Em primeiro lugar, agradeço a Deus, por ter me dado força, sabedoria e determinação para concluir mais esta fase da minha vida. Em segundo, quero agradecer a todos os meus familiares e amigos que estiveram ao meu lado durante esse processo, pois eu sei que me aturar em pleno o desespero e estresse de um TCC , ou de um TIDIR, não deve ter sido fácil. Agradeço também a todos meus professores. Sem os ensinamentos deles eu jamais teria chegado até aqui.
Esse trabalho trata-se de um portfólio de apresentação do desenvolvimento de coleção e criação de uma marca, denominada Estação vinte e um zero oito, sobre o artigo Think Pink and colorful: A pantera cor-de-rosa, seus lhos e as cores, que, em uma coleção autoral e artística para o Outono/Inverno 2018, busca mostrar a importância de não se atribuir gêneros ou opções sexuais às cores. Palavras-chave: Pantera cor-de-rosa. Os lhos da pantera corde-rosa. Cores. Gêneros. Vestuário
This work is a presentation portfolio of the collection development and creation of a brand, called Season twentyone zero eight, about the article Think Pink and colorful: The pink panther, its children and the colors, Who, in an authorial and artistic collection for the Fall / Winter 2018, seeks to show the importance of not assigning sexual genres or options to colors. Keywords: Pink Panther. The pink panther and sons. Colors. Genres. Clothing
CURRÍCULO BRIEFING DE NEGÓCIO Descrição da marca Estilo da marca Elementos de estilo Nicho Segmento Gênero Concorrentes Canais de distribuição Margem de preço Diferencial da marca PÚBLICO-ALVO Descrição Painel de público-alvo IDENTIDADE DA MARCA Logomarca Símbolo Justicativa do nome Justicativa da cor Justicativa da fonte Monocromia Tipograa Escala de cores Área de redução e proteção Malha de ampliação Usos indevidos Aplicação em papelaria Brindes BRIEFING DE COLEÇÃO Release Painel de inspiração
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Painel de Macrotendência Tendências Cores Cartela de tecidos Cartela de matérias Aviamentos Famílias Mapa Silhueta Apresentação nal Desenvolvimento de coleção Coleção Think pink and Colorful – Inverno 2018 Painel família The Pink Família The Pink Painel família Diamond Família Diamond Painel família Chatta e Punkin Família Chatta e Punkin Painel família Rainbow Panthers Família Rainbow Panthers Painel família Pink Panther 1 Família Pink Panther Looks confeccionados e chas técnicas Segmentação Painel artístico REFERÊNCIAS APÊNDICES ANEXOS
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A Estação vinte e um zero oito, tem como principal objetivo levar até seu público roupas de qualidade, modernas e expressivas. O DNA ousado, divertido e criativo é o seu diferencial no mercado. Suas roupas trazem o frescor da juventude, com uma pegada irônica e crítica. Sem cair no caricato, as peças da marca são trabalhadas em uma linha que vai do lúdico, passa pelo sexy e termina no esportivo. A empresa quer que suas criações sejam como uma extensão da voz de seus clientes.
va, versátil e sexy.
Atributos físicos: Estampas lúdicas, contemporâneas, inusitadas e exclusivas, cintura marcada (para mulheres), conforto, peças com uma pegada glam rock, bordados, texturas, tecidos de boa qualidade e alternativos.
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Demi-couture e prĂŞt-Ă -porter.
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O forte da empresa são as peças fabricadas em não tecidos e o estilo alternativo. Outro fator interessante é que a marca atede desde o casual ao beachwear. Ela possui uma mídia bem trabalhada e já saiu em vários editoriais de revistas brasileiras, para uma empresa nova e alternativa isso é uma grande vantagem. Seus preços são mais acessíveis, alé disso, a marca tem um apelo feminista e procura sempre leva-lo às suas peças. A SRI possui loja física e um ecommerce.
O DNA da mara e seu principal diferencial é fazer a mistura do básico com o divertido, resultar em uma combinação estilosa e prática, perfeita para o dia-a-dia.Outro ponto forte é a pegada mais urbana que as peças possuem. A 2nd é bem comercial e foge das das peças extremamente trabalhadas e díceis de usar, conseguindo assim, entrar no guardaroupade qualquer jovem brasileiro, independente do estilo. É a linha jovem da Ellus e trabalha noformato de prêt-àporter. Possui várias lojas físicas pelo Brasil, principalmente em shoppings, além de um e-commerce e participa do maior evento de moda do país, o SPFW.
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A Moschino é um dos concorrentes aspiracionais da Estação 2108. Seu principal diferencial está em suas peças bem caricatas e lúdicas, alé de super trabalhadas e seu grande envolvimento com o universo POP. Outro forte da grife, é o seu foco no streetwear, que possibilita as pessoas mais «comuns» a usarem suas peças, sem precisarem estar em uma fashion week. A marca possui 58 lojas em vários pontos do mundo, além de estar em lojas multimarcas. A grife participa de uma das semanas de moda mais importante do mundo, a Milão Fashion Week.
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A marca contará com uma e-commerce, na qual venderá a varejo, suas peças de prêt-à-porter e ainda haverá a opção para encomendas das peças maus trabalhadas, que serão vendidas somente sob medida. A empresa trabalhará com lojas colaborativas e aceleradoras de micro e pequenos empreendedores, que serão seus pontos xos nas cidades.
Para as peças de prêt-à-porter, pretende-se ser trabalhado um valor a partir de R$ 80,00, para T-shirts, atè R$ 600,00, para peças mais elaboradas. Já para as peças de demi-couture, pretende-se trabalhar valores a partir de R$ 1000,00, as variações desses preços irão de acordo com o trabalho realizado no peça, podendo custar atê R$ 6000,00. As peças serão vendidas diretamente para o público, ou seja, a varejo.
Elementos semelhantes aos dos concorrentes, porém trabalhados com mais cores, design e criatividade (sendo esse último comparada aos concorrentes reais). As peças da marca respeitam e se adaptam ao estilo de vida do consumidor, e ainda assim, conseguem sair do básico. As roupas buscam valorizar as silhuetas de quem as veste, dando-lhe estilo, atitude e sensualidade, sem parecer vulgar. Mesmo com estampas lúdicas, a empresa busca não cair no caricato e infantil. A marca tem um apelo jovem bem forte e busca suas referências nas modas de sub culturas, como as clubbers, os punks e o hip-hop.
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O público da Estação 2108, são homens e mulheres, em sua maioria independentes, entre 25 a 35 anos, de classe B1 e B2, com renda mensal maior do que R$2000,00. Em sua maioria são prossionais ligados ao design, marketing, empreendedorismo, artes, teatro, música e moda , que residem nas principais capitais brasileiras. Andam sempre bem informados e conectados com os acontecimentos mundiais. São a favor da igualdade social e de gênero e dão valor a liberdade de expressão, não importa em qual área seja, alé disso, se preocupam com a política e futuro do país. Eles aceitam e amam seus corpos. Lutam para que os padrões de beleza sejam modicados e valorizam as diferenças de biotipos.
Gostam de moda, arte, design, diversão, cultura pop e presam pela igualdade. Procuram estar rodeados de amigos e frequentam locais alternativos como pubs, feiras, galerias, museus, teatros, boates. São pessoas que gostam de exclusividade e estão sempre procurando por novidades, por isso, além das lojas tradicionais, gostam de ir em lojas colaborativas, galerias e brechós. Estão sempre conectados às redes sociais, principalmente Instagram, e gostam de registrar todos os momentos, as seles fazem parte de suas vidas. Eles se inuenciam muito pela música. Dentre as suas favoritas estão os gêneros rock, indie rock, indie pop, pop, hip-hop, rap e eletrônico. Adoram ir para festivais de músicas alternativas. Fazem atividades físicas, mas não são muito fãs de musculação. Como a maioria trabalha e tem uma vida agitada, a alimentação acaba não sendo muito balanceada. Lanches de fastfoods, biscoitos, salgados, sanduiches, entre outros produtos industrializados são bem comuns em suas rotinas alimentícias. Para equilibrar esse mal hábito alimentar, eles buscam, na hora do almoço, comerem refeições mais saudáveis, sempre que possível, principalmente nos ns de semana. São consumidores de bebidas alcoólicas e estão sempre reunindo os amigos e parentes para festejarem e beberem juntos. Quanto a meios de locomoção, quando estão com amigos ou vão a eventos eles usam bastante táxi e uber, ou caronas, no dia-a-dia o transporte dica por conta dos metrôs, ônibus e carros.
