Jan-Fev 2016 | Ano 1 Edição de Lançamento
Passado, Presente e Futuro
Concerto inédito reúne o melhor da música e da história do Unasp
2 • Unasp em Revista
editorial
seções
Apenas um vislumbre
04 Acontece
Nosso desafio na apresentação da primeira edição do Unasp em Revista, no começo de mais um ano letivo que abre um novo século de existência na maior instituição de ensino adventista do mundo, foi enorme. Assim como a extensão dessa primeira frase neste editorial. As comemorações do centenário do Unasp campus São Paulo continuaram no segundo semestre de 2015 em mais de 50 eventos, que, juntos, representam a grandeza desta instituição em suas principais frentes de atuação: acadêmica, musical, artística, social e espiritual. Esta é a primeira edição do Unasp em Revista, sendo também o primeiro editorial na função em que ocupo atualmente junto à equipe de Comunicação e Marketing do Unasp -SP. O Unasp em Revista abre esse novo ano trazendo a você apenas um vislumbre do que esta instituição tem de melhor a oferecer em todos os níveis de ensino e do que vai “muito além do ensino”, passando pela formação do caráter e do refinamento artístico e musical; formando pessoas imbuídas do espírito cristão e solidário, sendo muito mais preparadas do que para apenas exercerem uma profissão. O Unasp e esta revista se propõem a ir além. Como uma instituição educacional, vivemos na jornada do conhecimento. Sendo jornada, estamos em mo-
Professor do Unasp recebe “Nobel” da Ciência da Computação.
08 Arte e Música Cotidiano, conflitos e transformações profundas representadas por uma turma que encantou o Unasp no musical Lucca.
12 Entrevista 14 Capa Ana Paula
Jornalista e Assessora de Comunicação
vimento; falando em conhecimento genuíno, ele implica descobertas, erros, acertos, ajustes e crescimento. Sendo assim, o Unasp em Revista também será refinado nas próximas edições, dentro de sua proposta editorial a partir do contato com você, leitor. Além disso, em se tratando de Unasp, realiza-se muito mais do que é possível registrar em palavras e em imagens, por isso o ambiente virtual e suas inúmeras possibilidades serão também uma extensão desta revista, assim como é uma extensão desta Instituição. Fique por dentro do que acontece no Unasp-SP, nos acompanhe nas redes sociais e compartilhe as boas notícias que o Unasp traz até você, sendo você o principal motivo de nossa existência.
17 Educação Básica 21 Ensino superior Universitários do Unasp discutem racismo nos dias atuais no Fórum para Questões Afro-Indígenas.
25 Pós e extenção 27 Ponto de Fé 28 Unasp em Missão 31 Mundo Unasp 32 Nossa História 34 Em Foco Voluntariado no currículo. Um movimento que tem feito parte do vocabulário de instituições no Brasil e no mundo.
Expediente Expediente Direção Geral Douglas Menslin Editor e Jornalista Responsável Ana Paula Ramos MTB 45149/SP Revisão Ana Paula Souza e Diane Andrade Redação Ana Paula Ramos e Murilo Pereira Colaboradores Gésia Ruckdeschel, Kimberly Cruz, Lucas Rocha, Tainá Macedo e Marcos Eduardo Gomes de Lima Fotografia Wilson Produções, Murilo Pereira, Devson Lisboa, Kelly Millhomens, Gésia Ruckdeschel, Tainá Macedo, Alisson Rocha e Jurandir Ferreira Designers Gráficos Marlon Miranda, Devson Lisboa e Kelly Millhomens Projeto Gráfico e Diagramação Carlos André Silva
Departamento de Comunicação e Marketing
www.unasp-sp.edu.br atendimento@ucb.org.br Tiragem 6.000 exemplares
Estrada de Itapecerica 5859. São Paulo-SP Cep: 05858-001 - Fone: (11) 2128-6100
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Acontece Eventos
Números
Oscar aos estudantes talentosos
No último semestre, o dia do estudante foi marcado pela terceira edição do prêmio Oscar da Criatividade Unasp organizado pelo Programa de Apoio ao Discente – Proad. Essa foi também a primeira vez que os alunos do Ensino Médio tiveram a oportunidade de participar. Com o tema a “História contada do meu jeito”, os estudantes foram incentivados a usar seus talentos para contar a sua história com o Unasp-SP. Desta forma, o evento celebrou também o centenário da Instituição. Foi tocando violão e cantando nos gramados do campus que as amigas Taysis Fiuza e Aline Farias, vencedoras da categoria musical, sentiram vontade de cantar sobre a vida no Unasp. As universitárias do primeiro ano do Curso de Psicologia usaram as notas do violão e uma melodia para descrever as experiências de alunos que desde a infância até a Graduação passam pelo Unasp-SP.
Fazendo o Bem
Para celebrar o dia da Responsabilidade Social, em setembro, o Unasp-SP mais uma vez abriu as portas à comunidade em um dia de serviços, entretenimento e ações educativas gratuitas. Um setor bastante procurado pelos participantes foi a Feira de Saúde. O projeto aborda oito remédios naturais: água, luz solar, ar puro, exercícios físicos, descanso, alimentação natural, temperança e confiança em Deus. Nos stands, os participantes receberam dicas e fizeram pequenos testes para avaliar o desempenho individual de saúde. Para Mayara da Gama, moradora da comunidade, foi muito bom participar. “Aprendi um método diferente de amenizar a febre. Fiquei surpresa com a praticidade”, contou. Beatriz Costa, estudante de psicologia, trabalhou no stand de pintura que chamava a atenção das crianças pelos desenhos coloridas no rosto. Contou que através dessa atividade, as crianças puderam aprender mais sobre o contato e demonstração de carinho. “Alguns pais quiseram participar junto com seus filhos, e gostaram bastante” relatou.
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+ de 16 mil alunos estudaram no Unasp em seus campi em 2015. Esse número tem aumentado ano a ano, fazendo do Unasp a maior instituição educacional adventista do mundo.
82%
dos professores do Unasp são mestres e doutores. Em alguns cursos do Ensino Superior, 100% do corpo docente possui tais titulações.
50%
dos cursos de Graduação + de do Unasp têm nota 4 na avaliação do MEC, sendo 5 a pontuação máxima.
1.552 alunos
frequentaram as escolas de artes e conservatórios do Unasp em 2015. Talentos artísticos e musicais têm se revelado e desenvolvido nessa Instituição.
83 CDs e 19 DVDs já foram produzidos pelos grupos musicais, bandas e orquestras do Unasp desde sua fundação. O último lançamento musical foi o DVD “Muito Além”, lançado em novembro de 2015 em comemoração ao centenário da Instituição.
Eventos
orientação é fundamental
Escolher qual profissão seguir é uma decisão com a qual todo adolescente se depara quando está prestes a concluir o período escolar. Nesta fase, os alunos do segundo e terceiro anos do Ensino Médio do Colégio Unasp tiveram a oportunidade de conhecer várias profissões antes de fazer sua escolha. Em outubro, eles participaram da Feira de Profissões Start. Universitários e professores de diversos cursos dos três campi do Unasp apresentaram as principais atividades profissionais que cada área tem a oferecer. Desde se acomodar no divã da Psicologia até conferir como é elaborado um projeto de Engenharia Civil, os jovens alunos, que em pouco tempo trocarão as cadeiras da escola pelas salas de aula da universidade, experimentaram um pouco do que as diferentes áreas do conhecimento desenvolvem na prática. Para Talita do Nascimento, a feira só reforçou a escolha que havia feito. “Eu já sabia o curso que queria. Consegui falar com uma profissional que me ajudou a quebrar muitos tabus que eu tinha sobre a área. A Nutrição parece que é estar muito na cozinha, mas não é só isso. O campo é muito aberto”, considerou. Uma semana antes, a mesma feira esteve aberta também para os alunos de algumas escolas da Educação Adventista localizadas na Zona Sul de São Paulo.
Noites bem aproveitadas
Desde 2013, os alunos universitários do Unasp -SP têm vivenciado noites diferentes para tratar de temas relevantes com uma pegada jovem, boa música e convidados especiais. O Altas Horas completou três anos no último semestre e celebrou a data com um programa comemorativo fazendo parte também do calendário de eventos do centenário do Unasp. O projeto foi criado e é conduzido por alunos, com o objetivo de continuar o momento de comunhão com Deus e com os amigos, sempre às sextas-feiras à noite, após o culto realizado na Igreja do campus. “Chamados para Servir” foi o tema da noite, conduzido pelo diretor geral do Unasp-SP, Douglas Menslin. A enfermeira Kênia Albuquerque, apresentadora do programa desde o primeiro ano, tem como motivação nesse projeto o desejo de ver Jesus voltar em sua geração. “Eu acho que nós precisamos agitar a galera, sabe? Nós somos a geração que vai ver Jesus voltar. Eu quero ver isso com meus olhos. Quero ver as coisas acontecendo. Nós somos chamados para servir. Nós somos chamados para testemunhar e levar isso para as outras pessoas”, destacou.
Na agenda 27 de fevereiro | Programa Change your world – Voluntários Unasp-SP 28 de fevereiro | Escola de Missões – Voluntários Unasp-SP 1º e 10 de março | Cerimônia do Jaleco Branco – Nutrição 2 de março | Fórum dos Professores de Ensino Religioso 11 de março | Encerramento do período de matrículas para cursos de Graduação 13 de março | Início das aulas dos cursos de Pós-Graduação Lato Sensu do Unasp-SP 19 de março | Programa Change your world - Voluntários Unasp-SP 20 de março | Escola de Missões – Voluntários Unasp-SP Unasp em Revista •
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Eventos
Superbom comemora 90 anos
Já se passaram 90 anos desde que teve início, nas instalações do então Colégio Adventista Brasileiro, CAB, atual Unasp campus São Paulo, a produção do suco de uva que em meados de 1925 já era considerado de ótima qualidade e deu origem à Superbom. O que a princípio era destinado apenas ao consumo dos alunos que estudavam na escola inaugurada uma década antes, passou a ser industrializado e vendido com o objetivo de contribuir para a renda do colégio. Nos anos seguintes, a produção não apenas aumentou como se modernizou e passou a incluir outros produtos também desenvolvidos conforme os princípios adventistas de saúde. Um culto de ação de graças no dia 11 de setembro celebrou o aniversário da empresa e enfatizou a condução de Deus na história da marca Superbom. Um dos episódios mais mencionados da história da Superbom passa pela presidência da república, quando Domingos Peixoto, enquanto diretor do CAB, visitou o ex-presidente Getúlio Vargas, que cumpria o seu segundo mandato. Após oferecer o suco de uva, Peixoto perguntou ao presidente se o suco era bom, ao que ele respondeu: “é super bom”. Desde então esse passou a ser o nome da marca que, além do suco de uva integral, comercializa hoje outros 70 itens distribuídos em 25 mil pontos de venda no Brasil e presentes nos quatro maiores grupos varejistas do país.
