COBI - Alaíde Gonçalves Martins, Larissa Chiyoko Takahashi

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a marca - logotipo

a marca - logotipo

OUTONO | INVERNO 2014


CENTRO UNIVERSITÁRIO - UNA Faculdade de Comunicação e Artes

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Alaíde Gonçalves Martins Larissa Chiyoko Takahashi

Belo Horizonte, 2013


Alaíde Gonçalves Martins Larissa Chiyoko Takahashi

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Trabalho apresentado como exigência parcial de conclusão da disciplina Projeto Experimetal, do Curso de Graduação em Moda. Professor: Aldo Clécius Néris da Silva

Belo Horizonte, 2013


dedicatoria

Dedicamos este projeto às mulheres. Mas principalmente às mulheres vítimas do estereótipo social. Dedicamos às gordinhas, magrinhas, altas, baixinhas, amarelas, pardas e negras. De cabelos lisos e de cabelos crespos. Mas principalmente mulheres. Mulheres que trabalham, que estudam, que se esforçam por elas mesmas e pelos outros. Mulheres que se comunicam pela palavra, pelas lágrimas ou, ora bolas, pela moda! Dedicamos esta conquista a mulheres que são muito mais do que seu corpo ou o que dizem a respeito dele. Dedicamos a mulheres que são exemplo de força, superação e notoriedade!

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CITACAO

“Os acessórios são a chave da moda: enriquecem looks, são indicadores de estilo, multiplicadores de guarda roupa, dizem para onde você está indo e de onde você veio, falam a mesma língua q você, são extremamente versáteis, reforçam a personalidade do seu look. São fascinação, emoção e prazer ”

Titta Aguiar

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AGRADECIMENTOS

Não poderíamos deixar de agradecer a quem contribuiu para o desenvolvimento desta coleção, deste portfólio, das pesquisas e do nosso desenvolvimento como seres humanos e capazes. Obrigado a Deus pela perseverança de seguir em frente. Aos nossos pais, pela confiança e pelo esforço em nos tornar profissionais. Aos amigos em especial Dayanna Lima e Míriam Cândido que auxiliaram, mantiveram a paciência e acalentaram quando pensamos que tudo iria dar errado. Em especial à Rogério Lúcio por sua paciência e palavras de incentivo. Ao professor Aldo Cléciuse e Geanneti Tavares Salomon pelo apoio com todo seu conhecimento e paciência. E a todos que nos incentivaram e nos cederam um sorriso, que nos fizeram seguir em frente e chegar ao final desta graduação. Muito obrigada!

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resumo

Como formandas do curso de Bacharelado em Moda do Centro Universitário Una, Alaíde Gonçalves Martins e Larissa Chiyoko Takahashi optaram por desenvolver uma coleção de acessórios. Com a criação da marca Cobi e o desenvolvimento de 60 peças para a coleção outono/inverno 2014, o tema Museu das Minas e do Metal formou uma base de pesquisa, tendo a arquitetura, a história e principalmente o acervo do museu muito contribuído para a criação das peças. Dentro de tão rica atmosfera criativa, o objetivo do projeto acabou se tornando o de desenvolver acessórios modernos e elegantes, que tivesse como contraponto uma imagem mais bruta e crua, que tivesse formas que pudessem acompanhar o contorno do corpo feminino e que transmitisse uma imagem atemporal. Para tornar este projeto criativo e inserido nas tendências de design foram feitas pesquisas de formas, cores e macrotendências para a estação, desenvolvendo um produto diferenciado e coerente com o DNA da marca, que também envolveu pesquisa de mercado e de público que pudesse servir de base fundamental para a criação da coleção. Palavras Chave: Cobi, Museu das Minas e do Metal, Pedras, Cores

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sumario CURRICULUM

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BRIEFING DE NEGÓCIO PÚBLICO-ALVO

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IDENTIDADE DA MARCA BRIEFING DE COLEÇÃO

22 37 74

COLEÇÃO CROQUIS

75 10.6

FICHAS TÉCNICAS PAINEL DE SEGMENTAÇÃO

135

PAINEL ARTÍSTICO REFERÊNCIAS

130 113


Curriculum Alaíde Gonçalves Martins, mineira de Belo Horizonte, 22 anos, concluinte do curso de Moda do Centro Universitário Una. Sempre ávida por novidades, com a mente no futuro, e com uma imagem rebuscada lá na década de 1950, desde pequena demonstra fascínio pela arte, e principalmente pelas diversas formas de expressão que a moda oferece. Chegar na universidade sem experiência não foi empecilho para impedir seu desenvolvimento como profissional capaz neste meio tão cheio de vaidade. Estagiando como para a empresa Precoce , Alaíde se armou de um curso de design gráfico para criar estampas, cartões e folders para um marketing criativo da empresa e, atualmente, estagia em uma loja de tecidos, ampliando seus conhecimentos na área têxtil. O que, afinal, segue como propósito de enriquecer seus planos futuros de trabalhar com serigrafia, estamparia digital, criando e inovando no mercado de estampas e texturas para o mercado de moda. Após concluir o curso, sua meta é continuar buscando referências para seu trabalho, complementar seus estudos no segmento que escolheu e buscar sempre novas possibilidades para tornar seu trabalho mais criativo, sempre embasado em muita pesquisa e inovação, mas também carregado da música e da arte que a influenciam.

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Curriculum Larissa Chiyoko Takahashi, 29 anos, mineira de Belo Horizonte aluna do curso de Moda do Centro Universitário UNA, desde pequena teve aptidão para a moda, mostrando sempre interesse pela indumentária, seus adornos e tudo o que estava por trás de sua criação. Larissa já trazia uma experiência em vendas de acessórios e roupas femininas no varejo. Já no início da graduação, focou seus esforços para as áreas de ilustração e desenvolvimento de acessórios. Fez curso de desenho de moda e técnicas de coloração, trabalhou como visual mershandising para a loja Faz de Conta, fez o curso de estamparia ministrado pela empresa Gênesis e desenvolveu acessórios para alguns trabalhos acadêmicos, fazendo tanto sucesso, que teve de fazer e vender para inúmeros amigos que se interessaram. Após concluir o curso, Larissa planeja investir no segmento que mais lhe atraiu neste período acadêmico dando continuidade aos trabalhos na área, especializando-se em desenvolvimento de acessórios e criando talvez, a sua própria marca. Este memorial tem como objetivos descrever todo o processo criativo do trabalho elaborado por Alaíde Martins e Larissa Takahashi que tem como tema e inspiração o “Museu das Minas e dos Metais”. Para a criação da coleção será criado e produzido 20 acessórios onde usaremos como material pedra no seu estado bruto abundancia de metais, correntes e peças maxi.

