informa Ana Paula Vieira
INFORMATIVO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO • 9/dez a 23/dez de 2019 | nº 552
Colégio Eleitoral indica Ethel Maciel para a reitoria
Os 71 conselheiros, representando os três segmentos acadêmicos, participaram da votação
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Colégio Eleitoral da Ufes composto pelos membros dos conselhos Universitário; de Ensino, Pesquisa e Extensão; e de Curadores - definiu, no dia 5 de dezembro, a lista tríplice com os nomes dos professores indicados aos cargos de reitor e vice-reitor para o quadriênio 2020-2024. A professora Ethel Maciel, com 26 votos, recebeu a maior votação. Na sequência, os professores Paulo Vargas e Rogério Faleiros foram os mais votados, recebendo 16 votos, cada um. Assim, a lista tríplice a ser encaminhada ao Ministério da Educação é composta pelos professores Ethel Maciel, em primeiro lugar; Paulo Vargas, em segundo (o critério de desempate foi o maior tempo de serviço na instituição); e Rogério Faleiros.
Johanna Honorato
Também foram votadas as professoras Gláucia Abreu (12 votos) e Surama Freitas (um voto). Ao final, foram totalizados 71 votos, o que significa que todos os conselheiros participaram da votação. Na escolha dos nomes para o cargo de vice-reitor, foi aprovado, por maioria, o nome do professor Roney Pignaton da Silva, que obteve 30 votos. Em seguida, os mais votados foram os professores Gustavo Forde (16 votos) e Cláudia Gontijo (13 votos). O professor Alvim Borges alcançou nove votos e o professor Marcelo Suzart não recebeu votos. Houve ainda três votos em branco. A votação foi secreta e uninominal, ou seja, cada integrante do Colégio Eleitoral votou em um candidato a reitor e, separadamente, em um candidato a vice-reitor. A lista trípli-
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A maioria de votos obtida no Colégio Eleitoral pela professora do Departamento de Enfermagem (CCS) e atual vice-reitora da Ufes, Ethel Maciel, e pelo professor do Departamento de Computação Eletrônica (Ceunes) Roney Pignaton, confirmou o resultado da consulta informal à comunidade universitária, realizada no dia 6 de novembro. Na ocasião, a chapa composta pelos dois professores foi a vencedora, com 67,5% dos votos válidos.
ce para o cargo de reitor será encaminhada ao Ministério da Educação para posterior nomeação pela Presidência da República. Legalidade - A sessão conjunta foi presidida pelo reitor Reinaldo Centoducatte, que destacou a legalidade do processo: “A Ufes seguiu estritamente o que preconiza a lei para elaboração da lista tríplice, o decreto que a regulamenta, a instrução normativa e o regimento da Universidade”. O reitor reforçou que a consulta feita à comunidade acadêmica no dia 6 de novembro não foi vinculante: “Acreditamos que os conselheiros tenham se sensibilizado com o que foi expresso pela comunidade universitária e referenciaram essa escolha, o que é uma prática histórica da nossa instituição. Esperamos que a escolha (do Governo Federal) seja a mesma que a Universidade fez na consulta e que o Colégio indicou como primeiro nome: o da professora Ethel”. Primeira mulher - A votação do Colégio Eleitoral marcou a primeira vez em que uma professora é escolhida para ocupar a reitoria da Ufes. A professora Ethel Maciel, atual vice-reitora, comemorou a vitória: “Este é um momento histórico, onde sou a primeira mulher eleita em 65 anos! Esse momento é de celebrar e agradecer a todos pela confiança. Ter o reconhecimento de parte significativa da comunidade foi muito importante para mim”.
