Revista ICMBio em Foco - Edição 345 | Dezembro 2015

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Sexta-feira, 13 de junho de 2014

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Edição 365 - Ano 9 - 11 de dezembro de 2015 Ações de fiscalização coíbem crimes ambientais UCs da Amazônia desmontaram serraria, apreenderam tartarugas e aplicaram multas por extração ilegal de madeira.

Instituto Chico Mendes participa de planejamento do Projeto Terramar. Pág. 8

ICMBio e SFA dão curso de interpretação ambiental a moradores de Tapajós. Pág. 10

MMA e centros de pesquisa promovem oficina sobre recursos pesqueiros. Pág. 14

Visitantes com deficiência participam da primeira visita à trilha suspensa na Chapada dos Veadeiros. Pág. 20

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Yuri Amaral

Reserva Biológica do Gurupi reforça ações de fiscalização CAMINHÃO CARREGADO DE TORAS

ARMADILHA PARA CAÇA

No dia 26, os agentes descobriram o local de extração, que se situa na divisa da reserva biológica com a Terra Indígena Caru. No local, havia um caminhão carregado com 13 toras de maçaranduba. Três suspeitos foram presos e autuados por transporte de madeira sem licença e encaminhados à Delegacia de Polícia Federal de Imperatriz (MA), onde foi lavrado auto de prisão em flagrante.

Antes, no dia 17 de novembro, os agentes identificaram uma área de roça e abordaram um homem que estava de posse de uma espingarda, armadilha para caça de tatu, maconha prensada in natura, um pacote de sementes e sacos de adubo.

O caminhão e a madeira foram incinerados. A Funai e o Ibama foram comunicados sobre a extração de madeira que está ocorrendo na Terra Indígena Caru e é escoada por dentro da Rebio Gurupi para o município de Buriticupu (MA).

Os agentes desconfiaram que a intenção do homem era fazer plantio de maconha na Rebio, aproveitando o início do período chuvoso. Policiais apreenderam o suspeito e o encaminharam à Delegacia de Polícia Federal de Imperatriz (MA). O caso está sendo investigado. Na mesma ação, foram localizados três barracos, identificados como ponto de apoio para caça, extração de madeira e agricultura irregular. No local, não havia ninguém. Os barracos foram destruídos pelos agentes.

Durante operação, foram destruidos ranchos de caça

ESTRADA DESOBSTRUÍDA O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), com apoio de parceiros dos governos estadual e federal, vem reforçando as ações de fiscalização na Reserva Biológica (Rebio) do Gurupi (MA). A unidade de conservação, que abriga área de Floresta Amazônica, é alvo de vários tipos de crimes ambientais, em especial grilagem de terras e extração ilegal de madeira. Na última quinzena de novembro, foram aplicados 13 autos de infração, totalizando R$ 59 mil em multas. Cinco pessoas foram presas, acusadas de extração ilegal de madeira, três motosserras e duas espingardas foram apreendidas e um caminhão carregado de madeira, usado pelos infratores, incinerado.

Utilizando um trator equipado com lâmina, apreendido com madeireiros em operação anterior, e dois operadores de motosserra, agentes de fiscalização do ICMBio e policiais militares do Maranhão desobstruíram 20 quilômetros de estradas vicinais, bloqueadas por meio da derrubada deliberada de árvores, justamente para impedir o acesso das equipes do Instituto aos locais de extração ilegal de madeira. Foram três dias de trabalhos em função da grande quantidade de árvores derrubadas. No dia 25 de novembro, os agentes conseguiram desobstruir o último trecho. Um olheiro dos infratores, avistado pelos agentes, foi perseguido pelos policiais, mas conseguiu escapar. Petrechos de caça, maconha e sementes foram apreendidos

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Rodrigo Figueiredo

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o delegado da Polícia Federal Everaldo Eguchi.

sas unidades de conservação”, afirmou.

Pelo menos duas pontes da BR-422, no sentido Baião-Tucuruí, sofreram tentativas de incêndio por parte de alguns poucos moradores locais, que fugiram com a aproximação da polícia. A intenção deles era evitar que os agentes de fiscalização chegassem ao local onde ficavam as madeireiras.

Para o chefe da Resex Ipaú-Anilzinho, Rodrigo Figueiredo, além de impedir danos ao patrimônio natural das unidades de conservação e populações tradicionais nela residentes, a operação, ao remover os equipamentos e a madeira obtida sem autorização, busca desmontar a estrutura e “descapitalizar” os responsáveis pelas madeireiras ilegais.

De acordo com o coordenador regional do ICMBio em Belém (CR4), Fernando Peçanha Júnior, a operação foi motivada por denúncias de extração ilegal de madeira nas Resex Ipaú-Anilzinho e Arióca-Pruanã, localizadas no eixo da Transcametá. “Essa pressão contribui fortemente para o desmatamento nes-

“Com esse resultado, a operação “Transcametá” reforça a atuação do Estado em desmantelar o esquema de exploração ilegal de madeira existente na região do Baixo Tocantins, especialmente ao longo da BR-422”, concluiu o chefe.