Unasp em mais de 100 telas
O hall do edifício universitário recebeu, no mês de novembro, uma exposição inédita. Mais de 100 telas foram distribuídas no espaço por onde circulam centenas de pessoas todos os dias. Cada quadro, desenhado por alunos, expressou mais de uma centena de olhares sobre o Unasp campus São Paulo que em 2015 completou 100 anos. A mostra “Olhares e Impressões da Vida na Colina” foi construída através da composição de alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio do Colégio Unasp e alunos de pintura em telas da Acarte. Peças de artistas experientes também fizeram parte da exposição. Flores, pássaros, animais, jardins, diferentes cantos do campus com paisagens antigas e atuais diversificaram os trabalhos apresentados. “Foi muito gratificante ver o olhar de tanta gente que acabou aumentando a sua paixão pela escola, pelo simples fato de dedicar tempo para produzir uma obra de arte”, relata Cleide Oliveira, curadora da exposição. 6 • Unasp em Revista
Gente
Facebook Reprodução
Professor do Unasp recebe “Nobel” da Ciência da Computação
A ACM (Association for Computing Machinery) e a IEEE (Institute of Electrical and Eletronics Engineers), os dois maiores órgãos da engenharia e computação no mundo, concederam ao professor do Unasp-SP, Dr. Fuad Gattaz Sobrinho, o mais alto grau de premiação das sociedades científicas, a Medalha de Ouro pela Contribuição Transformadora em Engenharia de Software (Gold Medal for Transformative Contribution in Software Engineering). “É com muito orgulho que podemos dizer que temos como parte de nosso corpo docente um professor com tão alto grau de premiação da sociedade científica da computação, tecnologia e engenharia”, declara Cleverton Borba, coordenador dos cursos de Ciência da Computação e Engenharia de Computação do Unasp campus São Paulo. O Dr. Fuad Sobrinho criou métodos, uma linguagem, ferramentas e um modelo de gestão de processos de negócios, um processo integrado que têm sido aplicados em diferentes organizações em todo o mundo, com base na gestão de resolução de problemas orientada por resultados. Por não ser contemplada entre as categorias atualmente existentes no prêmio Nobel, as inovações e descobertas do campo da Ciência da Computação recebem esse reconhecimento mundial equivalente. A medalha foi entregue ao professor do Unasp durante a conferência internacional SDPS 2015 em Dallas nos Estados Unidos entre os dias 1 e 5 de novembro.
Na rede Além de ter um campus on-line e um portal próprio, você também pode manter-se conectado ao Unasp por meio de nossos perfis oficiais nas principais redes sociais virtuais. Veja aqui alguns destaques do você encontra “na rede”. www.youtube.com/unaspc1 Assista à reportagem especial sobre o Unasp 100 anos in concert no Citybank Hall. Um espetáculo com os principais grupos musicais do Unasp em celebração ao centenário da Instituição. www.facebook.com/unasp.saopaulo Compartilhe e relembre os melhores momentos dos últimos eventos do Unasp. Fotos, vídeos e links sobre tudo o que acontece no campus São Paulo.
Novidade no Face www.facebook.com/voluntariosunasp O Centro de Voluntariado Berndt Wolter foi criado em maio de 2015 e teve sua sede inaugurada em dezembro do mesmo ano. Acompanhe as novidades e conheça os projetos para 2016 curtindo a página dos voluntários Unasp. Acesse também
@UNASPsp
@unaspsp
Arte e Música
O Vigia da Universidade O
Cotidiano, conflitos e transformações profundas representadas por uma turma que encantou o Unasp no musical Lucca.
ambiente universitário, pa queras, relacionamentos, amizades, pequenos conflitos e a possibilidade de participar de um coral universitário tornaram a história próxima ao público composto em sua maioria por jovens. “Ninguém sabia o que era ao certo e eu resolvi vir para ver. Quando cheguei aqui fiquei maravilhada porque era a mensagem que a gente precisava”, conta a professora Nivia Silva. No enredo do musical Lucca, alunos do Unasp-SP interpretaram personagens e contracenaram em cenários bem parecidos com os do seu cotidiano. Enquanto a trama se desenrola, uma figura misteriosa comenta os acontecimentos no campus e o comportamento dos alunos e das alunas através de uma página no Facebook chamada “O Vigia da Universidade”. As postagens, de início irônicas, mas sempre reflexivas e sinceras, vão se tornando mais humanizadas e em primeira pessoa até ser possível notar que a figura anônima é alguém presente no dia a dia dos personagens principais. Entre esse grupo estão aqueles que se preparam para um concurso musical do coral do qual fazem parte. Enquanto isso, os fatos que acontecem gradativamente na vida de cada personagem ensinam importantes lições espirituais. Ana, aluna meiga, alegre e estudiosa, interpretada pela cantora Joyce Carnassale, aos poucos se afasta de sua rotina de faculdade, coral e igreja até que seus amigos percebem sua ausência e ficam preocupados. Enquanto se reúnem em um pequeno grupo de oração na faculdade, conduzido pelo zelador da escola, o ambiente em que Ana se encontra é muito mais hostil e preocupante. Seu distanciamento social e conflito
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emocional fatalmente a levaram para o mundo das drogas. Meses se passam até que chega enfim o dia do concurso. Os participantes do coral estão preparados e ansiosos, mas antes que comecem as primeiras apresentações, Ana surpreende a todos. Emocionada, a jovem pede licença para seus amigos do coral e diante do público pede que seu pai a perdoe. O encontro emocionante de pai e filha é interpretado através de uma bela peça musical. Envergonhado, o irmão de Ana desiste de cantar. O diálogo com o pai que estava no auditório para prestigiar o jovem, marcou o público em uma versão moderna da parábola bíblica do Filho Pródigo. As postagens do Vigia da Universidade foram se intensificando até o final do musical. Com importantes reflexões fundamentadas em textos bíblicos, esse personagem misterioso interpretou as
histórias do ponto de vista cristão. Os personagens e o público se surpreenderam com a descoberta de que o Lucca, um dos rapazes mais discretos da galera, era a identidade secreta do Vigia. O musical teve a autoria e regência do músico Wilson Junior, sendo apresentado pelo Coral Universitário Expressão Jovem e pela Banda Teen do Unasp-SP. A produção envolveu mais que uma centena de alunos e universitários. “Eu estou saindo desse evento completamente maravilhada. Trouxe uma visita e ela me agradeceu. A mensagem alcançou o coração da minha visita também”, considerou a professora Nivia. O musical Lucca foi uma das principais programações artísticas em comemoração ao Centenário do Unasp-SP, através do talento e do elenco de músicos e artistas da Academia Adventista de Arte, Acarte. Murilo Pereira
“O Lucca vê a vida e acaba transformando essa história como numa história da Bíblia, conectando todas elas. No princípio eu estava achando que ia ser tranquilo. Como era só gravar os vídeos, achei que seria tudo mais fácil. Eu estava enganado. Foi mais puxado do que o normal. Mas o importante é que não foi algo para mim e sim para as pessoas. Eu pensei comigo mesmo assim: - Cara, eu vou fazer, mas não vai ser para mim, vai ser para o mérito de Deus, pois essa programação foi feita para atrair as pessoas para Jesus. Foi feita especialmente para elas.” Kevin Lutz, estudante do curso de enfermagem, que fez o papel do Lucca no musical.
Música+Unasp = Munasp Pequenos com talento de gente grande A rotina musical de quem participa do Munasp começa logo de manhã com ensaios das orquestras após um momento de reflexão. As tardes são dedicadas ao estudo e à prática nas “masterclasses”. Ao fim do dia, o aprendiz pode se apresentar ou assistir aos concertos acadêmicos que acontecem diariamente no auditório da Acarte, a escola de artes e música do Unasp. Após o jantar, é hora de contemplar os concertos que proporcionam a cada noite um espetáculo à parte. A quarta edição do Festival Internacional de Música do Unasp aconteceu entre os dias 26 de julho e 1º de agosto de 2015. Cerca de 240 juvenis e adolescentes de 10 a 17 anos participaram do evento. As atividades do Munasp são oferecidas sem taxas de inscrição ou pagamento pelas aulas. Apenas o valor do pensionato e alimentação é cobrado daqueles que optam por ficar hospedados no campus durante os dias do evento. Ao participante, fica a responsabilidade de manter-se comprometido com o estudo e desenvolvimento musical.
Durante uma semana, os estudantes de música têm a oportunidade de aprender mais e praticar seus instrumentos, convivendo com músicos reconhecidos internacionalmente que dedicam seu tempo para compartilhar suas experiências de carreira com os jovens aprendizes. O diretor artístico do Munasp, maestro Jean Reis, explica que um dos diferenciais do Munasp nesse ano foi também a contribuição que o festival tem recebido de apoiadores que acreditam no valor da educação através da música e a importância de torná-la casa vez mais acessível. “Quem acredita nessa iniciativa não somos apenas nós, organizadores e instituição, mas os que fazem parte desta comunida-
de”, afirmou. O representante da Caixa Econômica Federal, Werner Solar, disse, durante a cerimônia de abertura do Munasp, que o festival passa a ser um dos diversos eventos culturais do país que o banco reconhece e apoia. O 4º Munasp foi o 50º dos 100 eventos que fizeram parte da celebração do centenário do Unasp em 2015. “Quando eu olho os alunos do Munasp eu penso que daqui a pouco tempo todos eles vão estar em nosso lugar, quem sabe liderando tudo isso. O Munasp me dá uma visão de futuro. É um exemplo claro do que é ir muito além do ensino”, conclui a diretora do festival administrativa do festival, Murilo Pereira Cleide Borba.
Sequência de ouro
Série de concertos e apresentações musicais reuniu talentos renomados e de experiência, dando continuidade às comemorações do centenário do Unasp em grande estilo.
As comemorações culturais pelo aniversário de 100 anos do Unasp incluíram uma série de concertos especiais que tiveram início no dia 21 de junho com o prestigiado grupo de cordas Ensemble SP, seguido pelo concerto de Richard Kogima e do Metal & Cia. O programa “Retratos do Brasil”, apresentado pelo grupo Metal e Cia, alegrou o público de todas as idades na do dia 4 de outubro. O grupo Metal come-
çou em março de 1992 com garotos que estudavam instrumentos de sopro na escola de artes e música do Unasp-SP, a Acarte. Seu objetivo, desde o início, tem sido apresentar a mensagem cristã através da música. Ainda assim, o grupo também se reúne para tocar e apresentar canções populares como o repertório escolhido para esse programa. Com o passar do tempo, várias formações passaram pelo Metal e Cia e, no
dia 4/10, vários músicos que já fizeram parte do Metal se reencontraram para uma apresentação especial em comemoração aos cem anos do Unasp. “É maravilhoso poder retornar ao Unasp e tocar com pessoas que eu não via há anos”, conta Adriano Bezerra, ex-aluno do Unasp e ex-integrante do grupo que hoje vive no Rio Grande do Sul. O programa foi recheado com músicas populares, como Garota de Ipanema, Unasp em Revista •
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Banho de Lua e Asa Branca, entre outras músicas características da cultura brasileira. “Foi muito divertido e alegre ouvir as músicas, a gente vira jovem de novo”, relata Maria Amélia de Araujo, que veio de Ubatuba-SP para assistir ao evento.
Encerrando a Série Ouro 2015, após a apresentação das 4 Bandas in Concert, a Banda Sinfônica Jovem do Unasp-SP fez sua apresentação no dia 14 de novembro, com um repertório eclético, incluindo músicas clássicas, eruditas, música popular e das anti-
gas, aquelas tocadas e ouvidas pelo rádio. “Para nós é um prazer participar do centenário do Unasp-SP e já estamos preparando nossa festa de 35 anos de Banda Jovem”, afirmou o regente Ronnye Dias. Murilo Pereira
Muito Além do Natal A música fez parte dos principais momentos de celebração do ano do centenário do Unasp. Com a proximidade das festividades de final de ano, os programas de Natal foram também abrilhantados pelos grupos musicais da Instituição. No dia 8 de novembro, a Orquestra de Sinos inaugurou a sequência de concertos natalinos no campus. A apresentação impressionou e emocionou o público. O Coral Juvenil, tradicional grupo infanto-juvenil da Acarte, acompanhou os sinos em canções especiais e clássicas de Natal.
