XX. Sentido da Vida
Primeiramente temos que falar de alguns conceitos básicos para se afastar do senso comum. Por exemplo, oposto de depressão não é alegria, mas sim felicidade. Alegria é uma emoção momentânea e a felicidade é um estado construído ao longo do tempo.
A alegria é uma emoção passageira, como a conquista de um campeonato, que traz uma satisfação imediata e contagia as pessoas ao redor. A felicidade, por outro lado, é um processo mais complexo, que envolve a realização de propósitos. Por exemplo, a felicidade do sol pode ser entendida como iluminar, e a felicidade de uma macieira é dar frutos. Ambos atingem seus propósitos e, portanto, alcançam a felicidade plena. Por tanto não temos como falar de proposito sem entender o que é felicidade e vice-versa.
Ao longo da história da filosofia, tanto no período pré-cristão quanto no pós-cristão, os pensadores têm buscado a definição do que é ser humano. Através dessa busca, identificaram que a essência humana está relacionada à construção de uma pessoa melhor, fundamentada em valores e virtudes práticas. Essas virtudes e valores, quando aplicados em nossa vida, nos tornam indivíduos mais completos e realizados, permitindo-nos deixar um legado positivo em nossa existência.
As virtudes práticas são ações e atitudes que refletem os valores pelos quais nos pautamos. Esses valores, por sua vez, são princípios morais e éticos que consideramos importantes e que orientam nosso comportamento e nossas escolhas. Exemplos de virtudes práticas incluem a generosidade, a justiça, a coragem, a honestidade, a humildade e a compaixão. Essas virtudes nos ajudam a desenvolver nosso caráter e aprimorar nossas relações com os outros.
O conhecimento é outro aspecto fundamental na busca pela essência humana. Adquirir conhecimento nos permite compreender melhor o mundo ao nosso redor e, consequentemente, tomar decisões mais sábias e informadas. O conhecimento também nos ajuda a refletir sobre nossas próprias vidas, identificar nossos valores e virtudes e aprimorar nosso caráter. Além disso, compartilhar conhecimento com os outros pode contribuir para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Tornar-se uma pessoa melhor é um processo contínuo que envolve o desenvolvimento de habilidades, o aprimoramento do caráter e a busca pelo autoconhecimento. Ao longo dessa jornada, é importante ser resiliente e aprender com as adversidades, assim como valorizar e celebrar nossas conquistas e vitórias. A busca pela essência humana é uma jornada que exige esforço, dedicação e comprometimento, mas que, no final, resulta em um indivíduo mais completo e realizado.
Deixar um legado positivo é uma das consequências naturais desse processo de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. Ao cultivarmos valores e virtudes e nos tornarmos pessoas melhores, estamos também contribuindo para um mundo melhor. Nosso legado pode se manifestar de diversas formas, como através do trabalho que realizamos, das relações que construímos, das causas que defendemos ou do conhecimento que compartilhamos.
A história da filosofia nos mostra que, desde os tempos mais antigos, os seres humanos têm buscado compreender sua natureza e seu propósito na vida. Os filósofos pré e pós-cristãos contribuíram significativamente para essa busca, oferecendo reflexões e ideias sobre a essência humana e a importância de viver uma vida pautada em valores, virtudes e
conhecimento. Essas ideias continuam relevantes hoje, nos ajudando a refletir sobre nossa própria vida e a buscar nosso próprio caminho de desenvolvimento pessoal.
A questão central, então, é qual o propósito do ser humano. Todos nascemos humanos, mas, em um viés filosófico, não nascemos prontos. Em outras palavra, o tornarmos “seres humanos” é um processo de construção. A felicidade é como um verbo, pois é preciso praticála constantemente para alcançá-la. A felicidade não vem pronta. Diferente do sol, da macieira, não nascemos prontos. Estamos aqui para buscar nosso propósito. E para alcançá-lo temos que usar a nossa capacidade de refletir e pensar sobre os propósitos e, assim, buscar a felicidade.
Para descobrir o propósito, é preciso identificar e desenvolver os talentos e dons que a natureza nos concedeu. A natureza espera que os seres humanos atinjam seus propósitos e evoluam, pois não tolera a inutilidade. Ações realizadas com boa intenção e propósito tendem a ser duradouras. A parábola bíblica dos talentos ilustra a importância de multiplicar e aproveitar os talentos recebidos. Ao fazer isso, estamos cumprindo nosso propósito e evitando a inutilidade.