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Seus ídolos são cantores e bandas que fazem parte dos seus gostos musicais, como David Bowie, Ramones, Kurt Cobain, Axl Rose, Jon Bon Jovi, Strokes e Arctic Monkeys. No ramo da moda eles admiram muito Vivienne Westwood e Pam Hogg. No cenário da música indie, pop e pop rock suas inspirações são: Lana Del Rey, Lady gaga, Florence Welch, Brooke Candy, No frill Twins, Porcelain Black, Madonna, entre outras artistas do gênero. Já no Rap e hip-hop temos Karol Conka, Nicki Minaj, 50cent, Eminem, Lil Kim e algumas rappers underground como as Rich White Ladies. Aqui alguns grupos de K-pop também se destacam, principalmente o 2ne1, Black Pink e BigBang. Nos cinemas, artistas como Johnny Deep, Brigitte Bardot, Angelina Jolie, Miley Cyrus e também alguns personagens como Elvira, A rainha das trevas, interpretada por Cassandra Peterson, e a Mortícia do lme a Família Addams.
Obterem sucesso no que amam e gostam de fazer, ou conseguir um trabalho no qual ganhem bem e ainda consigam conciliar seus gostos e hábitos de vida. Viajar para mais lugares, principalmente para fora do país, para curtir shows de seus ídolos internacionais.
Viajar, programas culturais, shows de músicas alternativas, festivais de música eletrônica, fotograas, Netix, reunião com os amigos, ler.
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A Estação 2108 surge no mercado com o intuito de levar mais voz, identidade e liberdade aos jovens brasileiros. Seu público são mulheres e homens de 25 a 35 anos, amantes da música, moda e design. Em sua maioria são independentes, pertencendo a classe B, e atuam nas áreas de comunicação, artes, ou design. Curtem o cenário musical underground e sempre que podem, aproveitam o tempo livre para curtir shows e apresentações de seus artistas favoritos, ou irem a boates e bares alternativos. Procuram sair a noite e ao lado de amigos, ou parceiros. Sempre estão em movimento e são a favor da igualdade social, racial e dos gêneros. Não se deixam inuenciar pela mídia, e sempre procuram consumir produtos de marcas se identicam. São bem informados e tem apreço pelo que é novo, por isso estão sempre buscando novas fontes de inspiração.
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O nome Estação Vinte e Um Zero oito, surgiu depois de uma análise do público-alvo da marca. A palavra Estação se refere a uma fase, um momento da vida no qual as pessoas se encontram. Aqui ela não está somente relacionada à idade, mas também a um período da vida, a um ponto de parada, um local no qual as pessoas irão para se encontrarem, em termos de estilo, e se expressarem. Os números 21 e 08, são referentes a dona e estilista da marca, uma vez que é seu DNA criativo que está sendo incorporado na empresa. Os algarismos se tratam do dia e mês em que a mesma nasceu. A importância dos dois se dá as características fortes e criativas de quem nasce nesse dia. Características que são a base do estilo da companhia. Já o /, além de representar uma das maneiras de se escrever as datas, ele também é uma das formas usadas pelas estações rodoviárias para separar os assentos, as plataformas, etc. E o quadro é inspirado nas placas de identicação dos setores e plataformas das estações.
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A escolha das cores preta e branca para a logo da marca, se deve ao fato delas serem neutras e agradarem ambos os sexos. Quando aplicadas aos detalhes da logo, a transformam em algo moderno e de forte expressão. Elas também são fáceis de combinar e conversam bem com o estilo da empresa, uma vez que a logo por si só já é diferente e divertida, pois lembra uma placa.
A fonte Century Gothic, por não ter serifa, passa um ar de modernidade e quando unida aos demais elementos da logomarca, transmite a essência forte e divertida da marca. Ela faz com que a logo que no ponto certo entre o universo lúdico e o mundo contemporâneo do design, sem parecer algo infantil.
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Fonte Century Gothic: ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVZWY abcdefghijklmnopqrstuvzwy 0123456789/
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16cm
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Brinde 1- Porta óculos Feito em tecido de algodão e manta acrílica. Fechamento com zíper.
Brinde 2 - Almofada de pescoço Feita em crepe Prada, Velboa e bra de silicone
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Porta carregador de celular Feito de feltro e tecido 100% PES estampado. O brinde será apenas um por convidado, porém haverá variação de cores e estampas devido ao fato da coleção não abordar somente a pantera cor-de-rosa.
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Think pink and colorful A liberdade de se vestir e se expressar é a grande inspiração da coleção de outono/inverno 2018 da Estação 2108. O ponto de partida para essa coleção se dá através da relação que a sociedade tem com as cores e os gêneros, tendo a Pantera cor-de-rosa e seus lhos como foco desse questionamento. A pantera mesmo com seus trejeitos, rebolado, delicadeza, androgenia e sua cor, foge dos julgamentos e preconceitos da população, a série de seus lhos, mesmo com referência as cores do arco íris, que atualmente são ligadas ao LGBt , também passam despercebidos pelas críticas negativas dos conservadores. A marca aproveitou essa ‘exceção da regra social’ para mostrar que, ao contrário do que dizem, as cores não têm gêneros e todos podem usálas sem medo. De uma maneira bem divertida e moderna, a empresa traz a pantera e seus lhos em desconstruções, estampas, bordados, modelagem e aplicações, como patches e ans. A Think pink and colorful tem uma cartela de cores bem vibrante e alegre para esse inverno. Fugindo do tradicional para a estação, a marca trouxe como destaque o rosa e suas tonalidades, passando por um rosa bem leve e delicado até um pink ousado e irreverente, além do azul, amarelo, verde, preto, branco, roxo, laranja, vermelho que aparecem nos detalhes divertidos e criativos da coleção. Para deixar os looks ainda mais legais, a empresa contou com a ajuda dos não tecidos como pelúcias, velboa, vinil e alguns tecidos alternativos como o crepe tridimensional e o lamê, que deram um ar nostalgico, e ao mesmo tempo contemporâneo, deixando as peças com a cara da estação.
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A nostalgia sempre exercerá um papel importante na moda, porém nas últimas temporadas o passado receberá releituras com propostas menos rígidas, de modo a criar uma sobreposição de referências. A nova abordagem do passado ganha aspecto mais jovial e menos sentimental, indo além das reproduções óbvias e buscando criar um estilo livre, que reete o entusiasmo das subculturas jovens. Detalhes e materiais atuais modernizam o passado, criando peças familiares mas com um novo twist.
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Após uma análise dos desles de inverno 2017/18, nota-se, que para o público da marca e o tema dessa coleção, as tendências como erotismo, volumes, a utilização de não tecidos e a grande variação de texturas se encaixam perfeitamente nas propostas dos looks. O investimento em tramas diferentes, trabalho artesanal e ao mesmo tempo, em tecidos pesados como o vinil, irá tirar a coleção do óbvio, além de ressaltar toda a diversão da pantera e seus lhos, em uma coleção moderna e diferente.
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Yves Saint Laurent
Yves Saint Laurent
Yves Saint Laurent
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A coleção Think pink and colorful trás uma cartela de cores bem alegre e vibrante, que condiz com as tendências internacionais para esse inverno. A cartela é composta por variações de tons de rosa, além do vermelho, azul, roxo, laranja, amarelo, verde, preto e branco, que são as cores presentes nos personagens das séries abordadas. O rosa como dominante deve-se a grande presença da cor nos personagens analisados para a construção das peças.
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Tendo em mente o público-alvo da marca e as tendências internacionais, a cartela de tecidos possui gama de opções que agradam a todos os gostos. Ela passa pelos não tecido, como o vinil, transita por tecidos mais delicados, como o tule, e chega nos tecidos naturais como o algodão. Os tecidos foram escolhidos de acordo com suas texturas e cores que remetem aos personagens trabalhados nessa coleção.
