LE COEUR - Dila Lopes

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CENTRO UNA CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVERSITÁRIO UNA
 Institutode de Comunicação Comunicação eeArtes
 Instituto Artes 
 DaylaLopes LopesNogueira Nogueira Silva Dayla Silva

JOIA EE MEMÓRIA JOIA, MEMÓRIA

Heranças de Família Heranças de Família

Tr a b a l h o d e c o n c l u s ã o d e c u r s o Portifólio de conclusão de curso apresentado à disciplina de Projeto apresentado á disciplina de Projeto Experimental como requisito para Experimental como requisito para obtenção do grau de bacharel em Moda obtenção do grau de bacharel em Moda do Centro Universitário Una. do Centro Universitário Una. Professor orientador: FabríciaFigueiro Figueiro. Professor orientador: Fabrícia Área:Criação Criação -–Coleção feminina. Área: Coleção feminina. Produto final: Coleção de Jóias. Produto final: Desenvolvimento de coleção.

BELO HORIZONTE
 BELO HORIZONTE

2016 01 2016 // 01 2


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Após o começo e tantos recomeços, dedico àqueles que estiveram sempre ao meu lado e acreditaram que eu pudesse chegar ao final de mais uma etapa da minha vida acadêmica; que me incentivaram e me mostraram que sem a luta e dificuldades, não há vitória. Aos meus pais, Carla e Edson. À minha querida avó Tita. Aos meus pequenos, Daniel e Eduardo. Aos meus amigos, Prisca, Letícia, Amanda, Débora, Gustavo, Gobbo e Zop. Companheiros de desabafo e de buscas incansáveis para a resolução do meu projeto. A Deus e meus mestres, Aldo e Fabrícia, eu agradeço.

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RESUMO/ ABSTRACT

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Com o propósito de conclusão do Bacharelado em Moda, foi desenvolvido um portfólio apresentando a Le Coeur. Uma marca que carrega o estilo elegante e contemporâneo exteriorizando a feminilidade através de peças exclusivas de joalheria fina. Os processos de extração de minerais e gemas, juntamente com etapas de produção das peças, dá inspiração para a primeira coleção. Inverno 2017. Palavras-chaves: Gemas. Extração. Joalheria. With the purpose of concluting Fashion degree, a portfolio has been developed introducing Le Couer. A brand that carries elegant and present-day style externalizing the womanhood through exclusive pieces of fine jewelery. The extration of minerals and gems, along with the piece-production steps, gives inspiration to the first collection. Winter 2017. Keywords: Gems. Extraction. Jewelry.

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SUMÁRIO CURRICULUM......................................................................09 BRIEFING DE NEGÓCIO (DNA DA MARCA).........................................11 Descrição geral da marca........................................................12 Estilo..............................................................................12 Elementos de estilo..................................................................12 Nicho.................................................................................12 Segmento...........................................................................12 Gênero...............................................................................12 Concorrentes.......................................................................13 Canais de distribuição..............................................................14 Margem de preço......................................................................14 Diferenciais da marca no produto...........................................14 Painel de Estilo da Marca........................................................15 PÚBLICO-ALVO ...................................................................................16 Painel de público-alvo.............................................................18 IDENTIDADE DA MARCA......................................................................19 Logomarca..............................................................................20 Justificativa do nome, cor e fonte.............................................20 Monocromia (P&B)...................................................................20 Tipografia.............................................................................21 Escala de cores com Pantone e CMYK......................................21 Área de Proteção e redução mínima........................................21 Malha de ampliação................................................................22 Usos Indevidos.........................................................................22 Aplicação em papelaria............................................................23

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SUMÁRIO BRIEFING DE COLEÇÃO......................................................................27 Release...................................................................................28 Painel de inspiração.................................................................29 Painel de macrotendência........................................................32 Tendências da estação.............................................................33 Cartela de cor..........................................................................34 Cartela de materiais................................................................34 Descritivo de processo criativo das famílias...........................35 Mapa de Coleção......................................................................35 Painel de Formas.....................................................................38 Tipo de apresentação final......................................................38 Coleção.................................................................................39 Croquis ampliados...................................................................39 Painel de segmentação...........................................................88 Painel artístico.........................................................................89 APÊNDICE...........................................................................................90

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CURRICULUM

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Dayla Lopes Nogueira Silva 24 anos - Solteira Natural de Teófilo Otoni - MG

EDUCAÇÃO: Universidade FUMEC | 1º Período em Design de Moda 2010 Faculdade Faesa | Vitória ES - 1º Período em Design de Moda 2011 Centro universitário UNA | Graduando em Moda

EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL: Vitória Moda Show Criação de coleção (Criação Própria) Apresentação de desfile sustentável (Desfile Próprio) François Models Management Booker Treinamento de equipe de Scouters LaPen Atelier Analista de Mídias Sociais Assistente de Estilo Hot Stuff Showroom Gestão de vendas no atacado. Marcas: Salinas, Mercatto e Auslander.

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BRIEFING DE NEGÓCIO

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DESCRIÇÃO GERAL DA MARCA A marca foi desenvolvida com o intuito de comercializar joias. Joias em alto padrão de luxo com a utilização de matérias nobres para um público que preza requinte e exclusividade. A criação com esse objetivo, foi devido a proximidade com gemas raras. A Marca explora bastante minha vivencia familiar e intimidade com o material bruto e fino. Desde a extração da matéria, até a produção da peça. Fato representado por jóias com pedras brutas até as mais tratadas.

ESTILO Elegante - complementar. Contemporâneo - dominante.

ELEMENTOS DE ESTILO Espirituais: Moderno, criativo e elegante. Físicos: Peças em minerais e gemas raras, fundição e cravação.

NICHO Joia.

SEGMENTO Joalheria.

GÊNERO Feminino. Aberto ao desenvolvimento de algumas coleções específicas para homens. 12


CONCORRENTES

É uma marca brasileira, mineira, mas conhecida internacionalmente pela comercialização tanto de gemas raras quanto de peças com design exclusivo. Conta com alta tecnologia no desenvolvimento de suas peças, design autêntico, pesquisa de tendências e lapidações criativas que fazem com que as joias carreguem a individualidade da marca. No Brasil, possui lojas próprias apenas em Belo Horizonte nos principais shoppings, mas revende grandes marcas mundiais na mesma como Rolex, Cartier e Bvlgari.

