HELENA FIUZA

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Helena Fiuza


INSTITUTO DE COMUNICAÇÃO E ARTES CURSO DE GRADUAÇÃO EM MODA

RELAÇÃO DA ALFAIATARIA TRADICIONAL E A DESCONSTRUÇÃO: Desconstrução e a reconstrução Helena Fiuza Costa Vaz

Trabalho apresentado como requisito parcial de avaliação do curso de Moda doCentro Universitário UNA para aprovação na disciplina Portfólio. PROFESSOR(A) ORIENTADOR(A): Aldo Clécius Área: Criação Produto: Coleção Feminina e Masculina

BELO HORIZONTE 2017 / 1°Semestre


Agradecimentos Procuramos as palavras certas e percebemos o quão difícil encontra-las e identica-las para que pudessem expressar nossa gratidão pela disponibilidade, paciência e carinho de todos aqueles que colaboram para elaboração e nalização deste trabalho. Sinto que meus agradecimentos serão insucientes. Por acreditar que nada se constrói sozinho, não poderia deixar de agradecer: Ao João Vaz meu marido, Eduardo e Gustavo meus lhos, por terem sido pacientes, compreensivos. Vocês foram responsáveis por eu ter concluído este trabalho. É com uma felicidade enorme que comemoramos esta etapa vencida abrindo portas para outra conquista. Dedico a vocês! Aos familiares pela torcida e conança. Aos amigos, pela companhia e amizade. Prof. Drª Geanneti Tavares Salomon e o Prof. Aldo Clécius que sempre carinhosamente me orientou, incentivou e não me deixou desistir. Aos professores que compartilharam o conhecimento conosco, carinho e dedicação. Aos colegas cúmplices que com paciência e prontidão me ajudaram e aos colegas da sala com quem compartilhei essa experiência inesquecível. Obrigada!


Resumo Este projeto tem como objetivo a criação da marca de moda Helena Fiuza que vem com uma proposta slow fashion, explorando a alfaiataria e inspirado no movimento de desconstrução. A marca está voltada para o público feminino e masculino. Propõe uma maneira de fazer moda usando as técnicas e processos de alfaiataria diferenciada, buscando além da qualidade e exclusividade mecanismos que garantem excelência. Buscará, portanto, inspiração no universo das artes, inserindo o feito à mão.

Palavras-chave: Alfaiataria. Desconstrução. Moda. Ann Demeulemeester. Dries Van Noten.

Abstract This project has as its objective the creation of Helena Fiuza's fashion designs that brings the proposition of slow fashion. The designs targets the female and male public. Propose a way of doing fashion using differentiated tailoring technics and processes, searching, beyond quality and exclusivity, mechanisms that guarantee excellence. It will search, therefore, inspiration in the art universe, adding the hand making techniques.

Key words: Tailoring. Deconstruction. Fashion. Ann Demeulemeester. Dries Van Noten


Sumário 14.

Brieng de negócios

34. Público Alvo

Identidade 40. da Marca

da 50. Briefing Coleção

76.

Coleção

134.

Artigo

150.

Apêndices


Reconhecimentos e premiações

Helena Fiuza Brasileira, Casada,62 anos. (31) 3225-1749 / 9104-9003 uzahel@gmail.com Rua Tomé de Souza, 1355 Apto 601 Funcionários, Belo Horizonte - MG. CEP: 30140138

· Certicado de Melhor Trabalho Interdisciplinar Dirigido (TIDIR) do curso de Moda-Centro Universitário UNA- 2014 · Certicado de Melhor Trabalho Interdisciplinar Dirigido (TIDIR) do curso de Moda-Centro Universitário UNA- 2015

Qualificações Experiências profissionais: · Participações na execução de gurinos em: Cias de Dança, balé e teatro como: Cia de Dança Palácio das Artes, Cia de Dança Primeiro Ato, Centro Artístico de Dança, SESI MINAS, Grupo Cênica, Arte Corpo, Balé Movimento, Cia de Dança Flamenga Soleá, Cia de Balé Passo a Passo, Cia de Balé Espaço da Dança. Formaturas da escola infantil Casa da Gente, Trilha da criança. Instituto da criança. · Trabalho de auxiliar de costura e modelagem da empresa Filha Única. · Participação do projeto de concepção e confecção da Bandeira Fashion Revolution. 21 março 2016. · Atuar no setor da moda, ampliando meus conhecimentos, adquirindo crescimento e aprimoramento prossional. Futuramente ter um espaço para ensinar e confeccionar sob medida.

Formação Acadêmica · Curso Superior em Moda UNA - Campus Liberdade de comunicação e Artes. (em curso 7º período).

· · · · · · · ·

Curso de Alfaiataria – Dez.2014 Curso de modelagem Criativa com Jum Nakao Ensino médio concluído Informática: Word; PowerPoint; Internet, em construção. Curso de costura método Ioli. Curso Técnico INAP: Decoração e Paisagismo. Curso Senac: Bordados e Pedrarias em Roupas. Ensino médio concluído

Cursos Extracurriculares · Participação em eventos do curso de moda, como o Unatrendsetters, palestras, worshops e seminários. · Palestra de tendência inverno de 2014/ 2015 promovido pela IMA TÊXTIL em parceria com o SENAI. · Participação no curso UPCYCLING, TRANSFORMANDO ROUPAS, com a estilista Gabriela Mazepa (04-2016). · Participação no curso viagem de pesquisa e cultura de moda “LONDON CONNECTION”. Londres (2015). · Workshop Angel's- Fabrica de gurinos – Londres- Ministrado pela Agência Fashion House. · Observatório de Tendências de Comportamento e Consumo TRENDSETTERS, realizado pelo NUP (Núcleo de Pesquisa) do Curso de Moda do Instituto de Comunicação e Artes Una, no período de março a junho de 2016.


Briefing de negรณcios 15


Descrição geral da marca

Estilo

Este projeto tem como objetivo a criação da marca de moda Helena Fiuza que vem com uma proposta slow fashion, explorando a alfaiataria e inspirado no movimento de desconstrução. A marca está voltada para o público feminino e masculino. Propõe uma maneira de fazer moda usando as técnicas e processos de alfaiataria diferenciada, buscando além da qualidade e exclusividade mecanismos que garantem excelência. Buscará, portanto, inspiração no universo das artes, inserindo o feito à mão.

Moderno/Contemporâneo e Criativo.

Nicho

Segmento Casual chic e luxo.

Demi-culture, Alfaiataria.

Gênero Feminino e Masculino.

Elementos Espirituais Alta Alfaiataria

Artesanal

Existencialista

Físicos Peças com uso de princípios da alfaiataria Processos manuais, na estamparia, nos beneciamentos de superfície Estampas, modelagem criativa, utilização em detalhes de matérias não convencionais e texturas Abordagem de temas na coleção


Concorrentes (aspiracional)

A marca Helena Fiuza possui várias concorrentes aspiracionais, como: Donna Karan que tem uma proximidade com o público e traços que pretendendo trabalhar. Apostando nas mulheres comuns - nem tão altas nem tão magras como gostariam de ser, mas que desejam ser elegantes sem ter um corpo de modelo. Sempre olhando as ruas e as mulheres comuns, Donna Karan tornou-se a primeira estilista americana a inuenciar o mundo com sua moda criativa e inovadora, através de um estilo urbano, sosticado e acessível, modelagem diferenciada e cuidada, reinvenção do clássico nas formas arrojadas e coordenadas.


Concorrentes (aspiracional)

A marca Helena Fiuza aspira em concorrer com a Marca Ann Deumelemeester uma das precursoras do conceito descostrutivista, com seus designs elegantes e sombrios. A educação é uma parte importante da história da moda belga, com a escola Royal Academy of Fine Arts da Antuérpia consideradas incubadoras de excelência. Ann Demeulemeester usa preto e branco, como de costume, e tem nas sobreposições e texturas o seu tesouro. Belíssimas calças, casacos leves e blusas delicadamente esvoaçantes, o feito a mão no tricô de aspecto puído, que recebem aplicações de penas e patchworks de animais como cães e leões. Rendas, transparências e drapeados equilibram o jogo com a precisa alfaiataria sóbria. Os contornos da elegância urbana são redenidos ao juntar tailoring, uma referência clara a uma pegada rock andrógena, o sagrado como referência e o político como vocabulário de moda.


Concorrentes (aspiracional)

Dries Van Noten, é o que mais se identica com a marca se aproxima do estilo, cuja exibição de desenhos, combinada com obras de arte, mostrando sua colaboração em gurinos de dança, onde a marca Helena Fiuza tem uma vivência e se espelha. Sabe trabalhar texturas luxuosas e cores preciosas com inventividade e inteligência. Trabalha brocados como a base de construções rígidas que dá vida a calças oversized, blazers e saias volumosas. Maneira de imprimir uma imagem über cool partindo de todos esses elementos inquestionavelmente ricos.


Concorrentes (direto)

Localizada no bairro glória em Contagem, a Marca mineira criada para um público de mulheres modernas que buscam requinte, atendimento personalizado. As peças são de alfaiataria feminina, como vestidos, camisas, blazers e etc.