Sarja acetinada
Crepe Tridimensional
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Tendo em vista uma coleção divertida e ousada, pensou-se em trabalhar com uma cartela de matérias com bastante sensação tátil e riqueza visual. Para que fosse possível criar uma coleção lúdica, mas não caricata, foram elaborada aplicações, entrelaçamentos, estampas e tingimentos inspirados pelos personagens e suas formas.
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THE PINK A primeira família aborda o rosa para todos os sexos. Aqui os tons de rosa foram aplicados em modelagens que comumente são associadas aos gêneros feminino, ou masculino, mas respeitando e valorizam a personalidade de cada sexo. Nessa família foram usadas a silhueta da pantera para criar formas e estampas nas peças.
DIAMOND A família Diamond já traz o rosa em seus diversos significados e sensações para as mulheres. Temos aqui transparências e tecidos leves para o rosa em seu sentido de nudez e cores vibrantes e tecidos mais glamourosos para remeter a força do rosa pink. A intenção dessa família é mostrar as variadas facetas da cor. A referência utilizada aqui foi a do diamante fictício, Pink Panther. A escolha desse objeto se deu as várias formas e sensações que o diamante tem, desde o seu estado bruto até depois da lapidação. CHATTA E PUNKIN Nessa família teremos um trabalho das cores azul e rosa, com referência na quebra das distinções entre meninos e meninas. Vê-se babados, ombros largos, saias e franzidos para ambos os sexos. O inspetor Jacques Clouseau e suas vestimentas foram a inspiração para algumas peças dessa família. Ternos, casacos e looks de alfaiataria ganharam aplicações de chatons, veludo e laços. RAINBOW PANTHERS A família Rainbow panthers é responsável pelas roupas que irão trabalhar as cores do arco íris e seus significados perante a sociedade. Aqui os filhos da pantera e seus amigos, dão vida a estampas coloridas e nostálgicas. PINK PANTHER Já a Pink panther fica responsável por trabalhar o rosa e o lúdica de uma maneira divertida, mas que não seja infantil. Aqui temos descontruções da pantera, além de pelúcias e aplicações criativas. 54
The Pink
Macacão - Fashion Calça e moletom - Fashion Calça e jaqueta - Fashion Vestido - Conceitual Jaqueta, blusa e saia comercial Vestido - Comercial Casaco - Fashion Macacão e camisa Comercial Casaco, calça e blusa Conceitual
Diamond
Vestido longo - Conceitual Jaqueta e vestido Conceitual Vestido midi - Conceitual Vestido - Conceitual Vestido - Conceitual Vestido - Conceitual Vestido - Conceitual Vestido - Fashion Macacão - Fashion
Chatta e Punkin
Rainbow Panthers
Pink Panther
Pantera, Rose e Pink
Pink, Chiclete, Rose, Lamê, Crepe Tridimensional Panky e Pantera. , Pelúcia, Crepe, Tule, Cetim Camile,
Terno completo - Conceitual Casaco e macacão Pantera, Punkin, Conceitual Pink e Prusian Casaco - Fashion Casaco, camisa, calça e saia Conceitual Vestido - Fashion Jaqueta, blusa e calça Conceitual Jaqueta, camisa e calça Fashion Camisa e calça - Conceitual Vestido - Comercial Jaqueta e calça - Fashion Vestido e casaco - Conceito Cropped e calça - Comercial Macacão - Conceitual Casaco e calça - Fashion Jaqueta, saia e t-shirt - Fashion Jaqueta, regata e calça Fashion Saia e blusa - Fashion Vestido - Fashion
Casaco e calça - Conceitual Moletom e caça - Conceitual Casaco e vestido Conceitual Casaco, blusa e calça Conceitual Body e casaco - Conceitua Vestido e cropped - fashion Body, Jaqueta e calça fashion Calça e moletom - Comercial Vestido e jaqueta Comercial
Neoprene, crepe prada, moleton, velboa, Cetim Camille e veludo
YeH
X
Tricoline, veludo, sarja, moletom, crepe, malha.
YeH
Leona, Murfel, Punkin, Rocko, Chatta, Annie, Finko, pantera, pink e Panky.
Vinil, Malha PV, neoprene, sarja, pelúcias.
XeH
Pantera, Rocko, Chiclete, Panky e Finko.
Pelúcia, Vinil, Velboa, Neoprene, Sarja, moletom, malha.
Y, X e H
Estampa digital, aplicação de camadas de tecidos variados e corte a laser.
Aplicação de patches e
Aplicação de chatons, entrelaçamento de fitas e franzidos.
Estampa digital e entrelaçamento de lãs coloridas em tela para artesanato.
Aplicação de tubos de velboa, aplicação de olhos na pelúcia, tingimento e trama felpuda feita no tear.
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As silhuetas escolhidas para esse tema são: triângulo invertido (Y), a quadrada (H ou reta) e a em forma de ampulheta (X), pois assim será possível trabalhar peças que respeitem respeitem o tema e os corpos dos clientes.
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O resultado nal desse trabalho, será apresentado em uma banca do colegiado para avaliação das peças mediante os professores que fazem parte do corpo discente do Centro Universitário UNA.
Desenvolvimento de coleção Para o desenvolvimento dessa coleção foi denido um tema divertido, no qual pudesse ser trabalhado, de maneira sútil, uma crítica aos padrões de vestuário da sociedade atual. Com o tema denido foi a hora de começar a fazer o brainstorming e as análises de tendências, tecidos e ans, para aplicar na coleção de inverno 2018 da Estação 2108. Após ter chegado em uma conclusão sobre os materiais a serem utilizados, foi a vez de fazer as desconstruções com os personagens, para a obtenção de texturas, matérias, estampas, formas e demais elementos visuais. As escolhas dos tecidos foi feita através de uma análise dos personagens e do público-alvo da marca. Muita pelúcia, cor, não tecidos, brilho e transparências foram as apostas para os looks. Tendo os elementos bases denidos, deu-se inicio a ilustração dos croquis. Como as peças são voltadas par ao streetwear, o mix de produtos girou em torno de jaquetas, calças, bodys, blusas, vestidos curtos e casacos, a maioria com uma pegada esportiva, a única família que foge a esse estilo, é a Diamond, que é voltada para os vestidos de festa, porém mantém a estética lúdica aplicada na coleção. Com os croquis selecionados para a produção, foram comprados os tecidos e começou a fabricação dos dois looks para a banca. Após passado a banca e quase já na data de entrega da versão nal do TCC, foi visto que havia elementos parecidos com uma coleção de um estilista brasileiro. Como a coleção do mesmo retrata uma pantera na cor rosa e seus elemntois, foi recomendado a mudança de alguns looks para que não houvesse problemas futuros. Devido a esse acontecimento, o meu prazo de entrega da coleção e portfólio, foram extendidos e os croquis e as peças refeitos.
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Terno
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SRI,Clothing, <www.sriclothing.com/>. Acesso em: 8 mar. 2017. 2ND FLOOR, Ellus, <www.2ndï¬&#x201A;oor.com.br/>. Acesso em: 8 mar. 2017. MOSCHINO, <www.moschino.com>. Acesso em: 7 mar. 2017. FFW, Fashion Forward, <http://ffw.com.br/>. Acesso em: 10 mar. 2017. WGSN, <https://www.wgsn.com/pt/>. Acesso em: 8 mar. 2017. PINTERESET, <www.pinterest.com>. Acesso em: 15 fev. 2017. VOGUE US, <www.vogue.com>. Acesso em: 8 mar. 2017.