Já no dia 6 de dezembro, o Coral Carlos Gomes, o Coro Masculino, a Orquestra de Sinos do Unasp e o Quarteto de Cordas protagonizaram um grande concerto de Natal e em comemoração aos 100 anos do Unasp. O evento que aconteceu no templo do campus enfatizou o significado do nascimento de Jesus Cristo para a história e missão desta Instituição. Desde seu início, o Coral Carlos Gomes, o mais antigo do Unasp, foi regido por grandes maestros, como Turibio de Burgo. Atualmente, é dirigido pelo
músico Marcelo Martins. Para o concerto natalino, Martins preparou um repertório variado e convidou o Coro Masculino e a Orquestra de Sinos para fazer parte da celebração. “É uma coisa que nos faz bem, a gente sai daqui leve”, afirmou a aposentada Neuza Lima que estava no campus para matricular o neto no Colégio Unasp e aproveitou para prestigiar o concerto. Muito além dos costumes consumistas e comerciais em torno do Natal, o repertório escolhido para o último concerto de natal do ano teve como inspi-
Coral Carlos Gomes
ração a esperança no retorno de Jesus, na época em que os cristãos celebram o nascimento do filho de Deus. O concerto “Muito Além do Natal” do Coro de Câmara do Unasp-SP aconteceu no dia 12 de dezembro, exatamente um ano e um mês após a abertura dos 100 eventos em celebração ao centenário
da Instituição. O concerto foi o último evento do ano de comemorações dos 100 anos do Unasp. Para o maestro Turíbio de Burgo, regente do Coro de Câmara, o evento foi também uma oportunidade para perceber o quanto Deus já realizou através das gerações que passaram
pelo campus. “Essa instituição tem um significado e um valor muito grande para a família adventista. Fui abençoado pelo que aprendi aqui. A história do nascimento de Jesus tem tudo a ver com a história do Unasp e com a minha história”, expressou Turíbio. Murilo Pereira
Busque por “Noite de Paz – Coral Carlos Gomes” no Youtube e assista ao clipe especial de natal. 10 • Unasp em Revista
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Entrevista
Novo Diretor
O pastor e doutor em Educação, Douglas Menslin, assumiu a direção geral do Unasp campus São Paulo no dia 25 de agosto de 2015. Em 27 anos de dedicação à Organização Adventista, sua relação com o Unasp é antiga. O novo diretor compartilha com a gente um pouco de sua história, visão administrativa e perspectivas para 2016, o primeiro ano de sua gestão, após as comemorações do centenário. Pastor Menslin, sabemos que sua história com o Unasp, não é recente. Conte-nos um pouco sobre sua relação com a instituição e de que forma ela faz parte de sua formação e experiência profissional. Menslin - Cheguei ao Unasp-SP em 1985, com 18 anos de idade, para cursar Teologia. Além da mala, que era pequena, com pouca coisa dentro, tinha o sonho, na mente e no coração, de ser um pastor e servir a Deus onde Ele me indicasse. Aqui passei quatro anos muito intensos, com alegrias, preocupações e desafios. Fui aluno bolsista, trabalhei na segurança e na portaria do colégio por três anos, mas também aprendi o valor da colportagem*, que me ajudou a pagar parte dos estudos e que me ensinou uma outra lição: a de viver cada dia pelo poder de Deus. Academicamente, tive o privilégio de ser aluno de professores comprometidos com a missão da educação que transforma vidas. Esses mestres me mostraram o maior valor que um aluno cristão precisa aprender para a vida - a comunhão com Deus. Sou muito grato aos professores do Unasp-SP, pois ajudaram a formar o meu caráter e a estabelecer as metas para o meu futuro. Aqui também encontrei a minha namorada, que está ao meu lado todo esse tempo. Nos conhecemos, namoramos e nos casamos no período em que passamos aqui como alunos. Ao nos formarmos, eu e minha esposa, recebemos nosso primeiro chamado para servir ao Unasp-EC, ou seja, iniciamos nossa trajetória profissional juntos, nessa Instituição, e, agora, 27 anos depois, retornamos para dar continuidade ao trabalho que grandes homens realizaram aqui. Sabemos que sua atuação profissional sempre esteve ligada, de alguma forma, à educação, assim como sua formação acadêmica. Nesse contexto, qual foi sua maior motivação ou desafios que o levaram a ingressar e concluir o doutorado em Educação? De que forma isso contribui para sua visão como administrador? Menslin - Ao me formar, ouvi o pastor Walter Boger, que na ocasião era o diretor geral do então “Novo IAE”, hoje 12 • Unasp em Revista
Unasp-EC, um homem visionário que demonstrou a necessidade de pessoas para trabalharem para Deus através da educação. Ele sinalizou para mim a possibilidade de avançar meus estudos, me qualificando para trabalhar para a igreja através da educação. Ingressei no curso de Pedagogia, no próprio campus, e ali também fiz o programa de mestrado que na ocasião era oferecido. Posteriormente, recebi um chamado para atuar como diretor escolar no Estado do Paraná, e esse chamado mostrou a necessidade de continuar a me qualificar para servir a Deus através da educação. Tive a oportunidade de iniciar um outro mestrado em educação agora na PUC-PR e, logo em seguida, o doutorado na área de história da educação na mesma universidade. Paralelamente, Deus me deu a oportunidade de trabalhar na administração do Departamento de Educação da Associação Sul-Paranaense e, pouco tempo depois, fui chamado para ser departamental de educação da União Sul-Brasileira, função esta em que atuei por dez anos. Nesse período, Deus me concedeu a oportunidade de estar à frente de vários projetos que envolviam a administração e liderança, tanto na Educação Básica, como na estruturação do Ensino Superior daquela região do Brasil, no Instituto Adventista Paranaense (IAP). Esses anos à frente desse departamento contribuíram para uma visão educacional mais apurada, o que, de certa forma, contribuiu para o trabalho ali realizado. Quais foram os primeiros pensamentos ao receber o convite e o desafio de administrar este campus, uma das instituições mais conhecidas, conceituadas e tradicionais da Organização Adventista no Brasil? Menslin - Foram vários; sentimento de incapacidade diante de um desafio tão grande; sentimento de pequenez, ao pensar que um dia aqui cheguei como aluno e agora retornar como administrador; sentimento de colaboração, isto é, de que poderia contribuir com um pouco da experiência acumulada ao longo dos anos; sentimento da necessidade de dependência de Deus, pois somente com o poder do Alto é
possível conduzir as atividades de uma instituição tão grande e tão representativa no cenário nacional e internacional. Esses sentimentos me fizeram compreender que estava diante de um chamado de Deus para essa missão, por isso aceitei, como sendo alguém limitado, mas reconhecendo de que Deus está me auxiliando nesse novo desafio. Ao chegar ao Unasp campus São Paulo, em plena atividade e comemorações de um ano de centenário, quais foram as primeiras impressões como administrador e como educador adventista? Menslin - Foi um grande privilégio chegar num momento tão especial e marcante da história do Unasp. Esta instituição representa a construção histórica da educação adventista como também da própria Igreja Adventista. Por isso, a comemoração do centenário foi uma justa homenagem a esta Instituição. As atividades relacionadas às comemorações fortaleceram o sentimento de pertinência e renovaram a esperança no potencial que o Unasp-SP possui. Momentos como este não podem passar de largo, mas precisamos fortalecer a imagem institucional do Unasp comemorando e ao mesmo tempo agradecendo a Deus por 100 anos de serviços prestados à Igreja Adventista no Brasil. O ano de 2015 foi de celebração, mas também de mudanças administrativas, principalmente no segundo semestre, período de transição e de sua chegada. Que aspectos negativos e positivos podemos ressaltar nesse período? Menslin - A instituição é mantida pela Organização Adventista, e, como tal, a Organização toma as decisões necessárias quanto a chamados e substituições de seus dirigentes. Não raras vezes, por diversas razões, há a necessidade de mudanças administrativas. Não olho para esta situação como sendo algo negativo, mas, sim, como oportunidades de crescimento em setores diferentes da Organização. A base é a mesma, os objetivos a serem alcançados são os mesmos, o que muda é a maneira e o olhar de como alcançar esses objetivos, sem, contudo, distanciar-nos da base filosófica de nossa instituição. Quando ocorre uma mudança administrativa, é possível que existam necessidades a serem supridas e ajustes a serem feitos. Também é possível que ocorra a necessidade de ajuste de pessoal, mas nada que venha gerar uma mudança drástica na maneira como o Unasp -SP vinha sendo administrado. Como 2016 começa para o Unasp-SP? Quais são as expectativas para esse primeiro ano após 100 anos de existência? Menslin - As expectativas são as melhores. É bem verdade que estamos saindo de um ano comemorativo, quando grandes projetos foram desenvolvidos no campus, mas teremos muitas novidades a serem comemoradas em 2016. Iniciamos o ano oferecendo dois novos cursos, abrindo o segmento das engenharias no campus com os cursos de En-
genharia Ambiental e Engenharia da Computação. Estamos trabalhando para conseguir fundos para reformarmos os dois residenciais de nosso campus, oferecendo aos nossos alunos residentes um conforto maior em suas acomodações. Não podemos esquecer que estamos num período de parcos recursos financeiros, devido à crise financeira que se descortina diante de nós, mas não podemos perder o ânimo e o otimismo para avançarmos com projetos inovadores, tirando o melhor do momento que estamos vivendo para fortalecer a marca da instituição, o Unasp-SP. Podemos esperar alguma novidade ligada aos projetos de missão e voluntariado para esse campus em 2016? Menslin - Sem dúvida, o campus São Paulo está totalmente envolvido em projetos que oportunizam a seus alunos e servidores o desejo de participação em projetos de missão. Em 2016, teremos, sob a responsabilidade da Pastoral Universitária, 12 projetos que envolverão aproximadamente 200 alunos. Esses projetos alcançarão lugares carentes do Brasil, como também alguns países como o Paraguai, Argentina, Egito, dentre outros. Além desses projetos, internamente, temos uma Escola de Missões, para a formação continuada dos alunos que desejam um dia atuarem em algum projeto de missão. Inauguramos o Centro de Missões Berndt Wolter, que é um local próprio para treinamento e palestras aos candidatos à missão. Vale ainda ressaltar que durante o ano letivo de 2016 mais de 400 alunos estarão engajados em projetos especiais ofertados pelo Unasp-SP, como o Grupo Integração, E-20, Doadores de Sangue, etc… Por isso, digo com muita alegria, que o ano de 2016 será marcante para o Unasp-SP no que diz respeito aos projetos de missão. Aos alunos e servidores que fazem parte dessa instituição há mais tempo e aos novos alunos e servidores que chegam, que mensagem você deixaria nesse começo de 2016 em nome do Unasp? Menslin - Diria a todos que o Unasp-SP é uma instituição centenária, contudo, mais atual do que nunca. Temos grandes projetos, sonhos, desejos, mas não é possível sonhar sozinho. Por isso, convido a todos que se engajem nos projetos e venham sonhar os sonhos desta instituição. Queremos realizar um trabalho participativo, com sugestões, ideias e contribuições. Queremos construir os próximos 100 anos do Unasp, dentro da proposta que Deus sonhou para esta instituição, e mais do que nunca, queremos ajudar a terminar a missão que Deus nos confiou. Por tudo isso, acreditamos que o Unasp-SP é uma instituição que vai muito além do ensino! *Colportagem – é o trabalho de venda e distribuição de livros cristãos coordenado pela Organização Adventista, principalmente realizado pelos estudantes e futuros universitários das instituições de Ensino Superior Adventista, que durante as férias letivas trabalham com essa literatura para levantar fundos e subsidiar seus estudos. Unasp em Revista • 13
Capa
Passado, Presente e Futuro
A
Concerto inédito reúne o melhor da música e da história do Unasp em comemoração aos 100 anos da instituição.
