MARINA DO VALE

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INSTITUTO DE COMUNICAÇÃO E ARTES CURSO DE GRADUAÇÃO EM MODA

O FASCÍNIO DO VESTUÁRIO SOB O OLHAR DE MARIA ANTONIETA Marina do Valle Fontes

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplica de Projeto Experimental como requisito para a obtenção de título de bacharel em moda. Professor Orientador: Aldo Clécius Área: Criação Produto Final: Coleção Feminina Tipo de Apresentação Final: Desfile

BELO HORIZONTE 2015/2

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dedicatória a meus pais e irmãos...

A vocês dedico essa conquista. Vocês que me ensinaram tudo que sei, e graças a isso pude crescer e me tornar uma adulta , tentando corresponder aos seus ensinamentos, e dessa forma , aprendi a essência do viver seguindo seus exemplos. Hoje , não quero que derramem lagrimas por sim , mas sim que vivam comigo a alegria e realização dessa vitória, que só foi possível graças ao apoio e incentivo de todos. Muitas foram as vezes em que dividi meu cansaço e preocupação com vocês , que sempre me deram forças para não desistir e sempre seguir em frente. Todo meu amore gratidão á vocês , que são meus exemplos de vida e estarão comigo em todos os grandes momentos. A vocês ofereço a minha eterna admiração e essa grande vitória.

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“Mas foi muito cedo, como uma adolescente recém-chegada à França, que fez pela primeira vez uma admirável tentativa de assumir o controle sobre sua imagem tal como transmitida pelo que vestia. Dando início a uma série de audaciosos experimentos estilísticos que durariam a vida inteira,e que um aristocrata contemporâneo descreveu como constituindo “uma verdadeira revolução na indumentária”,ela desafiou as idéias estabelecidas sobre o tipo e a extensão do poder que uma rainha francesa deveria possuir.” ( WEBER, Caroline. Pág.12) 7


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agradecimentos

“Ninguém se faz sozinho, sempre é preciso um olhar de apoio, uma palavra de incentivo, um gesto de compreensão, uma atitude de amor”. Agradeço a Deus, que se faz tão presente em minha vida e me guia para que eu possa seguir meu caminho tomando as melhores escolhas. A meus pais ,que sempre acreditaram em mim, me apoiaram incondicionalmente,me incentivaram a levar meu grande sonho em frente e fazer meu curso do coração. A meus familiares e amigos , que sempre me apoiaram ,acreditaram firmemente em mim, e tornaram essa trajetória muito mais leve e feliz. Agradeço também meus professores,que com muita sabedoria conseguiram fazer de mim uma pessoas com novas ideias e um novo olhar para o mundo. A vocês,com quem tive o prazer de compartilhar os meus sonhos e ideias, o meu muito obrigado!!!

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resumo Este memorial descritivo, apresenta estudos da inspiradora e encantadora vida de Maria Antonieta, imperatriz da frança do século XVIII. Tendo como principal objetivo extrair uma visão contemporânea para criação de uma coleção feminina voltada para o público elegante e surpreendente, para o verão de 2016/2017. O resultado foi o desenvolvimento de cores, formas e modelos materializados em uma coleção de 45 looks dos quais 06 serão confeccionados. Palavras-chaves: Moda. Vestuário. Maria Antonieta.

abstract This specification presents studies of inspiring and charming life of Marie Antoinette, France ‘s Empress of the eighteenth century. With the main objective to extract a contemporary vision for creating a dedicated women’s collection for the elegant and amazing audience, for the summer of 2016/2017 . The result was the development of colors, shapes and models materialized in a collection of 45 looks of which 06 will be made . Keywords: Fashion . Clothing. Marie Antoinette.

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sumário curriculum ............. 1 briefing de negócios..3 Descrição da marca ..................... 4 Estilo ............................................ 4 Elementos de estilo .................... 4 Nicho ........................................... 4 Segmento .................................... 4 Gênero ......................................... 5 Canais de distribuição ................. 5 Margem de preço ....................... 5 Diferenciais da marca no produto ......................................... 5 Concorrentes ................................ 6 Painel de estilo da marca ................. 8 Público- alvo ................................. 10 identidade visual da marca ............... 13 Logo ............................................ 14 Monocromia ................................ 15 Tipografia ..................................... 15 Escala de cores .............................. 15 Área de proteção .......................... 16 Área de redução minima ............ 16 Malha de ampliação ...................... 16 Usos indevidos ............................. 17 Papelaria ...................................... 18 Brindes ......................................... 19

briefing de coleção ..... 21 Release ........................................ 23 Painel de inspiração ..................... 24 Macrotendências ........................ 26 Tendências da estação ................. 28 Cartela de cores ........................... 30 Cartela de tecidos ......................... 31 Matérias ...................................... 32 Aviamentos ................................. 33 Mapa de famílias .......................... 34 Tabela de peças ............................ 36 Formas e silhuetas ........................ 37 coleção ............... 39 Família 1: Fascínio ................... 40 Família 2: Flowers ...................... 50 Família 3: Refúgio ...................... 60 Família 4: Liberdade .................. 70 Família 5: Rococó ...................... 80 Mapa de coleção ....................... 91 artigo científico ...... 93

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curriculum

marina do valle dados pessoais

Brasileira, solteira. Nascimento: 16/03/1992 endereço: Rua: Av. Lourival Augusto de Carvalho, 430 – Conjunto Olímpia Bueno Franco – Betim - MG. CEP: 32652-400 Tel.: (031) 35953400 Cel.: (031) 87467468 E-Mail: marina.do.valle@hotmail.com

formações acadêmicas •

curso Superior

Design de Moda UNA MG Conclusão: dezembro de 2015 Turno: noite

CURSOS extracurrículares

Curso de informática (Windows, Word, Excel, PowerPoint, Internet, Digitação). Curso de inglês (intermediário).

experiências profissionais • Centro terapêutico master fisio Recepcionista 07/01/2011 a 31/01/2012

• Agiliza Promotora Negócios Assistente comercial Junior 29/11/2012 a 16/05/2013

• JEY moda feminina Vendedor temporário 01/03/2012 a 01/04/2012

• Dash Uniformes Atendimento comercial 21/05/2013 até atualmente

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briefing de negรณcios 3


descrição da marca A marca feminina Marina do Valle tem como objetivo oferecer peças com uma modelagem exclusiva e exótica , aprimoradas com tecidos nobres que valorizam suas formas, decotes e comprimentos. A marca visa realçar o que a mulher tem de mais encantador , a sensualidade. A marca surgiu da vontade da en-

estilo

Dominante: Sexy e Moderno Complementares: Dramático e Exuberante

elementos de estilo Elementos Subjetivos: Sensualidade, ousadia, requinte. Elementos físicos: Decorativismo, decotes, recortes e cores .

nicho Prêt-à-Porter de difusão

segmento Festa e casual chic 4

tão estudante de moda Marina do Valle de abrir marca própria, levando seu trabalho a diante com coleções que fossem a sua cara. Decotes, fendas, estampas e recortes diferenciados são a sua fonte de inspiração, que está em busca de uma roupa surpreenda e chame atenção por onde passe.


gênero Feminino

Canais de distribuição A Marca possui loja própria e loja online.

