MARINA FERREIRA

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Mariana Ferreira


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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA INSTITUTO DE COMUNICAÇÃO E ARTES CURSO DE GRADUAÇÃO EM MODA

AS FLORES DO MAL DE CHARLES BAUDELAIRE MARIANA FERREIRA LIMA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO APRESENTADO À DISCIPLINA DE PROJETO EXPERIMENTAL COMO REQUISITO PARA A OBTENÇÃO DO TÍTULO DE BACHAREL EM MODA ÁREA: CRIAÇÃO PRODUTO: COLEÇÃO DE ACESSÓRIOS ORIENTADOR: FRANCISCO BATISTA

BELO HORIZONTE 2017 / 1


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“Com os sentimentos Da mais profunda humildade Dedico Estas flores doentes.� - Charles Baudelaire


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Agradecimentos Primeiramente agradeço à minha mãe pelo apoio, por acreditar e viver esse sonho comigo mais do que qualquer outra pessoa. Pelo incentivo, principalmente nas horas que me faltaram animo para continuar e pelo companheirismo em todas as horas. Ao meu pai e irmã, também pela confiança e apoio extra que foram extremamente importantes para chegar até aqui e pelo carinho que cada um demonstra da sua maneira todos os dias. Agradeço meus cães de estimação, inclusive os que infelizmente não estão mais entre nós, que alegram minha casa e nos proporcionam momentos de alegria além de estarem sempre ao meu lado em companhia. Não poderia deixar de agradecer aos amigos da faculdade, que cresceram e aprenderam junto comigo nesses 3 anos e meio, que compartilharam da experiência sempre com amizade e respeito e que também não deixaram de incentivar nas horas de dificuldade agregando no aprendizado e conhecimento. Aos professores que desempenharam com dedicação e paciência às aulas, que apesar dos altos e baixos foram fundamentais nessa jornada e nos fazer conseguir chegar até ao final com sucesso. Por último, agradeço ao Universo, por conspirar sempre a meu favor, me trazer forças em momentos de vazio, por me fazer crescer a cada dia, por me rodear com pessoas e energias positivas e por colocar sempre no meu caminho pessoas certas, inclusive as que foram essenciais (e não menos importantes) para a realização deste trabalho. À todos que me apoiaram, ajudaram e incentivaram, minha eterna gratidão.


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RESUMO Abstract


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Neste portfólio apresenta-se a coleção de acessórios criada, que teve como inspiração a poesia de Charles Baudelaire em As Flores do Mal. Trabalhada incialmente somente em latão devido à praticidade do trabalho manual, a coleção terá como elemento principal as flores remetendo ao próprio título do livro. Junto às flores estarão contidos nas peças à ideia de destruição com peças amassadas e “destruídas”, lagartas, serpentes trazendo a simbologia do mal e morte, que Baudelaire também aborda como tema em Flores, além de representar a ambiguidade entre o belo x grotesco inaugurada em suas poesias. Palavras chave: Acessórios, Moda, As Flores do Mal, Baudelaire ABSTRACT

In this portfolio is presented the collection of accessories created, which was inspired by the poetry of Charles Baudelaire in The Flowers of Evil. Originally worked only in brass due to the practicality of manual work, the main element of the collection is the flowers referring to the title itself from the book. Baudelaire also approaches Flores as a theme, and represents the ambiguity between the beautiful x grotesque inaugurated in their poetry. Keywords: Accessories, Fashion, Flowers of Evil, Baudelaire


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SUMÁRIO CAPA ACADÊMICA

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CITAÇÃO

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AGRADECIMENTOS

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RESUMO/ABSTRACT

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CURRÍCULO

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BRIEFING DE NEGÓCIOS

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PAINEL DE ESTILOS

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CONCORRÊNTES

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PÚBLICO ALVO

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IDENTIDADE DA MARCA

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BRIEFING DE COLEÇÃO

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MACROTENDÊNCIA

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PAINEL DE TENDÊNCIAS

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MAPA DE COLEÇÃO

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COLEÇÃO

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ARTIGO

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Mariana Ferreira

MARIANA Ferreira 23 ANOS SOLTEIRA

ENDEREÇO RUA JEQUITAÍ, 300, SANTO ANDRÉ. BELO HORIZONTE – MG

CONTATO (31) 99843-4336 (31) 3444-2248 mariifl2@gmail.com

HABILIDADES Inglês – Intermediário Pacote Office - Intermediário Photoshop - Básico CorelDraw – Básico


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FORMAÇÃO

PRETENSÃO PROFISSIONAL

GRADUAÇÃO EM MODA CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA (2017)

DESIGN DE ACESSÓRIOS DE MODA | PRODUÇÃO DE MODA

DESENHO DE JÓIAS SALA ATELIER (2016) TÉCNICO EM PRODUÇÃO DE MODA (2 PERÍODOS) – INAP (2013) CORTE E COSTURA SENAC (2010) DESENHO DE MODA SENAC (2007)

EXPERIÊNCIA FREELANCER Produção e Styling BACKSTAGE UNA Trendsetters


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BRIEFING DE Negócios DESCRIÇÃO DA MARCA: MARIANA FERREIRA Um artista sofre influência do meio onde vive e como tal, passa para suas criações todas as suas vivências e filosofia de vida. A partir desse pensamento que surge a marca de acessórios Mariana Ferreira. O desejo de ornamentar-se é uma forma de olhar para si e fazer transparecer uma identidade, de se destacar entre seus semelhantes. O acessório então, se torna uma parte da expressão pessoal e de uma cultura, criando assim, uma pequena parte da história da fantasia humana. E é através de peças de proporções maximalistas, que saem do convencional não visando a moda comercial e sim o design e qualidade que a marca objetiva o enriquecimento físico, afirmar a criatividade e individualidade. Quem a usa, busca assumir uma postura elevada, mostrando possuir julgamento estético optando pela arte e não pela ostentação, além de passar através de seus acessórios uma mensagem.


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GÊNERO: FEMININO NICHO: BIJUTERIA SEGMENTO: ACESSÓRIO ARTESANAL ESTILO - Dominante: Dramático - Complementares: Fashion, Criativo

ELEMENTOS DE ESTILO - Subjetivo: Artesanal, inovação, maximalismo - Objetivo: Técnicas artesanais barroco mineiro, Peças grandes, Leveza x Peso

CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO - Showroom e Online

ESTRATÉGIA DE PREÇO - Anéis = R$100,00 – R$280,00 - Brincos = R$ 180,00 – R$300,00 - Colares = R$200,00 – R$380,00 - Pulseiras = R$180,00 – 280,00

DIFERENCIAIS DA MARCA É uma bijuteria artesanal com custo médio; por ser artesanal, as peças não serão produzidas em larga escala, pregando exclusividade. Procura utilizar de matérias alternativas como latão banhados à ouro envelhecido. Utiliza de técnicas que exaltam o trabalho de artistas locais. É indiferente à moda/tendência comercial;


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PAINEL DE

Estilos


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CON COR REN TES

GUCCI ACESSÓRIOS

Grife italiana de luxo renomeada no mercado de moda. Nas últimas coleções a Gucci vem trazendo uma estética extravagante e inusitada utilizando referências e inspirações artísticas de diversas épocas, criando um sentimento nostálgico tanto nas roupas quanto nos acessórios, pregando assim um estilo livre e sem regras.