tradição musical é marca registrada do Centro Uni versitário Adventista de São Paulo (Unasp), a maior, em toda rede de escolas adventistas no mundo. Ao longo destes 100 anos de existência, comemorados em 2015, o Unasp campus São Paulo é uma instituição “muito além do ensino” e acabou transformando-se, também, em uma verdadeira fábrica de talentos musicais. A música faz parte também do cotidiano do Unasp campus Hortolândia e do Unasp campus Engenheiro Coelho. Muitos cantores, compositores e instrumentistas, conhecidos no Brasil e em outros países, tiveram a oportunidade de desenvolver e aperfeiçoar suas aptidões artísticas nas escolas de artes oferecidas pela Instituição. Entre os 100 eventos concretizados em 2015, um deles foi preparado especialmente para reunir, pela 14 • Unasp em Revista
primeira vez, parte desses talentos musicais que possuem algum vínculo com o Centro Universitário. O 97º programa comemorativo do centenário, realizado no dia 15 de novembro de 2015, contou com a participação de mais de 90 músicos dos três campi do Unasp. O Unasp InConcert atraiu, em duas sessões, cerca de sete mil pessoas ao Citibank Hall, localizado na zona sul da capital paulista. O público em sua maioria foi composto por representantes do governo estadual e municipal, diretores de outras instituições de ensino, ex-diretores do Unasp, alunos, pais, ex-alunos e servidores da Igreja Adventista. Os ingressos foram distribuídos gratuitamente. A orquestra do Unasp campus São Paulo inaugurou o programa. Em seguida, os outros cantores seguiram com as apresentações. Os grupos Prisma Brasil, Novo Tom, Vocal
Livre e Tom de Vida se juntaram às vozes de Joyce Carnasalle, Daniel Lüdke, Rafaela Pinho, Ronaldo Arco e Marcel Freire. Nos intervalos entre as canções, foram exibidos vídeos sobre a história da Instituição desde a sua inauguração, em 1915, até os dias atuais. Um coral formado por estudantes de todos os níveis educacionais do Unasp-SP também participou do concerto. Durante a performance dos músicos, imagens eram projetadas em três painéis de LED. Os presentes também puderam conferir um pouco do trabalho voluntário e missionário realizado ao redor do mundo. A música “Eu estava lá”, representada pelo cantor Daniel Lüdtke, foi preparada especialmente para o ano do centenário e foi apresentada no musical. O evento foi idealizado pela direção geral da instituição e concretizado junto com colaboradores dos três
campi. “Foi possível reunir os talentos e outros profissionais do Unasp para uma celebração com a sociedade. Para nós, foi um fato marcante e nos projeta para um futuro de uma instituição cada vez mais integrada”, declarou o reitor do Unasp, Euler Bahia. Segundo o vice-reitor do Unasp, Martin Kuhn, o concerto pôde revelar a magnitude da instituição de ensino adventista com mais tempo de existência no Brasil. “Cem anos do Unasp não é um evento exclusivamente de um campus, é de um campus que nasceu, cresceu, gerou outros e hoje é um todo que a gente não consegue enxergar toda sua amplitude. Esse evento foi uma oportunidade de a gente olhar quão grande cada um é e quão maior é a formação ou a junção deste todo”, declarou Kuhn. A distância não foi empecilho para quem quis conferir de perto a celebração. Pessoas saíram do Ceará e também dos Estados Unidos somente para acompanhar a celebração. Josué de Oliveira Dantas, ex-aluno e atual pastor, subiu a serra paulista com um grupo de 12 pessoas. Os
participantes saíram cedo de Santos para não perder o programa. Quem não esteve presente pôde acompanhar o musical através da internet. Nas redes sociais, o internauta conferia os bastidores da programação. A Rádio Unasp FM também transmitiu ao vivo todo o evento. Foram registrados picos de mais de 8 mil ouvintes simultâneos, com acessos vindos de Rondônia e do Canadá. O ator do SBT, Edson Montenegro, ex-aluno do Unasp-SP, fez questão de comparecer ao evento. Ele chegou em 1979, quando o campus levava o nome de IAE - Instituto Adventista de Ensino. No período em que esteve na Instituição, o ator também se envolveu com a música. “Estar aqui no Citibank Hall me faz sentir como se estivesse no antigo IAE. Tenho muito orgulho de ter participado desta escola”, relatou, nostálgico, o ex-aluno. Marca de uma vida Todos os artistas que fizeram parte do concerto de alguma forma têm passagem pelo Unasp. O Centro Universitário faz ou fez parte da
formação e desenvolvimento acadêmico e artístico de cada um deles. Durante esses cem anos, todos os estudantes que passam pela instituição podem ingressar em corais ou orquestras, ter aulas com instrumentos de sua preferência e de musicalização.
Joyce Carnasale
A cantora Joyce Carnasalle, conhece bem o Unasp. Vivenciou o Unasp na sua essência. Estudou no campus Hortolândia e no campus Engenheiro Coelho e atualmente trabalha no campus da capital paulista.
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“Tenho muito carinho pelo Iasp, hoje Unasp, campus Hortolândia. Foi nele que eu descobri minha vocação musical. Ali eu descobri como esse trabalho é sério. No campus Engenheiro Coelho, eu decidi a minha vida profissional. Teve muitas coisas importantes que marcaram minha existência nessa fase. Hoje eu estou muito feliz por devolver aquilo para o qual eu fui formada, no nosso pri-
meiro campus, em São Paulo. Eu fico grata de coração por poder devolver, formar e incentivar outros talentos”, contou a cantora. O cantor Daniel Lüdtke estudou por seis anos no Unasp e deve parte da sua formação musical à entidade. “Nesse tempo tive a oportunidade de desenvolver meu talento musical. Cantei em um quarteto e solei uma música de coral pela primeira vez. Enfim, grande parte do
meu desenvolvimento musical foi no Unasp”, relatou o cantor. Para a cantora Rafaela Pinho, o Unasp mudou a sua vida. “O Unasp teve um papel muito importante na minha carreira como cantora. Foi lá que eu fiz grandes amizades, tive minhas primeiras apresentações, que eu gravei o meu primeiro CD. Eu sou o que sou hoje porque me descobri como cantora lá atrás, no Unasp”, analisou Rafaela. Kimberly Cruz, Lucas Rocha e Ana Paula Ramos
Noite de Lançamento Na noite do espetáculo musical histórico para o Unasp no Citybank Hall, foram lançadas as duas obras comemorativas do centenário do Unasp, o livro “Muito Além do Ensino. Unasp 100 anos de história (1915-2015)” e o DVD “Muito Além” com a festa musical dos 100 anos gravada no campus São Paulo. As obras estão disponíveis nos pontos de venda do Unasp-SP.
Curiosidades do Unasp O Unasp é a maior instituição educacional adventista no mundo. Possui quatro campi, sendo um deles virtual. Os três campi somam 645 hectares, o equivalente a 640 campos de futebol. Unasp possui mais de 16 mil estudantes, da Educação Básica ao Ensino Superior. 40 opções de cursos de Graduação e 72 opções de curso para Pós-Graduação. 375 professores no Ensino Superior. O Unasp é internacional. Possui estudantes dos 5 continentes do mundo, com representantes da Coréia do Sul, Egito, Hungria, Austrália, entre muitos outros países. O Unasp oferece o estudo de 8 línguas: inglês, espanhol, francês, alemão, mandarim, japonês, árabe e português. Nos últimos 5 anos, o Unasp enviou mais de 1.000 voluntários em projetos comunitários em todo o mundo. 16 • Unasp em Revista
Educ. Básica
Como nos bons e velhos tempos
Tradição antiga é resgatada pela Educação Básica como parte das celebrações do Unasp-SP tornando a data de lançamento de matrículas 2016 um dia memorável.
Um costume antigo registrado nos do colégio era vencedor de concursos anuários e na memória de quem viveu da raça holandesa. Foi também nesse dias inesquecíveis aqui, voltou ao pre- campus que surgiu a indústria de alisente no Unasp campus São Paulo. Os mentos Superbom, com o suco de uva desfiles que aconteciam a cada ano em integral que passou a ser consumido comemoração ao aniversário do Colé- em todo o Brasil. “Tinha muita gente gio Adventista Brasileiro, desde 1950, diferente. Eu vi roupa da China e do foram reproduzidos no domingo de Japão. Tinha também roupa de alemão. lançamento de matrículas para 2016, Foi bem legal”, afirmou Isabela Distler, no dia 18 de outubro, oportunidade aluna de 9 anos que participou do despara contar file usando um mais alguns vestido típico Durante décadas, esse foi o detalhes da único local para a formação de do Estado do história dessa Rio Grande do pastores, educadores e enferinstituição que Sul. meiros adventistas no Brasil. completou um A ala que reséculo de exispresentou os tência no último ano. primeiros cursos superiores mostrou Meninos e meninas, estudantes da Edu- o início da expansão universitária do cação Básica, interpretaram homens e ensino adventista. Durante décadas, mulheres corajosos que, no início do esse foi o único local para a formação século 20, enfrentaram inúmeros desa- de pastores, educadores e enfermeiros fios para cumprir a missão de educar e adventistas no Brasil. que também influenciaram gerações no Brasil. Foram esses personagens quem abriram o desfile, puxando uma fila com mais de 1500 alunos do Colégio Unasp. “Como ex-aluna, esse desfile me fez relembrar a época em que eu vim para o colégio, há algumas décadas, quando eu pude presenciar o último desfile há 25 anos. Trouxemos esse desfile para recordar a história da escola”, conta a professora Marcia Azevedo que coordenou as atividades e os preparativos para o desfile. Foram meses de ensaio e planejamento. Os alunos menores apresentaram os frutos de uma terra produtiva, quando frutas, legumes e verduras eram recolhidos em abundância, uma época em que o gado para a produção de leite
“Daqui saíram pastores e professores que hoje, em outras regiões do Brasil e do mundo, estão formando outros professores, pastores e pessoal da área da saúde. Temos a grata satisfação de perceber que através do trabalho que foi realizado aqui a missão da educação adventista, da obra médico-missionária e da área ministerial continua sendo cumprida”, considerou o diretor da escola básica, Jefferson Andrade. No ano do Centenário do Unasp, a rede de Educação Adventista na América do Sul comemora 120 anos. Atualmente, mais de 300 mil alunos ocupam as salas de aula de centenas de instituições de ensino, que assim como o Unasp, acreditam no futuro de crianças e jovens, uma influência sem fronteiras. Carla de Araújo conta que todos os anos vem para a escola no mês de outubro para acompanhar as apre-
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sentações do filho. O evento conhecido como “Dia D” anualmente traz atrações culturais apresentadas pelos próprios alunos no dia em que os pais estão na escola para renovar as matrículas dos filhos. O desfile do centenário foi a principal atração dessa edição. “Eu me vi lá. Estudei aqui em 1991. Enxergar a evolução do colégio foi surpreendente. Foi muito emocionante, claro. Principalmente vê-lo desfilando”, enfatizou a mãe de aluno e enfermeira formada pela Faculdade Adventista de Enfermagem, FAE. O desfile teve ainda a participação do Clube de Desbravadores Pioneiros da Colina, que em 2015 está comemorando 50 anos, e a fanfarra do Clube de Desbravadores Águia Real do município de Taboão da Serra, região metropolitana de São Paulo.
No período da tarde, as comemorações continuaram na quadra do Ensino Fundamental. Com coreografias e caracterizações especiais, os alunos representaram e homenagearam os cursos de Graduação do Unasp-SP. “Tudo o que a escola faz tem ajudado e colaborado muito para o desenvolvimento deles”, considerou Alexandre Caudas, que prestigiou a apresentação do seu filho. O domingo de atividades especiais e em comemoração ao centenário do campus terminou à noite com a reapresentação do sarau “Faço Parte desta História” apresentado pelos alunos do 9º ano. O evento resgatou diversos episódios, curiosidades, costumes e figurinos que, nos últimos cem anos, marcaram a história da instituição. Murilo Pereira
De olho no mercado tecnológico Com o tema “Start Updating”, a XI Semana Tecnológica atualizou os alunos do curso Técnico em Informática do Ensino Médio do Unasp -SP sobre as novidade e tendências da área com ênfase em software livre e Mobile. O evento acontece todo ano e tem o objetivo de aproximar os alunos da realidade do mercado de trabalho, o que também contribui para o amadurecimento dos adolescentes com idade entre 14 e 17 anos. Além das palestras, os jovens estudantes tiveram a oportunidade de participar de oficinas práticas que abordaram os assuntos mencionados em cada palestra. “Essa semana foi a melhor das que participei.