Durante operação foram apreendidos 3 mil metros cúbicos de madeira ilegal

Reserva Extrativista Ipaú-Anilzinho desmonta serrarias ilegais A Reserva Extrativista (Resex) Ipaú-Anilzinho (PA) acaba de divulgar o resultado da operação de fiscalização “Transcametá”, que desmontou duas serrarias ilegais instaladas no km 50 da BR-44 (antiga rodovia Transcametá), no entorno da unidade de conservação (UC). Durante a operação, que envolveu cerca de 70 servidores do ICMBio, Ibama, polícias Federal e Militar, Exército, secretaria estadual de Meio Ambiente e Ministério

Público Federal no Pará (MPF/PA), foram apreendidos aproximadamente 3 mil metros cúbicos de madeira ilegal, incluindo toras de castanheiras, e removido todo o maquinário encontrado nas serrarias. “O objetivo inicial da operação era o desmonte de seis serrarias, mas por conta da manifestação organizada pela população local, que depende economicamente dessa atividade ilegal, apenas duas delas foram desmontadas”, explicou Maquinário encontrado na serraria foi destruído

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Acervo Parna Viruá

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próximo às praias de desova. Quando elas estão na superfície da água, o chamado boiador, os traficantes as cercam e as capturam”, explicou Rodrigues. De acordo com o cabo Valdecir, da Cipa, as tartarugas estavam sendo capturadas há quatro dias pelos traficantes. “Felizmente, elas passaram pouco tempo em poder da quadrilha. Quando elas passam muito tempo fora da água, os cascos ressecam e elas demoram mais tempo pra conseguir afundar. Dessa vez, elas afundaram rapidamente ao serem devolvidas”, disse o policial militar. Segundo ele, as maiores chegavam a medir 70 cm e a pesar até 60 kg.

DEVOLVIDAS AO RIO Na operação, foram apreendidos 70 metros de rede de captura (arrastão). Todas as tartarugas foram devolvidas ao

Tartarugas seriam vendidas pelos traficantes

Operação resgata 111 tartarugas em Roraima Uma operação conjunta do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Polícia Ambiental de Roraima (Cipa) resgatou 111 tartarugasda-amazônia ( Podocnemis expansa) adultas que estavam com uma quadrilha de traficantes na região do Baixo Rio Branco (RR), no entorno do mosaico de unidades de conservação federais na região. A ação, coordenada pelo ICMBio e encerrada no último fim de semana, contou com a participação de recursos humanos e materiais da gestão integrada dos parques nacionais do Viruá e Serra da Mocidade, das estações ecológicas de Niquiá e Caracaraí e da Floresta Nacional do Anauá, além de policiais militares da Cipa.

Os animais foram encontrados em dois locais do rio Paraná do Capiranga, afluente do rio Branco, próximos à boca do rio Água Boa do Univini. Segundo o técnico Samuel Rodrigues, integrante da operação, as tartarugas estavam imobilizadas, viradas com o casco para baixo, e seriam levadas pelos traficantes para venda na cidade.

ARRASTÃO “Eles agora estão usando uma técnica nova que é o arrastão, uma rede de malha grossa, que usam para cercar os grupos de tartarugas com a ajuda de um barco. Nessa época, as fêmeas se reúnem para assoalhar (tomar sol),

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rio. As ações conjuntas de fiscalização seguem até o fim do verão, período de estiagem na região, quando as tartarugas se tornam mais vulneráveis à ação de traficantes, por se deslocarem em grupos para desova nas praias de areia, que servem como tabuleiros de reprodução para milhares de animais. Segundo a coordenadora regional do ICMBio, Keuris Silva, o trabalho em parceria entre as unidades de conservação da região e outros órgãos ambientais tem sido fundamental para viabilizar as ações de proteção na região do Baixo rio Branco. “Nos últimos anos, as operações têm tido crescente sucesso graças à união de esforços entre os vários parceiros, numa soma de recursos humanos, físicos e financeiros cujo resultado tem sido o resgate de centenas de tartarugas que poderão seguir povoando o rio Branco”, relatou.

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ICMBio participa de planejamento do Terramar O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) participou entre os dias 1º e 4 de dezembro da Oficina de Planejamento Participativo do Projeto Proteção e Gestão Integrada da Biodiversidade Marinha e Costeira, o Projeto TerraMar. Lançado em agosto, a iniciativa tem o objetivo de proteger e promover o uso sustentável da biodiversidade marinha e costeira do Brasil. O processo de discussões envolve, também, as ações do Projeto Áreas Marinhas e Costeiras Protegidas (GEF-Mar), com presença dos gestores federais e estaduais de unidades de conservação, de centros de pesquisa e de coordenações regionais do ICMBio, dos estados de Pernambuco, Alagoas, Bahia e Espírito Santo, além de representantes de instituições apoiadoras e executoras do projeto. AMEAÇAS Em 16 das 28 metrópoles brasileiras situadas na costa do Atlântico, as ameaças ao ecossistema, identificadas pelo Projeto TerraMar, incluem a instalação de parques industriais, portos e a

O Projeto TerraMar, explica o diretor do Departamento de Zoneamento Territorial do MMA, Adalberto Sigismundo Eberhard, se propõe a olhar para o continente terrestre e para a parte marinha do território brasileiro e identificar quais tipos de ameaças podem surgir, no futuro, tanto do continente quanto do mar, e comprometer aquilo que se pensou quando se criaram áreas protegidas, ou que sejam áreas sensíveis, sobre as quais deveríamos ter um olhar de território. A exemplo do que ocorreu com o rio Doce, após o acidente de Mariana (MG), o diretor considera ser impossível, a médio e longo prazos, olhar para unidades de conservação e para áreas sensíveis e acreditar que possam sobreviver olhando só para dentro dos seus limites. “Obrigatoriamente, precisamos, cada vez mais, olhar também para o território, e identificar as ameaças que possam vir do continente e do mar”, afirma ele.