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Briefing de negOcio


Descricao geral da marca

Cobi é uma marca sofisticada e moderna, que se vende pelo design criativo, elegante e pelo seu potencial em tornar uma simples produção visualmente mais marcante e original. O conceito de semi jóia/bijuterias de luxo não desfaz em nada sua imagem atemporal e casual, podendo assim aparecer em qualquer época, e em um grande número de looks básicos, sem parecer comum ou ficar fora de contexto. Com técnicas manuais comuns à produção dos seus produtos, Cobi tem a vontade evidente de se mostrar como elemento indispensável numa produção feminina. O pensamento ao criar uma nova peça é sempre o de inovar, e deixar mais ornamental o visual feminino, seja no cotidiano ou em um evento de gala. Cobi acompanha o seu público em diversos eventos e eventualidades, servindo-se de um mix de produto variado e distribuído em diversas linhas, para diferentes ocasiões e no peso certo para cada um. Enfim, Cobi explica-se como estilo de vida moderno e criativo, mas também simples e sofisticado inspirado pelas próprias mulheres que formam o seu público, e no que elas esperam de um acessório. simples e neutro com algo ‘vivo’, presente por todos os lados e que tenha uma grande aceitação por grande parte das pessoas, e acreditamos que o azul, mesmo sendo uma cor, representa muito bem essa mensagem, muito sutil, mas que acreditamos alcançar nosso público. Poderia ser citada, de uma forma lúdica, como o equilíbrio entre o diaa-dia formal e sóbrio, e a escolha de um detalhe carregado de humor e criatividade. É uma conotação um tanto quanto lúdica, mas levando-se em conta que as compras muitas vezes são levadas pelo psicológico, e pelo ideal do que aquilo pode representar, parece bem fundamentada. A logomarca define e/ou complementa o que é o conceito da marca. Une o nome da marca, ‘Cobi’, ao seu significado, nome indígena, derivado de cobé (cobé – a maneira como se vive). Simples e fundamentada em sua própria perspectiva de sofisticação e modernidade, aliada ao elemento do qual a mesma é composta, ou se compõe. Uma pedra, – gema, granada - ou qualquer outra representação de sua matéria prima e de sua identidade como empresa interessada em adornar, tornar mais belo o que é aparentemente simples, afirmando essa possibilidade de ser bruto, natural e bonito. De ser alguém com poucas alterações no visual, ser simples, porém adornada criativamente, como

Cobi quer mostrar em composições que externam a imagem da mulher e a maneira como vive, seja natural, criativa, elegante, moderna, sofisticada. Cobi serve a todas elas, por oferecer também uma imagem feita para se adequar. As cores (cinza e azul), foram escolhidas pensando na ideia de unir algo simples e neutro com algo ‘vivo’, presente por todos os lados e que tenha uma grande aceitação por grande parte das pessoas, e acreditamos que o azul, mesmo sendo uma cor, representa muito bem essa mensagem, muito sutil, mas que acreditamos alcançar nosso público. Poderia ser citada, de uma forma lúdica, como o equilíbrio entre o diaa-dia formal e sóbrio, e a escolha de um detalhe carregado de humor e criatividade. É uma conotação um tanto quanto lúdica, mas levando-se em conta que as compras muitas vezes são levadas pelo psicológico, e pelo ideal do que aquilo pode representar, parece bem fundamentada.

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Estilo A Cobi trabalha um estilo dominantemente moderno, com elementos elegantes/sofisticados e criativos, com uma maior liberdade de expressão.

Elementos de estilo: Argolas, correntes, pedras. Atributos subjetivos: A coleção vai priorizar uma imagem que evidencie o estilo de seu público, tentando oferecer uma aparência poderosa, chic, firme e contemporânea com um design criativo, de detalhes inusitados, como se observa em um mix de cintos, colares e outros produtos. Atributos fisicos: pedras com formas brutas, argolas douradas, formas orgânicas e brilhos discretos. Nicho: Acessórios - Bijuterias e Semijoias. Segmento: Acessórios. Composição de complemento de vestuário. Gênero: Feminino

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Concorrentes

A marca Claudia Marisguia que é especializada em bijuterias de luxo. Oferece peças em couro, palha, madeira, osso, pedras naturais e resinas. Seu público é em sua maioria de mulheres determinadas, mulheres que também tem um apreço por artes e procuram formas diferenciadas, surreais, cósmicas. Dentre os produtos comercializados estão brincos, colares e anéis, todos com design contemporâneo, como afirma a própria criadora da marca.

A marca Francesca Romana Diana é uma das mais conhecidas fabricantes de bijuterias no Brasil e no mundo. É uma marca que apresenta um estilo muitas vezes baseado no design italiano, visto que sua criadora nasceu no país, característico por grandes designers de jóias. Mas também apresenta cores e tropicalidade característicos do Brasil. A marca trabalha com peças artesanais, na sua maioria antialérgicas e exclusivas. Tudo distribuído num mix de colares, anéis, brincos, pulseiras e alguns acessórios sobre e n c o m enda. A Mary Design é conhecida como a marca que usa a bijuteria para contar histórias e preservar memórias. Suas peças são carregadas de criatividade poética e seu público é autêntico e moderno. Trabalha diretamente de Belo Horizonte, com matérias primas que busca no estado, em sua maioria, sendo naturais, minerais e s i m p l e s . São colares, brincos, anéis, bolsas, carteiras e uma variada gama de cores, com preços acessíveis e um público el, dado o fator de que é a mais conhecida do meio aqui em Minas Gerais.

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Canais de distribuicao

Loja Virtual: Um espaço montado para viajar na história da marca e entrar em um universo cheio de arte, música, tecnologia e modernidade e ainda fazer a aquisição daquele acessório que se encontra ali, em meio à toda aquela profusão de informações e imagens. Da tela do computador, direto pra sua caixa de correios em até 15 dias úteis. Essa loja, evidentemente, visa alcançar em sua maioria o público mais jovem, ampliando serviços e possíveis compras que seriam somente efetivadas em uma loja física e demandaria maior tempo, o que é escasso para essa geração cibernética. E para facilitar e atrair clientes desconfiados, a loja virtual contará com um eficiente e moderno serviço de e-commerce, seguro e simples e ainda possibilidades de consultar suas medidas para colares, anéis, cintos e outros, facilitando sua confiabilidade na empresa e possíveis trocas. Loja Física: A loja da Cobi foi um espaço pensado para encher os olhos, causar desejo e o consequente bem estar aos seus clientes. Um espaço pensado para evidenciar as criações da marca, mas que deixa espaço para a imaginação do consumidor. Moderna, como é a própria marca, confortável e agradável. Localizada próximo ao seu público, num local tranquilo e longe do burburinho de trabalho, rotina ( ainda pesquisar o local para a loja, provavelmente em bairros como Santo Agostinho, Lourdes, Santo Antonio, etc).

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Margem de preco

Os produtos serão precificados de acordo com sua linha, as matérias prima e o tipo de produto. A variação média encontra-se tabulada.

