SENSE - Bárbara Cesário

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INSTITUTO DE COMUNICAÇÃO E ARTES CURSO DE GRADUAÇÃO EM MODA Bárbara Cesário Assunção

CRIAÇÃO SOBRE MONET E A MODA INCLUSIVA PARA DEFICIENTES VISUAIS

Trabalho

de

apresentado

à

conclusão

de

curso,

disciplina

de

projeto

experimental

do

Comunicação

e

Universitário

UNA,

Instituto Artes/ como

de Centro pré-

requisito para a obtenção do título de bacharel em moda.

PROFESSORA ORIENTADORA: Maria Adircila Starling ÁREA DE PESQUISA: Criação de Moda PROJETO: Coleção Feminina

BELO HORIZONTE 2016 / 1º Semestre

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Dedicatória

Ao final desse lindo trabalho, gostaria de

dedicar esse projeto a todas as pessoas, que de alguma forma se mobilizam com a questão da inclusão social, sobretudo na moda. Dedico também aos meus pais, por me ajudarem a tornar essa idéia em algo real, me dando suporte sempre. Aos meus mestres, que muito me ensinaram e contribuíram para a conclusão de um trabalho satisfatório. E por fim, dedico à minha orientadora, Didi, que sempre apoiou meu projeto, e acreditou que tudo isso seria possível.

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“O seu humano “normal” é o ser humano “diverso”, e é isso que nos enriquece enquanto espécie” (Ana Cláudia Carletto e Silvana

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Cambiaghi).

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Agradecimentos

Agradeço acima de tudo a Deus, por es-

tar sempre presente em minha vida, principalmente nessa etapa, onde pude vivenciar e aprender tanto, graças a Ele. Agradeço imensamente aos meus pais, que sempre me deram suporte, incentivaram, e lutaram por mim, pra que meu sonho hoje, se torne realidade! Muito obrigada também à Maria Teresa, pelo carinho e torcida para que meus projetos saíssem de forma correta. Agradeço também ao meu namorado, pela cumplicidade e apoio sem iguais. A todos em geral, que sonharam comigo, e puderam ver a evolução do meu aprendizado na moda. Deixo também meu agradecimento a todos os mestres que foram essenciais à minha busca pelo conhecimento. Muito obrigada a todos!

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Resumo Esse projeto tem como objetivo a formação de uma marca de moda inclusiva destinada ao vestuário feminino, elaborando artifícios, em todo o seu processo de criação, capazes de dar a acessibilidade necessária a qualquer deficiente visual, para se vestir ou fazer compras sozinho. Para que a marca atendesse realmente a essa finalidade, foram trabalhados inúmeros processos que pudessem servir como facilitadores para a identificação da roupa, partindo do aguçamento dos demais sentidos do corpo, principalmente do tato. Para a sua primeira coleção, a marca se inspirou no pintor francês Monet, que tem um encaixe perfeito ao tema principal, pela sua ligação à deficiência visual. De forma geral, esse trabalho prevê o uso da moda de forma igualitária por todos os biótipos possíveis, de forma com que todos possam utilizá-la, independente de sua mobilidade. Palavras-chave: Moda inclusiva. Acessibilidade. Deficiente visual. Monet. Coleção.

Abstract This project aims at the formation of an inclusive fashion brand aimed at women’s clothing, developing devices, throughout their process of creation, able to give the necessary accessibility to any visually impaired, to dress or shopping alone. For the trade mark would meet really this purpose, they worked on numerous cases that could serve as facilitators for clothing identification , based on the acuteness of the other senses of the body , especially of touch. For his first collection, the brand was inspired by the French painter Monet, which is a perfect fit to the main them, for its connection to the visually impaired. Overall, this work provides for the use of fashion equally by all possible biotypes, so everyone can use it, regardless of their mobility.

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Keywords: Inclusive fashion. Accessibility. Blind. Monet. Collection.

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Sumário 03

Público Alvo

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Brieging de Coleção

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Coleção

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Anexos

Identidade da Marca

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Fichas Técnicas

Briefing de Negócios

Apêndices

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Curriculum EXPERIÊNCIAS PROFISSIONAIS

Bárbara Cesário Assunção

BABY HOUSE Moda infantil

Funções: Vendedora Período: 2012 a 2013

KI-SUN Confecção de Ternos Femininos

Funções: Vendedora Período: 2013 a 2014

MAG Sapatos e Bolsas

Funções: Free Lance como Assistente de Estilo Período: 2014 a 2015

MAG Sapatos e Bolsas

Funções: Free Lance como Assistente de Estilo Período: 2014 a 2015

LAFÊ Moda Feminina

Funções: Estagiária na função de Assistente de Estilo Período: 2015 a 2016

ALLONE Moda Feminina

Funções: Prestação de serviços autônoma como produtora de moda e analsta de mídias sociais Período: 2016

REDE SUPER Entrevistada

Funções: Falar sobre moda inclusiva Link: https://www.youtube.com/ watch?v=9fD-b6rw6qE

DESIGNER DE MODA FORMAÇÃO Cursando o sétimo período de Moda, na UNA.

INFORMAÇÕES babi2246@hotmail.com (031) 9 8909 9615 Av. Augusto de Lima, 152 - Centro/ Belo Horizonte 22 anos

EVENTOS DE MODA

V PROAÇÃO FASHION DAY

Funções: Assistente de estilo do desfile produzido por Zeca Perdição Período: 2012

DESIGNER FASHION

Funções: Assistente de estilo do desfile produzido por Zoka Vassalo Período: 2012

19º GRIFE SHOW

Funções: Vendedora da multimarca Vitrine Período: 2014

17º EDIÇÃO DO MINAS TREND

Funções: Stand da Lafê Período: 2015

UNATRENDSETTERS

Funções: Assistente de Backstage Período: 2/2015

QUALIFICAÇÕES Inglês fluente, nivel avançado (CCAA) Qualificação profissional em Produção de Moda (SENAI) Seminário de Colsultoria de Imagem por Lula Kiah

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Briefing de Negรณcios


Descrição Geral da Marca Sense é uma marca feminina,

aduras fixas em lugares estratégicos,

destinada a mulheres que tenham

tudo para que o processo de “vestir”

entre 25 a 35 anos, de classe média

se torne mais fácil; as etiquetas de-

e estilos, romântico e criativo. A mar-

scritivas e em braile, também são

ca foi criada com o intuito de atender

uma ferramenta importante utiliza-

de forma acessível, àquelas que pos-

da pela marca, para que a inclusão

suem deficiência visual, sendo as-

e independência desse ato cotidiano

sim, ela possuí como diferencial, o

se tornem verdadeiramente efetivas.

fato de ser inclusiva, já que é capaz

Sendo assim, a marca propõe uma

de atender a qualquer mulher que

nova forma de enxergar a moda, tra-

se enquadre no público-alvo, tendo

zendo em sua roupa, elementos ca-

essa condição em especial, ou não.

pazes de trabalhar com os demais

No geral, a Sense utiliza de formas

sentidos corporais, além da visão.

e silhuetas mais simples, e de aboto-

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Estilo

Nicho

Dominante: Romântico

Prêt-à-porter de difusão

Complementar: Criativo

Seguimento

Gênero

Casual Chic

Feminino

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Concorrentes Diretos

Alfreda é uma marca minei-

entre grandes blogueiras nacionais

Isabela Capeto é uma marca

pazes de imprimir o estilo da marca,

ra, lançada em 2014, já com grande

como: Camila Coelho, Camila Coutin-

romântica e jovem, existente no mer-

e tornar a criação do vestuário pare-

sucesso. Ela se destina a um públi-

ho e Thássia Naves. O grande difer-

cado desde 2003. Desde seu surgi-

cido com uma obra de arte, devido à

co jovem e romântico, e possuí um

encial da marca é a criação de peças

mento, a marca vem apresentando

junção de elementos diferenciados e

DNA único e cheio de personalidade.

atuais com uma grande pegada fem-

um crescimento meteórico, por pos-

pouco utilizados atualmente, como

No ano de sua estréia, a marca já

inina e clássica, através de aspectos

suir um estilo único de criar, desobe-

o bordado, a aplicação de rendas e

participou do maior evento region-

visuais impactantes como o bordado,

decendo a todas as tendências

passamanarias, o feito à mão, entre

al de moda, Minas Trend, com uma

aplicações e utilização de tecidos no-

pré-estabelecidas. Seu grande difer-

outros.

coleção encantadora que virou hit

bres.

encial é a utilização de matérias ca-

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Concorrente Aspiracional

Motivo da Concorrência

Elie Saab é uma marca libane-

mesmo estilo. Seu grande diferencial

sa que surgiu em 1982, e desde en-

é a utilização de materiais finos e del-

tão é reconhecida pela delicadeza e

icados, utilizados nos bordados e de-

detalhismo de sua criação. Em 2006,

mais matérias de superfície, capazes

reconhecidas por seu estilo român-

clientes.