A marca Dorion Soares é capixaba, nascida de um mineiro vindo de uma família tradicional no mercado de gemas raras. Internacionalmente conhecida, também fornece pedras preciosas em feiras em cidades como Hong Kong, Tucson no Arizona, Las Vegas entre outras. Possui uma loja prória no Espirito Santo - Vitória, e trabalha com um público seleto e fiel; amante da alta joalheria voltada mais para diamantes e as gemas mais raras. Divulga seu trabalho, em maioria, em novelas e revistas nacionais e internacionais.

Apesar de estar presente em 32 países e 280 pontos de venda, a marca é brasileira e concentra toda a produção de suas peças internamente e nacionalmente por profissionais artesãos que trabalham fielmente há décadas. A alguns anos a H.Stern deixou de ser conhecida não somente pela qualidade das matérias das peças, mas também para ser reconhecida pelo design que é inspirado de acordo com temas atuais. 13


CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO Loja física própria.

MARGEM DE PREÇO Anéis: De R$2.900,00 a R$39.000,00 Colares e Gargantilhas: De R$7.000,00 a R$108.000,00 Brincos: De R$3.900,00 a R$47.000,00

DIFERENCIAIS DA MARCA NO PRODUTO O maior diferencial da le Coeur será investir em peças totalmente exclusivas (1 jóia produzida) sem variações ou repetições em quaisquer coleção por um preço similar às peças das concorrência que estejam a altura da marca causando maior desejo pela aquisição.

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PAINEL DE ESTILO DA MARCA

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PÚBLICO-ALVO

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A Le Coeur é voltada para o público feminino, de 35 a 45 anos de classe A, renda mínima de R$ 15.760,01 (Fonte: IBGE) ou mais, podendo direcionar algumas coleções específicas para o público masculino. As clientes são mulheres fiéis à marca e à vaidade. Prezam pela exclusividade do que possuem e que transparecem imponência chamando atenção, principalmente pelo que usam. Frequentam lugares requintados, lojas de grife, spas luxuosos, viajam muito, geralmente para praias paradisíacas em todo o Brasil e se hospedam em resorts. Ao mesmo tempo, carregam consigo uma alta carga cultural adquirida de berço e também com muita leitura, busca por informação e viagens internacionais com visitas em museus, teatros, galerias de arte e exposições. Mulheres independentes de personalidade forte.

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PAINEL DE PÚBLICOALVO

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IDENTIDADE DA MARCA

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LOGOMARCA

JUSTIFICATIVA DO NOME, COR E FONTE O nome foi representado na linguagem francesa, pois antigamente a maior concentração de gemas e joias preciosas ficavam na França. O coração, em francês, Le Coeur, remete a palavra sentimento, que é relacionado a memória e lembranças. Desta forma, aborda o tema deste projeto. Por se tratar de um projeto que será feito com materias nobres, as 2 cores da marca possuem significados de sofisticação e luxo. O dourado representa as pedras preciosas, o ouro, o glamour. As tipografias utilizadas são limpas e modernas com a intenção de passar a ideia de uma empresa séria e de produtos de alto valor no mercado. A letra “O” na cor dourada, simboliza um elo, uma aliança, que é a joia mais preciosa e com um alto significado emocional e memorial.

MONOCROMIA (P&B)

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TIPOGRAFIA

TIPOGRAFIA PRINCIPAL

RAFALE ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVXWYZ abcdefghijklmnopqrstuvxwyz

TIPOGRAFIA COMPLEMENTAR

DIN PRO MEDIUM ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVXWYZ abcdefghijklmnopqrstuvxwyz

ESCALA DE CORES COM PANTONE E CMYK C:35 M:55 Y:100 K:15 PANTONE 7551 U C:20 M:20 Y:20 K:100 PANTONE BLACK 6 U

ÁREA DE PROTEÇÃO E REDUÇÃO MÍNIMA X X MEDIDA X X X

REDUÇÃO MÍNIMA RECOMENDADA = 3,5cm 3,5 cm 21


MALHA DE AMPLIAÇÃO 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 1

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USOS INDEVIDOS A marca LE COEUR não deve ser alterada, seja nas suas cores, diagramação ou proporções. Ao lado, alguns exemplos de erros que não podem ocorrer. Certifique-se de que a marca seja reproduzida com fidelidade.

NÃO INVERTER AS CORES

NÃO TROCAR PARA OUTRAS CORES

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NÃO DISTORCER A MARCA

NÃO DESLOCAR OS ELEMENTOS

NÃO USAR VERSÃO OUTLINE

NÃO ALTERAR KERNING

TAG

TAGS - PRETA 5x4cm (Papel color plus 240g preto) e BRANCA 5x7cm (Papel supremo duo design 300g) 23


PAPELARIA

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1 - ENVELOPE A4 - papel kraft 120g - Pantone branco com verniz localizado. 2 - PAPEL CARTA A4 - Papel sulfite 70g - CMYK. 3 - CARTÃO DE VISITA 9x5cm - Papel supremo duo design 300g - CMYK. 4 - CADERNO A5 (BRINDE). 5 - PASTA 22x26,5cm - Papel cartão preto fosco 240g - Hot Stamping dourado.

ADESIVOS

ADESIVO 9X9cm Papel contact auto adesivo metalizado ouro e prata.

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EMBALAGENS

modelo 1 Sacola 10x15cm Papel Duplex 250g Impressão digital CMYK

modelo 1 Sacola 20x15cm Papel Duplex 250g Impressão digital CMYK

modelo 1 Sacola 7x20cm Papel Duplex 250g Impressão digital CMYK

modelo1 Caixinha para joias - 10x10x5cm Caixa de mdf com tecido dourado em veludo (área interna), e tecido branco (área externa) com impressão digital

modelo2 Caixinha para joias 7 de diâmetro por 2 de espessura. Caixa de mdf com tecido dourado em veludo (área interna), e tecido branco (área externa) com impressão digital

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BRINDES

Colar com pingente de três cristais de quartzo com banho de titânio com predominância da cor azul, e corrente com entremeios. O pingente mede aproximadamente 2,5 cm de altura por 1,5 cm de largura. A corrente aberta tem 48 cm de comprimento, com alongador de 8 cm e fecho mosquetão na cor ouro velho.