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GLA ACESSÓRIOS

Marca de acessórios baseada em São Paulo criada em 2005 pelo designer Frederico Piiu e o artista plástico Marcelo Jarosz. Tem 90% da sua produção artesanal utilizando de diversos materiais. As peças predominam o design de proporção maximalista que se contrasta entre o estilo vintage e contemporâneo


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CAMILA KLEIN

Criada no ano 2000 pela arquiteta Camila Klein, a marca já é respeitada no mercado de acessórios de luxo no Brasil. Utiliza principalmente de pedrarias em suas joias e possui um design muitas vezes diferenciado com um olhar artístico e arquitetônico. Ambas marcas prezam o design


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PÚBLICO Alvo O público da MF, são pessoas entre 25 – 35 anos, que buscam se expressar através da sua imagem e vestimenta, sendo indiferentes à padrões estéticos e regras. De acordo com o IBGE, se enquadram nas classes B e C brasileira, tendo uma renda entre 4 a 20 salários mínimos (RS3.748,00 – R$18.740,00) Trabalham em áreas em que tenham liberdade de expressão, como arte, moda, design em geral, arquitetura, música, literatura, etc... Frequentam eventos e possuem hobbies ligados à mesmas áreas citadas. Tem como sonho passarem uma mensagem que possa vir a ser revolucionária, construindo uma filosofia, linguagem ou imagem de forma liberal. Apreciam os estilos desde clássico ao contemporâneo. Têm como prioridade na hora de se vestir, o design. .


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PAINEL DO PÚBLICO

ALVO


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IDENTIDADE DA

Marca


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NOME Um artista não concebe Uma ideia qualquer Que não se encontre Em sua alma E em sua própria identidade

COR “O preto, como o branco, existe em quase todas as cores e formas, diferentes em tom e vigor”

FONTE A utilização da tipografia “Built Titling Light” reflete o teor minimalista e estaticidade (por meio da geometria) em contradição com a identidade fluída e complexa desenvolvida para a marca a partir da tipografia “Fortunates December Regular”.

CMYK

R G B

CMYK

R G B

0 0 0 100 0 0 0 0

0

0

0

255 255 255

BUILT TITLING LIGHT ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 `´^ ~ ., / Fortunates December Regular A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 `´^ ~ ., /


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PAPELARIA Bรกsica


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CartĂŁo de Visitas

Embalagens

Envelope 1

Envelope 2

Papel Timbrado


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BRIEFING DE Coleção


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RELEASE A busca por acessórios com design rebuscado e maximalista foi o ponto de partida da criação das bijuterias que levam a assinatura da designer Mariana Ferreira. Criada em 2017, a assinatura da marca é o trabalho artesanal em latão, banhados em ouro envelhecido e produzidos em edição limitadas. A primeira coleção da marca se inspira na poesia das Flores do Mal do poeta Charles Baudelaire, as peças são arrojadas e apresentam um contraste com materiais pesados e mais leves O latão foi escolhido pela sua praticidade de trabalho manual, resultando em colares, braceletes, anéis e brincos sofisticados e originais, que exalam singularidade. Na coleção é possível encontrar o trabalho das flores produzidas originalmente para as famosas palmas barrocas mineiras, exaltando assim tanto o trabalho da artista como a arte local que por vezes passam por despercebidas e são pouco valorizadas. Mas não para por aí, a ideia é em cada coleção introduzir outros materiais que enriqueçam e complemente as peças e continuar a parceria com outros artistas. Com um olhar autoral, a marca está em momento de expansão e amadurecimento, procurando colocar sempre em suas coleções uma originalidade no design que nem sempre é encontrado facilmente. “A moda/arte expressa sua personalidade, é o que faz você se sentir bem e consequentemente confortável. Criei acessórios pois não encontrava brincos grandes o suficiente para mim. Queria demonstrar a grandeza do meu interior”. Diz a designer para afirmar sua assinatura e ideais.


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PAINEL DE INSPIRAÇÃO


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MACRO Tendência NOSTALGIA SLOW Num mundo onde tudo é automatizado e acelerado, a corrente slow assume um papel importante nos novos hábitos que a sociedade visa a assumir, principalmente de tratando do consumo. Nesse contexto, a valorização do trabalho manual tende a exercer um papel importante na hora de comprar. Vale a pena adquirir um produto, mesmo que por um valor pouco mais elevado, que seja único e carregado de significados. Juntamente à valorização do artesanal, a retomada da história, tradição e estilo de diversas épocas e locais serão retrabalhados, fazendo renascer um conceito, que fogem do obvio. O mix de referências passa a ser o ponto de partida para criação de um visual mais livre ressaltando a individualidade e personalidade diante de uma escolha consciente.

PAINEL DE MACROTENDÊNCIA


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PAINEL DE

TendĂŞncias


GUCCI

MARC JACOBS

BURBERRY

SAINT LAURENT

ROBERTO CAVALLI

ANTONIO MARRAS

VERSACE

RALPH LAUREN

PRABAL GURUNG

ROBERTO CAVALLI

OSCAR DE LARENTA

JACQUEMUS

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B R I N COS M I X & M ATC H

CO LLI E R D E S O I R E E

M A X I PU L S E I R A S

M A X I B R I N COS


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MATÉRIA S Latão 60x100 mm FORNECEDOR: Metalmar BH PREÇO: R$16,23

CORES Prata Velho

Dourado Velho


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DESCRITIVO DE PROCESSO CRIATIVO DAS FAMÍLIAS 1.SPLEEN E IDEAL: O primeiro grupo de poemas “Spleen e ideal”, apresenta o contraste entre um impulso do homem em busca da idealidade e sua queda que levaria à melancolia do Spleen (expressão do famoso tédio baudelairiano). Este contraste entre a miséria e a grandeza do homem é evocada em três ciclos. O primeiro é o da arte, em que o poeta celebra principalmente a poesia. Em seguida há o ciclo do amor, em que este juntamente com a arte seria sua salvação, o seu ideal de beleza. Por último, o ciclo do Spleen, o mal de viver, profunda sensação do mal que o homem não consegue escapar. Nesta família as peças transmitirão a ideia do amor incialmente pela forma do coração; ideia de infinito e grandeza com repetições das formas de flores.


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2.FLORES DO MAL: A quarta parte “Flores do Mal” é considerada o ciclo mais sombrio da obra. Os prazeres e os vícios implicam no poeta um constante sentimento de culpa, e aí se assiste a entrega do ser à destruição, aproximando da morte, sem mais espaço para qualquer idealidade buscada inicialmente. Nesta família começa a predominar à ideia de destruição com peças amassadas, flores imperfeitas. Os colares serão justos ao pescoço aludindo o ser sendo sufocado.

3.REVOLTA: A quinta parte “Revolta” apresenta somente três poemas que se revelam o satanismo. A flores destruídas ainda predominarão, porém menos e aparece a serpente, que tem como simbologia o mal e também a morte.

4.MORTE: Ciclo que encerra o livro, a morte aparecerá como a esperança da vida, a busca da morte não é a busca do fim, mas a busca do novo, de um outro mundo. Ainda serpentes simbolizando o mal e a morte, junto à estes elementos, estarão flores novas brotando, dando a ideia de renascimento.