Elie Saab foi convidada a fazer parte

de dar vida ao “conto -de- fadas” da

tico, justamente ao qual a Sense se

do sindicato de alta costura de Paris,

moda. Elie Saab também pode ser

destina, fazendo com que, por essa

ser considerada uma concorrente

e apesar de ser uma marca de luxo,

considerada uma marca romântica,

razão e outras mais específicas de

aspiracional pois suas silhuetas,

possuí linhas mais comerciais, como

que ressalta a silhueta feminina.

marca por marca, as tornem concor-

bordados exuberantes e modelagem

rentes.

perfeita, é algo que a Sense, apesar

A concorrência com Isabe-

de estar no mesmo caminho procura

la Capeto, é devida não só ao seu

para si, e ainda não possuí em mes-

estilo, como pela sua confecção de

ma proporção.

matérias diferenciadas, usando bas-

tante as técnicas do “feito à mão”,

com estas marcas e nenhuma mar-

assim como a Sense pretende tra-

ca inclusiva, é em razão à real falta

balhar.

de grifes para esse segmento, sendo

Já a concorrência com a mar-

que no Brasil, encontramos apenas

ca Alfreda, é ainda mais direta, pois a

algumas marcas acessíveis, que são

grife, além de possuir estilo e segmen-

destinadas apenas aos deficientes, e

tos semelhantes, ela está no mesmo

não à todos, de forma inclusiva, como

estado e ainda é nova no mercado,

a Sense pretende fazer.

a ready-to-wear, obedecendo ao

Ambas as três marcas, são

tenham que disputar pelas mesmas No caso de Elie Saab, pode

O motivo da Sense concorrer

o que faz com que provavelmente

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Canais de Distribuição

Diferenciais da Marca no Produto

Showroom, localizado no Prado, funcionando apenas como atacado, para

atender lojistas de multimarcas brasileiras, e loja virtual; atendendo varejo e atacado.

A Sense tem como diferencial em seu produto, sua preocupação com a aces-

sibilidade das peças, tendo como foco principal, o atendimento igualitário do seu produto, à parcela do seu público que possuí deficiência visual. Para que então a marca seja acessível e inclusiva, ela conta com ferramentas facilitadoras desse processo, como as etiquetas em braile, as abotoaduras ergonômicas, as formas simples da roupa que facilitam o processo de “vestir”, e demais elementos estéticos que agucem os demais sentidos do corpo, principalmente o tato.

Margem de Preço Atacado: 90,00 a 3.000,00

Varejo: 180,00 a 6.000,00

Camisetas e Croppeds: De

Camisetas e Croppeds: De

90,00 a 180,00

180,00 a 360,00

Blusas, Blazers e Shorts: De

300,00 a 600,00

600,00 a 1.200,00

Calças e Saias: De 400,00 a

1.800,00

Macacões

600,00 a 3.000,00

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Blusas, Blazers e Shorts: De Calças e Saias: De 800,00 a

3.600,00 e

Vestidos:

De

Macacões

e

Vestidos:

De

1.200,00 a 6.000,00

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Painel de Estilo da Marca

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PĂşblico-alvo


Descrição de Público-Alvo

O público-alvo da Sense com-

apesar de morarem em grandes cen-

preende mulheres de 25 a 35 anos,

tros, devido à facilidade quanto ao

de classe média B2, com renda fa-

trabalho, preferem viajar para locais

miliar de R$8.137,00 a R$12.204,00,

tranqüilos e relaxantes.

segundo POF/IBGE, e estilos român-

tico e criativo. As mulheres às quais a

te, essas mulheres não freqüentam

marca se destina, podem ser ou não

baladas, e preferem restaurantes,

deficientes visuais, já que é uma grife

pubs ou bares com ambientes mais

acessível, e procura incluir essa par-

calmos. Elas são vaidosas e diverti-

cela social, dando a todas, a mesma

das e não seguem nenhum tipo de

possibilidade de utilização.

dieta ou tendência esportiva. Quanto

Essas mulheres são pessoas

aos seus hábitos de consumo, elas

tranqüilas e delicadas, que gostam

optam por coisas diferentes às habit-

de organização, e procuram ter um

uais, e que dêem a elas algum tipo

ciclo de conhecimento bem dinâmi-

de sensação satisfatória e de des-

co, já que estão sempre à procura de

taque. Possuem como ídolos, mul-

novas experiências e sensações. No

heres de personalidade forte e deli-

seu dia-a-dia, elas são bem rotinei-

cadas, como Marina Ruy Barbosa e

ras, mas durante os finais de sema-

Amanda Sayfrield.

na, férias e feriados, procuram sem-

pre por algo que possa lhes trazer

vida tranqüila e tradicional, conqui-

um relaxamento, seja uma viagem

stando uma independência financei-

para algum lugar tranqüilo, ou uma

ra, perante o reconhecimento de seu

saída para um ambiente agradável,

trabalho; em constituir uma família,

sempre à procura por conhecimento.

ter uma casa própria, ser dona de

Elas são mulheres comunica-

seu próprio negócio, conhecer lug-

tivas e extrovertidas, que valorizam

ares diferentes e históricos, acred-

ao máximo as pessoas que possuí

itando que essas conquistas sejam o

por perto, sejam amigos ou famili-

ápice de sua felicidade.

Apesar de gostarem da noi-

Esse público sonha com uma

ares. No geral, elas são profissionais que trabalham com aspectos manuais e criativos, como escultoras, decoradoras, artesãs, entre outros. Não

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são mulheres muito urbanas, então,

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Painel de PĂşblico-Alvo

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Identidade da Marca


Logo

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Justificativa Nome

Cor

A escolha pelo nome Sense,

Fonte A cor escolhida para colorir

A fonte utilizada na logo é a

surgiu através da preocupação da

a palavra Sense, foi a branca, dev-

glamour. Ela é uma fonte elegante,

marca, em aguçar os diversos sen-

ido sua representação, que seria a

com diferenças de pesos e curvas

tidos do corpo, utilizando em sua

junção de todas as cores, o que tem

nas letras, conferindo à logo, movi-

roupa, elementos capazes de trans-

um significado paralelo à marca em

mento, estilo e dinamismo. E a uti-

mitir a seus clientes, sensações úni-

si, já que ela é uma grife inclusiva.

lização do braile significa inclusão e

cas. Dessa maneira, como a palavra

Com esse mesmo pensamento, as

acessibilidade.

Sense, em inglês, significa sentido,

cores escolhidas para compor as

ou sensação, foi a escolha perfeita

letras de Sense, escrita em braile,

para aquilo que a marca deseja rep-

são a representação de todas as es-

resentar, além de ser uma palavra

tações do ano, atribuindo à marca um

curta e de fácil pronúncia, o que facil-

caráter atemporal,sendo elas o rosa,

ita sua propagação.

representando a primavera; o ama-

Já na representação da logo-

relo, representando o verão; o laran-

marca, foi feita a escolha de mesclar

ja, representando o outono; e o azul,

a palavra escrita em uma tipografia

representando o inverno. Como a pa-

típica, conferindo movimento, estilo e

lavra possuí cinco letras, foi adiciona-

elegância à logo; com a palavra es-

da a cor verde, para complementar

crita em braile, unindo os principais

e amarrar as cores, representando

conceitos da marca, que são a aces-

também o equilíbrio, estabilidade e

sibilidade, com o foco nos deficientes

possibilidade.

visuais, e a inclusão. Dessa forma, a junção das duas tipografias, caracterizam muito bem o público e conceito da marca.

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Monocromia

Aplicação em Cores Sólidas

Escala de Cores Pantone: 16-1548

Pantone: 12-0752

C:0 M:65 Y:50 K:0

C:5 M:4 Y:85 K:0

Pantone: YR07

Pantone: 3155 U

C:0 M:67 Y:78 K:0

C:83 M:39 Y:40 K:25

Pantone: 7737

Pantone: 0

C:60 M:9 Y:81 K:10

C:0 M:0 Y:0 K:0

Tipografia

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Tons de Cinza

Área de Proteção

Malha de Ampliação

Usos Indevidos

Redução Mínima

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Aplicação em Papelaria Cartão de Visita

Embalagens Envelope

Papel kraft 220g/ m²- 30 cm x 24 cm x 17 cm.

Envelope ofício, 80g/ m²-229 mm x 324 mm

Papel couchê 300g/ m²- 9cm x 5cm- verniz localizado

Sacola menor: Papel comum 120g/ m²- 28 cm x 24 cm x 6 cm Sacola maior- Papel comum 120 g/ m²- 45cm x 14 cm x 34 cm

Opções de Brinde

Cabide

Tag Necessaire de tecido com ziper aparente.

Sachê Aromático de Organza, com Folhas Desidratadas.

Envelope ofício, 80g/ m²-229 mm x 324 mm

Opção de Fachada Papel couchê 300g/m²- 9cm x 5 cm- verniz localizado e faca especial

Etiqueta

Papel de Carta

Papel Ofício, A4- 75g/ m²

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Etiqueta descritiva em Braille, por meio de flocagem, com indicação de numeração e cor.

