PENSART - Jéssica Raiane Santos e Larissa Fernanda Souza

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CENTRO

UNIVERSITÁRIO

UN A

JÉSSICA RAIANE GOMES SANTOS LARISSA FERNANDA DOS SANTOS SOUZA

M od a e a rte conte mporân ea: Um olhar para a obra “ D e s v i o pa ra o v er m elho” d e Cild o Meirele s Trab alh o de Conclu s ão d e Cu rs o apre s e ntado à dis cipli na de Por t fólio de Moda , como re q uis ito para obt e nçã o do t it ul o de b ach are l e m moda. Á re a: Produ ção Profe s s or O r ie ntador : Fabiana Alme ida

C E N T R O UNIVERSITÁRIO UNA 2016

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Desvio para o vermelho: Impregnação, entorno, desvio.

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RESUMO O presente trabalho de conclusão de curso possui como tema de inspiração a obra de arte contemporânea “Desvio para o vermelho: Impregnação, entorno e desvio” do artista Cildo Meireles, este portfólio tem como finalidade posicionar todas as etapas deste projeto que foram realizadas, desde a criação de nossa produtora Pensart, um núcleo criativo de moda, até a execução do nosso produto final que se refere a um Fashion Film, o mesmo se baseia na inspiração que a obra nos despertou se materializando em um vídeo que retrata o cliente atendido difundindo a singularidade de sentimentos que a obra é capaz de despertar com a identidade. Palavras Chave: Fashion Film, Moda, Arte contemporânea. ABSTR ACT This course conclusion work has as theme inspiration the work of contemporary art "deviation for Red: Impregnating, surroundings and diversion "Artist Meireles Meireles, this portfolio aims to position all stages of this project have been carried out since the creation of our Pensart producer, a creative core of fashion, to implementation of our final product refers to a Film fashion, it is based on the inspiration that the work was awakened in materializing in a video that portrays the client served diffusing the uniqueness of feelings that the work is able to awakening with identity. Keywords: Fashion Film, Fashion, Contemporary Art.

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SUMÁRIO Capa Capa Acadêmica Folha de Rosto Resumo / Abstrato Sumário Currículo – Jessica Raiane Currículo – Larissa Fernanda Briefing de Negócios – Concorrentes Concorrentes Serviços Descrição de Serviços Público-Alvo Público-Alvo – Elma Noivas Painel de Público-Alvo Descrição do Público-Alvo Atendida Manual de Identidade Visual Justificativa do Nome, cor e fonte Monocromia Tipografia: Primária e secundária Escala de Cores: Pantone e CMYK Área de Proteção e Redução Mínima Alinhamento à Grade Usos Indevidos da Marca Cartão de Visita 4 cores CMYK Cartão de Visita 1 cor Papel Timbrado Adesivos Brindes Briefing do Plano de Comunicação Projeto de Moda Imagem de Moda Imagens da Obra – Desvio para o Vermelho Inspiração Citação – Cido Meireles Imagens de Rêfencia ao vermelho Macrotendência –‟Naturalismo Macrotendência –‟Imagens de referência Palavra Chave Tendências Tendências - Imagens de referência Proposta de vídeo Roteiro Story Board Plano Styling Croquis de Maquiagem Croquis de Beleza Croquis de Unhas Croquis de adereços de cena e acessório

Nº01 Nº02 Nº03 Nº04 Nº05 Nº06 Nº07 Nº08 Nº09 Nº10 Nº11 Nº12 Nº13 Nº14 Nº15 Nº16 Nº17 Nº18 Nº19 Nº20 Nº21 Nº22 Nº23 Nº24 Nº25 Nº26 Nº27 Nº28 Nº29 Nº30 Nº31 Nº32 Nº33 Nº34 Nº35 Nº36 Nº37 Nº38 Nº39 Nº40 Nº41 Nº42 Nº43 Nº44 Nº45 Nº46 Nº47

Cartela de materiais Anexos Romaneiro de peças Casting de modelos Tabelas de custos Cronograma Referências Making Of Artigo – Apresentação Artigo – Apresentação Artigo – Resumo Artigo – Abstract Artigo – Sumário Artigo – Introdução Artigo – Introdução Artigo – Moda e Arte Contemporânea Artigo – Moda e Arte Contemporânea Artigo – Moda e Arte Contemporânea Cido Meireles Cido Meireles - Desvio para o vermelho: Cido Meireles Considerações Finais Referências Referências Anexos Cronograma Contra-Capa

Nº48 Nº49 Nº50 Nº51 Nº52 Nº53 Nº54 Nº55 Nº56 Nº57 Nº58 Nº59 Nº60 Nº61 Nº62 Nº63 Nº64 Nº65 Nº66 Nº67 Nº68 Nº69 Nº70 Nº71 Nº72 Nº73 Nº74

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JÉSSICA RAIANE GOMES SANTOS Olá vou me apresentar, me chamo Jéssica Raiane Gomes Santos, tenho 22 anos, sou solteira, sem filhos, natural do interior do Norte de Minas, mais precisamente em uma cidade chamada Coração de Jesus, mas resido e fui criada na cidade de Belo Horizonte-MG. Sempre gostei e me identifiquei com o mundo da moda, descobri essa preferência na infância, através das criações de roupas de bonecas para amigas e para mim mesma, já na adolescência esse intimismo pelo mundo fashion aumentou com o desenvolvimento de produção de moda, acompanhamento de tendências e montagem de looks para conhecidos. Apesar de já ter decidido seguir essa carreira só obtive contato profissional efetivo com a mesma neste ano de 2016, estagiando em uma confecção localizada no bairro Gutierrez chamada Lisia Bello, na mesma realizei e realizo diversos trabalhos, desde a acessoria de moda para clientes, pesquisas e auxilio na criação de coleção, controle de facção, PCP e até na parte administrativa tendo contato com fornecedores, o que me leva a área em que possuo mais experiência, a administrativa, fiz cursos e trabalhei nesta área desde os meus 16 anos, o que me possibilitou ter noções de como funciona uma empresa agregando valor para a área em que estou me graduando. Antes do estagio, meu contato com a Moda foi por meio da participação de palestras e feiras de moda com trabalho voluntario. Possuo como objetivo futuramente me especializar na área de Gestão de Moda, tenho mais identificação com a área de consultoria e administração de moda, mas atualmente não tenho preferências de trabalhar em setores específicos da moda, busco agregar mais experiências se possível de tudo um pouco, visto que ainda sou “novata” no mercado fashion.

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LARISSA FERNANDA Larissa Fernanda Dos Santos Souza, 21 anos, solteira, natural de Porto Ferreira São Paulo, morando em Contagem Minas Gerais. Desde criança sempre tive contato com o mundo da moda, mas o primeiro contato foi quando fiz dois cursos de modelo apesar de já me interessar muito por desenhar vestidos. O tempo foi se passando e meu interesse por essas coisas foi aumentando cada dia mais , sempre tendo contato e já praticando de certa forma. Eu desde sempre quis seguir esse caminho, mas só em 2014 realmente comecei a trabalhar de fato, com moda noiva na Elma Noivas que fica no bairro da Glória em Contagem, na mesma eu realizei e realizo a criação de coleções de vestidos para noiva, vestidos de festa e debutante, trabalho também com acessoria para o mesmo. Dentro da moda essa é a área que mais me interessa, mas busco sempre novas experiências e novos conhecimentos.

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BRIEFING DE NEGÓCIOS Descrição geral da marca A Pensart é um núcleo criativo de moda que tem como propósito atender micro empresarios do ramo fashion seja no varejo ou no atacado, no intuito de posicioná-las no mercado, apresentando serviços de consultoria, produção de moda, vitrinismo, editoriais e fashion film de forma criativa e que correspondam com o ideal de quem nos contratar. ‟ O objetivo de atender micro empresários se deve ao desejo de desenvolver e colaborar com o crescimento de novas empresas, estes que por sua vez, apresentam grande maioria no mercado, e isso nos possibilitará ter uma quantidade de clientes a quem poderemos atender.

CONCORRENTES

A GoCasting é uma produtora executiva que trabalha com campanhas publicitárias, catálogos de moda e eventos de moda. O seu diferencial é englobar todo processo de produção e consultoria em apenas um serviço, trabalhando inclusive na contratação de profissionais parceiros e terceirizados para execução dos serviços. Já consolidada no mercado, possui experiência com grandes marcas como Oi, Laqcua di Fiori, Bh shopping entre outras.

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A empresa Rodrigo Cezário Marketing e Estilo é uma empresa especializada na construção da imagem de pessoas, marcas e instituições. Com uma proposta de atuação multifuncional, utiliza recursos de styling aliado ao conhecimento em marketing para que seus clientes conquistem seus objetivos. Seu diferencial é aliar expertise em marketing e tecnologia ao mundo fashion, também já consolidado no mercado e possuindo vasta experiência com clientes renomados como Sebrae , Constance, Bh Shopping entre outras.

A fundadora da Autentica Luciana Caram é graduada em administração e Gestão de Marketing e especializada em consultoria de imagem, visual merchandising e marketing digital, isso se torna um diferencial pois a mesma alia especializações que favorecem no posicionamento do mercado de seus contratantes, trabalhando a imagem de marcas, empresas e pessoas que buscam consultoria na imagem pessoal e profissional contando inclusive com atendimento online.

