantávamos: noVietnã e a revolução social de maio de 68 na venta milhões em ação, todos juntos vamos... França. Uma somatória de símbolos exclusiNesse misto de euforia futebolística e revos e eminentemente de jovens. gime de exceção sobrevivemos os anos de Em 1969, ao amanhecer do terceiro dia do chumbo, assim como a inflação galopante. Ao festival de Woodstock, sobe ao palco o guitar- findar da década de 1980, já com a promulrista canhoto de 26 anos, Jimi Hendrix. Ves- gação de nossa última Constituinte, foi quantimentas, o cabelo, e seus adereços completa- do retomamos as eleições diretas para presivam a cena para uma performance eletrizan- dente. E assim nas décadas seguintes o Brate em sua guitarra branca a tocar em solo (apoi- sil adentraria em novo e exuberante período ado por bateria) o hino nacional americano. na sua história.

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[Por que definitivo?] Este guia se impõe em ser definitivo. Não se trata de bazófia. Desde 2012 temos sido cuidadosos em nosso processo, dedicando-nos a uma extensa e detalhada pesquisa, coletando e compilando, refletindo e descobrindo, para ao fim e ao cabo, concluirmos quais são as nossas 16 gerações brasileiras.Nossa proposta é original e tem sido única. Afinal, quando se trata dos diferentes grupos etários, sabemos que são merecedores de seus próprios nomes de batismo, a identificar história, contexto e sequência. Respeitar a história local é caso mais que pensado e concluído. Compreender o contexto e as particularidades locais, a influência da cultura, tradição e legados, fatores que compõem o todo de um povo e de uma nação. E por sequência, há que se 'buscar o início do novelo', puxando-o desde o passado até os dias dehoje. Ou seja as gerações do presente não nasceram do nada. Há no passado uma sequência de gerações predecessoras e antecedentes, que chegaram até o presente, e nos entregaram – a nós e as nossas gerações – ao mundo. Colocamos foco na tríade: História, contexto e sequência, com vistas a obter uma compreensão minimamente consistente. E a partir dela construir nossa heurística geracional. E que seja local, nacional, e brasileira. Elenco, portanto, os cinco motivos para situar nosso guia como um proposta definitiva. Motivo 1 – O Guia é definitivo por ser uma resposta à questão geracional, debaixo da demanda e da ótica brasileira; Motivo 2 – O Guia é definitivo no sentido de não ser uma adaptação. Recusamos terminologias prontas e impensadas, inconsistentes com a nossa realidade. Optamos por uma elaboração original do que é ser geração e brasileira; Motivo 3 – O Guia é definitivo por basear-se nos estudos que fundamentam a primeira obra original, contendo extensa e densa argumentação; Motivo 4 – O Guia é definitivo por se valer das premissas e métodos sociológicos – partindo da história e biografias, e aplicando nelas as diretrizes consistentes de análise e estudo. Motivo 5 – O Guia é definitivo por ser o primeiro de seu tipo, um Guia pioneiro.

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[Um Quengo]

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Uma das boas histórias da rica literatura de Cordel, entre as muitas produzidas por Leandro Gomes de Barros, está O Cavalo que Defecava Dinheiro. A narrativa é curiosa. De um lado um duque velho invejoso e de outro o compadre pobre que mora em suas terras em cantinho alugado. Aproveitando-se da ambição desmedida do seu senhorio, inventa a história de um cavalo que defecava dinheiro. O truque era baixo, e a prosa explica: Foi na venda e de lá trouxe Três moedas de cruzado Sem dizer nada a ninguém Para não ser censurado No fiofó do cavalo Foi o dinheiro guardado Sabendo que o 'velho rico' lhe faria oferta de compra, mas somente depois de inspecionar o dito fenômeno, o espertalhão leva o comprador obstinado a remexer as fezes frescas do seu pangaré. Eis que lá encontra três moedas de cruzado. O negócio foi imediatamente fechado. Narrada em sextilha – estrofes de seis versos, rimando a segunda, quarta e sexta – traz uma sequência de golpes aplicado sobre o velho ambicioso. Em cada um deles, ele se permite enganar. A artimanha do cavalo seria portanto, só a primeira. Cego em sua própria ganância, perde o discernimento e a boa razão. E é vencido pelo "quengo" – a criativa esperteza do não muito simplório compadre. O tema das gerações no Brasil e no mundo se tornou um "quengo" de proporções inimagináveis. A mesma febre que atingiu americanos e europeus encontrou guarida em nosso meio.E as explicações fáceis nos encantaram. Sem querer pensar, refletir ou perguntar, fomos levados por nosso comodismo, aceitando explicações rasas e limitadas.

O terreno era fértil. Tínhamos à nossa voltaum novo ser, um novo jovem. Esse ser-maravilha muito pode, muito faz diferente, muito nos assusta. Quando nos apresentaram a elaboração geracional como resposta, nossa reação primeira e natural foi aceita-la e nela despejar nosso espanto e incompreensão. E aí residiu nosso mais grave erro. Varremos a


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complexidade para debaixo do tapete, passamos pano na sofisticação, e tivemos olhos enviesados diante da realidade. Era mais fácil, e melhor, acomodarmos nossa angústia debaixo da sombra de um grande guarda-chuva denominado Millennials. E foi assim que nos encheram de platitudes e argumentos circulares. Porém, não de-

morou para que nossa desconfiança aumentasse, nos tornando céticos diante de conversas inconsistentes. QUENGO Substantivo masculino, que significa casca de coco, cuia, metade de um coco, cabeça, inteligência. Também é atribuído ao indivíduo astuto ou de grande esperteza. No caso da narrativa de Cordel tem o sentido de ser uma ideia, fruto de uma cabeça esperta, malandra e como consequência idealizou um golpe ou artimanha.