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Briefing de Coleção


Release Marca promete levar inclusão à moda Através de processos inovadores, Sense pretende atender a todos os públicos, incluindo o deficiente visual Sob o enfoque da acessibilidade, a empresa pretende trabalhar sua criação de forma a satisfazer todas as necessidades básicas, de pessoas com biótipos diversos, no momento de escolher uma roupa. Para salientar o foco na deficiência visual, a marca buscou inspiração em Monet, para o lançamento de sua primeira coleção, Jardim de Monet, de Inverno 2017. Para atender ainda melhor ao seu público, feminino e romântico, a marca optou por trabalhar nessa estação com cores pastéis e outros poucos tons mais vibrantes, como o nude, pêssego, lilás, rosa, verde, roxo, entre outras, que também são muito relativas ao universo de Monet. Os tecidos são leves, e as formas, mais confortáveis, nas silhuetas A, X e H. O grande diferencial da grife para esse inverno, serão as estampas beneficiadas

com trabalhos que permitem a percepção tátil. Sense, além de possuir grande diferencial por ser uma das primeiras marcas destinadas à real moda inclusiva, também se destaca por trabalhar com processos que facilitem a identificação da roupa por meio do tato, como o uso das etiquetas em braile, e outras especificidades que agucem tal sentido perceptivo, tais como: bordados, corte à laser, flocagem, entre outros. “O sonho de contribuir com a moda para algo significativo sempre foi muito grande. Agora que encontrei a forma exata de fazê-lo, acredito que ela nunca mais será a mesma” diz a estilista da marca, Bárbara Cesário, confiante de que seu trabalho possa realmente atender às pessoas de forma igualitária. Contato: Sense / (31) 9 8909- 9615 barbara.sense@yahoo.com.br Assessoria- Bárbara Cesário

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Painel de Inspiração

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Painel de Macrotendência: Helpfull

A marca Sense, se in-

spirou

na

macrotendência

Helpfull, que significa ajudar, devido a ocorrência crescente da grande vontade de grupos ou indivíduos em colaborar, de alguma forma com o próximo. É visível o quanto a mobilidade das pessoas, de forma geral, aumentou nos últimos anos, quando o assunto é ajudar o outro. As campanhas de adoção de animais, os médicos sem fronteiras, as fundações de ajuda ao meio ambiente, a reconstrução de locais destruídos e moradias, entre outros projetos, são apenas alguns exemplos que podem ilustrar a tendência do ser humano em servir ao outro.

O motivo dessa idéia

crescente pode variar entre o crescimento espiritual e satisfação emocional, até o medo de um futuro incerto, onde todos estão sujeitos a ser colocados em situações inesperadas, em que um apoio será sempre bem-vindo. Assim, já que a Sense trabalha uma questão social, que pretende realizar também

certa

assistência,

essa macrotendência é ideal para provar, que o mundo está caminhando para as vertentes

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da colaboração.

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Tendências

A Sense, apesar de trazer

de lado, mas entra nas passarelas

muitas matérias e tecidos inovador-

como algo já conhecido e esperado.

es ou atemporais, que promovam o

Dessa forma, os demais aspectos

reconhecimento tátil das peças, tam-

marcantes que se vê na Sense e po-

bém utiliza de algumas tendências

dem ser comprovados como tendên-

recorrentes nos principais desfiles de

cias para a estação são: a escolha

moda, que são capazes de se asso-

por tons pastéis, deixando as cores

ciar ao universo da marca, e ao mes-

escuras em segundo plano, o que

mo tempo promovê-la no sistema da

não é muito comum nas coleções de

moda.

inverno; a utilização de fechos apar-

No caso dos bordados e

entes, visto não apenas nas marcas

cortes à laser, que a marca utiliza em

aqui exemplificadas, como em mui-

grande escala, as grifes que já tra-

tas outras; e o comprimento midi, que

balham com eles, não os deixaram

o hit da estação.

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Cores

As

Dominantes cores

escolhidas

pela

claros, como o rosa, o amarelo e o

Sense para serem trabalhadas nesse

lilás, capazes de dar destaque aos

Inverno, fogem um pouco do que o

tons opacos, seja através de algum

público está acostumado a ver nes-

detalhe ou pela sua presença em

sa estação. Ao contrário de muitas

uma peça completa. De forma geral,

grifes, que optam por trabalhar tons

a marca utiliza os tons pastéis, como

escuros nessa fase do ano, a mar-

o pêssego, champagne e lilás como

ca optou por fazer uma mescla entre

suas dominantes; as cores mais vi-

essas cores mais esperadas, e tons

brantes como suas tonalizantes, no

pastéis e mais femininos, destacados

caso do rosa, amarelo,roxo e vermel-

por grandes nomes em passarelas

ho; e os tons realmente próprios do

internacionais.

inverno, como intermediários, como

o preto, o bordô, entre outras tonal-

As cores vão desde o preto

já aguardado, até pigmentos mais

idades.

Nude Luz 11-0617 TPX 2C 5M 27Y 0K 240R 237G 195B

Verde Folha 19-6311 TPX 86C 46M 96Y 56K 54R 89G59B

Lilás Reflexo 17-3023 TPX 25C 82M 2Y 0K 189R 90G 159B

Preto Sombra 19-0303 TPX 73C 67M 65Y 77K 50R 50G 50B

Amarelo SOl 12-0643 TPX 5C 3M 100Y 0K 249R 230G 29B

Intermediárias Verde Aquático 13-5412 TPX 40C 0M 24Y 0K 149R 225G 209B

Palha Cavalete 14-0627 TPX 19C 19M 62Y 0K 211R 195G 128B

Pêssego Movimento 15-1331 TPX 0C 46M 51Y 0K 255R 162G 125B

Rosa Artístico 14-1228 TPX 0C 34M 27Y 0K 255R 188G 160B

Rosa Natural 15-1922 TPX 0C 59M 18Y 0K 249R 141G 161B

Tonalizantes Verde Arco 19-4524 TPX 100C 52M 55Y 35K 3R 86G 94B

Azul Impressão 19-3952 TPX 100C 93M 20Y 9K 43R 62G 132B

Rosa Pétala 18-2436 12C 100M 23Y 0K 215R 44G 122B

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Bordô Floral 18-1555 TPX 15C 100M 100Y 9k 194R 21G 35B

Roso Jardim 15-3817 TPX 29C 36M 0Y 0K 181R 165G 211B

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Tecidos

Para a coleção de Inverno

sua composição, e outros são mis-

2017, a Sense optou por trabalhar

turas de fibras naturais e sintéticas,

com tecidos que pudessem ofere-

como é o caso do jacard. A intenção

cer mais conforto ao seu público,

da marca ao escolher tal cartela de

ou até mesmo com um toque mais

tecidos foi pensada estritamente para

agradável, que possam ser usados

que o cliente não obtivesse nenhum

mais facilmente.

tipo de empecilho ao vestir peças

confeccionadas com eles.

A maioria dos tecidos é leve,

Crepe Welch 100% poiéster Ouro Têxtil R$44,00/ mt

Couro Eco Colors 100% poliéster Ouro Têxtil R$40,00/mt

Crepe Pascally 100% poliéster Ouro Têxtil R$44,00/mt

Crepe Romano 100% poliéster Visual tecidos R$14,90/ mt

Crepe Zara 100% poliéster Kanto da Moda R$16,90/mt

Cotton Strech (Sarja) 60% poliéster 37% algodão 3% elastano Miracle R$29,90/mt

Piquet 100% algodão Miracle R$28,90/mt

Jacqard Span 64% algodão 36% poliéster 2% elastano Miracle R$45,90/ mt

Brim Leve 100% algodão Miracle R$17,90/mt

Span 97% poliéster 3% elastano Visual Tecidos R$25,90/ mt

Suede Metalizada 92% poliéster/ 8% elastano Visual Tecidos R$35,90/ mt

Tule Francês 100% poliéster Visual Tecidos R$19,90/mt

Tela 100% poliéster Armarinhos Paula R$19,90/mt

Santorine 97% poliéster 3% elastano Ouro Têxtil R$76,00/mt

muitos deles possuem elastano em

Crepe 95% poliéster 5% elastano Armarinhos Paula

Cetim Bucol 100% poliéster Visual Tecidos R$ 14,90/ mt

Poliamida Fit 90% poliéster 10% elastano Bella Têxtil R$69,90/ kg Rende: 2,5 mt/kg

Musseline Toque de Seda 100% poliéster Ouro Têxtil R$16,90/ mt

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Malha Cirre 92% poliéster 2% elastano Bella Têxtil R$ 69,90/ kg Rende: 2,5 mt/kg

Neoprene 92% poliéster 8% elastano Bella Têxtil R$39,90/ mt

Crepe Spandex Pascally 96% poliéster 45 elastano Ouro Têxtil R$50,00/ mt

Seda Haya 100% poliéster Ouro Têxtil R$15,00/mt

Plissado Athenas 100% poliéster Visual Tecidos

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Matérias

Superfície

A marca utiliza muito do re-

do, entrelace de fitas, entre outras

curso de matérias, para trazer algo

matérias, tanto de remodelagem

inovador até seus clientes, de forma

quanto de superfície, que facilitem

com que o tato seja estimulado, e que

o seu trabalho no campo escolhido.

as roupas passem a ter um reconhe-

Apesar de as matérias de beneficia-

cimento não só visual como tátil, e

mento não serem de fato, algo facil-

de certa forma, emocional. Pode-se

mente reconhecido por seu público,

dizer que a Sense usa as matérias

ela não deixa de lado seu trabalho

como partícula importante no seu

com estampas, todas contendo algu-

processo de inclusão, principalmente

ma informação tátil superficial, que

dos deficientes visuais.

possa abranger a todos os clientes

de seu segmento.