PRODUTO MeDIA DE PREcOS

Anéis

50 a 800 reais

Anéis de Mão

100 a 900 reais

Colares

120 a 800 reais

Maxi Colares

150 a 1200 reais

Pulseiras e Braceletes

100 a 900 reais

Brincos

80 a 900 reais

Cintos

50 a 800 reais

1.6


Diferencial

A Cobi trabalha com materiais diferenciados, peças únicas e o mix de produto é bem variado, oferecendo ao seu público exclusividade tanto em, peças únicas (colar, anel, brinco) como também em conjuntos e mesclas de produtos de um mesmo molde, porém com cores, formas e acabamentos diferentes. Há também um serviço de ajuste e personalização, onde o cliente é que define - para algumas peças – o tamanho, as cores, a forma e se possível, o material da peça que será executada, aumentando ainda mais sua exclusividade e sua originalidade, sem contar o primor no atendimento e ambiente de sua loja física.

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publico alvo


publico alvo

O público-alvo da Cobi atende mulheres, de classe B, com renda entre R$ e R$. Mulheres modernas, que estão entre 25 e 35 anos. Jovens exigentes, que já conquistaram sua independência financeira. São contemporâneas e consumistas. Buscam exclusividade e estão sempre ligadas às tendências de moda, geralmente consumindo produtos de alta tecnologia e design. Essas mulheres gostam de cuidar do corpo, da alimentação, da autoestima e, para isso frequentam academias, clínicas de estética, e visitas regulares ao nutricionista. Viagens por lugares exóticos, praias e resorts são seus destinos prediletos. Primam pelo contato com a natureza, gostam de frequentar bons restaurantes, apreciam culinária internacional e regional, afirmando ainda mais seu interesse pela diferença. Estão sempre em busca de novas experiências, casuais ou não. Gostam de músicas MPB (Leoni, Cazuza, Zé Ramalho, Elis Regina, Djavan) Pop Rock (Titãs, Los Hermanos, Legião Urbana, Capital Inicial) e Samba (Alcione, Martinho da Vila, Zeca Pagodinho). Gostam de ir ao cinema (longas de drama, suspense e comédia). Teatro, museu, barezinhos pelo menos três vezes por mês. Gostam de shoppings centers, são totalmente urbanas e buscam o sucesso na vida profissional. Residem em bairros classe média/média alta como Belvedere, Savassi e Santo Agostinho. Tem como meio de transporte carros que tenham design delicado e moderno como Peugeot 206, Honda Fit, VW Fox, Kia Soul, New Beatle. Como buscaram sua independência desde muito cedo, geralmente são mulheres graduadas ou ainda no meio acadêmico, que buscam principalmente profissões ligadas à arte, imagem, comunicação e paisagismo. Pode-se daí destacar decoradoras, empresárias, jornalistas, designers, arquitetas, dentre tantas outras. No vestuário do dia a dia, um bom jeans, uma variedade de bolsas e sapatos para compor diferentes looks, e uma camiseta com um corte e um tecido simples e confortável, é o que elas escolhem, pois sabem da necessidade de mobilidade que mulheres ativas como elas precisam e, ainda, porque valorizam as formas e deixam a produção agradável e elegante, e aceitam como nenhuma outra composição, um poderoso acessório.

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Painel de publico alvo



IDENTIDADE DA MARCA


a marca - logotipo

a marca - logotipo

A logomarca dene e/ou complementa o que é o conceito da marca. Simples e fundamentada em sua própria perspectiva de sosticação e modernidade, aliada ao elemento do qual a mesma é composta, ou se compõe. Uma pedra, – gema, granada - ou qualquer outra representação de sua matéria prima e de sua identidade como empresa interessada em adornar, tornar mais belo o que é aparentemente simples.

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a marca - logotipo a marca - SIMBOLO

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cromia Padrao Cromatico Padrรฃo CromรกticoC

Pantone PANTONER

cmyk MYK

rgbGB

3145C

C: 100% M:05% Y:20% K:22%

R:0% G:136% B:164%

416C

C: 22% M:14% Y:24% K:45%

R:124% G:128% B:121%

White C

C:0% M:0% Y:0% K:0%

R:255% G:255% B:255%

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monocromia

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construcao

21 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 01

02 03

04

05

06

07

08

09

10

11

12

13

14

15

16

17

18

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Area de proteCAo e reduCAo mAxima

x

x x

x

3,5 cm redução máxima recomendada

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TIPOGRAFIA

A fonte utilizada é a yellow peas demo que demontra modernidade em suas linhas tão sutis. As cores (cinza e azul), foram escolhidas pensando na ideia de unir algo simples e neutro com algo ‘vivo’, prese n t e por todos os lados e que tenha uma grande aceitação por grande parte das pessoas, e acreditamos que o azul, mesmo sendo uma cor, representa muito bem essa mensagem, muito sutil. O simbolo escolhido é um “o” em formato de um diamente l a p i d a d o .

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fONTES

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USOS INDEVIDOS

Cor alterada

Perda do elemento

C Inicial em maiĂşscula

Distorcida

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envelope, papel timbrado e pasta

envelope, papel timbrado e pasta

End: Av. Prudente de Morais, 365. Santo Antônio - Belo Horizonte www.cobi.com.br

End: Av. Prudente de Morais, 365. Santo Antônio - Belo Horizonte www.cobi.com.br

End: Av. Prudente de Morais, 365. Santo Antônio - Belo Horizonte www.cobi.com.br

Envelope 21x32cm em papel sulfite 70g, Papel timbrado 21x29cm em papel couche fosco 75g e pasta 21x32cm em PVC resinado.

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02cm

06cm

TAGSTAGS

2cm

3cm

papel supremo com laminação fosca.

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BRINDES

BRINDES 15cm 7cm

10cm

12cm

Janeiro/2013

26 03 10 17 24

27 04 11 18 25

28 05 12 19 26

29 06 13 20 27

30 07 14 21 28

01 08 15 22 29

02 09 16 23 30

molesquine personalizado de 80 folhas sulfite, 85g, com fita da cor principal da marca. calendĂĄrio em couchĂŠ 75g brilhante, e pen-drive personalizado.

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VISITAS

04cm

CARTAO DE VISITAS CARTAO DE

End: Av. Prudente de Morais, 365. Santo AntĂ´nio - Belo Horizonte www.cobi.com.br

8,5cm

papel supremo 300g com verniz no simbolo. 35


embalagens

embalagens 15cm

14cm

04cm

04cm

8cm

Caixa grande 15x04cm e pequena 08x04cm em papel couche fosco 150g com verniz localizado, sacola em couche fosco 75g.