A oficina foi organizada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), executor do Projeto TerraMar, em parceria com ICMBio e o Ministério do Meio Ambiente, Conservação da Natureza e Segurança Nuclear da Alemanha, por meio da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento (GIZ).

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APA Bacia do Rio Descoberto comemora 32º aniversário

extração de petróleo e gás. Some-se a isso a atuação do setor pesqueiro, além de conflitos e dificuldades para implantar uma gestão integrada ao planejamento e ao ordenamento territorial, o que faz aumentar as pressões sobre os ecossistemas costeiro e marinho.

Afinal, lembra o diretor, o objetivo principal do TerraMar é garantir um planejamento ambiental territorial coerente e uma gestão integrada das zonas marinha e costeira, capazes de contribuir para a proteção e o uso sustentável da biodiversidade.

APA Costa dos Corais: Projeto TerraMar vai proteger biodiversidade do litoral brasileiro

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moração ao aniversário da APA e à instituição da Semana. Queremos divulgar, assim, o quanto a preservação da Bacia do Rio Descoberto é importante para a população do Distrito Federal, em razão da relevância de seus recursos hídricos e dos remanescentes de Cerrado ainda existentes na região, pois o lago do Descoberto é responsável por abastecer cerca de 65% da população do DF”, afirmou Herika Matsunaga, analista ambiental da APA.

A Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio Descoberto (DF/GO) comemorou nos dias 7 e 8 de novembro seu 32º aniversário de criação e a II Semana da Bacia do Rio Descoberto, instituída por lei distrital. A programação contou com a participação de conselheiros da APA, comunidade e parceiros que fazem parte do Projeto Descoberto Coberto.

O evento teve como parceiros Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa), Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater), Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal, Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Administração Regional de Brazlândia, Universidade de Brasília (UnB) e Associação Pró-Descoberto. Acervo APA Bacia do Rio Descoberto

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Semas/PE

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No primeiro dia, um mutirão de limpeza dentro da Floresta Nacional (Flona) de Brasília (onde está localizada a sede da APA) reuniu grupos de ciclistas e pessoas da comunidade. Pedalando ou caminhando por toda a unidade, os participantes coletaram lixo deixado por frequentadores. No dia seguinte, a comunidade participou de feira com produtos alimentícios e artesanais do Cerrado e de materiais reciclados, apresentação de maquetes educativas da Bacia do Descoberto, exposição de animais empalhados da Flona de Brasília, trilha de bicicleta e aula de ioga. “Este é o segundo ano que realizamos este evento em come-

Mutirão de limpeza, aula de yoga e distribuição de mudas fizeram parte da programação


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ICMBio e SFA dão curso de interpretação ambiental a moradores da Flona de Tapajós A Coordenação-geral de Uso Público e Negócios (CGEUP/ Diman) promoveu, em parceria com o Serviço Florestal Americano (SFA), o curso de capacitação em Princípios de Interpretação Ambiental e Técnicas de Atendimento ao Visitante para comunitários da Floresta Nacional do Tapajós (PA). Realizado nos dias 12 e 13 de novembro em Alter do Chão (PA), o curso teve participação de 17 condutores de visitantes de seis comunidades inseridas na unidade de conservação: São Domingos, Maguari, Jamaraquá, Piquiatuba, Bragança e Marituba.

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O ICMBio e SFA desenvolvem em conjunto diversas atividades na floresta nacional desde 2014, mas esta foi a primeira capacitação sobre o tema dirigida aos comunitários. A ação foi muito bem recebida pelos participantes, como afirmou o condutor Donildo, da comunidade Jamaraquá: “Agradeço muito a participação neste curso, é importante aprender cada vez mais e nós precisamos passar por capacitações. É uma responsabilidade muito grande trabalhar com pessoas”. O curso foi ministrado por quatro servidores do ICMBio, de diferentes partes do país, que passaram por um processo de capacitação em interpretação ambiental no âmbito da parceria internacional. Este grupo forma uma equipe descentralizada, com o propósito de atuar como multiplicadores regionais, adequando os conceitos e técnicas às necessidades e capacidades do Instituto. Busca, com isso, o fortalecimento institucional da interpretação ambiental como ferramenta de gestão da visitação e estratégia de aproximação e inclusão das comunidades locais.

Condutores foram capacitados em atendimento ao visitante e interpretação ambiental

“Em geral, o condutor é visto apenas como a pessoa que vai acompanhar o visitante, passar as normas e zelar pela sua segurança, mas seu papel vai muito além disto. Ele é um importante elo entre o público, a comunidade local e o ICMBio, sendo, muitas vezes, a pessoa que terá maior contato com o visitante que busca uma unidade de conservação”, ressaltou Serena Reis, analista ambiental da Co-

ordenação de Estruturação da Visitação (Coest/Diman) e uma das instrutoras do curso. Além de dar uma nova visão ao trabalho do condutor, o curso objetiva o aprimoramento de um módulo que componha o escopo mínimo dos cursos de capacitação dos condutores de visitantes, parceiros fundamentais para o alcance da nossa missão institucional.

“É importante salientar que a interpretação ambiental tem características e objetivos próprios e distintos das atividades de informação e educação ambiental. Com grande potencial de sensibilização dos visitantes, a interpretação ambiental tem o objetivo de conectar aspectos tangíveis dos recursos com conceitos intangíveis da natureza do ser humano, melhorando a experiência do visitante e, consequentemente, aproximando as unidades de conservação da sociedade. É uma ferramenta estratégica e muito promissora para o Instituto”, afirmou Fábio de Jesus, coordenadorgeral de Uso Público e Negócios.