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SERVIÇOS Descrição geral da marca ‟A Pensart vai disponibilizar serviços de Styling, Vitrinismo, Produção de moda, editorias e Fashion Film, de forma conceitual ou comercial. Styling: Prestará consultoria de estilo através da forma como o cliente deseja apresentar seu produto ao mercado. Vitrinismo: Prepara a vitrine de forma a expor da melhor maneira os produtos da empresa por meio de vitrines tematizadas. Produção de Moda: Irá executar e se responsabilizara pelo processo de produção de editoriais e catálogos. Editorial: Prestará todos os serviços necessários para a execução de um editorial de moda como escolha de cenário, tema, produção e indicará na contratação de prestadores de serviços. Fashion Film: Trará propostas conceituais ao visual da marca através de um clipe, vai explorar de forma mais ousada os recursos de produção de moda, materializando o sonho aspiracional do publico alvo da marca contratante. Nossos serviços prezam pelo aumento das vendas, fidelização e captação de novos clientes, trazendo conceito e traduzindo o sonho aspiracional da loja para com seu cliente.

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DESCRIÇÃO DE SERVIÇOS A Pensart vai disponibilizar serviços de Styling, Vitrinismo, Produção de moda, editorias e Fashion Film, de forma conceitual ou comercial. Styling: Prestará consultoria de estilo através da forma como o cliente deseja apresentar seu produto ao mercado. Vitrinismo: Prepara a vitrine de forma a expor da melhor maneira os produtos da empresa por meio de vitrines tematizadas. Produção de Moda: Irá executar e se responsabilizara pelo processo de produção de editoriais e catálogos. Editorial: Prestará todos os serviços necessários para a execução de um editorial de moda como escolha de cenário, tema, produção e indicará na contratação de prestadores de serviços. Fashion Film: Trará propostas conceituais ao visual da marca através de um clipe, vai explorar de forma mais ousada os recursos de produção de moda, materializando o sonho aspiracional do publico alvo da marca contratante. Nossos serviços prezam pelo aumento das vendas, fidelização e captação de novos clientes, trazendo conceito e traduzindo o sonho aspiracional da loja para com seu cliente.

MARGEM DE PREÇO O preço deverá ser um dos diferenciais da marca por se tratar de micro empresarios, com essa linha, ofereceremos pacotes de serviços conforme a tabela abaixo: Serviço Prestado

Preço Pretendido

Styling

Até R$ 2.500,00

Vitrinismo (ambientação de vitrine e organização de Moda)

Até R$ 1.500,00

Produção de Moda

Até R$ 2.800,00

Produção de Editoriais

Até R$3.500,00

Fashion Film (Produção de vídeo)

Até R$ 3.900,00

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PÚBLICO-ALVO A Pensart tem como público-alvo micro empresas do ramo fashion que desejam se posicionar no mercado por meio de divulgação diferenciada, buscando captação de novos clientes e fidelização dos já consumidores.

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PÚBLICO-ALVO ADESCRIÇÃO DO TIPO DE EMPRESA ATENDIDA E DO CONSUMIDOR QUE A EMPRESA ATENDIDA NESTE TRABALHO SE DIRECIONA. A Pensart terá como público-alvo micro empresas do ramo fashion que desejam se posicionar no mercado, exemplo, boutiques e showrooms. Sendo assim optamos por escolher a empresa Elma Noivas, que já possui estabilidade no mercado, mas deseja ampliar seu público e se posicionar de forma mais efetiva por meio de divulgação diferenciada. A Elma Noivas é uma empresa que já está a 15 anos no mercado, conhecida na região do Eldorado em Contagem. Trabalha com confecção de vestidos de noiva, festa, debutante, e alfaiataria masculina. A Elma Noivas fornece um atendimento personalizado de acordo com as necessidades de cada cliente, frisando sempre um bom atendimento.

Descrição do Publico Alvo da empresa atendida O público da Elma Noivas tem a faixa etária muito variada, entre homens e mulheres, de classe média B e C, que gostam de se vestir e se sentir bem, na maioria das vezes possuem uma rotina agitada, freqüentam muitos eventos de gala, formaturas, casamentos e aniversários de 15 anos. O público é variado e possui diferentes costumes e personalidades. Na maioria das vezes tem um padrão de vida elevado, das mais variadas profissões, no caso das noivas carregando consigo o sonho de um casamento perfeito. 13


PAINEL DE PÚBLICO-ALVO DA EMPRESA ELMA NOIVAS

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DESCRIÇÃO DO PÚBLICO-ALVO DA EMPRESA ANTENDIDA O público da Elma Noivas tem a faixa etária variada, atende desde debutantes até mães/avós de noiva, entre homens e mulheres, de classe média B e C, que gostam de se vestir e se sentir bem, na maioria das vezes o publico da empresa possui uma rotina agitada, freqüentam muitos eventos de gala, formaturas, casamentos e aniversários de 15 anos. O público é variado e possui diferentes costumes e personalidades. A grande maioria tem um padrão de vida social elevado, das mais variadas profissões, no caso das noivas as mesmas carregam consigo o grande sonho de um casamento perfeito.

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•MANUAL DE I D E N T ID A D E VI S U A L •

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JUSTIFICATIVA DO NOME, COR, FONTE :

A s f un d a dora s da Pensar t, gostar iam de um n om e que t ra n s mi t isse de forma simples a seu público, o ofício do n úcl e o de Moda q ue foi fun dado, chegam os assim a PEN SART, como o próp r io n om e sugere, n ossa em pres a pe n s a a rte, pe nsa e busca trad uzir esses pen sam en tos e id é i a s em a lg o úni co. A fon t e e a tipog ra fi a d a letra, dev er ia se in tegrar com o co n cei to do nosso pro j eto, ser minim alista mas n ão tão s im pló r ia , pois a pesa r de a Pen sar t ser d estin ada para pe q ue n os ne g ócios, nossos clien tes dev em se sen tir VIP’s , n o s confi a ndo seu ne g ó cio fashion para adquir ir o que há d e m e lhor, se ndo a ssim pen samos que algum a letra curs iv a t ra duziri a b em e ssa id éia.

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MONOCROMIA

O RIGIN AL LO GO CO LO RIDA , SO B RE FUND O NEUTRO

LO GO CO LO R IDA , SO BR E FUND O PR ETO

LO GO B R AN CA SO B RE FUND O PR ETO

LO GO CO LO RIDA , SO B RE FUND O B RAN CO

LO GO PRETA SO B RE FUND O B RAN CO

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TIPOGRAFIA: PRIMÁRIA E SEGUNDÁRIA

AS FONTES USADAS FORAM PENSADAS TAMBÉM NA APLICAÇÃO, DEVIDO A LEVESA DE DETALHES E DEMAIS. O USO DE UMA FONTE EXTREMEMENTE SIMPLES, ARIAL, COMUM, QUE MUITA DAS VEZES É DESNCONSIDERADA, CUMPRE BEM EM SUA FUNÇÃO, QUANDO ESTAMOS PENSANDO EM APLICAÇÃO, OU SEJA, IMPRESSÃO.

Se cu ndár i a : A r i a l

ABCDEFGHIJK LMNOPQRSTUV WXYZ abcdefghijklm nopqrstuvwxyz 1234567890 19


ESCALA DE CORES: PANTONE E CMYK

CORES UTILIZADAS NA LOGO COLORIDA, PADRÃO WEB E IMPRESSOS EM CORES.

COR: #C60964 30% OPACIDADE R: 198 G: 9 B:100

COR: #5E4897 30% OPACIDADE R: 94 G: 72 B: 151

COR: #71B62B 30% OPACIDADE R: 113 G: 182 B: 43

COR: #E8E120 30% OPACIDADE R: 232 G: 225 B: 32

COR: #FED957 30% OPACIDADE R: 254 G: 217 B: 87

COR: #C9C6E4 30% OPACIDADE R: 201 G: 198 B: 228

C: 16% M: 100% Y: 27% K: 5% PANTONE P 80-7 C

C: 76% M: 78% Y: 0% K: 0% PANTONE P 93-7 C

C: 62% M: 0% Y: 100% K: 0% PANTONE P 154-7 C

C: 15% M: 0% Y: 90% K: 0% PANTONE P 166-7 C

C: 1% M: 14% Y: 74% K: 0% PANTONE P 166-4 C

C: 24% M: 22% Y: 0% K: 0% PANTONE P 169-1 C

COR: #FCF087 30% OPACIDADE R: 252 G: 240 B: 135

COR: #E72C88 30% OPACIDADE R: 231 G: 44 B: 136

COR: #63B345 30% OPACIDADE R: 99 G: 174 B: 69

COR: #E84C1E 30% OPACIDADE R: 232 G: 76 B: 30

COR: #17692E 30% OPACIDADE R: 23 G: 105 B: 46

COR: #FFCF00 30% OPACIDADE R: 255 G: 207 B: 0

C: 4% M: 0% Y: 58% K: 0% PANTONE P 163-5 C

C: 0% M: 91% Y: 0% K: 0% PANTONE P 80-7 C

C: 65% M: 0% Y: 90% K: 0% PANTONE P 151-5 C

C: 0% M: 81% Y: 93% K: 0% PANTONE P 30-8 C

C: 87% M: 31% Y: 100% K: 25% PANTONE P 141-7 C

C: 0% M: 18% Y: 100% K: 0% PANTONE P 4-8 C

COR: #FFFFFF 1000% OPACIDADE R: 225 G:225 B: 225

COR : 1C1C1B 10 0 % OPACIDADE R : 28 G: 28 B : 28

C: 0% M: 0% Y: 0% K: 0% PANTONE P 1-1 C

C: 0% M: 0% Y: 0% K : 10 0 % PANTO NE B PR OCES S B LACK C

APLICAÇÃO CROMATICA PARA USO EM SILKAGEM.