Concorrentes (direto)

APARTAMENTO 03 Em suas peças trabalha alfaiataria em looks mais conceituais. Sua primeira coleção surgiu em 2006, com uma encomenda feita pela stylist (e amiga) Mariana Sucupira, que pediu peças exclusivas para um ensaio.O que começou como uma pequena produção de peças virou a incubadora do que é hoje a Apartamento 03. O nome veio do lugar onde o estilista Luiz Cláudio atendia: seu próprio apartamento em Belo Horizonte. Em sete anos a marca passou por grandes mudanças: mudou de endereço, aumentou o número de funcionários, o tamanho do ateliê, fez sua estreia nas passarelas e se fez presente em 19 estados do Brasil. O que continua é o desejo de construir uma moda surpreendente, intrincada, caracterizada pelo uso de técnicas manuais e tecidos preciosos dignos de um ateliê de couture.


Concorrentes (direto)

Atende mulheres sosticadas que valorizam o sob medida e que precisam de peças versáteis, as quais podem ser usadas para uma reunião de trabalho mas que, depois, podem sair para um coquetel. Seu público são mulheres de 25 a 45 anos, executivas, possuem diculdade para encontrar peças que vistam bem. Por possuir o atendimento personalizado, o seu público é bem abrangente.


Margem de preço

Loja própria na região centro sul de BH

Camiseta/ T. Shirt: R$120,00 a R$220,00 Camisas/ Blusas: R$200,00 a R$480,00

E-commerce

Calças/ Bermudas/ Saias/ Shorts: R$ 350,00 a R$680,00 Macacões/ Vestidos: R$780,00 a R$250,00 Saias longas/ Casacos longo/ Vestidos longo: R$480,00 a R$ 900,00 Blaisers /Coletão/ Jaquetas: R$ 680,00 a R$2.500,00 Ternos (calça e paletó): R$1.500,00 a R$ 6.000,00

Canais de distribuição Helena Fiuza terá como mídia estabelecida as redes sociais, canal escolhido para representação do processo criativo e cuidado especial para confeccionar as roupas de seus clientes, sendo o meio propício para que o cliente a acompanhe o que está acontecendo na marca. Norteando a respeito das publicações, utilizando de uma comunicação de estreitamento com o público- alvo. Através das relações públicas promover a marca em programas de televisão, revistas e jornais voltados para moda ou não, ressaltando sempre o consumo consciente. Além de divulgar o engajamento social e cultural da marca em parcerias voltado para bem viver. Também evidenciando o lado sócio cultural da marca Helena Fiuza se une em parceria com as marcas, onde Helena Fiuza confeccionará os respectivos looks ou gurinos. A marca Helena Fiuza contará com loja própria na região centro sul de BH, localizada em rua, e também contará com e-commerce. A comunicação da marca é feita através da internet com site próprio, Instagram, Facebook, revistas de moda e cultura e eventos

Diferencial da Marca O seu diferencial dá-se pelo comprometimento com seus cliente, oferecer peças de qualidade e, originalidade, criativas e pessoais, que se distanciam do fast-fashion. Serão utilizados trabalhos manuais, dando valor artesanal as peças, além de técnicas de modelagem, estamparia, materiais diferenciados e não convencionais. A missão da marca Helena Fiuza é a valorização da individualidade de cada cliente, proporcionado por um atendimento de qualidade com direcionamento que investiga as necessidades de modo assertivo. O cliente em seu atendimento é convidado a se deslumbrar com o processo de confecção de suas peças para que possa compreender o valor agregado, com isso, se consolidará os laços afetivos pretendidos com a marca.


Painel de estilo da Marca


PĂşblico-alvo 35


Descrição de público-alvo Foi pensada para mulheres independentes, na faixa etária de 30 anos a 40,

Além disso, o poder aquisitivo é médio, que permite a autossuciência e

fortes e que buscam em suas roupas, representar um estilo de vida consciente,

independência nanceira. Um público que possui faixa etária entre os 30 e 40

prioriza a qualidade e durabilidade e que dão valor material e ao simbólico São

anos a mais, homens e mulheres de classe A e B, frequentadores de eventos

modernas, autossucientes, sérias que gostam de possuir peças que resgatam as

culturais, exposições, cinema, ouvintes e apreciadores de músicas, gastronomia

origens da costura na alfaiataria, com modelagem impecável.

de qualidade, atualizados e conectados. Com renda a partir de R$ 4.852,00 para

Com estilo diferenciado e personalizado, gostam de viajar. O perl desse público se encaixa à mulheres que possuem cargo de chea, que trabalham durante a semana e dedicam um tempo para buscar conhecimento cultural, como teatro, museus, bares e também praticam leituras.

a classe B2, R$ 9.254,00 para classe B1 e R$ 20.888,00 para a Classe A segundo ABEP. Possuem algum curso superior e tem hábitos de consumo consciente, não são ligados a nomes e marcas mas ligados à ideias e estilo.


Painel de pĂşblico-alvo


Identidade da marca 41


Logomarca

Monograma

Helena Fiuza

Helena Fiuza

Justificativa de cor, fonte e nome O nome da marca foi escolhido Helena Fiuza sendo o nome da diretora criativa que já é conhecida no mercado com atuação na área de teatro, grupo de danças e balés. Foi escolhido levando em consideração toda a trajetória e essência já existente da marca. No design da logomarca, tem como base de inspiração sua própria assinatura, fonte cursiva que dá uma ideia de contemporaneidade e artesanal. Com isso todo o signicado contido no DNA da marca, o cuidado com o pessoal e atenção personalizada. Usou-se uma fonte sem serifas para transpor uma ideia de poucos excessos e tradicionalidade. A logo foi feita nas cores vinho, por ser elegante e o cinza para suavizála. Juntas, essas cores transmitem um ar mais requintado e nobre, características que “casam “com a alfaiataria.

Helena Fiuza

Tipografia LANE ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ 0123456789


Malha de aplicação

Escala de cores VINHO C: 35.56 M: 95.22 Y: 87.19 K: 52.2 R 79 G 6 B 16 #4f0610 Pantone Marsala CINZA

Helena Fiuza

Helena Fiuza

C: 51.54 M: 79.57 Y: 66.01 K: 73.5 R 60 G 49 B 50 #210e17 Pantone Black Grey

Área de proteção e redução mínima

Usos indevidos

X

Helena Fiuza

6 cm

Helena Fiuza 2 cm Redução Mínima: 3 cm

Não esticar

X

X

Helena Fiuza

Não alterar a cor do ícone

Não alterar a cor da fonte

Helena Fiuza

X X X

Helena Fiuza

Helena Fiuza

Não usar apenas o nome

Não alterar a fonte

Helena Fiuza

Não inserir objetos na frente da logo


Aplicação na papelaria

Papel Timbrado Papel off-set A4 80g 30cm x 21cm

Cartão de Visita Papel opaline Tamanho: 8cm X 8cm Acabamento: laminação fosca

Envelope em papel off-set Tamanho: A5 – 110 x220 mm + aba de 3 cm

Papel opaline Tamanho: 8cm X 8cm Acabamento: laminação fosca frente e verso. As Tags da marca Helena Fiuza trarão informações sobre o tecido e os cuidados na manutenção da peça para torna-la mais duradoura.

Book A4 horizontal - capa dura couché. A durabilidade dos produtos, dependem não só da qualidade de suas matérias primas, mas principalmente, com a forma que cuidamos dele. Na cartilha terão orientações dos cuidados sobre como conservar e manter a qualidade de suas peças. Instruções de lavagem, secagem e armazenagem, para cada tipo de tecido e seus respetivos beneciamentos


Caixa de plástico poliondas com logomarca impressa, em três tamanhos diferentes (P, M e G).

Sacola de papel com logomarca impressa, em três tamanhos diferentes (P, M e G). As embalagens serão desenvolvidas deforma criativa a possibilitar que o seu usuário possa usá-la e garantir a durabilidade e a integridade de cada detalhe contido em suas peças. Para isso faremos uso de material como o plástico polionda para a caixa e sacola de TNT ou mesmo tecidos. Capa protetora de terno ou vestido com zíper, em TNT no tamanho de 130 cm x 60 cm

Brinde - Capa de Protetora.


Briefing da coleção 50


Helena Fiuza A coleção de inverno de 2018 da marca Helena Fiuza terá como inspiração dois estilistas belgas desconstrutivista, Ann Demeulemeester e Dries Van Noten, dois que tão bem representam este movimento losóco na moda. A essência da marca é o demi-culture, portanto, a relação com a inspiração será bastante versátil e produtiva. Contando com a ousadia meticulosa e elegância artesanal da alfaiataria serão produzidos 45 looks distribuídos em 3 famílias, inspirados no movimento desconstrutivista em que foram pesquisados a losoa de Jacque Derrida. A coleção pretende trabalhar as formas da alfaiataria com técnicas de desconstrução, inserindo trabalhos manuais alternativos como complemento, assim, produzindo uma coleção contemporânea e elegante.