Dessa forma, a marca utili-

Bordado em pedraria

Bordado em pedraria

Bordado em pedraria

Bordado em pedraria

Bordado em pedraria

Bordado em pedraria

Franjas

Franjas

Corte a laser

Corte a laser

Bordado em linha

Bordado em linha

Aplicação de Flores

Flocagem

za de bordados, dublagens de teci-

48

49


Remodelagem

Barbatanas

Barcos

Pregas

Beneficiamento

Tomas

Estapa Ponte

Dublagem

Pinceladas

Estampa Giverny

Entrelace

Estampa Tintas

50

Estampa ImpressĂŁo

Estampa NenĂşfar

51


Aviamentos

Os aviamentos utilizados nes-

somente a função de costura real-

sa coleção, e que possivelmente es-

mente, no entanto todos os outros

tabelecerão uma freqüência de uso

desempenham muito bem as funções

muito grande pela marca, foram es-

citadas acima, como por exemplo, os

colhidos de forma a agirem como fa-

chatons, vidrilhos e lantejoulas para

cilitadores, tanto no ato de se vestir,

o bordado; os botões de pressão

quanto à questão do reconhecimen-

que facilitam a abertura e fechamen-

to.

to das peças;e os zíperes aparentes

Alguns desses elementos são

um pouco mais subjetivos, que é o

Botão de Metal R$3,00/ unid Aviamentos Ouvidor

Botão de Pressão R$3,00/unid Aviamentos Ouvidor

Linha Drima Tradicional: 100% poliéster R$3,20/ 80 mt Invisível: 100% poliéster R$4,30/80 mt Armarinhos Paula

que dão a acessibilidade necessária a todo o vestuário.

caso das linhas utilizadas, que têm

Zíper Plástico Aparente 40 cm- R$4,30 Loja das Lãs

Zíper Invisível 20 cm- R$1,70/ 30 cm-1,90 Loja das Lãs

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Zíper Nylon 25 cm- R$ 2,20 Loja das Lãs

Elástico 0,70 mm- R$1,30/mt 4,0 cm- R$4,30/MT Loja das Lãs

Miçanga R$18,15/100 gr Gismac

Vidrilho R$18,15/100 gr Gismac

Chaton R$9,86/10 gr Gismac

Lantejoula Ftex R$12,06/100 gr Gismac

Canutilho R$10,00/100 gr Azul Turquesa Bijouterias

Lantejoulas Tam 10: R$8,69/100 gr Tam 08: R$6,49/100 gr Tam 6: R$6,05/100 gr Gismac

Zíper Metal Aparente 10 cm a 20 cm- R$1,50/ 60 cm- R$6,00

Barbatana PVC R$1,00/mt Loja das Lãs

Entretela de Malha R$4,00/mt Loja das Lãs

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Descrição do Processo Criativo das Famílias

A Sense optou por trabalhar

nessa coleção, com uma divisão de looks em cinco famílias, para traduzir melhor o universo do seu tema de inspiração: Monet. Cada família conta com 9 croquis, sendo todos eles femininos. Para a escolha dos subtemas, que dão origem a cada família, a marca trouxe além das obras mais famosas do pintor, outras características importantes de tal personagem. As famílias foram criadas da seguinte forma:

Essa família ganha o nome de

uma das maiores obras de Monet, que marcou o início do Impressionismo, e tem em sua tela uma paisagem marinha representada, com elementos naturais como a água e o sol, e outros físicos, como os barcos ancorados. Assim, os modelos dessa subdivisão procura trazer a lembrança desses elementos em suas

Família Impressões

Família “Impressão: nascer do sol ”

Tal família foi criada pensan-

do no movimento artístico ao qual Monet fazia parte, o Impressionismo. Sob essa perspectiva, os looks criados para essa família se inspiram em aspectos relevantes do movimento, como as pinceladas bruscas, os tons terrosos e cores primárias.

peças.

Outra família também criada

sob inspiração de uma grande tela, pela qual Monet ficou obcecado, e pintou diversas vezes, sob ângulos e iluminação diferentes. O nome dado a família é o mesmo de uma flor aquática, a qual Monet cultivava, devido sua grande tendência a pintar elementos da natureza. Esse grupo tem um vestuário criado com o foco nas principais características de tal flor, como seu formato, esqueleto,

54

Também inspirada em outra

grande obra, “Ponte Japonesa”, essa família procura trazer aspectos que lembrem tal desenho, tomando como principal característica o formato de arco. Tais características são traduzidas nas roupas em forma de bordados, manipulações têxteis e estamparia.

Família Giverny

Giverny é uma das únicas

famílias da coleção a não ser inspira-

Família Nenúfar

Família Ponte

entre outros.

da em obras do pintor, essa no caso, faz referência ao jardim criado por Monet, na cidade de Giverny, próxima a Paris, onde passou grande parte da sua carreira, voltando seu trabalho a pintar flores e elementos naturais que cultivava ali, inclusive, as obras sobre nenúfar e a ponte japonesa, saíram dali. Dessa forma a criação dos looks dessa família procuram lembrar o aspecto do jardim, que é aberto até hoje, em relação ao cultivo de flores e sua arquitetura, mais antiga e medieval, que dão um “ar” de aconchego.

55


Mapa de Coleção

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Formas e Silhuetas

Apresentação Final: Desfile

As formas e silhuetas utiliza-

ta. Já a silhueta H é mais reta, e por

das pela marca nessa estação foram

isso o conforto atribuído à peça, por

escolhidas de forma a dar mais con-

ela, é inegável. Outra silhueta escol-

forto e facilidade no ato de se vestir,

hida pela marca é a A, que é justa-

sem deixar a feminilidade de lado,

mente a junção do conforto com a

que é o ponto forte do estilo trabalha-

feminilidade. Dessa forma, o conjunto

do pela Sense, o romântico.

de tais silhuetas é capaz de retratar o

A silhueta X retrata muito bem

universo da marca, que é de trazer

a forma do corpo feminino, e por isso

o conforto, pensando nos deficientes

pode ser a considerada mais român-

visuais, de forma romântica, de uma

tica entre as demais propostas, com

maneira simbólica e subjetiva.

cintura marcada, e de fácil vestimen-

Silhueta A

Silhueta X

Silhueta H

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Coleção


Família Impressões

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Família Impressão: Nascer do Sol

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Família Nenúfar

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FamĂ­lia Ponte

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FamĂ­lia Giverny

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Fichas Técnicas


Ficha Técnica 1

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Ficha Técnica 2

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Ficha Técnica 3

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Ficha Técnica 4

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Ficha Técnica 5

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Ficha Técnica 6

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Painel de Segmentação

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Painel Artístico Família Impressões

Família Ponte

Família Impressão: Nascer do Sol

Família Giverny

Família Nenúfar

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Referências OFICIAL, Alfreda. Clipping. 2016. Disponível em: <http://alfredaoficial.com.br/clipping.html> Acesso em 16 de abril de 2015. CAPETO, Isabela. A marca. Disponível em: <http://www.isabelacapeto.com.br/world/ index.php?option=com_content&view=article&id=5&Itemid=103&lang=pt> Acesso em 16 de abril de 2016. CAPETO, Isabela. Coleções. Disponível em: < http://www.isabelacapeto.com.br/ world/index.php?option=com_content&view=article&id=2&Itemid=116&lang=pt> Acesso em 16 de abril de 2016. FORWARD, Fashion. Desfiles. 2016. Disponível em: <http://ffw.com.br/desfiles/> Acesso em 14 de abril de 2016. GIRL, It. O Biquíni certo para cada tipo de corpo. Disponível em: <http://itgirlportugal. blogspot.com.br/2015/04/o-biquini-certo-para-cada-tipo-de-corpo.html> Acesso em 20 de abril de 2016. PINTEREST. Estilo criativo. Disponível em: < https://br.pinterest.com/search/ pins/?q=estilo%20criativo&rs=typed&0=estilo%7Ctyped&1=criativo%7Ctyped> Acesso em 13 de abril de 2016. PINTEREST. Estilo romântico. Disponível em: < https://br.pinterest.com/search/ pins/?q=estilo%20romantico&rs=typed&0=estilo%7Ctyped&1=romantico%7Ctyped> Acesso em 13 de abril de 2016. PINTEREST. Helpfull. Disponível em: < https://br.pinterest.com/search/pins/?q=helpfull&rs=typed&0=helpfull%7Ctyped> Acesso em 17 de abril de 2016. PINTEREST. Monet. Disponível em: < https://br.pinterest.com/search/pins/?q=monet&rs=typed&0=monet%7Ctyped> Acesso em 04 de abril de 2016. SAAB, Elie. The designer. Disponível em: < http://www.eliesaab.com/#/en/elie-saab>

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Acesso em 14 de abril de 2016.