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Gostei muito das palestras e das oficinas. Através delas conseguimos mais proximidade com os palestrantes”, conta Keila Pereira, aluna do terceiro ano. A Setec - Semana Tecnológica do Curso Técnico em Informática do Colégio Unasp aconteceu entre os dias 16 e 20 de novembro, no Salão Nobre, no campus São Paulo. Nesse ano, as palestras foram transmitidas via internet. Os convidados para falar aos alunos durante a Setec são profissionais de destaque na área de Tecnologia. Entre eles, Neri Neitzke, um dos maiores autores de videoaulas no Youtube. Seu canal possui mais de 11 milhões de aces-
sos. Após a palestra, Neitzke ministrou uma oficina de desenvolvimento para os alunos. Para o professor Douglas Sousa, coordenador do Ensino Médio Técnico em Tecnologia da Informação e Processamento de Dados e idealizador do evento, os alunos se mostraram bastante interessados e satisfeitos com as aulas e oficinas realizadas. “É uma satisfação ver a alegria expressa por eles. Ter a presença de ex-alunos e agora alunos de outras instituições como Unip e Anhanguera também foi muito gratificante”, expressou. Gésia Ruckdeschel
Eles disseram “YES”
Comunidade Yes reúne adolescentes e jovens do Colégio Unasp que desejam aprofundar seus conhecimentos na Bíblia e dizer “sim” a Jesus.
Sendo uma instituição educacional adventista, o Unasp, em todos os seus níveis, tem como base a educação cristã. As aulas de Bíblia fazem parte do currículo de todos os alunos, mas, além disso, diferentes atividades e projetos são realizados para aproximar crianças, jovens e adultos de Deus. No Ensino Médio do Colégio Unasp, aqueles que desejam ter um encontro com Deus e com os amigos também aos finais de semana, podem participar de um programa diferenciado aos sábados, dia em que os adventistas têm seu principal culto semanal em suas congregações. “A comunidade funciona para os alunos que não viriam a um culto convencional da Igreja”, explica o pastor e coordenador da comunidade, Jackson Andrade. Muitas das atividades são preparadas pelos próprios alunos, com o apoio e supervisão dos líderes responsáveis. Além
de participar dos cultos da comunidade YES, como é chamada, os adolescentes também podem frequentar classes bíblicas, pequenos grupos de oração e estudo e realizarem atividades sociais durante as tardes de sábado. Após um período de envolvimento com a comunidade YES e demais atividades espirituais proporcionadas pelo Unasp-SP, um grupo de alunos decidiu intensificar os estudos bíblicos, preparando-se para tomar uma decisão pública de seguir a Jesus através do batismo. Foi então que, no dia 28 de novembro, sete deles foram batizados em uma cerimônia peculiar, ao ar livre, na fonte da Praça Centenário, com a presença de familiares e amigos. Ente eles estavam três irmãos: Rafael, Gabriella e Sabrina Mancini. Por influência da namorada, também aluna do Unasp, Rafael começou a interes-
sar-se mais pelas coisas de Deus e ao mesmo tempo foi uma influência positiva na vida de suas irmãs. No total, doze jovens que frequentam a comunidade YES disseram “sim” a Cristo entregando-se a Ele em 2015. Em seu perfil no Facebook, Fernando Xavier, um dos adolescentes, também batizado na ocasião, agradece aos amigos e fala com entusiasmo o quanto deseja dedicar sua vida a Cristo. A seguir, alguns trechos da mensagem postada por Fernando na rede social: “Foi a melhor decisão para minha vida, e Deus vai me guiar para fazer discípulos. (...) Hoje só tenho agradecer por tudo que o Senhor tem feito em minha vida. (...) Hoje eu posso falar que sou cristão e vou seguir o meu senhor, Deus de Israel até o fim.” Ana Paula Ramos
Comunidade YES no Facebook: www.facebook.com/ComunidadeYES Unasp em Revista • 19
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Ensino Superior Uma questão de respeito a diversidade Universitários do Unasp discutem racismo nos dias atuais no Fórum para Questões Afro-Indígenas.
Em cem anos de existência, o Unasp continua sendo uma instituição que reúne uma grande quantidade de alunos de diversas culturas e regiões do mundo. O surgimento e desenvolvimento do Centro Universitário, a partir do início do século XXI, contribuiu para o fortalecimento de pesquisas e discussões a respeito da diversidade racial e cultural. Com o surgimento do Núcleo de Diversidade Étnico-Racial, todos os anos esses temas são debatidos no Fórum para Questões Afro-Indígenas na Contemporaneidade que teve sua quinta edição no dia 23 de agosto de 2015. O envolvimento de universitários de diferentes áreas tem aumentado a cada ano. Uma das pesquisas apresentadas no fórum foi conduzida pela professora Eunice Bertoso e pela estudante de Pedagogia Stefani Gonçalves. O estudo analisou como a diversidade racial é tratada na sala de aula. No percurso, foram ouvidos professores que lecionam na Educação Infantil de uma escola municipal na zona sul de São Paulo. Em conclusão, a pesquisa reforça que a escola e os professores podem ajudar o aluno a descobrir sua identidade junto aos amigos no ambiente escolar. O representante da tribo Tenondé Porã, o índio e professor Tiago Karai, compartilhou com a plenária os desafios que os índios enfrentam na atualidade. Ele conta que é necessário provar ser índio para ter acesso aos seus direitos. Como educador, defende que a escola deve ensinar qual é a realidade do índio. Peças e acessórios do artesanato da aldeia Tenondé Porã ficaram expostos e à venda enquanto acontecia o Fórum. Representando a temática africana, o historiador e pós-doutor em História com ênfase em História da África Amailton Azevedo deu uma aula sobre o racismo no Brasil. Segundo ele, o racismo ainda ganha fôlego no país, diferentemente do que aconteceu na África do Sul e Estados Unidos. Após o período de escravatura, o racismo no Brasil nunca foi amparado por
lei como no regime sul-africano do Apar- Negra e natural de Angola, a estudante de theid. O Brasil foi das últimas nações a Psicologia Wami Zua conta que consegue abolir a escravidão e nunca teria comba- perceber a mudança no comportamento tido o racismo, que ainda se manifesta de das pessoas após assistirem à discussão de forma sutil e institucional. assuntos como esse. “Eu vejo principalComo exemplo dessa realidade, o especia- mente as pessoas que participam saírem lista citou a prevalência de homens bran- daqui com outra consciência. A atitude decos nas esferas públicas dos poderes civis las é diferente. Elas já conseguem enxere militares. Também comparou o quarto gar: eu não estou vendo um africano, ou da empregada a uma micro senzala. “Se um negro, mas uma pessoa”, descreve. propagou ao longo do século vinte a in- Destacando a riqueza cultural africana, formação de que aqui no Brasil nós não com a ajuda do curso de Nutrição, os unitínhamos problemas de raça. Como era versitários angolanos do Unasp preparam um povo miscigepratos típicos da “Pensar e discutir a ques- culinária de seu nado, para que pensar nessas questões tão racial dentro das insti- país de origem. O na medida em que prato printuições privadas de ensino, Mufete, isso não ocorria? cipal comum nos para nós é um ganho” No entanto, quanalmoços de sábado do se voltava para de famílias advenquestões em torno de educação, moradia, tistas da Angola, foi servido após o encersaneamento, saúde mental, criminalidade, ramento do fórum, com direito a refrigeviolência e drogas, víamos que a popula- rante feito de forma artesanal e sobremesa, ção negra era a que estava mais vulnerá- uma refeição completa. As apresentações vel”, ressaltou. artísticas também aconteceram através da Para Azevedo, a proposta do fórum contri- música, com a participação do grupo Tom bui para a construção de uma consciência Sublime e do Coral dos Angolanos. para a democracia racial, a ideia que de- O evento trouxe ainda uma exposição de fende para solucionar o racismo brasileiro, quadros com referências cubistas do ar“para que esse povo brasileiro possa ter tista plástico angolano Isidro Sanene. “A acesso à educação, à saúde, ao lazer, e à ideia de pintar máscaras é no sentido de cultura da mesma maneira que certos gru- tentar explicar um pouco mais a respeito pos privilegiados que, coincidentemente, da perda de identidade do povo africano. são brancos”, considerou. É também uma provocação. Muitas vezes Unasp em Revista • 21
as pessoas têm a ideia de que o africano normalmente é uma pessoa que vive sempre em dificuldade. São máscaras porque é como se o povo africano ainda não conseguisse ter uma identidade própria. Uma tentativa de incentivá-lo a mostrar aquilo que ele é fora do seu continente”, explicou. “Pensar e discutir a questão racial dentro das instituições privadas de ensino, para
nós é um ganho, fruto de um trabalho que a gente vem realizando há muito tempo. É necessário pensar o currículo escolar. Não é pensar só em ações, mas é pensar em como você mexe nos cursos de Graduação, de licenciatura e de bacharelado para mudar a política social existente”, ponderou Nair Novaes, representante da Secretaria para a Promoção da Igualdade
Racial da Prefeitura de São Paulo, parceira do Unasp em ações como essa. A quinta edição do Fórum para Questões Afro-Indígenas na Contemporaneidade foi organizada e apresentada pela coordenadora do Núcleo de Estudos Étnico-Raciais, Romilda Motta. O evento também fez parte das comemorações do Centenário do Unasp. Murilo Pereira
Intercâmbio Brasil-Fisioterapia-Argentina
Fotos arquivo pessoal
Parceria entre o Unasp campus São Paulo e a Universidade Adventista del Plata (UAP), na Argentina, proporcionou uma experiência única para um grupo de estudantes do curso de Fisioterapia.