Helena Fiuza Tel: (31) 991049003 www.uzahelena.com.br facebook: www.facebook.com/helenauza Instgram: @helenauza

Release


Painel de Inspiração


Macrotendência WGSN APOSTA Hábitos e comportamentos que inuenciam a nossa forma de consumir. Isto torna mais fácil as marcas entender o que precisa ser produzido para suprir essa demanda. A habilidade de ser autêntico e único voltará com tudo. O produto ou serviço entregue de maneira exemplar e única atrairá os consumidores. Precisarão mostrar seus diferenciais no atendimento e no relacionamento. VIDA TERRENA Estamos cada vez mais presos e dependentes do tecnológico Para que haja uma mudança desta situação, há uma crescente busca pelo contato com a natureza e pessoas querendo garantir a sua autossuciência. Começamos a repensar nosso consumo e a valorizar produtos chamados de sustentáveis, utilizando de materiais caseiros e de fontes locais. É um movimento de resgate da essência. Infusão “Veremos tecidos inteligentes, utilização de DNA para criação de produtos e serviços personalizados e materiais”, conforme Letícia Abraham, VP Latam da WGSN. O movimento de humanização da tecnologia tem se destacado O homem controla a máquina ou a máquina controla o homem, um questionamento que tem como objetivo transformar essa conexão em algo positivo, apostando nas redes sociais de “chat ao vivo”, como a YouNow, possibilitando a comunicação entre pessoas.

DESIGN SUBSTANCIAL O 'menos' se tornará menos ainda, e signicará muito mais. Valorização, dos produtos com características sustentáveis Produtos de vida curta dão lugar à produtos que tenham longevidade e uma funcionalidade. Crescimento das moedas criptográcas disponíveis para comércio nos mercados online. Por que agora? Para Letícia Abraham, a resposta é simples: “falta de conança nas instituições econômicas e o aumento das viagens e da conectividade global. Num mundo de cartões magnéticos e similares, o dinheiro físico parece algo ultrapassado”, explica. NOTURNO Contato com nossos sentimentos pessimismo e a vulnerabilidade. Busca de um equilíbrio estratégico entre o otimismo exagerado e o pessimismo saudável na tentativa de superar os medos. Um dos frutos desse pensamento é o crescente número de pessoas que querem estar sozinhos em viagens ou lugares na busca de meditação e contemplação em lugares onde o tempo parece que não passa.



Tendências da Estação Mangas longas Lançadas pelos Vetements, todos brincam com o comprimento das mangas, foi o coletivo Parisiense onde o oversized nunca foi tão visto na passarela.

Dries Van Noten Proenza Schouler

Lanvin

DKNY

DKNY DKNY

Armani

Golas altas / Decotes deslocados/ Pescoço em alta

Chanel

Balmain

Michael Kors

Shape deslocado em golas e decotes trazendo uma ideia displicente e despreocupada, dando um charme ao look, principalmente em modelagens sosticadas. Cobertos, enrolados em cachecóis ou maxi golas, à mostra ou deslocado, com acessórios podendo ser com gargantilhas, lenços ou com o uso de objetos utilitários. Vários desles da semana de moda apostaram nas golas altas, muitas delas aparecem em tecidos leves ou transparentes em peças tanto oversized, justas ou sobrepostas.

Veludo Molhado O brilho e a textura do veludo dando caimento e movimento nas peças, chic e atemporal. Deixa tudo muito luxuoso e vem com as cores em tons dramáticos como azuis marinhos verde e o vermelho. Um dos tecidos mais nobres, volta com tudo no inverno 2017/2018. Virá em versão Black e combinado com rendas para lhe atribuir mais sensualidade e mistério.


Intermediarias

Cartela de Cores Foi selecionada as cores para inverno 2017/2018, uma paleta de cores de acordo com três aspectos que a marca sempre acredita e pensa em seus clientes, as paletas: Dominantes, que traz uma auto conança e elegância e que nunca sai do cenário fashion o branco preto e o cinza pensando na alfaiataria. Como não poderia faltar aos mais tradicionais, a paleta intermediarias nos tons vinho, verde e o lilás. Na paleta Complementar laranja, off white, marrom, ouro velho, tangerina.

VINHO C 49 M 84 Y 74 K 72 #482E2E Chilli Pepper

Dominantes

CINZA C 0 M 0 Y 0 K 50 #96989A Grey

PRETO C 100 M 100 Y 100 K 100 #000000 Jet Black

VERDE C 20 M 0 Y 40 K 40 #8C9C7B Greenery

LILÁS C 0 M 40 Y 0 K 20 #CC93AD Orquídea Radiante

Intermediarias

BRANCO C0M0Y0K0 #FFFFFF White

LARANJA C 0 M 40 Y 80 K 0 #FAA954 Autumm Glory

OFF WHITE C 0 M 0 Y 0 K 10 #E6E7E8 Cloud Dancer

OURO VELHO C 0 M 20 Y 60 K 20 #D2AE60 Ouro Monarca

MARROM C 0 M 20 Y 40 K 60 #847059 Iced Coffe

TANGERINA C 0 M 20 Y60 K 0 #F9AA75 Tangerine


Cartela de Tecidos As pessoas estão cada vez mais em busca de novidades e com novas mudanças da forma de consumir. Elas tem buscado práticas de consumo sustentáveis e econômicas o que as fazem cada vez mais analíticas na hora de escolher produtos ou marcas. Buscando o interesse dos nosso clientes usamos tecidos que produzem efeitos grácos e combinações visuais utilizando das cores e provocando um resultado de looks ou peças originais com um custo justo. Os tecidos terão uma cartela reduzida, algo leve e esvoaçante, porém terá misturas com as opções encorpadas para o caimento e com técnicas que transmite ar de mais sosticação, peso às peças, dando um contorno as silhuetas.

Cetim Chameuse 100% Poliéster R$ 19,00

Tule de Poá 100% Poliéster R$ 29,00 Visual Tecidos

Lã especial LST Guayba 100% Lã Ind. Brasileira Valor R$ 70,00

Jacquard100% Valor 34,99 Visual Tecidos

Veludo Spandex 100% Poliester R$ 39,00 Casa das Fábricas

Musseline Sanjan 100% Poliester R$ 49,00 Visual Tecidos

Gazar de Seda 100% Poliamida Korea R$ 128,00 Visual Tecidos

Tropical Inglês 100% Lã Valor 89,00 Casa Miracle

Tela de Mosquiteiro 100% Poliéster R$ 5,50

Seda 100% Pura R$ 128,00 Weber

Veludo 23% Acetato 22% Poliamida 15% Viscose Korea R$ 199,00 Visual Tecidos

Etoile 100% Poliéster Valor R$ 12,99 China


Remodelagem

Cartela de Matéria Trabalharemos materiais alternativos que dê efeito, elegância e luxo. Plissado, estampado, pregas, babados, transparências, bordados de canutilhos, missangas e linhas. O feito à mão.

Superfície

Intervenções de canutilho e chatons.

Bordados de linha

Estampa

Bordado de penas e plumas.

Plissado

Aplicações

Bordados

Nervuras

Metalassê

Pences Aparentes

Pregas

Dublagem


Cartela de Aviamentos Os Aviamentos utilizados nesta coleção, será utilizados como identidade da marca. As peças mais trabalhadas e detalhadas, serão usados de forma que apareçam forrados com o mesmo tecido ou mesmo personalizados podendo fazer uso da logomarca.

Botões a grossa R$4,00 Unidade Mundo dos Armarinhos

Zíper comum 0,60 cm R$4,00 Unidade Armarinho Marisa

Zíper Invisível 0,60cm R$4,00 Unidade Armarinho Marisa

Linhas para bordado Rolinho R$ 8,50 unidade

Cavalinha 5metros peça R$ 198,50 Mundo dos armarinhos.

Linha para bordar Meadas R$2,50 Decolores Linha Costura reta R$4,00 Unidade Armarinho Marisa

Chatons 100 pç R$ 8,00 Galeria Ouvidor

Entretela de colarinho R$12.99 Casa das fabricas armarinhos

Entretela Malha R$12,90 o Metro Armarinho Marisa

Linha de overloque R$ 5,00 Armarinho Marisa Barbatanas de plástico 10m R$ 5,00

Fita de viés de cetim 100% Acetato 20m R$ 15.00.