Margem de preço Entre R$200,00 e R$1.500,00 (Varejo)

diferenciais da marca no produto

Para mulheres de atitude e personalidade forte,a marca Marina do Valle tem como diferencial peças surpreendentes,acompanhadas por modelagens exóticas. As roupas seguirão a linha Noite – Festa: roupas adequadas para ocasiões como festas, danceterias e shows. A marca acredita que se vestir bem é para todos, e visa assim oferecer a

seus clientes looks requintados, com valores muito mais acessíveis em vista de seus concorrentes, sem perder a identidade e qualidade da marca. Sempre em busca de novidades, inspirações e inovações, a marca tem como objetivo oferecer ao consumidor um produto diferenciado que faça com que qualquer mulher se sinta única e especial em sua maneira de se vestir 5


concorrentes Balmain concorrete de Estilo: A marca foi fundada em 1945 por Pierre Balmain, com o intuito de dar vida novamente a moda nesse período e pós-guerra. Atualmente tem como designer Olivier Rousteing, supervisionando as coleções femininas e masculinas. A Balmain tem como estilo a mulher elegante, moderna e sensual.

Lança perfume concorrente de Mercado: Pertencente ao grupo La Moda, que atua no mercado têxtil há 28 anos, a marca Lança Perfume surgiu em 2006 por meio de uma mudança ousada no posicionamento da empresa, em busca da conquista de um novo mercado: fashion feminino. A Lança Perfume tem uma nova percepção da moda feminina: traz para seus produtos atitude fashion, sensualidade e ousadia. Veste uma mulher cheia de atitude, com peças conectadas às tendências de moda, modelagens que valorizam o corpo.

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Animale concorrente de mercado: Marca carioca fundada em 1991 pelos irmãos Roberto, Claudia e Gisella Jatahy, investindo em estilo, qualidade e tecnologia têxtil. Marca focada em mulheres sofisticadas, ousadas e exigentes, com um conceito próprio e versátil.

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painel de estilo da marca

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público-alvo O público-alvo são mulheres jovens de 20 a 30 anos, classe B, de espírito jovem que trabalham e possuem sua própria renda. Extremamente marcantes e surpreendentes, elas sabem exatamente o que querem transmitir a quem está ao seu redor, através de suas roupas e da maneira com que se portam. Com gostos requintados, as consumidoras da marca freqüentam as melhores festas, como: buddha bar, phenomenal white e Café del Mar ,boates como: Nasala e Privilege, shoppings como: BH Shopping e BarraShopping, e restaurantes como: Marília, A Favorita e

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Arantes. Gostam de comer bem ,viajar e sair com os amigos ,valorizam a vida como ninguém. Freqüentadoras de academias e clinicas de estética , as consumidoras da marca se preocupam com o corpo , pele ,saúde e estão sempre de olho na alimentação. São mulheres que vivem ligadas as novidades sobre o mundo da moda e se interessam pelo universo abrangente da cultura, como as últimas tendências lançadas no mercado. Elas querem se sentir únicas em seu jeito de se vestir, são mulheres fatais e de personalidade forte, são sofisticadas, exigentes e muito ousadas.


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identidade visual da marca

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logo

marina do valle Nome:

Cor:

Atualmente sou eu quem faz grande parte das peças que uso, com a ajuda de minha mãe. Procuro sempre fazer looks que não passem despercebido, amo quando alguém me chama para elogiar as minhas roupas e tenho orgulho de dizer que foi eu quem fiz. Tenho o sonho de levar isso para as pessoas, que elas tenham acesso possam consumir as minhas roupas,meu estilo, e por isso a escolha do meu nome para a minha marca, as peças tem a minha identidade e são a minha cara.

A cor preta foi escolhida por se tratar de uma cor que transmite nobreza, dignidade, mistério e fantasia, atualmente a cor preta é muito utilizada por marcas luxuosas.

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Fonte: A fonte escolha para a Logomarca da marca foi a Movie Letters.Fonte extremamente elegante, limpa e marcante, transmite exatamente o que a marca deseja passar.


monocromia

tipografia

escala de cores CMYK 100% C 100% M 100% Y 100% K

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área de proteção

marina do valle

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área de redução minima marina do valle

1 cm

malha de ampliação 5 4 3 2 1

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usos indevidos marina do valle Não espaçar mais as letras

marina do valle Não achatar a fonte

marina do valle Não usar a fonte em itálico

marina do valle Não mudar a fonte

marina do valle Não aproximar as letras

marina do valle Não espelhar 17


papelaria

Cartão de visita: 740x105mm, couché fosco, 300g, impressão à laser.

Sacolinha: 150x250x80mm offset 300g impresão à laser.

Papel de carta: 210x297mm, offset, 80g, impressão à laser | Envelope: 215x302mm, offset, 150g, impressão à laser.

Sacola: 300x500x100mm offset 300g impressão à laser.


marina do v

alle

Caixa: 300x200x100mm, duplex acoplado em micro-ondulado, impressão à laser.

Tag: 40x100mm papel kraft 200g impressão à laser

brindes

Espelho: __x__mm, moldura em placa de metal dourado.

Bolsinha: 150mmx100mm, couro e tecido de poliéster.

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briefing de coleção 21


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Release estilista mineira lança coleção verão 2016/17 insírada em Maria Antonieta, a polêmica rainha francesa que revolucionou a moda de seu tempo, em pleno século XVIII Inspirada no fascínio exercido até hoje pela encantadora e polêmica Maria Antonieta, a coleção verão 2016/2017da marca Marina do Valle apresenta uma visão sofisticada da imperatriz para mulheres marcantes e exuberantes. Uma leitura moderna com perfume da vida e herança da rainha da França. A estilista Marina do Valle pesquisou tecidos nobres, como: seda, crepe , rendas e tules, que valorizam e dão o caimentos esperados nas peças. As principais formas utilizadas por elas foram:Cintura alta e marcada, recortes, decotes , transparência e comprimento midi. A cartela de cores foi cuidadosamente escolhida para acompanhar tanto a temática da coleção, quanto a identidade da marca, visitando dos tons pastéis aos doces que freqüentemente adornavam os salões de versailles. Dando o frescor da temporada: azuis tiffany e turquesa, rosa quartzo, amarelos in-

tensos e verdes piscina e marítimo, juntamente com os tons de branco e preto , que completam a cartela de cores. Para enriquecer as peças, os looks apresentam riqueza em detalhes e acabamentos. Aprimorados com aplicação de bordados, laços, corte a laser e estampas exclusivas florais que remetem ao rococó e diretamente a elegância de Maria Antonieta e também a identidade da marca.“Estou extremamente feliz e realizada com o resultado dessa coleção, pesquisar a vida de Maria Antonieta me proporcionou um resultado incrível, as peças ficaram lindas e vale muito a pena conferir.” Diz Marina do Valle. A coleção foi criada pensando nas mulheres mulheres de espírito jovem, independentes e que sabem exatamente o que querem transmitir á quem está ao seu redor, através de suas roupas.