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ÁREA DE PROTEÇÃO E REDUÇÃO MÍNIMA

15 cm

15 cm

2, 5 cm

2 , 5 cm

Áre a do Retâ n g ul o:

Á re a d o Retâ n g ulo :

15cm x 15 cm

15 cm x 15 cm

Áre a de Prot e çã o: 2,5cm

15 cm

Á re a d e Prot e çã o : 2 , 5 cm

15 cm

Áre a da Log o: 12,5 cm x 12 , 5 cm

Á re a d a Log o: 12 , 5 cm x 12 , 5 cm

2, 5 cm

2 , 5 cm

15cm

10c m

REDUÇÃO MÍNIMA EM CENTIMENTROS PARA IMPRESSÃO É DE 5 CM.

7c m 15cm

5cm

10c m

7c m

5cm

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ALINHAMENTO À GRADE

ALINH A M ENTO AO CENTR O

ELEM ENTOS

GR ADE

CIR CULO

FO NTE PONTO FO NTE EM AR CO

A ESTRUTUR A INICIAL DA LOGO NÃ O S EGUE UM A GR ADE ESPEC Í FICA, POIS A TIPOGR AFIA , CURSIVA E LIVR E , O B EDECENDO SOM ENTE UM LEV E GRAU DE DECLINIO PAR A DIR EITA . OS ELEM ENTOS FO R A M ALINHADOS AO CENTR O E DISTR IB UID OS CO NFO R M E A CI M A . A FINALIZAÇÃ O FOI FEITA COM CIR CULOS ALINH ADOS AO CENTR O , E ROTACION AD O COM PLETANDO A ESFÉR A , SOM ANDO 12 ESFÉR AS, CADA UM A DE UM A COR .

2º LOGO PRIMÁRIA FORMADA

12 CIRCULOS ROTACIONAD OS AO PONTO CENTRAL , FORMAND O UM ESPIRAL .

4º 12 CORES SELECIONADAS. CADA CIRCULO TEVE A OPACIDADE REDUZIDA PARA 30%.

LOGO FINALIZ ADA E CENTRALIZ ADA AO CENTRO.

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USOS INDEVIDOS DA MARCA

n ú cleo criat ivo d e moda

NÃO DESCONSTR UIR A MAR CA

N Ã O DESCO N STR UIR A MAR CA

NÃ O ACHATAR A LOGO

N Ã O ACH ATAR A LO GO

NÃO APLICAR SOMBR A

N Ã O R OTACIO N AR A LO GO

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CARTÃO DE VISITA 4 CORES CMYK

• Cartão Visita, frente e verso preto e branco • Papel Couchê 300g fosco • Verniz localizado. FRENTE

VERSO

9cm

5cm

9cm

5cm

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CARTÃO DE VISITA 1 COR

• Cartão Visita, frente e verso preto e branco • Papel Couchê 300g fosco • Verniz localizado. FRENTE

VERSO

9cm

5cm

9cm

5cm

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PAPEL TIMBRADO 210m

297m

Gramatura: 75g/m² Formatos: A4 (210 x 297 mm), Carta (216 x 279 mm). Folhas/resma: 500

ENVELOPE CARTA 26


ADESIVOS

Ad e siv o colorido4 co re s CMY K 25 cmx 25 cm

TAGS

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BRINDES

CAIXA DE BR INDE

Caixa de Brin d e s MDF 3 0 cm x 3 0cm - a lt u ra • 4 5 cm x 4 5 cm – l a rg ura Com for ro no f u nd o . Ta mpa co m im p re sso e m rel ev o b a i xo d o u ra d o .

CANECAS

SQUEEZE

B LOCO DE N OTAS

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BRIEFING DO PLANO DE COMUNICAÇÃO A Pensart terá 5 canais de comunicação, sendo o site oficial da empresa, facebook, instagram, email e whatsapp, os meios de comunicação deveram ter como principal finalidade criar proximidade com os clientes, divulgando e apresentando a empresa de forma que o cliente se sinta a vontade. No site oficial vai conter informações sobre a história da empresa, perfil das fundadoras, serviços prestados, missão, contato, endereço do escritório, de forma que contenha uma apresentação completa da Pensart, o Facebook vai ser um canal que será utilizado para criar proximidade com o cliente, com imagens e divulgação sobre os trabalhos já prestados , o email vai ser um canal onde os clientes poderão mandar sugestões e que a Pensart vai poder realizar convites VIP’s para eventos e envio de orçamentos , o instagram será uma ferramenta em que a postagem de fotos poderá ser mais rápida e pratica o conteúdo será dicas de consultoria, além de imagens de making off de serviços realizados, já no whatsapp da Pensart, os clientes poderão tirar duvidas de maneira mais rápida .

INSTAGRAM HOME • SERVIÇOS • CONTATOS

FACEBOOK

Blog • Pensart Todas semana, dicas pra você pensart.com • Todos os direitos reservados

Contato: email: Mensagem:

SITE

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PROJETO DE MODA IMAGEM DE MODA - A obra -Painel de Inspiração - Macrotendência Público-Alvo Painel de tendências (styling – mínimo de três marcas diferentes por tendência)

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INSPIRAÇÃO -Os sentimentos naturais que o vermelho desperta aliada ás provocações de uma obra de arte única , o impacto com a mudança de cenário contrasta com o sutileza dos elementos dos cenários que buscam sempre irradiar uma forma de questionamento , expressando de forma explicita e materializando os diversos sentimentos de quem a aprecia.

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“Mas, para mim, o Desvio para o Vermelho é muito mais um trabalho sobre a questão cromática do que a política. Eu poderia ter escolhido outras cores, mas escolhi o vermelho porque, além de ser uma cor carregada de simbolismo, cria uma ambigüidade que interessava a esse trabalho(...)“ MEIRELES, Cildo.

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MACROTENDÊNCIA - NATURALISMO A leveza da vida, na busca de um refúgio na natureza, o despertar para um novo futuro, o despertar para um novo mundo... Querer mais e buscar mais, olhar ao nosso redor se importar e se incomodar com o que se vê, não se ouviu os sussurros muito menos viu se os sinais que o planeta apresentou, mas se escuta o apelo e o grito de socorro pelo qual o meio ambiente anseia.‟

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PALAVRAS CHAVE

“BUSCA PELA PAZ”

“IMPORTÂNCIA DO MEIO AMBIENTE” “MAIS AMOR POR FAVOR” “EU ME IMPORTO” “MUNDO MELHOR” “MEU EU INTERIOR”

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TENDÊNCIAS

As três tendências observadas para styling foram a maquiagem clean, no cabelo estilo Messy com fios naturais e volumosos, e nas tranças que vem seguindo com o prenuncio da onda do estilo boxeadora.

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MARIE CLARE – CABELO VOLUMOSO

REVISTA CONEXÃO – TRANÇAS

VOGUE – MAKE CLEAN

CHANEL – MAKE CLEAN

DOLCE GABANA – CABELO VOLUMOSO

ELLE – CABELO VOLUMOSO

CLÁUDIA – TRANÇAS

VOLT MAGAZINE – TRANÇAS

ADIDDAS – MAKE CLEAN

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PROPOSTA DE VÍDEO “Todo sonho passa por longos caminhos, e o da noiva não é diferente... Utilizamos o conceito da obra como inspiração, a ambiguidade de sentimentos, e o vermelho retratando paixão buscamos expressar os sentimentos que uma mulher que tem como o sonho o casamento ou que uma noiva pode sentir”.