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INSTITUTO DE COMUNICAÇÃO E ARTES CURSO DE GRADUAÇÃO EM MODA
THINK PINK AND COLORFUL: A PANTERA COR-DE-ROSA, SEUS FILHOS E AS CORES
ALUNA: Isabela de Souza Andrade PROFESSORA ORIENTADORA: Geanneti Tavares Salomon ÁREA DE PESQUISA: Comunicação e arte LINHA DE PESQUISA: História, imagem e cultura
BELO HORIZONTE 2016 / 2° Semestre
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1 Isabela de Souza Andrade
THINK PINK AND COLORFUL: A PANTERA COR-DE-ROSA, SEUS FILHOS E AS CORES
Artigo apresentado como requisito de avaliação do Curso de Graduação em Moda do Centro Universitário Una para aprovação parcial na disciplina TIDIR VI (PRÉ-TCC). Professora: Geanneti Tavares Salomon Produto final TCC: Coleção
BELO HORIZONTE 2016 / 2° Semestre
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SUMÁRIO
RESUMO.................................................................................................................... 3 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3 RELAÇÃO ENTRE OS PERSONAGENS E OS PADRÕES SOCIAIS DE CORES. ..6 AS CORES, SEUS SIGNIFICADOS E SUAS RELAÇÕES COM A HUMANIDADE. .................................................................................................................................. 11 APLICAÇÕES DO TEMA NA COLEÇÃO ............................................................... 15 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 1616 ABSTRACT.............................................................................................................. 16 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 18 APÊNDICE ................................................................................................................ 20 1.
Briefing de negócios (DNA da marca produtora): ................................................................... 20
2.
Público-alvo: ............................................................................................................................... 22
ANEXOS ................................................................................................................... 25
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3 THINK PINK AND COLORFUL: A PANTERA COR-DE-ROSA, SEUS FILHOS E AS CORES
Isabela de Souza Andrade 1
RESUMO A moda, assim como outros produtos que entram no mercado globalizado, não representa apenas a interação e a troca de informações sobre tendências e estilo, mas também pode representar a cultura e os costumes de uma sociedade, ou a quebra deles. A proposta dessa coleção é levar as pessoas uma análise sobre os significados e padrões sociais que damos às cores, através das séries animadas Pantera cor-de-rosa e Os filhos da Pantera –cor-de-rosa. Com as características dos personagens, os significados das cores e os sentimentos humanos em relação aos mesmos, visa-se transpor um novo conceito sobre o vestuário, menos limitado e discriminativo aos padrões atuais brasileiros.
Palavras-chaves: Pantera cor-de-rosa. Cores. Gêneros. Vestuário. Padrão social.
INTRODUÇÃO Em toda história da humanidade é possível observar que os homens têm o costume de atribuírem rótulos e significados para as coisas que nos rodeiam e que fazem parte do nosso cotidiano. As cores e as pessoas não ficam de fora dessas atribuições. Na busca de justificar os acontecimentos do dia- a- dia é muito comum se ver associações como cores aos gêneros feminino e masculino, como rosa para 1 Graduando
em Moda, no Instituto de Comunicação e Artes - ICA. Souzaandrde.isabela@gmail.com
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4 menina e azul para menino, ou ligadas as opções sexuais, como o arco íris ao público homoafetivo, bissexual e transexual, entre outras situações e conceitos peculiares. Entretanto, atribuir rótulos é uma forma arcaica e que podem gerar preconceitos e julgamentos que não se encaixam nos dias atuais.
Diante dessa relação entre a sociedade e as cores, faz-se o tema central desse artigo que é análise de cores por meio das séries animadas infantis “A pantera corde-rosa” e “Os filhos da pantera cor de rosa”, criações de Blake Edward, Friz Freleng, Hawley Pratt e Manu Kumar. Discorrer sobre esse tema se justifica, pois em ambas as séries existem personagens masculinos que são da cor rosa, além de outros que possuem as cores que fazem alusão ao arco-íris, porém, diferente das críticas negativas e preconceituosas feitas pela mídia em relação à divulgação e produção de conteúdos televisionados que possuam referências ao público LGBT, as séries infantis são televisionadas sem nenhuma ressalva discriminativa. Dessa forma, é possível realizar uma reflexão sobre as relações imaginárias que damos aos pigmentos.
Atribuir cor a orientação sexual é permanecer em um padrão limitado estabelecido pela sociedade, afinal a menina que usa azul, bem como o menino que usa rosa não mudam sua orientação sexual. A partir disso, essa coleção se mostra necessária, principalmente, para ajudar a quebrar os padrões e preconceitos estabelecidos socialmente com relação as cores. Tabus devem ser quebrados, azul, verde, amarelo, rosa, roxo servem para ambos os gêneros. Por meio dessa coleção, as pessoas poderão ter uma nova visão de moda e de aplicação de cores. Mostrar uma ligação muito maior com a expressão pessoal, do que com os padrões de gêneros atuais.
Por outro lado, ainda que haja explicações esclarecendo essas diferenças, um questionamento permanece: por que a cor se tornou uma forma de identificação social e supersticiosa? Salienta-se que não é apenas uma questão do rosa ligado ao público feminino, mas também há uma relação de ligar cor a superstições, como o branco da paz, o preto do luto, entre outras coisas.
O objetivo geral desse artigo é esclarecer que cor não estabelece orientação sexual
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5 e gênero por meio das séries infantis “A pantera cor de rosa” e “os filhos da pantera cor de rosa”, pois na verdade todos tem o direito de usar e sentir-se bem com a cor que deseja usar. Por isso, faz-se necessário discorrer sobre as definições sociais de que a cor rosa é para menina e a cor azul é para menino, usando a pantera cor de rosa e seus filhos como exemplo. Uma vez que as cores por si só não são capazes de incentivar a homofobia, ou definir gêneros, elas precisam de uma associação cultural para isso.
Como objetivos específicos esse artigo propõe discorrer sobre o uso das cores para o vestuário feminino e masculino. Além de comparar o preconceito que existe em relação às estampas de arco-íris, com a liberdade que existia nos demais períodos da moda e da animação, principalmente nos anos 1980 e 1990, utilizando o desenho dos filhos da pantera cor de rosa como exemplo, visto que a mídia, nessa época, abrangia e aceitava as sete cores sem nenhum problema.
Para o desenvolvimento dessa proposta, serão usados o livro e os desenhos da série “A Pantera cor-de-rosa” e “Os filhos da Pantera cor-de-rosa”. Para as discussões entre o tema e os objetivos desta coleção serão usados livros, como A psicologia das cores da Eva Heller, Psicodinâmica das cores em comunicação do Modesto Farina, e o Rosa e Azul: diferenciando meninas de meninos nos EUA da historiadora Jo B. Paoletti, que debatem a relação das pessoas com as cores. Aulas de Pigmentação – patologia geral, como a da professora Mariana Deininger, além de textos sobre colorismo e padrões de aceitação, como o da Aíla Oliveira, irão servir de apoio aos argumentos utilizados na parte de miscigenação. Enquanto sites LGBTs, como o Guia LGBTs e o LGBT.pt e o livro da Eva Heller e Bronwyn Cosgrave, serão o suporte para o questionamento da relação do arco-íris com o público homossexual.
O processo usado para pesquisar esse tema será qualitativo de caráter exploratório. Uma vez que serão utilizados artigos, textos e livros para mostrar essa ligação entre o tema e o problema.
Em relação a outras coleções com a Pantera cor de rosa como tema central, após ser feita uma pesquisa, não foi encontrado nenhum trabalho desse tipo sobre o
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6 personagem, porém foi encontrada uma coleção do Fernando Conzedey que trabalha uma família com uma pantera(animal) na mesma cor da personagem, foram achados também, desfiles e empresas que trabalharam os outros questionamentos deste artigo, como as cores e os gêneros. As marcas Moschino e Gucci, já não usam o rosa exclusivamente para mulheres. Na Moschino e suas coleções voltadas para o público masculino podemos ver ternos, blusas, calças e várias peças nesse tom. Enquanto na coleção de verão masculina de 2017 da Gucci, vemos não só o uso das cores para todos os gêneros, como também a utilização do mesmo vestuário para homens e mulheres.
No final desse artigo, notaremos que as cores e seus significados são importantes para as pessoas, mas essa relação não é imutável. As cores estão mais ligadas às sensações, como mostra o livro da Eva Heller. As relações com os gêneros estão voltadas para o comércio e industrias, como mostra o artigo do El País e pode ser modificado ao longo dos anos. Ela pode e sofre modificações de acordo com cada perspectiva e cultura. Veremos também que a Pantera cor de rosa e seus filhos, fogem aos padrões sociais e culturais atuais, mas não manifestam ódio e nem rancor na população brasileira e mundial, uma vez que os desenhos são sucessos mundiais e que são capazes de reunir famílias para assisti-los, como é mostrado no trabalho acadêmico da Dianne Oliveira. Mostrando que os preconceitos das pessoas não estão relacionados às colorações.