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foto do leitor Este espaço está aberto para a publicação de fotos sobre a Ufes, produzidas por você, leitor. A imagem deve ter alta resolução e formato horizontal. O envio pode ser feito para o e-mail fotodoleitor@ufes.br. Na mensagem, é importante informar o local onde foi registrada a imagem, o nome do autor, sua relação com a Ufes (se estudante, técnico-administrativo, professor ou funcionário de empresa terceirizada) e telefone para contato. A cada edição, uma foto será selecionada para publicação. O servidor Aidran Tybel registrou o fim de expediente no Ceunes. Para ele, a Ufes é “imponente, brilhante e encantadora”, assim como o pôr do sol capturado na imagem.
agenda acadêmica I Simpósio Espírito-Santense de Ciências no Futebol Datas: 13 e 14 de dezembro Local: Auditório do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) Realização: CEFD, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes) e da Federação de Futebol do Espírito Santo Informações: cefd.ufes.br Oficina de Ritmos Africanos: yorubá e burundi, suas danças e ancestralidade; e Oficina de Maracatu de Baque Virado Data: 14 de dezembro, às 9 horas (ritmos
africanos) e às 14 horas (maracatu) Local: Palácio Sônia Cabral Realização: projeto de extensão Sons e Saberes Informações: facebook.com/arakorin; perfil no Instagram: @arakorin.ufes
4º edição brasileira do concurso de comunicação científica FameLab Data: inscrições até 31 de janeiro de 2020 Inscrição: britishcouncil.org.br/famelab Realização: British Council Informações: britishcouncil.org.br/famelab
Aniversário de 6 anos do grupo Arakorín e de 1 ano do Maracatu Santa Maria Data: 14 de dezembro, às 19 horas Local: Museu Capixaba do Negro Realização: projeto de extensão Sons e Saberes Informações: facebook.com/arakorin; perfil no Instagram: @arakorin.ufes.
Processo seletivo de incubação do Espaço Empreendedor Data: inscrições até 7 de fevereiro de 2020 Inscrição: proreitor.prppg@ufes.br Realização: Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) Informações: Edital 01/2019, publicado em prppg.ufes.br
Sugestões de pauta: 4009-2383, 4009-2203, 4009-2204 ou jornalismo.supecc@ufes.br / Edição digital disponível em: comunicacao.ufes.br/edições-2019 UFES - Universidade Federal do Espírito Santo Reitor: Reinaldo Centoducatte Vice-Reitora: Ethel Maciel Informa - Uma produção da Superintendência de Comunicação da Ufes. Superintendente de Comunicação e jornalista responsável: Thereza Marinho Jornalistas: Adriana Damasceno, Ana Paula Vieira, Camila Fregona, Hélio Marchioni, Jorge Medina, Lidia Neves, Luiz Vital, Nábila Corrêa, Sueli de Freitas e Vinícius Fontana Estagiárias: Danielle Gonçalves e Laís Santana Revisão: Monick Barbosa Programação visual: Evandro Campos, Leonardo Paiva e Mariana Simões Apoio: Deborah Constancio e Guilherme Trabach. Endereço: Av. Fernando Ferrari, nº 514, Goiabeiras, Vitória/ES - CEP: 29075-910 Tiragem: 3 mil exemplares Impressão: CSS Editora
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Ana Paula Vieira
Administração Central
A homenagem aos 65 anos da Universidade foi proposta pela deputada Iriny Lopes
Em sessão solene, Ufes recebe reconhecimento Todos os membros da mesa se manifestaram em defesa da universidade pública, gratuita, de qualidade e inclusiva
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m sessão solene na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), proposta pela deputada estadual Iriny Lopes, a Ufes foi homenageada pelos seus 65 anos, comemorados em 2019. O evento ocorreu no dia 29 de novembro, e a mesa de honra foi composta pelo reitor Reinaldo Centoducatte; pela vice-reitora Ethel Maciel; pelo deputado federal Helder Salomão; pelo presidente da Associação dos Docentes da Ufes (Adufes), José Antônio da Rocha; pelo representante do Sindicato dos Trabalhadores da