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MAPA DE Coleção


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MEMORIAL Descritivo


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Ao inicio do projeto, com o tema já definido, foi considerado o material que as peças seriam confeccionadas. A princípio, foi pensado na cerâmica como forma de dar um ar artesanal e delicado para as peças, que seria utilizado juntamente com outro metal para suporte. Porém surgiu uma certa dificuldade quanto ao uso do material e de encontrar um artista que pudesse fazer as formas e manipular o material de forma correta. Correndo contra o tempo, foi encontrado um artesão que cria bijuterias trabalhadas no latão juntamente com pedras brutas. O ponto de partida então para iniciar a criar a coleção foi analisar o trabalho do artista com o material e relacionar este com o DNA da marca e com o tema escolhido. Alguns elementos pensados inicialmente tiveram que ser retirados dando espaço para outras formas que não haviam sido pensadas. Foram feitos moldes em argila para que o artista pudesse confeccionar no material utilizado por ele. Então, como teste, primeiramente foram feitas as formas para que pudessem ser aprovadas, para assim, iniciar a confecção das peças. Durante o processo de criação da coleção em geral, foi tida a ideia de utilizar a forma das flores (que desde o princípio foi escolhido como elemento principal e unificador da coleção) usadas nas palmas bastante popular do barroco mineiro. Entrando em contato com a artista que confecciona as mesmas, o material utilizado por ela é a mesma do artista procurado incialmente, mudando somente na espessura. A partir daí, foi estudada uma forma de unir o trabalho de ambos artistas que possuem estilos e técnicas diferentes. Novamente algumas peças tomaram outras formas e algumas ideias da coleção foi alterada, enriquecendo mais ainda a coleção. A utilização do trabalho da artista casou perfeitamente com o objetivo e estilo da marca e principalmente da coleção. O resultado final foi totalmente satisfatório. Os rumos tomados foram coerentes com todo o projeto, desde a marca até o tema da coleção.


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Coleção


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FAMILIA 1

Spleen e Ideal


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FAMILIA 2

Flores do Mal


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FAMILIA 3 Revolta


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FAMILIA 4

Morte


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FICHAS Técnicas


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Mariana Ferreira Material principal

FICHA TÉCNICA

Latão 0,10 mm

NOME DA MARCA Coleção: Flores do Mal

Flor (unidade)

Modelo: colar destruição

R$ 15,00

Estação: Verão 2018 Referência: CLR001-2 Variação de cores: Dourado e Prata

CLRDR001-2

CLRPR001-2

1

1

Base anel (regulável) Cabedal

R$ 1,00

Colar ajustável: Largura frente 6,5 cm Largura ponta: 3,5 cm circunferência: 33 cm Flor: Largura: 6,5 cm Altura: 6 cm Corrente: 20 cm

Pilotista/ Ateliê responsável: Ernandes Leonel

P. E

Descritivo de processo: Confecção da base do colar, trabalhar com alicate no material para efeito desejado. Confecção da corrente e da flor. Unir a corrente na base do colar e na flor. Banho de prata/ouro envelhecido

1

FICHA TÉCNICA NOME DA MARCA Coleção: Flores do Mal

A

B

Modelo: Brinco or destruição Estação: Verão 2018

Material principal

Latão 0,03 mm e 0,08 mm

Flor 1 (unidade)

R$ 3,00

Flor 2 (unidade)

R$ 4,00

Referência: BRC001-2 Variação de cores: Dourado e Prata

BRCDR001-2

BRCPR001-2

1

1

Cabedal

A: Comprimento: 14 cm Colocar pino 3 cm abaixo a ponta B: Corrente: 17,5 cm Flor 1: 2,5 x 2,5 cm Flor 2: 6,5 x 7 cm

2 Pilotista/ Ateliê responsável: Ernandes Leonel Pilotista flor: Dirléia

P. E

Descritivo de processo: Confecção da base do brinco, trabalhar com alicate no material para efeito desejado. Confecção da corrente. Confecção de 2 flores, em tamanhos diferentes. Soldar as flores nas extremidades da corrente. Banho de prata/ouro envelhecido.


93 Material principal

FICHA TÉCNICA

Latão 0,03 e 0,10 mm

NOME DA MARCA Coleção: Flores do Mal

Flor (unidade)

Modelo: Pulseira grotesco

R$ 3,00

Estação: Verão 2018 Referência: PLS001-2 Variação de cores: Dourado e Prata

PLSDR001-2

PLSPR001-2

1

1

Base anel (regulável) Cabedal

A

Pulseira ajustável: Largura: 5 cm Circunferência: 16 cm Anel ajustável: Largura: 1,5 cm Circunferência: 7 cm Lagarta: Altura: 7cm Flor: 2,5 x 2,5 cm Corrente: A: 6 cm B: 4,5 cm

B

Pilotista/ Ateliê responsável: Ernandes Leonel Pilotista flor: Dirléia

P. E

Descritivo de processo: Confecção da base da pulseira e do anel, trabalhar com alicate no material para efeito desejado. Confecção da corrente, flor e lagarta. Unir a corrente na base da pulseira e do anel unir correntes com a forma da lagarta. Soldar flor no anel. Banho de prata/ouro envelhecido

Material principal

FICHA TÉCNICA

Latão 0,10 mm

NOME DA MARCA Coleção: Flores do Mal

Flor (unidade)

Modelo: Anel Serpente Flor

R$ 4,00

Estação: Verão 2018 Referência: ANL001-3 Variação de cores: Dourado Dourado ee Prata Prata

ANLDR001-3

ANLPR001-3

1

1

Base anel regulável: Largura: 2 cm Circunferência: 7 cm

Cabedal

A

B

Correntes: A: 13 cm B: 4 cm Serpente: Comprimento: 7 cm Flor: 3,5 x 3,5 cm

Pilotista responsável: Ernandes Leonel Pilotista Flor: Dirléia Neves

P. E

Descritivo de processo: Confecção da base do anel. Confecção das correntes. Confecção da forma da serpente. Confecção da flor. Unir por solda a extremidade da corrente na base do anel. Anexar a flor e a serpente nas outras extremidades. Banho de ouro/prata envelhecido.


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Mariana Ferreira Material principal

FICHA TÉCNICA

Latão 0,10 mm

NOME DA MARCA Coleção: Flores do Mal Modelo: Anel Renascimento Estação: Verão 2018 Referência: ANL001-4 Variação de cores: Dourado e Prata

ANLDR001-4

ANLPR001-4

1

1

A: 15 cm B: 8 cm

A

B

Pilotista/ Ateliê responsável: Ernandes Leonel

P. E

Descritivo de processo: Confecção da base do anel. Confecção da forma das folhas, cada uma em seu determinado tamanho. Soldar as folhas ans extremidades da base do anel. Banho em ouro/prata envelhecido.