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[A convergência] No cerne da questão do presente fenômeno humano que arrebatou nossos jovens, reside a confluênciade três grandes vetores que suplantam qualquer explicação geracional. E exatamente por isso, precisamos de antemão colocar em suspenso qualquer descritivo – e negar as nomenclaturas de batismo – que aviltam os jovens toda vez que se aborda o tema das gerações. Esse descarte a priori virá em boa hora. Evitará a nefasta mistura que ofusca uma correta análise quando se trata da compreensão geracional. Peço que o prezado leitor não me leve a mal. Tenho estudado o tema das gerações há anos e sei (como também enfatizo) a sua importância nos diversos ambientes de múlticontemporaneidade, algo de extrema relevância para nos aproximar do futuro. Sou mais do que favorável à sua boa e correta compreensão (quais são as gerações, como se caracterizam, à qual pertenço?). Porém temos que caminhar devagar com o andor. Organizemos o pensamento antes de seguirmos. O que antecede a questão geracional (e à parte dela), são três fatores distintos. Temos sofrido um dano enorme, e isso é inconteste. Não vem ao caso agora, se foi por relapso, engano, pressa ou má fé. O fato é que misturaram alhos com bugalhos. Confundiram efeito com causa, e atribuíram causa a efeito. A desordem foi instaurada. Hora de reverter, colocar as coisas nos seus devidos lugares. E daí seguirmos em frente. Entendamos pois como a convergência acontece e quais são os três distintos fatores. O primeiro fator é a juventude. Todos nós já passamos por ela. Ou estamos nela. Sabemos bem como é ser jovem. Faz-se jovem na con-

testação, na rebeldia, no pensar autônomo, na busca de se provar independente. Mesmo que se precise de uma ajuda dos pais (parece que nessa idade a coerência não conta muito). É natural portanto esse distanciamento do status quo, com a autopromoção de caminhos alternativos, configurados em comportamentos e atitudes. A postura adotada tem que ser diferente – seja de confronto, isolamento, separação ou esquisitice. E os pais, ou os mais velhos, ou os representantes de autoridade, deverão por força da situação manter-se em posicionamento antagônico. É assim que se configura a juventude. Os jovens, na década de 1950 rebolaram (como nenhum outro jovem no passado), na década de 1970 deixaram o cabelo crescer (como nenhum outro jovem no passado), na década de 1990 experimentaram drogas (como nenhum outro jovem no passado). E agora, na entrada do Milênio escolheram simplesmente superar seus pais – como nenhum outro jovem no passado. Ao invés de adotar um caminho alternativo, os jovens optaram pelo confronto. Nada agressivo, de embate físico ou violência. Mas escolheram adentrar no território dominado pelos veteranos. E desafiá-los. Justamente nas áreas que lhe são mais caras: trabalho, carreira e acima de tudo família! Os jovens nos deram um drible tipo vaca louca, e entraram em nosso campo, apostando em nos superar. E para tanto, colocaram todas suas fichas na mesa de aposta. Eles dizem não à corrida do rato ("Correr atrás do queijo sem sair do lugar? Nunca!"); não ao desespero de poupar e imobilizar ("Vocês nos ensinaram a conquistar o mundo, e

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não ficarmos preso a um local."); não ao sentido de eternizar a carreira numa mesma empresa ("receber um relógio de ouro pelos 50 anos de bons serviços, pontualidade, e nenhuma? Está de brincadeira!?"). Eles dizem não à uma só carreira, à especialização desmedida, ao foco limitador. Eles dizem não à segurança e à acomodação. Na contrapartida somam cursos, adesão à ONGs, postura social mais intensa, mudar o mundo para melhor. Ir além da sua atividade profissional. Ir além da sua profissional atividade. E eles também dizem não ao formato e aos aspectos de família – no sentido do que vivenciaram por si e por seus amigos e amigas ("Ca-

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sar cedo, ter filhos cedo, separar cedo ... tudo muito cedo, vocês não acham?"). Essa forma diferente é o jeito que adotaram para superar os mais velhos, se revelam na opção de casar mais tarde, ter filhos mais tarde, e têlos em menor número. Optaram por um experimento que lhes permitam tranquilidade da vida a dois. E que se teste os gênios primeiro, antes de ter filhos. Afinal a facilidade e o modusda vida moderna permitem viver-se a dois sem papel assinado e sem formalidades. Essas características reveladas no esforço da juventude ao se diferenciar e superar seus mais velhos, podem ter reflexos indeléveis em suas vidas. Em alguns aspectos a oportuni-

dade passa e nem sempre retorna. A possibilidade de filhos, a energia, o desprendimento são exemplos do que pode ficar para trás. A pergunta que se faz agora – isso tudo é geracional? Não. Permanecerá quando forem mais velhos? Em parte sim, em parte não. Influenciará os jovens de amanhã? Certamente sim, porém sem possibilidade de se antecipar seus efeitos. Juventude é uma fase da vida que ninguém esquece. No meu caso, vi o Beatles subirem na parada de sucesso, assim como a Jovem Guarda. Vibrei com os festivais da canção. Assisti pela TV com uma turma de amigos, num domingo à tarde do ano de 1970, o Brasil conquistar o Tri. Pelé, Jairzinho, Rivelino, Tostão, Gerson, Carlos Alberto, Piazza, Clodoaldo, Everaldo, Brito e Félix. Brasil 4, Itália 1. Dois anos mais tarde, Emerson Fittipaldi conquistava a Fórmula 1. Tempos de repressão, de ficar esperto, de ter medo da polícia a ponto de querer chamar o ladrão. Tempos de bailinhos com bandas cover, calça boca de sino e cinto acima do umbigo. O Vietnã era longe, Cuba era nome de bebida e guerra fria tinha a ver com o inverno no hemisfério Norte. Éramos inocentes e não sabíamos. Como todos os jovens de acolá e do aqui e agora. Respeitar a juventude, sem impor-lhes carga e responsabilidade acima da medida é saudável e sábio. Entender que alguns valores se transformam, outros ficam mais arraigados e novos serão por igual modo absorvidos. Os jovens de hoje serão cidadãos maduros e seniores do amanhã. Como fomos ontem e hoje somos diferentes. Por isso, esses pontos reforçam nosso argumento. O fator juventude transcende a questão geracional! O segundo fator, igualmente convergente na questão e que transcende o enquadramen-