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briefing da colecao


Inventario Mineral: Na busca pelas gemas mineiras


1 . Introducao

O tema será apresentado em um trabalho de pesquisa e desenvolvimento de uma linha de acessórios para a marca Cobi. Pensando nesta coleção, tenta-se desenvolver uma base de pesquisa que incorpore e agregue valor à posterior criação dos acessórios, que serão inspirados inicialmente nas salas que compõem o acervo do museu. Situado no Circuito Cultural Praça da Liberdade, no prédio da antiga Secretaria de Estado da Educação, o Museu das Minas e do Metal (MMM) propõe uma viagem pelas eras do metal e das pedras e seu valor para a indústria, a história e, tentaremos extrair aqui, para a criação de moda. Em suas salas – ferro, ouro, diamante, nióbio, zinco, gemas, grafita, alumínio e calcário - , encontram-se ricas formas, cores, histórias e uma inesgotável fonte de criatividade, pois tudo em seu interior é amplamente trabalhado para ser visual, e chamar a atenção pela imagem e pela sensação. Introduzindo a história dos metais a partir de Dimitri Mendeleev, químico que formulou a tabela periódica, o MMM narra a relação da história de Minas Gerais com sua riqueza mineral e seus recursos, traçando assim um memorial de seu desenvolvimento econômico e da sua projeção cultural. É interessante pensar na diversidade, nas características de um museu que trata de coisas tão antigas de forma tão tecnológica quanto este. Pensar em tudo que envolve a mineração e a metalurgia e em como isso influencia no imaginário coletivo. É ainda maior este interesse, quando se leva em conta a comunicação interativa do museu, que utiliza pequenas relações econômicas, históricas e visuais dentro de seu acervo, para compor narrativas apresentadas por Dom Pedro II, ou Xica da Silva. Tudo isso permeando assuntos como geografia, química e mineralogia. Diante de tanta informação, o trabalho para uma criação de moda é apenas coletar conteúdos que inspiram, que fornecem novas experimentações ao desenvolvimento da coleção. Desde pedras e metais, até a história de Minas, contada pelos personagens mais marcantes da história do Brasil, selecionar o que irá fazer parte da criação não é tarefa fácil. As histórias muitas vezes se confundem, mas é imprescindível buscar o que oferece maior apelo visual e moderno, e é incontestável que o museu os contém.

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2 .

Museu das minas e do metal

Concebido para destacar a relação histórica e cultural de Minas Gerais , o Museu das Minas e do Metal (MMM) também celebra a identidade de seu povo e o seu entendimento sobre a siderurgia e as atividades destacadas no seu interior. O museu que traduz o desenvolvimento de uma região revela também suas principais atividades de progresso visíveis – mineração e metalurgia. É de forma dinâmica e educativa, que o museu transcorre sobre as atividades mineradoras, ilustrando e informando as pessoas de qualquer idade a respeito das particularidades da concepção e da diversidade da presença de tais atividades no nosso cotidiano. No total são 18 salas, 44 atrações – de onde são dedicadas as principais minas do estado. Todas com uma concepção museográfica totalmente inovadora e com a linguagem tecnológica que os tempos atuais exigem. Da mesma forma, servir-se de seu acervo para embasar uma coleção de acessórios de moda exija talvez uma nova visão, ou um olhar mais atento sobre sua forma bruta, que seja contraponto estratégico com toda a modernidade apresentada pela marca.

3 . AS SALAS E SEU ACERVO: FORMAS, CORES E MEMÓRIAS O fato de o museu ser dividido em dois pavimentos – o primeiro referente às minas, o segundo aos metais – facilita diferenciar as atividades e relevar a sua importância cotidiana e econômica para os cunhos culturais e sociais. O primeiro, abriga sete salas, todas referentes a minas, atividades mineradoras no estado e, enfatiza também a importância do geólogo Djalma Guimarães para a história da mineração em Minas e no Brasil. Na primeira sala, Chão de Estrelas, um piso de vidro com amostras de diversas pedras e minerais encontrados no subsolo mineiro e inúmeros telescópios e/ou lunetas que dão margem a um olhar mais profundo sobre algumas das pedras mais abundantes e mais diferenciadas, ampliando-as e revelando seus detalhes. As luzes e a percepção implicada nesta sala são incrivelmente inspiradoras e servem de base para começar a se pensar nas diferentes formas e uso de cores que podem ser feitos na construção de uma coleção. Na sala seguinte, é possível localizar jazidas através de um mapa interativo. Mapa das Minas é a primeira sala que deixa evidente a possibilidade de uma junção de algo em sua forma bruta e inacabada com a tecnologia, a modernidade e o design atuais. Há ainda a Sala das Minas que narra um breve histórico da extração mineral em Minas, do ciclo do ouro até do emprego de tudo isso à indústria de microprocessadores, o que posteriormente volta a ser abordado na Sala do Meio Ambiente, onde será mostrado o ciclo vital de uma mina e o consumo de minerais e recursos naturais pela indústria em geral.

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Dada a importância de estudos geológicos para toda essa extração, uma sala leva o nome de Djalma Guimarães e retrata toda a biografia de seu trabalho e um pouco de sua vida. Embora todas as salas sejam de real importância para os estudos e pesquisas de design, é inegável que as salas Miragem e Inventário Mineral tragam maior base para tais fins. A primeira utiliza de recursos holográficos para demonstrar parte de um acervo belíssimo, repleto de cores, formas, diferentes nuances, luminosidade e texturas em pedras preciosas brutas, verdadeiros fundos para o mercado de joias e acessórios. A segunda, Inventário Mineral, deixa a tecnologia da ilusão e dá espaço ao real, apresentando um inventário completo de pedras, minérios e gemas, indicando sua localização, as diferentes formas em que podem ser encontradas. É perceptível as infinitas possibilidades de criação, dos mais diferentes acessórios e ainda, mantendo acesa a consciência do quão o uso pode afetar a natureza, proporcionando uma maior facilidade de escolher uma matéria prima de boa qualidade e de origem seguramente menos agressiva ao meio ambiente. No segundo pavimento, o dos Metais, uma divisão mais sucinta em que salas discorrem sobre as combinações de metais, a formação de ligas, o uso de metais em diferentes épocas. É possível entender de maneira fácil qualidades metálicas como maleabilidade e brilho e ainda fazer o uso virtual de joias, em um dispositivo que acopla ao reflexo do visitante variadas peças, metais e pedras de diferentes períodos históricos. Recapitulando todo o processo de memória e retomada do passado como base para espelhar o presente, o museu apresenta durante o tour por suas salas a conclusão de que, realmente a memória é algo singular, coletivo por pertencer à todos ao se tornar história e individualizada por partir, de um, mesmo que possa provir de um grupo de indivíduos. E ela pode estar presente, numa forma característica, ou até num objeto, como disse NORA: A memória emerge de um grupo que ela une o que quer dizer, como Halbwachs o fez, que há tantas memórias quantos grupos existem; que ela é, por natureza, múltipla e desacelerada, coletiva, plural e individualizada. A história, ao contrário, pertence a todos e a ninguém, o que lhe dá uma vocação para o universal. A memória se enraíza no concreto, no espaço, no gesto, na imagem, no objeto.(NORA, 1993,p.9) É talvez dessa sede cultural e envolto histórico e social presente na memória que vem ao encontro das particularidades dessa coleção de acessórios, onde o que se pretende é agregar muito mais valor à peça. O que se pretende, no final, é envolver essa peça, esse objeto que é o acessório, em torno de memórias de seu usuário e da sua própria memória de pertencimento, da origem de sua pedra – por exemplo e, assim torna-lo uma peça única, onde vai adquirindo valor conforme as memórias e valores culturais e emocionais atribuídos à ele. Algumas peças do acervo do museu apresentaram essa característica, mesmo sem ser uma peça de design propriamente pronta, mas por nos fazer recordar, seja por sua forma ou origem, lugares anteriormente visitados, pessoas, ou mesmo recordações das quais não se tem conhecimento, ou apenas surgem por verossimilhança. As formas apresentadas na coleção também tem cunho memorial recordativo, pois foram retiradas de pedras naturais como a ágata, a ametista, a pirita, o cristal de rocha (principalmente) e a turmalina. Além das pedras ainda encontram-se correntes e peças moldadas exclusivamente para a coleção e que valorizam o trabalho artesanal. Neste ponto, faz-se ver outro valor atribuído à memória, pois a própria arte da artesania é quem insere nos objetos mais memórias alinhavadas pelas mãos de quem os faz.