Durante uma semana, Karoline Aquiles, Lorena Nunes, Vanessa Hendges, Daniela Teles, Bianca Marcello, Priscila Graunke, Grazieli Pereira e Geisa Campos vivenciaram, em tempo integral, as experiências teóricas e práticas que fazem parte da rotina dos universitários argentinos. As oito universitárias participaram de um intercâmbio acadêmico até então inédito na história de duas importantes instituições adventistas de ensino superior América do Sul, o Unasp campus São Paulo e a Universidade Adventista del Plata (UAP), na Argentina. O programa aconteceu no início do mês de novembro. A UAP atende muitos pacientes da comunidade nos ambulatórios e clínicas da universidade. Através de estágio assistido, as alunas brasileiras puderam acompanhar os procedimentos e técnicas utilizados no atendimento de pacientes com diferentes quadros clínicos. Além de assistirem às aulas com os colegas da Del Plata, 22 • Unasp em Revista
as estudantes, que em 2015 concluíram o 6º semestre do curso, também apresentaram seus artigos científicos e pesquisas desenvolvidas com base nos estudos realizados com pacientes brasileiros. O preparo para o intercâmbio começou cedo, desde o início do semestre, em agosto. As alunas participaram de aulas de Espanhol para terem familiaridade com o idioma e se prepararam para compartilhar ao máximo com os colegas argentinos como a Fisioterapia é ensinada e praticada no Brasil. Durante todo o processo de intercâmbio, foram acompanhadas e orientadas pelo professor Fausto Candido, coordenador do programa. Geisa Campos conta que os pacientes argentinos são muito receptivos e colaboram com os profissionais durante o atendimento, além de serem muito simpáticos com o grupo do Brasil. “Essa experiência foi muito marcante. Pude vivenciar como é o meu curso e a minha futura profissão
em outro país, outra faculdade, com outros sistemas de avaliação e tratamento. A vivência desse intercâmbio nessa etapa do curso me proporcionou uma autorreflexão sobre minhas condutas, escolhas e objetivos pessoais. Me fez almejar ainda mais a dedicação e busca para o aperfeiçoamento profissional e pessoal”, complementou a aluna. O docente destaca o crescimento que as alunas alcançaram tanto no aspecto técnico e profissional quanto pessoal e cultural. Além disso, segundo ele, a oportunidade de prestar serviço voluntário e participar de ações missionárias com os universitários adventistas da UAP despertou nelas o desejo de praticar iniciativas semelhantes no Brasil e até de se tornarem fisioterapeutas missionárias. “Elas voltaram bastante motivadas a fazerem as mesmas coisas aqui”, afirmou. No sábado em que passaram na Argentina, as alunas participaram de um projeto de distribuição de
biscoitos em troca de sorrisos. “A maioria dos alunos da UAP está muito envolvida em diversos tipos de projetos. Foi uma experiência maravilhosa que nos incentivou e encheu de ideias para ajudarmos mais as pessoas que tanto necessitam em nossa sociedade”, conta Geisa. O coordenador do curso de Fisioterapia do Unasp-SP, Abrahão Quadros,
considera que a oportunidade trouxe grandes perspectivas para os alunos do curso. Segundo ele, o conhecimento de que existem universidades adventistas como o Unasp em diversos lugares do mundo abre o leque de opções para o aprimoramento acadêmico, cultural e profissional. Em 2016, será a vez do Unasp-SP receber o grupo de estudantes de
Fisioterapia da UAP, que dará continuidade ao programa de intercâmbio, desta vez vindo ao Brasil. A diretoria de Graduação do campus junto aos demais coordenadores da área de saúde do Unasp pretendem expandir o intercâmbio para outras carreiras ligadas aos cursos da instituição. Murilo Pereira
Semanas acadêmicas Todos os anos as semanas dos cursos de Graduação do Unasp envolvem alunos e profissionais convidados para tratar de temas relevantes, desafios e descobertas do universo profissional e acadêmico das carreiras contempladas neste campus. Seminários, debates, fóruns, exposição de pesquisas, oficinas, entre outras atividades, fazem parte das semanas acadêmicas. Cada semana é planejada de forma a envolver e aproximar os universitários de seu campo de estudo e atuação, para o desenvolvimento de um profissional engajado e melhor preparado para enfrentar os desafios do mercado de trabalho. Psicologia
Direitos e deveres humanos foi o assunto discutido na 12º Semana de Psicologia entre os dias 24 e 28 de agosto de 2015. A semana dividida em subtemas, foi conduzida pelos próprios alunos do curso em suas turmas. Entre as temáticas apresentadas durante a semana com a participação de convidados e profissionais de diferentes áreas, estavam o Direito à Liberdade Religiosa, o Direito da Criança e da Mulher, o Direito do Consumidor e a Responsabilidade. Buscar o equilíbrio no cumprimento dos deveres para que os direitos humanos sejam respeitados foi a tônica do evento. Ciências Contábeis
Ciências Contábeis - O destaque da Semana de Ciências Contábeis foi para os valores intangíveis da formação profissional. Valores que não se quantificam e compõe a personalidade, o caráter e os diferenciais de um profissional de sucesso. Com o título Profissional Nota 1000: 100 anos de Unasp x 10 anos do Curso de Ciências Contábeis, além de ouvir palestras pertinentes ao futuro da profissão, os alunos também tiveram a oportunidade de expressar suas próprias experiências. A semana abriu as comemorações dos 10 anos do curso e celebrou o Centenário do Unasp na última semana do mês de setembro. Durante a semana da Matemática entre os dias 5 e 8 de
Matemática outubro, os universitários compartilharam seu conhecimento com cerca de 100 alunos de uma escola estatual próxima ao Unasp-SP. Os adolescentes convidados foram trazidos ao campus para participarem de três oficinas envolvendo geometria plana e espacial, probabilidade e estatística e um estudo de funções com uso de software livre. Os universitários também tiveram a oportunidade de compartilhar a influência que o Unasp-SP tem exercido em suas vidas, o desenvolvimento acadêmico, social e pessoal que o ambiente dessa instituição proporciona. Pedagogia - “Renovação Constante. Princípios Permanentes” foi o título da Semana de Pedagogia que celebrou, entre os dias 13 e 15 de outubro, mais de 40 anos de existência do curso. Entre as homenagens aos ex-professores e ex-alunos do curso, um dos destaques da semana foi o resgate da história de uma das primeiras alunas formadas na antiga Escola Normal do Unasp e uma das primeiras professoras da área na instituição; ReconheUnasp em Revista • 23
Pedagogia
resgatou o significado dos valores e objetivos que contribuíram para a fundação do curso. “Formar alunos preparados para o mercado de trabalho e comprometidos com o propósito de ensinar que Deus é o criador e mantenedor de todas as coisas.” A Semana de Computação e Tecnologias envolveu os curComputação e Tecnologias
cida como a principal professora do Unasp na década de 1940. Albertina Simon dedicou 60 anos de sua vida como uma grande educadora. Seu legado e história foram representados por um grupo de alunos de Pedagogia com base na autobiografia de Albertina, sob a direção do professor David Mesquita. Convidada para a abertura da última Semana de Admisos de Tecnologia em Redes de Computadores, Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Ciência da Computação. O evento também teve dupla comemoração: o centenário do Unasp e os 15 anos do curso de Ciência da Computação. Além de envolverem-se com a Maratona de Programação e Redes, os alunos se surpreenderam com o trabalho do perito criminal para crimes cibernéticos Pedro Eleutério, uma das principais referências brasileiras no assunto. Profissional da Polícia Federal, o perito apresentou os nistração do Unasp-SP, a Secretária do Meio Ambiente principais aspectos profissionais e o caminho que deve ser do Governo do Estado de São Paulo, Dra. Patrícia Igle- seguido para quem optar por esta carreira. cias reconhece que o Unasp e a Educação Adventista va- A inclusão na educação e na prática esportiva foi o deslorizam o meio ambiente e isso tem contribuído para a Educação Física formação de profissionais com uma postura diferenciada. Os Desafios do Administrador Moderno e o Meio Ambiente foi tema da semana do curso que aconteceu entre os dias 19 e 22 de outubro. Discutir situações práticas, refletir sobre as principais questões ligadas ao meio ambiente e a gestão de organizações na atualidade foram alguns dos desafios da semana. Biodiversidade e Manejo de Animais foi o tema da XV Administração
Ciências Biológicas
Semana do curso de Ciências Biológicas do Unasp-SP que aconteceu entre os dias 20 e 22 de outubro. Entre homenagens prestadas, o evento celebrou também própria história do curso. O coordenador do curso Antenor Santos, destaca que realizar essa semana comemorativa, 24 • Unasp em Revista
taque da Semana de Educação Física do Unasp-SP em 2015. O curso que já recebeu as melhores notas em avaliações do Ministério da Educação, MEC, reforçou, entre os dias 9 e 12 de novembro, um dos compromissos que fazem parte de sua filosofia e missão. Através das atividades práticas, os futuros educadores físicos puderam experimentar as opções e modalidades esportivas adaptadas para deficientes físicos. No encerramento da semana, por exemplo, foi possível conferir e praticar alguns modelos de esporte para deficientes visuais. De olhos vendados, os alunos experimentaram Musculação, Futebol e até Karatê. Ana Paula Ramos e Murilo Pereira
Pós e Extensão
Formação continuada
Há 23 anos o Unasp tem contribuído para o desenvolvimento de profissionais e estudantes em diversas áreas do conhecimento em cursos de especialização. Dia 8 de novembro, foi o dia de agradecer, trocar experiências e refletir sobre a importância da formação continuada e da pesquisa acadêmica no 1o Simpósio de Pós-Graduação do Unasp -SP, mais um marco do centenário. O domingo foi de celebração, aprendizado e resgate de memórias, na presença de pós-graduandos, ex-alunos e dos ex-coordenadores, que receberam o marco do centenário, no momento de homenagem por seus anos de dedicação e serviço ao programa. Uma retrospectiva histórica preparada pela diretoria atual destacou a fundação, crescimento
e evolução dos cursos de Lato Sensu do campus ao longo dos anos. O programa iniciou há 23 anos, em 1992, com dois cursos, o de Saúde da Comunidade e Metodologia do Ensino Superior, sob a coordenação do professor doutor Iran Edson. Atualmente, o Unasp-SP oferece 23 opções de cursos. O curso de Enfermagem Obstétrica, aberto em 1998, marcou época e continua até hoje, sendo o único curso do programa que nunca deixou de ter alunos nesses 17 anos. “Para mudar o jeito de viver, é preciso mudar o jeito de nascer” é o mote curso, construído com base na defesa da humanização do parto já no século passado. Como parte da programação do evento, os alunos inscritos tiveram a oportuni-
dade de expor seus projetos em pôsteres e também ouvir sobre a importância da pesquisa na Universidade, que tem o “dever e a obrigação de incentivar a pesquisa e destinar recursos para isso”, segundo a ex-professora do programa Milca Lopes. “Agradecemos a Deus pela condução dessa instituição. Por ter colocado, ao longo da história, pessoas que conduziram o desenvolvimento do Unasp-SP em todos os âmbitos”, reconheceu Euler Bahia, reitor do Unasp, ao falar justamente da importância do programa como reflexo no desenvolvimento desse Centro Universitário, que caminha para tornar-se uma Universidade completa investindo na pesquisa e extensão. Ana Paula Ramos
Religiosidade e Saúde O I Simpósio de Religiosidade e Espiritualidade na Integralidade da Saúde (REIS) tratou das dimensões que tem aproximado o humano do transcendente, na busca de equilíbrio e plenitude de vida. A temática instigante tem sido investigada por vários estudiosos não somente no âmbito da saúde, mas também na educação e em outras áreas do conhecimento; O I Simpósio REIS também reuniu outros dois eventos no dia 6 de dezembro, a IV Mostra de Extensão e o XVII Encontro Anual de Iniciação Científica do Unasp campus São Paulo. O melhores projetos de extensão apresentados foram premiados na ocasião. Entre as exposições de projetos, uma palestra sobre o diferencial das pesquisas nas universidades adventistas e uma mesa redonda ligada ao tema do simpó-
sio, os participantes tiveram o privilégio de assistir à apresentação do maior especialista do mundo no campo da espiritualidade, o doutor Harold G. Koenig, abordando os principais resultados de suas pesquisas. Dr. Koenig é diretor do Centro de pesquisa para Teologia, Espiritualidade e Saúde, autor de mais de 42 livros e 400 artigos científicos. Em mais de 80% dos mais de 300 estudos analisados por Koenig, o envolvimento religioso está diretamente relacionado a maiores níveis de bem estar e felicidade. “As pessoas que são mais religiosas têm mais propósito na vida”, afirmou o pesquisador no início de sua explanação. A maioria dos estudos analisados pelo especialista também indica que, entre as pessoas mais espirituais, há maior estabilidade mental, menores
índices de divórcios e são indivíduos que praticam mais exercícios. Em entrevista durante o evento, Koenig elogiou e incentivou o aprofundamento e ampliação dos estudos relacionados no Brasil e no Unasp. O especialista concluiu que a “religião e medicina caminham muito bem quando eles complementam um ao outro”. Ao participar do evento, Márcia Cristina da Silva contou como o Unasp a aproxima positivamente desse tema. “Me sinto muito mais próxima de Deus depois de estudar aqui.” Motivada pelo assunto, a aluna decidiu estudar o impacto da religião no ambiente organizacional, compartilhando com os colegas os principais resultados de seu estudo. Ana Paula Ramos Unasp em Revista • 25
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Ponto de Fé
Por um Natal com sentido