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to geracional, vem a ser natividade digital. Atrelada à assimilação da revolução digital que torna hoje possível transformar processos, informação e conhecimento em bits. O mundo que nos surpreender em sua rapidez tecnológica e com a amplitude de recursos, meios e possibilidades, já é novo normal para boa parcela da população. A própria sociedade ganha nova dimensão em poder, com características únicas. É descentralizado, independente e autônomo, instantâneo e abrangente. Foi com essa força, em situações únicas a pipocar pelo mundo que vimos as diferentes Primaveras – Africanas, Árabes, Latino Americanas e até uma de Wall Street. Ninguém escapou. Ainda recentemente o Brasil ficou rendido a um espetacular e perigoso estrangulamento de rodovias em um híbrido protesto – meio filho de greve e meio filho de lockout. O Brasil parou e o governo se viu de joelhos. Sim, senhoras e senhores, a sociedade em

rede é um vetor poderosíssimo e imprevisível. E ele se encontrou com a Juventude. Mas há ainda um terceiro fator de confluência. A pós modernidade é uma realidade de fundo nas diferentes culturas. O chamado mundo líquido, magistralmente descrito por ZygmuntBauman característico por termos em nós mesmos o poder de tornar tudo efêmero – as coisas, os sentimentos, os relacionamentos, as pessoas e a própria vida. Quando tudo evolui para o mundo do consumismo e das escolhas, até mesmo a identidade do indivíduo se torna produto de prateleira no supermercado da vida. O relativismo, diante da ausência de uma referência concreta e definidora, produz ausência de forma. Daí o batismo do estado das coisas – o líquido. Em uma esquina recente da história da humanidade, os três fatores se encontraram. E com poder explosivo de transformação, nos faz perder o chão, o Norte, a certeza, e o sono.


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[A História e Gerações] O estudo geracional traz um novo e fresco olhar para a história. Nos acostumamos a tê-la sob duas considerações básicas: os acontecimentos chaves, separados pelas datas e períodos de eventos, e os grandes personagens em seus protagonismos. Se considerarmos os grupos geracionais como ondas, representadas por uma disposição e caracterização geral, veremos que essa atuação em conjunto se dá subjacente ao desenrolar da história. Torna-se assim um importante terceiro fator de entendimento pois revela avenidas de assentamento cultural, político, institucional e social. Gerações – no sentido sociológico – busca a compreensão de uma persona que representa o Zeitgeist (o espírito do tempo) em que o grupo etário em formação para a vida, foi moldado e influenciado por adultos e agentes influenciadores da cultura e da sociedade. Karl Mannheim enfatiza que os "jovens que experienciam os mesmos problemas históricos concretos, pode-se dizer, fazem parte da mesma geração". A identificação dessa persona está intimamente vinculada à história. Em nosso estudo de referência retroagimos até o fim do século 17, com vistas a dar consistência às análises e à identificação de padrões. Para dar ao presente guia o seu formato compacto, reproduzimos a seguir parte desse processo, compartilhando a partir do período da transferência da corte portuguesa para o Brasil em 1808. Desse ponto em diante iremos percorrer de volta até os dias de hoje. É indiscutível que o processo pelo qual nosso país passou é tão exclusivo, como original.

E, por ser único, não deixaria de sê-lo por igual modo em se tratando de suas gerações. A recomendação que endossamos debaixo da rubrica deste tema é que se leve em consideração quatro colunas mestras: "Usar a história nativa, trabalhando causas e origens da formação do povo pela perspectiva geracional. Identificar nos coortes (aqui entendido no seu sentido sociológico: grupo etário que é impactado pelos eventos externos nos quais participa), perguntando sucessivamente, de onde vem, como se transformaram, como foram se transformando, e como se deixaram ser transformados? "Identificar padrão e similaridades nas biografias de protagonistas e personagens da história local, com vistas a formar uma heurística de compreensão geracional. É assim observada sequência e uma clivagem natural a separar os grupos em estudo. "Subir em ombros de gigantes: Comte, Weber, Ferrari, Mannheim, Ortega y Gasset, JulíaMarías, Entralgo, Strauss e Howe, Mead, Baumann, Castells, Shirky, e Reinghold – são exemplos iniciais. Há uma extensa bibliografia que joga luz e sopra clareza para a formação de uma pretendida doutrina geracional, ganhando relevância maior pela interface com a revolução digital. "Lançar mão de arquétipos elucidativos, que permitam casar com a metodologia de análise quaternária, respeitando um olhar cíclico para a história. Nesse sentido é importante testar e validar a dinâmica de relação com os demais grupos geracionais, sejam eles antecedentes ou subsequentes.

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[A demografia brasileira] Os dados demográficos são de extrema importância para entendermos como está o Brasil hoje e como o nosso futuro se desenha. Auxilia-nos a compreender o peso e a influência de cada grupo geracional. Serve de igual modo para o estabelecimento estratégico de políticas públicas e decisões que envolvam mercado, consumo e demandas. A divisão a seguir, definida como gráfico de pizza, refere-se a distribuição das gerações em números absolutos. A somatória das três gerações mais antigas representa 21,7% da nossa população, enquanto as três gerações mais novas (com a caçula ainda em formação) já se configura com 78,3%. Destaca-se a geração Globalizados como a mais populosa e re20

presentativa de nossa história. É praticamente certo que não haverá outra a suplantá-la. A tendência de crescimento populacional tendendo a zero, fará das demais gerações com igual período de intervalo a permanecer em patamares ligeiramente inferiores. No período em que debruçamos em estudo e pesquisa, tivemos a grata satisfação de aprender com os analistas do IBGE – tanto do escritório do Rio de Janeiro como em São Paulo. Em função do grande volume de dados, a demanda por séries históricas, o cuidado nas definições de projeção e os aspectos mais gerais de nossa análise, essa ajuda foi valiosa e imprescindível.


Já a representação abaixo refere-se à Pirâmide Etária – participação de Homens e Mulheres (base 2018) revelada por faixa de idade de 5 em 5 anos. Sua forma atual mostra a base se estreitando, num indicativo de que estamos tendo desde a virada do século, uma paulatina diminuição no índice de nascimentos. Essa constatação implica em um dos fatores a provocar o bônus demográfico – quando a população economicamente ativa é maior do que a soma de recém nascidos, crianças, adolescentes e aposentados. Um fenômeno com efeito extremamente positivo nas famílias, na economia e na gestão pública (vide destaque). Esse quadro igualmente apresenta o desafio que a ampliação da longevidade paulatinamente se impõe no cenário brasileiro. Essa reconfiguração traz complexas demandas e diferentes frestas de oportunidades. Na perspectiva social e de política pública, há que se dedicar em estudos mais aprofundados com vistas a novas proposituras de ação.