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Leandro Goulart

des lindeiras ao parque e, com isso, fortalecendo também a implantação dos Caminhos da Serra do Mar como mais uma opção de turismo e lazer na unidade de conservação”, destacou Leandro Goulart, chefe do parque nacional.

Planos de Manejo de duas unidades de conservação em discussão Com o avanço dos estudos que vêm sendo realizados e a elaboração de seus planos de manejo, o parque nacional e a estação ecológica devem ganhar mais visibilidade para a pesquisa científica e a visitação graças ao potencial endemismo da região, que se deve principalmente às suas características geomorfológicas e localização geográfica privilegiada.

Inara Rocha

Serra dos Órgãos capacita condutores de trilhas

FORMAÇÃO DOS CONDUTORES

Moradores de áreas da trilha Caminhos da Serra do Mar participaram da capacitação

Terminou no dia 6 de dezembro o III Curso de Formação de Condutores de Trilhas e o I Curso de Reciclagem para Condutores de Trilhas do Parque Nacional da Serra dos Órgãos (RJ). A capacitação ocorreu em parceria com a Associação de Guias e Profissionais de Escalada do Estado do Rio de Janeiro (AGUIPERJ) e com apoio da organização não governamental SOS Mata Atlântica. Com mais de 40 alunos inscritos, entre novos condutores e outros já cadastrados na unidade, esta edição do curso focou na capacitação de moradores das comunidades do entorno do parque, principalmente aqueles que residem em áreas que fazem parte da trilha de longo percurso Caminhos da Serra do Mar. “O principal objetivo deste curso é o desenvolvimento do turismo de base comunitária, fortalecendo a economia local mediante a profissionalização de condutores das comunida-

O programa de credenciamento de condutores de trilha do Parque Nacional da Serra dos Órgãos segue as diretrizes da Portaria nº 116/2010, do Instituto Chico Mendes, que normatiza e estabelece os procedimentos necessários para prestação de serviços de condução de visitantes no interior da unidade de conservação. A formação dos condutores é feita em três módulos específicos. O primeiro deles abordou temas como meio ambiente e cultura, história e geografia regional, ambiente da unidade de conservação, turismo e sustentabilidade e atrativos do parque, com destaque para os Caminhos da Serra do Mar. No segundo, a AGUIPERJ falou sobre o trabalho do condutor; técnicas de condução; atividade de interpretação ambiental; monitoramento de impactos; ética, apresentação pessoal e relações interpessoais. Segurança e equipamentos, primeiros socorros, resgate, combate a incêndios e equipamentos de segurança foram abordados no último módulo. “Nossa proposta é incrementar a lista de condutores da Serra dos Órgãos a partir da formação de novos participantes, melhorando a prestação do serviço disponibilizado ao visitante”, afirmou Leandro. A lista com os condutores credenciados pode ser acessada em http://bit.ly/21xRPKZ e http://bit.ly/1HHQNpn.

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A elaboração dos planos de manejo dessas unidades está sendo financiada pelo Programa Áreas Protegidas na Amazônia (Arpa), que também aporta os recursos necessários à capacitação e melhoria da gestão dessas UCs. Nilton Bart

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Gestores do Parque Nacional Serra da Mocidade e da Estação Ecológica Niquiá, unidades de conservação que ficam em Roraima, promoveram, entre os dias 22 e 24 de novembro, reunião de planejamento com consultores da Geoplan e representantes da Coordenação de Elaboração e Revisão de Plano de Manejo (Coman/Diman/ICMBio), em Boa Vista. No encontro, foram traçadas as linhas gerais e definidos os prazos e produtos a serem elaborados para atender as duas unidades. Esse trabalho vem sendo feito de maneira integrada, buscando a otimização dos recursos e uma maior sinergia entre as equipes gestoras, não só na questão dos planos de manejo, mas também na gestão dessas áreas protegidas.

Participantes definiram linhas gerais para desenvolvimento do plano de manejo


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MMA e centros de pesquisa promovem oficina sobre recursos pesqueiros

A oficina faz parte das atividades previstas na Portaria interministerial nº 192, do MMA e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que solicita a revisão dos períodos de defeso previstos em diversos atos normativos. Essa revisão técnica é a primeira etapa de um processo mais amplo, que contará com o referendo do Ministério da Agricultura e Abastecimento (MAPA), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), de órgãos estaduais de meio ambiente e organizações representativas do setor pesqueiro.

diretrizes que o estabelecimento de períodos de defeso deverá ser uma medida complementar a outras medidas de gestão e que eles devem corresponder ao período de maior vulnerabilidade dos estoques parentais em função da seca dos rios; que as medidas devem atender às particularidades regionais; e que o acompanhamento do estado dos estoques deve ser monitorado por meio de um sistema de estatística pesqueira. Também participaram da reunião especialistas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), Ibama, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), universidades federais do Oeste do Pará (Ufopa) e do Amazonas (Ufam), representantes de órgãos ambientais estaduais, pescadores, estudantes de pós-graduação e Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas.

Durante o evento, foi realizada uma revisão técnica das informações contidas na Portaria nº 48/2007, que normatiza o defeso de várias espécies amazônicas, indicando as necessidades de estratégias mais amplas e regionalizadas de manejo e conservação das espécies. Além disso, foi proposto um cronograma de atividades até 2021, que devem agregar o potencial técnico para gestão pesqueira da região como, por exemplo, a estatística pesqueira e avaliações hidrológicas. O debate reforçou a necessidade de aprimorar as medidas de gestão para a pesca na Amazônia, tendo como

cas desenvolvidas com o navio de pesquisa Soloncy Moura, além de exibidos banners e vídeos.