Ufes (Sintufes) Wellington Pereira; e pela presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Beatriz Moreira, além da deputada Iriny Lopes, que presidiu a sessão. Em seus pronunciamentos, todos os membros da mesa se manifestaram em defesa da universidade pública, gratuita, de qualidade e inclusiva. “A Ufes foi uma das primeiras a implantar a reserva de vagas, fruto do seu amadurecimento coletivo e sabendo da importância da educação para a mobilidade social. Essa e todo
um conjunto de lutas da Universidade são fruto de um trabalho coletivo, dos nossos conflitos internos, mas do entendimento de que essa instituição é importante e que precisamos defendê-la”, afirmou o reitor. A vice-reitora também declarou sua defesa: “A democracia não é uma palavra, é um exercício diário. A Universidade é uma instituição do Estado brasileiro e por isso eu preciso defendê-la e todos nós precisamos defendê-la”. A solenidade teve início com o Hino Nacional Brasileiro cantado pelo maestro Cláudio Modesto, acompanhado ao teclado pelo maestro Jean Molinari, ambos da Ufes. Além de destacar a contribuição da Universidade para a formação profissional de milhares de pessoas e para o desenvolvimento da sociedade por meio de ações de ensino, pesquisa e extensão, a deputada Iriny Lopes prestou sua homenagem com a entrega de placas e de certificados a 22 servidores técnicos e docentes que se destacam por sua atuação na Ufes e pelos serviços prestados à comunidade capixaba. A Ufes é a única universidade pública no Espírito Santo e conta com quatro campi (Goiabeiras, Maruípe, Alegre e São Mateus), onde estudam cerca de 21 mil estudantes e trabalham 1.768 professores efetivos e 2.068 servidores técnico-administrativos. A instituição oferta 103 cursos de graduação presencial, nove cursos na modalidade a distância e 93 cursos de pós-graduação.
Assembleia homenageia projetos de extensão da Ufes Em comemoração ao Dia Internacional do Estudante, celebrado em 17 de novembro, 22 projetos de extensão da Ufes que prestam serviços à comunidade foram homenageados em sessão solene na Ales promovida pelo deputado estadual Gandini. O evento ocorreu no dia 22 de novembro, no Plenário Dirceu Cardoso, e contou com a presença de estudantes e professores envolvidos nos projetos, e também do reitor da Ufes, Reinaldo Centoducatte, da vice-reitora, Ethel Maciel, e da pró-reitora de Extensão, Tânia Mara Delboni. As ações de extensão receberam certificados em reconhecimento ao trabalho desenvolvido. Conheça os projetos homenageados:
• Comunicaê - educação para a mídia • Brinquedoteca: aprender brincando • Prática Pedagógica de Educação Física Adaptada para Pessoas com Deficiência • Cuidadores que dançam • Museu de Ciências da Vida (MCV) • Centro de Estudos e Pesquisas sobre o Álcool e outras Drogas (Cepad) • Pequenos Negócios, Grandes Mulheres • Estação Solares • Projeto Girassol • Projeto Engenheiro Sem Fronteiras • Projeto Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo – Célula Emau • Projeto Introcomp – introdução à computação
• Programa de Assistência Dermatológica e Cirúrgica ao Câncer de Pele dos Lavradores do Interior do Estado do Espírito Santo • Sorriso do Futuro • Universidade Aberta à Pessoa Idosa (Unapi) • Cátedra Sérgio Vieira de Mello na Ufes • Núcleo de Cidadania Digital (NCD) • Coletivo Caleidoscópio • Fordan: cultura no enfrentamento às violências • Grupo Andora • Atenção à Saúde Mental de Crianças e Adolescentes • Laboratório de Pesquisas sobre Violência contra a Mulher no Espírito Santo (LAPVIM)