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[As Gerações Brasileiras]

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Para se chegar à identificação das dezesseis Gerações Brasileiras, foi necessário percorrer a nossa história desde meados do Século 17 até os dias atuais. Cada uma dessas gerações é distinta e única, e se compõem em sequência continuada. Cada geração ganha nomenclatura (ou nome de batismo próprio), acompanhando seu movimento característico ou preponderante, associado ao clima reinante da época. Assim, por exemplo a Geração Exploradores tem seu nome vinculado à grande ênfase exploratória da Colônia advinda da descoberta do ouro em Minas Gerais. Como deveria ser, as gerações mais antigas referem-se à vínculos com Portugal e o período Colonial, passando em seguida à transferência da corte, a independência, e ao Império. Cada uma das gerações traz enfim a perspectiva de definir e formar nossa sociedade e configuração como povo. Apresentamos a seguir em dois grupos: as dez gerações do passado e as seis gerações do presente.

AS 16 GERAÇÕES BRASILEIRAS GERAÇÃO 1

Exploradores

1683

1706

2

Indignados

1707

1729

3

Iluminados

1730

1752

4

Realeza

1753

1775

5

Novo Brasil

1776

1796

6

Monárquicos

1797

1818

7

Unificadores

1819

1840

8

Abolicionistas

1841

1861

9

Republicanos

1862

1881

10

Transformadores

1882

1904

11

Modernidade

1905

1927

12

Revolucionados

1928

1947

13

Bossa Nova

1948

1966

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Caras Pintadas

1967

1984

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Globalizados

1985

2006

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Emergentes*

2007

2028

* EM FORMAÇÃO – CLIVAGEM PROVISÓRIA


[As dez gerações do passado] GERAÇÃO EXPLORADORES NASCIDOS ENTRE 1683 A 1706

São protagonistas os portugueses que terão atuação preponderante ao longo de boa parte do Século 18. Recebem a influência da conquista do ouro da Colônia, e serão desafiados pelo grande terremoto de 1755 que destrói Lisboa. QUADRO 1 - EXEMPLOS DE REPRESENTANTES DA GERAÇÃO EXPLORADORES Maria Ana Josefa de Áustria-Rainha (1683-1754) Dom João V (casa de Bragança) - Rei (1689-1750) Sebastião José de Carvalho (Marquês de Pombal) – Ministro (1699-1782)

GERAÇÃO INDIGNADOS NASCIDOS ENTRE 1707 A 1729

Nascendo no início do Século 18, alcançam a idade adulta acompanhando a ganância arrecadadora da Coroa. São impactados pela grande emigração da mão obra para a Colônia. QUADRO 2 - EXEMPLOS DE REPRESENTANTES DA GERAÇÃO INDIGNADOS Marcos José de Noronha e Brito – Governador (1712-1768) José I – Rei (1714-1777) Pedro III – Consorte (1717-1786) Antônio Francisco Lisboa Aleijadinho-Escultor (1730-1814)

GERAÇÃO ILUMINADOS NASCIDOS ENTRE 1730 A 1752

Nascem antes do grande terremoto, e alcançam a idade adulta respirando os ventos da revolução Iluminista. Os sertões mineiros são igualmente influenciados por isso e pela Independência dos Estados Unidos. QUADRO 3 - EXEMPLOS DE REPRESENTANTES DA GERAÇÃO ILUMINADOS Francisca Chica da Silva de Oliveira -Ativista (1732-1796) D Maria I – Rainha (1734-1816) José Joaquim da Silva Xavier – Ativista (1746-1792)

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GERAÇÃO REALEZA NASCIDOS ENTRE 1753 A 1775

Chegam à idade adulta ao final do Século 18, revigorando o valor da Monarquia. Serão impactados pela ambição expansionista francesa, e pela necessidade da transferência da corte com a família real fugindo para o Brasil. QUADRO 4 - EXEMPLO DE REPRESENTANTES DA GERAÇÃO REALEZA Joaquim Silvério dos Reis – Ativista (1756-1819) José Bonifácio de Andrada e Silva – Político (1763-1838) José Joaquim Nabuco de Araújo – Senador (1764-1844) Dom João VI - Rei (1767-1826) Carlota Joaquina de Bourbon – Rainha (1775-1830)

GERAÇÃO NOVO BRASIL NASCIDOS ENTRE 1776 A 1796

Nascem ao final do Século 19 e se tornam adultos frente a um novo Brasil. Primeiro por receber a transferência da corte, e em seguida por sua independência e o Império implantado. QUADRO 5 - EXEMPLO DE REPRESENTANTES DA GERAÇÃO NOVO BRASIL

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Nicolau Pereira de Campos Vergueiro – Senador (1778-1859) Diogo Antônio Feijó – Regente (1784-1843) Francisco de Lima e Silva – Senador (1785-1837) Francisco de Paula Sousa e Melo – PCM (1791-1854) Pedro de Araújo Lima – Regente (1793-1870) José da Costa Carvalho – PCM (1796-1860)

GERAÇÃO MONÁRQUICOS NASCIDOS ENTRE 1797 A 1818

Nascem, praticamente todos, no princípio do Século 19, com a grande maioria de seus representantes se identificando como brasileiros. Na fase adulta se consolidam no Brasil Monárquico, participando de toda a vida do Império. QUADRO 6 - EXEMPLO DE REPRESENTANTES DA GERAÇÃO MONÁRQUICOS Domitila de Castro Canto e Melo – Cortesã (1797-1867) Maria Tereza Leopoldina – Imperatriz (1797-1826) D Pedro I – Imperador (1797-1834) Luís Alves de Lima e Silva – Duque de Caxias (1803-1880) Amélia Augusta de Napoleão – Monarca (1812-1873) Irineu Evangelista de Souza – Empreendedor (1813-1889)

GERAÇÃO UNIFICADORES NASCIDOS ENTRE 1819 A 1840

Nascem no Brasil independente, e como adultos terão sob si a responsabilidade de unificar o nosso imenso território. Na senioridade participarão da mudança de regime.