No primeiro sábado do mês de dezembro várias famílias de comunidades próximas ao Unasp-SP foram convidadas a participarem de um momento especial na Igreja do campus. Com a proximidade do Natal, elas receberam parte das doações arrecadas durante o Mutirão de Natal. Nos últimos meses de 2015, cada família que frequenta o Unasp foi convidada a adotar uma família da comunidade. Entre meados de setembro e início de dezembro foram arrecadadas 30 toneladas de alimentos. Os alimentos foram entregues em cestas básicas e não faltaram os brinquedos que as crianças tanto esperam receber nesta época do ano. No programa de encerramento do Mutirão de Natal, 250 famílias carentes da Cohab receberam um kit de presente com 1 peça de roupa, 1 par de sapatos, 1 brinquedo e 1 kit de higiene. A dona de casa Conceição de Oliveira só tinha palavras de gratidão pelo presente que recebeu ao visitar a Igreja do Unasp: “Me sinto feliz. Não tenho condições de dar um presente para os meus netos e hoje eles estão contentes porque vão passar o Natal com o presentinho. É muito importante, principalmente para mim que não estou trabalhando. Não tenho condições de comprar nada para eles. Deixei nas mãos de Deus para ver se eu conseguia alguma coisinha para eles. Não ligo tanto para uma ceia. Eu ligo mais para os meus netinhos para que eles possam passar o Natal felizes.” A ação não para aí. A Agência Social Adventista (ASA) da Igreja do Unasp -SP atende 40 famílias com cestas bá-
sicas, cursos profissionalizantes e estudos bíblicos, mensalmente, além de 20 alunos não-residentes em necessidade. Durante o período do Mutirão de Natal, a comunidade adventista do Unasp-SP conheceu parte dessas famílias. Algumas visitas para a entrega de doações foram gravadas em vídeo e compartilhadas durante os cultos de sábado. “Os alimentos arrecadados atendem essas famílias durante o ano e atenderam no Natal orfanatos, projetos sociais e famílias em necessidade de outras igrejas
da região”, complementa Mauro Dias, pastor da Igreja do Unasp-SP. Solidariedade também se ensina O Colégio Unasp também entrou motivado para participar do Mutirão de Natal. Uma gincana foi preparada para incentivar os alunos a trazerem doações para a campanha organizada pela Igreja do campus. A largada para a ação que envolveu crianças e adolescentes da Educação Infantil ao Ensino Médio foi dada no dia 19 de setembro. Na ocasião, os alunos foram motivados a mobilizarem esforços e se unirem para ajudar o maior número de pessoas possível. No programa de lançamento, enquanto os alunos do Ensino Fundamental II e Médio assistiam às instruções do pastor da Igreja e do diretor da escola, a
igreja ficou repleta com os pequenos da Educação Infantil e Ensino Fundamental I. Eles encheram os corredores e a frente da Igreja com balões e cartazes convidando todos a participar. “O colégio tem como uma das missões ajudar os alunos a compreenderem a importância e o valor do serviço. Unindo a isso o fato de nós desenvolvermos no aluno o espírito de servir ao próximo, adotamos essa ideia do Mutirão de Natal, já que este é um programa oficial da Igreja para esse período do ano. Nós vamos ajudar pessoas a terem um Natal melhor, um final de ano mais feliz e também ajudar no processo educacional. A educação cristã tem como objetivo também desenvolver o espírito de serviço nos nossos alunos, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio”, explicou o diretor do Colégio Unasp, Jefferson Andrade. Os universitários também fizeram parte do Mutirão de Natal. Enquanto as famílias próximas ao Unasp-SP recebiam as doações na Igreja, no mesmo sábado, os estudantes dos diversos cursos de Graduação foram até a Comunidade Jardim Colombo onde entregaram cestas de Natal para 120 famílias. Ainda como parte do Mutirão de Natal, no período da tarde, um grupo de alunos que fazem parte do Jovem Coral Unasp e do programa “O Amor é Capaz” apresentou um programa especial para crianças carentes no pátio da Igreja da Cohab Adventista, localidade próxima ao campus. Brinquedos e cestas básicas também foram distribuídas atendendo a 45 famílias na ocasião. Ana Paula Ramos e Murilo Pereira Unasp em Revista • 27
Unasp em Missão Eles foram e “mudaram o mundo”
Motivados por um espírito cristão, mas também solidário e aventureiro, no ano do centenário do Unasp, 164 voluntários participaram de projetos ao redor do mundo durante as férias.
O
Unasp como instituição adven tista surgiu tendo em mente a difusão de seus valores cristãos e a formação de líderes e profissionais que façam a diferença por onde passam. No ano em que completou um século de existência, a direção do campus São Paulo desafiou-se a enviar pelo menos 100 voluntários pelo mundo em diferentes projetos sociais e comunitários. Não somente 100, mas 164 jovens e profissionais abraçaram a ideia do “Change Your World” (Mude o Seu Mundo) participando de 8 projetos: na Amazônia, entre os índios, Bolívia, Tocantins, Piauí, Registro-SP, em Santa Catarina, numa comunidade quilombola, em Paris e no Egito. Entre as ações realizadas de acordo com a necessidade e as possibilidades de cada local, estavam feiras de saúde, atendimento comunitário, aulas de artesanato, construção, reforma, limpeza de ambientes e programas de evangelismo visando a
Atendimento Odontológico - Egito
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Equipe Bolívia
aproximar mais as pessoas de Deus. “Ser cristã vai além de apenas frequentar uma igreja. É seguir o exemplo de Jesus e demonstrar em ações a preocupação e o amor que temos pelo próximo”, afirmou Geisa Campos, aluna de Fisioterapia que participou do projeto no Piauí, em uma localidade onde não havia presença adventista. O projeto evangelístico realizado em julho de 2015 terá uma segunda etapa. Um novo grupo se prepara para voltar à localidade em julho de 2016, desta vez para construir a primeira Igreja Adventista da comunidade. Como aluna de Nutrição do Unasp Bárbara Soares teve a oportunidade de ser voluntária no Chipre por cerca de três meses em 2014. Em 2015, fez parte do grupo que foi para o Egito, em uma pequena escola na periferia da Grande Cairo. Bárbara lixou e pintou paredes durante o dia e ajudou a realizar a feira de saúde aberta à comunidade com atendimento mé-
Feira de Saúde - Paris
dico e odontológico. “Sempre estive envolvida em trabalhos voluntários e meu maior sonho era ter uma experiência como essa na África. Deus me deu muito mais”, conta a jovem nutricionista que se prepara para viver como missionária no Oriente Médio em 2016, unindo sua vocação profissional ao desejo de servir a Deus mundo a fora. Não é exagero dizer que ao mudar de alguma forma a realidade de uma comunidade carente, levar alegria e dedicar tempo e recursos aos menos favorecidos, esses voluntários mudaram o mundo dessas pessoas, além de mudarem a própria realidade. Em 2016, o Unasp-SP, através do Centro de Voluntariado Bernt Wolter, está preparando mais 11 grupos de voluntários para diferentes projetos nacionais e internacionais. Ainda há vagas para alguns deles.
Canto-coral - Piauí
Ana Paula Ramos
Comunidade Quilombola - SC
Inauguração e legado No dia 12 de dezembro, a sede do Centro de Voluntariado Berndt Wolter foi inaugurada no prédio do Ensino Superior do Unasp campus São Paulo. O novo departamento foi criado oficialmente no dia 22 de maio e recebe o nome em homenagem ao idealizador do um núcleo de missões do Unasp localizado no campus Engenheiro Coelho. Além dos líderes da Instituição e do departamento, estavam presentes jovens e profissionais voluntários que já participam do movimento, e parte da família do falecido pastor Berndt, sua mãe, um de seus dois filhos e a esposa Margot Wolter.
No programa entregue aos participantes, estava a apresentação visual do logo do Centro de Voluntariado, assim como seu objetivo, missão, lema e visão - ser uma agência de alcance e reconhecimento mundial na oferta de serviços voluntários e atuação missionaria, recrutando e capacitando estes voluntários para ações de curto e longo prazo no Brasil e no exterior. “É uma alegria ver a semente plantada começando a produzir. Esse é um movimento que está no coração de muitas pessoas e vem diretamente de Deus. Que meu esposo tenha começado, é uma satisfação, mas tudo aconteceu graças
a Deus”, relata Margot Wolter. Entre outras atividades e ações locais, o Centro de Voluntariado, sob a coordenação do professor e sociólogo Marcos Eduardo G. de Lima, é responsável pela organização e gerenciamento dos projetos de férias do programa Change Your World, dos encontros mensais de treinamento e capacitação na Escola de Missões e prepara-se para oferecer aulas de idiomas aos voluntários inscritos em projetos internacionais. Ana Paula Ramos
Centro de Voluntariado no Facebook: www.facebook.com/voluntariosunasp
Saiu na Revista Ensino Superior “Educação Universitária em tempos de Cibercultura”, artigo de Cristina Zukowsky Tavares, coordenadora do Curso de Pedagogia do Unasp campus São Paulo publicado na seção Ensaio da Revista Ensino Superior, Edição 199. Os desafios encontrados na formação de jovens universitários imersos no universo da tecnologia e da cibercultura têm sido amplamente debatidos e estudados por pesquisadores em todo o mundo. As ferramentas disponíveis e o ambiente virtual apresentam suas vantagens no acesso a informações e coleta de dados. As possibilidades de interação com o mundo e o ‘conhecimento’ são infindas, mas como aponta a coordenadora, logo no início do artigo, “tecnologias não pensam, não formulam estratégias pedagógicas, não implementam ou aprimoram metodologias.” Faz-se necessário refletir sobre o assunto e utilizar as novas ferramentas de maneira crítica, para “a construção de aprendizagens significativas.” O texto completo está disponível on-line no site da Semesp (Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior) http://semesp1.tempsite.ws Unasp em Revista • 29
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Mundo Unasp
Celebrar a amizade no ambiente universitário faz bem! O costume que começou nos pri- Conhecido pelo estilo criativo, sendo meiros anos do Unasp campus São autor de canções gravadas por corais, Paulo já inspirou poesias e músicas grupos e cantores adventistas, Daniel como “Vamos Colorir”, de Flávio animou os alunos e os incentivou a Santos, e “Amizade”, de Valdecir se aproximarem de Deus. Lima, compositores adventistas. A Como ex-aluno do Unasp campus Festa da Amizade serviu de inspi- Engenheiro Coelho, o músico conheração para esses ex-alunos notáveis ce bem o significado da amizade para e ainda desperta a criatividade dos quem vive em um internato advenalunos atuais. Pretista. “Os amigos, parar um final de “quando fui aluno interno, na vida espiritual semana inteiro de- tinha ali meus colegas de de um aluno interdicado aos amigos quarto e a gente é família no, são muito imfoi a ideia do grêportantes. Quando até hoje” mio estudantil de fui aluno interno, 2015. O momento também fez parte tinha ali meus colegas de quarto e a das comemorações do centenário do gente é família até hoje”, afirmou. Unasp-SP. No dia seguinte, não foi preciso Friends Weekend, que traduzido do acordar tão cedo para o café da mainglês significa “final de semana dos nhã. Surpresos, os alunos receberam amigos”, foi o tema da festa que co- a refeição dentro do próprio quarto. meçou na noite de sexta-feira, dia 27 A manhã de sábado ainda reservade novembro, no Salão Nobre. O mú- va outras surpresas. O Salão Nobre sico Daniel Salles abriu as comemo- se transformou na igreja dos alunos, rações do programa preparado com para que o momento tradicional do momentos de oração, meditação, es- culto e a Escola Sabatina acontecestudo da Bíblia e muita música cristã. sem na companhia dos amigos, com
convidados especiais. O casal Dilson e Débora, cantores da Gravadora Novo Tempo, participaram desse momento. Estudantes externos e pessoas da comunidade também puderam participar. A tarde de sábado foi reservada para outro programa, onde os jovens participaram de uma discussão sobre o uso das redes sociais sob um viés cristão, com a presença do comunicador e especialista em marketing, Rogério Sorvillo. Amizade a toda prova A parte descontraída da festa foi reservada para o domingo. Toda a área onde fica o campo de futebol e a pista de atletismo do campus foi palco de uma grande gincana chamada “No Limite”. Além dos desafios provas e brincadeiras, os alunos se divertiram com futebol de sabão, cama elástica, um grande escorregador inflável e experimentaram jogar futebol dentro de uma bolha. A aula de zumba ao ar livre colocou todo Unasp em Revista • 31
mundo para se exercitar ao mesmo tempo. Todos se divertiram ainda mais quando chegou o momento da explosão de cores. A brincadeira colorida rendeu muitas risadas, fotos e selfies compartilhadas nas redes sociais com as hashtags #friendsweekend e #unasp100anos. “Foi a melhor festa desde que cheguei aqui, em 2012. Eu brinquei, conversei e tirei fotos com pessoas que provavelmente eu nunca falaria na vida. Fiz muitas novas amizades e agora tenho uma rede maior de amigos”, conta a estudante de Psi-
cologia, Gleiciane Damasio. Nos últimos anos, a Festa da Amizade aconteceu em uma chácara com piscina e boa comida ou em parque aquático. Os alunos aprovaram a ideia de fazer a festa sem sair do campus. “Parque aquático é muito bom, mas é aquela coisa, cada grupo fica no seu canto. Essa festa meio que uniu todo mundo. Eu e muitos amigos gostamos”, definiu Laís Dantas que também cursa Psicologia. O domingo festivo terminou com um luau imitando o estilo havaiano, no Campo de Piquenique. Depois de um dia quente e cheio de
atividades, o evento da noite veio para relaxar, ouvir boa música ao vivo e comer comidas saborosas na companhia dos sempre presentes e também dos novos amigos. “A Festa da Amizade me aproximou de pessoas com quem eu tinha pouco contato e fortaleceu minhas amizades. Mesmo tendo sido dentro do campus foi especial, porque fechou com chave de ouro meus últimos momentos como aluna do Unasp”, expressou Erica Braun que gradou-se em Pedagogia dias depois. Murilo Pereira
Você pode assistir e curtir as fotos dos melhores momentos da Festa da Amizade 2015 na página oficial do Unasp no Facebook. www.facebook.com/unasp.saopaulo
Nossa História
Homenagens públicas ao Unasp No ano em que completou um século de existência o Unasp recebeu homenagens públicas em sua Cidade, Estado e em nível Nacional, na Câmara dos Deputados Federal em Brasília.