FICHA TÉCNICA

Material principal

Latão 0,03 mm e 0,08 mm

NOME DA MARCA Coleção: Flores do Mal

Flor (unidade)

Modelo: Brinco Morte

R$ 3,00

Estação: Verão 2018 Referência: BRC001-4 Variação de cores: Dourado e Prata

BRCDR001-4

BRCPR001-2

1

1

Cabedal

Correntes: 10 ccm 3 ores: 2,5 x 2,5 cm

Pilotista/ Ateliê responsável: Ernandes Leonel Pilotista flor: Dirléia Neves

P. E

Descritivo de processo: Confecção da base do brinco, correntes, forma redonda. Soldar forma da serpente em um dos brincos. Unir com corrente a bola à base. Banho de prata/ouro envelhecido.


95 FICHA TÉCNICA

Material principal

Latão 0,15 mm

NOME DA MARCA Coleção: Flores do Mal Modelo: Pulseira Revolta Estação: Verão 2018 Referência: PUL001-3 Variação de cores: Dourado e Prata BRCPR002-1

BRCDR002-1

1

Flor (unidade) Cabedal

1

Altura total: 23 cm Circunferência: 26,5 cm

Salto

Flor: 6,5 x 7 cm

Solado

Entresola

Palmilhas

Enfeites

Metal Pilotista: Ernandes Leonel

P. E

Descritivo de processo: Confecção da base da pulseira em forma de serpente. Moldar a flor. Soldar a cabeça da serpente à flor. Banho de ouro/prata envelhecido.

FICHA TÉCNICA

Material principal

Latão 0,15 mm

NOME DA MARCA Coleção: Flores do Mal Modelo: Colar Revolta Estação: Verão 2018 Referência: CLR001-3 Variação de cores: Dourado e Prata

CLRDR001-2

CLRPR001-2

1

1

Amassado: Largura: 11 cm Altura: 6 cm Tamanho Total: 53 cm

Pilotista/ Ateliê responsável: Ernandes Leonel

P. E

Descritivo de processo: Confecção da base do colar em forma de serpente. Soldar fechos em duas extremidades. Confecção da peça amassada. Soldar à serpente


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Mariana Ferreira Material principal

FICHA TÉCNICA

Latão 0,03 e 0,15 mm

NOME DA MARCA Coleção: Flores do Mal

Flor (unidade)

Modelo: Colar Revolta

R$ 3,00

Estação: Verão 2018 Referência: CLR002-4 Variação de cores: Dourado e Prata

CLRDR001-2

CLRPR001-2

1

1

A: 12 cm B: 5,5 cm Flores: 2,5 x 2,5 cm Tamanho total: 64 cm

B A

Pilotista/ Ateliê responsável: Ernandes Leonel Pilotista/ Ateliê responsável: Dirléia Neves

P E

Descritivo de processo: Confecção da base do colar. Confeccionar forma de folhas. Confeccionar flores. Soldar as formas em cada extremidade do colar. Banho em prata/ouro envelhecido

FICHA TÉCNICA

Material principal

Latão e 0,15 mm

NOME DA MARCA Coleção: Flores do Mal Modelo: Colar Revolta Estação: Verão 2018 Referência: CLR001-4 Variação de cores: Dourado e Prata

CLRDR001-2

CLRPR001-2

1

1

Tamanho total colar: 31 cm Serpente: 12 cm A: 7 cm

Pilotista/ Ateliê responsável: Ernandes Leonel

P E

Descritivo de processo: Confecção da base do colar. Confeccionar forma de folhas. Confeccionar folhas. Soldar as formas em cada extremidade do colar. Banho em prata/ouro envelhecido


97 Material principal

FICHA TÉCNICA

Latão 0,15 mm

NOME DA MARCA Coleção: Flores do Mal

Flor (unidade)

Modelo: Pulseira do mal

R$ 4,00

Estação: Verão 2018 Referência: PLS002-2 Variação de cores: Dourado e Prata

PLSDR001-2

PLSPR001-2

1

1

Pulseira ajustável: Largura: 5 cm Circunferência: 16 cm

Base anel (regulável) Cabedal

A

Flor: 4 x 4 cm Corrente: A: 4,5 cm B: 4,5 cm

B

Pilotista/ Ateliê responsável: Ernandes Leonel Pilotista flor: Dirléia

P. E

Descritivo de processo: Confecção da base da pulseira. Confecção de duas correntes. Confecção da flor Anexar uma corrente em cada pulseira. Anexar a flor entre correntes. Soldar flor no anel. Banho de prata/ouro envelhecido


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Mariana Ferreira


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Mariana Ferreira

INSTITUTO DE COMUNICAÇÃO E ARTES CURSO DE GRADUAÇÃO EM MODA

AS FLORES DO MAL DE CHARLES BAUDELAIRE

ALUNO(A): Mariana Ferreira Lima

PROFESSOR(A) ORIENTADOR(A): Fabrícia dos Santos Figueiró

BELO HORIZONTE 2017 / 1


101 Mariana Ferreira Lima

AS FLORES DO MAL DE CHARLES BAUDELAIRE

Artigo apresentado como requisito de avaliação do Curso de Graduação em Moda do Centro Universitário Una para aprovação parcial na disciplina TIDIR VI (PRÉ-TCC). Professor(a): Fabrícia dos Santos Figueiró

Produto final TCC: Coleção de Acessórios

BELO HORIZONTE 2017 /1


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Mariana Ferreira RESUMO Pretende-se no presente artigo, estudar e analisar em síntese a principal obra do poeta Charles Baudelaire, As flores do mal. De relevante influência para o Simbolismo, Baudelaire em Flores, nos traz um conceito ambíguo de Beleza e uma linguagem literária nova abordando diversos temas considerados controversos para sua época. Tomando como base, principalmente biografias a respeito do poeta, é compreendida a ideia geral da obra e mediante a leitura total dos poemas que se busca inspiração para execução dos produtos que serão apresentados ao final. Assim como Baudelaire mostra que a beleza nasce do “mal”, um produto de moda tendo como inspiração o “feio/grotesco/mórbido”, pode ser enxergado como belo. Palavras-chaves: As Flores do Mal, Baudelaire, Simbolismo ABSTRACT In this article, we intend to study and analyze in summary the main work of the poet Charles Baudelaire, The Flowers of Evil. Of relevant influence for Symbolism, Baudelaire in Flores, brings us an ambiguous concept of Beauty and a new literary language approaching several themes considered controversial at the time. Based mainly on biographies of the poet, the general idea of the work is understood and through the total reading of the poems, inspiration is sought for the execution of the products that will be presented at the end. In the same way that Baudelaire shows that beauty may be born from of “evil,” a fashionable product inspired by the “ugly / grotesque / satanic,” may be seen as beautiful. Keywords: The Flowers of Evil, Baudelaire, Symbolism 1. INTRODUÇÃO Considerado principal influenciador da poesia moderna e simbolista, Baudelaire sem dúvidas, é um dos mais importantes poetas franceses de todos os tempos. A publicação de seu principal livro de poesias em 1857, As Flores do Mal marca o início da poesia moderna. Críticos e historiadores consideram Baudelaire como precursor de praticamente todas as manifestações poéticas importantes do final do século XIX: o Parnasianismo, o Decadentismo e o Simbolismo. Em Flores, o poeta rompe com a tradição da poesia bela e privilegia a estética do feio, grotesco e satânico. Para melhor entendimento do contexto baudelairiano, é preciso resgatar um pouco o século XIX, período de manifestações políticas e modificações sociais, econômicas, culturais e até filosóficas. Neste período temos o auge da revolução industrial, produções em massa, crescimento elevado das grandes cidades, avanço das ciências e novas invenções. É neste sentido que Baudelaire critica a modernidade, para o poeta o avanço é maléfico para o mundo. Sua literatura e a moderna, nasce nesse meio, no sentimento de que na multidão se encontra a