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QUADRO 7 - EXEMPLO DE REPRESENTANTES DA GERAÇÃO UNIFICADORES Teresa Cristina de Bourbon – Monarca (1822-1889) D Pedro II – Imperador (1825-1891) Deodoro da Fonseca – Presidente (1827-1892) Floriano Vieira Peixoto – Presidente (1839-1895) Machado de Assis-Escritor (1839-1908)

GERAÇÃO ABOLICIONISTAS ASCIDOS ENTRE 1841 A 1861

Nascem debaixo do segundo Império, conhecendo Pedro II como Imperador, ao se tornarem adultos. Participarão dos importantes eventos a definir o Brasil moderno: a Abolição e a Proclamação da República. QUADRO 8 - EXEMPLO DE REPRESENTANTES DA GERAÇÃO ABOLICIONISTAS Prudente José de Morais e Barros - Presidente (1841-1902) Gastão de Orléans – Conde d'Eu - Monarca (1842-1922) Manuel Ferraz de Campos Sales - Presidente (1845-1913) Isabel de Bragança e Bourbon - Princesa (1846-1921) Afonso Augusto Moreira Pena - Presidente (1847-1909) Francisco Paula Rodrigues Alves - Presidente (1848-1919) Rui Barbosa de Oliveira - Político (1849-1923) Hermes Rodrigues da Fonseca - Presidente (1855-1923)


GERAÇÃO REPUBLICANOS NASCIDOS ENTRE 1862 A 1881

Nascem ao longo da Guerra do Paraguai e ao final do Império. Como adultos participarão da República e do esforço de se realizar a modernização e inserção do Brasil no mundo. QUADRO 9 - EXEMPLO DE REPRESENTANTES DA GERAÇÃO REPUBLICANOS

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Júlio César Ferreira de Mesquita - Empreendedor (1862-1927) Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa - Presidente (1865-1942) Euclides da Cunha - Escritor (1866-1909) Nilo Procópio Peçanha - Presidente (1867-1928) Delfim Moreira da Costa Ribeiro - Presidente (1868-1920) Venceslau Brás Pereira Gomes - Presidente (1868-1966) Washington Luis Pereira de Sousa - Presidente (1869-1957) Alberto Santos Dumont - Empreendedor (1873-1932) Artur da Silva Bernardes - Presidente (1875-1955)

GERAÇÃO TRANSFORMADORES NASCIDOS ENTRE 1882 A 1904

Nascem ao final do Século 19 e adentram como adultos no Brasil republicano, tendo por desafio realizar a transformação do país. Getúlio Vargas inicia seu termo como presidente em 1930 e Costa e Silva termina o seu termo, 39 anos depois. QUADRO 10 - EXEMPLO DE REPRESENTANTES DA GERAÇÃO TRANSFORMADORES Getúlio Vargas - Presidente (1882-1954) Eurico Gaspar Dutra - Presidente (1883-1974) José Linhares - Presidente (1886-1957) Carlos Luz - Presidente (1894-1961) Castelo Branco - Presidente (1897-1967) Costa e Silva - Presidente (1899-1969) João Fernandes Campos Café Filho - Presidente (1899-1970) Juscelino Kubistchek - Presidente (1902-1976)


Platitudes e estigma Aproveitando-se de complexidade que a confluência de gerações promove, acentuando-se quando da presença dos mais jovens, especialistas tem escrito muito e explicado pouco. O estigma da juventude está mais para uma projeção de defesa dos adultos do que um projeto efetivo de crescimento, amadurecimento e integração. Através do sistema inteligente de monitoramento diário do Google Alerts, coletamos nos últimos anos, milhares de postagens e artigos na web contendo termos vinculado ao tema geracional. Infelizmente as mais comuns descrições dos jovens não passam de platitudes. Uma verdadeira salabórdia insossa e rasa. Atenção: esta lista é ilustrativa de erros perpetuados em análises, servindo tão somente como um alerta ao leitor para não aceitar esse tipo de descritivo:

OS JOVENS, AS GERAÇÕES MAIS JOVENS... • Não sabem lidar com frustrações • São frágeis • Só por existir creem que são merecedores do mundo • São imaturos e atrapalham • A adolescência está ampliada • Não se sujeitam a tarefas subalternas de início de carreira • Estão sempre conectados, vivem em redes de relacionamento virtual • Querem fazer sucesso antes dos 30 • São ambiciosos • Não estão prontos para a pressão do mundo corporativo

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[As seis gerações do presente] Hoje convivem entre si seis diferentes gerações. A mais antiga com o escopo de idade de 90 anos para mais. E a mais nova, em formação – no presente com idades entre recém nascidos e 10 anos.

AS GERAÇÕES CONTEMPORÂNEAS GERAÇÃO BRASILEIRA

IDADE*

POPULAÇÃO

11

Modernidade (1905-1927)

90 +

677.749

12

Revolucionados (1928-1947)

70 a 89

11.302.200

13

Bossa Nova (1948-1966)

51 a 69

33.437.791

14

Caras Pintadas (1967-1984)

33 a 50

53.606.877

15

Globalizados (1985-2006)

11 a 32

74.194.100

16

Emergentes** (2007-2028)

0 a 10

35.749.968

População total

208.968.704

* Considerado na virada de 2017 para 2018 – Fonte IBGE ** Em formação

GERAÇÃO MODERNIDADE NASCIDOS ENTRE 1905 A 1927

Nascem debaixo de um período intenso e com fortes paradoxos: as conquistas e os progressos contrastando com as guerras e crises mundiais. Vivenciam o início do experimento republicano, e a ditadura Vargas. Olham para o futuro e imaginando como o Brasil pode ser grandioso. Atuarão em busca desse projeto maior. Debaixo da sua liderança o país se fortalece na concepção de nação, ajudando a formar um positivo sentimento de pátria. São eminentemente visionários. QUADRO 11 – EXEMPLOS DE REPRESENTANTES DA GERAÇÃO MODERNIDADE Dercy Gonçalves (1907-2008) Ernesto Geisel (1907-1996) Tancredo Neves (1910-1985 ) Carmem Prudente (1911-2001) Irmã Dulce (1914-1992) Lina Bo Bardi (1914-1992) Ulisses Guimarães (1916-1992 ) Jânio Quadros (1917-1992) João Goulart (1919-1976) Clarice Lispector (1920-1977) Leonel Brizola (1922-2004) Lygia Fagundes Telles (1923- ) Rubem Fonseca (1925- ) Antonio Delfim Neto (1928- )