1 RELAÇÃO ENTRE OS PERSONAGENS E OS PADRÕES SOCIAIS DE CORES. A relação das cores com as características pessoais, bem como sentimentos ou desejos é algo que está sempre em evidência. Em muitas culturas o preto é relacionado ao luto, as sete cores do arco íris são fortemente ligadas as superstições nas festividades de fim de ano, o amarelo é tido como a cor da realeza, uma vez que a mesma é associada a ouro extraterreno, um ouro imaterial digno dos deuses. Associar cores às sensações ou desejos humanos, é comum e muitas vezes essencial, como mostra o livro de Farina (2006), porém, quando relacionamos as mesmas aos gêneros, isso não faz muito sentido, uma vez que todas as cores são capazes de despertar sentimento nas pessoas, independente do sexo.
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7 (HELLER, 2012)
A historiadora Jo B. Paoletti, no livro Pink and blue: telling the boys from the girls in America, publicado em 2012, realiza um estudo quanto as cores relacionadas ao gênero. Conforme Paoletti (2012), as crianças antigamente não tinham seu gênero relacionado as cores, na maioria das vezes, usavam tons pasteis, principalmente o branco. O conceito de cores não era o utilizado hoje, antigamente, quando meninos usavam uma roupa rosa era porque a cor tinha um tom “assertivo e forte”, pois era associado ao vermelho. No caso das meninas, azul era a cor considerada “delicada e amável”.
Até os anos 1940, essa distinção de cores para bebês e crianças não era fortemente pregada. Em uma matéria do jornal El País2 (2014), que aborda justamente essa temática das cores entre meninos e meninas, diz que essa definição atual foi estabelecida somente nos anos 1980, quando a rosa invadiu de vez o universo feminino, principalmente o infantil. O jornal ainda ressalta que a autora Eva Heller, no livro a Psicologia das cores, revela que essa distinção surgiu na Alemanha em 1920, mas só foi se popularizar nos anos 1970, com a ajuda das mães hippies e dos fabricantes de roupas e brinquedos. (PAOLETTI, 2012)
Enquanto a diferenciação de cores com relação ao gênero ainda não havia sido aprovada pela população, uma pesquisa feita pela revista Time (Figura 1), citada por Paoletti (2012) e pelo jornal El País (2014), mostra que 60% das mães norteamericanas que compravam em lojas de departamento, preferiam rosa para menino e azul para meninas. Mesmo que houvesse uma preferência, ela ainda não era tão alta quanto a dos dias de hoje, demonstrando que essa necessidade de identificação do sexo pela cor da roupa, não tem tanto importância e que é apenas alimentada por uma indústria sedenta por lucro, e por uma população cada vez mais impulsionada a criar estereótipos. Paoletti (2012) afirma que na atualidade existe uma gama muito maior de cores que são restringidas aos sexos do que nos anos passados.
A ideia de trazer a Pantera cor-de-rosa, uma clássica série animada dos anos 1960, 2 Disponıv ́ el em: http://brasil.elpais.com/brasil/2014/11/18/ciencia/1416328918_518343.html
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8 para essa coleção, se deu justamente por conta desses preceitos criados em cima de uma cor. A pantera do desenho, em si, levanta muitos questionamentos, principalmente em relação a sua sexualidade devido a sua cor. Lançada como parte da abertura do filme The Pink Panther (Figura 2), do diretor Blake Edwards em 1963, a pantera logo foi um sucesso. Esse êxito lhe rendeu uma série animada, produzida pelo estúdio de animação norte-americano DePatie-Freleng Enterprise.
Na série de caráter mudo, ela aparece fazendo várias peripécias, inclusive críticas. Seu caminhar, rebolado de felino, sua cor, seu corpo andrógeno e sua boa postura, podem enganar, ou deixar em dúvida a sexualidade e gênero da mesma. Em sua monografia de sincretismo semiótico, Neusa Maria da Rocha Ribeiro (2014), relata sua dúvida sobre o assunto e diz só perceber o sexo da pantera, quando viu os filmes que deram origem a personagem.
A confirmação dessas características só vem a acontecer no episódio 56 da animação, intitulado Pink-a-rella, ou em versão de língua portuguesa, Cinderela corde-rosa, no qual, no fim do desenho, a pantera com uma varinha mágica, acaba transformando uma bruxa em uma pantera cor-de-rosa fêmea, os dois se apaixonam e terminam o capítulo juntos. Outra confirmação do gênero da mesma, veio em 1996 e 1998, nos jogos para computador, Pink Panther: Passaporte to Peril e Pink Panther: Hokus Pokus Pink, no qual a personagem tem voz masculina. (FRELENG, DEPATIE, 1964)
Mesmo com as confirmações de gênero e sexualidade da Pantera, a associação da mesma com o movimento LGBT era forte na época de 1970 à 1991. Esse fato pode ser associado ao personagem do inspetor Jacques Clouseau, figura principal dos filmes da série The Pink Panther, que no desenrolar da história, usava trajes femininos e a mistura de gêneros para conseguir desvendar suas aventuras. E também, ao surgimento da Pink Panthers Patrol, uma organização que atuava e defendia os direitos das lésbicas, dos gays, bissexuais e transexuais nessas décadas. (MOVEMENTE PANTHERS, 2012)
Em 1991, a PPP (Pink Panthers Patrol) foi dissolvida por conta de uma ação da MGM Studios, uma vez que a organização não tinha o direito de usar o nome do
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9 desenho, pois o mesmo já era uma marca registrada. Após alguns anos, Allan Haley, em 2012, resolveu ressuscitar o movimento e criou o Pink Panthers Movement, que está ativo até hoje. Para não correr risco como os do passado, a logo e os símbolos envolvendo a organização foram mudados, mas associação ao desenho pelas pessoas leigas e desatentas, ainda é inevitável.
(MOVEMENTE
PANTHERS, 2012)
O interessante dessa relação é que quando ela é associada a pantera, por mais que exista dúvidas, o preconceito com a postura, a cor, ou o jeito de andar não é tão grande, quanto o se comparado com o que há hoje em dia em relação ao público LGBT. Se um menino usa rosa e possui as características parecidas com as da pantera, à primeira vista, ele será julgado pela sociedade, como mostra o documentário, de 2012, Meninos de rosa e Meninas de azul (Homofobia e bullying homofóbico). No livro A Psicologia das Cores da Eva Heller (2012), observa-se, que dos homens entrevistados, nenhum possui rosa como sua cor favorita e a maioria chega a recusar a existência do mesmo, mostrando como a cultura presente ainda tem muitos conflitos com a cor.
Oliveira (2012) diz que uma mãe ao ver que um dos desenhos escolhidos e coloridos por sua filha foi o da pantera, disse as seguintes palavras: Todos os desenhos nos trouxeram boas recordações, porém, o que eu e a Gabriela gostamos mais, foi o da Pantera Cor de Rosa. Principalmente a musiquinha que é muito engraçada e nos fez rir muito. Foi uma experiência emocionante para mim, pois trouxe lembranças únicas da minha infância. Pude relembrar até o cheiro da casa da vovó, onde eu assistia muitos desses episódios. A Rebeca e minha segunda filha me fizeram muitas perguntas sobre os desenhos mais antigos, e puderam sentir que eu me emocionava com alguns deles3. (OLIVEIRA, 2012, p. 154)
Conforme Oliveira (2012) há uma ênfase ao “nos trouxeram boas recordações”, ressaltando que, pelo verbo estar no plural, provavelmente mais de um adulto assistia ao desenho na casa dessa família. Nesse exemplo pode-se notar que adultos e crianças viam o desenho sem nenhum problema e que o mesmo trazia boas lembranças a eles. Diante disso, há um questionamento de que mesmo sem alguns esclarecimentos sobre a pantera, por que sua cor e seu jeito de ser são bem 3 Transcriçã o do relato da mã e de Gabriela, In.:
http://portais4.ufes.br/posgrad/teses/tese_5980_DISSERTA%C7%C3O%20DIANNI%202012.pdf
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10 aceitos pela população, mas quando eles são vistos em uma pessoa essa aceitação não é mais a mesma?