Canutilho R$ 2,00 por 10gr Biju Ouvidor


Mapa da Coleção

Vestido tomas longoConceitual Vestido curto casaco longoConceitual Vestido curto com caldacomercial Calça e casacão-comercial Vestido com colete longofashion Vestido poá e tomas fashion Vestido com tomas, tela, poáconceitual Saia seda e poá, blusa de poá e blaiser de veludocomercial Camisa e calça comercial Calça tropical inglês, camiseta

Cores Cinza Cinza Esverdea do Branco Preto Vinho Verde

Tecidos Matérias

Crepe de seda Gazar Tela Poá Veludo Jacquard Risca de giz, Bordado tropical com Inglês canutilhos

Formas

S A

Unificador

Distorções

Looks

Cartela de cores Linhas verticais Poás Listras Bordados Assimetria

Família

e pedras Pregas Coenizado Penas

Deslocados

Fragmentados

Família

Família

Looks Vestido curto-conceitual Vestido mídi comercial Vestido longo conceitual Vestido curto conceitual Vestido curto conceitual Saia e blaiser comercial Vestido mídi-comercial Vestido fashion Saia curta e blaiser comercial Calça e blusa comercial Calça e blaiser comercial Vestido mídi comercial Blaiser, colete camisa e cala comercial Vestido curto comercial Calça e blusa-comercial Blusa poá saia casaco Comercial Saia e blusa comercial Casaco blaiser, calça-conceitual

Looks Vestido curto casco longo-fashion Blusa e saia- comercial Vestido casaco comercial Vestido longo fashion Casaco e calça comercial Vestido curto Blusa saia l Saia casaco comercial Casaco saia comercial Bermuda jaqueta comercial Camisa casaco e calça comercial Camisa calça e paletó comercial Camisa colete calça e casacão comercial

Cores Cinza Cinza Esverdea do Branco Preto Vinho Verde

Tecidos Matérias

Veludo seda estampada Tela Poá Tropical Inglês Lã

Formas

S A

Unificador

Cartela de cores Linhas verticais Poás Listras Bordados Assimetria

Bordado com canutilhos e pedras Pregas Coenizado Penas

Cores Vinho preto Verde lilás Branco

Tecidos Matérias

Veludo seda estampada Tela Poá Tropical Inglês Lã Etoille

Bordado com canutilhos e pedras Pregas Coenizado Penas

Formas

S A

Unificador

Cartela de cores Linhas verticais Poás Listras Bordados Assimetria


Formas e Silhuetas

S

Para a coleção inverno 2017 /2018, o uso de silhuetas mais retas para a grande maioria dos looks, garantindo o conforto e a elegância. Em alguns momentos o uso de uma silhueta sutilmente marcada, trazendo mais feminilidade com movimentos uidos e leves. Em contrapartida, os shapes foram mais volumosos, dando um toque exótico gerando contrastes que causam efeitos originais.


Looks escolhidos

Desfile


Coleção 77


Fragmentados










Distorções










Deslocados











2

1

Professora: Geanneti Tavares Salomon Produto final TCC: Coleção Feminina /

TITUTO DE CO OMUNIC CAÇÃO O E ART TES INST

Masculina.

CU URSO DE D GRA ADUAÇ ÇÃO EM M MODA A

BELO HORIZONTE 2016 / 2°Semestre

RELAÇÃO DA ALFAIATARIA TRADICIONAL E A DESCONSTRUÇÃO:

RELA AÇÃO D A ALF FAIATA ARIA TR RADICIO ONAL E A DES SCONS STRUÇÃ ÃO:

Desconstrução e a reconstrução*

onstruç De esconsttrução e a reco ção

Helena Fiuza Costa Vaz1

RESUMO A ALUNOS S: Hele ena Fiuzza Costta Vaz PR ROFESS SOR(A) ORIEN NTADOR(A): Geanne G ti Tavares Sallomon

Á ÁREA DE D PESQUISA A:

Com munica ação e Artes A LINHA DE PES SQUISA A:

H História, Image ens e Cultura C

O presente trabalho pretende explorar e compreender a importância da Alfaiataria tradicional no cenário atual da moda e o movimento de desconstrução. Relata o contexto histórico da alfaiataria e sua trajetória como profissão e estuda o movimento de desconstrução dentro do conceito filosófico, tentando definir o que é desconstrução na moda, abordando desde o Japonismo e sua influência no ocidente e a mais nova representação desconstrutivista na moda internacional, a escola Belga. Através de uma análise, partindo das técnicas de alfaiataria, juntamente com o conceito de desconstrução, propõe novas maneira de fazer moda. Buscando aporte teórico, pretende propor uma nova releitura da alfaiataria, mostrando sua importância como símbolo de poder na moda, desenvolvendo uma coleção e indicando uma maneira de adapta-la aos tempos atuais. Palavras-chave: Alfaiataria. Desconstrução. Japonismo. Belga. Moda.

INTRODUÇÃO

BE ELO HO ORIZON NTE

A história da indumentária conta com a antiga prática de moldar materiais flexíveis para adornar, proteger ou mesmo

20 016 / 2°S Semestre

para dar poder, revestindo o usuário de significados. É uma profissão das mais antigas do mundo. O termo em inglês

Helen na Fiuzza Costta Vaz

“tailor”, existe desde 1297, como “cortador de tecidos”. Em português, a palavra alfaiate deriva do árabe alkhayyát, do verbo kháta que significa coser. A alfaiataria surgiu com o aparecimento dos tecelões e da necessidade dos nobres se vestirem de uma maneira diferente dos plebeus, com mais qualidade, agregando valor à indumentária. O tecido e a qualidade do feitio da roupa que o homem estava usando definia o seu status sociocultural. O guarda-roupa dos burgueses era parte da herança familiar.Com o surgimento das máquinas, os avanços tecnológicos propiciaram o desenvolvimento da indústria de confecção de vestuário, e também o declínio da profissão. Surgiu assim o “pronto para vestir”, originalmente ready to wear, ou ainda no francês prêt-àporter, abalando os profissionais e seu prestígio, dividindo o mercado.

R RELAÇ ÃO DA A ALFAIIATARI A TRAD DICION NAL E A DESC CONSTR RUÇÃO O: De esconsttrução e a reco onstruç ção

O que está acontecendo com a alfaiataria? Partindo desse questionamento, este trabalho tem como objetivo fazer uma busca no passado, trilhar o caminho percorrido deste ofício até os dias de hoje para entender o que está acontecendo com a alfaiataria e seus profissionais. O que esperar do futuro? Os alfaiates terão que encontrar alternativas para continuar no mercado. E quais serão estas? Pretende-se ainda, estudar o movimento Desconstrutivista e suas questões filosóficas, literárias, políticas e morfológicas que abalaram o pensamento ocidental. O “Ethos” da cultura ocidental veio mudando nas duas últimas décadas,

Artigo o aprese entado como c re equisito o de ava aliação do Currso de G Graduaçção em Moda do Ce entro Un niversitá ário Una a para aprovaç a ção parccial na disciplin d na PRÉ--TCC.

* Trabalho apresentado como requisito parcial de avaliação para obtenção do título de bacharel no curso de Graduação em Moda, do Instituto de Comunicação e Artes do Centro Universitário UNA. 1 Graduando em Moda do Instituto de Comunicação em Artes – ICA. fiuzahel@gmail.com


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(o intelecto foi substituído pela vontade, razão pelas emoções e a oralidade pelo relativismo) e isto afetou profundamente a moda. É o pensamento pós-moderno, que tem em Jacques Derrida um de seus precursores.

Para Braga (2010), no século XX as que mais fizeram transgressões e inovações foram aquelas dos anos 1920 e dos anos 1960:” Se, numa licença poética, somarmos 20 + 60, o que matematicamente resulta em 80, pode-se fazer uma analogia com a década de 1980, que deixou marcas indeléveis de transformações na moda”.

Quem poderia imaginar que ao mostrar uma desmontagem ou avesso de uma peça, faria com que as pessoas pensassem, questionassem a sua elaboração ou mesmo, a estrutura de sua construção? Sendo assim, também abordamos o

Analisando a década de 1920, as saias encurtaram, os vestidos tinham bainhas abaixo dos joelhos, fenômeno que,

Japonismo e sua influência no ocidente como precursor da desconstrução na moda. Pretende-se também abordar a mais

desde a pré-história, as mulheres não tinham mostrado suas pernas. Passaram a mostrar a silhueta das pernas com

nova representação mundial da moda internacional, os Belgas, e a importância da Academia “Antwerp Academy of Fine Arts,

surgimento das meias; o corte dos cabelos, o achatamento dos seios, dos quadris, dando um aspecto de androgenia para a

que tem papel importante nos trabalhos dos designers contemporâneos.

moda feminina, dando ao corpo uma silhueta cilíndrica; a emancipação das mulheres tanto na aparência como no mercado de trabalho; fumar, trabalhar, estudar, profissionalizar foram premissas que marcaram um novo estilo de vida frenético e

Através deste estudo, pretende-se propor releituras de técnicas novas e antigas, apresentando a modelagem como uma ferramenta criativa. E ao fim deste projeto, pretendemos criar uma coleção, a partir das técnicas de alfaiataria, propondo

liberto da subserviência do passado. Tudo isso foi propiciado pela primeira guerra mundial na década anterior. (BRAGA, 2010, p.106).

novas formas e texturas, mostrando sua importância como instrumento para atingir novos objetivos estéticos, nestes novos tempos de desconstrução.

Na década de 60, mudanças sócio comportamentais, jovens ou adultos, filhos do pós-guerra, crianças na década de 50, revelaram-se nos aspectos da contracultura, no campo da moda denominada antimoda que posteriormente foi chamada de moda jovem. As saias encurtam mais com Mary Quant, deixando as coxas à mostra, proposta nunca vista na moda

1. EVOLUÇÃO DA MODA E A ALFAIATARIA

feminina. Posturas éticas e ideologias fizeram a moda hippies, fazendo a união dos gêneros e o surgimento da moda unissex. Novos tempos, valores, avanços tecnológicos têxteis e estéticos, novo modo e nova moda. A emancipação nos anos 20 ganha velocidade nos anos 60, consolidando inúmeras realidades nos anos 80. (BRAGA, 2010).