Acervo Cepsul

Foi realizada nos dias 24 e 25 de novembro, em Manaus (AM), uma oficina de trabalho sobre Conservação e Uso Sustentável de Recursos Pesqueiros da Bacia Amazônica. O evento teve mediação do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e dos centros nacionais de pesquisa e conservação da Biodiversidade Amazônica (Cepam) e da Biodiversidade Aquática Continental (Cepta).

As pessoas que visitaram o estande, atraídas principalmente pelos animais expostos, recebiam informações sobre medidas de conservação, processo de avaliação do estado de conservação das espécies, unidades de conservação, planos de ação, consumo sustentável, entre outras ações do centro e do Instituto Chico Mendes.

No estande do Cepsul, visitantes receberam informações sobre espécies ameaçadas e planos de ação

O Centro de Pesquisa e Gestão do Uso dos Recursos Pesqueiros do Litoral Sudeste e Sul (Cepsul) participou entre os dias 3 e 15 de novembro da 29ª Marejada, festa municipal tradicional da cultura e gastronomia portuguesa, promovida pela Prefeitura de Itajaí (SC). Durante o evento, houve a chegada de parte dos mais de 40 veleiros da regata francesa Transat Jacques Vabre, que percorreram 10 mil quilômetros desde Le Havre, na França, até Itajaí. O “Pavilhão da Sustentabilidade” recebeu um estande do Cepsul. No local, foram expostos exemplares da biodiversidade marinha, a lancha de pesquisa e monitoramento do centro, equipamentos utilizados nas pesquisas oceanográfi-

Oficina faz parte do trabalho de revisão dos períodos de defeso

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Cepsul marca presença na 29ª Marejada

Carla Polaz

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“Esta foi uma excelente oportunidade para divulgar as atividades desenvolvidas não só pelo Cepsul mas também pelo próprio ICMBio. Ajudamos a despertar o interesse da comunidade que participou do evento, sobretudo em relação às ações inerentes à conservação das espécies”, afirmou Eloisa Vizuete, analista ambiental do Cepsul.

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CPB lança fichas sobre estado de conservação de primatas Acervo CPB

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e preparatórias para a elaboração do PAN dos Primatas Amazônicos, que será realizada em maio de 2016. Os analistas ambientais do CPB Leandro Jerusalinsky, coordenador do centro, Mônica Mafra Valença Montenegro, Gerson Buss e Renata Bocorny de Azevedo, além da bolsista Gabriela Ludwig, participaram de quatro mesas-redondas e de um simpósio que abordaram os temas Conservação de Primatas Amazônicos; O impacto da Malha Rodoviária Brasileira sobre os Primatas; Redes de Pesquisa e Ação em Primatologia; Manejo Conservacionista de Primatas e Primatologia na América Latina. Eles apresentaram ainda os resultados de nove trabalhos desenvolvidos pelo centro. A equipe do CPB também participou das assembleias das Sociedades Latino-americana (SLAPrim) e Brasileira (SBPr) de Primatologia. O CPB passou a ocupar assentos na diretoria de ambas as sociedades. Leandro Jerusalinsky foi eleito secretário da SLAPrim, e sua substituta, Mônica Montenegro, escolhida como secretária da SBPr.

O Centro de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB) lançou durante o XVI Congresso Brasileiro de Primatologia as fichas sobre o estado de conservação de 139 espécies e subespécies de primatas com ocorrência no Brasil, avaliados em 2012, inclusive os 35 indicados como ameaçados pela Portaria MMA n° 444/2014. As fichas estão disponíveis em http://bit.ly/1TFv9mR. Junto a isso, o CPB lançou e distribuiu cartaz sobre as espécies de primatas ameaçadas de extinção no Brasil. Anunciou também a chamada para a apresentação de artigos sobre primatas em áreas protegidas na Amazônia,

que devem constar na edição especial da revista BioBrasil, publicação eletrônica do ICMBio. Os artigos serão selecionados pelo conselho editoral da revista, com previsão de publicação para o próximo ano. O XVI Congresso Brasileiro de Primatologia, que teve como tema “Conservação e Desenvolvimento: Desafios e Oportunidades para a Primatologia”, foi realizado entre os dias 9 de 13, em Manaus (AM). Paralelamente à programação do evento, houve a quarta monitoria do Plano de Ação Nacional (PAN) para a Conservação do Sauim-decoleira, reuniões para implementação do PAN Muriquis

WORKSHOP SOBRE CALITRIQUÍDEOS Em seguida ao congresso, entre os dias 14 e 18 de novembro, em uma parceria do CPB com o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônica (Cepam), Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e a Durrell Wildlife Conservation Trust, foi realizado o 2° Workshop para o Manejo e Conservação de Calitriquídeos. Calitriquídeos são espécies de primatas, que abrangem os saguis. Estão classificados em diferentes gêneros, como Callithrix, Tamarin, Leontocebus, Marikina e Cebuella, muito sujeitos a revisões periódicas por parte dos especialistas.

O objetivo do workshop foi promover a capacitação e a troca de experiências entre diversas instituições que vêm desenvolvendo projetos de manejo e conservação de primatas, com enfoque para as espécies ameaçadas de extinção. O evento teve a participação de 21 instituições nacionais e duas internacionais.