103 solidão e o tédio. Ele analisa, interpreta e se posiciona diante de uma sociedade em transição e provoca ao demonstrar a degradação causada pela modernidade e em sua principal obra poética, unindo esta e outras degradações à figura do belo. A partir dos estudos da poética de Baudelaire em As Flores do Mal, que se procura inspiração para o desenvolvimento de um produto de moda. A arte, literatura e poesia constantemente são fontes de inspiração para desenvolvimento de coleções e produtos. Diante de um poeta que teve importância não só na literatura, mas também na moda, será feito um breve estudo sobre a vida do escritor, pois não se pode entender uma obra, principalmente a poesia, sem conhecer primeiro seu autor, o período em que está inserido e por último o contexto da obra As Flores do Mal. O resultado da pesquisa será apresentado em uma coleção de acessórios de moda e editorial que reflita a ideia do livro e seu estilo literário. 2. CHARLES BAUDELAIRE Charles Pierre Baudelaire nasceu no dia 9 de abril de 1821, filho de JosephFrançois Baudelaire e Caroline Dufaÿs, na cidade de Paris, capital da França. Aos 6 anos de idade, com a morte de seu pai, Caroline se casa com o comandante Jacques Aupick, que se tornou embaixador e senador durante o Segundo Império (1852-1870). A partir do casamento, Baudelaire passa a viver uma vida bem atribulada. Sua relação com o padrasto nunca foi boa e sempre conflituosa1. O comandante o oprime, o trata como um de seus subordinados e o obriga a andar na linha (BARONIAN, 2010). Aos 20 anos de idade, em 1841, Charles é enviado sob comandos do general à Calcutá na Índia. Baronian (2010, p. 24) afirma que “no navio se mostra um passageiro privilegiado, que destoa por sua elegância e seus gostos refinados, emprega uma linguagem grandiloquente, entregando-se a longos monólogos que surpreendem e escandalizam”. Charles interrompe a viagem 10 meses depois na ilha da Reunião sem chegar ao destino final, retorna à Paris e atingindo a maioridade, tem o direito de tomar as posses da herança deixada pelo pai. A partir daí passa a viver uma vida boêmia e desregrada, gastando descontroladamente a herança. Sua mãe e o padrasto tiveram de intervir e ganharam na justiça o direito de alocar apenas uma pequena quantia mensal ao poeta, que passou a viver em condições financeiras precárias (FALEIROS 2010)2. As dificuldades financeiras não impediram Baudelaire de continuar seguindo com a vida boêmia e refinada. No período a partir de 1840, o meio artístico e literário de Paris está em plena efervescência e Baudelaire não demora a juntar-se aos grupos artísticos, formados por notórios pintores e escritores da época. Começa escrevendo pequenas peças ocasionais com os amigos e colabora anonimamente na realização de uma coletânea de versos, se torna cada vez mais exigente em compor poemas que traduzem sensações e experiências reais 1

BARONIAN, Jean Baptiste. Baudelaire; Tradução de Julia da Rosa Simões. 1. Ed - Porto Alegra: L&PM, 2010.

BARONIAN, 2010 apud FALEIROS, 2010, p. 12.


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Mariana Ferreira Os poemas ardentes que ele escreve então, os quais retoca e aperfeiçoa incessantemente – poemas terrivelmente íntimos que afirmam, com um sincretismo inaudito, o prazer dos sentidos e o ódio, a vertigem do amor e o desgosto de amar. De mal-amar. De não poder amar sem dor. (BARONIAN, 2010, p. 39)

É no universo arte da pintura que Baudelaire primeiramente se sente melhor, é um universo que lhe é familiar, quase natural, desde que vira seu pai pintar guaches e cercar-se de artistas, afirma Baronian (2010). Em 1845 lança seu primeiro livro: Salão de 1845, onde apresenta suas críticas de arte exaltando principalmente as obras do pintor Eugène Delacroix. No ano seguinte publica Salão de 1846, o qual confere a Baudelaire uma certa autoridade nos meios artísticos e literários que frequenta. Para Faleiros (2010, p.12) “seus escritos de crítica de arte e literária contribuíram para o desenvolvimento do conceito de “modernidade””, termo inventado por ele. Também colabora como jornalista para jornais e revistas, o que não leva adiante. Entre 1850 e 1855 publica diversos poemas em revistas e jornais, o qual Baudelaire pretendia agrupá-los e publicá-los em forma de livro. Em 1855 publica um grupo de 18 poemas na revista Revue des deux mondes sob o título de As Flores do Mal, título sugerido pelo escritor e amigo de Baudelaire Hippolyte Babou (BARONIAN, 2010). Nesse meio tempo, traduz e publica traduções dos contos e poemas do escritor americano Edgar Allan Poe. Somente ao final de 1856 que Baudelaire assina com Poulet-Malassis o contrato que prevê a publicação em forma de livro a coletânea de poemas que vem reunindo a mais de dez anos, sobre o nome de As Flores do Mal. Baudelaire fiscaliza seu editor e seu livro de muito perto. Ele se revela dos mais detalhistas, dando extrema importância à composição e à paginação de seus textos, examinando cada palavra, verificando se os itálicos e os hifens de que tanto gosta foram bem impressos e se a ordem que ele quer para os poemas foi perfeitamente respeitada. (BARONIN, 2010, p. 107)

Em 25 de junho de 1857 o livro com uma coletânea de 100 poemas é colocado à venda. Algumas semanas após lançamento, um artigo assinado por Gustave Bourdin no jornal Le Figaro, denuncia a imoralidade de quatro poemas, e o Ministério Público não demora a recorrer mandando apreender o livro e instaurando uma ação judicial contra o autor e seus editores. Inicialmente foram incriminados treze poemas da coletânea, considerados obscenos, ultrajantes à moral pública. Ao final da sentença, é ordenado que seis poemas sejam retirados além de condenar Baudelaire a trezentos francos de multa (BARONIAN, 2010) Em 1861 é publicado uma segunda edição de As flores do mal contendo poemas inéditos, um volume de crítica artística e os Paraísos Artificiais, que reúne dois ensaios sobre duas drogas, o haxixe e o ópio. Em “Um comedor de ópio”, Baudelaire analisa o livro Confissões de um comedor de ópio, escrito por Thomas de Quincey; e no “Poema do haxixe”, o poeta fala sobre os efeitos da droga baseado em suas experiências e na convivência com o grupo de intelectuais que faziam parte do “Clube dos haschichins” (haxixeiros, comedores de haxixe). Em dezembro de 1863 publica O pintor da vida Moderna, segunda obra célebre de Baudelaire,