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4 . AS PEDRAS: ORIGEM, FOLCLORE E SIGNIFICADO Em meio a um acervo de mais de 130 pedras e minerais, selecionar algumas para inserir em uma coleção de acessórios é tarefa difícil, mas atributos físicos não são os únicos a serem levados em conta. Custo, aplicações, facilidade no tato são características que também influenciam tal escolha. Afinal, são pedras delicadas, que mesmo em sua forma bruta, sem ainda ter recebido tratamento ou lapidação, possuem uma beleza de encher os olhos de qualquer pessoa. Principalmente de uma mulher interessada em obter uma semijoia ou bijuteria aparentemente comparada a uma joia rara. É evidente que ao se pensar nos elementos que serão inseridos numa coleção interessada em atingir um público como este, o primeiro anseio é o de se utilizar um diamante, a unanimidade quando se pensa em joias. Todavia, neste caso a substância mais dura da natureza é imediatamente descartada, dado o conceito da marca e o público alvo, que não possui capital suficiente para dispor de uma joia destas. Mas possiblidades de peças tão belas quanto são possíveis, utilizando-se artifícios de design que criem uma imagem relativamente parecida. Embora difícil, tal tarefa de seleção foi efetuada, e chegou-se numa pequena amostra que apresenta as cores e os padrões previamente atribuídos a essa coleção, além do custo benefício necessário para atender ao público da marca e aos lucros da empresa. As pedras selecionadas (ametista, ágata, cristal de rocha, pirita e turmalina) definem de forma natural o desejo da marca de transmitir uma imagem elegante pela simplicidade, atemporal, inacabada. Sem a preocupação estética a respeito de lapidação ou dos contornos linearmente definidos. É uma coleção que apresenta, de certa forma, uma analogia com o movimento art-decó e suas formas orgânicas.

4.1 AMETISTA Uma variedade de quartzo que figura entre os quartzos mais quistos para a fabricação de joias, juntamente com o cristal de rocha. Encontrada em tons próximos de roxo e lilás/violeta, cores que segundo mineralogistas, acontece devido à presença de impurezas férricas em sua formação. Podemos dizer, então, que tais impurezas são fundamentais para criar uma pedra tão bela, com a aparência do que poderia ser uma joia de alto valor comercial. A ametista foi considerada a principal pedra preciosa até o século XVIII, e hoje é vendida como uma pedra de meio valor, dada a maior oferta no mercado. É de fácil lapidação, mas sua beleza é comumente utilizada na forma bruta. Folcloricamente, é associada ao dia dos namorados, à sabedoria, dizendo-se atrair amor e boa sorte. (GAMA, 2009, p.21) Todos os fatos ligados a ametista, seja a despeito de cor, preço, tradições e outras características são importantes para identificar maneiras de aplicá-la, assim como as outras pedras. Quanto a forma, por exemplo, é mais facilmente aplicada – como será nesta coleção- em sua forma bruta, que na maioria das vezes aparece presa a uma base rochosa e formando pontas como um cristal de rocha.

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4.2 ÁAGATA “Outro tipo de quartzo, como a maioria das pedras de origem ígnea/rochosa, a ágata é um diferencial entre as pedras do tipo. É a que apresenta uma composição de cores mais diversificada, em tons leitosos e vítreos, e por serem formadas por camadas regulares, seu corte transversal pode apresentar uma sucessão de linhas paralelas, em diferentes nuances de uma mesma cor (branca, cinza, azul, laranja, verde, preta) que dão a aparência única da ágata”. (SHANTI, 2011, p. 29) Comumente são utilizadas em filtros dos sonhos e sinos de vento, por acreditar que, assim como a ametista, que sua presença atraia bons fluídos, bons sentimentos e afaste negativismo. Na seleção para a Cobi, foram escolhidas as ágatas azul e verde. O porque desta escolha é explicado por serem cores que transmitem uma certa tranquilidade e a calma característica de cores frias, atenuando a sensação livre que a marca quer transmitir.

4.3 CRISTAL DE ROCHA O mais conhecido, o mais popular e o mais puro de todos os quartzos, e encontrado em maior abundância no Brasil, principalmente em Minas Gerais. Por ser a única variação que apresenta aparência incolor/transparente, variam em muito as possibilidades de utilização, seja na confecção de joias ou na indústria de instrumentos óticos e científicos. Os místicos acreditam que seja uma das principais pedras energizantes, tanto que é muito utilizada por técnicas de medicina natural e terapêutica. (GAMA, 2009, p.77) A luz branca emitida, que é característica deste cristal, reflete todas as cores e é algo sempre associado à multiplicidade, e a ser fonte para várias formas, o que adere à coleção a característica de acessórios com possiblidades e atemporais à sua maneira.

4.4 PIRITA O que faltava nesta seleção era uma pedra que tivesse aparência metálica, e a pirita tem essa característica, que adere um aspecto de joia nas peças que compõem e amplia seu valor imagético, trazendo unidade e sequência cromática para as famílias. A pirita é um cristal de cor dourado fosco, historicamente chamado de ouro dos tolos. Sempre foi muito utilizada pelo design para criar colares e braceletes, pelo seu brilho metálico intenso e seu baixo custo. (GAMA, 2009, p.75) É, juntamente com a turmalina, uma pedra que não possui tradição folclórica, aliada a nenhum tipo de misticismo além de um significado comercial, mas afirma uma analogia com o ouro e suas características, apesar de não ser tão maleável. Essa é a pedra que oferece um brilho discreto e que pode ser de bom uso para uma analogia com o ouro e todas as características de luxo e boas energias que ele traz consigo. É a cor consagrada e que traz consigo tantos significados que seriam páginas de enumeração. Dentre elas, a de sua origem, que designa luz, e portanto serve como elemento iluminador e ponto de unidade para esta coleção de apresentação da Cobi.