Estilista: Marina do Valle marina.do.valle@hotmail.com contato:(31)8746-7468 23


painel de inspiração

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macrotendências

Hoje em dia, as pessoas tendem a ser cada mais influenciáveis e, determinadas ações tem grande impacto no modo como as pessoas pensam e é aí que entram as macrotendências , que são basicamente movimentos culturais que envolvem não só apenas a moda, mas qualquer movimento social, como artes, música e literatura. As mulheres consumistas da marca Marina do Valle são jovens e extremamente antenadas as ultimas tendências do mercado,sendo assim , sem dúvida o que mais as influenciam na hora do consumo são: Redes sociais , Viagens , revistas , músicas e até mesmo momentos de laser.Para esse comportamento, é dado o nome de Macro Conexão.

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tendências da estação decotes:

Animale

cushnie Et Ochs

Givenchy

cropped:

Alexander wang 28

jill stuart

phillip lim


Segundo a pesquisas realizadas nas principais semanas de moda internacionais , as tendências que vem com tudo no verão 2016 São elas: fendas , Croppeds ,transparência e decotes. Vistas

vera wang

com frequencia nas passarelas, editoriais e campanhas de moda há algum tempo, elas são as apostas para o próximo verão, e vem para ficar. transparência:

elie saab

badgley mischka cushnie et ochs

Givenchy recortes:

herve leger 29


cartela de cores As cores vivas e alegres da coleção verão 2016 Marina do Valle foram cuidadosamente escolhidas pensando tanto na temática da coleção, como também na identidade da marca. O Tema “ O Fascínio do vestuário

ao ver de Maria Antonieta” me proporcionou buscar inspiração no universo da mais ousada e inovadora rainha da França, universo este que apresenta uma repleta gama de tonalidades que transmitem o frescor da estação trabalhada.

dominantes tonalizantes intermediárias

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Rosa Antigo PANTONE 13-1520 Rose Quartz

Azul Tiffany PANTONE 13-4810 Limpet Shell

Preto Luto

Azul Piscina PANTONE 15-5519 Turquoise

Branco Puro

Amarelo Ouro PANTONE 12-0752 Buttercup

Verde Campo PANTONE 15-0146 Gree Flash


cartela de tecidos Jaquard medalhão 70% poliéster 30% algodão Ouro Minas Textil

Os tecidos foram escolhidos cuidadosamente visado realçar as formas,recortes e caimento das peças, selecionei tanto tecidos armados, que dão mais forma para determinados looks, quanto tecidos leves, que dão caimento, leveza e frescor para as peças.

Seda 100% Seda Ouro Minas Textil R$22.90M

Crepe 100% poliéster Ouro Minas Textil R$16.90M

Couro 100% couro

Renda 100% Algodão Retalhão Betim R$69,90M

Neoprene 100% Neoprene Ratalhão Betim R$39,90M

Microtule 100% Poliamida Ouro Minas Textil R$60,00M 31


matérias Através de pesquisas realizadas e matéria dada em sala, foram analisadas tipos diferente de matérias. Em todas puderam ser aplicadas , por não serem

adequadas com os looks e temáticas da coleção. Seguindo as características e temática da coleção , foram aplicadas as seguintes matérias:Aplicação de pedras , aplicação de tiras bordadas , aplicação de laços , estampa digital , plissado , corte a laser , recortes e junção de tecidos.

superfície:

Aplicação de tiras bordadas

Aplicação de franjas

Aplicação de pedras

beneficiamento:

Estampa Localizada

Estampa Digital

Estampa Digital

remodelagem:

Recortes 32

Sobreposição de tecidos

Junção de tecidos


Os aviamentos são peça chave nessa coleção, além de dar acabamento a peças, eles tem a função de trazer informação e funcionalidade aos looks. Os aviamentos me possibilitam dar uma nova cara a uma determinada peça, transformando o que era básico em algo totalmente inovador e atual na moda.

aviamentos

Botões R$25,00 100 unidades Versati Aviamentos

Linhas R$2,90 1 unidade

Zíper R$29,90 100 unidades Versati Aviamentos

Colchetes R$16,90

Intetela R$10,90M Versati Aviamentos

Elástico R$2,50M Versati Aviamentos 33


Mapa de famĂ­lias

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tabela de peças

formas e silhuetas As formas apresentadas na coleção são marcadas na cintura, restas e volumosas nos quadris, caracterizando não só a identidade da marca , como também o universo da coleção. As silhuetas pêra , ampulheta e reta estarão presentes nas peças representando a feminilidade e transmitindo a sensualidade e requinte desejados pela marca.

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Descritivo do processo de desenvolivmento da coleção Para o desenvolvimento da coleção verão 2016/2017 Marina do Valle,foi realizada uma intensa pesquisa,com o objetivo de buscar inspiração na vida,e trajetória de Maria Antonieta,jovem imperatriz da França, que viveu no século XVIII,quebrando todas os paradigmas estabelecidas pela sociedade da época,e desse forma,revolucionando a história da moda de seu tempo. Com base nisso, foram desenvolvidos modelos exóticos e surpreendentes, que condizem com a identidade da rainha,mas também com a o estilo proposto pela marca. As formas e silhuetas foram cuidadosamente escolhidas,visando trazer para as peças uma releitura moderna e exuberante dos looks usados no século XVIII. As estampas e coes da coleção foram inspiradas no petit trianon, delicado palácio que tinha como

parte indispensável de sua decoração as flores. Os tecidos utilizados transmitem o frescor do verão,e ao mesmo tempo a sofisticação e caimento esperado para as peças. Para a criação das famílias ,foi necessário buscar inspiração nos mais diversos gostos e costumes da rainha,e também no século em que a mesma viveu,extraindo assim diversos elementos que me proporcionaram concluir uma coleção incrível. A maior dificuldade encontrada ao longo do processo,foi a execução das peças com efeito de anquinha,ou “pannier” que exigiram uma modelagem mais elaborada e bastante complicada.A parte mais fácil, foi introduzir e também executar a identidade da minha marca a coleção,recostes e decotes exóticos,que deram a minha cara ás peças.

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coleção 39


família 1 fascínio Inspirada no queridinhos das corte do período rococó, a família 1 foi toda inspirada nas “anquinhas” ou “ panniers” que eram usados como forma de fazer com que todos os detalhes das roupas: Laços , bordados, estampas e enfeites, pudessem ser vistos de frente.

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família 2 flowers Inspirada no simpático petit Trianon, templo onde Maria Antonieta se encontrava em seus momentos de descanso e laser , a família 2 é totalmente floral , estampa composta por rosas , que tinham seu lugar de destaque na decoração do pequeno palácio.

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família 3 refúgio Inspirada nos trajes de montaria usados pela Rainha Maria Antonieta como refúgio para de se distrair críticas e regras estabelecidas pela sociedade, a família 3 apresenta cortes que lembram os looks utilizados no esporte do século XVIII,as peças apresentam detalhes em couro, que dão um ar moderno e sofisticado.

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famĂ­lia 4 liberdade

Inspirada na leveza e liberdade proporcionadas pelo uso das chemise, a família apresenta peças repletas de transparência , golas e tecidos leves.