O propósito da vida, então, é transformar-se em uma pessoa melhor, aprimorando e exercendo nossos talentos e dons. Ao mesmo tempo, é fundamental compartilhar nossas habilidades e conhecimentos com os outros, contribuindo para o bem-estar geral.
A melhor maneira de descobrir o sentido da vida é olhar para dentro. O universo nos dá pistas dos nossos sentidos e propósitos. Ao descobrir, exercer e evoluir seu talento, você está dando sentido a sua vida. Quando unimos o sentido da vida, ou seja, utilização dos talentos e dons, com o propósito de melhorar a nós mesmos e compartilhar nossas habilidades, alcançamos a verdadeira felicidade e realização pessoal. Cabe a cada indivíduo aproveitar essas chances e seguir em busca de seu propósito.
XXI. O SENTIDO LÓGICO DA VIDA E O LIVRE ARBÍTRIO
A vida, pela lógica, não possui sentido por si só. Cabe a nós, seres humanos, atribuir sentido a ela através do nosso livre arbítrio. Podemos escolher dar sentido às nossas vidas ou deixá-las passar em vão. Se existe um propósito na vida, ele vem com pistas, e acredita-se que o Criador nos deixou pistas. Uma das principais pistas para descobrir o sentido da vida são nossas aptidões, talentos e dons. Essas características são inatas e presentes desde a infância, variando de pessoa para pessoa.
Observando a vida de uma perspectiva lógica, nascemos carecas, sem dentes, sem conhecimento, sem habilidade para andar ou falar. Ao longo dos anos, desenvolvemos nossas capacidades, aprendemos a falar, andar, nosso cabelo e dentes crescem. Por volta dos 40 ou 50 anos, começamos a perder cabelo e dentes, nossa memória enfraquece e, eventualmente, morremos. Portanto, o verdadeiro sentido da vida é descobrir quem somos e o que fazemos de diferente e especial. Devemos nos questionar sobre nossas habilidades inatas para ajudar outras pessoas e, assim, dar sentido às nossas vidas.
O propósito é a execução do sentido da vida. Descobrir nosso propósito está relacionado à descoberta do porquê estamos aqui e o que podemos fazer para executá-lo. Quando descobrimos o sentido da vida e o executamos na forma de propósito, compartilhamos esse sentido com os outros.
A glória da vida reside em fazer o nosso melhor para despertar o melhor dos outros, seja através da música, poesia, ou outras formas de expressão.
Podemos escolher exercer nosso propósito na vida pública ou privada, escrevendo sobre isso, palestrando ou compartilhando nossos conhecimentos. Ao saber por que viemos e começar a compartilhar isso, fazendo o bem para nós mesmos e para os outros, nos tornamos seres humanos completos. Estamos aqui para evoluir, não para perder tempo ou viver sem propósito. Uma pessoa sem propósito, que não executa o sentido da vida, pode sofrer de depressão ou doenças, pois a vida perde o sentido sem um propósito a ser executado.
Todos nós temos habilidades e dons, e acreditamos que o Criador nos deu essas características com um propósito. Se temos maior habilidade em uma área específica, é provável que isso esteja relacionado ao nosso propósito de vida. Quando identificamos nossos talentos e dons desde cedo, evitamos sofrimentos desnecessários e colocamos a pessoa no caminho do seu propósito.
No Nordeste do Brasil, existe um ditado que diz "a gente é para o que nasce", o que significa que nascemos com dons e talentos específicos. Infelizmente, a sociedade pode distorcer nossos propósitos, levando-nos a acreditar que, se algo gera dinheiro, deve ser seguido. Por conta disso é comum confundir dar sentido à vida, com sustentar a vida. Sei que pode ser extremamente difícil conseguir viver daquilo que daria sentido à sua vida, mas isso não impede de buscar um propósito. É possível ter um emprego que não estejam diretamente ligados ao sentido da vida, mas ainda assim encontrar tempo e espaço para desenvolver e executar nosso propósito fora desse ambiente. Quem sabe, um dia, será possível viver integralmente de acordo com o sentido da vida e transformá-lo em um grande propósito?