Na série animada Os filhos da Pantera cor-de-rosa (figura 3), produzida em 1984 pelo estúdio Hannah-Barbera Productions, nota-se um grande trabalho realizado em cima das cores do arco-íris, o vermelho, amarelo, violeta, azul, verde, laranja e o anil. Isso pode ser associado à moda colorida e louca dos anos 1980 e 1990. De acordo com Cosgrave (2012) essa época foi de muito exagero, transgressão e cores, uma vez que as cores eram para todos e os desenhos mostravam isso.
Em uma análise dos episódios, há a moda bem refletida, os rivais das panteras do arco íris são leões de jubas coloridas e possuem um estilo bem irreverente e com forte ligação com a moda punk (figura 4). Esse grupo de leões são uma pequena demonstração de como as cores podem ser usadas por todos e de que, não necessariamente, elas parecem estereotipar sexualmente alguém. O leão alfa do bando, possui uma juba com várias mechas coloridas, seu estilo junto da sua personalidade forte aparentemente é uma afirmação de sua virilidade. (FRELENG, DEPATIE, 1984) (COSGRAVE, 2012)
Do outro lado temos o Pink (figura 5), líder das panteras do arco-íris. Na animação, ele é um menino correto, amigo e muito responsável. Diferente do líder dos leões, ele não aparenta ser agressivo, e seu vestuário é totalmente diferente, sendo composto apenas por um suéter vermelho. Mesmo sendo cor-de-rosa, a pantera possui características heterossexuais, pois suas ações, suas escolhas e a possível chance de um relacionamento com a personagem Chatta, são algumas pistas quanto a sua orientação sexual. (FRELENG, DEPATIE, 1984)
Percebe-se também, que apesar do desenho trabalhar com as sete cores do arcoíris, cores que hoje em dia são fortemente associadas ao movimente LGBT, as pessoas que carregam em si o preconceito contra os homossexuais, aparentemente não tem receio a quanto deixarem seus filhos assistirem.
O desenho já foi exibido no Brasil pelas emissoras SBT, Boomerang e hoje em dia é exibida pelo canal Tooncast. Ao contrário das manifestações de ódi o, implícitas ou
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11 explícitas, que ocorrem no Brasil e no mundo, às coisas relacionadas ao público homoafetivo, os desenhos passam aparentemente ilesos ao preconceito. Um exemplo dessa suposta aceitação, é a transmissão em canais infantis desses desenhos.
De acordo com o Tv map, um site que mapeia todas as programações dos canais televisivos, e do próprio Tooncast, as animações dos filhos da pantera são exibidas normalmente aos sábados, por volta de 11:30 e durante a semana, os horários podem variar entre a parte da manhã e da tarde.
2 AS CORES, SEUS SIGNIFICADOS E SUAS RELAÇÕES COM A HUMANIDADE. Definir significados para coisas como as cores é um trabalho de observação e pesquisa muito árduo. Conforme Heller (2012, p. 17-18): (...) nós conhecemos muitos mais sentimentos do que cores. Por isso, uma cor pode produzir vários efeitos nas pessoas. Seu significado irá mudar de acordo com a situação, local, ou momento no qual ela se encontra. Isso ocorre porque quando associamos sentimentos às cores, estamos pensando e analisando contextos muito maiores (...) (HELLER, 2012, p. 1718)
Corroborando com essa linha, Farina (2006, p. 2) diz que: As cores influenciam o ser humano e seus efeitos, tanto de caráter fisiológico como psicológico, intervém em nossa vida, criando alegria ou tristeza, exaltação ou depressão, atividade ou passividade, calor ou frio, equilíbrio ou desequilíbrio, ordem ou desordem etc. As cores podem produzir impressões, sensações e reflexos sensoriais de grande importância, porque cada uma delas tem uma vibração determinada em nossos sentidos e pode atuar como estimulante ou perturbador na emoção, a consciência e em nossos impulsos e desejos.” (FARINA, 2006. p.2)
. O azul, ainda segundo Heller (2012), é a cor preferida das pessoas. O pigmento está relacionado a boas emoções como amizade, harmonia, simpatia, fidelidade e confiança. Ele tem uma forte relação com o divino, uma vez que é a cor do céu, local onde ficam os deuses de várias crenças. A coloração e seus tons são considerados os mais frios de toda a cadeia cromática. Essa atribuição lhe foi dada, devido as comparações com pequenos acontecimentos do cotidiano, como quando estamos
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12 com muito frio, nossa pele costuma ficar azulada. (HELLER, 2012)
O rosa por sua vez, tem seus significados bem diversificados. Eles vão desde o doce e delicado até o carinho erótico e a nudez. Já associado ao vermelho fraquinho, a coloração vai muito além de uma mistura de branco e vermelho. Ela é considerada a cor do charme e da gentiliza. É também considerada uma cor infantil, por isso muitos dos colaboradores do livro, não tem um afeto tão grande por ela. Os tons de rosa também podem ser ligados ao erotismo. (HELLER, 2012)
Já o vermelho é a cor de todas as paixões. Ele pode ser usado tanto para o amor, quanto para ressaltar o ódio. É a cor dos nobres e reis, do comunismo, do luxo, da felicidade, do perigo, da justiça, da liberdade, da vida e também do imoral. O vermelho é a cor mais quente do círculo cromático, essa atribuição se deve a sua relação intensa com o fogo. (HELLER, 2012)
A cor amarela, a cor mais contraditória. É a coloração do otimismo, do ouro, da luz, do sol e também da inveja, da irritação, da hipocrisia, dos traidores e dos desprezados. Esse pigmento quando junto de outras cores, também ganha novos significados. (HELLER, 2012)
Enquanto o verde é visto como a cor da natureza, da fertilidade, da esperança, da burguesia, da imaturidade, do amor precoce, da vivacidade, da juventude, do frescor, do Espirito Santo e do horripilante. O verde possui dois lados distintos na representatividade dos sentimentos, que se diversifica entre o verde sagrado e o verde venenoso. Ele também é considerado uma cor calmante. (HELLER, 2012)
O laranja é a cor da recreação, sociabilidade, transformação e do budismo. É tida como uma cor exótica e penetrante, mas infelizmente é muito subestimada pelos participantes do livro A Psicologia das Cores. É um tom controverso, mas não convencional. Na Índia, é possível é percebida muito mais variação de laranja do que na Europa. (HELLER, 2012)
Já o violeta é visto por Heller (2012), como uma cor mista, com sentimentos ambivalentes. É relacionada ao poder, a teologia, magia, sexualidade pecaminosa,
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13 vaidade, penitência, sobriedade, a originalidade, ao feminismo e o movimento gay. É tida como o tom mais antinatural das cores. (HELLER, 2012)
O preto, assim como o violeta, também é considerado a cor do poder. Além disso, a violência, morte, sujeira, dor, negação, o mau e azar são sentimentos que podemos ligar a coloração. Assim como o amarelo, o preto também ganha outro significado quando junto de outro tom. A junção de preto e amarelo se refere a culpa e ao egoísmo, enquanto a união com o violeta o faz virar misterioso e introvertido. É a cor favorita dos designers e dos jovens. Também considerado a cor da elegância. (HELLER, 2012)
Enquanto o branco é considerado a cor feminina da inocência, do bem, dos espíritos, do limpo, da perfeição. É uma coloração unívoca e está ligada a bíblia e a ressureição. Ainda considerando o livro de Heller, para os pintores é o tom mais importante. Em alguns países, como a Índia, o branco serve como referência a morte. (HELLER, 2012)
Vemos que no estudo apresentado pelo livro de Heller (2012), pode haver algumas variações de sentimentos de acordo com os sexos em relações as cores, mas em nenhum momento, os participantes da pesquisa afirmaram que tal cor pertence a um gênero, ou representa uma opção sexual. O que reforça ainda mais o conteúdo do livro de Farina (2006), no qual podemos observar que a sensações que as cores despertam nas pessoas é, em sua maioria, são as mesmas independente do sexo dos indivíduos. É uma questão mais ligada ao visual e a expressão dos sentimentos que um ser humano quer passar, ou que queira que as pessoas sintam. Farina (2006) ressalta que as colorações ganham novos conceitos quando aplicadas em áreas diferentes visuais. O verde dos hospitais, não é o mesmo verde da esperança, e assim por diante.