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ROTEIRO

DESVIO PARA O VERMELHO JÉSSICA RAIANE E LARISSA FERNANDA “DESVIO PARA O VERMELHO” FADE IN. CREDITOS INICIAIS. TECIDO VERMELHO. CORTE

CENA 1 - DESFOCADO - TECIDO ESVOAÇANTE SOBRE CECIL. CORTE CENA 2 - EXT. - DIA - ÁREA DESCAMPADA. CLOSE UP - Rosto de Cecil. Cecil abre os olhos repentinamente. DOLLY BACK - Deitada na grama, Cecil levanta lentamente, vestida de noiva, observa ao redor. CENA 3 - Cecil caminha vagamente, em direção ao ESPELHO DE MOLDURA VERMELHA, encontra uma CAIXINHA com um PAR DE BRINCOS, uma PULSEIRA e um bilhete com os dizeres: COLOQUE- OS. Cecil, o faz. CENA 4 - Cecil continua andando. Pendurado numa árvore encontra um BUQUÊ de flores BRANCAS, com um bilhete, dizendo: PEGUE-ME. Ela o pega. CENA 5 - Um pouco mais à frente Cecil vê um CORAÇÃO pintado com tinta VERMELHA no tronco da árvore. Encosta os dedos, a tinta está fresca. CENA 6 - Cecil continua andando. CLOSE UP - Rosto de Cecil. Ela sorri (Sorriso largo e envergonhado). CÂMARA OBJETIVA - Olhamos para Cecil, que sorri. CORTE CENA 7 - INT. - DIA - QUARTO CLOSE UP - Rosto de Cecil. Cecil abre os olhos devagar. VISÃO DESFGOCADA - De quem está acordando. Sobre o criado mudo à esquerda, uma CAIXINHA DE ANEL. CENA 8 - Cecil levanta lentamente. Deitada sobre a DIVÃ, coberto com TECIDO VERMELHO, recostada sobre uma ALMOFADA VERMELHA, observa ao redor. No PUFF à direita, uma TAÇA de VINHO e uma CAIXINHA COM ANEL; próximo a ela uma POLTRONA, sobre ela, o VESTIDO com a barra suja. CENA 9 - Cecil levanta-se, pega o vestido, olha-o com ternura, sorri sutilmente e fecha os olhos. TECIDO VERMELHO. FADE OUT. FIM

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STORY BOARD

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PLANO STYLING

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CROQUIS DE MAQUIAGEM

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CROQUIS DE BELEZA

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CROQUIS DE UNHAS

NUDE

VERMELHO

FRANCESINHA 46


CROQUIS DE ADEREÇOS DE CENA E ACESSÓRIOS

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CARTELA DE MATERIAIS

FIO DE COB RE R$ 50 , 0 0

ROSAS BRANCAS ARTIFICIAIS R$ 30,00 FITA DE CETIM V ERM ELH A R$ 1,00

CAI XINHA DE MDF R $ 5, 0 0

TINTA PVA V ERM ELHA R$ 5,00

TINTA PVA BRANCA R$ 5,00

PAPEL DE SEDA B R ANCO R $ 7, 0 0

FELTRO V ERM ELHO R$ 6,00

CETIM V ERM ELH O R$ 6,00

EN CHI M ENTO DE ALMOFADA R$ 10 , 0 0

FO LHA DE M DF R$ 12,00

TAÇA DE V IDRO R$ 5,00

STRASS VERMELHO R$ 15,00

SPRAY DE TINTA R$ 13,00

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ANEXOS

ROMANEIRO DE PEÇAS CASTING DE MODELOS TABELAS DE CUSTOS CRONOGRAMA REFERÊNCIAS

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ROMANEIRO DE PEÇAS

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CASTING DE MODELOS

NOME: TAYANNE VILELA CONTATO: +55 31 98341-7201 OMBRO: 37 CINTURA: 65 QUADRIL: 89 BRAÇO (COMPRIMENTO): 84 PERNAS: 91 PESO: 50 PÉ: 38 ALTURA: 1,77CM TAMANHO: 36 DESCRIÇÃO: MORENA DE PELE CLARA, 25 ANOS, CABELOS E OLHOS CASTANHOS.

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TABELAS DE CUSTOS PRODUTO

PREÇO

MODELO

R$ 100,00

CINEGRAFISTA

R$ 80,00

EDIÇÃO

R$ 45,00

CUSTO TOTAL DOS ACESSÓRIOS CONFECCIONADOS

R$ 214,00

GASTO TOTAL

R$ 434,00

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CRONOGRAMA CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO MÊS

CRONOGRAMA

AGOSTO

INICIO DA MO NTAGEM DO PO RTIFO LIO E PESQUISAS DE VÍ DEO

SETEMBRO

COR R EÇÃ O D O ARTIGO

SETEMBRO

MONTAGEM DO PO RTIFO LIO E CR IAÇÃ O DA IDENTIDADE M ANUAL DA M AR CA

OUTUBRO

MONTAGEM DO PO RTIFO LIO , DI AGR A M AÇ Ã O , CR IAÇÃ O DE ACES S Ó R IOS E STO RYB OAR D, ENTR EGA EM CD D O PO RTIFO LIO PR É BAN CA ACADEMICA

NOVEMBRO

EX ECU ÇÃ O DOS ACES S Ó R IOS , GR AVAÇ Ã O D O FASHIO N FIL M , FINALIZ AÇ Ã O D O PORTIFOLIO

DEZEMBRO

ENTR EGA DO PO RTFÓ LIO

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REFERÊNCIAS Rodrigo Cezario, Moda leveza e versatilidade. Belo Horizonte.2014. Disponivel em: http://www.rodrigocezario.com/ . Acesso em: Setembro,2016. Autentica por Luciana Caram. Belo Horizonte.2015. Disponivel em: http://www.sejaautentica.com.br/ . Acesso em: Setembro, 2016. Go casting e produção. Belo Horizonte. Disponivel em: http://www.goproducao.com.br/ . Acesso em: Setembro 2016.

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MAKING OFF

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CENTRO UNIV ERSIT ÁRIO UN A

J ÉS SICA RAI ANE GOM ES SANTOS LARISSA FERN ANDA DOS SANTOS SO UZA

MO DA E ARTE CONTEM PO RÂNEA: UM O LHAR PARA A O BRA " DESV IO PARA O V ERM ELHO " DE CILDO M EIRELES .

B ELO HO RIZO NTE 2 016

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CENTRO UNIV ERSIT ÁRIO UN A

J ÉS SICA R AI ANE GOM ES SANTOS LARISSA FERN ANDA DOS SANTOS SO UZA

MO DA E ARTE CONTEM PO RÂNEA: UM O LHAR PARA A O BRA " DESV IO PARA O VERM ELHO " DE CILDO M EIRELES . Trabalho de Con clus ão do Curs o apres en tado à Ban ca E xamina dora do Cen tro Univers itário UNA, como re quisito para a obten ção do grau de Bach arel em Moda. Orie nta dora: Luís a O liveira.

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R ESUMO O a r t i g o e m qu e stão foi de se nvol vido s ob a pers pec tiva do olh ar de Cild o M e ire l e s , u m re nomado artista b ras il eiro que, em 1984, criou um trabalh o que h o j e faz parte do ace rvo pe rmanen te de Inh otim, l ocalizado den tro de um jard im b o tâ ni co , s itu ado e m Bru madinho, região da gran de Bel o Horizon te e que tra z u m a pe rs pe ctiva de novos olhares acerca da ideia de movimen to em al go in ert e . E , at rav é s da arte conte mporâne a, uma bus ca in ces s an te a cada ideia, movime nto o u m a ni fe sto criado, cria-se u m a pon te com as n ovas atitudes , ten dên cias que v ão d et e r minar os fe nôme nos criados e muitas vezes con s agrados por um artis ta . Int e rca l a r a obra de Cildo Me ire les den tro do con ceito fas hion é um des afio qu e b u s ca re s p ostas para me lhor compre en der os dois mun dos . Pal a v ra s - chave : Arte Conte mporâ n ea, Moda, Percepção do ambien te.

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ABSTRACT Th e a r t i cl e in qu e stion was deve l oped from th e pers pective of l o okin g from M ire l e s , a re now ne d Brazilian art is t wh o in 1984 created a work th at is n ow pa rt of t h e pe r m ane nt colle ction of Inh otim, l ocated in s ide a botanical garden , l ocated in B r u m a d inho, re gion gre at Be lo Horizon te an d it brin gs a pers pective of n ew ins i ght s a bou t the ide a of move m en t in s omethin g in ert. An d, th rough con temp o ra r y a r t , a constant se arch eve ry idea, movemen t or manifes to created a bridg e w i t h t h e new attitu de s is cre ate d , tren ds th at will determin e th e ph e no m e na cre ate d and ofte n e mbodied by an artis t. Co ll at e t h e work of Me ire le s in th e fas hion con cept is a ch all en ge th at s e e ks ans w e rs to bette r u nde rstand the two worlds . Key wo rd s : Conte mporary Art, Fashion , Perception of th e environmen t.

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SUMÁRIO 1-

INTR ODU ÇÃO

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MO DA E ARTE CONTEMPO RANEA

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CILD O MEIR ELLES

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3. 1- D e s v io para o ve rme lho: impregn ação, en torn o e des vio