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ApĂŞndices


Apêdice A: Artigo de TCC CRIAÇÃO SOBRE MONET E A MODA INCLUSIVA PARA DEFICIENTES VISUAIS

Bárbara Cesário Assunção¹

INTRODUÇÃO A moda pode ser facilmente entendida como um signo de peso na sociedade. Buscando salientar esse poder que ela possui como transformadora social, e levá-la a um novo patamar, este projeto se empenha em propor uma moda capaz de incluir os deficientes visuais, tornando-os parte ativa desse sistema, tendo como prerrogativa, o grande pintor impressionista, Claude Monet, que faz referência direta à associação entre o campo imagético e a deficiência visual. A escolha em trabalhar este tema é devida, principalmente, à carência da existência de marcas de moda capazes de atender a este público, que necessita de soluções que possibilitem a equiparação de sua condição física à de qualquer outra pessoa considerada normal, atribuindo a ele a mobilidade e independência necessárias; além de visar a utilização da moda por esse grupo, como fator de comunicação entre seu estilo pessoal e a sociedade. Já a preferência em relacionar a moda inclusiva com Monet se dáem razão de sua condição física, como portador de certa deficiência ocular, o que foi capaz de aproximar o tema principal de uma abordagem direta com a criação de vestuário. Além disso, suas obras mais famosas foram criadas durante tal fase, que deu início ao movimento artístico: Impressionismo, o qual também pode se relacionar diretamente ao foco do artigo, já que a deficiência visual impede que seu portador enxergue detalhes com clareza, e por isso tenha apenas impressões. Visto isso, pode-se notar que a principal dificuldade do deficiente visual ao se relacionar com a moda é a questão de reconhecimento, pois esta tornanecessário o uso da visão para tal tarefa, enquanto que tais indivíduos a realizam através do tato. Por isso, se faz necessária a criação de elementos sensíveis ao tato, integrados ao vestuário, capazes de auxiliar tais pessoas a identificar peças de roupa. Com base nessa justificativa acerca do tema, pode-se observar que o princi________________________ ¹ Trabalho apresentado como requisito parcial de avaliação para obtenção do título de bacharel no curso de Moda, do Instituto de Comunicação e Artes do Centro Universitário UNA. Graduando em Moda, no Instituto de Comunicação e Artes~ICA. E-mail: babi2246@hotmail.com

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pal alcance desse projeto é incluir o deficiente visual como parte ativa da moda. E para que tal objetivo seja alcançado, o projeto pretende passar por outras etapas que ajudem a chegar ao resultado final, sendo elas interligadas, algumas dessas etapas são: a criação de facilitadores que promovam o consumo de moda pelos deficientes visuais; tornar os artigos de moda acessíveis a qualquer pessoa; promover a independência do portador de deficiência ao se vestir; e tornar possível a comunicação da identidade pessoal desse portador à sociedade, através da roupa. Visando abranger o tema teoricamente e buscar informações sucintas sobre ele, o artigo foi baseado de forma metodológica, em outras dissertações, livros, cartilhas, capazes de perambular sobre todos os enfoques que este projeto deseja tratar, pensando em um resultado satisfatório para o problema em vista. Para isso, o artigo procura levantar questões como: Deficiência visual, inclusão e acessibilidade, a partir de referências importantes sobre o tema, tendo como principal, a autora Marta Gil; A moda como elemento de comunicação entre a identidade e a sociedade; O design universal, sob os princípios difundidos por Ronald L. Mace; A vida e obra de Monet, entre outros subproblemas que permitem o desenvolvimento do trabalho. Em razão de todo o processo do trabalho, pode-se dizer que o artigo propõe uma metodologia exploratória, já que trata de um tema ainda pouco difundido na área da moda, mas ao mesmo tempo possui um caráter explicativo, ao ser capaz de passar informações essenciais sobre o mesmo, principalmente ao explicar a deficiência visual, a inclusão e o design universal. Ainda que muitos teóricos auxiliem na busca de informações relevantes sobre o assunto, a relação entre a inclusão e deficiência, e a moda, ainda é pouco estudada. Dessa forma, para complementar tais dados, há a preocupação em desenvolver pesquisas qualitativas com pessoas capazes de responder perguntas relacionadas a tal questão, visando o desenvolvimento de soluções adequadas para o tema proposto. Contudo, apesar dessa questão da inclusão ainda ser pouco difundida na moda,é notório o início de tal preocupação. No Brasil já existem algumas marcas especializadas em moda inclusiva no geral, como é o caso da Lado B, Lira e Chris Ambraisse. Algumas instituições também têm se sensibilizado pelo tema e criado projetos, cursos e concursos, como é o caso do concurso são paulino, Moda Inclusiva, que tem recebido destaque internacional;o curso de Moda Inclusiva, também de São Paulo, ministrado por professores conceituados como Geraldo Lima; entre outros eventos e iniciativas em torno do mesmo conceito. Portanto, o projeto procura desenvolver uma moda de design criativo, capaz de se comunicar normalmente com esse público, por meio de elementos facilmente integrados à roupa. E ainda, a relação entre a moda inclusiva e Moneté capaz de ilustrar e dar ainda mais força, a uma questão que liga o campo imagético à deficiência visual.

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1DEFICÊNCIA VISUAL Segundo o Decreto 3.298 (BRASIL, 1999) é considerada deficiência “toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano”. Dessa forma, pode-se notar que a falta de visão, ou qualquer anormalidade ligada a este aspecto, é considerada uma deficiência devido a sua diferença quanto à estrutura fisiológica ou anatômica do globo ocular. Assim, a deficiência visual pode ser conceituada como “perda ou redução de capacidade visual em ambos os olhos, de caráter definitivo, que não possa ser aprimorada ou corrigida com o uso de lentes, tratamento clínico ou cirúrgico” (HENNIG, 2009, p.37). Apesar de o termo, deficiência visual, generalizar todos os seus portadores, há muitas diferenças que devem ser consideradas ao se estudar sobre o tema, como quais os tipos e causas dessa anomalia. Visando o esclarecimento sobre essa questão, buscamos descrever todos esses fatores, a fim de auxiliar também, no resultado pretendido por este projeto. Inicialmente, pode-se dizer que estão compreendidos em deficiência visual, espectros que vão desde a cegueira à visão subnormal ou baixa visão, como cita (GIL, 2000) em sua obra. Sendo estes os dois tipos de deficiência visual, há cinco categorias capazes de distingui-las quanto a sua intensidade: “moderada e grave, referentes à baixa visão; profunda, quase total e total referindo-se à cegueira” (LADEIRA e QUEIRÓZ, 2002, p.25). Quanto à cegueira, Hennig diz que: Pode ser compreendida como uma alteração grave ou total de uma ou mais das funções elementares da visão que afeta de modo irremediável a capaci dade de “perceber cor, tamanho, distância, forma, posição ou movimento em um campo mais ou menos abrangente” (HENNIG, 2009, p.37 apud SÁ, CAM POS, SILVA, 2008, p.15).

Sendo assim caracterizada, ela pode existir de duas formas, a congênita, que é quando o indivíduo já nasce com ela, ou adquirida, como diz Gil (2000). No caso da pessoa adquirir a deficiência ao longo do tempo, Gil (2000) explica que ela é capaz de se lembrar de cores, luzes e outras imagens que conheceu através de sua memória visual, o que é bastante importante para a sua readaptação. Quanto à sua classificação, Gil(2000) explica que a cegueira pode atingir o nível profundo quando seu portador não é capaz de realizar nenhuma atividade que envolva a visão, e por isso é capaz de restringir os outros sentidos; pode ser total, quando é incapaz de perceber a luz, e por isso é considerada absoluta; ou pode ser classificada também como quase total, atribuindo ao seu portador a capacidade de

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ver sombra de vultos e/ou objetos. Já a visão subnormal ou baixa visão é caracterizada pela “alteração da capacidade funcional [...] da acuidade visual, redução importante do campo visual e da sensibilidade aos contrastes” (GIL, 2000, p.6). Ainda segundo a autora, o portador de baixa visão é capaz de enxergar vultos, perceber a claridade e distinguir objetos a pouca distância (GIL, 2000). A partir desta caracterização, pode-se classificar a baixa visão quanto à sua tipologia, que oscila entre moderada e grave, sendo diferenciadas pela sua capacidade da acuidade visual, ou seja, capacidade visual. Portanto, a baixa visão moderada é aquela que possui um grau de acuidade visual maior do que a acuidade visual da baixa visão severa, como bem explica Mendonçaet al (2008). Tanto a cegueira quanto à baixa visão não é causadaaleatoriamente, a não ser por algum motivo acidental, pois ainda que o indivíduo nasça com a deficiência, ela se manifesta por alguma razão. Alguns dos problemas capazes de causar tais deficiências, segundo Gil (2000), podem ser: Glaucoma, catarata congênita, retinopatia da prematuridade, degenerações retinianas, entre outros. Assim, a partir de todo esse contexto sobre a deficiência visual, somos capazes de compreender mais sobre tal problema, que afeta cerca de 1,0 a 1,5% da população brasileira, segundo o senso de 2000 do IBGE, como afirma Gil (2000), e, portanto, definir quais as maneiras capazes de abrandar ou igualar a condição dessas pessoas àqueles considerados “normais”.