Na sociedade, além das definições de cores citadas a cima, também se usa a cor para distinguir as raças humanas. Antropologicamente falando, segundo o episódio dois da terceira temporada da série Throught the wormhole, todo ser humano pertence à espécie Homo, mas existem algumas características que diferem as pessoas no mundo. Essas características quando unidas em grupos formam, o que
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14 os cientistas chamam de raças humanas. Conforme o site Biosom 4 (2016), ao todo são 27 raças, unidas em quatro grupos fundamentais: caucasianos/ brancos, negróide/pretos, mongoloid/ amarelos e os vermelhos, sendo esse último grupo limitado aos índios norte-americanos. No manual de cor e raça do sistema único de saúde de São Paulo 5, temos um esclarecimento sobre o uso das cores como definição de etnia. Se realmente as cores correspondem as pessoas classificadas nesses grupos: Mas as pessoas são mesmo dessas cores? Se pensarmos bem, não! Assim como a população branca não tem exatamente a cor branca e nem a população oriental a cor amarela, também a população negra não tem exatamente a cor preta nem a parda. São categorias criadas apenas para classificar os grupos populacionais de diferentes origens étnico-raciais, ou seja, os brasileiros e brasileiras descendentes de europeus, de orientais, de africanos, de indígenas ou da miscigenação (mistura) de dois destes grupos. (GOVERNO DE SÃO PAULO. 2009. P. 12)
Pelo que se pode perceber pelo site Biosom (2016), essa explicação também se encaixa nos padrões mundiais, exceto pela cor parda, que é utilizada somente no Brasil, conforme ressalta o manual.
Notamos então, que nem em áreas mais cientificas sobre o estudo do homem e da humanidade, temos informações sobre as cores serem utilizadas para definir gênero, ou opção sexual. Percebemos também, que quando as cores são usadas nesse meio, é para ajudar os estudos da humanidade, mas isso não significa que a população seja realmente das cores mencionadas pelos cientistas.
3 APLICAÇÕES DO TEMA NA COLEÇÃO Esta coleção será feita para a marca Estação 21/08 (Estação vinte e um zero oito). Uma marca de DNA ousado, irreverente, moderno e criativo assim como seu público, que é constituído de homens e mulheres entre 25 a 35 anos, de classe B, que gostam de moda, arte, design, diversão, cultura pop, exclusividade e que 4 https://biosom.com.br/blog/curiosidades/quantas-racas-humanas-existem-no-mundo/ 5 In: http://www.saude.sp.gov.br/resources/ses/per
il/pro issional -da-saude/grupo-tecnico-de-acoesestrategicas-gtae/saude-da-populacao-negra/livros-e-revistas/manual_quesito_cor.pdf
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15 presam pela igualdade.
O tema escolhido é diretamente ligado aos valores da empresa, que preza pela igualdade social e racial, além de ser a favor da aceitação pessoal. Com relação ao público alvo da marca, a coleção será voltada para homens e mulheres e possuirá tanto moda plus size, quanto numerações menores, além dos tamanhos tradicionais. Atendendo assim a todos os tipos de corpos através do seu prêt-á-porter.
As silhuetas escolhidas para esse tema são: triângulo invertido (Y), a quadrada (H) e a em forma de ampulheta (X), pois assim será possível trabalhar peças que respeitem os corpos dos clientes e o estilo da marca.
A cartela de cores será composta por variações de tons de rosa, além do vermelho, roxo, azul, laranja, amarelo, verde, preto e branco, que são as cores presentes nas séries e nas questões abordadas no tema.
Quanto às estampas, serão feitas a partir de desconstruções com as formas das panteras. Alguns degrades e misturas de cores também serão bem-vindas, além do aproveitamento dos demais elementos presentes nos desenhos. Também serão testadas algumas estampas com referências nas marcas deixadas pelas panteras (animal selvagem).
Texturas também serão aplicadas e manipuladas para darem volumes às peças. Além de contribuírem para uma coleção mais rica, será possível a criação de novos detalhes e bordados, dando maior sensação tátil as peças.
As famílias dessa coleção levarão o nome de personagens e elementos dos desenhos em questão. A família das peças cor-de-rosa, será chamada de The Pink e trabalhará os tons de rosas para todos os gêneros. A família que irá mesclar o azul e rosa, com referência na quebra das distinções entre menino e menina, terá o nome de Chatta e Punkin. Já a família que irá abordar o arco-íris e seus significados perante a sociedade, será a Rainbow Panthers. Enquanto a família que abordará as sensações desertadas pela cor rosa para mulher, ganhou o nome de Diamond. A quinta família será a Pink Panther, que terá como foco a própria pantera.
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Já que se aborda uma coleção que terá peças monocromáticas, pretende-se ter um trabalho a mais com os materiais, que irão desde os tecidos naturais, como o algodão, até os não tecidos como os couros ecológicos, tecidos para bolsas, pelúcia, entre outros. Alguns terão acabamento em verniz, além de serem em tons variados de rosas, azuis, verdes, amarelos, roxos, pretos, vermelhos e laranjas.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao concluir esse artigo, percebe-se que as cores e suas relações com as pessoas são muito maiores e muito mais complexas, do que se imagina. As colorações são capazes de causar interferências relevantes na vida das pessoas, principalmente psicologicamente. Podemos ver, ao longo da história, que seus significados são mutáveis e que o homem é o único responsável por essas modificações de sentidos. É ele quem cria e julga os preconceitos e associações às mesmas. As cores por si só não são capazes de incentivar a homofobia, ou definir gêneros, elas precisam de uma associação cultural para isso. Uma associação que pode deixar de ser preconceituosa e a Pantera cor-de-rosa e seus filhos são a prova disso. Mesmo em uma sociedade onde o rosa é considerado feminino e o arco-íris estando relacionados ao público LGBT, eles consegue transitar livremente sem preconceitos.
A partir dessas análises, acredita-se que será possível executar um processo de direção criativa relacionado as cores, as panteras, a discussão de gêneros e raciais, uma vez que os relacionamentos existentes entre os mesmos é algo criado pelo home e podem sofrer transformações de acordo com o momento vivido pela sociedade.
ABSTRACT Fashion, like other products that enter the globalized market, does not only represent the interaction and exchange of information about trends and style, but it can also represent the culture and customs of a society, or break it. The purpose of this collection is to get people to analyze the meanings and social patterns we give to
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17 colors through the animated series Pink Panther and Pink Panther's Children. With the characteristics of the characters, the meanings of the colors and the human feelings in relation to them, the aim is to transpose a new concept about clothing, less limited and discriminating to current Brazilian standards.
Key words: Pink Panther. Colors. Genres. Clothing. Social standard.
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em:
<
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APÊNDICE
1. Briefing de negócios (DNA da marca produtora): 1.1. Marca: Estação 21/08 (Estação vinte e um zero oito)
1.2. Descrição da marca: A marca tem como principal objetivo levar até o seu público roupas de qualidade, modernas e expressivas. O DNA ousado, divertido, irreverente e criativo é seu diferencial no mercado. Suas roupas trazem o frescor da juventude, com uma pegada irônica e crítica. Sem cair no caricato, as peças da Estação 21/08, trabalham em uma linha que vai do lúdico, passando pelo sexy e terminando no esportivo. A empresa quer que suas criações sejam como uma extensão da voz de seus clientes.
1.3. Estilo
1.3.1 Dominante: Esportivo e criativo
1.3.1 Complementar: Sexy e dramático
1.4 Atributos espirituais: Moderna, ousada, jovem, alternativa, irreverente, criativa, versátil e sexy.
1.5 Atributos físicos:
Estampas lúdicas, contemporâneas, inusitadas e
exclusivas, cintura marcada (para mulheres), conforto, peças uma pegada glam rock e hi-low, bordados, texturas, tecidos de boa qualidade e alternativos.