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Ufes recebe Selo Social Ressocialização pelo Trabalho A Ufes foi uma das instituições homenageadas pelo Governo do Estado do Espírito Santo com o Selo Social Ressocialização pelo Trabalho. Participante do programa Responsabilidade Social e Ressocialização, a Universidade recebe atualmente 56 trabalhadores apenados que atuam em serviços de jardinagem e limpeza nos campi de Goiabeiras e Maruípe, a partir de convênio com a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus). O Selo tem o objetivo de dar visibilidade e reconhecimento aos integrantes do programa. A cerimônia foi realizada no dia 26 de novembro, no Palácio Anchieta, com a presença do governador Renato Casagrande e do reitor Reinaldo Centoducatte. O convênio Ufes/Sejus vigora desde 2017 e, em janeiro de 2019, foi renovado por mais dois anos. Os trabalhadores apenados recebem remuneração equivalente a um salário mínimo, tíquete alimentação e vale transporte, cujos pagamentos são gerenciados pela Sejus, e têm redução de pena de acordo com o tempo de trabalho. Desde a década de 1990, a Ufes atua com esse propósito de cidadania direcionado para pessoas restritas de liberdade plena, sendo pioneira entre as instituições federais de ensino superior. “Nossa meta é a ressocialização, com foco na inclusão”, pondera o reitor. O programa é acompanhado pela Sejus e pela Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça. Na Ufes, o programa é coordenado pela servidora da Superintendência de Infraestrutura Rosália Martins. “Durante suas atividades, os trabalhadores apenados não são vigiados, mas inseridos na comunidade onde estão presentes diariamente”, destaca ela.
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Thaiana Gomes
Acontece na Ufes
A Universidade conta ainda com vigilantes do quadro de pessoal e videomonitoramento
Convênio com a PM reduz número de roubos e furtos Além do impacto na segurança, Ufes economiza cerca de R$ 4,5 milhões anuais
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Superintendência de Infraestrutura da Ufes registrou uma queda de mais de 50% no número de roubos e furtos nos quatro campi da Universidade, entre os meses de janeiro a setembro de 2019, em comparação ao mesmo período de 2018. “A presença da Polícia Militar (PM) nos campi trouxe uma redução significativa no número de ocorrências de roubos e furtos. Está sendo uma experiência muito positiva”, afirma o Superintendente de Infraestrutura, Renato Schwab, em referência ao convênio firmado entre a Ufes e a Polícia Militar em julho de 2018. Os policiais militares começaram a atuar no campus de Maruípe em outubro de 2018. Nos demais campi, a ação teve início em janeiro de 2019. Antes de começarem os trabalhos, os policiais (integrantes do quadro da reserva da PM, que se candidataram de forma voluntária) participaram de treinamentos na área de Recursos Humanos e de uma capacitação ministrada por professores da Ufes, visando à atuação em ambiente universitário. Para o reitor Reinaldo Centoducatte, além de possibilitar uma economia de aproximadamente R$ 4,5 milhões anuais para a Ufes (em comparação com o contrato de vigilância terceirizada), o convênio com a Polícia Mi-
litar mudou a lógica de segurança na instituição. “Acrescemos o contingente de segurança e diminuímos os custos. O mais importante não é a questão financeira, e sim o aumento na segurança da Universidade. Com esse convênio, priorizamos não apenas o patrimônio, mas principalmente a segurança das pessoas”, declara. Videomonitoramento - Além dos policiais militares, vigilantes do quadro de pessoal da Ufes fazem rondas, atuando de forma integrada. Cada campus conta ainda com uma central de videomonitoramento, com câmeras que fazem a cobertura de áreas internas e externas. Todas as edificações têm sistema de alarme integrado às centrais de videomonitoramento que, atualmente, são operadas por policiais militares vinculados ao convênio. A partir de janeiro de 2020, um novo contrato disponibilizará também câmeras inteligentes com reconhecimento facial e de placas de veículos. Schwab destaca que, caso os usuários dos campi presenciem alguma ocorrência ou situação suspeita, podem entrar em contato com a Central de Segurança da Ufes por meio do telefone 4009-2727, que funciona 24 horas, ou acionar o aplicativo Alerta Ufes. 9/dez a 23/dez de 2019