Segundo Scardua (2011), o tato é um sentido que já nasce com o ser, desenvolvido ainda na fase embrionária, e por isso é um dos principais sentidos do corpo quanto à sua funcionalidade, sendo ainda mais importante para aqueles privados da visão. É através do tato, sistema composto pelas camadas da pele juntamente com terminações nervosas, que o indivíduo é capaz de sentir dor, pressão, temperatura e movimento. O tato é composto por dois sistemas de iguais importâncias ao corpo humano, o defensivo e o discriminativo (TERAPIA..., 2015.), porém a parte mais interessante à moda, se tratando de deficientes visuais é o discriminativo. O sistema discriminativo é a parte do tato capaz de levar informações ao cérebro, de reconhecimento, daquilo que está sendo tocado pelo indivíduo; aspectos como densidade, tamanho e textura, são todos identificados por ele (TERAPIA..., 2015.). É tamanha a importância do tato na vida de um ser humano, como ferramenta de reconhecimento, que, de acordo com Scardua (2015),“o tato, por meio do toque, atesta a existência de uma realidade objetiva, no sentido de que é alguma coisa fora de mim, do meu corpo, do meu eu”. Dessa forma ele também se torna muito importante à moda, já que é o principal canal de percepção dos deficientes visuais, pelo qual ele é capaz de reconhecer a roupa, ressaltando seu caráter discriminatório de elementos, que no caso se tornam essenciais a elas, como a textura e a forma.

1.1 Desenvolvimento sensorial do tato

Como é de conhecimento geral, vivemos em uma sociedade completamente diversificada, em que todas as pessoas possuem mobilidades e necessidades distintas. Porém, a noção sobre esse aspecto não faz com que os indivíduos percebam que os diversos elementos que formam o meio socialdevem apresentar características capazes de corresponder às individualidades de cada um. Pensando nisso, pode-se perceber que a parcela mais prejudicada da população, pela falta desses mecanismos, são os deficientes, que apesar de sua condição, são capazes de realizar qualquer função com excelência, como explica os autores Calazans, Júnior e Reinaldi (2011):

As pessoas nascidas com deficiência visual e aquelas que a contraíram ao longo do tempo são privadas do sistema da visão e por isso, necessitam de alternativas capazes de se assemelhar às funções sensoriais desta, como afirma dois estudiosos do assunto:

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Na vida cotidiana, acredita-se que a visão é o sentido mais importante e mais usado. E, uma vez que o cego é um indivíduo privado dela, supomos que ele terá sérias restrições em sua vida. A cegueira impõe limites, é certo. E exige adaptações, mas se as informações não chegam ao cego pela visão, é justa mente pelos outros sentidos que ele tem infinitas possibilidades de conhecer o

mundo em que vive. (NUNES; LOMÔNACO, 2008, p.120).

Neste caso, como o deficiente visual não é capaz de enxergar, seu desenvolvimento quanto aos outros sentidos corporais é mais aguçado que o comum, justamente para equiparar a falta que a visão pode lhe fazer em relação à sua percepção. Entre todos os sentidos (visão, paladar, audição, tato e olfato), o tato é o mais expressivo quando se leva em conta a exploração (CARLETTO,2008, p.18).

2 ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO

O conceito de deficiência inclui, necessariamente, a incapacidade relativa, parcial ou total para o desempenho da atividade dentro dos padrões considerados normais para qualquer ser humano. De fato, os portadores de deficiência podem realizar qualquer tipo de atividade desde que tenham condições e apoios adequados às suas características (CALAZANS; JÚNIOR; REINALDI, 2011, p.39 apud PEREIRA, 2009).

Com base nessas informações, podemos notar que mecanismos como acessibilidade e inclusão são de extrema relevância na vida dessas pessoas, pois é através deles que o deficiente poderá alcançar sua igualdade no meio social, importância es-

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saque se comprova na fala dos autores:

Hoje, apesar de o deficiente ser mais aceito pela sociedade, ele ainda é, muitas vezes, excluído por preconceitos ou até mesmo por falta de tecnologias que facilitem sua convivência com os demais cidadãos, dificultando a integração entre os deficientes e a população em geral (CALAZANS; JÚNIOR;

REINALDI, 2011, p.36).

A acessibilidade e a inclusão são conceitos de ligação direta, pois a existência de ambos só acontece quando interligados. Tanto a acessibilidade quanto a inclusão, são fatores essenciais para a criação de uma sociedade mais justa, que trate a todos de forma igualitária, porém a promoção destas vêm de lutas antigas em prol de tais direitos. A acessibilidade, segundo Calazans, Júnior e Reinaldi (2011, apud Associação Brasileira de Normas Técnicas– ABNT, 2004) é “ter acesso a todo e qualquer espaço, seja físico ou de comunicação, proporcionando assim a entrada dos diferentes tipos de pessoas com necessidades educacionais especiais”. Por isso, para que tal conceito seja capaz de prevalecer na sociedade, é necessária a implementação dos elementos capazes de dar o acesso adequado aos diversos tipos pessoais, atendendo a todas as suas expectativas quanto à funcionalidade, em campos distintos, seja um produto ou um ambiente. No entanto, a significação de tal termo só foi possível, e ao mesmo tempo reconhecido, após o ano de 1981, que, segundo França e Pagliuca (2006), foi o período em que a ONU proclamou a Declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes, considerando a equiparação das condições pessoais algo fundamental para o surgimento de uma sociedade inclusiva. Dessa forma, podemos perceber que a equiparação das condições pessoais e o acesso a toda e qualquer oportunidade, oferecida a todas as pessoas, são essenciais para a implementação da inclusão. As preocupações com a inclusão, segundo Calazans, Júnior e Reginaldi (2011), se iniciaram na década de 60, quando muitos familiares, instituições e educadores, clamavam pelo acesso dos deficientes ao meio social, e, apesar dessa conquista ter acontecido um tanto quanto tardia, vários avanços nessa área começaram a surgir. Com isso, a causa foi ganhando adeptos ao longo dos anos, até chegar ao seu ápice, em 1981, ano no qual ela recebeu destaque mundial e que se começou a pensar que poderia existir uma sociedade inclusiva (FRANÇA; PAGLIUÇA, 2006). É tamanha a importância desse modelo de sociedade que as autoras Ferrés, Melo e Pupo (2006) vão além:

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Para o delineamento de uma sociedade mais inclusiva, que reconhece e valoriza as diferenças entre as pessoas, torna-se cada vez mais importante que propostas para a acessibilidade de pessoas com características específicas estejam articuladas à promoção da qualidade de vida para todos. Assim, pessoas com habilidades, necessidades e interesses variados, sejam ou não

em decorrência do envelhecimento ou de deficiências, poderão ser beneficia dos por propostas de ambientes, produtos e serviços acessíveis, que não os discriminem (FERRÉS; MELO; PUPO, 2006, p.17).

Portanto, a inclusão de qualquer pessoa, deficiente ou não, na sociedade, é um direito de todos, e ela só é possível com a criação de artifícios capazes de oferecer as mesmas oportunidades a estes, equiparando suas condições físicas, a funcionalidade dos elementos, e o acesso a qualquer área regente na sociedade. Assim, quando todos os preceitos necessários para criar uma sociedade mais justa forem devidamente implementados, a inclusão poderá ser, finalmente, alcançada. 2.1 Design Universal Para que os preceitos da acessibilidade e inclusão possam atuar de forma a construir uma sociedade mais inclusiva, estaconta com a ajuda de diversos mecanismos capazes de promovê-los como, por exemplo, o design universal. Ele é um dos elementos mais importantes na luta pela igualdade social, que atua como um facilitador da acessibilidade e inclusão em diversas áreas. O design universal, como afirma as autoras Cambiaghi e Carletto(2009), se caracteriza pela projeção de produtos de diversos ramos, capazes de atender às necessidades de toda e qualquer pessoa, em sua amplitude, sendo ou não, portadores de deficiência ou mobilidade reduzida. Ele preza pela acessibilidade e alcance, de produtos e ambientes a todos, de forma independente. Ainda segundo as autoras Cambiaghi e Carletto( 2009), o design universal significa:

Criar os produtos que são acessíveis para todas as pessoas, independemte de suas características pessoais, idade, ou habilidades. Os produtos universais acomodam uma escala larga de preferências e de habilidades individuais ou sensoriais dos usuários. A meta é que qualquer ambiente ou produto poderá ser alcançado, manipulado e usado, independentemente do tamanho do corpo do indivíduo, sua postura ou sua mobilidade. (CAMBIAGHI; CAR

LETTO, 2009, p.10)

Esse tipo de design, também pode ser entendido como uma solução criada para incluir e atingir a todas as parcelas da população, sem a necessidade da criação de projetos específicos e adaptações, tornando o produto e seu processo mais útil e rápido, respectivamente, como exemplificam em sua obra, os autores: Francisco e Menezes(2011). Dessa forma, pode-se generalizar que:

Diante desse cenário, seja para adaptação ou concepção de qualquer edificação, os produtos, equipamentos, ambientes e meios de comunicação devem ser concebidos do ponto de vista do design universal, possibilitando que TUDO possa ser utilizado por TODOS, o maior tempo possível, sem necessi-

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dade de adaptação, beneficiando pessoas de todas as idades e capacidades. Baseando nos conceitos do DESIGN UNIVERSAL, talvez possa ser afirmado que os mesmos estabelecem os requisitos de ACESSIBILIDADE (FRAN CISCO; MENEZES, 2011, p.29).