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Co nside raçõe s finais

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R EFER Ê N CIAS

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ANEXOS

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INTR ODU ÇÃO

N o s d i as d e hoje é notório qu e a arte con temporân ea é al go que es tá efetiva m e nt e pre se nte no cotidiano, porq ue al ém da arte es tá mais aces s ível para po p ul açã o , e l a te m de spe rtado maior in teres s e n a s ociedade pel a facilidade d e ace s s o ao mu ndo da arte , e isso é perceptível , al ém da realização de movimento s co m o , por ex e mplo, a “ Popula rização do Teatro e da Dan ça”, os diferen t e s ca nai s d e comu nicação e a facilidade de aces s o a informação, pos s ibilita um a am pli t u d e maior da divulgação de artis tas e s uas obras para a popul ação, amp li and o as s im oportu nidade s ao pu blico para o des frute do l azer cul tural . O po d e r q u e a moda e a indu men tária têm de criar artifícios s obre o corpo que a pr incí pi o, algu ns acre ditam nã o pos s uir s ignificados rel evan tes , s en do muito m ai s u m a maté ria male áve l ne u tra que carece de um s en tido, fun ção e form a , s e m o bj et i vo algu m alé m de de ixa r-s e s er o s uporte para a arte. A m o d a e stá e m toda parte , be m como a arte. No mun do exis tem vários jeitos d e s e cr i a r e re spirar os e stilos e ten dên cias que vão s urgin do ao l on go d a t ra j etó r i a d a civilização. Ao ab o rd a r o assu nto, a inte nção n ão é s impl es men te de in cluir a Arte Con tem po râ ne a no mu ndo da moda, ma s , por s er um meio de formação con tin uada d e ex pe r i ê ncias e re ssignificaçõe s a cada n ovo olh ar e a cada in divíduo que d a o b ra s e a propria no se ntido de intern alizá-l a. É po s s í v e l ve r a força da arte em vários lugares e projetos ; em pin turas , em d e s e nh o s de crianças, na e scultu ra de al gum ícon e s ignificativo para a cul tura e nas po s i çõe s políticas e sociais que s e con s troem diariamen te, de forma que el a pas s e u m a me nsage m formal ou s ubjetiva ao l eitor e/ou apreciador das mes ma s . D e s ta fo r m a, nós gostaríamos de utilizar como embas amen to de pes quis a para re aliza çã o de ste projeto algo que provocas s e e o artis ta Cildo Meirell es , n o s d e s pe r to u o inte re sse de e stu do pel o modo como es creve s ua arte. Ao vis itar o Inh o t im , o n de se e ncontra su a obra batizada de “D es vio para o vermelho : im pre gnação e ntorno e de svio” , percebeu-s e que da rel ação mon ocromática d aq u e l a arte pode ria nos su ge rir uma idéia para a moda, através da criação d e u m Fas hi o n Film. O o bj et i v o de e stu dar arte contemporân ea as s ociada à obra de Cildo Meirel e s s e d ev e a oportu nidade de alinha r à arquitetura retratada pel o autor com o l oca l o nd e a o bra se e ncontra de forma perman en te: um cen ário dign o de um mus eu l o caliza d o de ntro de u m jardim b otânico exuberan te que s e den omin a Inh otim. O fa to e s e r u ma obra qu e te m um es paço perman en te de expos ição revel a a fo rça q u e s u rgiu daqu e le produ to, porque traz uma lin guagem capaz de retrata r d i v e rs as formas de se ex pre ssar, s ejam el as n a criação de um n ovo produto o u na ex pre s são dos se ntime ntos com o an gús tia, tris teza, al egria, felicidade...

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N e s t e co ntex to, é possíve l ave rig uar que a obra de arte, que é uma das muita s fo r m as d e ex pre ssão artística pe rmite melh or a compre en s ão do s er h uman o, d o am bi e nt e em qu e e le se e ncontra e de divers os fatos , políticos ou n ão que acont e ce m no mu ndo. D e s ta fo r ma, a obra e arte propõem uma refl exão s obre a rel ação en tre a imag i nação e a re alidade , e m qu e u ma depen de da outra para exis tirem, o que l eva a cr i a çã o e a ampliação de ex pe riên cias que s e torn am bas es s uficien temen te s ó li d as pa ra a atividade de criação. Então , o s objetivos e spe cíficos para compre en der o objeto de es tudo s ão: conh e ce r o conce ito de arte conte mporân ea; en ten der como a es tética da obra d e Cild o M e ire lle s se associa à arte e s ua importân cia para o mun do da moda e do s e d i to r i ai s e compre e ndê -la na percepção do ambien te da moda. O t e m a e s colhido: a arte conte mporân ea n o con texto do des vio vermelh o p o r Cild o é u m de safio pe la obra remeter a s en s ações divers as e s urgir uma perce pçã o nova a cada olhar. Ao t ratar d e u ma obra qu e e stá em um dos lugares mais bonitos de Min as G era i s e po nto t urístico, inclu sive para es tran geiros a que vem conh ecer o es tado, tra z u m a refl exão de como a obra em ques tão s ignifica para a arte, para o l oca l e s co lhid o , para a população e pa ra o cen ário em que el a foi des envol vida. A m eto d o l ogia u tilizada para cria r o texto, foi us ada á l eitura de materiais lig a d o s a o t e m a. A pe squisa trata-se da ferramen ta n a qual vis a s olucion ar o probl e m a id e nt i ficado e proposto pe la probl emática. Dian te do expos to, foi realizad a u m a pe s q uisa bibliográfica qu e s egun do O liveira (2004, p. 119) “tem por fin a li d ad e co nh e ce r as dife re nte s formas de con tribuição cien tífica que s e realizara m s o b re d et e rminado assu nto ou fe nômen o”. B u s ca ram - se ainda le itu ras sobre os temas em s ites , artigos e revis tas es pecia l iza d as , para dar me lhor consistên cia a con teúdo el aborado e para ampliar a s ex pe r i ê ncias de le itu ra, e scrita e vivên cias práticas s obre o tema es colhido. Al ém d i s to , fo i fe ita u ma visita in loco à Inh otim, a fim de conh ecer a obra e an alis ar o s e nt im e nto qu e a obra traz para o s er h uman o. Pa ra re a lizar e ste trabalho, vários foram os autores pes quis ados , porém, os ma i s s i g ni fi ca t i vos para e lu cidação e des envol vimen to dos argumen tos foram Borge s 20 07, Sv ende n 1970, Mulle r 2 000. As s im , e s t e trabalho visa e nte nder as provocações que a obra de Cildo Meirele s “ D e s v i o para o ve rme lho: Impre gn ação, En torn o, D es vio” pode apres en tar na m o d a , t raduzindo e mate rializando as pes quis as e es tudos obtidos , n a realizaçã o d e u m Fas hion Film como se ndo o produto fin al do projeto da primeira etapa pa ra co nclu s ão do cu rso de Bachare la do em Moda do Cen tro Univers itário Un a.

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2-

MO DA E ARTE CONTEMPO RANEA

A a r t e b u s ca exaltar e m si as compre en s ões e in compre en s ões do mun do, des d e o e u int e r i or até u m mome nto político viven ciado. El a pode s er vis ta de diferen t e s fo r m as e d e dife re nte s ângulos por toda e qual quer pes s oa que obs ervá-l a. Pod e t ra ze r ain da dive rsas inte rpreta ções e pode s er ain da, in s piração para n ova s cr i a çõ e s . Refl et ir s obre a arte conte mporân ea como el emen to de criação, expres s ão e am pli ação do conhe cime nto é importan te tan to para a compre en s ão da mod a q u anto pa ra u ma criança qu e e n tra n o jardim de infân cia e começa a dar o s pr im e iro s passos e m bu sca da aq uis ição de n ovos s aberes . D a m e s m a forma qu e e la vai começar a formul ar e con s truir s uas hipótes es a par t ir d o conhe cime nto ofe rtado, das s uas limitações e das oportunidades e e s t í m ul o s a e las apre se ntadas, no cen ário artís tico is to também vai acon tece r, po ré m ret ratado e m te las, core s, tecidos ou es cul turas . H o j e a m oda não é vista ape nas como um meio de s e ves tir. É vis ta como um a t e nd ê nci a a se apoiar a gru pos afin s , que pos s uem idéias e es til os que vão d e e nco nt ro à filosofia política de cada in divíduo. El a a ind a pode se r analisada s obre vários pon tos de vis ta como as artes , a po lí t i ca , o ce nário e conômico, psicológico, his tórico, an tropológico... Depen de d a v i s ão d e qu e m trabalha sobre e com el a. A idéia de moda é muito an tiga. Segund o N e r y ( 20 07 ), “ [ . . . ] o j o go da moda, no se u se nt ido próprio, começou de fato s omen te n o s écul o X V , q u ando se de scobriu qu e a ves timen ta podia s er us ada in ten cion almen t e , tanto pa ra o ex ibicionismo do corpo quan to para s eu en cobrimen to.” (NERY , 20 07. Pa g. 72 ). N e s ta fa s e , a conce pção de be leza, luxo e riqueza já con tracen avam den tre o s m o ld e s d a é poca, criando dife ren ças peculiares en tre os membros da s ociedad e . N o s é cul o XVI, o acordo e ntre o ves tuário e a arte s e aprofun dou e pas s aram a s e r pro j eta dos e m te las e e sculturas , e já pas s a a s er a expres s ão do modo d e s e r , pe ns a r e agir, alé m do re gis tro das emoções pes s oais ou impes s oais . e s t ili s tas propõe m para u ma e stação ou um período de tempo. É ums is tema d e re nov açã o pe rmane nte das maneiras de s e ves tir e de s e comportar”. El a rev e l a traços de pe rsonalidad e de uma cidade, de um país ou de uma determinad a é poca e e ra a re pre se ntação afirmativa ou n egativa de um momento v i v id o po r aqu e le s cidadãos. Dorfl es (1984, p. 13) , confirma o expos to: “ [ . . . ] ex i s te ainda, o facto de a Moda n ão s er apen as um fen ômen o frívo l o , e pid é r mi co, su pe rficial. Mas ser o es pelh o dos hábitos , do comportamen to ps i co ló gi co do indivídu o, da profis s ão, da política, do gos to...”. A m o d a é u m signo de ex pre ssão s ocial , cul tural de uma determin ada época. É at ra v é s d a moda qu e se conse gue en xergar a repres en tação de ideias , pos s ibili d ad e s , v o n tade s e se ntime ntos. Tam b é m p ode se r re pre se ntado através da moda um movimen to s eja el e d e ace i taçã o ou oposição a algo que es teja acon tecen do, depen den do ain d a , ne s t e s q u e sitos, da influ ê ncia d a idade, do meio in s erido os in divíduos , s e