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Reprodução - Projeto Harpia na Mata Atlântica
Acontece na Ufes
O filhote nasceu neste ano na Reserva Natural Vale, em ninho monitorado pelo projeto Harpia na Mata Atlântica
Projeto comemora reprodução de harpias Mais de 50 ninhos ativos são monitorados na Amazônia e na Mata Atlântica
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m dos raros casais de gavião-real (Harpia harpyja) no fragmento de Mata Atlântica espírito-santense finalmente obteve sucesso reprodutivo. O filhote de harpia nasceu neste ano na Reserva Natural Vale, em Linhares, em um ninho monitorado pelo projeto de conservação da espécie. O casal começou a ser observado em 2016 e, desde então, teve cinco tentativas de reprodução documentadas pelo Projeto Harpia na Mata Atlân-
tica, mas só agora obteve sucesso no nascimento do bebê. É a primeira vez que todo o ciclo reprodutivo da espécie está sendo monitorado na Mata Atlântica, desde o namoro do casal ao desenvolvimento da cria. “O filhote já tem 9 meses de idade e se desenvolve bem”, atualiza o professor do Departamento de Biologia do Centro de Ciências Exatas, Naturais e da Saúde do campus de Alegre e coordenador do projeto, Aureo Banhos.
“Ele deve permanecer utilizando o ninho e sendo alimentado pelos pais até os 2 anos e meio. Depois deixa a árvore e o casal pode se reproduzir novamente naquele mesmo local”, explica. Contudo, a perspectiva de conservação da espécie não é otimista: por mais que os casais de harpia consigam ter várias crias durante toda a vida fértil, que pode ultrapassar os 30 anos, poucos filhotes sobrevivem até a vida adulta. “A população está declinando”, aponta Banhos. Essa espécie de ave de rapina é considerada ameaçada de extinção desde 2014. O Projeto Harpia monitora mais de 50 ninhos ativos na Amazônia e na Mata Atlântica. Saiba mais sobre as dificuldades de sobrevivência do gavião-real na Revista Universidade: revistauniversidade.ufes.br.
Sisu 2020/1: Ufes oferta 2.776 vagas em 73 cursos Já está publicado no endereço sisu.ufes.br o Termo de Adesão ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) da primeira edição de 2020. A Universidade ofertará 2.776 vagas em 73 cursos nos campi de Goiabeiras, Maruípe, Alegre e São Mateus, para ingresso no primeiro semestre. Do total de vagas, 1.382 são destinadas à ampla concorrência e 1.394, à reserva de vagas (Lei 12.711/2012). Poderão participar da seleção os candidatos que tenham concluído o ensino médio e que realizaram o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) neste ano. As inscrições no processo
seletivo do Sisu 2020 referente ao primeiro semestre poderão ser realizadas de 21 a 24 de janeiro. Assim como ocorreu em 2019, para pleitar as vagas referentes ao segundo semestre, os candidatos deverão participar do segundo processo seletivo do Sisu 2020, no qual a Ufes disponibilizará um novo quantitativo de vagas. Os cursos que não ofertarem vagas para ingresso no primeiro semestre o farão para o segundo semestre, à exceção daqueles que possuem processos seletivos específicos realizados pela Ufes, como Licenciatura em Educação do Campo, Letras-Libras e bacharelado
e licenciatura em Música. Todas as informações estão disponíveis no Edital de Regulamentação Sisu/Ufes 2020-1, que trata do ingresso nos cursos presenciais de graduação da Ufes no 1º semestre de 2020, e no Termo de Adesão firmado entre a Ufes e o Ministério da Educação (MEC), que relaciona o número de vagas ofertado por cada curso em cada modalidade de ingresso, além das notas mínimas que o candidato deve obter no Enem para concorrer às vagas de cada curso. Todas as informações estão disponíveis no site sisu.ufes.br.