Pingente em Ônix preto tamanhos e formas irregulares 24 x 15 (Milimetros Aproximado) Pino e presilha em Prata.

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BRIEFING DE COLEÇÃO

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RELEASE HERANÇAS DE FAMÍLIA Os processos de extração de gemas preciosas, minerais e suas características, juntamente com o histórico profissional dos familiares da Designer da marca foram inspiração para o Inverno 2017 da le Coeur. Ourives, comerciantes, mineradores, garimpeiros e designers. As formas variam de acordo com o design e cor da pedra passando pelos extremos da brutalidade à fragilidade. As peças em gemas brutas representadas pela Ônix enfatizam o primeiro contato com as mesmas. O momento de sua retirada da natureza. Logo em seguida o Rubi exerce o papel da transição entre o bruto e o trabalhado; o processo de preparação das gemas para a montagem das peça que, por fim, podem ser observadas prontas, cravejadas em tanzanitas em sua perfeita lapidação e delicadeza. Todas as joias escolhidas pela Designer tem um tratamento especial com pedras conhecidas, raras e valiosas tratadas com banhos especiais como o ródio que realçam ainda mais o brilho dos minerais e das gemas. O universo da joalheria fina é trazido para a coleção feminina, representando o encanto beleza e requinte da mulher que o aprecia. Dila Lopes daylalopes@me.com

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PAINEL DE INSPIRAÇÃO  TANZANITA

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PAINEL DE INSPIRAÇÃO  RUBI

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PAINEL DE INSPIRAÇÃO  ÔNIX

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PAINEL DE MACROTENDÊNCIA A VOZ COMO ALAVANCA DE PODER Durante muito tempo na nossa história, a vaidade foi artigo de luxo para as mulheres com poder aquisitivo, diga-se a nobreza, assim como os adereços que as acompanhavam. Roupas, joias, acessórios e o que mais tivesse ao alcance do dinheiro de sua família ou marido. Não podemos negar que com o passar do tempo, tanto as mulheres quanto as classe sociais menos favorecidas, tiveram voz e passaram a alcançar seus direitos na sociedade justamente em busca de igualdade. Igualdade tal que não foi 100% conquistada nos dias atuais mas é bem mais visível quando olhamos para trás. Mulheres cada vez mais vaidosas, independentes e em busca da sensação de poder, tem acessibilidade ao que só a nobreza tinha, graças também ao aumento do poder aquisitivo e econômico.

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TENDÊNCIAS DA ESTAÇÃO O estilo das peças variam bastante mesmo tendo um tema só como foco da coleção. As variações mais perceptíveis foram os formatos, tipo de lapidação das gemas e principalmente adequação das mesmas nas peças. Está presente, em algumas marcas como Chanel, Dior e Tiffany, muitas formas orgânicas; o clássico atemporal formato de pêndulo que sempre foi aposta na maioria das grandes grifes com lapidação em lágrima e também a volta de pedras dispostas separadamente em filetes ou entorno da joia.

Formas Orgânicas: 1932 Collection, Chanel Pré Catelan Collection, Dior Tiffany Victoria, Tiffany & Co.

Formato de pêndulo: B.ZERO1, Bulgari Blackbox, Dorion Soares 1985, Cartier

Pedras dispostas separadamente em filetes: 9 Station, Eddie Borgo Manoel Bernardes Gabrielle, Aron e Hirsch

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CARTELA DE COR As cores da coleção foram definidas a partir das cores das gemas utilizadas em cada família. O vermelho e dourado representando a família Rubi, o preto e dourado fazem parte da família Ônix e o azul e prata compõem a família Tanzanita. Vermelho Rubi | C:14 M:100 Y:100 K:5 C:20 M:53 Y:100 K:4 Preto | C:100 M:100 Y:100 K:100 C:20 M:53 Y:100 K:4 Azul Tanzânia | C:100 M:100 Y:24 K:20 C:48 M:38 Y:43 K:4

FAMÍLIA RUBI

FAMÍLIA ÔNIX

FAMÍLIA TANZANITA

CARTELA DE MATERIAIS Para representar as fases do processo de extração e produção das peças, foram utilizadas gemas desde mais resistentes até a mais frágil. Acompanhando essas características, cada qual foi lapidada de acordo com sua resistência. O ouro e a prata revestem a liga metálica dando o requinte final às joias.

Liga Metálica

Ouro Amarelo

Prata

Pedra natural Ônix

Vidro natural na cor Vermelho Rubi

Vidro natural na cor Azul Tanzania

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DESCRITIVO DE PROCESSO CRIATIVO DA FAMÍLIA Família Ônix Usualmente é a gema que se apresenta em peças delicadas e que mostram a necessidade da sutileza e cuidado no momento da lapidação nas pedras. Sem texturas aparentes; Design totalmente liso. Na contramão dessa cultura da lapidação, a família Ônix, na coleção, representa o inicio do processo de comercialização da gema. A extração na forma como é retirada; design totalmente bruto.

MAPA DE COLEÇÃO Família:

Total de Peças:

Modelos:

Cores:

Materiais:

Ônix

5 Anéis 3 Brincos 3 Braceletes 4 Colares e Gargantilhas

Anéis, Braceletes, Brincos, Colares e Gargantilhas

Preto e Dourado

Liga metálica, Pedra natural, Banho de ouro

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DESCRITIVO DE PROCESSO CRIATIVO DA FAMÍLIA Família Rubi Sempre em cor vermelha, o Rubi é uma pedra muito rara. Sua tonalidade pode variar de acordo com o local em que é encontrada, condições climáticas e até mesmo misturas de outras composições durante sua formação. Pela variedade de cores, formas e até mesmo origem natural ou artificial, o Rubi entra na coleção regendo a família que passa pelo processo de produção. Entre o bruto e a perfeita lapidação.