PROTAGONISMO Segundo Leandro Jerusalinsky, o protagonismo do CPB no XVI Congresso Brasileiro de Primatologia foi decisivo para divulgar os resultados dos projetos e processos coordenados pelo centro, promovendo a ampliação de cooperações e o controle social das atividades. “Além disso, os trabalhos que temos realizado foram frequentemente mencionados e amplamente reconhecidos pelas falas dos pesquisadores presentes, do início ao fi m do congresso”, lembrou. Na palestra de abertura, o professor-doutor Russel Mittermeier, coordenador do Grupo Especialista em Primatas da União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), destacou o trabalho do CPB na avaliação do estado de conservação dos primatas brasileiros e na coordenação de esforços de conservação por meio dos planos de ação. Já na palestra de encerramento, o professor-doutor José de Souza e Silva Jr. “Cazuza”, pesquisador do Museu Paraense Emílio Goeldi, ressaltou os esforços do CPB em pesquisa para ampliar o conhecimento sobre primatas ameaçados e insuficientemente conhecidos, especialmente com o projeto Primatas em Unidades de Conservação da Amazônia (PUCA).

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APA concilia produtividade e conservação A Área de Proteção Ambiental (APA) Ilhas e Várzeas do Rio Paraná (MS/PR) acaba de promover o 1º Seminário Técnico Sobre Boas Práticas na Produção Agropecuária. Durante os debates, os participantes puderam conhecer exemplos de boas práticas produtivas no interior da APA que podem ser replicadas por outros produtores de áreas ambientalmente sensíveis.

da conservação de solo e água, agrotóxicos, pagamento por serviços ambientais, entre outros temas, que serão divulgados em cartilha a ser distribuída às entidades participantes do evento.

A ideia foi mostrar que é possível produzir com alta rentabilidade e organização comunitária, mantendo a conservação dos recursos naturais. O encontro foi organizado pela direção da APA em parceria com o conselho gestor.

Na abertura do seminário, o chefe da APA, Erick Caldas Xavier, convidou o setor agropecuário e os órgãos ambientais para o diálogo. “Tanto o meio ambiente quanto a produção rural estão sujeitos às mudanças climáticas e crises atuais e às que estão por vir. Não somo vizinhos, dividimos a mesma casa”, afirmou.

Ao fi nal, os participantes decidiram aprofundar, durante a elaboração do plano de manejo, o debate a respeito

DIÁLOGO

Acervo APA Ilhas e Várzeas do Rio Paraná

Xavier destacou que metade do território da unidade de conservação que protege o rio Paraná é formada de áreas naturais e a outra metade é constituída de áreas produtivas, principalmente pecuária, soja, milho, arroz e cana-de-açúcar. “Precisamos dialogar mais e melhor”, concluiu o chefe da APA. Estiveram presentes ao evento representantes de órgãos ambientais locais, extensão rural, prefeituras, sindicatos rurais, cooperativas, produtores e empresas voltadas à produção agroindustrial, além de políticos, acadêmicos e professores da região. Participantes conheceram boas práticas produtivas promovidas na APA

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ICMBio e UFPR realizam curso em Tuneiras do Oeste A Reserva Biológica das Perobas, em parceria com a Universidade Federal do Paraná, por meio do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura (UFPR/ITTI), promoveu o curso “Ambiente & Educação: uma abordagem ambiental no cotidiano escolar”. Com foco em construção de projetos de educação ambiental, a capacitação teve a participação de profissionais das áreas de Educação, Agricultura, Meio Ambiente e Turismo do município de Tuneiras do Oeste (PR). O módulo presencial reuniu professores municipais que lecionam para crianças dos 3º, 4º e 5º anos da rede municipal de ensino de Tuneiras do Oeste e representantes das secretarias de Agricultura, Meio Ambiente e Turismo. Na ocasião, foram apresentados os temas O Homem e seu Meio, Educação Ambiental, Conservação e Gestão, Comunicação e Planejamento e Projetos. A educação ambiental foi tratada por meio de trocas de experiências e debates. Divididos em grupos, os educadores elaboraram projetos com foco em problemas ambientais da região do município, apresentados para a comunidade, no dia 19 de novembro, na Câmara de Vereadores de Tuneiras do Oeste. Entre as iniciativas, destaque para o trabalho desenvolvido em sala de aula sobre o atropelamento de animais na

BR-487/PR, na área da Rebio, e a atividade sobre lixo e cidadania, com projeto desenvolvido no distrito de Marabá, no qual alunos e professores estão desenvolvendo ação para limpar e conservar a principal praça da localidade. “Como foi proposto o projeto, logo pensei na pracinha, um lugar que seria nosso cartão de visitas. Sempre tem garrafa PET jogada, e eu pensei em torná-la um lugar mais aconchegante, mais acolhedor”, disse a professora Terezinha Luiz Belão, do 5° ano da Escola Municipal do Campo 19 de Abril. Outros dois grupos desenvolveram trabalhos relacionados ao lixo na estrada Boiadeira, no trecho em frente à Rebio das Perobas e nos dois acessos a Tuneiras do Oeste, já que os participantes identificaram uma grande quantidade de resíduos nesses pontos. Apesar do encerramento do curso, o trabalho com os educadores continuará. “A capacitação chegou ao fim, mas as ações na comunidade seguirão. Os participantes estão motivados com os resultados obtidos, apesar da grande quantidade de trabalho que eles encontraram no município. Nós acreditamos que pequenas atitudes podem mudar a realidade”, afirmou Camila Cantarelli, bióloga do UFPR/ITTI, responsável pelo Programa de Educação Ambiental (PEA) do projeto “Estrada Boiadeira – sonho que se realiza”.