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Estudo aponta que Rio Doce tem contaminação crônica Pela primeira vez no estado, foi utilizada a técnica “DNA ambiental” ou “eDNA”
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Rio Doce não está morto, mas tem contaminação crônica por metais resultantes da lama da barragem operada pela mineradora Samarco em Mariana, que se rompeu em novembro de 2015 e avançou sobre o rio. A afirmação é do professor do Departamento de Oceanografia da Ufes Angelo Bernardino. Ele coordena a rede de pesquisa Solos e Bentos do Rio Doce – bento é um termo que se refere a organismos subaquáticos que vivem no fundo dos rios e mares. Um artigo publicado em novembro deste ano na revista PeerJ aponta o resultado do monitoramento da vida no estuário do Rio Doce na região de
Angelo Bernardino
Acontece na Ufes
Pesquisa monitorou a vida no estuário do Rio Doce, na região de Regência, em Linhares
Regência, em Linhares. O artigo refere-se à parte da pesquisa coordenada por Bernardino, a qual é financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e vem monitorando o estuário desde 2015. Pela primeira vez no Espírito Santo, e em desastres ambientais no Brasil, foi utilizada a técnica “DNA ambiental” ou “eDNA”, que detectou 123 potenciais espécies de animais invertebrados subaquáticos que estão sob efeito crôni-
Laboratório pesquisa dietas hipercalóricas e impactos no coração Uma pesquisa do Laboratório de Fisiologia e Bioquímica Experimental (Lafibe) do Centro de Educação Física e Desportos (CEFD) está levantando o impacto das dietas ricas em calorias sobre o coração. Coordenada pelo professor André Leopoldo e intitulada Influência de Diferentes Tipos de Dietas Hipercalóricas sobre o Estresse Oxidativo Miocárdico, a pesquisa está na fase de processamento das amostras e tem resultado previsto para março de 2020. Estudantes de graduação e de pós-graduação em Educação Física e Nutrição participam da iniciativa. Foram utilizadas amostras de modelo animal – 60 ratos – distribuídas
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em quatro grupos. O primeiro foi alimentado com dieta padrão. Os demais receberam dietas hipercalóricas, com ingestão diária de 20 a 25 gramas de alimentos por 15 semanas. O primeiro grupo recebeu dieta rica em gordura saturada; o segundo, dieta baseada em açúcar (sacarose) e o terceiro, uma combinação de açúcar e gordura saturada. Com isso, houve a indução da obesidade para avaliação dos parâmetros de estresse oxidativo, que, de acordo com Leopoldo, é o desequilíbrio entre os compostos oxidantes produzidos naturalmente pelo organismo e o sistema de defesa antioxidante. O excesso de gordura causa esse desequilíbrio.
co dos metais. “Ficamos surpresos em descobrir uma diversidade no estuário do Rio Doce que ninguém nunca descreveu. A má notícia é que a contaminação tem um efeito nocivo nessas comunidades e interfere em como os organismos estão distribuídos no estuário. Vemos claramente que locais onde há maior concentração de metais no fundo possuem comunidades distintas de outras áreas com menor concentração, e isso evidencia o efeito dos rejeitos na ecologia e na saúde daquele ecossistema”, afirma Bernardino. Conheça mais detalhes da pesquisa na página eletrônica da Revista Universidade: revistauniversidade.ufes.br. “O corpo humano produz naturalmente radicais livres, como o peróxido de hidrogênio, o superóxido e a hidroxila. Por outro lado, há um sistema de defesa antioxidante também produzido naturalmente ou absorvidos na dieta. Quando há um desequilíbrio entre esses tipos de compostos, dizemos que houve estresse oxidativo”, explicou. Na fase da pesquisa que se inicia, será detectada a quantidade de proteínas no ventrículo esquerdo dos ratos. O objetivo é avaliar os compostos oxidantes, os não oxidantes e o estresse oxidativo no sistema cardiovascular. “A pesquisa visa mostrar como o excesso de comidas calóricas proporciona esse desequilíbrio, acometendo de forma prejudicial o coração”, antecipa o professor. 9/dez a 23/dez de 2019
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Jorge Medina
Acontece na Ufes
Coro apresentou música inédita, composta por estudante, sobre atitudes inclusivas
Ufes apresenta novas ações de acessibilidade Em evento no Cine Metrópolis, reitor reafirmou compromisso com a inclusão