A verdadeira felicidade reside na busca pela evolução, não apenas das habilidades e conhecimentos, mas também da nossa essência espiritual. O grande propósito da vida é a evolução, tanto física quanto espiritual. Quando nos dedicamos a crescer, ajudar aos outros e compartilhar nossos dons e talentos, estamos trilhando um caminho de realização e significado.
Portanto, é fundamental refletir sobre o que nos move, o que nos faz únicos e o que podemos oferecer ao mundo. Ao entender nossas habilidades, podemos buscar um propósito que nos permita evoluir e contribuir para o crescimento e bem-estar das pessoas ao nosso redor. Seja através da música, da escrita, da arte, do trabalho comunitário ou de outras formas de expressão, encontrar e executar nosso propósito é a chave para uma vida com sentido e realização.
O sentido da vida é uma construção pessoal, baseada em nossos talentos, aptidões e desejos. O propósito surge como resultado dessa busca pelo sentido, e sua execução nos permite compartilhar nossas habilidades com os outros, contribuindo para um mundo melhor e mais harmonioso. O verdadeiro sentido da vida está na evolução contínua, tanto física quanto espiritual, buscando sempre o melhor para nós e para aqueles que nos cercam.
XXII. PROPÓSITO E SENTIDO
Para o homem primitivo, o sentido da vida era basicamente sobreviver. Já para o homem moderno, essa questão se tornou mais complexa e, muitas vezes, nos sentimos perdidos quanto ao sentido e propósito de nossas vidas. O verdadeiro sentido da vida, independentemente de quem seja, é utilizar nossos talentos e dons para nos tornarmos
pessoas melhores para nós mesmos e para os outros. Além disso, nosso propósito é compartilhar essas habilidades e conhecimentos com o maior número de pessoas possível.
Hoje, vivemos de forma muito semelhante aos nossos ancestrais, com medo e tentando controlar tudo. Adquirimos inteligência, mas queremos controlar o mundo. Se não quisermos engrossar as estatísticas de pessoas que sofrem de ansiedade, depressão, suicídio e vícios em geral, precisaremos rever nossa evolução e entender que nossa inteligência precisa ser melhor utilizada.
De alguma forma, começamos a perceber que a felicidade, ou o sentido da vida, era algo coletivo, vendido para nós. Temos medo de não ser bem-sucedidos, de não alcançar o que acreditamos merecer ou de não ter condições de adquirir bens materiais e status. No entanto, esquecemos que esse não é o verdadeiro sentido da vida.
Se analisarmos racionalmente, nascemos carecas, sem dentes e sem saber nada. Passamos anos aprendendo, crescendo cabelo, trocando os dentes e, um belo dia, começamos a envelhecer e a perder tudo isso, inclusive nosso conhecimento acumulado. Qual o sentido lógico disso?
Para evitar o adoecimento por ansiedade, precisamos ativar outros circuitos cerebrais, como os da empatia, gentileza e compaixão. Embora esses conceitos sejam amplamente discutidos, nem sempre são praticados.
A empatia, por si só, não é suficiente. Ela significa se sensibilizar com o sofrimento do outro, mas, sem compaixão, não tomamos nenhuma atitude para mudar essa situação. A compaixão nos leva a agir para aliviar o sofrimento do próximo. Já a gentileza abre novos circuitos cerebrais, melhorando nossa qualidade de vida.
Para alcançar um equilíbrio e viver em um mundo melhor, precisamos ativar os circuitos da solidariedade, gentileza e generosidade. Isso nos permitirá ter menos ansiedade, menos medo e evoluir espiritualmente, independentemente de nossa religião ou crenças. A espiritualidade tem a ver com sermos melhores e entendermos que, embora nossa vida seja passageira, a humanidade continua e devemos nos comprometer a passar o bastão para as futuras gerações.
As pessoas muitas vezes buscam a felicidade sem realmente compreender o que ela é, procurando no lugar e no tempo errados. É importante diferenciar alegria e felicidade. A alegria é uma emoção momentânea, enquanto a felicidade é um estado de espírito, uma construção.