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GERAÇÃO REVOLUCIONADOS NASCIDOS ENTRE 1928 A 1947

Nascem e são influenciados pelos sucessivos movimentos de revolta e revolução interna. A grande guerra impacta suas infâncias (os de primeira onda), crescem e se tornam adultos em meio a momentos de conflitos ideológicos antagônicos. Entram no protagonismo em fins de fase adulta já madura, atuando no fim da crise e início de período de ascensão. À frente da nação assumem o poder e permanecem nos últimos 34 anos (exceção de Collor). São implacáveis e determinados. E querem continuar à frente das demais gerações. QUADRO 12 – EXEMPLOS DE REPRESENTANTES DA GERAÇÃO REVOLUCIONADOS Fernanda Montenegro (1929- ) Hilda Hilst (1930-2004) Zilda Arns Neumann (1930-2008) Mário Covas Junior (1930-2001) Itamar Franco (1930-2011) José Sarney (1930- ) Fernando Henrique Cardoso (1931- ) Michel Temer (1940- ) Elis Regina (1945-1982)

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Luís Inácio Lula da Silva (1945- ) Dilma Rousseff (1947- )

GERAÇÃO BOSSA NOVA NASCIDOS ENTRE 1948 A 1966

Assim como a música da época em que nascem e crescem, há um ritmo a destoar das gerações que a antecedem. O país vive em meio a nostalgia e encanto. Recebem o impacto das agruras da ditadura e vão experimentar os ares da democracia já bem adultos. Aprenderam a trabalhar em grupo, compreendem o sentido de sacrifícios pessoais. São cooperativos e se preocupam com o bem comum. São altruístas valorizando o bem comum acima de outros valores. QUADRO 13 – EXEMPLOS DE REPRESENTANTES DA GERAÇÃO BOSSA NOVA Ricardo Lewandowski (1948- ) Fernando Collor de Melo (1949- ) Geraldo Alckmin (1952- ) Gilmar Mendes (1955- ) Renan Calheiros (1955- ) Aécio Neves (1960- ) Glória Perez (1948- ) Rosa Maria Rosa (1948- ) Carmem Lúcia Rocha (1955- ) Marina Silva (1958- ) Raquel Dodge (1961- ) Gleisi Hoffmann (1965- )


GERAÇÃO CARAS PINTADAS NASCIDOS ENTRE 1967 A 1984

Nascem e crescem em plena ditadura militar. Recebem esse nome por terem sido responsáveis pelo movimento de impeachment de Collor. São pragmáticos diante dos desafios do cotidiano. Se despertam para exercer protagonismo ainda cedo em suas vidas. Estão sempre imbuídos de responsabilidade por finalizar a tarefa dada. Estão cientes de que o momento presente é de mudanças radicais, que afetarão mais novos e mais velhos. QUADRO 14 – EXEMPLOS DE REPRESENTANTES DOS CARAS PINTADAS Lindbergh Faria (1969- ) Luciano Huck (1971- ) Marcelo Odebrecht (1968- ) Sérgio Fernando Moro (1972- ) DeltanDallagnol (1980- ) Rodrigo Maia (1970- ) Fernanda Young (1970- ) Luciana Genro (1971- ) Janaina Paschoal (1975- ) Gisele Bündchen (1980- ) Manuela D'Ávilla (1981- ) Marcela Temer (1983- )

GERAÇÃO GLOBALIZADOS NASCIDOS ENTRE 1985 A 2006

Nascem e crescem sob a égide de uma nova Constituição e um processo consolidado de redemocratização. São ligados à globalização, daí ganham a denominação. São todos nativos digitais. Olham para o mundo com otimismo e coragem. Se expressam com facilidade. Sabem melhor o que não querem do que o que realmente desejam. Olham para o futuro pela perspectiva do que poderão construir e desenvolver para si e para seus descendentes. Representam a maior geração de nossa história em números absolutos, credenciando-se assim a desempenhar papel definidor em todo o processo democrático e eleitoral. Seus mais jovens membros alcançam idade eleitoral em 2022. QUADRO 15 – EXEMPLOS DE REPRESENTANTES DOS GLOBALIZADOS Gregório Duvivier (1986- ) Fiuk (1990- ) Luan Santana (1991- ) Neymar (1992- ) Gabriel Medina (1993- ) René Silva (1993- ) Andréia Sadi (1987- ) Nina Cappello (1990- ) Sophia Abrahão (1991- ) KéferaBuchmann (1993- ) Bruna Marquezine (1995- ) Maisa da Silva Andrade (2002- )

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GERAÇÃO EMERGENTE NASCIDOS A PARTIR DE 2007 A 2028

Nascem e crescem no tempo presente e tem a data limite para sua clivagem estimada em 2028. Receberão a herança de um Brasil que busca ainda se definir como nação e todos os desafios atrelados nesse esforço de construção e identidade. Será a segunda maior geração em números absolutos. Por ser uma geração em formação, não há como antecipar protagonistas de destaque.

PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE AS GERAÇÕES BRASILEIRAS E AMERICANAS BRASILEIRA

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AMERICANA

Nome (anos)

Modernidade (1905-27)

GI (1901-1924)

Arquétipo

Profeta

Herói

Impacto

Revoluções Internas

Segunda Grande Guerra

Marca

Organizar e prosperar

Conquistar e usufruir

Nome (anos)

Revolucionados (1928-47)

Silent (1925-1942)

Arquétipo

Nômade

Artista

Impacto

Democracia fragilizada

Nação em construção

Marca

Classe média como meta

Usufruir da classe média

Nome (anos)

Bossa Nova (1948-66)

Babyboomers (1943-60)

Arquétipo

Herói

Profeta

Impacto

Repressão e MPB

Guerra do Vietnã e Liberdade Civil

Marca

União nacional e direitos constitucionais

Guerra cultural e polarização

Nome (anos)

Caras Pintadas (1967-84)

X / 13th (1961-81)

Arquétipo

Artista

Nômade

Impacto

Constituição e Eleições diretas

Anos Reagan de prosperidade

Marca

Democracia e Direitos

Descrédito institucional

Nome (anos)