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o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado em 3 de dezembro, a Ufes apresentou novas ações de acessibilidade: foi assinada a portaria que cria a Comissão de Elaboração da Política de Acessibilidade, lançado o site que concentra as informações sobre o tema na Ufes (no endereço acessibilidade.ufes.br) e apresentado o Instrumento de Monitoramento e Gerenciamento do Plano de Acessibilidade. Após assinar a Portaria 1.376, o reitor Reinaldo Centoducatte destacou os avanços da Ufes em relação ao tema: “Sabemos que existe uma demanda
crescente e a necessidade de enfrentar os desafios para permitir que todos que ingressam em processos seletivos – seja discente, docente ou técnico-administrativo – tenham a melhor condição possível para cumprir sua missão na Universidade. Nossa administração tem esse compromisso com a acessibilidade”. A comissão atuará a partir de março de 2020, por 12 meses, e os trabalhos podem ser prorrogados por igual período. O evento contou com apresentação de um coro composto por calouros do curso de licenciatura em Música, regido pelo professor do Departamento
de Arte e Música Potiguara Menezes. Uma das canções, Acessibilidade, composta pelo estudante Severino Lima, foi apresentada pela primeira vez no evento e trata da importância de se ter atitudes inclusivas. O coordenador do Núcleo de Acessibilidade da Ufes (Naufes), Douglas Ferrari, destacou: “A acessibilidade conquistou espaço, relevância e prioridade. Envolveu a comunidade e atores externos, como deputados e o Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Estamos felizes porque temos sido procurados para falar sobre nossas experiências com acessibilidade”. Além disso, o professor ressaltou a importância de ampliar a ocupação das vagas reservadas para pessoas com deficiência na graduação. Para 2020, são 112 oportunidades. “Aumentar essa taxa é o nosso desafio. Queremos convidar as pessoas com deficiência para ingressarem na Universidade, tanto pelo aspecto humano quanto pelo profissional, para que elas possam chegar a ocupar as vagas nas empresas”, completa. As ações da Ufes em relação à acessibilidade foram elogiadas pelo presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, José Carlos Siqueira Júnior, que representou os movimentos sociais; pelo vereador de Vitória Roberto Martins; e pelo secretário da Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES), Daniel Simões. Também estiveram presentes representantes de deputados e senadores capixabas.
Site e instrumento de monitoramento consolidam ações Durante o evento, os presentes conheceram o site acessibilidade.ufes.br, apresentado pelo coordenador do Naufes, Douglas Ferrari. No endereço, estão as informações sobre o funcionamento do Núcleo em cada campus, o acesso a serviços – como a solicitação de monitor e de tradução para Língua Brasileira de Sinais (Libras) –, os projetos de acessibilidade, a legislação e os 17 grupos de pesquisa da Ufes que trabalham com acessibilidade, educação especial e tecnologias assistivas. A servidora Lorena Freitas explicou sobre o funcionamento do Instrumento de Monitoramento e Gerenciamento
do Plano de Acessibilidade. O plano envolve diversos aspectos, que se iniciam pela atitude da comunidade acadêmica – de acolhimento às pessoas com deficiência – e passam também pela arquitetura, pela formação pedagógica, pelas políticas públicas, pelos instrumentos para efetiva inclusão, pelos transportes, pelas comunicações em suas diversas modalidades e pela acessibilidade digital. A Comissão de Assessoramento e Acompanhamento do Plano de Ação de Acessibilidade monitora o desenvolvimento das 73 ações de curto, médio e longo prazos vislumbradas no Plano,
com prazo final de execução previsto para 2023. Do total, 14 ações estão em andamento e cinco, concluídas. “Nosso desafio é cumprir com as ações que estão previstas”, afirmou Lorena Freitas, que é integrante da comissão. Ao final do evento, os participantes foram convidados a conhecer as instalações do Naufes, que teve seu espaço ampliado e recebeu a doação de três cadeiras de rodas de Gleidson Lopes, por meio do projeto Coração Amigo. “Há nove anos desenvolvo esse projeto de doar cadeiras de rodas para quem precisa, junto com minha família”, explica.