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4.5 TURMALINA “Apresentando-se de forma vítrea, resinosa ou escura, essa pedra é a que apresenta, dentre todas as outras, a maior variedade de cores. Castanho, amarelo, azul, verde, vermelho, cor de rosa, preto e preto azulado além de muitas vezes serem encontrados espécimes com duas ou mais cores. As formas desta geralmente se definem um pouco de forma natural, como que cristais longos, em colunas triangulares, e seu uso é de maior presença na joalheria e na composição de microfones. Na composição de joias usa-se turmalinas verdes, azuis, cor de rosa e a turmalina paraíba, espécime que foi descoberta há alguns anos no Brasil e figura entre as mais raras do mundo.” (GAMA, 2009, p.97) Para a coleção, foi escolhida a que talvez tenha menor apreciação, mas que em sua forma bruta, e dentro da concepção e do DNA da coleção oferece uma imagem que compõe de forma simples o mix de produto da marca. Esta, a turmalina preta, seria talvez mais uma analogia a ser aplicada ( assim como a da pirita) aparecendo como um diamante negro, numa coleção de pedras simples e de custo médio, mas com uma enorme representatividade pelo design e pela qualidade de seus produtos.

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AS CORES: PSICOLOGIA QUE EXPLICA AS ESCOLHAS

É fato há muito conhecido que as cores influenciam nas escolhas e que, para os que acreditam, possuem características energizantes, capazes de auxiliar no bem ou mal estar de um indivíduo. Todavia, ao abordar este tema em um universo de consumo como o da moda, tende-se a aliar a síntese da aparência física da preferência/escolha pelas cores, com a característica subjetiva de seu significado psíquico, do seu atributo sensitivo, provando que é capaz de influenciar sim nas escolhas. Sobre isso, Rousseau vai dizer:

As cores nos parecem signos de alcance universal. Elas nos conduzirão à noção platônica das ideias (imagens) ou, se preferirmos o vocabulário aristotélico sobre os quais a escola de C. G. Jung fundou uma Ciência da Alma inteiramente nova. As cores se referem aos arquétipos que se tornam, ao mesmo tempo, a essência do vermelho, do azul, etc. e os complexos ‘universais’ válidos para o mundo psíquico, o qual se confunde, em sua infraestrutura, com o mundo físico, prolongando-o, exprimindo-o.(ROUSSEAU,1995,p.14)

De tal forma, compreende-se então que as cores são estímulos e irão influenciar o consumidor em suas escolhas desde sempre. Teoricamente, elas são a exphara esta coleção de Cobi exprimem a sensação da sua primeira linha de produtos. Uma linha jovem, atual e moderna, sendo a relação de seus produtos, semijoias e bijuterias, que apresentam uma imagem de luxo e que na prática não o sejam, sendo vendidos a preços que atendam seu público.

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De uma transmissão de significados e elementos físicos e subjetivos, as cores azul, verde, roxo, preto, dourado e a transparência do cristal trazem consigo que passam pela jovialidade, o frescor e a modernidade tecnológica pela qual passamos. Enfim, uma gama de outras relações que denotam a presença dessas cores em diversos elementos naturais e tecnológicos do nosso tempo. É só olhar para os lados, estão presentes por toda a parte, com a exceção do roxo, que aqui se torna elemento para agregar feminilidade e talvez um certo romantismo para a mulher de Cobi, que é contemporânea mas que também mantém uma relação com seu lado astral, também é levada por seus anseios e sentimentalismo, o qual é responsável ainda, por leva-la a escolher a marca. Unindo-se todas as explicações da psicologia das cores, leva-se a crer que elas tem papel fundamental na escolha de compra do consumidor, dadas suas preferências e as sensações que a cor lhe transmite. Claramente, não é possível acertar sempre ou atingir toda uma sociedade, mas a Cobi escolheu uma variedade interessante de cores, na maioria cores frias¹, e propõe em seu DNA a mudança constante, visando atrair novos olhares e novos públicos, prolongar a opção de uma parcela de seu público pelos seus produtos e unir sempre uma imagem criativa a uma escolha sensitiva, levada por atributos físicos mas também os não palpáveis. É necessário dizer, no entanto, ao discutir tais características, que as cores assim como os sentimentos podem ser ambivalentes, apresentando significados e reações boas e más. Porém, o que tratamos aqui é de uma marca de acessórios de moda, de um trabalho de design e, tal ponto já o explica como um melhor aproveitamento de elementos para criar um produto agradável e que seja fonte de desejo para o público. A tentativa é de ‘exprimir e prolongar ’, nas palavras de Rousseau, o mundo ou universo psíquico onde vivem nossos desejos e fantasias e, para isso foram utilizadas pesquisas que visam atender ao maior número possível de pessoas, dentro de seu mundo – ou público alvo específico – ao qual foi definido após pesquisas de mercado e consumo para se chegar a uma perspectiva no mínimo aceitável e que seja fonte de todo este desejo para a mulher que os verá. Tentar pelo olhar, pelo valor memorial e pelo preço é o que prevalece, mas sempre haverá um motivo ou uma fonte a mais para acrescentar à um produto como este.

6 . ACESSORIOS E A CONSTRUCAO DE UMA IMAGEM DE MODA É com a frase “os primeiros seres humanos enfeitavam seus corpos com ornamentos, antes mesmo de passar a vestir roupas”(AGUIAR, p. 13) que a autora de Acessórios: por que, quando e como usá-los inicia seu livro com dicas de uso, mas que contém resquícios sobre o uso de acessórios para compor uma linguagem de moda. A importância de acessórios para este fim é proferida há séculos e é relevante dizer que são a chave da moda, por oferecer possibilidades variadas em seus próprios produtos e ampliar as possibilidades do vestuário, destrancando assim a firmação de que, assim como as cores, a moda em si é também carregada de subjetividade, pois leva consigo a fascinação e o prazer diante de seus produtos. Ainda sobre o belo como forma de interesse e verossimilhança para uso destes objetos, Garcia vai dizer: .

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Jóias e moda, magia e beleza, sempre estiveram intrinsecamente ligadas na mente humana. Usadas por milênios como amuletos de proteção e talismãs, as jóias combinadas com a moda possuíam um papel fundamental, tal e qual nos dias de hoje, entre os povos civilizados e mesmo proto-civilizados. Desde as pedras gravadas com sinais misteriosos e mágicos até as peças atuais, com o único intuito de enfatizar a beleza, a importância das jóias como um complemento da moda não diminuiu em nada em milhares de anos. (GARCIA, 2002, p. 02)