Globalizados (1985-06)

Millennials (1982-04)

Arquétipo

Profeta

Herói

Impacto

Bolsa Família, FIES e Pró Uni

Setembro 11 e Guerra ao Terrorismo

Marca

Ética e cidadania

Pragmatismo e egoísmo


[Enfrentar ou rejeitar?] O tema geracional veio para ficar. Em capas de revistas, extensas reportagens, destaques na Mídia, assunto nas conversas familiares, incluído em pautas de reuniões empresariais. Éa prioridade dos Recursos Humanos. Ultrapassa o mercado e preocupa políticos e governantes. Escolas, educadores e professores sentem na pele o desafio diário. E os pais se encontram 'nervosos à beira de um ataque de nervos'. Há sem dúvida algo de bem diferente nas gerações mais novas. E toda essa estranheza e preocupação deve se transformar numa agenda séria de estudos, pesquisas, contribuições e análises. O processo colaborativo deve estar em alta. E a urgência deve imperar.

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[Axiomas Geracionais] A boa compreensão da teoria geracional valoriza a perspectiva de individualidade. Auxilia por igual modo ao dar visão equilibrada, a noção de cidadania, origem e identidade. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.

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Não existe geração universal ou globalizada; As Gerações são localizadas em um contexto de cultura, identidade e história; As Gerações são melhor compreendidas no paralelo de eras da história; As Gerações tem sequência e conexão – são como ondas que se perpetuam, se misturam e se conectam; Deve-se retroceder na busca da conexão do passado avaliando identidade e massa crítica na história e nos perfis de protagonistas; A vida pode ser dividida em 4 fases distintas: infância e juventude, adulta, madura e senioridade; Dada a extensão da longevidade dos tempos modernos, temos uma quinta fase cada vez mais presente no seio familiar – a pós-senioridade;


8. 9. 10. 11. 12. 13. 14.

15. 16. 17.

18.

19.

20.

O intervalo de abrangência para definir o grupo geracional, é similar à duração de uma fase da vida, ou seja ao redor de 21 anos; Considerar a história em ciclo é importante facilitador de compreensão e enquadramento para definição do Arquétipo geracional; O ciclo compreende quatro fases ou inflexões: Ascensão, Apogeu, Queda e Crise; Diferente das gerações, cada era histórica tem seu ano de corte vinculado à uma mudança institucional ou a profundo fato histórico; O intervalo de uma era histórica, segue padrão semelhante ao de uma fase da vida ou seja ao redor de 21 anos; A análise quaternária se mostra como a mais adequada para a compreensão do fenômeno geracional; A metodologia elaborada e utilizada pelos autores Strauss e Howe (referência para os estudos geracionais contemporâneos), se mostra como a mais adequada para identificar as gerações de uma cultura; As Gerações são melhor compreendidas com a projeção dos arquétipos recorrentes: Profeta, Nômade, Herói, Artista; A clivagem é feita obedecendo os critérios de padrão quaternário, encaixe de grupos e eras, com atrelamento da projeção de arquétipo correspondente; Na identificação da persona geracional deve-se levar em conta o zeitgeist vinculado à fase da juventude de seus representantes, caracterizando a projeção do arquétipo, em manifestações mais amplas e e gerais; Há que se separar os três fatores convergentes que fazem o jovem de hoje se apresentar com comportamentos, valores e atitudes imprevisíveis. Os fatores são: (1) juventude, (2) transformação advinda da revolução digital (e da Sociedade em rede), (3) fenômeno da efemeridade do mundo líquido (a própria pós-modernidade) identificado em qualquer análise de grupo sociológico – seja etário, regional ou de tribo O fenômeno da natividade digital configura um divisor de águas para o processo geracional, sem no entanto estar apropriado à uma única geração. Será natural e indistinto quando as gerações consideradas imigrantes digitais der lugar aos nativos. A nossa geração Emergente, nascendo a partir do início deste século e ainda em formação (à semelhança das gerações de diferentes localidades do Planeta), se configura como a última de seu tipo. A sua sucessora será a primeira totalmente desvinculada como o mundo atual, experimentando o novo mundo que está se formando e despontando nas próximas décadas.

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"Que amanhã vou deixar para meus filhos?" é uma pergunta errada. Esse amanhã já está razoavelmente delineado. Pela primeira vez na história dahumanidade, há um conjunto de inovações trazidas pelo tremendo avanço científico e tecnológico, redefinirá o mundo de maneira radical e exponencial. Essa mudança – uma nova realidade – que chega logo mais, ali na esquina, é inexorável. Já está posta. Favas contadas. Não há como mudá-la. Já os nosso filhos e netos demandam um preparo especial – exclusivo em forma, e original em conteúdo. Daí que a pergunta mais que adequada e premente é: "Que filhos vou deixar para o amanhã?" Esse é nosso maior e mais destacado desafio.

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[O Futuro do Trabalho]

As diferenças geracionais são simples e obser váveis. observáveis. Mesmo em faixas de idade muito próximas, quando dois indivíduos de diferentes gerações se encontram, há diferentes percepções, reações e valores entre ambos. Um dos maiores desafios da humanidade para os dias de hoje, em especial aqui no Brasil para as gerações Caras Pintadas e Globalizados, está na radical transfor mação da demanda de trabalho, com transformação profundos desdobramentos na empregabilidade, na qualificação universitária e técnica, e nas car reiras. carreiras. Estar sintonizado à essa quase imperceptível, po po-rém ine xorável mudança é necessário para a sobreinex orém não é suficiente. P or vivência profissional. P Por Porém igual modo é vital que se adeque em preparação, capacitação e sociabilização – dando ênfase para realçar as qualidades e atributos da humanidade do indivíduo. Com plena certeza este foco é urgente para essas duas Gerações, e será de grande importância para os da geração Emergente. Impossíveis de serem replicados por máquina ou pela IA, estes são alguns dos traços de humanidade em ascensão de demanda desde os dias de hoje e para as décadas futuras: Ética, P ersuasão, Bondade, Criatividade, Empatia, Persuasão, Amor Amor,, Compaixão, Significado, Respeito, Alegria, Humor ontade, P aciência, ExpePaciência, Humor,, Ser Ser,, Deliberação, V Vontade, riência, Intuição, Sistêmico, Fé, Sonho, Insight, Er Er-ros, L ealdade, A caso, Sentido, Emoção, Disciplina, Lealdade, Acaso, Fidelidade, Mistério, Self Self,, Mansidão, Crenças.