MAPA DE COLEÇÃO Família: Rubi

Total de Peças:

Modelos:

Cores:

Materiais:

4 Anéis 4 Brincos 3 Braceletes 4 Colares e Gargantilhas

Anéis, Braceletes, Brincos, Colares e Gargantilhas

Vermelho e Dourado

Liga metálica, Vidro Natural, Banho de ouro

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DESCRITIVO DE PROCESSO CRIATIVO DA FAMÍLIA Família Tanzanita É a pedra preciosa que fez com que seus descobridores perdessem o fôlego ao vê-la pela primeira vez. Aquela que carrega a cor mais rara, e uma preciosidade incomparável em sua forma física. Na linha do tempo da coleção, a família Tanzanita, terceira e ultima é a que apresenta as gemas em sua total delicadeza e design finalizado. O ultimo estágio da lapidação da pedra, totalmente liso.

MAPA DE COLEÇÃO Família: Tanzanita

Total de Peças:

Modelos:

Cores:

Materiais:

4 Anéis 4 Brincos 2 Braceletes 5 Colares e Gargantilhas

Anéis, Braceletes, Brincos, Colares e Gargantilhas

Azul e Prata

Liga metálica, Vidro natural, Banho de prata

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PAINEL DE FORMAS

Nesta coleção foram utilizadas formas geométricas e também assimétricas visivelmente perceptíveis marcadas pelos metais e lapidação das pedras, tais como: arredondadas, retangulares, triangulares, quadradas, gotas e formato de pêndulo.

TIPO DE APRESENTAÇÃO FINAL A apresentação final consistirá em um desfile contendo 15 peças da coleção.

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COLEÇÃO

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FAMÍLIA ÔNIX

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FAMÍLIA RUBI

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FAMÍLIA TANZANITA

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PAINEL DE SEGMENTAÇÃO Família:

Total de Peças:

Modelos:

Cores:

Materiais:

Ônix

5 Anéis 3 Brincos 3 Braceletes 4 Colares e Gargantilhas

Anéis, Braceletes, Brincos, Colares e Gargantilhas

Preto e Dourado

Liga metálica, Pedra natural, Banho de ouro

Tanzanita

4 Anéis 4 Brincos 2 Braceletes 5 Colares e Gargantilhas

Anéis, Braceletes, Brincos, Colares e Gargantilhas

Azul e Prata

Liga metálica, Vidro natural, Banho de prata

Rubi

4 Anéis 4 Brincos 3 Braceletes 4 Colares e Gargantilhas

Anéis, Braceletes, Brincos, Colares e Gargantilhas

Vermelho e Dourado

Liga metálica, Vidro Natural, Banho de ouro

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APÊNDICE

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! INSTITUTO DE COMUNICAÇÃO E ARTES CURSO DE GRADUAÇÃO EM MODA

JOIA E MEMÓRIA: Heranças de Família

ALUNA: Dayla Lopes Nogueira Silva PROFESSOR(A) ORIENTADOR(A): Geanetti Silva Tavares Salomon

BELO HORIZONTE 2015 / 02
 
 
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Dayla Lopes Nogueira Silva

JOIA E MEMÓRIA: Heranças de Família

Artigo apresentado como requisito de avaliação do Curso de Graduação em Moda do Centro Universitário Una para aprovação parcial na disciplina TIDIR VI (PRÉTCC). Professora: Geanneti Tavares Salomon Produto final TCC: Coleção de Joias

BELO HORIZONTE 2015 / 02 JOIA E MEMÓRIA: Heranças de Família* 92

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Dayla Lopes Nogueira Silva1

RESUMO O principal foco do trabalho foi criar uma relação entre jóia, herança e família, capazes de servir de inspiração e influência para a minha vida, direta ou indiretamente, relacionando o tempo de vivência e experiências pessoais. Também pretende-se observar como tais aspectos influenciaram a joalheria na família utilizando como base a hermenêutica das lutas pessoais, personalidades e referenciais históricos do tema para que fosse possível abordar desde o passado na primeira geração, até o presente, terceira.

Palavras-chaves: Joia. Memória. Influência. Moda.
 
 
 1. INTRODUÇÃO 
 Em uma breve analise histórica do Brasil, é fácil perceber a importância da extração de metais e minerais preciosos, que mantinham as relações comerciais entre Portugal e Inglaterra, cruzava toda a Europa e foi responsável por influenciar o mundo da moda com artefatos de joalheria e ourivesaria. Em sua enorme caminhada, o ouro em pó e os inúmeros minerais preciosos retirados de garimpos brasileiros, deixaram pelo mundo uma forte história, seja como formas de pagamento, negociações que influenciaram todo o continente Europeu, ou como artefatos de grande valor material e histórico. Rico em cultura e cheio história, o ouro e pedras preciosas deixaram pelo Brasil uma forte marca, caracterizando cidades como Teófilo Otoni como a capital * Trabalho apresentado como requisito parcial de avaliação para obtenção do título de bacharel no curso de Moda, do Instituto de Comunicação e Artes do Centro Universitário UNA. 1

Graduando em Moda, no Instituto de Comunicação e Artes - ICA. E-mail: daylalopes@me.com

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das pedras. Cidade esta, que contagia parte de uma família e cria a cultura de trabalhar no ramo joalheiro. Tradição passada de pai para filho, participar do mundo da moda com peças a base de metais e pedras que carregam uma bagagem cultural tão forte torna se uma forma de se expressar e de ser parte de uma das principais histórias de nosso país. Este artigo intitulado tem como objetivo trazer como pauta, a história através das joias, que com o passar do tempo foram sendo vistas na sociedade através do comportamental, atitudes mutáveis, figuras influentes e busca pela liberdade de expressão como maior influência. Como via de desenvolvimento, foi utilizado a comparação entre diferentes décadas, marcadas por diferentes jeitos de pensar moda. A junção entre elas nos leva a uma linha de raciocínio que nos faz enxergar os artefatos como peça chave no decorrer das gerações. A consciência dos acontecimentos passados é uma forma de prevenir a repetição dos mesmos equívocos. 
 No progresso da moda não encontramos somente uma forma de se exprimir artisticamente, pois nele há também a memória que marca gerações, que lutaram por essa forma de expressão, na qual você pode ser o que quiser e representar isto em seu próprio corpo. Seria esta então a importância de sabermos a origem da nossa liberdade. Seria possível então, finalmente alcançar uma estabilidade na nossa forma de representação no mundo da moda, ou seria esse progresso uma mudança contínua infinita? Definimos nossos objetivos através dessa auto representação no mundo, sem deixar que se percam no rumo da vaidade. 
 Houve reflexão e teorização diante do tema de estudo de modo que pudesse enfatizar todas as partes abordadas. A análise foi feita online, através de revistas, sites, livros, histórias, cartas, depoimentos pessoais e artigos de terceiros facilitando o entendimento através de outros olhos, tendo como resultado a materialização das ideias em uma coleção comporta por uma peça real e protótipos como produto final. 94