Moda se refere geralmente às roupas, mas não somente a elas; trata-se de referenciar o gosto, o “espírito do tempo”, a De acordo com a revista Costura Perfeita, p.106. Braga diz:

maneira do comportamento do coletivo e sua característica maior era a sazonalidade. A moda é necessariamente passageira. (MACKENZIE, 2010). A moda é um fenômeno produtivo, cultural, midiático e de consumo, sem estes ela não existiria.

A soma que fez a diferença, 20+60=80. Três décadas próximas em atos e transgressão, mudanças e imposições; em androgenias, uni sexualidades e sensualidades que foram além dos encurtamentos das roupas das duas primeiras décadas analisadas, e também das performances tecnológicas têxteis das duas últimas e dos padrões estéticos tendentes à geometrização dos três decênios. Décadas prenunciadoras de novos tempos.

A história da moda é fundada nos acontecimentos históricos, na evolução cultural do homem. A moda como fenômeno sociocultural valoriza usos, hábitos e costumes expressando, valores da sociedade desde a existência do homem, mesmo com a nudez dos primórdios, ornavam como parte de um vestuário. Na pré-história cobriram-se com peles de animais e com o tempo esta proteção tornou-se sinônimo de poder e status. Foram substituídas posteriormente por fibras naturais como o

A moda nos leva a pensar num mundo voltado à estética, esplendoroso e único das celebridades. Vestidos

linho e o algodão no Egito; seda, na China. Tornou-se uma diferenciação social; na Índia diferentes castas com cores e

deslumbrantes, costureiros famosos, tecidos e aviamentos de última geração, o corpo sendo elemento de conjunto com sua

padronagens diferentes. A partir destas vestimentas e ornamentos foram surgindo sociedades com várias formas de se vestir

individualidade e unicidade, a roupa não é mais visual mas, também intelectual e conceitual. A nova abordagem da moda é a

para que as pessoas pudessem ser identificadas em relação à posição ou ao papel que desempenhavam. (LAGE, 2012).

discussão dos critérios consolidados e racionais de construção de peças e caimento, uma corrente estilística proposta pelos

Com o helenismo, ocorreu uma expansão da cultura grega e sua miscigenação com várias culturas, ocasionando mudanças nas formas de representação. A cultura oriental bizantina se manteve com seu próprio estilo e a Europa variou suas formas de vestuário. No isolamento feudal as roupas eram produzidas artesanalmente, em casa, com fibras naturais e cores cruas. A elite, formada pelos guerreiros e sacerdotes se diferenciavam dos camponeses, como as túnicas merovíngia, cujo comprimento ia até a altura do joelho, bordadas nas pontas e amarradas por cintos, com enfeites de brocado coloridos. (LAGE, 2012).

designers japoneses, inaugurada a partir dos anos 1980, com Issey Miyake, Rei Kawakubo e Yohji Yamamoto. Apoiados na vanguarda tecnológica de seu país de origem, aplicada aos novos materiais da moda. Esculpe os tecidos onde o corpo é parte integrante, vira uma espécie de escultura, propondo uma visão impactante da peça. As roupas resultam propositalmente inacabadas, sem forma ou disforme, definindo-os como uma corrente estilística desconstrutivista. (PIAZZA, 2015). Na década seguinte entram os Belgas, com uma moda sem preconceitos, silhuetas puras, tecidos tratados e

A partir do século X, no final das invasões bárbaras e com o renascimento comercial e crescimento urbano, surgem as Corporações de Ofício (Guildas) criando uma maior variedade, qualidade e quantidade de roupas. Com o aumento do poder aquisitivo dos comerciantes e crescimento das cidades, levaram os enriquecidos pelo comércio, o desejo de copiar a

manipulados, materiais tecnológicos, criando efeitos, assimetrias. Transformam tudo em constante ambiguidade, trazendo ao espectador a sensação de precariedade e expectativa. O desconstrutivismo abre novos horizontes não só na estética, e revoluciona o conceito de beleza. (PIAZZA, 2015).

nobreza. Os nobres, para se diferenciar dos burgueses, por vez, mudavam, criando algo novo, fazendo com que se repetisse o movimento a cada nova invenção, perdurando com pequenas variações até os meados do século XIX. (LAGE, 2012). 1.1 Alfaiataria artesanal Segundo o professor João Braga, (2010, p.106) para a revista Costura perfeita: “Tendo a moda uma natureza transitória, está sempre à procura de algo que transgrida aquilo que está em vigência e, via de regra, date o tempo. E, se essa nova sugestão for transgressora e capaz de propor novos paradigmas de tal modo que identifique um determinado momento, ela foi capaz de estabelecer um novo zeitgeist”.

“a história da indumentária humana” ocorrendo principalmente pelas mudanças e não pelo simples modismo de uma época.

Ao longo da história a roupa masculina passou por uma evolução, adaptações considerada por Hopkins (2013) como

A Moda segue seu curso inventando, impondo seu padrões, sugerindo ordens comportamentais ou de vestibilidade,

Foram influências que, aos poucos, tornaram a alfaiataria como a conhecemos hoje. Foram processos tecnológicos,

tendo alguns períodos mais transgressores, contribuindo e marcando o tempo com ideias, transformações sociais e culturais.

tentativas e criação, foi fruto, em grande parte, da indumentária militar, ganhando mais visibilidade na medida em que se

No século XX todas as décadas fizeram história social, deixando padrões estéticos e alicerçando as décadas seguintes.

transformaram. Os estilos de doublet do século XVI, mais curtos e trabalhados, para o vestuário militar e civil, e em modelos

(BRAGA, 2010, p.106)

mais longos para soldados, buff coat, feito de camurça grosseira. (HOPKINS, 2013).


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Explica Hopkins (2013), a combinação entre calça, colete e paletó, originou o terno, podendo ser traçadas até meados

artísticos e motivos decorativos quanto a revolução estética aprovada nos meios artísticos europeus e americanos. (MORRIS,

do século XVII. A sotaina passou por diversas modificações que deram origens a paletós variados, e no início do século XIX, juntamente com colete e as calças, se firmaram como “base da indumentária masculina”

2008) A influência da arte Nipônica manifesta-se, sobretudo por uma simplificação das cores e das perspectivas (assimetria, ausência de profundidade). Surge nos anos de 1980 os novos designers japoneses com um novo conceito de

2. DESCONSTRUÇÃO EM JACQUES DERRIDA

“desconstrução”, derrubando a estética fatal, com novas propostas de formas e estruturas. O termo associado aos trabalhos de Rei Kawakubo, para Comme des Garçons, e Yohji Yamamoto é a reflexão do uso de materiais, estrutura e falta de elementos decorativos. Transcendeu o racionalismo ocidental, quebrou a simetria. Apresentou roupas com silhuetas

De acordo com Jacques Derrida (2008), a desconstrução é a decomposição, desmontagem dos elementos da escrita de modo a se descobrir partes de um texto que estejam dissimuladas. O autor propõe outra reconfiguração para a relação

esculturais e outras soltas e desestruturadas. Trabalhando com a desconstrução, quebrando o obvio, exerceu grande influência sobre jovens estilistas como John Galliano e Martin Margiela. (FUKAI, 2014). Desde a Idade Média, a "Idade de Ouro" (cerca de 1520-1585) a Antuérpia foi um importante porto comercial, tornou-

entre fala e escrita.

se um hub, da compra de lã da Inglaterra às sedas persas. Foi um dos mais importantes centros de distribuição da indústria Jacques Derrida, filósofo do século XX, do pós-estruturalismo e pós-modernismo é um dos pensadores franceses

têxtil, responsável pela distribuição de tecidos na rota europeia. (FASHION IN ANTWERP, 2016)

recentes mais conhecidos internacionalmente. Nasceu em 15 de julho de 1930, em El-Biar, Argélia. Filho de família judia, mas

A riqueza e sofisticação dos Países Baixos na Idade Média era devido, em grande parte, à sofisticação da região em

não religioso. Na Argélia, sofreu com a repressão antissemita. Foi expulso do colégio por causa da redução das cotas para

tecelagem e acabamento, fazer rendas, trabalhos de tapeçaria e, em particular, ao processo difícil e caro de tingir pano preto

judeus (de 14 para 7%). Essa discriminação o marcou profundamente sendo sempre lembrada em suas obras. A família

e fino. Utilizando de produtos químicos essenciais para a moda, como o Alumém – composto valioso usado em tingimento de

mudou-se para a França em 1949. Derrida ingressou na Escola Normal Superior de Paris, em 1950, onde concluiu seus

tecidos e curtumes.

estudos. Leitor de grandes filósofos e pensadores como Sigmund Freud, Martin Heidegger, Michel Foucault, Jacques Lacan, seus inspiradores. (UOL EDUCAÇÃO, 2004).