105 que descreve e analisa a obra de Constantin Guys que capta alguns aspectos definidores da vida moderna (GAUTIER, 2001). Entre os anos de 1864 e 1865, vivendo na Bélgica, Baudelaire se encontra cada vez mais sem dinheiro e seu estado de saúde piora devido à sífilis que contraiu ainda jovem, sendo vítima de vários distúrbios crônicos (BARONIAN, 2010). Em 1866, com 45 anos, retorna a Paris com a mãe e é hospitalizado semiparalisado e sem conseguir se comunicar. Seu estado de saúde não impede de demonstrar satisfação ao ver a vasta tiragem de Marginália, um livreto publicado por Paulet-Malassis contendo 23 peças de Baudelaire incluindo os seis poemas condenados de As Flores do Mal (BARONIAN, 2010). Durante toda sua doença Baudelaire foi acompanhado pela mãe e recebe constantemente visitas de amigos. Em 31 de agosto de 1867, por volta das onze horas, Charles Baudelaire morre aos braços da mãe que ainda não sabe que colocou ao mundo um dos grandes mestres da literatura. As obras de Baudelaire e sua capacidade intelectual só foram reconhecidas e consideradas verdadeiramente após sua morte. É considerado um dos grandes pensadores de todos os tempos e fundador da modernidade literária. Seu desempenho tornou-se um modelo no século XX, foi precursor e principal influenciador de uma linguagem moderna no romantismo, denominada como simbolismo. 3. O SIMBOLISMO O período denominado como Simbolismo nasce na transição do século XIX para o século XX. A transformação cultural pode ser explicada à um entendimento dos fenômenos de transformações político-sociais e econômicas de meados do século XIX, mais especificamente quando se assistiu a intensificação da Revolução Industrial na Europa, período que surge os avanços tecnológicos e mercadológicos, tendo como consequência o crescimento das cidades devido à exigência de mão de obra pelas indústrias, divisão do trabalho, produções em séries, pregresso do capitalismo e desenvolvimento dos meios de transportes e comunicação (COTRIM, 2002).

Com efeito, se a Revolução Industrial, com a automatização, economizou recursos, por outro lado, transformou o operário na engrenagem de uma máquina, ao condicionálo às linhas de montagem. Se introduziu a produção em série, intensificou também a brutal separação de classes sociais, com o isolamento do homem dentro de sua especialidade. Se tornou o mundo menor, com a velocidade de locomoção e com quase instantânea captação dos fatos através dos periódicos, por outro lado, em consequência de tais meios, fez que o homem tivesse uma imagem fragmentada do universo. (GOMES, 1984)

Os triunfos materialistas e científicos não mais respondiam as exigências da nova realidade e muitas vezes não eram aceitos por estratos sociais. Alguns grupos alertavam sobre o mal-estar espiritual trazido pela Revolução e as atividades artísticas foram afetando as formas de agir e produzir além de influenciar na vida cultural. O artista da época despreza o querer, a vontade e adota procedimento passivo e indiferente frente à vida. Este “mal-estar” gerado pelo período de revoluções e transformações, gera duas tendências relacionadas entre


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Mariana Ferreira si, o Decadentismo de caráter existencial e o Simbolismo, mais especificamente na literatura (GOMES, 1984). Os primeiros traços do Simbolismo surgem na França e tem como raízes o período 3 Romântico . De acordo com Massaud (1996, p. 20), “o Simbolismo pode ser considerado uma espécie de prolongamento, ou mais rigorosamente uma etapa avançada da concepção do mundo e dos homens inaugurada pelos românticos”. O ponto de partida para os poetas do período, seria escrever poemas que propunham novos modos de olhar para o mundo. É com a poesia de Baudelaire, em 1857, com As Flores do Mal que é percebido os primeiros traços da estética simbolista. Precursor apenas ou poeta maior do Simbolismo, o fato é que Charles Baudelaire exerceria influência decisiva para o triunfo do movimento, pois dele provêm, em linha quase direta, os três outros poetas franceses ligados ao Simbolismo: Rimbaud, Verlaine e Mallarmé. (JUNQUEIRA, 2004)

A influência de Baudelaire também opera na no campo da expressão com a “teoria das correspondências”, ou seja, das sinestesias entendidas como um processo cósmico de aproximação entre as realidades físicas e metafísicas, entre os seres, as cores, os perfumes e o pensamento ou as emoções (MASSAUD, 1996). O poema de Baudelaire é considerado marco inicial do simbolismo e influenciou diversos poetas do período.

Devido a suas características, “Correspondências” exerceria grande influência nos poetas simbolistas, em três níveis diferentes. Primeiramente, a ideia das “correspondências” torna-se muito cara ao movimento. A concepção de que o universo não tem sentido em si e de que as coisas materiais remetem às espirituais alimenta o idealismo dos poetas do Simbolismo. Em segundo lugar, a fusão entre sensações diferentes, a partir de um estímulo, provocaria teorias estranhas (para outros poetas), que propõe combinações entre sons e cores. E em terceiro lugar, vale ressaltar esta busca do primitivo (...), reflexo da atitude antipositivista que percorrerá toda a literatura da época. (GOMES, 1984, p. 39)

Correspondências A Natureza é um templo onde vivos pilares Por vezes dão a ouvir palavras muito estranhas; Nas florestas de símbolos o homem se emaranha Que o observam com olhos bem familiares; Tal como longos ecos que ao longe se escondem Em uma tenebrosa e profunda unidade, Tão vasta como a noite e como a claridade, As cores, os perfumes e os sons se respondem. 3 Romantismo foi um movimento artístico e filosófico que surgiu no final do século XVIII na Europa, indo até o final do século XIX. A maior característica do Romantismo era a visão de mundo que se contrapunha ao racionalismo do período anterior (neoclassicismo). O movimento romântico cultiva uma visão de mundo centrada no indivíduo, portanto os autores voltavam-se para si mesmo, retratando dramas pessoais como tragédias de amor, ideias utópicas, desejos de escapismo e amores platônicos ou impossíveis.


107 Há perfumes frescos, como carnes infantes, Doces como oboés, verdes como campinas, - E outros, corrompidos, ricos e triunfantes, Tendo a expansão das coisas infinitas, Como o âmbar, o almíscar, o benjoim e o incenso, Transportes a cantar do espírito e do senso.4 O termo “Simbolismo” aparece primeiramente em uma publicação de Paul Bourde em 1885 como substituição ao termo “Decadentismo”. Porém a nova estética literária passou a ser conhecida e nomeada como simbolismo em 1886 com a publicação do “Manifesto Simbolista” no jornal Le Figaro escrito por Jean Moréas. Massaud (1964), define que os simbolistas compreendem que a poesia não é somente emoção, amor, mas a tomada de consciência desta emoção. Ao voltar-se para dentro de seu “ego”, iniciam uma viagem interior de resultados imprevisíveis da mais profunda camada de sua pisque. Para tentar traduzir a mensagem que descobriram, foi preciso empregar uma mensagem indireta que apenas sugerisse os conteúdos emotivos e sentimentais sem narrá-los ou descrevê-los. o “símbolo” consistia no recurso imagético mais apropriado para exprimir sugerindo as relações múltiplas entre a sensação ou a ideia poética e a palavra correspondente. Mas isso equivalia a que o símbolo ganhasse outra dimensão que não aquelas que tradicionalmente possuía (…). O símbolo significaria a tentativa de representar (simbolizar) por meio de metáforas polivalentes todo conteúdo vago e multitudinário do mundo interior do poeta. (MASSAUD, 1964, p. 37)