A felicidade é um conceito complexo, mas pode ser compreendida como a realização do seu propósito ou de alguém. O propósito do ser humano envolve evoluir e se tornar um ser humano completo, um processo de construção contínua. Nesse sentido, a felicidade é um verbo, pois requer prática e aprendizado constante.
O ser humano, diferentemente de outros seres, possui livre arbítrio e a capacidade de refletir e pensar. Contudo, muitas pessoas esquecem que possuem esse propósito e sentido na vida. O sentido da vida está relacionado aos talentos que cada pessoa possui e deve desenvolver.
A parábola dos Talentos na Bíblia ilustra a importância de usar e desenvolver nossos talentos. Aquele que multiplica seus talentos recebe mais, enquanto aquele que enterra seus talentos é
repreendido. O propósito de uma pessoa é utilizar seus talentos para se tornar melhor e compartilhar suas habilidades com os outros.
O tempo é um fator importante na busca pela felicidade. A felicidade só pode ser encontrada no presente, pois o passado e o futuro não existem concretamente. Muitas pessoas vivem com a cabeça no futuro ou no passado, em vez de aproveitar o momento presente. A felicidade é alcançada quando se vive o agora, independentemente das circunstâncias.
Algumas pessoas buscam a felicidade em momentos futuros, como a formatura, o casamento ou a aposentadoria. No entanto, a felicidade deve ser buscada no presente, e a inatividade após a aposentadoria pode levar a problemas de saúde, como Alzheimer. A natureza elimina a inutilidade, e é importante estar sempre ativo e em busca de propósito.
Estudos mostram que as pessoas tendem a ser mais felizes na infância e após os 60 anos. As crianças são felizes porque não têm expectativas e vivem no presente. Já as pessoas com mais de 60 anos vivem com maior seletividade e desfrutam da vida de maneira mais intensa. Podemos aprender com essas duas faixas etárias para buscar a felicidade no presente e focar em nosso propósito e sentido de vida.
Quando as pessoas me perguntam “como eu fico sabendo qual é o meu propósito”, eu digo a natureza já definiu seu propósito quando ela te fez e trouxe ao mundo como ser humano. Os seus propósitos são valores virtudes e sabedoria. Podemos escolher até a face da pirâmide que da qual utilizaremos para chegar lá, mas o ápice e um só. A condição humana já tem uma meta estabelecida pela própria natureza. Agora, como você vai chegar lá, é você que escolhe. Mas o será sempre... Ser humano na plenitude da condição humana. Em outras palavras, a busca pela realização do potencial humano em todos os âmbitos da vida, desde o físico e emocional até o social e espiritual. Contudo, é fundamental compreender a liberdade que temos para escolher nossos caminhos na vida e assumir a responsabilidade pelas consequências dessas escolhas. Essa abordagem pode nos ajudar a enfrentar os desafios existenciais, como a finitude, a solidão e a angústia, e a encontrar um sentido e propósito na vida.
Eu, um homem de 41 anos, quanto a terra já investiu para me manter vivo? E quando correspondi sendo aquilo para o qual ela me criou? Isso é questão de propósito, não é uma brincadeira. É uma expectativa belíssima e nobre que existe sobre nós. Deveríamos sempre lembrar disso e querer honrá-la.
Outro elemento que é importantíssimo, quando falamos a respeito de propósito, que é a dualidade do “ter” e do “ser”. Um propósito está no campo do “SER”. Ou seja, o seu propósito humano tem que estar entre as virtudes humanas. Você pode escolher, não tem contraindicação. Se você escolheu como propósito de vida ser mais justo, mas pelo meio do caminho descobrir que tinha que ser é mais amoroso, está bem. Ou você substitui ou soma o amor a justiça. Garanto que a justiça não vai te fazer mal nenhum só vai te beneficiar. Portanto, risco zero. O importante é você estabelecer uma ideia mestre, um valor para estar no seu propósito no campo dos “ser”. Mas, será que não podemos ter proposito no campo do “ter”? Claro.