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2. MODA E MEMÓRIA

Em tratando de Moda e Memória, abordar o assunto atualmente se torna cada vez mais comum. Diversas grifes utilizam desse tema para construir seu produto final, a coleção. A Nostalgia se tornou sinônimo de contemporaneidade e vem resgatando bruscamente a ideia de resgate. De acordo com Luciana Andrzejewski (2011), a primeira coisa a se observar é que a memória não é exatamente um sentimento que vem do “passado” – na verdade é e não é… A memória é uma construção mental diária que adquirimos durante o processo de vida social, ou seja, ela é “construída” continuamente no presente, aqui e agora. Ela é um processo que surge da articulação entre lembranças e esquecimentos. Portanto, é uma construção, pois nos lembramos daquilo que construimos hoje, aquilo que é produzido no meio social na qual estamos inseridos no momento, e também aquilo que nos é conveniente lembrar, quase como uma escolha inconsciente. Levando em consideração esse embasamento, as histórias só são contadas em parte, apenas o que convém ser dito e também o necessário a ser lembrado. Outro ponto que precisa ficar claro é que História e Memória são coisas distintas. Então a moda começa fazer o seu papel.
 
 ANDRZEJEWSKI (2001), considerando que História e Memória são coisas distintas, diz que um historiador de moda também não é contador de “histórias”, no sentido de que ele não irá analisar o que exatamente se vestia ou usava no século “XIV” ou “XIX”, porém em ambas, a História e a Memória, são áreas que estudam o presente, a situação atual, e o que está em torno do homem. A autora diz que não podemos olhar a historia apenas como um tipo de matéria que resgata ou analisa o passado, esse tipo de análise se dá ao que foi construído ao longo de décadas nos livros didáticos e nas salas de aulas, mas não é necessariamente isso. Pensando na área da Moda, um historiador especializado na área estuda e pesquisa na mesma velocidade de evolução da nossa identidade visual através da liberdade de expressão quanto ao que vestimos e usamos . Como um espelho de nós mes95

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mos. Precisamos enxergar Moda e roupa com outros olhos, definições distintas mas que se materializam em um mesmo objeto. A roupa passa a ser de suma importância, como primeiramente algo de necessidade, enquanto a Moda é um conceito ditado que retrata cultura, modernidade e forma de expressão. Assim fazemos também com a joalheria.

3.0 OURIVESARIA

De acordo com o dicionário Dicio o significado de ourivesaria é: “s.f. Arte de fabricar jóias e outros objetos de ouro, comércio do ourives; Loja onde se vendem objetos executados pelo ourives. Obra do ourives. É uma das artes mais antigas.” (Dicio, 2009-2015)

Há várias técnicas inseridas na arte de se trabalhar os metais nobres, como por exemplo, a prata e o ouro. Dentre essas técnicas estão: fundir, laminar e trelifar, serrar, limar, recozer, modelar, soldar e decapar, lixar, polir e fazer uso de abrasivos, respectivamente. (SANTOS, 2013) 
 As técnicas executadas em sequencia são responsáveis pela confecção de peças denominadas “Joias” devido ao material precioso utilizado; a técnica se chama Ourivesaria. O responsável pela execução é o profissional Ourives. Inicialmente, a ourivesaria foi destinada a dois segmentos: religioso e social. O ouro era e ainda é considerado tradicionalmente o mineral mais precioso e digno das classes sociais mais altas, portanto devido à seriedade e importância da religião nas culturas mundiais, tal material foi inserido neste meio. Temos como exemplo os castiçais, taças, terços, báculos, cruzes e relicários. No segmento social foi introduzido o ouro a peças como tiaras, coroas, colares, brincos, anéis, braceletes, broches, entre outros. Peças valiosas como essas tinham apenas alcance pela minoria e eram passadas de geração a geração, aumentando mais ainda seu valor. Hoje em dia essas joias têm mais importância sentimental e cultural do que preço propriamente dito, além da valorização pelo trabalho de mão 96

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de obra e a utilização da pedra (ou não) em sua produção. (INFOPEDIA, 2003-2015) Na antiguidade, o ouro era usado não só como ornamento, mas também servia para distribuir riquezas. Governantes e templos podiam acumular grandes tesouros, em geral na forma de vasos ou outros objetos semelhantes e também na forma de jóias (as correntes em ouro eram largamente utilizadas). O ouro era guardado como um sinal de poder e riqueza, e era utilizado nos negócios e para financiar guerras e pagar resgates. (PEDROSA, 2000)

Antes da matéria chegar à mão do ourives, ela passa por processos técnicos de confirmação de veracidade. Visto a legalização do mineral, era puncionado a marca do chamado ensaiado municipal; pessoa na qual era responsável e proprietária do ouro ou da prata para a partir dai começar o processo de produção. A punção também levava nome da cidade em que era executado o serviço. Todo esse trabalho, até então manual, de produção das joias começou se expandir no Brasil no século XVII, onde os primeiros ourives eram encontrados principalmente em Salvador onde era o principal ponto de comercialização mas as primeiras marcas encontradas são francesas do século XII. Já no Brasil, a obrigatoriedade de punção das marcas nos minerais foi a partir de 1693, mas possuímos muitas peças sem identificação levando em consideração o trabalho feito por negros escravos tidos como trabalhos clandestinos que não podiam ser documentados. (ITAÚ CULTURAL, 2009) As joias eram consideradas complementos às roupas da época. A medida que se passavam as décadas e as influências culturais se mostravam mais fortes na sociedade, mudavam-se o estilo de vestir e os adornos seguiam uma linha específica de estilo. (PÉROLAS DO TEMPO, 20??) Cada período da historia mundial foi marcado por uma linha específica de materiais e gemas presentes nas peças. Antes da época em que o comércio minerador se tornou mais forte fora do Brasil, ainda na idade média quando a religião era ditadora e de suma importância na sociedade, vimos a presença dos minerais mais preciosos. Os ourives praticavam os trabalhos manuais tendo como matéria o ouro fundido em diamantes, esmeraldas, pérolas, rubis, safiras, turquesas e topázios. A era dos camafeus. (PÉROLAS DO TEMPO, 20??) 97