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Não há geração melhor ou mais importante. A interdependência é vital. Sim,no fundo somos todos um só povo. É imperiosa a promoção de um esforço de compreensão, com diálogos empáticos e constr ução de sínteses. P rimeiro respeiconstrução Primeiro tando nossas características de cultura, sociedade e identidade. E depois enquadrando em nosso conte xto, com seus contexto, imensos desafios sociais, políticos e econômicos. Na grande convivência e no potencial de cada geração encontraremos chão comum para um esforço coordenado a gerar sinergia. E assim ao final e ao cabo constr uiremos um país construiremos melhor melhor,, uma sociedade melhor melhor,, um mundo melhor melhor,, um ama-

[Bônus Demográfico] 40

Refere-se à janela de oportunidade encontrada em um período em que há um fenômeno positivo para a economia, com positivo efeito para toda a população. T rata-se de uma conTrata-se figuração das faixas etárias em que o total da população eco eco-nomicamente ativa é maior do a inativa. Na soma dos indivíduos economicamente inativos, inclui-se pelo lado dos mais velhos os aposentados e os idosos. P elo lado dos mais jovens, Pelo soma-se os recém nascidos, as crianças e os jovens que ainda não entraram no mercado de trabalho. Os demógrafos situam o período dessa janela entre meados dos anos 2010 e início dos anos 2030 – ou seja algo em tor no de duas décadas. P otencialmente o pico da melhor contorno Potencialmente dição do dividendo demográfico (momento para se resgatar essa vantagem) estará possivelmente nos anos de 2022 e 2023. Há dois importantes fatores que transcendem a questão etária e que podem ampliar ou diminuir o período de aproveitamento do bônus. O primeiro trata-se da condição dos trabalhadores em idade de aposentadoria com saúde e intenção de se manterem economicamente ativos. O outro fator está vinculado à demanda por capacitação e qualificação do profissional para que ele se mantenha empregado. Aos gover nantes e legisladores cabe uma boa dose de resgovernantes ponsabilidade para conduzir o país em condições tais que a população possa usufr uir e colher os bons fr utos dessa feliz usufruir frutos circunstância demográfica.


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Bibliografia básica referencial para o estudo das gerações SOCIOLOGIA E GERAÇÕES A Construção Social da Realidade – Peter Berger e Thomas Luckmann De geração a geração – S. N. Eisenstadt El Método Histórico de las Geraciones – JúlianMarías Essayson the Sociology of Knowledge – Karl Mannheim Generations, the History of America's Future – William Strauss e Neil Howe Las Geraciones em la Historia – Pedro LaínEntralgo Millennials Rising – Neil Howe e William Strauss O Conflito de Gerações – Margaret Mead O Problema das Gerações – Karl Mannheim Perspectivas Sociológicas – Peter Berger Teoria del Periodici Politici – GiusepeFerrari The Fourth Turning – William Strauss e Neil Howed

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HISTÓRIA DO BRASIL E PORTUGAL 1808 – Laurentino Gomes 1822 – Laurentino Gomes 1889 – Laurentino Gomes A longa Viagem da Biblioteca dos Reis – Lilia Moritz Schwarcz A Revolução de 30 – Boris Fausto As Barbas do Imperador – Lilia Moritz Schwarcz Chocolates, Piratas e Outro Malandros – Kenneth Maxwel De Castelo a Tancredo – Thomas Skidmore De Getúlio a Castelo – Thomas Skidmore Dicionário Biográfico Ilustrado de Personalidades da História do Brasil – George Ermakoff Dicionário Mulheres do Brasil – Maria Aparecida Schumaher e Érico Teixeira Vital Brazil Ditadura (5 volumes) – ElioGaspari Getúlio (3 volumes) – Lira Neto Guerra do Paraguai – Luiz Octavio de Lima Uma breve História do Brasil – Mary del Priore e Renato Venancio COMPREENSÃO BRASILEIRA A Construção da ordem – José Murilo de Carvalho A História Militar do Brasil – Nelson Werneck Sodré Casa-Grande & Senzala – Gilberto Freyre Formação do Brasil Contemporâneo – Caio Prado Jr. Formação Econômica do Brasil – Celso Furtado História Social do Brasil (3 volumes) – Pedro Calmon O futebol explica o Brasil – Marcos Guterman Os Donos do Poder – Raymundo Faoro Pensadores que Inventaram o Brasil – Fernando Henrique Cardoso Raízes do Brasil – Sérgio Buarque de Holanda Teatro das Sombras – José Murilo de Carvalho OBSERVAÇÃO Esta lista não é exaustiva e não representa todas as fontes da bibliografia da obra maior denominada As 16 Gerações Brasileiras. Conheça mais sobre as Gerações Brasileiras: www.geracoesbrasileiras.com.br Conheça o programa de preparo dos jovens para o futuro: www.faustini.com.br Para contato com o autor: volney@faustini.com.br


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VOLNEY FAUSTINI É Futurista Social e Evangelista Chefe do Conceito das Gerações Brasileiras. Realizou a mais extensa pesquisa voltada para o tema geracional, com amplo respaldo bibliográfico, estudos da Sociologia e da História, sustentado pela análise de 2.800 biografias. É autor e palestrante. Sua atuação empreendedora e executiva abrange Educação, Treinamento e Capacitação, Processos inovadores, Tecnologia e Liderança. O presente guia é derivado de sua mais recente obra As 16 Gerações Brasileiras (1683 a 2028) –De Onde Viemos e Para Onde Vamos. O autor mantém dois canais no YouTube: VolneyFaustini e Escola de Gerações. Você pode se conectar com o autor via LinkedIn em www.linkedin.com/in/ volneyfaustini


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O Guia Definitivo das Gerações Brasileiras está sendo distribuído gratuitamente debaixo da licença Creative Commons – na modalidade BY, NC e ND. O download em seu inteiro teor é feito gratuitamente. Créditos devem ser mantidos para o autor. Seu conteúdo não podeser comercializado, nem ter o seu teor alterado.


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