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família 5 rococó Inspirada na beleza e riqueza de detalhes pertencentes ao estilo rococó do século XVIII, a família 5 apresenta peças elaboradas com bordados , plumas e tecidos armados , representando o exagero da época.

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mapa de coleção

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artigo cientĂ­fico 93


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INSTITUTO DE COMUNICAÇÃO E ARTES CURSO DE GRADUAÇÃO EM MODA

O FASCÍNO DO VESTUÁRIO SOB O OLHAR DE MARIA ANTONIETA

ALUNA: Marina do Valle Fontes PROFESSOR(A) ORIENTADOR(A): Luiza Oliveira

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Marina do Valle Fontes

O FASCÍNIO DO VESTUÁRIO SOB O OLHAR DE MARIA ANTONIETA

Artigo apresentado como requisito de avaliaçãoo do Curso de Graduação em Mda do Centro Universitário UNA para aprovação parcial na disciplina TIDIR IV Professora Orientadora: Luiza Oliveira Produto FInal TCC> Coleção

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O FASCÍNO DO VESTUÁRIO SOB O OLHAR DE MARIA ANTONIETA

Marina do Valle Fontes¹ RESUMO O objetivo do presente trabalho é analisar a história inspiradora, encantadora e repleta de facetas vivida por Maria Antonieta, tendo como principal objetivo entender o seu eterno fascínio pela moda. A rainha revolucionou a história do vestuário de sua época, e até hoje é vista como um ícone da moda da atualidade. Este artigo aborda a paixão de Antonieta por suas roupas e como fazia delas o mais forte dos refúgios contra todas as criticas sofridas no decorrer de todo seu reinado. Palavras-chaves: Moda. Vestuário. Maria Antonieta. ABSTRACT: The objective of this study is to analyze the inspiring stor, charming and full of facets lived by Marie Antoinette, with the main objective to understand their eternal fascination with fashion. The Queen has revolutionized the clothing story of his time, and even today is seen as a topical fashion icon. This article discusses the passion of Antoinette by her clothes and made them as the strongest of refuges against all the criticism suffered in the course of his reign. Keywords: Fashion . Clothing . Marie Antoinette.

* Trabalho apresentado como requisito parcial de avaliação pra obtenção do título de bacharel no curso de Moda, do Instituto de Comunicação e Artes do Centro Universitário UNA. ¹Graduando em Moda, no Instituto de Comunicação e Artes - ICA. E-mail: marina.do.valle@hotmail.com

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INTRODUÇÃO O presente artigo consiste em pesquisar o Fascínio do vestuário ao ver de Maria Antonieta. Tendo como ponto de partida analisar a importância da moda na vida da polêmica e encantadora rainha da França, que a fim de escapar dos rigores e padrões estabelecidos pela vida na corte, revolucionou a moda de sua época e se tornou sinônimo de estilo e inovação em pleno século XVIII. Maria Antonieta teve consciência do poder simbólico que a moda ocupava em sua vida desde o momento em que pisou na corte Francesa pela primeira vez, com apenas 14 anos até o momento de sua morte. Talvez não esperando que esse poder tivesse tão forte influencia em todos os acontecimentos e aspectos de sua breve história, e que seu guarda-roupa, muito provavelmente fora um dos maiores incentivos á revolução. Por meio de este olhar a linguagem do vestuário exerceu então a demonstração de subjetividade contida na comunicação da mulher Dessa forma o objetivo geral deste artigo é analisar através de pesquisa acadêmica como Maria Antonieta enxergava a moda como agente transformador, a fim de afirmar sua identidade através do vestuário e todo seu fascínio e encantamento. O presente artigo se consiste em apontar como Maria Antonieta cobriu-se de elementos de estilo, do sapato aos cabelos, das joias ao vestuário, que sempre foram um fator de extrema importância em sua vida, mas que, em contrapartida, foi considerado por seu povo uns principais motivos de sua derrotam, levando a jovem rainha à guilhotina. Na procura obcecada de publicidade para si própria através de seus enormes penteados e vestimentas exóticas, a jovem Antonieta sempre tratou a moda como assunto sério, e fazia dela a sua maior ocupação, lançar uma nova Mosa todos os dias era a sua maior diversão. Em moda, o vestuário feminino tem uma linguagem própria, sempre de acordo com as transformações da identidade feminina, sendo que o contexto entre a relação de gênero e sensualidade há aspectos discutíveis dadas à estreita relação com o corpo, sendo assim o trabalho acadêmico irá abordar estes ditames e tentará trazer a luz os seus complexos parâmetros e efeitos. Seguindo a linha de raciocínio que a vigente peça acadêmica quer elucidar, há de se explanar sobre a fascinação da vestimenta. Compreender de forma elucidativa o fascínio do vestuário ao ver da ultima rainha da França é o principal objetivo deste trabalho acadêmico, embora sabidamente muito discutido, o tema ainda se faz relevante tendo em visa que ainda aborda a transformações do corpo feminino no decorrer dos séculos. Diante do exposto acima se infete o problema e relevância do tema, tanto no plano prático teórico quando nas possíveis contribuições que possam vir a ser satisfatórias. A moda em seu papel de poder e luxuria como ensejo do desejo, despojando a sensualidade e cantando os anseios das mulheres para que elas consumam, usem e se realizem através do vestuário. Para chegar ao objetivo proposto os documentos utilizados para pesquisa foram livros e artigos científicos que abordam o assunto. Antônio Carlos Gil considera que, “Para fins de pesquisa científica são considerados documentos não apenas os escritos utilizados para esclarecer determinada coisa, mas qualquer objeto que possa contribuir para a investigação de determinado fato ou fenômeno. Assim, a pesquisa documental tradicionalmente vale-se dos registros cursivos que são persistentes e continuados” (GIL, 2009, p.147).

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A pesquisa documental é a verificação de informações já existentes, ou mesmo já publicadas.


Tais documentos constituem a amostra da pesquisa considerada conveniente por serem acessíveis aos pesquisadores. Para Minayo (2007), as informações produto de pesquisas devem ser aliadas a posições teóricas já existentes, ela ressalta ainda, a importância do conhecimento teórico prévio para a eficiente coleta e análise de informações. Cruzando tais informações foi possível desenvolver um artigo informativo e comparativo cujo método e escolha das informações mais relevantes foram feitas pelos próprios pesquisadores. O objetivo é exibir as descobertas feitas durante o trabalho. DESENVOLVIMENTO 1.