Imagine que existam duas estradas, sendo uma cuja finalidade está no campo do “ser” e a outra que a finalidade está no campo do “ter”. Exemplo: Em uma das estradas temos um que quer ser justo e fraterno no final da sua trajetória. Na outra estrada temos outro homem que
que ser o mais rico do mundo. Para o primeiro, que quer ser uma pessoa justa e fraterna, no meio do caminho ter um computador, um carro pode ajudar na locomoção e na agilidade para cumprir os compromissos
Essas coisas como “meios” elas só somam, não impedem de ter nada. Existe um livro muito bom que tem uma passagem maravilhosa que diz “Seja tão ambicioso quanto mais ambicioso dos mortais, só que desapegado do fruto” Se uma pessoa ambiciosa chega e diz para construir um prédio de 20 andares busque motivação e poder para construir um de 40 e ser capaz de construir. Contudo essa determinação não pode ser voltada para o seu ego, validade ou para o seu lucro. Essa motivação deve ter apelo na humanidade, algo que possa somar para minimizar o sofrimento humano. A motivação de princípios e valores de um homem, não podem ser menores que as motivação de ter dinheiro no bolso. Essa deve ser a maior motivação, motivação no campo do “SER”, ela é maior que pode existir.
Pessoas que tem como motivação de ser virtuoso, tem mais capacidade de gerar coisas materiais no meio do caminho do que qualquer outro. E não há nada de errado nessa busca pelo material. Até porque vivemos em um mundo material. Então não há nada de errado de utilizar o “TER” como meio, como proposito, para chegar no “SER”. Que é diferente de quem tem como objetivo somente o “TER”. Neste caso, o “SER” será um obstáculo. Ou seja, o “TER”. como fim exclui o “SER” como meio, porém o “SER” como fino não exclui o “TER” como meio. Em outras palavras, as coisas materiais não são pecados, não tem nenhuma inquisição aqui elas podem ser muito boas quando conectadas com fim maior do que elas. Ou seja, um propósito no campo do “SER”. O problema não está no desejo de ter e adquirir as coisas, o problema consiste nas coisas adquirem você.
A ideia do propósito não exclui uma vida material digna e ou restritiva. A ideia-chave do propósito como já falei é direcionada pela virtude. tente imaginar "o seguinte", o "próximo degrau" que está na sua frente não a escada inteira só o próximo degrau que o impede de crescer. Acredito que todos nós somos suficientemente adequados para aquilo que a vida nos demanda. Porém todos nós temos essa ponta solta que ficou lá para trás. O propósito está aí. E nada impede que no futuro reveja outros propósitos que ficou para trás. Não invalidará os anteriores nem os vindouros. Quando os propósito estão alinhados com os valores, você nunca perde aquilo que caminhou. Então é necessário que reveja o que te falta para passar ao próximo degrau, o que lhe falta para ser considerando um ser humano mais digno, com respeito etc.
Propósito e foco esse deve ser um dos problemas mais graves do nosso tempo. Nunca fomos tão desdobrados, dispersos de uma maneira viciosa. Corpo e mente juntos. Hoje temos o terrível divórcio entre esses dois, dificilmente estamos com a mente no mesmo lugar que o nosso corpo.
As coisas passam diante de nós e não vemos, não temos nenhuma noção das oportunidades que estamos perdendo, das coisas que precisavam perdemos, pois, a mente não estava no mesmo lugar que o corpo. Essa dispersão terrível. O propósito nos ajuda a curar também a questão da dispersão, dado que temos uma meta que nos concentre. Tome a morte como sua conselheira, já dizia Marcus Aurélio. E se fosse morrer amanhã eu estaria fazendo isso agora? Isso é coerente com o último momento que eu gostaria de ter na minha vida? Foco e propósito é uma parceria maravilhosa também para estarmos mais presentes na nossa vida.
Certo-errado e verdadeiro-falso honesto desonesto só existe quando você sabe aonde você quer chegar. Quem caminha e não sabe para onde ir, não está indo para lugar algum. Hoje
temos valores clonados, que mudam com a moda. Ai daqui a pouco é honesto fazer qualquer coisa, se aproveitar do outro. Porque no final de contas o Mundo é dos espertos. E aí nossa "ética" derivando a uma moda louca que a gente não sabe para onde vai. É honesto, bom e íntegro tudo que te aproxima do teu propósito humanista tudo que se aproxima do teu "SER" e não tem capacidade de escolha.