As casas de alta costura belgas tinham licença de Paris para reproduzir os estilos e tendências, e os adaptavam para o clima do norte europeu, usando predominantemente tecidos pretos, o que se tornou um marco da moda na Antuérpia. Foram

O conceito de "desconstrução" para Derrida é algo que simplesmente ocorre com ideias, argumentos e identidades”, não se controla ou domina, é usado pelo contrário. A partir da filosofia original faz uma simplificação, salientando parte por parte dos processos e também do inacabado. “Refere-se de modos, a uma filosofia crítica, complexa e sofisticada”. Lida com

abertas várias lojas no final do século XIX, instalações grandes e que obtinham grande lucro pelos clientes parisiense. Prédios que atualmente estão a loja de Dries Van Noten, o MoMu e o Departamento da Academia de Moda da Antuérpia, por exemplo, já foram lojas de departamento. (FASHION IN ANTWERP, 2016). A Antwerp Royal Academy of Fine Arts é uma das mais antigas da Europa, fundada em 1663 por David Teniers, na

o emocional humano e como Derrida, causa inquietação necessária para o questionamento e compreensão da obra. A desconstrução é uma forma de ler, revelando suas diferenças que pode trazer estranheza ou mesmo encantamento. O objetivo é trazer dúvidas. Tem como intuito a libertação das definições das regras. Pode parecer que iremos compreender o texto na sua maior parte e entender o autor no que pretende transmitir ou ensinar, porém, Derrida diz: “todos os textos estão crivados de "aporias"2, que tem como significado, "contradição", "dificuldade", "paradoxo", "duvida". Derrida criou outros dois

época considerado como um dos maiores pintores da Europa. A escola manteve-se focada nas artes plásticas da pintura e da escultura por 300 anos, Na década de 1960 a escola é ampliada e novos departamentos foram inseridos. Academia Real de Belas Artes e Moda é considerada uma das escolas de moda mais importantes e influentes do mundo. Usa técnicas tradicionais de alfaiataria, combinada com um rigoroso treinamento e com uma ênfase acentuada na criatividade e individualidade, produzindo assim, alunos com respeito pelas habilidades. (FASHION IN ANTWERP, 2016)

conceitos:

Sob a direção de Maria Prijot,4 em 1963, a moda e o departamento de Teatro e Figurinos ensinava aos jovens “A indecidibilidade, que mostra a impossibilidade de determinar aquilo que é forma no texto ou fundo ideológico; e o conceito de "diferença", que parte da análise semântica dos dois sentidos do infinito latino differre (diferir): o primeiro, remete para o futuro (tempo), o segundo para a distinção de algo criado pelo confronto”. Toda obra de desconstrução requer um modelo de construção como referência. (JUNIOR, 2010).

designers as habilidades de alta costura que eram igualados ao rigor e estilo parisiense. Teriam que ser capazes de desenhar, se expressar visualmente, conhecer a forma como as roupas eram feitas para assim apresentar e promover o seu trabalho de uma forma brilhante. O curso de quatro anos é extremamente exigente, vê a moda no sentido mais amplo da palavra, como uma forma de expressão das emoções dos nossos tempos. Sendo 30 alunos que iniciaram no primeiro ano do

Segundo Haddock (2014), Jacques Derrida foi precursor de uma reflexão crítica sobre a filosofia e seu ensino. Isso o levou a criar, em 1983, o Colégio Internacional de Filosofia, onde foi seu diretor até 1985.

curso, apenas seis concluíram. The Antwerp Six é um grupo de jovens designers belgas que direcionaram seu trabalho para Londres em 1986, para a britânica Designers Show; composto por Dries Van Noten, Ann Demeulemeester, Walter Van Beirendonck, Dirk Van Saene, Marina Yee e Dirk Bikkembergs. Suas coleções foram consideradas vanguardistas,

. Derrida deixou uma contribuição muito rica para a configuração do pensamento contemporâneo, sobre de que forma lemos e entendemos um texto. Em 2004 a convite da Maison de France, Brasil, Derrida fazia sua última conferência, já

eram radicais, frias e minimalistas, inaugurando uma nova estética que persistiu na década de 1990. (FASHION IN ANTWERP, 2016).

diagnosticado um tumor de pâncreas. Evento este, realizado em sua homenagem e apresentava ele, no dia 16 de agosto de 2004, no Rio de Janeiro, a palestra “O perdão, a verdade, a reconciliação: qual gênero?” Derrida faleceu em 8 de outubro de 2004, Paris, França. (HADDOCK, 2014).

2.2 Desconstrução e Alfaiataria em Ann Deumelemeesteur e Dries Van Noten.

2.1 Desconstrução na Moda. Japoneses e Belgas

A alfaiataria é uma arte que atravessou o século, evoluiu e vem se transformando. Antes exclusivo dos homens até o século XX, no pós-guerra, transformou o vestuário feminino com o uso da calça, um símbolo, causando uma transformação

Os anos 1960 viveram uma explosão de juventude em todos os aspectos; ideias de liberdades remodelam a relação

na sociedade e nas mulheres. Popularizou o estilo de vestir, com a nova forma de comportamento e vários estilistas se

entre o corpo e a roupa. O mundo ocidental contesta a sociedade e seus sistemas, a cultura em diversos aspectos como a

inspiraram na alfaiataria dedicando-se às mulheres. Desde o início do século XX até os dias de hoje, é possível ver releituras

sexualidade, costumes, a moral e a estética

destas peças, ganhando cores, formas, ousadias e transformando o antigo em uma nova e elaborada desconstrução.

“Japonismo”, termo usado pela primeira vez pela escritora “Jules Claritie” no seu livro L’Art Français, 1872, foi

Alfaiataria é tudo que é cuidadosamente esculpido, corte e caimento perfeito, vestindo bem toda silhueta, emoldurando o

utilizado na segunda metade do século XIX para designar tanto a moda crescente das estampas “Ukyio-e”3 dos objetos

corpo. O feito à mão. Hoje um novo olhar entre os principais designers desta contemporaneidade são inspirados, descontruídos nas possibilidades e adaptações da alfaiataria. (LAGE, 2012).

2

Aporias: Incerteza ou hesitação diante do que se pretende dizer. Retórica: hesitação calculada.

Filosofia: dificuldade lógica.

3 Ukyio-e -Pinturas do mundo flutuante. Técnica de xilogravura entre os séculos XVIII e XIX desenvolvida ao longo do período medieval (1603-1867).

4 Starting

in 1963, under the directorship of Mary Prijot, the Fashion and Theatre Costume Design department educated young designers in couture skills along the rigorous lines of Parisian style.


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Os designers escolhidos como inspiração para a coleção Inverno 2018 da marca Helena Fiuza são Ann

study the deconstruction movement as a philosophical concept, trying to define what is deconstruction in the fashion industry, taking into consideration Japonism and its influence over the western hemisphere, but also the new deconstruction representation over the international fashion industry, the Belgium school. Through analysis, beginning from tailoring techniques, together with the concept of deconstruction, propose new ways to practice fashion. Searching for theoretical contributions, intend to propose a new understanding of tailoring, showing its importance as a symbol of power in the fashion world, by developing a fashion portfolio and indicating ways of how to adapt this kind of fashion to the present time.

Deumelemeesteur e Dries Van Noten, portanto, serão apresentados aqui dois dos Belgas que revolucionaram nos anos de 1980 e que até os dias atuais são grande influência para os designers de moda contemporâneos. Ann Deumelemeesteur e Dries Van Noten possuem um estilo limpo e minimalista, se opõem ao contemporâneo buscando no passado suas escolhas de tecidos e formas clássicas, valorizando–o com originalidade. O artesanato faz parte de seus processos criativos. Ann Deumelemeesteur, Belga, fundou sua marca, com o mesmo nome, em 1985, sendo sua sede na Antuérpia. Utiliza

Key words: Tailoring. Deconstruction. Japonism. Belgium. Fashion

uma alfaiataria em tecidos nobres, com assimetrias. Seu trabalho é algo sério mas não severo, detalhista com cunho experimental, forte mas sempre sensual, uma mistura de rebelião com sofisticação. Para ela “a moda é uma forma de comunicação”. (COMPAIN, 2013)

REFERÊNCIAS

Dries Van Noten é um designer de moda belga, Nascido em uma família de alfaiates, estudou na academia de styling na Antuérpia, onde se graduou em 1980. Trabalhou como freelance para coleções comerciais belgas enquanto estudante. Teve educação jesuíta, o que lhe garantiu

BRAGA, João. Costura perfeita: São Paulo: Ed. Cavemac, v.12, nº 58, Nov /Dez 2010.

uma visão prática da vida e força moral. O apoio familiar garantiu que ele fosse introduzido no mundo da moda, hoje com um número respeitável de lojas nos grandes centros da moda. (MOWER, 2016).

COMPAIN, Hugo, VOGUE. Ann Demeulemeester Leaves Her Label. 20/11/2013. Traduzido por Aimée Grant Cumberbatch a 20/11/2013. Disponível em:http://en.vogue.fr/fashion/fashion-news/articles/ann-demeulemeester-leaves-her-label/22262. Acesso em: 28 de nov. 2016.