O Unasp foi uma das primeiras instituições de ensino adventista no Brasil e atualmente a maior do mundo com sistema de internato. Fundada em maio de 1915, a instituição atendia pelo nome de Colégio Adventista Brasileiro, localizado em uma uma extensa área rural a 20 km da capital paulista. Um século depois, a instituição foi cercada pelo crescimento urbano e passou por mudanças de nome: recebeu o nome de Instituto Adventista de Ensino (IAE) e hoje é um dos quatro campi do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp). Salva de Prata – Câmara Municipal A Câmara Municipal de São Paulo homenageou o Centro Universitário Adventista de São Paulo, Unasp, na noite do dia 26 de outubro duran32 • Unasp em Revista
te a cerimônia de entrega da Salva de Prata, uma das mais importantes comendas da capital paulista. A homenagem partiu da iniciativa do vereador Paulo Batista dos Reis, em reconhecimento aos serviços prestados pela instituição que completou um século de existência em 2015.
Em seu discurso, o vereador proponente mais uma vez reconheceu a importância do Unasp e da Educação Adventista para a cidade de São Paulo e também para a sua formação pessoal. Na infância, Reis estudou na escola adventista enquanto morava na região em
que o Unasp-SP está localizado na zona sul de São Paulo. “A instituição Unasp tem um trabalho reconhecido em uma região muito carente que é a região do Capão Redondo. Todo desenvolvimento que nós temos naquela área teve a participação do Unasp. A cidade tem que reconhecer e, dentro dessa comemoração dos 100 anos, nós incluímos que o Unasp fosse homenageado com a mais alta honraria da Câmara Municipal de São Paulo”, explicou o vereador. No dia da homenagem, além de professores, colaboradores e estudantes dos três campi do Unasp, alunos de escolas adventistas da capital paulista também assistiram à sessão. “Me sinto realizada em poder participar dessa história. Eu vejo o Unasp como um mediador para realização de um sonho pessoal que é cursar Psicologia”, afirmou a universitária Vanessa Marques.
civis e religiosas no principal plenário da casa. A solenidade foi proposta pelo deputado Campos Machado, que também presidiu a sessão. Em seu discurso, Machado defendeu que o amor a família e a crença em Deus devem ser sempre valorizados na educação. Durante a cerimônia, os alunos do Unasp tocaram o hino nacional usando sinos e cantaram músicas cristãs. “Eu nunca imaginei que o hino nacional pudesse ser tocado usando apenas sinos”, destacou Aloísio de Toledo César, Secretário de Justiça do Estado de São Paulo, que na ocasião representou o governador do Estado, Geraldo Alckmin.
Solenidade na Assembleia No dia 17 de agosto, o Unasp recebeu homenagem na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. A sessão solene, reuniu autoridades
Câmara dos Deputados Federal A homenagem ao Unasp na Câmara dos Deputados em Brasília aconteceu no dia 6 de novembro, proposta pelo deputado federal, Vicente Cândido. Na abertura da cerimônia, o parlamentar, que representa o Estado de São Paulo, destacou a contribuição do Unasp para a comunidade na zona sul da capital paulista. Vicente Cândido recordou a parceria entre a instituição e a Prefeitura
Municipal na administração do Programa Saúde da Família, PSF, que durante 15 anos atendeu milhares de pessoas em bairros carentes nessa região da cidade. Ao resumir para a plenária a história do Unasp-SP, Cândido lembrou, inclusive, a contribuição que o centro de ensino trouxe para a indústria brasileira através da Superbom. A empresa que pertence à Igreja Adventista do Sétimo Dia existe há 90 anos e teve início nos galpões de produção de suco de uva do Unasp-SP na década de 1920. O diretor associado do departamento de Educação da Igreja Adventista na América do Sul, Sócrates Quispe, enfatizou o papel do Unasp na formação de líderes e sua relevância nos 120 anos que a Educação Adventista no continente sul-americano completou em 2015. Durante várias décadas, o campus centenário do Unasp foi a única instituição formadora de pastores, educadores e enfermeiros adventistas que do Brasil se espalharam também por diversos países do mundo. Ana Paula Ramos, Lucas Rocha e Murilo Bernardo
Euler Bahia
Douglas Menslin
Campos Machado
“Creio que estas cerimônias proporcionaram ao Unasp a oportunidade de reafirmar publicamente o seu compromisso de preparar a juventude, qualificando-a para agir na sociedade atual e futura através de uma visão bíblica e cristã da realidade. Isso é muito importante! Nos sentimos muito honrados e agradecidos.” Euler Pereira Bahia, Reitor do Unasp.
“O reconhecimento da Câmara dos Deputados de que o Unasp é uma instituição de Ensino Superior comprometida com sua filosofia e, ao mesmo tempo, aberta para as necessidades da comunidade que a cerca, é uma das maneiras de confirmar que o Unasp está no caminho certo, servir a Deus e ao semelhante”, ressalta Douglas Menslin, Diretor Geral do Unasp-SP
“Tenho um profundo e imenso respeito pela Igreja Adventista a qual fez por merecer a admiração que por ela existe em todo o mundo. Com dedicação, trabalho e com amor, surgiu esta instituição – o Unasp – que é um exemplo a ser seguido por quem tem nos horizontes da vida a luta por uma educação mais condizente com a nossa sociedade” Campos Machado, Deputado Estadual. Unasp em Revista • 33
Em Foco
Voluntariado no currículo Não é novidade para ninguém que o voluntariado é um movimento que tem feito parte do vocabulário de diferentes instituições no Brasil e no mundo. Na Europa e EUA, a ideia de pessoas trabalhando sem objetivos de lucro financeiro, sem pagamento, potencialmente oferecendo serviços e produtos com a intenção de melhorar e transformar a vida de indivíduos e comunidades é conhecida desde o século 17. No Brasil, o século 19 verá o despertamento dessa modalidade de atividade que visa à expansão do estado de bem-estar que as políticas públicas e oficiais não davam conta de fazer. Na década de 90, o tema irá se tornar lugar comum na televisão brasileira, com comerciais veiculados e patrocinados pelas próprias emissoras que pareciam querer incutir uma mentalidade nos telespectadores. O movimento estava bastante conectado com a própria ideia neoliberal de Estado Mínimo. Onde o Estado não iria, doravante a sociedade civil deveria se responsabilizar. Apesar das críticas, muitas delas coerentes, o movimento se afirmou como uma marca de responsabilidade, comprometimento e lealdade social. A pessoa e a instituição que praticam o voluntariado passaram a ser vistas como que dotadas de um algo mais, portanto, com currículos e portfólios superiores aos demais. Basta dar uma pesquisada nos sites de busca e será fácil perceber quanto se escreve sobre o assunto. São muitos os sites e até mesmo os livros que objetivam motivar, ensinar e promover o voluntariado. Contudo, há benefícios verdadeiros neste programa? Segundo o Serviço Nacional de Voluntariado dos EUA (Corporation for National and Community Service) existem pelo menos cinco benefícios tangíveis gerados
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por programas de voluntariado: solução de problemas, fortalecimento de comunidades, melhoria de vidas, conecta pessoas e transforma a vida dos próprios voluntários. A estes benefícios, a mesma agência aponta outros tantos benefícios intangíveis, tais como satisfação e senso de realização. Obviamente, existem programas que são questionáveis e projetos que prometem muito mais do que entregam, quando entregam. Michelly Lynn Stayton foi voluntária durante a faculdade, ficou tão incomodada com o que viu e sentiu durante e depois de sua experiência, que passou a militar contra determinadas iniciativas. Ela escreveu um artigo onde aponta sete perigos comuns a projetos de voluntariado: foco total no voluntário e não no serviço; projetos que não deixam nada tangível, apenas um vácuo emocional na vida das pessoas locais que se ligaram aos voluntários quando estes literalmente vão embora; projetos que geram problemas futuros, tais como uma indústria de exploração dos menos favorecidos para angariar fundos para instituições; desperdício de dinheiro e recursos; criação de um círculo de dependência; o subaproveitamento de talentos e habilidades (isto ocorre quando pessoas que poderiam gerar serviços inexistentes no local gastam seu tempo “lixando paredes”); por fim, a promoção do salvacionismo ocidental, ou seja, se não fossem “os bonzinhos e caridosos do mundo desenvolvido” não haveria salvação para ninguém mais. Pelo que foi visto acima, não seria difícil perceber que toda boa ideia tem o potencial de ser desvirtuada, daí a importância das instituições sociais sólidas, vocacionadas, com tradição, assumirem sua parte no processo. Daí a importância de igrejas bem organizadas, empresas,
Marcos Eduardo Gomes de Lima escolas e universidades chamarem a responsabilidade para oferecerem programas idôneos que canalizem os esforços e motivações individuais em projetos bem pensados, focados no serviço e que logrem oferecer uma experiência ao voluntário que o leve a adotar o voluntariado como estilo de vida transformador, para ele e para as pessoas com quem ele entrar em contato. O Unasp campus São Paulo nunca esteve à parte deste movimento, e há 100 anos dá sua contribuição. Uma vez que somos uma instituição de ensino confessional, nossas atividades de voluntariado, obviamente, sempre se confundiram com atividades religiosas e missionárias. O movimento que emerge com força agora não é reinvenção e nem correção de rumos, é, antes de tudo, a renovação do fôlego, da vontade, do interesse de reforçarmos aquilo que somos como instituição de Ensino Superior. Dessa vontade e desse compromisso com nossa missão nasceu, em 2015, um departamento ligado à Diretoria de Desenvolvimento Espiritual do campus, o Centro de Voluntariado Berndt Wolter. Em 2016, vários projetos e ações estão em andamento e você também poderá ver mais detalhes nesta edição do Unasp em Revista. *Marcos Eduardo Gomes de Lima é professor universitário do Unasp e coordenador do Centro de Voluntariado Berndt Wolter.
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