A escolha de uma roupa traz consigo inúmeros significados psicológicos, sociais e culturais, de forma que a moda, considerada por muitos como algo fútil, é, na verdade, uma peça chave para a construção e compreensão da personalidade. Sua influência vai além do vestuário, estando estreitamenterelacionada às noções de identidade, pertencimento e diferenciação

Visto isso, para que o design universal possa realmente cumprir tais finalidades durante um processo de criação, é necessário que o desenvolvedor do produto leve em consideração, os sete princípios básicos do mesmo, destacados por Francisco e Menezes(2011), responsáveis por conferir a ele tal característica. O design universal e seus princípios foram criados e difundidos pelo arquiteto americano, Ron Mace, em 1987, e são ainda considerados a base para que um produto se torne utilizável por todos. Os sete princípios, descritos por Francisco e Menezes (2011), fazem referência a aspectos gerais de um projeto, os quais o produto deve possuir, para ser considerado universal. São eles: O uso igualitário; uso flexível; uso intuitivo; captação de informação; tolerância ao erro; interação abrangente e baixo esforço físico. Portanto, o design universal é parte extremamente importante na criação de um produto, o qual se destina a parcelas distintas da sociedade, promovendo a interação de pessoas com biótipos completamente diferentes com o próprio. Sendo assim, pode-se notar o quanto esse processo é capaz de mudar a sociedade, criando produtos acessíveis e que promovem a inclusão social, invalidando a produção de artigos específicos para torná-los universais, destinando-se a todos com todas as suas variações.

(SOUZA, 2013)

3 MODA INCLUSIVA A moda é um elemento social, conferido de diversos significados, que abrangem desde o vestuário até características simbólicas. Alguns dos principais estudiosos do assunto são capazes de dar uma visão geral sobre suas inúmeras faces. Para Immanuel Kant, citado por Svendsen(2010), a moda compreende mudanças gerais em todas as esferas sociais da vida de um ser; já para Miller et al(1993), a moda adota símbolos, como a indumentária, para destacar a identidade pessoal; e por fim a moda também pode ser caracterizada por ser “uma forma específica de mudança social, independente de qualquer objeto particular”(LIPOVETSKY, 1987, p.16). Visto isso, nota-se que a moda atua principalmente como instrumento de expressão da individualidade, e ao mesmo tempo, como fator de comunicação desta à sociedade. Assim, torna-se clara a importância de um indivíduo se vestir de forma a atingir seus gostos ou seus parâmetros ideais, o que pode ser entendido como a forma como gostaria de ser percebido. É tamanha sua importância como signo de expressão, que, como afirma Souza (2013):

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Com base nessas significações, pode-se notar que a moda se faz ainda mais importante, por ser capaz de representar a personalidade individual, porém nem todos têm a possibilidade de utilizá-la com essa função. Dito isso, pode-se abrir uma ressalva, de que nem todos gozam dessa oportunidade, já que, como afirma a Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência (2012), o grupo social formado por portadores de deficiência não utilizam a moda de forma igualitária devido à falta de mecanismos, por meio desta, capazes de promover sua ampla usabilidade, dificultando sua funcionalidade como signo expressivo. Dessa forma, para sanar tal problema, e tornar a moda abrangente, em suas diversas funcionalidades, criou-se a necessidade de desenvolver uma moda inclusiva, direcionada a todos,em suas diversas condições. Para ajudar a estabelecer esse novo conceito de moda, a Secretaria dos Direitos da Pessoa Deficiente (2012), a define como um projeto que propõe incluir na moda, corpos não contemplados por tal indústria atualmente, como por exemplo, os deficientes. Para ilustrar tal situação, a Secretaria (2012) ainda diz que:

É inegável o direito que as pessoas têm de se vestirem com dignidade. De se sentirem bem apresentadas. Quanto mais pessoas forem incluídas no sistema da moda, mais o mercado cresce e mais pessoas conseguem se sentir bem no dia a dia da vida. Inclusive os que não possuem deficiência.

(SECRETARIA, 2012, p.8)

No entanto, para que haja verdadeiramente tal inclusão, é necessário atribuir aos produtos de moda elementos conceituados pelo design universal, capazes de equiparar as necessidades de qualquer usuário e permitir o seu uso de forma independente. Sendo assim estabelecidas tais necessidades, a Secretaria (2012) descreve o resultado e a diferença que tal projeto pode significar na vida dessas pessoas:

Se uma pessoa que tem atualmente facilidade em se vestir (porque não possui nenhum tipo de deficiência) se sente bem com uma roupa que lhe caia bem, na pessoa com deficiência a felicidade duplica. Porque com a roupa certa ela não adquire apenas beleza, mas um valor precioso que é a autonomia de conseguir vestir-se sozinha. (SECRETARIA, 2012, p. 15)

Portanto, conclui-se que a moda pode ser transformada em inclusiva apenas com a atribuição de alguns elementos facilitadores, capazes de promover a acessibilidade e o uso independente de todos por determinado produto. Dessa forma, somos

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capazes de entender que qualquer marca de moda é capaz de realizar tal feito, e a que a partir dessa generalização, não será mais necessária adescriminação de uma condição para atingi-la, pois esta será tratada com normalidade e igualdade perante a qualquer outra. 4 TEMA DE CRIAÇÃO: MONET Em meio a essa preocupação na inclusão dos deficientes visuais no setor da moda, nota-se que toda marca, ao criar uma coleção, tem como base algum elemento de inspiração, seja qual for o seu público. Visto isso, mesmo que o cuidado estético e funcional da roupa direcionada a essas pessoas deva ser bastante específico, tal necessidade não impossibilita o uso de qualquer tema para o desenvolvimento de tal produto, o que faz com que Monet, tanto de forma geral quanto a características próprias, se torne um tema bastante adequado, como foco de criação. Monet, segundo Boswell e Strickland (2014), foi um grande pintor francês, reconhecido após suas telas ganharem características impressionistas, movimento de arte do qual participou desde sua concepção, tornando-se uma obsessão na sua forma de trabalho. Tal movimento teve início em 1860 e teve como principal característica, a ruptura com os padrões de beleza estética das telas, conhecidas como tradicionais até então, fato que dificultou a compreensão dessa forma de arte perante o público. Para caracterizar melhor o impressionismo, os autores ainda conceituam:

O impressionismo se separou radicalmente da tradição, rejeitando a perspectiva, a composição equilibrada, as figuras idealizadas e o chiaroscuro da Re nascença. Em vez disso, os impressionistas representavam sensações visuais imediatas através da cor e da luz. (BOSWELL; STRICKLAND, 2014,

p.104)

Como o impressionismo não teve aceitação pública inicialmente, os autores Boswell e Strickland (2014) destacam que, durante uma década, a partir do início do movimento, Monet passou por uma enorme crise econômica, voltando a seus parâmetros de vida normal somente em 1874, com o grande sucesso da primeira exposição impressionista, no qual Monet expôs sua tela Impressão: nascer do sol, inspirando o nome do próprio movimento. Dessa data em diante, Monet pôde gozar de toda a sua obsessão artística em retratar paisagens da natureza que, segundo Bosweel e Strickland (2014), em 1883, ele se mudou para uma propriedade rural em Giverny, na qual se dedicava estritamente ao cultivo de diversas plantas, além de suas pinturas ao ar livre. Foi assim que o pintor acabou por descobrir a sua maior obra, considerado pelo próprio, uma tela viva.

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Outro fato curioso sobre Monet, destacado por Boswell e Strickland (2014), é que desde os 18 anos, o pintor adquiriu certo grau de cegueira, que aumentava gradualmente, em função de uma catarata. Mesmo com tal limitação, o pintor afirmava que gostaria de ter nascido de tal forma e não adquirido tal condição, pois isso possibilitaria com que “pudesse, sem preconceitos, pintar verdadeiramente o que via” (BOSWEEL; STRICKLAND, 2014, p.110), o que, levando em consideração seu estilo artístico, seria considerado uma bênção. 4.1 Técnicas de criação As criações de Monet eram desenvolvidas basicamente em torno das especificações pregadas pelo impressionismo, no entanto o pintor ainda assim conseguia atribuir características de seu próprio estilo às telas. Além de se preocupar bastante, segundo Boswell e Stickland (2014), com a percepção de cor, percebida através da incidência da luz sobre um objeto, Monet tinha certa singularidade ao retratar aquilo que via, em suas obras, objetivando o desenvolvimento de sua forma de trabalho:

O estilo de Monet consistia em aplicar à tela pequenas pancadas de pigmento correspondentes às suas observações visuais imediatas. Em vez das gradações de tom convencionais, ele colocava pontos vibrantes de cores diferentes lado a lado. Num efeito chamado “mistura óptica, essas “cores quebradas” se misturavam à distância. (BOSWELL; STRACKLAND, 2014,

p.111)

Além de tais características, os autores Boswell e Strackland (2014) ainda afirmam que nas telas de Monet, há sempre a predominância das cores primárias, a falta de formas e contornos e ausência de um foco central. Contudo, foi a partir dessas características tão próprias do pintor, que ele ganhou renome e prestígio, fazendo com que suas telas fossem reconhecidas e estudadas mundialmente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS A criação de uma moda destinada a todos, sem a menor restrição, é o principal objetivo da marca Sense, no desenvolvimento de seu vestuário. Visto que uma das parcelas que mais sofre com a falta de uma moda inclusiva na sociedade, é aquela formada pelos deficientes visuais, a Sense propõe a criação de roupas, que sejam capazes de dar o acesso adequado à essas pessoas na moda, sendo capazes de utilizá-la de forma independente e autônoma, como qualquer outra pessoa, promovendo assim, a inclusão social. Visto que a moda é um instrumento de expressão de individualidade perante a si próprio e à sociedade, atuando como fator de comunicação, é de extrema importân-