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Trilha suspensa na Chapada dos Veadeiros permite acesso a cadeirantes

Acervo Parna Chapada dos Veadeiros

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O Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros promoveu no dia 5 de dezembro a primeira visita organizada à trilha suspensa nas Corredeiras, um dos atrativos da unidade de conservação (UC). O evento foi realizado em comemoração ao Dia Internacional da Pessoa com Deficiência (3 de dezembro) e contou com a participação de cadeirantes e colaboradores do parque. Por meio da trilha, pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida puderam chegar até as Corredeiras, aproveitando, inclusive, para tomar banho no local. “Devido ao perfil das trilhas atualmente existentes, apenas uns poucos visitantes com baixa mobilidade ou com algum tipo de deficiência física tiveram a oportunidade de conhecer o parque. E é pensando nesse público que estamos finalizando a trilha suspensa”, disse Carla Guaitanele, chefe do parque nacional.

Primeira visita à trilha suspensa das Correiras reuniu pessoas com deficiência e mobilidade reduzida

Pessoas com baixa mobilidade, como crianças, gestantes e idosos, e com deficiência participaram do evento. Carla conta que todos puderam conhecer a trilha e aproveitar as águas do rio Preto. Os cadeirantes tiveram o apoio desde o mirante da trilha suspensa até a água com a ajuda de cadeiras fabricadas especialmente para esta fi nalidade. A fabricação das cadeiras teve ajuda da Pousada São Bento e dos proprietários da Cachoeira Raizama. O evento contou ainda com apoio da Pousada Cristal da Terra e Pizzaria Canela de Ema.

(tração 4x4) até o local da trilha. O limite máximo é de quatro carros por dia.

A TRILHA

pessoas com mobilidade reduzida poderão entrar na água e desfrutar das delícias do rio Preto.

A trilha suspensa é feita de madeira, possui 230 metros de extensão e leva até um mirante de onde se pode visualizar as Corredeiras. Desse ponto, com auxílio, cadeirantes e

Para facilitar o acesso, os visitantes que se enquadrarem na Lei 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência) poderão entrar no parque com carro próprio

A trilha, segundo a chefe do parque, atende às regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que tratam dos critérios e parâmetros técnicos a serem observados na construção, instalação e adaptação de equipamentos de uso público no meio urbano e rural, a chamada ABNT NBR 9050.

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O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônica (Cepam) participou nos dias 26 e 27 de novembro da Oficina de Definição de Diretrizes Técnicas para elaboração de Planos de Gestão de Áreas de Proteção Ambiental em Manaus e no seu entorno. O evento é resultado de uma parceria entre Cepam, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Manaus e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente. O objetivo é desencadear um processo mais amplo de parcerias voltadas à efetivação das áreas de proteção ambiental municipais e estaduais situadas na região metropolitana de Manaus. Durante a oficina, foram realizadas apresentações sobre dispositivos legais que fundamentam a criação de áreas de proteção ambiental (APAs), cenário socioambiental das APAs municipais e estaduais e direcio-

namentos para elaboração e fortalecimento de Plano de Gestão de APAs. O evento contou com a facilitação de Manuel Lima, analista ambiental do Cepam que participou do V Ciclo de Gestão Socioambiental, e apoio de Diogo Lagroteria, Iris Rianne e Graziela Balassa, servidores do centro. “Estas ações estão relacionadas com o Plano de Ação Nacional para Conservação do Sauim-decoleira, com foco na importância destas áreas para a conservação desta espécie”, afirmou Manuel. Como resultado do evento, os participantes, com base nos principais problemas identificados, propuseram o fortalecimento da articulação entre órgãos ambientais. Um próximo encontro deverá ocorrer ainda este ano quando deverá ser definida uma agenda de atividades para 2016.

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Reserva Biológica das Perobas faz blitz educativa em rodovia

Instituições buscam fortalecimento de APAs na região metropolitana de Manaus

“A Boiadeira ainda nem foi liberada oficialmente para o tráfego e já há diversos registros de animais atropelados na estrada, especialmente na área da Rebio. É preciso sensibilizar os usuários para esse problema tão sério. Por isso, essa ação foi tão importante”, afi rmou Camila Cantarelli, bióloga do UFPR/ITTI.

UFPR/ITTI – Divulgação

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Uma blitz educativa realizada no Km 138 da BR-487/PR (Estrada Boiadeira), na entrada da Reserva Biológica (Rebio) das Perobas (PR), chamou a atenção dos usuários da rodovia para o problema do atropelamento de animais silvestres e da necessidade de respeitar o limite de velocidade no trecho em frente à unidade de conservação.

Na área da Rebio das Perobas, a velocidade máxima permitida é de 60 km/h, entretanto, muitos motoristas não respeitam a lei. “Estamos sempre aqui na área. Observamos que há motoristas que passam a mais de 100 km/h. Nessa velocidade não é possível ter nenhuma reação se um animal aparecer na frente do veículo. O acidente pode ser fatal para todos os envolvidos”, disse Carlos Alberto Ferraresi De Giovanni, chefe da Rebio.

Analistas ambientais da Rebio e integrantes do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestrutura da Universidade Federal do Paraná (UFPR/ITTI), com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), conversaram com cerca de 200 motoristas que passaram pelo local. Além de sacolas de lixo para serem usadas no interior dos carros, a equipe distribuiu revista temática sobre a Estrada Boiadeira e um folder a respeito de acidentes envolvendo animais silvestres.