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t ra b alh a m ou não, se u níve l intel ectual e poder de pers uas ão den tro de uma co m u nid ade , gru po e até me smo religião. A pro po s ta de aprox imar a Moda e a Arte procura compre en der a influên cia d a a r t e na mane ira de ve stir e reconh ece a moda como arte, demon s tra que s e ace i ta a re lação e ntre os dois movimen tos s em con s iderar a domin ân cia de u m d e l e s , mas se ntindo a su a aproximação. As s ociada ao mun do da moda t e m o s a a rte . Se gu ndo Tolstoi (2002, p.76) arte é: [ . . . ] a at i vidade hu mana qu e cons is te em um h omem comunicar con s cien temen te a o u t ro s , por ce rtos sinais ex te riores , os s en timen tos que viven ciou e os outros s e re m co n taminados de sse s se ntimen tos e também os experimen tar. Ar t e fo i um movime nto com idé ias próprias que con duz iu o trabalh o dos artis tas q u e a e le se de dicaram. Estes artis tas des ejavam que s uas obras es tivess e m ao alcance da compre e nsão e apreciação das camadas popul ares , da í s e re m s e u s motivos os e le me ntos facilmen te des tacáveis n o meio da convivênci a po pular. Portanto, e la é u ma força de expres s ão, e é através del a que a m o d a flui. A arte vai ex primir os s en timen tos e a ideol ogia, el a comunica-s e e nq u a nto a moda a re produz p or um período ou para eternizar-s e como é o ca s o d o u so do je ans. Em b o ra a moda não se ja pe rce bida ain da, como um item val oros o n o meio de pe s q ui s a s acadê micas, principalm en te devido aos val ores cul turais do país , el a é t id a co mo u m valoroso instru m en to de an ális e s ocial , capaz de traduz ir os r u m o s q u e a socie dade toma, pois a moda ganh ou, ao l on go da his tória, lugar e nt re as arte s e os mu se u s de m oda vêm s e torn an do referên cias do proces s o cul t u ral . A ar t e conte mporâne a traz a o portunidade de viver e expl orar um mun do de id é i a s , id e ais e possibilidade s on de o autor da obra e a própria obra s e mist u ram , e l encando u m e ncade am en to de s ituações que retrata o cotidian o de u m a é po ca, ou fato, ou até me sm o n ão ten do s ignificân cia al guma para o l eitor d a o b ra, mas, qu e de algu ma m an eira s abe que n o momen to da criação, fo i l a nçad o todo o se u se ntime nto. Po r tanto , e nte nde -se qu e tanto as carac terís ticas quan to os pen s amen tos at u ai s q u e se abordam e m ex pres s ões artís ticas s ão, n a verdade, a dis s olução d e g rand e s fatos, contados, vividos e/ou experien ciados acerca da cul tura, da id e nt id ade , da inclu são e / ou exclus ão das diferen ças , al ém de fragmen tações, gl o b aliza ção e o ce nário político s ocial . A a r t e conte mporâne a se apre s en ta como al go n ovo, pois s oa n ovo aos olh os d o s q u e insiste m e m molde s antigos de arte,al gun s até dirão que: “n ão is s o não po d e se r arte ” , pois e sta as s ume uma n ova pos tura. Borges (2007) res s alta q u e : D e q u e vale e ntão u ma obra de arte que nin guém compre en de? O ra. Q uem co m pre e nde o nosso te mpo? A arte con temporân ea n ão es tá aí para s er com pre e nd id a à luz de obsoletos códigos es téticos . J us tamen te o que bus ca es ta ar t e é q ue brar com e ste s padrões es téticos . (BO RGES, 2007, p.1) D e aco rd o com Sve ndse n (1970) , muitos es tilis tas us aram es tratégias comum e nt e m ais associadas às arte s con temporân eas que ao mun do da moda. I s to d e m o ns t ra o pode r e a importân cia que a influên cia da con temporan eidade

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po s s ui s o b re o u nive rso artístico de um modo geral , s eja el e, moda, con ceito , g e s tão , produ ção, socialização. Des ta forma, a arte fun cion a como um s uport e q u e agre g a valore s imaginativos e criativos para torn ar a arte, um bem precio s o e m a i s próx imo do pú blico. N a ar t e conte mporâne a, as lingu a gen s s e mis turam, muitas vezes , aproprian do-s e u m a d a o u tra, ge rando obras de caráter único. O mes mo acon tece com vário s a r t i s tas q u e são influ e nciados pel as mais divers as corren tes artís ticas , o que s e po d e v e r , por ex e mplo, nas corren tes fil os óficas e artís ticas utilizadas por Cild o M e ire l e s em su as obras. S e g u nd o MULLER , 2 00 0 : Al é m d a t ransformação dos qu ad ros em meros objetos de decoração, ocorrem n o s é cul o X X mú ltiplas açõe s e movim en tos que provam o in teres s e recíproco en tre o m u nd o d a arte e da moda. As afinidades obs ervadas vis ualmen te corres pon dem a at i t u d e s be m dife re nciadas: repen s ar a vida por meio do ves tuário, rever o s i s t e m a d a moda, criar sine rgias arte-moda para imprimir alma à in dús tria, enfim , e m pre gar o ve stu ário como su po rte de expres s ão artís tica. (MÜLLER, 2000, p.4) A ar t e co nte mporâne a, assim como as obras de outros tempos , bus ca s en tido. E o e s pe c tador, també m. O qu e ocorre é que muitas vezes os es pectadores n ã o co m pre e nde m as manife staçõe s a que es tão expos tos , o que l eva a duvidar d e s u a l e gi t imidade . “ Mas, por qu ê ? Será que a arte de h oje n ão con s egue s en s ibi liza r o pú blico? Ou se rá qu e é e le que n ão é s uficien temen te aberto ou prepara d o pa ra lid ar com e ssa produ ção?” (ALBUQ UERQ UE, 2005, p.14) . Es s a s e ns ação de incompre e nsão e de duvidado que é arte, n ão é tão recen t e a s s im . Em ou tros te mpos també m acon tecia es s e es tranh amen to. Ain da por Al b uq u e rq u e 200 5 : Engana- s e qu e m pe nsa qu e e ste es tranh amen to é privil égio dos dias atuais . A hi s tó r i a d a arte é marcada por in compre en s ões . Van G ogh ven deu um único q u a d ro e m toda su a vida. Prou st teve s ua obra-prima recus ada por várias edito ras . Cé zanne foi re chaçado pel a própria família. [...] (ALBUQ UERQ UE, 200 5 , p. 15) . D e s ta fo r ma, pode -se dize r qu e a arte con temporân ea é al go que tira as pes s o as d o s e nso comu m, inde pe nden temen te de s er compre en dida ou n ão em um a pr im e ira l e itu ra. Ela també m é pa s s ível de n ovas abordagen s e várias fo r m a s d e aplicação.

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CILDO MEIR ELLES

Cild o M e ire le s (R io de Jane iro, 1948) . Começa s eu es tudo em arte em 1963El e ini ci o u s e u trabalho no mu ndo d a arte através de des enh os . Começou mui to j ov e m , q u a ndo se matriculou no Ateliê Livre da Fun dação Cul tural do Dis trito Fed e ra l , o nd e re ce be u aulas ministradas pel o pin tor e ceramis ta peruan o Felix Al e j a nd ro B a rre ne che a Avilez, e , a partir es te momen to, el e começa a praticar d e m o d o b as tante inte nso, te ndo e m 1967, realizado s ua primeira expos ição in divid u a l no M u s e u de Arte Mode rna d a Bahia. Pa ra M e ire le s, o de se nho e m su a obra é: O d e s e nh o talvez te nha algu ma cois a a h aver com s amba, com o l ado s ombr i o d o d e s e nh ador. Reve la, pe la sombra, o l ado cl aro das cois as . O u tal vez tenha al g u m a co isa a ve r com a vida in terior do s ujeito, com o s ignificado mais profund o e í nt im o das coisas. At ra v é s d a ex planação do au tor, percebe-s e que o des enh o tem al go revel ad o r e , a o m e s mo te mpo de safiador, dan do vazão a uma cadeia de reações que co ne c ta o e u inte rior de u m indivíduo em rel ação a s i e em rel ação a quais que r aco nt e cim e ntos mu ndanos qu e pos s am fazer uma pon te con ectada à arte. El e aind a de se mpe nhou u m papel importan te n a arte bras il eira, n o início dos ano s 60 , com su a produ ção ne ocon cretis ta, trabalh an do arte con ceitual e in s ta l a ção . S e u t rab alho não se pre nde ao region alis mo, mas a ques tões s ociais e poética s . U t iliza o e spaço como me io de comunicação com o es pec tador, que muitas veze s to r na - s e parte da obra. U tiliza materiais divers os como móveis , moedas , papé i s , v id ro s e mí dias para transformar um ambien te. Seu trabalh o n ão tem tamanh o: va i d e u m s im ple s pe daço de pape l a uma in s tal ação. Cild o po s s ui u ma caracte rística q ue é res s ignificar imagen s e/ou objetos , tiran d o o o bj eto pronto e colocando-o e m um con texto de arte, ou s eja, l evar a realidad e a s e r ex pre ssa e m forma de arte . [ . . . ] e t ra b alho muito com apropr iação e citação, al go muito próprio de n os sa co nt e m po rane idade pós-mode rna. Aproprio-me de imagen s da His tória da Art e e inclu o - a s e m minha obra, ou seja, tiro a imagem de s eu l ocal de origem e a u t ilizo para construir ou tra image m. Também cito muito em meu trabalh o, cito art i s tas d e q u e gosto, cito situ açõe s e movimen tos da His tória da Arte. Q ual é a d i fe re nça? Qu ando cito, não ex is te referên cia direta. Pos s o utilizar o modo d e t ra b alh a r , da cor mais comu m do artis ta ou da obra que es tou citan do. No en ta nto , q u and o me aproprio da imagem, el a es tá con tida em meu trabalh o, in teira o u d e s co ns t r uída, mas e stá pre se nte. Uma das cois as mais importan tes que aprend i co m m e u trabalho é qu e nu nca pen s o em uma obra s ó. Faço rel ações o temp o to d o , inclu sive do qu e ve jo na re a lidade com o que vejo n o mun do da arte. (BAR B OSA , 20 08 : 14 5 ). D e s ta fo r m a, e nte nde -se qu e Cildo, ao criar s uas obras , procurou demon s tra r q u e a o b ra da arte conte mporânea é val orizada pel o con ceito tran s mitido. I sto po d e s e r retratado de u ma maneira bem in teres s an te em s ua obra “des vio pa ra o v e r m e lh o” , onde se pe rce be que o importan te n ão é a quan tidade e objetos e s im , a fo r m a como e le s são u tilizados , e como el es in terferem n o cotidian o.