Em seu Manifesto, Moréas explicita as características do Simbolismo, que em resumo se propõe em uma poesia de capacidade sugestiva, musicalidade de expressão e o idealismo de origem platônica (GOMES, 1984). A partir desta publicação, o movimento simbolista começa a se difundir e dominar a França e atinge auge em 1891 por consequência de um “banquete simbolista” oferecido pelo poeta Mallarmé. Ao mesmo tempo, o simbolismo cruzou fronteiras e influenciou a literatura de outros países da Europa e da América. 4. AS FLORES DO MAL Lançado primeiramente em 25 de junho de 1857 e considerada a obra-prima de Baudelaire, As Flores do Mal, trazia uma coletânea de cem poemas que chamava atenção pela linguagem inovadora que oscilava entre o sublime e o grotesco e abordava temas como lesbianismo e satanismo, temas que ainda não haviam sidos abordados por qualquer outro escritor, e que foi considerado controversos para a época. Baudelaire foi o primeiro poeta a homenagear a paisagem do seu século, “a cidade e seus meandros obscuros e tristes, a multidão, os pobres, as prostitutas e a podridão (o cadáver em decomposição em seu poema mais célebre 4

BAUDELAIRE, Charles. As Flores do Mal; Tradução de Mário Laranjeiras. 2. Ed - São Paulo: Martin Claret, 2012, p. 31


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Mariana Ferreira “Uma Carniça”)”. 5

Os poemas contidos na coletânea, Baudelaire os levara todos ao mais fundo de sua alma, alguns com furor, outros com paciência; ele os alimentara com seu sangue, sua carne, seu suor. São autenticas confissões (...). Elas falam sobre a angustia de ser e de viver, apelam sucessivamente a Deus e a Satã, a Cristo e Caim, celebram o êxtase e a luxúria, os arrebatamentos da carne e seus infinitos tormentos. (BARONIAN, 2010, p.110)

Trata-se de uma obra que pode ser considerada autobiográfica. Seu criador é encontrado em cada poema e em cada tema nele contido, seu spleen, amores, solidão… Em carta, Baudelaire escreve “Neste livro atroz pus todo o meu pensamento, todo o meu coração, toda minha religião, todo o meu ódio”6 Um artigo no jornal Le Figaro criticou a coletânea pelo realismo grosseiro utilizado e pelo seu caráter imoral. O Ministério Público não tardou a convocar o poeta, o condenando com multas e ordenando a suspensão de seis poemas, considerados obscenos. Ao recorrer à ação, Baudelaire não se mostra culpado, ele diz “estou, ao contrário, muito orgulhoso de ter produzido um livro que apenas emana o terror e o horror do mal. (…). Se for preciso me defender, saberei fazê-lo convenientemente” (BARONIAN, 2010, p. 111). A consequência foi um efeito devastador para a carreira de Baudelaire, que passou a ser conhecido como “poeta maldito”. Inicialmente os cem poemas foram divididos em cinco partes e em 1861, uma segunda edição é lançada sendo acrescentado 35 novos poemas com a maioria destes formando uma nova parte intitulada “Quadros Parisienses”. Portanto, esta segunda edição de 1861 foi a que consagrou As Flores do Mal, totalizando 129 poemas divididos em seis partes, com exceção dos seis que foram condenados quatro anos antes. Em 1868-1869, foi preparada uma terceira edição das “Flores do Mal” em sua versão definitiva, sendo acrescentados novos poemas de Baudelaire. Foram ainda publicados os seis poemas condenados em 1857, numa parte intitulada “Os Destroços”. Também são publicadas obras contendo um estudo biográfico do autor, textos e cartas inéditas. O poeta escreve em linhagem clássica, usando na construção do livro o verso 7 alexandrino , envolve um mistério e preocupa com a musicalização dos versos que é sempre lento, grave e solene seguindo as leis de um ritmo próprio e inconfundível (JUNQUEIRA, 2010). Baudelaire inicia As Flores do Mal com um poema prefácio “Ao Leitor”, acusando-o 5

BAUDELAIRE – Gigantes da Literatura Universal. Versão portuguesa dirigida e traduzida por Fernanda Botelho. Arnoldo Mondadori Editore, 1972.

6 SOUZA, Sueder. Baudelaire: Um estudo sobre a beleza. Ensaio – Departamento de Letras, Universidade Federal do Maranhão, 2014 7 Verso alexandrino é o verso composto por doze sílabas poéticas. No contexto geral, é o segundo verso mais longo, em estrofes isométricas. Conhecido também como Alexandrino Clássico ou Alexandrino Francês, está presente em poesias extremamente trabalhadas gramática e foneticamente, como as parnasianas, porém continuam a serem utilizadas até os dias de hoje.


de alimentar no coração o “grande monstro moderno, o tédio” (GAUTIER, 2001). O leitor assim é introduzido a um mundo que ao lado de todas as belezas, se verá também todo o horror da existência. Ao leitor (…) Mas em meio às cadelas, onças e chacais, Macacos, escorpiões, gaviões e serpentes. Os monstros a ganir, rosnar pelo chão rentes. Na fauna infame e vil dos vícios ancestrais, Existe um mais feio, e maldoso, e imundo! Embora sem fazer grandes gestos, gritar, É capaz de em frangalho a terra transformar E num só bocejar engoliria o mundo; É o Tédio – carregado o olhar de pranto vão, Ao fumar seu cachimbo em sonhos mergulhado, Tu conheces, leitor, tal monstro delicado, - Hipócrita leitor- meu igual – meu irmão!8 4.1 Spleen e Ideal O primeiro grupo de poemas “Spleen e ideal”, apresenta o contraste entre um impulso do homem em busca da idealidade e sua queda que levaria à melancolia do Spleen (expressão do famoso tédio baudelairiano). Este contraste entre a miséria e a grandeza do homem é evocada em três ciclos. O primeiro é o da arte, em que o poeta celebra principalmente a poesia, a visão da natureza através das “correspondências”, a glória da história humana e o paraíso. Em seguida há o ciclo do amor, em que este juntamente com a arte seria sua salvação, o seu ideal de beleza. Vale ressaltar que para Baudelaire, a beleza provém do pecado e do sofrimento, ela nasce do mal. Por último, o ciclo do Spleen, o mal de viver, profunda sensação do mal que o homem não consegue escapar. Os esforços da tentativa de evasão diante do “tédio” são observados nos grupos que seguem a obra. 4.2 Quadros Parisienses Em “Quadros Parisienses”, essa evasão se daria no mundo da grande cidade, Paris, em sua multidão e seus marginalizados, mas que para o poeta acaba sendo o próprio inferno, pois a cidade é uma vasta alegoria da infelicidade do homem, levando-o novamente ao spleen. Os poemas deste ciclo, expõe de maneira alegórica a sociedade moderna, suas transformações e seu caráter transitório, causadas pelas revoluções que marcaram o final do século XIX. O cisne 8

BAUDELAIRE, Charles. As Flores do Mal; Tradução de Mário Laranjeiras. 2. Ed - São Paulo: Martin Claret, 2012, p. 23