Usuários da rodovia receberam informações sobre atropelamento de animais

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Curtas Cenap participa de encontro de biodiversidade e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Araguaia, Embrapa Pantanal, Zoológico de Sorocaba, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e das universidades federais do Paraná (UFPR) e do Rio de Janeiro (UFRJ). Ana Laura Prado

O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap) promoveu, entre os dias 17 a 20 de novembro, a Oficina de Avaliação Final e Reprogramação do novo ciclo de cinco anos do Plano de Ação Nacional para Conservação da Ariranha. Finalizado em agosto deste ano, o PAN Ariranha foi avaliado e novas etapas foram definidas para os próximos cinco anos. O plano contempla as duas espécies brasileiras de mustelídeos semiaquáticos, ariranha (Pteronura brasiliensis) e lontra (Lontra longicaudis). Na oportunidade, foi avaliado que as ameaças às espécies continuam as mesmas do primeiro ciclo, sendo necessária a continuidade do plano visando a conservação de ambas as espécies. Participaram da oficina representantes do Instituto Chico Mendes, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente

O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação dos Mamíferos Carnívoros (Cenap) foi representado no VII Encontro Paulista da Biodiversidade por seu coordenador-substituto, Rogério Cunha de Paula. Na oportunidade, o analista ambiental apresentou a palestra “Ações de Manejo e o Desafio da Conservação de Mamíferos Carnívoros em Paisagens Modificadas” e participou de uma mesa de debates sobre questões relacionadas à “Fauna em Ambiente Antropizado”. Realizado nos dias 25 e 26 de novembro, o evento teve o intuito de promover o debate em torno de questões relevantes para a biodiversidade, especialmente temas sobre ambientes antropizados e restauração ecológica e de fauna. A participação no encontro segue as diretrizes

estabelecidas pelo Cenap de colaboração com outros níveis administrativos do meio ambiente do Brasil, contribuindo também para os trabalhos de pesquisa e gestão da biodiversidade do estado de São Paulo. Danianderson Carvalho

Oficina avalia PAN Ariranha

Rogério Cunha durante palestra Participantes da oficina

Oficina avalia e renova PAN Cervídeos O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap) realizou nos dias 23 e 24 de novembro a Oficina de Avaliação Final do Plano de Ação Nacional (PAN) para a Conservação de Cervídeos Ameaçados de Extinção. O evento ocorreu no Núcleo de Pesquisa e Conservação de Cervídeos da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da UNESP/Jaboticabal, que já realiza diversas pesquisas com cervídeos brasileiros nas áreas de genética, reprodução e ecologia. O objetivo da oficina foi avaliar a efetividade do PAN e renová-lo por mais cinco anos, abrangendo os novos cervídeos incluídos em 2014 na Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção. A avaliação do plano demonstrou que 27% das ações foram concluídas no prazo e que a

maior dificuldade apresentada pelos articuladores foi a ausência de recursos para a execução das ações. A partir dessa análise, foi acordada a renovação do plano por mais cinco anos.

Servidores, colaboradores e bolsistas do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Sudeste e Sul (Cepsul) participaram no dia 2 de dezembro de uma oficina de defesa pessoal. O treinamento foi ministrado por instrutores da academia kartê Amaro Dojo e fez parte das ações de qualidade de vida previstas no planejamento estratégico do centro. O objetivo foi proporcionar exercícios físicos com base no estudo de defesa pessoal e permitir uma maior interação da equipe do Cepsul. Para o ano de 2016, mais ações de qualidade de vida estão previstas.

Acervo Academia Karatê AMARO DOJO

Oficina de defesa pessoal

Acervo Cenap

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Oficina faz parte das ações de qualidade de vida do Cepsul

Deu no DOU

Durante a oficina foram definidas ações para os próximos cinco anos

Os conselhos consultivos da Área de Proteção Ambiental do Morro da Pedreira e do Parque Nacional da Serra do Cipó, ambos em Minas Gerais, tiveram

sua composição modificada. As portarias podem ser acessadas em http://bit.ly/1jJHZUe.

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Reserva Biológica das Araucárias (PR)

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Fotos: : João Heitor Faraco Junior

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ICMBio em Foco Revista eletrônica

Edição Elmano Cordeiro Ivanna Costa Brito Projeto Gráfico Eduardo Giovani Guimarães Diagramação Narayanne Miranda Supervisor da DCOM João Freire Colaboraram nesta edição Antonio Lisboa – Parna do Viruá; Carla Guaitanele – Parna da Chapada dos Veadeiros; Carlos Alberto Ferraresi De Giovanni – Rebio das Perobas; Eloisa Pinto Vizuete – Cepsul; Erick Caldas Xavier – APA Ilhas e Várzeas do Rio Paraná; Frederico Pimentel – Parna da Serra dos Órgãos; Herika Matsunaga – APA Bacia do Rio Descoberto; Iris Rianne – Cepam; Leandro Goulart – Parna da Serra dos Órgãos; Luciene de Assis – Ascom/MMA; Manuel Lima – Cepam; Marcelo Raseira – Cepam; Paulo Roberto Amaral – Cenap; Rodrigo Figueiredo – Resex Ipaú-Anilzinho; Silvia Neri Godoy – Cenap; Sylvio Romério Briglia – Resex Ipaú-Anilzinho; Ugo Vercillo – MMA; Urbano Lopes – Cepam; Yuri Teixeira Amaral – Parna dos Lençóis Maranhenses.

Divisão de Comunicação - DCOM Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio Complexo Administrativo Sudoeste - EQSW 103/104 - Bloco B - Térreo - CEP: 70670-350 - Brasília/DF Fone +55 (61) 2028-9280 ascomchicomendes@icmbio.gov.br - www.icmbio.gov.br

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