1.6 Nicho: Demi-couture e prêt- à- porter.
1.7 Segmento: Streetwear
1.8 Gênero: Feminino e masculino.
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21
1.9 Concorrentes:
1.9.1 Ellus 2nd floor: O DNA da mara e seu principal diferencial é fazer a mistura do básico com o divertido, resultar em uma combinação estilosa e prática, perfeita para o dia-a-dia.Outro ponto forte é a pegada mais urbana que as peças possuem. A 2nd é bem comercial e foge das das peças extremamente trabalhadas e díficeis de usar, conseguindo assim, entrar no guarda-roupade qualquer jovem brasileiro, independente do estilo. É a linha jovem da Ellus e trabalha noformato de prêt-à-porter. Possui várias lojas físicas pelo Brasil, principalmente em shoppings, além de um e-commerce e participa do maior evento de moda do país, o SPFW.
1.9.3 SRI: O forte da empresa são as peças fabricadas em não tecidos e o estilo alternativo. Outro fator interessante é que a marca atede desde o casual ao beachwear. Ela possui uma mídia bem trabalhada e já saiu em vários editoriais de revistas brasileiras, para uma empresa nova e alternativa isso é uma grande vantagem. Seus preços são mais acessíveis, alé disso, a marca tem um apelo feminista e procura sempre leva-lo às suas peças. A SRI possui loja física e um e-commerce.
1.9.3 Moschino: A Moschino é um dos concorrentes aspiracionais da Estação 2108. Seu principal diferencial está em suas peças bem caricatas e lúdicas, alé de super trabalhadas e seu grande envolvimento com o universo POP. Outro forte da grife, é o seu foco no streetwear, que possibilita as pessoas mais «comuns» a usarem suas peças, sem precisarem estar em uma fashion week. A marca possui 58 lojas em vários pontos do mundo, além de estar em lojas multimarcas. A grife participa de uma das semanas de moda mais importante do mundo, a Milão Fashion Week.
1.10
Canais de distribuição: A marca contará com uma loja online, na qual
venderá suas peças de prêt- à- porter. Ainda na mesma haverá a opção para
147
22 encomendar as peças mais trabalhadas, que serão vendidas somente sob medida. A empresa também trabalhara com lojas colaborativas e aceleradoras de micro e pequenos empreendedores, que serão seus pontos fixos na cidade.
1.11
Margem de preço: Para as peças de prêt-à- porter, pretende-se ser
trabalho um valor a partir de R$ 80,00, para t-shirts, até R$ 600,00, para peças mais elaboradas. Já para as peças de demi-couture, pretende-se trabalhar valores a partir de R$ 1000,00, as variações desses preços irão de acordo com o trabalho realizado na peça, podendo custar até R$ 6000,00.
1.12
Diferencial da marca no produto: Elementos semelhantes aos dos
concorrentes, porém trabalhados com mais cores, design e criatividade. As peças da marca respeitam e se adaptam ao estilo de vida do consumidor, e ainda assim, conseguem sair do básico. As roupas buscam valorizar as silhuetas de quem as vestes, dando-lhes estilo, atitude e sensualidade, sem parece vulgar. Mesmo com estampas lúdicas, a empresa busca não cair no caricato e infantil.
2. Público-alvo:
2.1.
Estilo de vida: Homens e mulheres entre 25 a 35 anos, de classe B1 e B2, com renda mensal maior do que R$ 2000,00. Em sua maioria são profissionais ligados ao design, marketing, empreendedorismo, as artes, ao teatro, a música e outras.
2.2.
Hábitos de consumo: Gostam de moda, arte, design, diversão, cultura pop e presam pela igualdade. Procuram estar rodeados de amigos e frequentam locais alternativos como pubs, feiras, galerias, museus, teatros, boates. São pessoas que gostam de exclusividade e estão sempre procurando por novidades, por isso, além das lojas tradicionais, gostam de ir em lojas colaborativas, galerias e brechós. Estão sempre conectados às redes sociais, principalmente Instagram, e gostam de registrar todos os momentos, as
148
23 selfies fazem parte de suas vidas. Eles se influenciam muito pela música. Dentre as suas favoritas estão os gêneros rock, indie rock, indie pop, pop, hip-hop, rap e eletrônico. Adoram ir para festivais de músicas alternativas. Fazem atividades físicas, mas não são muito fãs de musculação. Como a maioria trabalha e tem uma vida agitada, a alimentação acaba não sendo muito balanceada. Lanches de fastfoods, biscoitos, salgados, sanduiches, entre outros produtos industrializados são bem comuns em suas rotinas alimentícias. Para equilibrar esse mal hábito alimentar, eles buscam, na hora do almoço, comerem refeições mais saudáveis, sempre que possível, principalmente nos fins de semana. São consumidores de bebidas alcoólicas e estão sempre reunindo os amigos e parentes para festejarem e beberem juntos.
Quanto a meios de locomoção, quando estão com amigos ou vão a eventos eles usam bastante táxi e uber, ou caronas, no dia-a-dia o transporte dica por conta dos metrôs, ônibus e carros.
Seus ídolos são cantores e bandas que fazem parte dos seus gostos musicais, como David Bowie, Ramones, Kurt Cobain, Axl Rose, Jon Bon Jovi, Strokes e Arctic Monkeys. No ramo da moda eles admiram muito Vivienne Westwood e Pam Hogg. No cenário da música indie, pop e pop rock suas inspirações são: Lana Del Rey, Lady gaga, Florence Welch, Brooke Candy, No frill Twins, Porcelain Black, Madonna, entre outras artistas do gênero. Já no Rap e hip-hop temos Karol Conka, Nicki Minaj, 50cent, Eminem, Lil Kim e algumas rappers underground como as Rich White Ladies. Aqui alguns grupos de K-pop também se destacam, principalmente o 2ne1, Black Pink e BigBang. Nos cinemas, artistas como Johnny Deep, Brigitte Bardot, Angelina Jolie, Miley Cyrus e também alguns personagens como Elvira, A rainha das trevas, interpretada por Cassandra Peterson, e a Mortícia do filme a Família Addams.
2.3.
Sonhos: Serem independentes e ter sucesso no que amam e gostam de fazer, ou conseguir um trabalho no qual ganhem bem e ainda consigam conciliar seus gostos e hábitos de vida. Viajar para mais lugares,
149
24 principalmente para fora do país, para curtir shows de seus ídolos internacionais.
2.4.
Hábitos de lazer: Viajar, programas culturais, shows de músicas alternativas, festivais de música eletrônica, fotografias, Netflix, reunião com os amigos, ler.
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25 ANEXOS
Figura 1 – Quadro de preferência de cores para bebê em 1927 Fonte: Time, Nov. 11, 1927. Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2014/11/18/ciencia/1416328918_518343.html
Figura 2 – Pantera cor de rosa abertura 1964 Fonte: FRELENG, DEPATIE. The Pink Panther (movie). 1964. Disponível em: http://www.trilhasonora.net/trilha-sonora/a-pantera-cor-de-rosa-1964/
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26
Figura 3 – Panteras do arco íris Fonte: FRELENG, DEPATIE. The Pink Panther and sons. 1984. Disponível em: http://hannabarberashowparte2.blogspot.com.br/2015/07/os-filhos-da-pantera-cor-derosa-1984.html
Figura 4 – Leões Fonte: FRELENG, DEPATIE. The Pink Panther and sons. 1984. Disponível em: http://hannabarberashowparte2.blogspot.com.br/2015/07/os-filhos-da-pantera-cor-derosa-1984.html
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Figura 4 – Pink líder. Fonte: FRELENG, DEPATIE. The Pink Panther and sons. 1984. Disponível em: http://www.bibliotecadoscartoons.com.br/2016/01/os-filhos-da-pantera-cor-derosa.html
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Entrelaçamentos de tubos de velboa para a confecção do casaco.
155
Montagem do casaco forrado com tubos de velboa.
Aplicação das panteras no body.
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