Na construção da imagem, são os acessórios os elementos mais responsáveis por diferenciar pessoas, multiplicar guarda roupas, ou até mesmo criar ícones simbólicos de sorte e/ou amor. Essas características é que formam a opinião do consumidor no momento da compra. São atributos, diferenciais e marcas que atraem e fidelizam o público, que se identifica com o que se quer mostrar, se identifica com a informação que este passa e quer transmitir essa informação com suas impressões e características próprias agregadas. Se é nessa relação de construção de uma imagem que os acessórios auxiliam, é óbvio mas necessário dizer que, assim como a moda (no vestuário) identifica diferentes classes, grupos e estilos, os acessórios fazem essa identificação duplamente ao conferir tal diferenciação ao seus próprios produtos e ao vestuário, ampliando suas formas de uso, dando notoriedade a qualquer composição. Dentro desta perspectiva, Cobi pretende desenvolver seu papel, oferecendo ao seu público a possibilidade de externar um estilo elegante e sexy através de acessórios com design de formas orgânicas, muitas vezes utilizando a forma do corpo e transmitindo uma mensagem comum a ele, de certa sensualidade velada, elegante e moderna. Cabe-se ainda a função de diferenciador histórico em que este produto carrega consigo as memórias de sua origem e as memórias que veio acumulando no decorrer de sua produção, do seu processo criativo e de seu usuário. Remeter-se a algo ou a um lugar ao observar-se o objeto é também factível, visto que suas formas e cores, e todo o design foram pensados para dar margem ao pensamento da concepção do produto, para que se entenda de onde foi tirada sua inspiração. Talvez daí a facilidade em se remeter à uma cidade mineradora, à formas ou artigos da art decô e outras características, logo elas estão presentes no processo criativo e nas pesquisas de base para esta coleção. .

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Painel de inspiraCAo



Painel de MacroTENDENCIA


MACROtendencias

A coleção de outono | inverno 2014 da Cobi, apostou numa macrotendência que leva a imaginar uma nova redescoberta da estética de acessórios. Chamada de Instant, essa macro tende a rebuscar o universo da memória, do resgate à artesania e a valorização da riqueza nacional, utilizando-se de suas formas e matérias primas mais brutas, onde convivem juntos mito, história e valorização de formas da arte. Representados por símbolo, pedras, cristais e correntes que oferecem uma aparência de sensualidade velada, como que um véu entre os paralelos da memória, das lembranças e do arquivismo da história do ontem e do hoje na pauta da mineração em Minas Gerais, principalmente. Pode-se fazer também analogia com a história de Minas e a Arte Decô, onde as formas orgânicas e simples predominam. Além desse universo menos explorado, há também uma busca a temas já mais conhecidos nos meios de moda, que se inserem bem neste contexto proposto por Instant. A busca da memória, da riqueza natural do estado, da história siderúrgica e mineradora aliados à estética do artesanato ou Arts and Crafts nacional é que formam o ideal desta macrotendência que se aprofunda no alinhavo de ideias e pensamentos à respeito da história das formas de antes e de como elas são hoje, em um varal de pensamentos que rebuscam ainda a forma bruta, orgânica e bela dos artefatos naturais e, subjetivamente, a tendência do se sentir bem, estar bem consigo mesmo e com o universo ao redor.

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Painel de Tendencia


tendencias

Nas tendências apresentadas na temporada, as escolha da Cobi foram em peças que possam demonstrar a elegância aliada à modernidade, característica que mais identifica a marca. Medalhões, Ear Cuffs e o Grunge surgem imprimindo uma imagem jovem, moderna e elegante, mas sem cair em um tom de austeridade exagerada. Os medalhões surgem em formas simples e muitas vezes brutas, onde o design acompanha a forma da própria pedra. Suas bases aparecerão em sua maioria em metais e correntes com formas desconstruídas, e seu ponto de foco serão as pedras solitárias em sua base, dando destaque à simplicidade e elegância. Já os ear cuffs, serão apresentados como uma linha mais delicada, mas manterão o conceito de pedras brutas, sem lapidação excessiva e com formas minuciosas e um pouco mais despojadas inserindo a tendência grunge, bem como na forma descomposta também apresentada nos medalhões. Dessa forma, com todas as tendências à mostra, poderá se perceber um mix de produto homogêneo, que pode ser utilizado em diversas combinações e que deixa evidente o caráter real desta coleção, que é o de mostrar as formas brutas de pedras e metais extraídos da atividade mineradora do nosso Estado. Em cores, a coleção se apresenta modesta. Azul, dourado, prata, preto, verde e o cristal em sua forma mais límpida denotam uma aparência mais clara, aliando as cores dos metais mais utilizados (prata e ouro) à das pedras com cores mais naturais (ágata - verde e azul) e ainda cores neutras (preto – hematita) e o cristal como contraponto, sendo ele um reflexo de todas as cores.

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Tendencias

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Cartela de Cores


CORES DA COLECAO

As cores da coleção da marca Cobi foram escolhidas pensando-se seus atributos físicos e seu significado subjetivo, das crenças envoltas sobre tais cores. Desde a escolha do cristal como sendo elemento de transparência até o roxo, o verde, o azul, o preto e o dourado, todas as cores desempenham o papel de atender a um público predominantemente elegante e moderno, com um toque de feminilidade muito sucinto expresso pela cor roxa da ametista e pelas formas orgânicas das peças. Seguindo as explicações de Rousseau¹ sobre as cores, chega-se a uma seleção de cores frias que irão acompanhar a estação. O outono/inverno 2014 será então proposto a partir de uma cartela a primeira vista sóbria, mas que na verdade se mostra muito criativa quando acompanha formas mais expressivas. O verde, traz consigo calma, sorte e uma presença maior do natural, de tudo que está presente em nossas vidas diariamente. O azul, por sua vez, remete a harmonia, a serenidade e é característico de grandeza, pela sua conotação celeste/ marítima e sua presença grandiosa em meio as pessoas. O roxo da ametista, libera uma imagem feminina, romântica e também positiva, ligada diretamente ao processo de meditação. O preto, apesar de comparado a algo sombrio, pode ser também, e é neste caso, rebuscado como a imagem elegante, e ainda ao bom senso, a simplicidade e a novas possibilidades. O dourado, é lembrado como símbolo da prosperidade, do luxo e da luminosidade, servindo de contraponto para o preto. E a transparência pura e límpida do cristal que inspira, reflete todas as cores e torna uma peça comum em algo sublime, que consegue ser moderno sem deixar de também ser, atemporal.

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cartela de COR Dominantes

Dourado Solar Pantone 131C C:3 M:36 Y:100 K:6

Cobre Terra Pantone 160 C C:6 M:71 Y:100 K:32

Preto Crepúsculo Pantone 419 C C:87 M:74 Y:63 K:95

Cristal/Branco Alvor

Intermediárias

Prata Lunar Pantone 422 C C:16 M:11 Y:11 K:29

Roxo Galáxia Pantone 519 C C:64 M:88 Y:10 K:39

Complementares

Azul Estelar Pantone 541 C C:100 M:58 Y:9 K:42

Verde Garimpo Pantone 554 C C:83 M:17 Y:62 K:56

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Cartela de Materiais


Materiais

O inverno 2013/14 da Cobi apresenta formas brutas e orgânicas, e remete ao universo da mineralogia e às atividades mineradoras no Estado de Minas Gerais. Dessa forma, pedras como a ágata, ametista, pirita e hematita aparecem em desgaste, com o contorno de sua forma natural evidenciado e sem nenhuma lapidação ou retoque. Nas estruturas que acompanham essas pedras, correntes de variadas formas, tamanhos e espessuras, em tons de prata e dourado. E nestes mesmos tons, apresentam-se bases e suportes para anéis, colares, braceletes que muitas vezes não terão uma forma definida, dando margem ao intuito de seguir utilizando a forma bruta das pedras como contorno. Para compor colares, braceletes e cintos, foram utilizados ainda argolas de metal, em sua grande maioria na proporção ‘máxi’ escolhida para esta estação. E ainda foram inseridos fivelas e fechos de imã e de gancho, para colares e braceletes não ajustáveis. Nessa composição de materiais aparentemente simples, Cobi utiliza um design moderno apesar das formas brutas, valendose de um trabalho manual de qualidade para encantar seu público com uma coleção diferenciada, e permeada de meticulosos detalhes que alteram a aparência comum à acessórios disponíveis no mercado.