O NASCIMENTO DE UM MITO DO MUNDO DA MODA

De acordo com Weber (2008), no ano de 1755, em Viena, Áustria nasce Maria Antônia Josefa Joana de Habsburgo, Filha de Francis I, imperador do Sacro Império Romano-Germânico. Aos 14 anos, Maria Antonieta larga tudo para se casar com o delfim de França, Luís Augusto de Bourbon, futuro Luís XVI e salvar a relação da Áustria com a França. A união foi arranjada por sua mãe, a Sacro Imperadora Maria Teresa de Habsburgo, que foi a primeira e única mulher a governar sobre os domínios habsbúrgicos e a última chefe da Casa de Habsburgo. Os primeiros anos não foram fácies para a jovem arquiduquesa, já que a mesma vivia praticamente aprisionada em sua nova casa na França. Maria Antonieta só começou a aproveitar de verdade a nova vida após a morte de Morte do rei Luís XV, em 1774, quando seu marido, Luís XVI assume o trono e Antonieta vira oficialmente a rainha da França. Segundo Beting (2013), a sofisticação da corte de Versalhes fascinou e ao mesmo tempo assustou a jovem austríaca. Maria Antonieta sofreu para se adaptar as rígidas regras e etiquetas impostas pelo palácio, onde a vida particular da esposa do herdeiro do trono era tratada como um assunto de Estado. Mesmo tendo demorado mais de dez anos para concretizar o objetivo principal de seu casamento com Luís XVI, que era dar a luz a um herdeiro, nos primeiros anos de reinado, a rainha foi muito amada, respeitada e admirada pelo povo e aproveitou muito bem. Antonieta adorava organizar e frequentar festas, bailes de máscaras e corridas a cavalo, inclusive, foi a primeira e pioneira no uso de trajes de montaria. Ainda segundo a autora, no decorrer dos anos houve certa decadência na popularidade da rainha, e isso a levaria á um trágico e doloroso fim: a guilhotina. A revolta popular aconteceu pelo fato de que Antonieta buscava afastar o tédio das convenções e protocolos da corte através de prazeres e diversões, fazendo com que ela se tornasse para o olhar de seus súditos uma rainha fútil, frívola, organizadora de bailes e orgias, totalmente inexperiente para reinar, gastadeira e responsável pela crise econômica que abalou a França às vésperas da Queda da Bastilha. 2.

A MODA SOBRE O OLHAR DE MARIA ANTONIETA

De acordo com Weber (2008), ícone da moda de seu século, a arquiduquesa Maria Antonieta chegou a França ainda muito jovem, com apenas 14 anos para se casar com o Herdeiro do trono Bourbon. Desde sempre questões de aparência e vestimenta mostraram-se centrais em sua existência, já que a futura rainha da França tinha que seguir um rígido protocolo que governava não só como ela se vestia, mas também quando se vestia, e quem a vestia. Esse protocolo foi imposto por monarcas franceses, com o intuito de exibir a afirmar a magnificência da dinastia Bourbon. “O vestuário é uma singular formar de comunicação, embora sendo útil principalmente para cobertura corporal. Dessa maneira, a vestimenta reflete os valores predominantes em determinada sociedade e sob esse aspecto, pode ser considerado uma linguagem cuja significação é

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compartilhada por uma cultura” (BARROS, RIBEIRO e SILVA, 2009, p. 1).

A jovem princesa recebeu um curso intensivo que se propunha a ensiná-la como os Bourbon lidavam com a aparência, imagem pessoal e vestuário. Maria Antonieta foi moldada da cabeça aos pés, aprendendo a se mover graciosamente , andar em cima de saltos altos e a se portar dentro de seus trajes robustos e pesados. A aparência daquela jovem princesa era o que decidiria seu fracasso ou sucesso como futura rainha da França. O diálogo da mulher se fazia pelas roupas e pelo código da sociedade pontifícia. Percebe-se a imagem da mulher vestida tanto como sujeito como objeto. Para Ximenes, “Essas sinalizações, que proporcionavam mensagens por meio desse corpo social, estabelecem uma relação de comunicação com os transeuntes: sua dedicação ao ornamento atingia o grau de felicidade em ser percebida pelo mundo” (XIMENES, 2009, p. 42). Diante de toda essa opressão imposta pela etiqueta cortesã arraigada, Maria Antonieta apresentou certa revolta desde os seus primeiros dias em Versalhes, transformando seus looks e acessórios em desafiadoras expressões de autonomia e prestígio. Acredita-se que a rainha tenha identificado a moda como uma forma de se expressar e lutar por seu prestígio pessoal. Ainda muito cedo, a mocinha deu início a uma série de experimentos estilísticos que a acompanhou durante toda a sua vida. “Ela desafiou as ideais impostas sobre o tipo e a extensão que uma rainha francesa deveria possuir”, segundo o autor. Sendo assim, Antonieta se vestia não só para atender as necessidades primordiais que essa função nos permite, mas principalmente para se satisfazer de alguma forma , a rainha usava a vestimenta para se sentir única e também para afirmar sua identidade em suas aparições perante a sociedade (WEBER, 2008). . O modo como nos vestimos atrai olhares sobre nós, e nos diferencia dos demais. Uma determinada roupa pode provocar as mais variadas sensações diante do olhar do outro. Ou seja, “A ornamentação, elemento de diferenciação demográfica, social e sexual das aparências, atrai o olhar, fortifica o amor próprio, em suma, distingue, mas, de maneira variável, segundo motivações e impulsões” (CIDREIRA, 2005, p.40). Vivendo um casamento de fachada durante os primeiros sete anos, onde a união serviu apenas para cimentar uma união política entre a França e a Austrália, o rei Luis XVI recusava-se a consumar o matrimonio, Maria Antonieta vivia uma situação extremamente desconfortável, pois nem o seu lugar em Versalhes, nem a aliança Franco- austríaca estariam seguros a menos que ela desse a luz a um herdeiro á dinastia Bourbon. Caso contrário ela sempre seria vista perante a sociedade como uma “rainha infértil” e que deveria ser substituída (WEBER, 2008). Segundo Weber (2008), diante de toda angustia sofrida pelas facções intrigante, a recém chegada encontrou na moda um meio de afirmar sua identidade , modificando as convenções da aparência real de maneira cada vez mais ousada, abandonando de vez o estilo estabelecido pelo reinado Bourbon e partiu em estimulantes e diversas direções. “Ela usava a moda como um instrumento político, como forma de aumentar ou sustentar sua autoridade em momentos em que ela parecia estar sob risco, como nos sete anos que se passaram antes que ela tivesse um filho” (WEBER, 2008, p.45 ).

Através de novas roupas, sapatos e penteados, a rainha se impôs, colocando-se acima de qualquer outra mulher francesa, garantindo assim que seu marido não tivesse necessidade de se envolver com mais nenhuma mulher, como era de costume na época, “foi uma atitude inédita para uma rainha” (WEBER, 2008, p.69). “Antigamente, as soberanas francesas tinham

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de transmitir uma imagem dócil e frágil, vivendo longe


dos holofotes. Quem tentava se envolver com política e exibir seu poder por meio de roupas luxuosas eram as amantes dos reis” (Weber, 2008, p.71).

3.