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Beatriz Lindenberg (IMA)
Cultura
Inscrições abertas para o 1º Concurso Audiovisual da Andifes A Associação Nacional das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) abriu inscrições para o seu 1º Concurso Audiovisual. Com o tema Universidade pública, gratuita e de qualidade: patrimônio do povo brasileiro, o objetivo do concurso é a produção de conteúdos audiovisuais que tenham como cerne narrativo a valorização das universidades federais brasileiras por meio de perspectivas diferentes e criativas. O concurso é aberto a estudantes das instituições federais de ensino superior associadas à Andifes (a Ufes é uma delas). As inscrições vão até 31 de janeiro. Os vídeos devem ter cerca de um minuto e podem ser enviados por estudantes de qualquer estado da Federação e do Distrito Federal. A técnica para criação é livre, podendo ser utilizados recursos complementares de animação, filtros especiais, entre outros. Essa primeira edição do concurso será coordenada pelo Colégio de Gestores de Comunicação das Universidades Federais (Cogecom). Serão premiados os três primeiros colocados, que receberão entre R$ 1.500 e R$ 5 mil. Mais informações podem ser obtidas no site andifes.org.br, onde também estão disponíveis a ficha de inscrição e um modelo de autorização do uso de imagem. Informa volta em 2020 A equipe da Superintendência de Comunicação da Ufes divulga que a circulação do Informa será interrompida durante o recesso acadêmico. O jornal volta a circular no início do ano letivo de 2020.
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Iniciativa vem de parceria com CMEI Jacyntha Ferreira e Instituto Marlin Azul
Projeto Narradores da Maré lança filme no Cine Metrópolis Curta-metragem “Dia do Manguezal” teve participação de 40 crianças
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projeto de extensão da Ufes Narradores da Maré, em parceria com o Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Jacyntha Ferreira e com o Instituto Marlin Azul (IMA), lança o curta-metragem Dia do Manguezal, em 11 de dezembro, às 8h30, no Cine Metrópolis, campus de Goiabeiras. A animação conta com a participação de cerca de 40 crianças de 5 e 6 anos da escola. No curta, as experiências dos estudantes do CMEI se unem aos trabalhos já realizados em parceria com o projeto da Ufes, que buscam a valorização e a preservação dos manguezais. A animação também conta com a participação de músicas de congo que as crianças gostam de cantar e tocar. O Narradores da Maré já realizava ações de extensão com as Paneleiras de Goiabeiras desde o início do ano. O coordenador do projeto, Solder Gonzalez, conta que, após ficar sabendo
do trabalho que a escola realizava, abordando as tradições da comunidade local, deu início à parceria. “Dessa conversa, surgiu a proposta de realizar, com o apoio do IMA, oficinas de cinema de animação. O Narradores entrou com o apoio pedagógico e fez contato para a exibição no Metrópolis”, lembra Gonzalez. Segundo ele, o curta tem grande contribuição social: “É uma prática que trabalha com abordagem ecológica, ambiental e também política”. Parceria - A professora do CMEI Fabíola Fraga trabalha há 20 anos com educação ambiental e é uma das responsáveis pela execução do projeto na escola. “A parceria com o Narradores da Maré e o IMA viabilizou a concretização dessas experiências em forma de filme”, afirma. Ela orientou os trabalhos junto com a professora Márcia Oliveira.
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