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pROCESSO CRIATIVO DAS FAMILIAS


Descritivo de processo criativo das famIlias

A divisão de famílias não apresenta nenhum segredo e são facilmente percebidas. Com os nomes de suas pedras dominantes, as famílias foram alteradas apenas em forma, cor e ajuste e no geral são todas unificadas por correntes e outras estruturas de cores douradas. São as famílias: Ágata, Ametista, Cristal de Rocha, Pirita e Turmalina. Onde cada família é dominada pela pedra à qual se dá seu nome e comumente possui uma outra pedra apenas tonalizante. Em formas são muito parecidas e o processo criativo seguiu uma linha de valorização das formas das próprias pedras e em vezes, do corpo feminino.

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Formas e Silhuetas


Formas e silhuetas

As formas apresentadas na coleção foram retiradas das pedras naturais tais como: Ágata, ametista, pirita, cristal de rocha e turmalina preta. Além das pedras na coleção encontra-se correntes e peças que serão criadas exclusivamente para a marca e valorizando o trabalho artesanal . São formas arredondadas, pontiagudas, uniformes e orgânicas retirada das jazidas dos garimpos e das pedras. A coleção será apresentada também com acessórios grandes e exagerados como maxi brincos, maxi colares o que é uma forte tendência para o inverno.

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Descritivo do processo de desenvolvimento de coleCAO

O processo criativo da coleção parte de uma pesquisa a respeito de pedras. A intenção inicial das criadoras Alaíde Martins e Larissa Takahashi era a de utilizar pedras que fossem mais comuns em Minas Gerais e fazer disso uma coleção de inverno criativa. Inventar não foi uma opção e a pesquisa acabou direcionando o assunto para o local mais fácil de se obter informações sobre essas pedras: o Museu das Minas e do Metal. A partir daí, o museu se tornou o tema principal e seu inventário mineral fonte de pesquisa para seleção das pedras que viriam a fazer parte da coleção. Não obstante, a arquitetura do museu, a história contada por ele e a memória como fonte de valor para a criação artesanal acabaram se fazendo tão presentes quanto as próprias pedras. Inserindo a art-decó juntamente aos outros assuntos, que não eram poucos, chegou-se numa coleção que partiu da utilização de pedras em sua forma bruta aliado à valorização de formas orgânicas e maximizadas, onde as tendências são utilizadas conforme o mercado da moda salienta, mas a macrotendência que predomina é própria e recorrente ao fator cultural e da memória também citados no processo de desenvolvimento da coleção. Pedras escolhidas, história pesquisada, formas e tendências definidas, partiu-se para desenvolver os produtos. A criação pode ter sido talvez, o processo mais demorado mas também o mais prazeroso e mais fácil de ser realizado dada à quantidade de informações que foram levantadas. No final, observou-se uma coleção com divisões óbvias – retiradas suas famílias de suas próprias pedras – mas que não apresenta obviedade nenhuma em seu design. Acompanhando contornos dos ombros, do colo, do quadril salienta a valorização do universo feminino e suas formas e a organicidade presente nelas. E ainda torna tudo mais invernal com uma cartela de cores frias, com tonalizada presença de dourado para contrastar e dar unidade para a coleção, que acabou por se tornar um misto de memória, design contemporâneo e valorização de uma riqueza nacional que até então só era explorada para peças muito caras e para um público com poder aquisitivo muito alto

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Tipo de apresentação final:

A apresentação final dos produtos Cobi será feita em dois atos: O primeiro será um desfile, onde as peças serão utilizadas como elementos de styling para a marca mineira Choose. A marca, assinada pela estilista Camila Campos, apresenta um conceito de arte e moda em conjunto e propõe para o inverno 2014 a arte contemporânea inspirada no museu de Inhotim, onde busca relevar a ideia de como as obras são feitas e do que os artistas querem transmitir. Essa similaridade de temas e direcionamentos das duas coleções foi o que levou a uni-las numa mesma apresentação, maximizando um conceito de arte e da forma do artesanal e elevando o alcance de público que pode vir a se identificar com ambas as peças juntas. No segundo ato, será exposta uma instalação com as peças mais diferenciadas da coleção, onde o fundo será o painel de formas que originou em grande parte delas e que servirá de contraponto para a discussão do público sobre a cor e a forma e ainda sobre o design dos produtos pensado para um determinado público e o que se quer transmitir com ele, além da participação do público no processo de memória e valor sensorial dos produtos.

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COLECAO


familia Turmalina preta


COLECAO

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familia ametista


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familia pirita Dourada


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familia agata


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Fichas Tecnicas


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PAINEL DE SEGMENTACAO


familia Turmalina preta

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familia ametista

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familia pirita Dourada

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familia agata

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PAINEL ARTISTICO



rEFERENCIAS GOLA, Eliana. A Joia: História e Design. São Paulo; Ed Senac, 2008; HALL, Cally. Pedras Preciosas: um guia ilustrado com mais de 130 variedades de gemas. São Paulo; Ed Senac, 1997; AGUIAR, Titta. Acessórios: por que, quando e como usá-los. São Paulo; Ed Senac 2006; ROUSSEAU, René-Lucien. A Linguagem das Cores: a energia, o simbolismo, as vibrações e os ciclos das estruturas coloridas. Ed Pensamento – São Paulo, 1995; GARCIA, Patrícia Douat. Pesquisa Psicodinâmica do Belo. Folha Uol – São Paulo,2002; SHANTI, Om. Ratna: O poder das pedras preciosas. The OmShanti Group – São Paulo, 2011; SHUMANN, Walter. Gemas do Mundo. Disal - São Paulo, 2006; Manual Técnico de Gemas / IBGM, DNPM. – 4. ed. rev. e atual. / Consultoria, supervisão e revisão técnica desta edição: GAMA,Jane L. N. da. Brasília, 2009. Disponível em: http://www.dnpm.gov.br/mostra_arquivo. asp?IDBancoArquivoArquivo=3331 Clipping Museu das Minas e do Metal. Disponível em: www.mmm.org.br. Acesso em 23.Maio.2013;


ANEXOS
















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