A MODA COMO REFÚGIO

Segundo Weber (2008), logo no início de seu casamento, Maria Antonieta ganhou do marido, que reconhecia a necessidade da esposa em ter o seu próprio refugio o Petit Trianon, um pequeno palacete neoclássico situado bem próximo a Versalhes. Com forros de paredes e cortinas delicadamente Feitos em cetim a rainha transformou aquele lugar num laboratório que a servia como um amplo programa de experimentação estética cultural. Dessa forma, o Petit Trianom também faria parte de sua revolução na moda, servindo como vitrine para uma rainha notoriamente poderosa e emancipada. Maria Antonieta, como muitas celebridades lançadoras de moda, não criou um vocabulário estilístico totalmente novo, mas sim, inovou ao inspirar-se em culturas já existentes e as personalizou, deixando com seu gosto e inconfundível estilo próprio (WEBER, 2008). “O Fascínio da moda, sobretudo a vestimenta, deve-se ao fato de que ela nos apresenta. Vestir-se significa, a cada vez, completar nosso corpo. Como diria Emanuele Coccia “ O corpo fenomenologicamente falando , se dá sempre numa articulação em duas partes, um corpo anatômico e um outro a mais, encarnado nas vestimentas”. (CIDREIRA, 2013, p.142)

Com isso, podemos analisar que quando chegamos a determinado lugar, somos notados primeiramente pela vestimenta a adornos, que diz a respeito sobre nossa personalidade, decifrando, aos olhos do outro, quem somos. É inevitável afirmar que grande parte as pessoas preocupam-se com o fato de como são vistas aos olhos do outro e perante a sociedade. Esse fato é um grande aliado da moda, que cada vez mais ganha forças, levando em consideração que as mulheres não poupam esforços para investir em sua autoimagem (CIDREIRA, 2013). “Pode-se perceber que a parceria entre moda e individualismo gera uma forte preocupação do homem com a sua imagem, um investimento de si, uma auto observação estética sem nenhum precedente. A moda instiga, ao mesmo tempo , o prazer de ver e o prazer de ser visto, de exibi-se ao olhar do outro e do mundo” (CIDREIRA, 2013, p.56)

Ainda de acordo com Weber (2008), em seu pequeno palácio, longe dos olhares curiosos de seus súditos Maria Antonieta se sentia à-vontade para usar aquilo que bem entendia, e esses trajes estavam, mais uma vez, claramente em desacordo com as tradições estabelecidas e impostas por Versalhes. Mas a rainha continuou dedicada firmemente a esses seus gostos exóticos, nem sua família, e nem seus súditos franceses a desviariam de seu jeito único de incorporar a moda. A rainha da moda criou com muita animação novas vestimentas adequadas especificamente a seu novo refúgio e baseados na ideia de que ela, como rainha poderia inovar e surpreender livremente. Enquanto em Versalhes a rainha e suas amigas combinavam seus enormes penteados e vestidos extremamente enfeitados, no Petit Trianon elas optavam por estilos mais simples, para levar a vida mais leve, e como de costume, essa tendência de tecidos modestos e discreta ornamentação, provocou uma revolução nas roupas e penteados das mulheres, “De uma maneira mais ou menos intencional, o individuo cria para ele mesmo um comportamento, um estilo que se caracteriza como moda pela sua maneira de entrar em cena, de ter a cena e deixa-la” (CIDREIRA, 2012, p.55).

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4.

O LEGADO DE MODA DEIXADO PELA RAINHA

Maria Antonieta revolucionou a moda de seu tempo. Desde o instante em que chegou a corte, com apenas 14 anos, até o momento em que caminhou para guilhotina ela teve consciência do poder simbólico ocupado pela moda em sua vida. A jovem princesa Austríaca foi uma das figuras mais imitadas pelas mulheres pertencentes da corte francesa, Antonieta criou uma moda própria e única, espelho do esplendor de seu reinado, aproveitando-se do poder que a aparência tem para sugerir e influenciar opiniões, assim como para projetar a imagem pretendida, e foi exatamente esta utilização da moda, como uma espécie de afirmação de sua verdadeira identidade, que fez com que a rainha tivesse diversas fases (WEBER, 2008). De acordo com Weber (2008), ao assumir o trono , em 1774 , Maria Antonieta se encantou perdidamente por um penteado escandaloso e oscilante, chamado de Pouf, em seguida, o penteado se tornou traço marcante característico da rainha, e foi rapidamente copiado entre inúmeras francesas e também o exterior. Figura 01 - Maria Antonieta com um pouf à la Belle Poule: um intrincado penteado exibindo uma fragata francesa que lograra vitória decisiva contra os britânicos em junho de 1778.

Ainda segundo a autora, outro fato marcante da trajetória de Maria Antonieta foi o uso de roupas de montaria, até então vistas como masculinas. A rainha escandalizou os cortesões de sua época ao usar calças e montar como um homem. Outra peça indispensável no guarda roupas da rainha era o redingote, também usado para a prática de montaria, e que em meados da década de 1780 já havia se tornado peças chave nos armários de toda francesa. Vestidos expondo os tornozelos, vestidos estilo chemise, toucados e aventais brancos de musselina e paletós, foram várias as inovações da rainha, e apesar da imprensa anti monarquista violentamente criticar a moda usada por Maria Antonieta, à mesma sempre foi copiada. Tendo como principal intuito, conquistar o povo Frances, Antonieta lançou moda de vestir, de pentear e principalmente: de se viver (WEBER, 2008). Figura 2

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Nos dias atuais, a rainha da frança é vista como fonte inspiração para diversas coleções como as de Chanel e Dior. Sua história também é contada em filmes “Marie Antoinette” de 1938 dirigido por W. S. Van Dyke com Norma Shearer como Antonieta; o filme de 2006, “Marie Antoinette” dirigido por Sofia Coppola e estrelado por Kirsten Dunst; o filme “Les adieux à la reine” de 2012 dirigido por Benoît Jacquot (WEBER, 2008). Figura 3

Figura 4

De acordo com Moniz (2003), na corte de Versalles, Maria decide criar o seu universo particular recorrendo à moda. Com muita frequência, a rainha mudava sua aparência, variando entre penteados extravagantes a vestimentas bucólicas de campo que desfilava em seu Petit Trianon, passando também pelas andróginas silhuetas masculinas de montaria. Reinventando-se constantemente, Antonieta conseguia manter seus súditos curiosos, a espera de sua próxima nova faceta. Assim como Madonna, a rainha acendeu os debates nacionais sobre a sexualidade feminina, utilizando-se da moda quando queria dar um recado à corte. A feminilidade e o glamour da arquiduquesa, somados aos ares rebuscados da nobreza francesa do séc. XIII aparecem com frequência em colações contemporâneas. “Desde o momento em que Maria Antonieta, a arquiduquesa de 14 anos nascida na Austria, chegou á França para se casas com o herdeiro do trono Bourbon, questões de vestuário e aparência provaram-se centrais para sua existência.” (WERBER, 2008, p.11) Dessa forma, podemos afirmar que Maria Antonieta abriu caminho para que suas roupas, acessórios, adereços e joias, que antes da chegada da rainha eram vistos pela população francesa apenas em ocasiões especiais, pudessem ser livremente vistos, reproduzidos e vendidos, fazendo com que a mesma se tornasse um referencial de moda, beleza e de seu tempo, sucesso que foi muito além da realeza de Versalhes (WEBER, 2008).

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5.