2. COLEÇÃO DERRIDA, Jacques Derrida - Biografias - UOL Educação educacao.uol.com.br/biografias/jacques-derrida.htm. Acesso em 17de set.2016. A coleção Inverno 2018 da marca Helena Fiuza terá como inspiração dois grandes designers, Ann Deumelemeesteur e Dries Van Noten. A essência da marca é o demi-culture5 portanto, a relação com a inspiração será bastante versátil e produtiva.

FASHION IN ANTWERP. Disponível em: <http://www.fashioninantwerp.be/> Acesso em: 29 de set. 2016.

Contanto com a ousadia meticulosa e elegância artesanal da alfaiataria, descontruindo os tecidos, modificá-los por meio da remodelagem e inserindo o feito a mão como arte. Pretende-se trabalhar as formas clássicas da alfaiataria, mas com técnicas de desconstrução, inserindo trabalhos manuais como tricô, crochê, como exemplo; modelar um blazer sendo que um lado a

FUKAI AKIKO; JAPONISM IN FASHION, Traduzido por Amanda Mayer Stinchecum do Japonês para o Inglês. 2014 Disponível em: <http://www.kci.or.jp/research/dresstudy/pdf/e_Fukai_Japonism_in_Fashion.pdf> Acesso em: 02 de out. 2016.

gola será clássica e do outro usaremos o crochê como complemento. A desconstrução que ocorre geralmente na moda quando o avesso das roupas é exposto poderá vir a ser trabalhada de forma elegante, sem desfiados ou rasgados. Nas famílias da coleção, serão usadas materiais como o couro, linho, tecidos nobres com cores primadas pela tendência. Então, o deslocamento de sentido, como essência da desconstrução, entrará como foco na alfaiataria clássica, produzindo uma coleção contemporânea e elegante.

HADDOCK-Rafael-Lobo é professor de Filosofia da UFRJ e coordenador do Laboratório Khora de Filosofias da Alteridade (CNPq/2009), voltado para a pesquisa do pensamento de Derrida. Disponível em: http://oglobo.globo.com/cultura/livros/olegado-de-jacques-derrida-para-filosofia-no-brasil-onde-fez-sua-ultima-conferencia-em-2004-14128990#ixzz4OFPnFWBz. Acesso em:17de set. 2016. HADDOCK-Rafael-Lobo. A Desconstrução Dossiê CULT, Edições > 195 > http://revistacult.uol.com.br/home/2014/10/a-desconstrucao/ Acesso em : 20 de ago. 2016.

Jacques.

Disponível

em:

HOPKINS, John. Moda Masculina. Porto Alegre: Bookman, 2013.

CONSIDERACÕES FINAIS Ao longo deste trabalho pensamos no quanto este assunto é interessante e inesgotável. Traz questões sobre a alfaiataria, esta que atravessou séculos, evoluiu e vem transformando um mundo que antes só pertencia aos homens.

JUNIOR, Neurivaldo Campos Pedroso. Jacques Derrida e a Desconstrução: uma introdução. Fev. 2010. Revista Encontros de vista. Disponível em: <http://www.encontrosdevista.com.br/anteriores.php> Acesso em: 17 de set. 2016.

Através dos tempos as roupas tornaram-se memórias de uma época e sinalizaram mudanças nas relações sociais e culturais. Nos anos 1920 trouxe inovações, entre elas a arte construtivista, que era voltada para funcionalidade, tecnologia e inovação. Hoje relaciona a forma e materiais que vão além da adequação das roupas ao corpo. Modelos criados por designers

LAGE, Barbara Dias. Moda e cultura: um estudo da cultura em Minas gerais a fim de levantar traços que marquem suas identidades na moda. [Manuscrito]. / Barbara Dias Lage. 2012. Disponível em: http://www.ppgd.uemg.br/wpcontent/uploads/2013/07/B%C3%A1rbara-Dias-Lage.pdf Acesso em: 29 de out. 2016.

contemporâneos são influenciados pelo japonismo, quando se trabalhava com desconstrução. Novas propostas como formas diferenciadas, associadas a materiais inovadores e inusitados, construção das bases, desconstruindo o formato anatômico e

MACKENZIE, Mairi. Ismos: para entender a moda. São Paulo. Editora Globo.2010.

refazendo de outras maneiras. Processo este que foi bem assimilado pelos Belgas, representados pelo grupo “The Antwérp six”. Interpretaram o método de execução com criatividade, combinando técnica de modelagem com tecnologia. Concluímos dizendo que a cultura do “feito à mão”, com as novas técnicas e formas, novos materiais, aliado a uma boa criatividade,

MARIANO, Maria Luiza Veloso. Da construção à desconstrução: a modelagem como recurso criativo no design de moda. Mar. 2011. São Paulo. Disponível em: < http://www.anhembi.br/ppgdesign/pdfs/maria_luiza_mariano.pdf> Acesso em: 17 de set. 2016.

proporcionará uma longa existência a alfaiataria, esta poderosa ferramenta da moda.

ABSTRACT

The present work was designed to explore and comprehend the importance of traditional Tailoring in the current fashion scenario and the deconstruction movement. Report the historical context of tailoring, its trajectory as a professional field and

MORRIS, Wiliam. História do Design, em 24 de dez de 2008. <http://historiadesign.wordpress.com/category/movimentos/japonismo/>. Acesso em: 10 de out. 2016.

em:

PIAZZA, Arianna. Coleção Folha Moda / Arianna Piazza, Vivian Whiteman; [tradução Gil Reyes]. - São Paulo: Folha de São Paulo,2015.

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Demi couture: Termo francês que significa meia-costura. Na moda, tem sido utilizado para designar peças criadas por marcas ou estilistas que seguem os preceitos da alta-costura, com qualidade extrema e edições limitadas. Funciona como meio termo entre alta-costura e o prêt-à-porter.

Disponível

MOWER, Sarah. VOGUE. Dries-van-noten, em 02.Mar.2016.Disponível em:


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http://www.vogue.com/fashion-shows/fall-2016-ready-to-wear/dries-van-noten Acesso em: 01 de nov. 2016.

AS CO ORES U UTILIZA ADAS N NA MAR RCA SÃ ÃO: CMYK K

APÊNDICE

C: 35 5.56 M: 95.22 Y Y: 87.19 9 K: 52.2 C: 51 1.54 M: 79.57 Y Y: 66.01 1 K: 73.5

Projeto TCC: Desenvolvimento de Coleção

Cartã ão de vissita 1

Briefing de negócio (DNA da marca)

1.Descrição geral da marca

A criação da marca Helena Fiuza foi pensando nas mulheres independentes, que saem pela manhã e retornam à noite. Mulheres fortes e que buscam em suas roupas representar um estilo de vida, materializar as sensações e emoções. Criar e fazer produtos que neles estarão agregados material simbólico como sua história, priorizando a qualidade e durabilidade. O Atelier Helena Fiuza foi pensado nas mulheres modernas, autossuficientes, com cargos de chefia, responsabilidades, seriedade. Peças que resgatam as origens da costura na alfaiataria, com modelagem impecável, estilo diferenciado e personalizado. Um espaço múltiplo, com uma proposta de “Refinar seu estilo sem se tornar vítimas da Moda”, citando Giorgio Armani. Uma ideia baseada em uma moda sustentável, num design que não se desfaz com facilidade mais duradouro e a valorização do corpo no tempo. Tendo como propósito a excelência na criação. O cuidado e dedicação no atendimento personalizado, conscientizando o consumo e sua forma de produzir. O objetivo é ofertar produtos que se relacionem intimamente com os seus consumidores atingir uma relação extremamente conectada com aqueles que a consomem. Produtos do desejo e ao mesmo tempo contribuem para o desenvolvimento como camisaria, calças, paletós, saias e vestidos, que serão criados com diferencial em modelagem e materiais sustentáveis, dando oportunidades na mão de obra e valores locais. Observar a qualidade ao invés de quantidade. “Menos é mais”. O valor agregado ao produto será calculado a partir do material a ser utilizado e o processo de criação da peça sob medida. Agregado a essência da marca temos pontualidade, trabalhos feitos com criatividade nas peças sob medida, feitas artesanalmente na alfaiataria feminina e masculina e o atendimento personalizado.

Logomarca padrão:

NNNO nome da marca foi escolhido Helena Fiuza sendo o nome da diretora criativa que já é conhecida no mercado com atuação na área de teatro, grupo de danças e balés. Foi escolhido levando em consideração toda a trajetória e essência já existente da marca. No design da logomarca, tem como base de inspiração sua própria assinatura, fonte cursiva que dá uma ideia de contemporaneidade e artesanal. Com isso todo o significado contido no DNA da marca, o cuidado com o pessoal e atenção personalizada. Usou-se uma fonte sem serifas para transpor uma ideia de poucos excessos e tradicionalidade. A logo foi feita nas cores vinho, por ser elegante e o cinza para suavizá-la. Juntas, essas cores transmitem um ar mais requintado e nobre, características que “casam “com a alfaiataria.

ão de vissita 2 Cartã


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Envelo ope

stilo (Do ominantte - Com mpleme entar) 2.Es

6.Gên nero Femin nino e M Masculin no.