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Já na época em que a expansão do comércio minerador se tornou mais forte, também no Brasil, final do século XVII até o século XX, linhas curvas e natureza ganharam destaque como inspiração para a produção. a era neoclássica. Formas delicadas como flores, laços e geometria em ouro e marfim eram muito presente nas joias conquistando as mulheres com sua sutileza e influência principalmente de Coco Chanel, estilista que tratou de tornar acessível a beleza das peças levando em consideração que todas elas possuíam o direito de usá-las. Assim fez, produzindo a peça chamada “Bijuterie Fantasie” com materiais alternativos. (PÉROLAS DO TEMPO, 20??) O ouro, como sempre, não deixou de perder sua popularidade no início do século XX acompanhados por texturas, gemas coral (temos como exemplo o Jasper Vermelho) e turquesa (temos como exemplo a Turmalina Paraíba), mas as pérolas eram as preferidas e as mulheres se mostravam cada vez mais ansiosas pelas novidades. A divisão entre fabricação das joias - artesanais (feitas com materiais alternativos e acessível) e industrializadas (feitas com gemas raras) - acabaram na década de 50 quando a forma e estética ganharam mais importância do que a matéria, surgindo assim as bijuterias e semi-joias, desenhadas até pelos estilistas mais conceituados como Paco Rabanne. (PÉROLAS DO TEMPO, 20??) Nos anos 60 e 70 a forma era mais valorizada que o material. O design passa a ser valorizado pelo conceito e o uso de plástico e até papel eram utilizados na composição das peças. As joias dos anos setenta eram puramente bijoux caracterizadas por três tendências: flores no início da década, linhas geométricas e referências a moda indiana. Colares longos, pulseiras, anéis e brincos de metal com muitos fios que foram enfeitados com pérolas, encantos ou pequenas flores do plástico ou metal. (PÉROLAS DO TEMPO, 2014)

Houve também um período que marcou muito no final da década de 70 e início de 80 com o movimento punk, a década da revolta e do exagero no aspecto das jóias. Peças delicadas, materiais refinados e minimalistas foram substituídos por certas tribos e pessoas que gostaram das novidades que mostravam um estilo completamente diferente com a presença de cruzes, tachas, alfinetes e imagens esculpidas 98

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como caveiras, até que na década seguinte houve o retorno dominimalismo até mesmo nas roupas. (PÉROLAS DO TEMPO, 20??) Hoje em dia, devido à liberdade de expressão com influência da cultura e conquista do espaço da mulher cada vez mais marcante na sociedade, não vemos um estilo marcado como preferência de vestimenta ou adornos. Por isso estão presentes em todas as joalherias e comércio de joias vários tipos de peças, que atendem aos mais diversos gostos femininos e até mesmo masculinos, mas a imagem que antes era passada de requinte e não popularização dos materiais preciosos ainda predominam dando destaque ao minimalismo e delicadeza acessível às classes mais altas em sua maioria.

3.1 RAÍZES E INFLUÊNCIAS DAS ATIVIDADES JOALHEIRAS NA CAPITAL DAS PEDRAS PRECIOSAS Na região nordeste do estado de Minas Gerais e região sudeste do Brasil, se situa uma cidade chamada Teófilo Otoni possuindo cerca de 105.621 habitantes (2010 Organização das Nações Unidas) que é considerada desde 7 de setembro de 1853 (data de sua fundação e também Independência do Brasil) como a Capital Mundial das Pedras preciosas. A cidade é referência em lapidação, comercialização e beneficiamento de gemas onde se recebe de todo o território brasileiro tais pedras preciosas e semi-preciosas, por esse motivo concentra a maior Feira Internacional de Pedras Preciosas (FIPP). (PREFEITURA DE TEÓFILO OTONI, 2015) Expositores de todo o Mundo, das mais diversas qualidades de gema brutas e lapidadas, se reúnem anualmente para comercialização das mesmas que são produzidas no Brasil, tornando a cidade um dos maiores centros econômicos do estado. A FIPP – Feira Internacional de Pedras Preciosas de Teófilo Otoni é uma Feira de caráter comercial, realizada anualmente na cidade através de uma parceria entre a Associação dos Comerciantes e Exportadores de Gemas e Jóias do Brasil-GEA, a Associação dos Corretores e Comerciantes de Pedras Preciosas-ACCOMPEDRAS e a Prefeitura Municipal de Teófilo OtoniPMTO. (PREFEITURA DE TEÓFILO OTONI, 2015)

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Em tratando de geologia, Teofilo Otoni está situada na área em que mais se localiza, na natureza, gemas em grande quantidade, qualidade e também variedade. Essa localização é chamada de Província Pegmatítica Oriental Brasileira, por isso é considerada a capital das pedras. No aspecto histórico da cidade, temos como início a curiosidade sobre a terra desde o descobrimento do Brasil em 1500. O objetivo maior era descobrir nas áreas, o aparecimento de minerais preciosos, então começaram as expedições. Em 1550, a primeira expedição mandada por D. João III, mas chefiada por Martim Carvalho não alcançou sucesso por motivos não documentados. Após 23 anos, as expedições a mando de Sebastião Fernandes Tourinho e em 1580, comandada por Antônio Dias Adorno, também não foram concluídas, tudo o que ambos obtiveram foi apenas conhecimento sobre a região. (PREFEITURA DE TEÓFILO OTONI, 2015) Nasce em 1807, Teófilo B. Otoni, quem em 1847 daria início a expedição que colocaria fim à busca eterna sobre a área preciosa de Minas Gerais. O ex político, fundou uma empresa de colonização no interior de Minas Gerais, na região do Vale do Mucuri trazendo imigrantes europeus e dentre eles um grupo de alemães especialistas em lapidação. Através de sua empresa, organizou a caça não proposital a caminhos que levassem o estado mineiro ao mar, que facilitaria o comércio agrícola daquele meio. Uma saída ao mar e outra partindo da Bahia, Teofilo Otoni, sendo conhecida primeiramente como Colônia Nova Filadélfia, foi fundada no encontro das duas expedições. (PREFEITURA DE TEÓFILO OTONI, 2015) Em meio a esses imigrantes, o grupo de alemães colocou suas técnicas de lapidação em prática tendo em vista a grande quantidade de pedras presentes no local, dando inicio à comercialização das mesmas com a Europa. (PREFEITURA DE TEÓFILO OTONI, 2015)