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cia que todos possam utilizá-la para tal finalidade, e por isso, mais uma vez destaca-se a relevância de se fazer uma moda inclusiva, possibilitando o uso igualitário da mesma por todas as esferas sociais. No entanto, para que a moda seja considerada inclusiva, ela deve possuir, na essência de seus produtos, artifícios que possibilitam o uso de todos, equiparando suas condições e necessidades físicas. Pensando no público formado por deficientes visuais, nota-se que sua maior dificuldade em relação à moda será aquela referente ao campo visual, ou seja, quase toda a sua base, já que ela é criada pensando inicialmente na parte imagética. Com base nesse fato, pode-se notar a falta de recursos e grifes destinadas a criar um produto universal, em termos mundiais, já que a maioria não prevê sua utilização por grupos tão distintos e específicos. È com essa preocupação, que a marca Sense destinará a criação de seus produtos a mulheres de classe média, entre 25 e 35 anos, de forma geral, mas com o diferencial em atender às necessidades das portadoras de deficiência visual, pregando os princípios da acessibilidade e inclusão. Tendo em vista, sua principal definição, a marca tomará como inspiração para sua primeira coleção, o pintor francês, Claude Monet. A escolha por tal tema surgiu inicialmente por se tratar de algo completamente visual, mas que assim como a moda, é capaz de ser percebido pelo deficiente visual de maneiras distintas, mesmo que através de outros sentidos. Tal motivação ocorreu também pela consciência de que o pintor, durante uma fase de sua carreira, havia contraído certo grau de deficiência visual, e que mesmo com tal dificuldade, continuou exercendo suas atividades normalmente. São essas características que falam diretamente sobre o que a marca quer atingir e como ela pretende trabalhar, fazendo do tema, o assunto ideal para o início de uma quebra de barreiras. A forma como a marca trabalhará seus produtos pensando na inclusão, se baseará desde aspectos mais funcionais do vestuário, como fechos e botões em locais mais acessíveis; etiquetas descritivas e em Braille, até características ornamentais, como a percepção tátil da roupa, por meio de elementos do design têxtil, capazes de provocar os demais sentidos de percepção. Outros aspectos importantes são o comprimento das roupas, que não serão tão longas, com a finalidade de não causar incômodos ou acidentes, já que esses modelos são capazes de levar o deficiente visual à queda; a ausência de decotes, pensando ainda no incômodo; e a utilização de cores mais vibrantes, pois mesmo que em alguns casos o deficiente visual não tenha conhecimento prévio sobre a mesma, sua impressão do que seria certa cor, pode dizer muito sobre sua personalidade. As silhuetas a serem trabalhadas também foram pensadas exclusivamente no conforto e facilidade das pessoas que precisam se vestir sozinhas, escolhendo assim, as de formato A e X. Para que a marca chegasse a tais determinações, várias pesquisas foram realizadas, e uma entrevista no Instituto São Rafael, foi capaz de pontuar

os avanços primordiais, pelos quais uma marca de moda deve passar para então produzir uma moda inclusiva. Já as inspirações de criação, acerca do tema Monet, partiram desde suas principais obras: Nenúfares; Impressão: nascer do sol; e Ponte Japonesa; até aspectos mais gerais como o jardim de Giverny, no qual o pintor cultivava as mais diversas plantas, e as impressões que as pinceladas de tinta podem dar a um expectador, abrindo um leque de possíveis percepções e interpretações. Assim, a partir dos tais cinco aspectos caracterizados, é que cada família da coleção será criada. Portanto, a Sense desenvolverá, com base em todas essas características, uma moda inclusiva, de percepção tátil,

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REFERÊNCIAS

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Apêdice C: Entrevista no Instituto São Rafael

O Instituto São Rafael, localizado na cidade de Belo Horizonte, é um grande

centro de apoio, além de Escola Estadual, para pessoas com deficiência visual, que existe desde 1926. Visto que o projeto em questão, tem a finalidade de solucionar alguns problemas que este público tem, no âmbito da moda, criou-se a necessidade de visitar, conhecer as atividades desenvolvidas no centro e colher opiniões das pessoas que freqüentam o Instituto, para que a pesquisa pudesse ser focada principalmente nas questões reais.

Para colher tais dados, o professor e vice-diretor do Instituto, Antônio Paula,

também deficiente visual, foi convidado para um bate-papo informal, no qual respondeu todas as questões de interesse: 1)

Qual o público vocês atendem no Instituto, e qual o número de matriculados?

Nós atendemos “desde o bebê ao vovô,”- brincou Antônio- o nosso foco é atender a todas as pessoas que precisam de nossa ajuda, mas a maioria dos alunos tem de 18 a 60 anos. Quanto ao número de matriculados, estamos na faixa dos 200, no ano passado eram em torno de 230 alunos. 2)

Qual o tipo de trabalho vocês realizam com os alunos?

O trabalho do Instituto consiste principalmente em realizar a reabilitação dessas pessoas. Isto é feito por duas formas: os exercícios de funcionalidade, que buscam orientar os deficientes quanto à sua mobilidade e vida independente, além do ensino da leitura e escrita em braile; a outra forma é a ocupacional, que desenvolve teatro, massoterapia e ensino musical. O objetivo dessas atividades é incluir o deficiente visual no meio social, tornando-os capacitados e pró-ativos. 3)

Qual é a simbologia das cores pra vocês?

A maioria das coisas que dependem dos aspectos visuais são apenas conceitos para os deficientes visuais. Aqueles que conseguiram enxergar até a primeira ou segunda infância, ainda guardam na memória as características das cores, mas para as pessoas que sofrem de cegueira congênita, elas não passam de um conceito, como: “verde como as folhas” ou azul como o céu”, e portanto a diferenciação delas não possui tanto significado. 4)

Já que as cores não são tão importantes para esse público, você acha que

essas pessoas gostariam de se vestir apenas de cores monocromáticas (preto,branco e cinza) ou com cores consideradas “alegres”?

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Apesar de as cores serem apenas um conceito, qualquer pessoa, inclusive os defici-

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entes visuais, se preocupa com o “olhar do outro”, como a outra pessoa te vê e qual a imagem você deseja passar para ela. Todos querem ser vistos de forma positiva, e por isso é importante sim a escolha de peças coloridas, tanto para as pessoas que já enxergaram um dia, quanto para as que nunca viram, pois estas fazem associação das cores com algo que as identifique. 5)

Apêdice D: Fotos do arquivo de visita ao jardim de Monet

As pessoas com esse tipo de deficiência sofrem alguma dificuldade ao se

vestirem sozinhas? Como elas fazem para diminuir tal impacto? Os deficientes têm dificuldade de se vestirem sozinhos, mas muitos possuem sistemas de organização que facilitam esses momentos. Vários alunos do Instituto dividem as peças de mesma cor ou que combinem entre si, em um só cabide, que o identifica com uma etiqueta em braile, dessa forma a sua escolha se torna mais fácil. Outra maneira de identificar as peças é por algum aspecto dela que se sobressaia, como a textura do tecido ou a presença de botões. Entretanto, mesmo com os meios de identificação que cada um possui para escolher suas próprias roupas, é necessária a ajuda de alguém em primeiro plano, que nos auxilie na identificação, seja no ato da organização ou da compra. 6)

Existe algum aspecto nas roupas atuais que dificultam seu uso?

Sim, as bainhas quando são muito longas podem atrapalhar, tanto no andar, podendo causar um tropeço ou queda, quanto no fato de sujar, pois não somos capazes de desviar de certas coisas, como poças, como vocês naturalmente fazem. Os zíperes ou botões em certos locais também dificultam, mas não pelo fato da deficiência e sim por uma questão de mobilidade. 7)

Quais aspectos poderiam haver em uma roupa, que facilitariam o dia-a-dia de

vocês? As etiquetas em braile, com a identificação de cor, facilitaria bastante, pois dispensa a ajuda de um acompanhante nos momentos de organização dos cabides ou compra de roupas; a identificação do tamanho também ajudaria bastante, pois dispensaria qualquer ajuda. É importante também, que essas etiquetas não desmanchem ao lavar, e se conseguissem criar um código que abreviasse as cores principais seria muito bom. O professor Antônio termina a conversa agradecendo sobre a visita, e parabeniza o interesse em um projeto de razão social, muito incomum atualmente, quando muitos só buscam a moda pelo interesse estético. Ele conclui incentivando o progresso desse trabalho, que não dificulta ou diminui em nada para as empresas que optarem por adquirir esse método, mas que faz uma diferença enorme na vida daqueles que

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dependem desses processos.

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ApĂŞndice EFotos dos looks confeccionados

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Anexos 154

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Anexo ATela “Impressão: Nascer Do Sol ” De Monet

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Anexo B-

Anexo C-

Tela “Ponte Japonesa” De Monet

Tela “Nenúfares” De Monet

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Anexo DFachada Do Jardim De Monet Em Giverny

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