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Co m re l a ção à obra “ De svio para o vermelh o, 1967. Trata-s e de 3 s al as ch am a d a s d e Im pre gnação, Entorno e Des vio. Há uma col eção de móveis , objetos famili a re s e o b ras de arte e m dife re ntes ton s de vermelh o, um tapete que repres en ta a l g o d e r ra mado e ao fim e scu ridã o e uma torn eira pin gan do um liquido vermelh o . O q u e s i g nifica o ve rme lho? Tal vez o s an gue, ou o amor, ou prazer. Todos o s d etalh e s de spe rtam se nsaçõe s e s en timen tos . As s im, es ta obra faz o expec tad o r im agina r a u ma sé rie de simbolism os . To d o s o s simbolismos imagináve is n a obra de Cildo traz uma importan te ligaçã o e nt re a arte e o cotidiano, e ntre o real e o imagin ário, o que l eva a en ten der a q u e m a nalisa su as obras qu e o caráter abs trato dado pel a cor oferece, en t re tanta s o b s e rvaçõe s, a re sistê ncia ao modo de apreciar uma arte e como uma co r po d e influ e nciar a obra, traze ndo em s ua mon ocromia, a capacidade e diluir o to d o a t ra vé s do de svio qu e a co r – n o cas o o vermelh o, produz . 3. 1- D e s v io para o ve rme lho: imp regn ação, en torn o e des vio Po d e m o s obse rvar u ma ligação de in s piração da arte n as criações de moda e v i ce e v e rsa, o artista e o de sign procuram atin gir o mes mo con ceito criativo, o d e co ns e g uir tocar se u e spe ctador de modo que n ão des viem do caminh o de s eus pro pó s i to s . A arte conte mporânea e a moda agregam val ores mútuos uma pa ra co m a o u t ra, ambas transcreve m s ua men s agem de forma con ceitual para s eus ad mira d o res. Al é m d a li gação da Moda e da Arte quan to à criação, também é vis ível iden tific ar ca ra c t e rísticas nas ve stime nta s de pes s oas que pos s uem conh ecimen to, in te re s s e e ce r ta se nsibilidade qu anto à arte con temporân ea. Es tas pe s s oas bu scam transpare cer em s uas roupas , modo de ves tir, decorar s e ja ca s a o u e s critório, e m pintu ras, a té mes mo em des enh os de carros , s en timen to s q u e s ã o e mbasados por conhe cimen to e bagagem de experiên cias vividas , que s e po s s uir influ ê ncia de u ma obra da arte con temporân ea pode afetar s ignifica m e nt e no e stilo de sta pe ssoa. Pe ns and o n a forma de ex pre ssão de s en timen tos e ideol ogias que a arte con tem po râ ne a p ode cau sar influ e nciando n a moda de quem a obs erva, utilizarem o s co m o fo co de e mbasame nto de pes quis a as provocações que a arte con tem po râ ne a do artista Cildo Me ire les “Des vio para o vermelh o: Impregn ação, En to rno , D e s v i o” pode traze r. A o b ra possui dive rsos intuitos p rovocativos , a começar pel a cor utilizada na ar t e , q u e inclu sive intitula a obra que pos s ui o vermelh o como foco. Uma cor am p l a m e nt e u t ilizada, o ve rme lho se des taca por s er uma cor quen te e que atra i o lh are s . Pode significar tanto raiva quan to amor; calma e in quietação. O q u e o d efine é a visão de qu em o olh a, a percepção de quem o obs erva, o s e nt im e nto de qu e m o se nte . Cad a tom tem um s ignificado, e cada s ignificado é s ing ul ar para cada pe ssoa. Pe rcepções diferen tes res ul tam em compre en s õ e s d i fe re nt e s . Te nd o o ve rme lho como protagonis ta de s ua obra, foi criada as s im por Cild o M e ire l e s a obra “ De svio para o vermelh o: Impregn ação, En torn o, Des vio” e m 1967, t e ndo sido montado e m diferen tes vers ões des de 1984 e s en do h oje um a d as o b ras pe rmane nte s do mu se u Inh otim, em Min as G erais . Inh o t im é u m lu gar be líssimo, Sit uado em Brumadinh o, MG , o l ocal reún e Art e Co nt e m porâne a, Jardim Botânico, D es envol vimen to Human o e uma obra perm a -

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ne nt e m ui to importante do artista Cildo Meirell es . Al é m e s ta obra, ao passe ar por s uas gal erias , depara-s e com outras obras d e ar t e , inclu sive e scultu ras ao ar livre. É u m a m bi ente e m qu e o pú blico tem a oportunidade de s e aproximar da arte em s e u s d i v e rs os e stilos, alé m de se r o único l ocal do Bras il que exibe um acervo d e exce l ê nci a inte rnacional de arte con temporân ea de modo con tín uo. Al é m d a s obras, é possíve l conte m pl ar bel os jardin s e viven ciar uma experiên ci a ú ni ca d e contato com a natu reza, através dos divers os el emen tos pais agís tico s co m o l a gos, montanhas e flore s d e divers as qualidades . Al é m d o s p adrõe s e sté ticos qu e auxiliam o en ten dimen to e a con s ciên cia para a im po r tâ ncia da biodive rsidade e do cuidado com o meio ambien te, tem um viveiro q u e pro m ove a conscie ntização a mbien tal , al ém da ges tão ambien tal que é feita para re d uz ir impactos na natu reza e s er autos s us ten tável . É u m l o cal qu e te m visitação ao público através de pequen as taxas de en trad a e q u e não deve se r visitado ape n as uma vez , pois , é um es paço muito gran de e d ev e s e r obse rvado e inte rnaliza do com calma, para abs orver o maior n úme ro d e info r m açõe s qu e a proposta tem a oferecer. N e s t e e s pa ço, a obra de Cildo foi dividida em três ambien tes e, a obra também co nh e cid a como “ Qu arto Ve rme lh o” bus ca, através do us o de diferen tes ton s d e v e r m e lh o , traze r se ntime ntos e percepções diferen tes para o público. Em s u a pr im e ira parte , o artista u t iliza um es paço domés tico mon tado com objeto s m o no cro m á ticos e m u ma disposição pouco us ual , que traz refl exões divers as a ca d a u m q u e pisa naqu e le ce nário. Al t e r nand o os tons e os objetos, a s en s ação de calmaria conflita com o s ignifica d o d e ira da cor ve rme lha. Se guin do para as outras duas partes da obra, o e s pe c tad or pe rce be qu e o ve rmelh o pode s er us ado para acalmar tan to quanto para re prese ntar u m ato de violê n cia. A quebra do s en timen to de paz s e dá co m u m ras t ro de tinta ve rme lha e m u m ch ão es curo, mos tran do que o vermelh o pod e h abi tar tanto “ luz qu anto trevas” . São impactos aplicados aos s en s ores do es pe c tad o r , m ex e ndo com o psicológico de cada um e trazen do s en s ações mis tas a o s e u co r po .