4.0 HERANÇA FAMILIAR Filho de mãe solteira, nascido no interior de minas em uma casa de origem muito humilde, José Lopes Soares, meu tio avô deu origem à nossa história de herança familiar no mundo das joias. Deixou sua casa e sua família aos 10 anos de idade em 100

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busca de trabalho em uma fazenda de família, lugar onde fazia todo o serviço braçal e a única carga que carregava consigo era sua determinação e força de vontade de ter uma vida melhor do que sua mãe jamais pudera dar. Alguns anos depois, quando saiu da fazenda já na idade de correr atrás de algo que pudesse lhe proporcionar melhores condições, ele ingressou como garimpeiro em um garimpo também no interior de Minas, local onde eram realizadas escavações para a busca de pedras preciosas. O trabalho era bruto e grosso, exigia muito do seu físico e força. Contando com sua sorte, Zé Pretinho (como era chamado), conseguiu extrair uma pedra muito valiosa na época, uma Água Marinha, que a partir dessa venda, conseguiu uma quantia em dinheiro que jamais esperaria receber, essa foi a virada da sua vida, sua sorte grande. Uma porta se abriu desde então para comercialização da gema tornando-se especialista em Água Marinha. Zé comercializava outras pedras preciosas mas o seu forte era a venda da mesma, adquirindo mais experiência ao longo dos anos a respeito da pedra a cada venda. Logo ele que não possuiu formação, faculdade ou qualquer tipo de curso, estava conseguindo bom êxito no ramo, realização pessoal e financeira em algo que lutou para se dedicar. Já casado, possuía vida financeira estabilizada, e com dois filhos, a paixão o levou a envolver sua família no ramo das pedras. Sua esposa e seu filho mais velho trabalhavam auxiliando-o em suas comercializações, especialmente o Dorion que era o mais ativo nos negócios participando também de viagens de negócio para compra, venda, avaliação e apresentação das gemas. O risco era muito grande a respeito da avaliação das pedras. A experiência de conhecimento em pedras preciosas deve ser muito grande pra realizar tal feito pois o processo de compra e venda não é apenas esse. Entre essas duas etapas existem outras para qualificação e agregação de valor da gema tais como tratamento térmico para alcance da cor desejada e lapidação para só depois realizar a avaliação e venda. Dorion mesmo a contra gosto trabalhava no ramo e foi ficando mais experiente assim como o seu pai que deixou de herança para ele a paixão que carregava. Hoje é especialista em gemas raras como a Turmalina Paraíba comparada com o Diamante que também é uma de suas prioridades nos negócios. É conhecido mundialmente 101

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como empresário e comerciante de pedras em feiras internacionais levando seu nome à sua marca, Dorion Soares, hoje presente em uma loja física em Vitória no estado do Espirito Santo. A empresa de pedras continua localizada em sua cidade natal, Teófilo Otoni, Capital das Pedras Preciosas, que lhe fornece as gemas lapidadas com requinte e sofisticação dos padrões internacionais de lapidação.

5.0 COLEÇÃO 5.1 INSPIRAÇÃO PARA A COLEÇÃO: HERANÇA Em suas diferentes fases, a história da joalheria passou por vários tipos de estética: desde a mais bruta até a mais sutil, a coleção conta com a presença de sentimentos refletidos pelos profissionais da área no resultado de seu trabalho; Fases do processo de extração do mineral precioso, técnicas de produção das peças pelos ourives, detalhes de tais processos, fundição do mineral, lapidação das gemas… Falar de memória e herança familiar é algo que envolve o máximo de sentimentalismo, seja ele bom ou ruim. Por isso, carregada de certezas, paixões, segurança, força, mas também leveza e delicadeza, de forma poética, todas as peças divididas em três famílias (nomeadas de acordo com o nome das gemas) refletem claramente esse processo de transição das fases joalheiras.

5.2 DIVISÃO DAS FAMÍLIAS: ÔNIX: Usualmente, é a gema que se apresenta em peças delicadas e que mostram a necessidade da sutileza e cuidado no momento da lapidação nas pedras. Sem texturas aparentes; Design totalmente liso. 
 Na contramão dessa cultura da lapidação, a família Ônix, na coleção, representa o inicio do processo de comercialização da gema. A extração na forma como é retirada; design totalmente bruto.
 
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RUBI: Sempre em cor vermelha, o Rubi é uma pedra muito rara. Sua tonalidade pode variar de acordo com o local em que é encontrada, condições climáticas e até mesmo misturas de outras composições durante sua formação.
 Pela variedade de cores, formas e até mesmo origem natural ou artificial, o Rubi entra na coleção regendo a família que passa pelo processo de produção. Entre o bruto e a perfeita lapidação.
 
 TANZANITA: É a pedra preciosa que fez com que seus descobridores perdessem o fôlego ao vê-la pela primeira vez. Aquela que carrega a cor mais rara, e uma preciosidade incomparável em sua forma física.
 Na linha do tempo da coleção, a família Tanzanita, terceira e ultima é a que apresenta as gemas em sua total delicadeza e design finalizado. O ultimo estágio da lapidação da pedra, totalmente liso.