MÁRTIR DA MODA

Segundo Weber (2008), “Maria Antonieta ajudou a inventar a moda como um jogo político de apostas altas, um jogo de que ela participou com toda seriedade, e com resultados fatais.” (WERBER, 2008, p.325). Envolvendo nesse jogo não só a sua autonomia e prestígio, como também a sua coroa, e finalmente, sua vida. Por meio de suas roupas, a rainha conseguiu expressar as suas batalhas, que ocorreram em uma época de extrema instabilidade social. No decorrer de toda sua vida, as roupas que a rainha vestia ocupou um grande significado no sentido político, fazendo com que ela fosse reconhecida e avaliada mais pelo que vestia do que pelo que fez e dessa forma, podemos constatar que a ela mesma estabeleceu os parâmetros para a história que se associaria seu nome com a morte, e pelos quais talvez, a moda mais fielmente do que qualquer outro aspecto ainda a evoca. De acordo com Altman (2009), Marina Antonieta se tornou uma rainha impopular diante de seus súdito, devido a seu estilo de vida extremamente luxuoso que a população acreditava ser a causa da falência do tesouro da França e no dia 16 de outubro de 1793, Antonieta vivia sua última jornada. Prisioneira na Conciergerie e condenada a morte, o verdugo e seus auxiliares foram até sua cela prepará-la para a execução na guilhotina. Vinte e três anos antes, a jovem e imatura princesa austríaca chegava a Versalhes, no ano de 1770 debaixo de aclamações. Tinha apenas 15 anos e se casaria com aquele que futuramente viria a ser o rei Luis XVI, apenas um ano mais velho. Luís havia sido executado nove meses antes, em 21 de janeiro, aos 38 anos de idade e após sua morte, Antonieta caiu em profunda depressão, passando a ser chamada pela população francesa de “Viúva Capeto”. Quando foi abolida a monarquia, em 1792, Luís XVI perdeu o título de majestade e passando a ser chamado de Luís Capeto, ou cidadão Capeto, por ser descendente da dinastia capetinga da casa de Bourbon (ALTMA, 2008). Ainda segundo Altma (2009), depois de todos esses fatos a saúde de Antonieta muito rapidamente de deteriorou, visivelmente ela sóbria de tuberculose ou talvez de um câncer uterino, que a causava frequentes hemorragias. Apesar de sua saúde extremamente abalada, o debate quanto ao seu trágico destino era uma questão fundamental para a Convenção Nacional e a população estava dividida, alguns defendiam sua condenação à morte e outra, sua troca por prisioneiros de guerra franceses ou resgate em dinheiro por algum imperador do Sacro Império Romano. No mês de abril, foi organizado o Comitê de Salvação Pública que passou a pressionar pelo julgamento da ex-rainha, porém tinha quem solicitasse uma reeducação do delfim Luis Charles, filho de Antonieta, para que aprendesse as ideias revolucionárias e assumisse o trono da França. A ideia foi esquecida quando a criança foi separada de sua mãe em 3 de julho e entregue aos cuidados de um sapateiro-remendão de nome Simon, e no dia 1º de agosto a ex-rainha foi internada na Conciergerie como prisioneira de número 280. Figura 05 - Alexandre Kucharski, Maria Antonieta na prisão, em seu vestido de luto (1793)

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Em seu julgamento final, ao contrário de Luis XVI a rainha não teve nem tempo para sua defesa e foi acusada de diversas coisas, algumas até absurdas, e as principais foram: orgias em Versalhes, do envio de milhões em dinheiro para a Áustria, assassinato do duque de Orleans e de orquestrar o massacre dos guardas suíços. Mas a acusação mais chocante foi a de ter abusado sexualmente de seu filho. E quem a acusou, num testemunho diante do tribunal, foi o próprio Simon, o sapateiro-remendão, guardião do filho Luis Charles. Não respondendo à acusação de incesto, a rainha ficou pálida e visivelmente emocionada, ela disse: “A natureza se recusa a permitir tal acusação feita a uma mãe”, gritou ela: “Eu apelo a todas as mães que por ventura aqui estiverem” (WEBER, 2008, p. 267). Naquela tarde de outubro, às 12h15, pouco antes de completar seus 38 anos, vestindo uma roupa branca totalmente simples e como sempre, muito bem escolhida por ela para a triste ocasião. De acordo com Weber, “Rosalie, ao se posicionar em frente à rainha, com o intuito de tampar a visão dos guardas enquanto a rainha se trocava para a execução, constatou que a mesma havia separado uma chemise branca especialmente digna da ocasião, e ficou impressionada” (WEBER, 2008, p.319). “Compreendi,lembrou depois a criada, que era a sua intenção aparecer em público tão descentemente vestida quanto as circunstancias empobrecidas o permitiam ,assim como o fizera para o julgamento” (WEBER ,2008, p. 319).

Desse modo, podemos constatar que mesmo ao enfrentar s execução, Antonieta sentia vontade de controlar a sua auto imagem, de reafirmar sua identidade e conduta através do vestuário (WEBER, 2008). Maria Antonieta foi morta na praça da Revolução, hoje em dia chamada de praça da Concórdia. Suas últimas palavras teriam sido: “Perdoe-me, senhor, foi sem querer”, ditas á Sanson, por ter pisado em seu pé. Seu corpo foi levado em um túmulo comum no antigo cemitério Madeleine. Os restos dela e de Luis XVI foram exumados em 18 de janeiro de 1815, durante a Restauração Bourbon e enterrados em cerimônia cristã, três dias depois, na necrópole dos reis franceses na Basílica de Saint Denis (WEBER, 2008). Falando de Maria Antonieta, vem a mente de muitos a frase: “Se não têm pão, que comam brioches”, falada para alguns pobres que foram o ao palácio em busca de alimento. No entanto, há quem afirme que não foi Maria Antonieta quem disse a frase, mas que acabou sendo usada contra ela durante a Revolução Francesa (WEBER, 2008). Para Weber (2008), Muitos acreditam que a ira do povo foi despertada não só pela duradoura desconfiança acerca de seus vínculos com sua cidade natal, mas principalmente pela sua obsessão pela moda. Desse modo , quando a fuga real foi descoberta, uma enorme massa de pessoas invadiram o palácio e rumaram diretamente para o guarda-roupa real. Fala-se que os intrusos se apossaram de todas as roupas em que conseguiram pegar, as experimentaram e as lavaram para casa, com o intuito de usálas ou revende-las. Após ver os espelhos do aposento da rainha em Versalhes, e as roupas da rainha, que eram sinais de sua extrema vaidade e hedonismo, a ira dos saqueadores foi novamente provocada. Figura 06 - O Gourmad: Cena em Varennes, em 21 junho de 1791

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No dia se seu julgamento, que durou difíceis 20 horas, Maria Antonieta nem se quer adormeceu, às quatro e meia da manhã ela pediu que trouxessem velas, tinha e papel e escreveu uma carta para Madame Elisabeth, onde declarava seu amor pela família, e também pediu perdão por todos os erros cometidos, ela também declarou o perdão cristão há seus inimigos e expressou a esperança que tinha morres com coragem (WEBER, 2008). Após passar horas de angustia, chorando em silencio, chega a hora em Maria Antonieta tira o esfarrapado vestido preto que usava em respeito a seu luto, calça seus sapatos preto-ameixa, veste uma anágua limpa e sua nobre chemise branca. Para complementar o conjunto, a ex-rainha vestiu o vestido Déshabillé branco, e por fim, envolve o pescoço com o mais lindos de seus fichus, feito de musselina. Antonieta estava pálida, devido perda significante de sangue que passara nos últimos dias, e seus cabelos estavam sem cor, ela se tornou uma figura de pura e radiante brancura (WEBER, 2008). Figura 7

Talvez, o traje branco usado por ela tenha sido a mais brilhante representação de sua paixão pela moda, naquele dia, todos comentaram sobre seu traje impecável. Segundo a maioria dos relatos contam, enquanto aquela figura os espectadores assistiam em silencio, entre aquela escolta passava uma mulher não mais coberta por joias, não coberta por pluma, uma mulher que como de costuma, não estava com suas extravagantes e ostentadores roupas, uma mulher cuja suas próprias roupas seriam enviadas para as presas de Salpêtriére após a sua morte (WEBER, 2008). “Como o desenho de David deixou claro, o guarda- roupa famosamente elegante, infalivelmente controverso desaparecera para sempre. Antes mesmo que ela chegasse á guilhotina, esse aspecto de sua história, de seu corpo, de seu ser havia sido apagado, deixando-a uma única cor: o branco” (WEBER, 2008, p. 320).