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Mariana Ferreira Paris muda! Mas nada na melancolia Se alterou! Paços novos, andaimes e obras, Velhos bairros, para mim é tudo alegoria, E as recordações, pesam mais do que rochas Assim, diante do Louvre, uma imagem me oprime: Penso no grande cisne e seus gestos sem jeito, Tal como os exilados, grotesco e sublime, E roído de anseio sem trégua!9 (…) 4.3 O Vinho Logo, em “O Vinho”, ele procura a evasão no vinho, pelo mundo do seu “paraíso artificial”, suas tentações e seus prazeres, onde o despertar se daria pela embriaguez. O vinho torna o fraco forte, o triste feliz A Alma do vinho A alma do vinho, à noite, cantava em garrafas: “Homem, a ti eu mando, amigo na orfandade, Desta prisão de vidro e cera em que me abafas, Um cântico de luz e de fraternidade. (…)”10 Porém este vicío, para o poeta, resulta em um constante sentimento de culpa. O vinho do assassino (…) - Eis-me aqui livre agora e em solidão! Esta noite estarei mesmo embriagado; Sem medo e sem remorso, pois então, Eu vou permanecer no chão deitado (…) Esmagar-me a cabeça sempre cheia De culpa, ou decepar os membros meus, Zombo de tudo isso, e até Deus, Do demônio e também da Santa Ceia!11

9

Ibidem, p. 107.

10 11

Ibidem, p. 129. Ibidem, p. 131.


111 4.4 Flores do Mal A quarta parte “Flores do Mal” é considerada o ciclo mais sombrio da obra. A grandeza e a miséria humana estão associadas à figura feminina, que para o poeta, é um ser tentador, sedutor e perverso, como pode ser visto no poema “Mulheres condenadas”. Os prazeres e os vícios implicam no poeta um constante sentimento de culpa, e aí se assiste a entrega do ser à destruição, aproximando da morte, sem mais espaço para qualquer idealidade buscada inicialmente. 12 A Destruição (...) Ele conduz-me assim longe do Divo olhar, Ofegante e alquebrado da lida, em lugar De planícies de Tédio, fundas e desertas, E põe nos olhos meus, em plena confusão, Muitas roupas imundas, feridas abertas, E a máquina sangrenta da Destruição13 4.5 Revolta A quinta parte “Revolta” apresenta somente três poemas que se revelam o satanismo. O poeta questiona a divindade e se revolta contra a raça de Caim (seres humanos). A revolta e Satã é vista como um último suspiro sem esperanças, Baudelaire então entoa sua sombria prece: “ó Satã, tem piedade da minha miséria” no último poema “Ladainhas de Satã”.14 4.6 A Morte Ciclo que encerra o livro, a morte aparecerá como a esperança da vida, a busca da morte não é a busca do fim, mas a busca do novo, de um outro mundo. A Viagem (…) Lança em nós teu veneno que nos reconforta! Queremos, enquanto há na alma o fogo a queimar, Mergulhar no abismo, Inferno ou Céu, que importa? 12

Síntese das Flores do Mal. Disponível em: https://www.academia.edu/7260002/ S%C3%ADntese_dAs_Flores_do_Mal_Baudelaire. Acesso em: 29/05/2017. ACADEMIA.EDU.

13 BAUDELAIRE, Charles. As Flores do Mal; Tradução de Mário Laranjeiras. 2. Ed - São Paulo: Martin Claret, 2012, p. 137 Ibidem. 14 .


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Mariana Ferreira Ao fundo do insabido para o novo encontrar.15 5. CONCLUSÃO A influência e importância não só da poesia, mas também dos escritos de Baudelaire é imensa, é o fundador do que chamamos hoje de modernidade e influenciou uma geração enorme de escritores que é mais nitidamente observada na segunda metade do século XIX na França, quando a poesia moderna lança raízes definitivas. Os três maiores poetas desse período – Verlaine, Rimbaud e Mallarmé – através de suas obras o homenageiam. Mesmo diante de uma sociedade que inicialmente não o compreendeu e de sua “má fama”, Baudelaire conseguiu confirmar sua força, inaugura o maldito e sombrio na literatura, demonstra de maneira exemplar a sociedade de sua época e o mal de suas transformações. E ainda hoje, 160 anos passados, ainda é fácil nos identificarmos com o sentimento de desanimo, tédio e angustia existencial denominado por Baudelaire como Spleen, causada pelas transformações tecnológicas, mas de uma maneira contemporânea. A partir desta identificação, dois meios artísticos, a poesia e a moda, serão utilizados em junção para representar a essência dos poemas de Baudelaire. 6. DESENVOLVIMENTO DA COLEÇÃO A coleção será desenvolvida mediante à leitura dos poemas d’As Flores do Mal, representando os temas que nele são identificados e em palavras chaves que se encontrados em diversos poemas, como exemplo está a imagem da flor, que aparece não só no título do livro como em alguns dos poemas. As famílias da coleção serão os 6 grupos de poemas estudado. A coleção final resultará em uma coleção de acessórios (brincos, colares, pulseiras, anéis) de estilo maximalista. Por se tratar de uma obra que expressa principalmente emoções, um editorial também será executado complementando as poesias e o estilo em que está inserido. REFERÊNCIAS ACADEMIA.EDU. Síntese das Flores do Mal. Disponível em: https://www.academia. edu/7260002/S%C3%ADntese_dAs_Flores_do_Mal_Baudelaire. Acesso em: 29/05/2017. BARONIAN, Jean Baptiste. Baudelaire; Tradução de Julia da Rosa Simões. 1. Ed - Porto Alegra: L&PM, 2010. BAUDELAIRE, Charles. As Flores do Mal; Tradução de Mário Laranjeiras. 2. Ed - São Paulo: Martin Claret, 2012. BAUDELAIRE, Charles. As Flores do Mal: edição bilingue; Tradução, introdução e notas de 15

Ibidem, p. 160.


113 Ivan Junqueira . 1.ed. especial – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006. BAUDELAIRE – Gigantes da Literatura Universal. Versão portuguesa dirigida e traduzida por Fernanda Botelho. Arnoldo Mondadori Editore, 1972. BENJAMIM, Walter. Sobre alguns temas em Baudelaire. Disponível em: < http://postllc. fflch.usp.br/sites/postllc.fflch.usp.br/files/Sobre_alguns_temas_em_Baudeleire.pdf>. Acesso em: 25/05/2017 COTRIM, Gilberto. História para o ensino médio – Brasil e geral – Volume único. – 1. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2002. GAUTIER, Théophile. Baudelaire. 1. Ed. – São Paulo: Boitempo, 2001 JUNQUEIRA, Ivan. Genealogia do Simbolismo. Disponível em: <http://www.academia.org. br/artigos/poesia-genealogia-do-simbolismo>. Acesso em 10/05/2016 MASSAUD, Moises. O Simbolismo (1983 – 1902). São Paulo: Cultrix; 1996. MOTTA, Leda Tenório da. Lições de Literatura Francesa. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1997. SISCAR, Marcos. As Flores Novas de Baudelaire. Disponível em: < http://revistacult.uol. com.br/home/as-flores-novas-de-baudelaire/>. Acesso em 12/04/2017. SOUZA, Sueder. Baudelaire: Um estudo sobre a beleza. Ensaio – Departamento de Letras, Universidade Federal do Maranhão, 2014.



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