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Co nside raçõe s finais

O pre s e nt e trabalho trou x e à luz das divers as l eituras , fon tes de n ovas inform açõ e s e inspiração para o mu nd o da moda com a arte con temporân ea perant e a e l a b o ra ção de u m e ditorial. At ra v é s d os e stu dos re alizados para en ten der um pouco acerca do univers o co nt id o na o bra de Cildo Me ire le s e s ua ligação com arte e moda, foi pos s ív e l o b s e r v ar qu e ex iste u ma química muito forte en tre a moda e a arte ao l on go d o t e m po . El e t ro u x e atravé s de su a obra, s ituada em Inh otim, uma oportunidade e verifica r q u e e l a s e rve de inspiração e que, ao mes mo tempo, s e recus a a viver de conv e nçõ e s e fórmulas prontas. A int e gra ção, a multidisciplinarida de, a derrubada de fron teiras en trecampos d a e s fe ra d e criação é fu ndame ntal para a ampliação do pen s amen to, da refl exã o , d a a çã o n a moda, no de sign e em outros campos que propiciem a in terdis cip li nar id a d e . (MOUR A, 2 00 8 , p. 4 8 ). S e u t ra b alho é u ma inspiração para o des envol vimen to de vários outros , em v á r i o s ca mpos ligados a arte ou n ão, como por exempl o, confecções de roupa s , fa i xad as d e pré dios, etc. E o o bj et ivo de stas ligaçõe s, m uito mais do que ven der em es pécie, o s e u t ra b alh o , é provocar, indagar, levar o outro a olh ar al ém das imagen s , con s truind o nov o s significados e mostrando o poder que a arte tem em n os fazer en tend e r , o u a o ou tro, ou a u m mome nto em que al guma cois a importan te acon tece. É e s t e o lh a r , sile ncioso, mas provocan te que vai fazer brotar do in timo do in terl oc u to r , a ca pacidade de e nte nde r al go, e mudar pos turas s em travar guerras fria s e / o u s angre ntas. At ra v é s d a moda, conce itos e ten dên cias s ão l an çados , ora para durarem, o ra para nã o s obrevive r a u ma ú nica es tação. E é el a quem defin e, den tro dos mov i m e nto s políticos e sociais, os pa drões e ten dên cias que podem s er s eguidos e co pi a d o s p e la socie dade , se ja e l a uma cl as s e econ omicamen te des envol vida ou não , a l é m de dize r a qu al gru po de influên cias e in teres s es perten ce e a qu a l ni ch o e l a se e nqu adra a partir dos divers os es tereótipos criados pel a s ociedad e no d e co r re r do te mpo e dos sé cul os . J á s o b re a monocromia da cor da obra de Cildo, que es tá l ocalizada em Inh otim , rev e l a u m a nova forma de inte rag ir ao el aborar um fas hion film, porque traz s e ns açõ e s d i ve rsas e m u ma ú nica cor, al ém de focar n o vis ual e procurar, atravé s d as im age ns, construire me lhorar a el aboração do pen s amen to h uman o. As s o ci a r o e stu do da moda à Arte Con temporân ea s ignifica, portan to, n ã o ad mi t ir o estabe le cime nto de u ma data limite para as cois as começarem e terminare m ; Si g nifica qu e e la e stá se mpre pres en te n o cotidian o, marcan do pres ença nas d i v e rs as ge raçõe s e pe rmitindo que o s eu refl exo repercuta n o modo s er, ag ir e int e ragir do se r hu mano consig o e com o mun do.

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R EFER Ê N CIAS

A m o d a como manife sto da arte . São Paul o. 2015. Editora Bregan tin e. Dis ponív e l em: ht t p : / / rev i s ta cul t . u o l . co m . b r / h o m e / 2 010 / 03 / a - m o d a - co m o - m a ni fe s to - d a - a r t e / . Ace s s o e m : Abril, 2 016 . ALB U Q UER QUE , Fe rnanda. Mas is s o é Arte? In : Revis ta Apl aus o. Porto Al egre: v. 57, ano 7, p. 14 -15 , 2 00 5 ª ANDR ADE , M. M. Pe squisa cie ntífica: n oções in trodutórias . In : _ _ _ _ _ _. Int ro d u çã o à metodologia do trabalh o cien tífico: el aboração de trabalh os na grad u a ção. 6 . e d. São Paulo: Atla s , 2003. BAR B OSA , A. M. (Org. ) Arte / e ducação con temporân ea. Con s on ân cias in tern a c i o nai s . S ão Paulo: Cortez, 2 00 5 . B O UR DIEU , Pie rre . A distinção: crítica s ocial do jul gamen to.São Paul o: Edusp ; Po r to Al e gre : Zou k , 2 0 07 . D O R FLES , Gilllo. A Moda da Moda. Tradução: Teres a de Campos Coelh o. Lis boa : Ed i çõ e s 70, 1974 . 121 p. K ALIL, Gl oria. Chic: u m guia bá s ico de moda e es til o.21 ed. São Paul o: SEN AC/ SP , 20 01 . 26 5 p. MO UR A, M ônica. A moda e ntre a arte e o des ign . In : Des ign de moda: olh are s d i v e rs o s . São Paulo: Estação das Letras e Cores Editora, 2008. MÜLLER , Flore nce . Arte e moda. São Paul o: Cos ac & Naify , 2005. R EIGADA, Danie l. Moda e Arte . An amorfos es do Corpo Con temporân eo. 2012 . Di s po ni v e l e m: http: / / ww w.pparal el o.art.br/doc s /moda-e-arte-an amorfo s e s - d o - co r po-conte mporane o/ . Aces s o em: Abril 2016. SI M IONI , Ana Paula Cvalcanti. Por que l er G eorg Simmel ? In Dobras v. 1 n . 1 out . 20 07. B aru e ri: Estação das letras e Cores , 2007. SI M M EL, Ge org. A moda. IAR A Revis ta de Moda, Cul tura e Arte, São Paul o v.1 n. 1 a b r . / ago. 2 0 0 8 . Disponíve l e m < http://www.ufjf.br/pos moda/fil es /2008/07/07_I AR A _S imm e l_v e rsao_final. pdf> Ace ss o em 20 mai 2016. SV ENDS EN, Lars. Moda: u ma filos ofia. Tradução: Maria Luiza X. de A. Borges. – R i o d e J ane iro: Zahar, 2 010 . Tex to s o b re a obra de Cildo Meirel es “Des vio para o vermelh o: impregn açã o , e nto r no , d e svio” . Disponive l e m : http://www.inh otim.org.br/inh otim/arte-con tem p o ra n e a / o b ra s / d e s v i o - p a ra - o - v e r m e lh o - i - im p re g n a ca o - i i - e n to r n o - i i i - d e s v i o - 2 / Ace s s o e m : Abril, 2 016 .

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TOLSTO I , Le on. O qu e é arte ?A pol êmica vis ão do autor de G uerra e Paz . Sã o Paul o : Ed i o uro, 2 002 . VALLADAR ES, Petru ska Toniato; A influen cia da arte con temporân ea n os des file s a t u ai s . A r t igo Cie ntifico. Espirito San to, 2015. Dis ponivel em: ht t p: / / w w w. coloquiomoda. com. br/ an ais /an ais /11-Col oquio-de Moda _2 015/CO MUNICACAO-OR AL / CO-EIXO3 -CULTURA/CO -3-A-INFLUENCI A- DA - ARTE -CONTEMPOR ANEA-NOS-DESFILES-CO NCEITUAIS.pdf . Ace s s o e m : Abril 2 016 .

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ANEXOS

R OTEIR O PAR A DESEN VOLVIMENTO DE PRO DUÇ ÃO DE MO DA -EDITO RI AL DE MODA.

Pro d u to ra: Pe nsart M arca Contratante : Elma Noivas Es t il o : - D o minante : Ele gante + Romântico - Co m ple me ntar: Sex y S e g m e n to de Me rcado: Fe minino / Mas culin o – Adul to S e g m e n to de Me rcado da Ma rca Con tratan te: Ves tuário – Moda Fes ta. Linh a : Pret-a-Porte r de lu xo. Es tação e ano: Primave ra / Ve rão 2016 Te m a d o Editorial: De svio para o Vermelh o – Cildo Meirel es Refe rê ncias: Vamos e mbasar a produção de um editorial de Moda n a obra q u e e s tá localizada no Inhotim “Des vio para o Vermelh o: en torn o, im pre gnação e de svio. ” Co nce i to: O fashion film te m por objetivo expres s ar o s en timen to provocado pe l a o b ra de Cildo Me ire le s, m es cl an do o es til o da marca con tratan te ( Elm a N oivas) com o conce ito da obra. Enfatizan do a cor vermelh a o s ty lis t co ntará com te cidos fluidos e es voaçan tes de forma a demon s trar todos os po nto s p rovocativos qu e a obra pos s ui. A idéia da produtora s e propõe a re a lizar a ju nção de moda e a rte con temporân ea de um modo con ceitual , s e m d e sviar da idé ia do artista ao criar a obra. Car t e l a de core s: Ve rme lho, Preto e Bran co. Fo r m as e e stru tu ras: O figu rino do filme con tará com formas fluidas . M a t e r i ais: Equipame nto de film egam, pétal as de ros as , maquiagem, pro d u tos para cabe lo, te cido m us s elin e vermelh o, aces s órios .

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CRO NO GRAMA DIA

CRO NO GRAMA

22/ 08

Entrevis ta com o clien te (Elma Noivas )

27/ 08

Visita técnica a obra des vio para o vermelh o

0 5/ 09

Reunião com profis s ion ais para definição do projeto

19/ 09 á 23 / 09

Bus ca e pes quis a de materiais a s erem u tilizados n o editorial

03/ 10

Con tratação da Model o (1 feminin a)

16/ 10

Visitação ao cen ário extern o on de s erá produz ido o editorial (Parque Municipal )

23/ 10

Visitação ao cen ário in tern o (e stúdio con tagem)

29/ 10 e 3 0/ 10

Confecção aces s órios para o editorial

17/ 11 e 19 / 11

Gravação do Fas hion Film

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