Quer se tornar um ser humano integro, justo, fraterno, tenha capacidade de escolha, discernimento. Saiba quais são as matérias-primas para construir isso. Aqueles que não querem construir nada, escolhem qualquer coisa que está na moda, aquilo que é baratinho, que todo mundo pensa, que todo mundo está usando. Por tanto falta de propósito tira sua identidade e seus valores e tive tira discernimento capacidade de boa escolhi. Além de tirar a capacidade da autoavaliação.
Otium é se dedicar as coisa da alma e negotium é se dedicar a coisas do corpo. A gente precisa dos dois. Na hora do Otium dos seus divino ócios você para e pensa o que eu fiz com meu dia em relação ao meu propósito. E se você não coloca consciência no seu dia pode se afastar tanto do seu propósito que quando olhar perceba que não dar mais tempo.
Felicidade é um estado de espírito do homem que coincide consigo mesmo que vive propósitos reais em tempo real e fundamental. Para mitologia grega, tempo real é medido em avanços em relação ao teu propósito. Em outras palavras, tempo real é medido pelo deslocamentos em direção ao ideal humano, ao teu propósito. Se não está se deslocando, não tem realização, até aquela satisfação de perceber que cresceu, só está gastando o tempo humano.
Precisamos realizar a nossa natureza humana ela anseia por vir ao mundo. E em realizá-la nos traz grande felicidade. Poder olhar para trás e concluir que nosso dia foi um dia digno de um ser humano. Não foi perfeito, mas conseguimos extrair ao máximo das minhas possibilidades para ser digno para ser humano, dei o meu melhor. Felicidade vem de coincidirmos com a nossa natureza humana, vem de dar passos reais dentro de um tempo real. de propósito. Isso é um fator de felicidade que não depende das circunstâncias, só depende de você.
Não podemos esperar ser felizes apenas graças às circunstâncias, pois não temos controle sobre elas. No entanto, temos controle sobre nós mesmos e, quando agimos de acordo com o que a natureza espera de nós, experimentamos felicidade, uma sensação de dever cumprido e paz de espírito que ninguém pode tirar de nós. O propósito é o que nos oferece essa qualidade de vida.
A qualidade de vida não se resume apenas a possuir eletrodomésticos de última geração ou uma casa luxuosa. Na verdade, a falta de qualidade de vida geralmente está ligada à falta de valores e virtudes humanas. Ao nos esforçarmos para cumprir nosso propósito, nos tornamos cada vez mais reconhecíveis como seres humanos através de nossas ações, comportamento e convivência. Isso nos torna mais agradáveis de conviver e exemplos positivos para os outros.
O propósito também nos traz paz. Quando ajudamos os outros e fazemos a diferença em suas vidas, experimentamos uma sensação indescritível de realização. Isso pode ser comparado a um "estado de frescor" em nossas almas, uma paz interior que nos permite ouvir "o canto dos pássaros" dentro de nós.
Além disso, o propósito nos ajuda a lidar com a mortalidade. Nilakanta Sri Ram, um pensador do século passado, afirmou que devemos construir nossa "barca" – uma base sólida e eterna
para nossa consciência – para enfrentar a morte. Isso pode ser alcançado ao desenvolvermos valores e virtudes sólidos que o nosso propósito nos oferece.
Ao cumprir nosso propósito, também nos familiarizamos com o ciclo de morte e renascimento, o que nos permite enfrentar a morte com serenidade. Elizabeth Kübler-Ross, médica que tratava de pacientes terminais, observou que quanto mais espiritualizado o indivíduo, mais chances ele tem de enfrentar a morte com lucidez.
Por fim, o propósito nos aproxima de Deus e nos permite compreender melhor seus atributos. Mesmo que nunca alcancemos a perfeição divina, ao nos esforçarmos para cumprir nosso propósito, nos tornamos cada vez mais semelhantes ao Criador.
Em resumo, o propósito nos oferece qualidade de vida, paz, a capacidade de lidar com a mortalidade e uma aproximação legítima com Deus. Além disso, nos permite colocar nosso coração em todas as coisas que fazemos e espalhar nossos valores e virtudes pelo mundo. Portanto, é fundamental ter coragem para fazer a diferença no mundo, em nós mesmos e nas pessoas ao nosso redor.