5.3 MATERIAIS - Pedra ônix - Pedra Rubi - Pedra Tanzanita Ouro Branco - Ouro amarelo

6.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Através das pesquisas e fatos relatados no artigo presente, podemos concluir que os processos de evolução da joalheria brasileira carregam consigo fortes características internacionais que influenciaram diretamente na nossa cultura, na nossa forma de 103

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expressão visual desde os primórdios da extração mineral até o presente momento, passando ainda por mutações devido às constantes mudanças das tendências na moda que atinge diretamente e indiretamente a sociedade de diversas classes e costumes. De forma contraria à evolução da joalheria, a jóia e memória estão estagnadas passando apenas no tempo mas deixando intacta suas histórias e requinte. De muito bom gosto, tais peças possuem valores maiores do que jóias valiosas atuais pois carregam consigo um passado rico em trabalho, mão de obra de grande esforço, produzidas com todo o cuidado e delicadeza que uma gema merece. 
 
 Vemos claramente no decorrer da pesquisa tais pontos; O passo a passo das diferenças entre a joalheria primitiva e atual, as influências sobre cada década e também a memória tão importante na área familiar. Este estudo foi base para a produção de uma coleção de acessórios contando com 15 peças, sendo 14 delas protótipos e uma peça em minerais preciosos resgatando a memória da historia joalheira familiar.

ABSTRACT The main focus of this article was to relate three generations of women, able to be used as an inspiration and influence to my life, directly or indirectly, relating the living time, personal experiences and how these aspects have influenced the fashion, using as a base the hermeneutic of personal struggles, personality and historical referentials of the theme so it could be possible to approach to it from the past in the first generation, till the present time, third. 
 Key words: Fashion. Memory. Influence.

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REFERÊNCIAS

© 2009 - 2015 7Graus - Dicio: Dicionário Online de Português, definições e significados de mais de 400 mil palavras.

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 SANTOS, Rita. Joias: fundamentos, processos e técnicas. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2013.

STALLYBRASS, Peter. O casaco de Marx: roupas, memória, dor. - 3. ed. - Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008.

ANEXOS

1.0 FICHAMENTO

STALLYBRASS, Peter. O casaco de Marx: roupas, memória, dor. - 3. ed. - Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008. 106

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“...um chapéu que ele tinha comprado para esconder a calvície que tinha chegado muito tempo antes das humilhações físicas da quimioterapia;...” (p. 8) “Quando Allon morreu, Jen me deu sua jaqueta de beisebol, coisa que parecia bastante apropriada, uma vez que naquela altura eu tinha me mudado permanentemente para os Estados Unidos.” (p. 9) “Com muita freqüência, tenho me perguntado se foi a marca que atraiu Allon...” 
 (p. 9) “Comecei a acreditar que a mágica da roupa está no fato de que ela nos recebe: recebe nosso cheiro, nos- so suor; recebe até mesmo nossa forma....” (p. 10) “Pensar sobre a roupa, sobre roupas, significa pensar sobre memória, mas também sobre poder e posse.” (p. 12) “...a roupa é tanto uma moeda quanto um meio de incorporação.” (p. 13) “...apesar de toda nossa crítica sobre o materialismo da vida moderna, a atenção ao material é precisamente aqui- lo que está ausente. Rodeados como estamos por uma extraordinária abundância de materiais, seu valor deve ser incessantemente desvalorizado e substituído.” (p. 15) “As roupas ‘agora vestem seus próprios eus’”. (p. 17) “E eu quero tentar prestar atenção às diferentes formas pelas quais as roupas fazem parte de nossa vida e marcam as rupturas que nela ocorrem.” (p. 20) !7 “Já no século XIX, nos Estados Unidos, esperava-se que a maioria das moças tivesse feito doze colchas para seus enxovais antes que estivessem prontas para casar, e a décima terceira era chamada de ‘a colcha nupcial’. Mas se a costura era, para as mulheres, um trabalho compulsório, era também, como argumentou Elaine Showalter, um meio de produzir contra-memórias.” (p. 24) “E me lembro de Jen White me falando sobre um par de sapatos que seus pais compraram para ela ir à escola. Sapatos práticos, bons, mas com os quais você ti107

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nha vergonha de ser visto. E difícil avaliar seriamente, de forma suficiente, a agonia desses momentos, a raiva, o sofrimento, o desespero.” (p.33) “...um homem sem um casaco, mesmo que tivesse um passe de entrada, era simplesmente qualquer um. Sem seu casaco, Marx não estava, em uma expressão cuja força é difícil de reproduzir, ‘vestido em condições em que pudesse ser visto’."
 (p. 48) “No ano seguinte, suas três filhas foram convidadas para passar uma temporada de férias em Bordeaux: eles tinham não apenas que calcular todas as despesas da viagem, mas tinham também que recuperar as roupas das filhas da loja de penhores para fazer com que elas se tornassem apresentáveis.” (p. 63) “Estar sem dinheiro significava ser forçado a desnudar o corpo. Ter dinheiro significava tornar a vestir o corpo.” (p. 78) “Sem roupas apropriadas, Jenny Marx não podia sair para a rua; sem roupas apropriadas, Marx não podia trabalhar no Museu Britânico; sem roupas apropriadas, o operário desempregado não estava com aparência apropriada para procurar um novo emprego. “ (p. 79)

2.0 FOTOS

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Dutra de Mineração - Garimpo Ativado (2013).
 (Fonte: http://e-e-f-diadema.webnode.com/news/viagem-de-estudos-ametista-do-sulrs-/ Acessado em 07 dez. 2015 às 19:23h)

Mineradores usam mercúrio no garimpo para identificar o ouro. (2013). 
 (Foto: Thinkstock/Getty Images Acessado em: 07 dez. 2015 às 19:27h)

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Feira Internacional de Pedras Preciosas – FIPP (2014).
 (Fonte: http://www.radioteofilotoni.com.br/v2/noticias-locais/1841-feira-internacionalde-pedras-preciosas-de-teófilo-otoni.html Acessado em: 07 dez. 2015 às 19:35h)

Dorion Soares e sua esposa Tatiana - (2011).
 (Fonte: http://www.mauricioprates.com.br/galerias/lancamento-de-joias-by-dorion-soares-23-11-2011 Acessado em: 07 dez. 2015 às 19:40h)

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