Quan nto ao estilo d dominan nte e co omplem mentar,

7.Con ncorren ntes

a m marca tende a trabalhar nos estilos moderno/co ontempo orâneo e criativvo.

arca H Helena Fiuza possui váriass conco orrentess aspirracionais, com mo: Do onna K Karan, Yves Saint S L Laurentt, Ann A ma Deum melemee esteur e Dries V Van No oten De entre oss Conco orrentess Direto os podem mos cita ar:

emento os de es stilo (Subjetivo os/ espirituais 3.Ele e objjetivos/ físicos..

DeBo ortoli A Alfaiatarria :loccalizada no ba airro gló ória em m Conta agem, a Marca a mineiira criada para a um público p de mu ulheres mode ernas que busscam re equinte, atendimento

perssonaliza ado.

alfaiattaria fe eminina, como o vestid dos, ca amisas,

blaze ers e ettc.

Condottti: C

Villag ge

atende

mu ulheres

sofissticadass

A As

que

peçças

sã ão

de

valorizzam

o

sob

medid da e qu ue precisam de e peçass versáteis, as

quais pode em ser usada as para a uma

reuniã ão de ttrabalho o mas que, de epois, podem p

sair para um m coque etel. Se eu públicco são

mulhe eres de 25 a 45 anos,, execcutivas,

posssuem dificulda d ade pa ara enccontrar

peçass

que

vistam m

bem m.

Porr

posssuir

o

aten ndimento o

perssonaliza ado,

o

seu

públicco é bem m abran ngente. Aparttamento o 03: Em su uas pe eças tra abalha

alfaia ataria em e lookks maiss conce eituais.

Sua primeira a coleçção surrgiu em m 2006 6, com

uma a encom menda feita pela p styylist (e

amiga a) Mariiana Sucupira a, que pediu peças

exclu usivas para um ensaio.O O que

começou co omo um ma peq quena produçção de

peça as virou u a inccubadorra do que é

hoje a Aparttamento o 03. O nome veio do o lugar

onde e o esttilista Luiz Clá áudio attendia:

seu próprio a apartam mento em m Belo Horizon nte. Em se ete ano os a marca passsou por grandes mud danças: mudou u de end dereço, aumen ntou o número n os, o tam manho de funccionário do ate eliê, fezz sua esstreia nas passsarelas e se fe ez prese ente em m 19 esstados d do Brasil. O qu ue continua é o desejo o de co onstruir uma m moda surpreen ndente, intrinca ada, carracteriza ada pelo uso de d técnicas ma anuais e tecidoss precio osos dig gnos de e um ate eliê de couture.

nais de distrib buição 8.Can

Helen na Fiuza a terá ccomo m mídia estabelecida ass redes sociaiss, cana al escolh hido pa ara reprresentação do processso cria ativo e cuidad do espe ecial pa ara conffecciona ar as roupas de e seus cclientess, sendo o o meio o propíccio para a que o cliente a acom mpanhe o que está a aconteccendo n na marcca. Norte eando a respe eito das publica ações, utilizand u do de u uma com municaçção de estreita amento com o públicco- alvo o. Atravé és das relaçõe es públicas pro omover a marcca em program p mas de televisã t ão, revisstas e jornais voltado v s para moda a ou não o, ressa altando semprre o con nsumo conscie ente. Allém de divulga ar o eng gajame ento soccial e cultural da d marca em E ESPIRITUAIS R Relacion namento

FÍSICO OS T Tête à tê ête, conttato direto com o cliente e

parce erias volltado pa ara bem m viver. T Também m evide enciando o lado o sócio cultural da ma arca Hellena Fiu uza se une u em parceriia com as ma arcas, o onde He elena Fiuza con nfeccion nará os respecctivos looks ou figurino os. A marrca Hele ena Fiuza conttará com m loja p própria n na regiã ão centro sul de d BH, localizada em rua, e também m contarrá com

P Processo os manu uais, na estampa aria, noss A Artesana al

b beneficia amentoss de superfície. E Estampa as, m modelag gem criativa, utilização de d d detalhes s de matérias nã ão conve encionaiss e t texturas, , bordad dos.

C Criativo cultural

e-com mmerce.

C Criação e misturras na aplicação o das

A com municaçã ão da m marca é feita attravés d da interrnet com m site próprio, Instagra am, Faccebook,, revista as de m moda e ccultura e eventos Dessa a forma a a menssagem transmitida será: 

c culturais s.

Atendimento agenda ado parra entre evista co oma dirretora ccriativa da marrca e ap presenttação dos servviços ofe erecido os pela marca a;

t técnicas e parce erias com m movim mentos

Acom mpanham mento d de um cconsulto or de im magem para de efinir bió ótipo físsico aná álise de e coloração e estilo e ca aso aind da não tenha definido o;

4.Nicho O nich ho se encaixa demi-cu ulture, A Alfaiatarria.

5.Seg gmento o O seg gmento da marrca casu ual e ca asual de e chic e luxo.

Atendimento personalizado para de efinição o de peçças para a serem m confecccionad das com m a direttora cria ativa;

Apresentação o do pro ojeto pe ela direttora cria ativa dass peçass e a esscolha d dos tecid dos;

Visita do clien nte para a acomp panhar o proce esso de e produçção dass peças;;

Entreg ga das peças com a presen nça da diretora a criativva e do o consultor de imagem m para explica ar as orrientaçõ ões de utilizaçção dass peçass e consservação o;


13 

14

Produto acompanhará dicas de uso e conservação além outras dicas que seja considerada viável pela marca (estilo de vida; consumo consciente; cultura- que a marca esteja apoiando ou patrocinado, entre outros).

EL DE ESTILO E PAINE

Indução ao guarda-roupa inteligente e fidelização a marca para confecção das peças.

Portanto, com finalidade de criar um relacionamento íntimo com cada cliente será utilizado uma comunicação afetiva e direta usando das redes sociais e do relacionamento no atelier Helena Fiuza, além da projeção dos ideais da marca em meios publicitários e parcerias sócio cultural.

9.Margem de preço. O preço mínimo da marca será de T-Shirts de R$ 120,00 (varejo), e o máximo em vestidos e ternos de R$ 3.500, dando uma média de preço de R$ 1810,00.

10.Diferenciais da marca no produto. O seu diferencial dá-se pelo comprometimento com seus cliente, oferecer peças de qualidade e, originalidade, criativas e pessoais, que se distanciam do fast-fashion. Serão utilizados trabalhos manuais, dando valor artesanal as peças, além de técnicas de modelagem, estamparia e materiais diferenciados. A missão da marca Helena Fiuza é a valorização da individualidade de cada cliente, proporcionado por um atendimento de qualidade com direcionamento que investiga as necessidades de modo assertivo. O cliente em seu atendimento é convidado a se deslumbrar com o processo de confecção de suas peças para que possa compreender o valor agregado, com isso, se consolidará os laços afetivos pretendidos com a marca.

PAINEL DO TEMA

11.Público-Alvo. Foi pensada para mulheres independentes, na faixa etária de 27 anos a mais, fortes e que buscam em suas roupas, representar um estilo de vida consciente. Mulheres que prioriza a qualidade e durabilidade e que dão valor material e ao simbólico, com uma história em suas roupas. São modernas, autossuficientes, sérias que gostam de possuir peças que resgatam as origens da costura na alfaiataria, com modelagem impecável. Com estilo diferenciado e personalizado. O perfil desse público se encaixa à mulheres que possuem cargo de chefia, que trabalham durante a semana e dedicam um tempo para buscar conhecimento cultural, como teatro, museus, bares e também praticam leituras. Além disso, o poder aquisitivo é médio, que permite a autossuficiência e independência financeira. Um público que possui faixa etária entre os 27 e 35 anos, homens e mulheres de classe A e B, frequentadores de eventos culturais, exposições, cinema, ouvintes e apreciadores de músicas, gastronomia de qualidade, atualizados e conectados. Possuem algum curso superior e tem hábitos de consumo consciente, não são ligados a nomes e marcas mas ligados à ideias e estilo.

PAINEL DE INSPIRAÇÃO PÚBL LICO AL LVO Mulherres que possuem m cargo o de respon nsabilidaade no m mercado o executtivo; A partir de 27 an nos e lev vem essse estilo de vida; m moderno o e criattivo; CA ARTELA A DE MA ATERIA AIS

PAINEL DA MARCA


15

16 Giovann ni Battista Moroni- A Alfaiate (15 570-1575))

Túniccas Merovínge eas

TAGS: Descontrrução, Dosssiê CULT, Jacques Derrida, Rafael R Had ddock-Lob bo.

Desco onstruçãão, Jacqu ues Derrrida.

REM MODELA AGENS S

Mais do o que uma a teoria do o conhecim mento ou uma u filosofia a da linguagem, Derrida sem mpre teve como c sua preocupação o central u uma postura ética e política http://gq q.globo.co om/Estilo/n noticia/201 13/08/na-m medidaalfaiatarria-de-luxo o.html

ANEX XO


ApĂŞndices 150


Processo de criação da coleção.

Modelagem das peças.


Processo de confecção das peças


Tingimento.


Bordados.


Fichas Técnicas











Looks Executados












CrĂŠditos Fotografia Ana Matos


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