6.

MODA ALÉM DO OBVIO

Dos trajes de montaria masculina que usava nas suas caças junto á realeza da França, ás deslumbrantes peles brancas e joias exuberantes que adornavam seu colo para os passeios de trenó, e dos exuberantes e volumosos penteados que fazia gosto em exibir nos melhores pontos de Paris as fantasias que usava para os inúmeros bailes de Versalhes, as exóticas e surpreendentes modas que Maria Antonieta lançou a fez ser notada não só como uma esposa inadequada ou exemplo de um esforço diplomático fracassado. Antonieta era uma mulher que podia se vestir, gastar e fazer exatamente o que bem entendia tudo o que tinha vontade (WEBER, 2008). Ainda segundo Weber, até certo ponto essa não era uma estratégia tão nova, o rei sol, Luís XIV, com a Maria Antonieta tinha um grau de parentesco distante e cuja sua trajetória de vida ela estudou durante sua infância, também havia promovido grande parte de suas absolutas pretensões através da adoção de roupas inesperadas e totalmente extravagantes para sua época. Diante de suas assombrosas composições, os espectadores se viam sem outra saída, a nãos ser admitir sua supremacia. Assim como Antonieta, o rei sol também costumava frequentar bailes de máscara, e nesses eventos sempre era visto

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com rebuscadas roupas e enormes perucas, ele também abusava das joias e tinha uma queda por trajes de caça que sugeriam poder sobre todas as criaturas, sejam elas grandes ou pequenas. Para o rei sol, a maneira como se vestia funcionava como um veículo, talvez de todos os mais eficiente para demonstrar poder politico (WEBER, 2008). Assim como Luís XIV, Maria Antonieta representou um chocante desvio do costume da estabelecido pela corte Francesa e relação ás roupas. Até o momento, era algo totalmente inédito que a esposa de um rei modificasse as convenções da aparência real. A jovem rainha fez exatamente isso, de forma cada vez mais inovadora, após assumir a coroa, em 1774 (WEBER, 2008).

“Sem ter sua estatura desafiada por uma amante real rival, porque o tímido Luís XVI não tinha nenhuma, a jovem rainha logo abandonou o estilo real estagnado e desalinhado que por muito tempo funcionara para evocar a atemporalidade do reinado Bourbon, e partiu em estimulantes novas direções” (WEBER, 2008, p.13).

Com o auxilio de uma talentosa equipe de estilistas, antepassados dos costureiros super stars de hoje, a rainha cultivou aparências modernas e divertidas, sedutoras e imprevisíveis. O pouf já citado acima foi uma de suas modas mais extravagantes e características, se tratava de um penteado enorme, moldado com talco e em cima desses volumosos penteados a rainha reproduzia cenas de eventos correntes (como uma vitória naval). Aos vestidos chemises vistos constantemente desfilados pela rainha eram menos extravagantes, mas não menos inovadores. Desestruturados e graciosos, caíram nas graças de Antonieta, em protesto contra as rugidas armações de saias e os estruturados espartilhos de barbatana de baleia que eram usados na corte francesa (WEBER, 2008). “Em meio á nobreza e a burguesia endinheirada, mesmo as mulheres que achavam essas inovações chocantes na esposa do rei não conseguiam deixar de acompanhá-las... Ao mesmo tempo em que criticavam a rainha por suas roupas, as pessoas continuavam a imita-la freneticamente. Toda mulher desejava ter o mesmo deshabillé, o mesmo toucado que á haviam visto usar” (WEBER, 2008, p.14).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS Em vista dos argumentos apresentados, conclui-se que Maria Antonieta, a polêmica, imprevisível e encantadora rainha da França, teve uma vida extremamente conturbada em vista das constantes criticas que a cercou durante todo seu breve reinado. Isso ocorreu por diversos motivos, por ser Austríaca, pelo fato de que por muitos anos não conseguiu consumar seu casamento, por ser muito imatura ou inconsequente, mas principalmente, pela sua grande paixão pela moda, e por tudo que a mesma á permitia ser. Totalmente inexperiente, a jovem rainha usou o vestuário como a mais forte das armaduras para se proteger de todas as ameaças apresentadas pela corte real. A fim de fugir de todas as rígidas e formais normas estabelecidas em Versalhes, a jovem Antonieta buscava em suas roupas alguma forma de afirmar sua verdadeira identidade, de passar para seu povo a imagem de uma mulher, forte e imponente, de prestígio e poder. Antonieta quebrou todos os paradigmas de sua época, revolucionando e inovando em seu modo único e exótico de se vestir. Para a maioria, Maria Antonieta foi, e até hoje é vista como uma rainha fútil, e talvez as atitudes tomadas por ela tenham sido de grande influencia no fato de que até os dias atuais a moda seja considerada algo tão supérfluo. A rainha de personalidade forte e estilo marcante é um ícone de moda até os dias atuais, apesar de muito criticada, tudo que a jovem usava virava moda entre as mulheres da corte, e até hoje a vida de Antonieta é fonte de inspiração para muitos. Totalmente conectado ao estilo das mulheres “Marina do Valle” o presente tema aparecera na coleção em diversos elementos. Os queridinhos trajes de montaria, os comprimentos mind usados por ela, cintura marcada, saias robustas e mangas volumosas. Explorarei ao máximo tudo que a vasta trajetória de moda vivida pela rainha me proporciona, abusando sempre da presença indiscutível e originalidade de Maria Antonieta para transmitir a sensualidade que traduz a marca.

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REFERÊNCIAS BETING, Grazielle. La vie en rose de Maria Antonieta. Disponível em <http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/la_vie_en_rose_de_maria_antonieta.html> Acessado em 26 de abril de 2015. CIDREIRA, Renata, Pitombo. Os sentidos da moda: vestuário, comunicação e cultura. São Paulo: Annablume, 2005. CIDREIRA, Renata, Pitombo. As formas da moda: estilo e artiscidade. São Paulo: Annablume, 2013. WEBER, Caroline. Rainha da Moda: Como Maria Antonieta se vestiu para revolução. Rio de Janeiro: Jorge Zahar , 2008.

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