VESTIUM - Kamila Nunes

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Instituto de Comunicação e Artes Curso de Graduação em Moda

Trabalho apresentado a disciplina de Portfólio para obtenção do título de Bacharel em Moda pelo Centro Universitário Una.

Belo Horizonte 2015

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RESUMO A função deste artigo é relacionar o figurino para o teatro através da análise da peça Os Gigantes da Montanha, do Grupo Galpão com o universo da moda para noivas. Inicialmente, analisa-se a história do figurino teatral e sua evolução. Em seguida, indaga como o figurino contribui para a cena e para a construção da personagem numa peça e inicia uma análise do trabalho do figurinista, seu processo criativo e suas etapas, levandonos a compreender a importância do figurino para o teatro como um elemento comunicador. Após compreender a importância do figurino, analisa-se o ritual do casamento indagando o vestido de noiva como peça fundamental para o espetáculo que é a cerimônia. Assim, o figurino da peça Os gigantes da Montanha, suas formas, cores e ornamentos são elementos de inspiração para ilustrar a coleção de noivas. Palavras-chave: Figurino. Teatro. Noivas ABSTRACT The purpose of this article is to relate the fashion world for brides with the theater costumes by analyzing the play The Giants of the Mountain, from Grupo Galpão. Initially, it analyzes the history of theatrical costumes and their evolution. Then, it studies the costumes adds to the scene and to build the character in a play and starts a costume designer job analysis, his creative process and the stages, leading us to understand the importance of costume design for the theater as an element communicator. After understanding the costumes importance, analyzes the wedding ritual looking into the wedding dress as a key to the spectacle of the ceremony. So the piece of costume Giant Mountain , their shapes, colors and ornaments are inspired elements to illustrate the bridal collection . Key words: Costume Design. Theater. Brides.

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Nome: Kamila Nunes Sales Idade: 23

Formações Desenho de Moda – Senac 2010 Desenho de Moda – Ligne 2014 Cursando o 7 ̊ período de Moda pelo Centro Universitário UNA Inglês fluente – Number One Idiomas / Uptime

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Experiência Profissional Assistente de Camarim - Minas Trend Preview/ 2012 Estágio em customização de abadás - Axé Brasil Bloco Pirraça | Una Dm Jovem Estágio em customização de abadás - Fifa Fan Fest - Una 2014 Estágio na área de estilo – Condotti 2014

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A Vestium busca vestir um público exclusivo, trabalhando com bordados artesanais e prezando a qualidade no acabamento. A marca também oferece um diferencial em coleções sempre inspirados em figurinos teatrais e ricos em detalhes. as mulheres que vestem Vestium desejam um estilo único em ocasiões precisas como coquetéis, festas de gala, casamentos, premiações ou seja eventos sofisticados que exigem um look formidável.

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Dominante: Romântico Complementar: Criativo e Dramático

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Subjetivo/ Espiritual: Excêntrico, cultural, autêntico. Objetivos/ Físicos: Excêntrico: Por expressar a força do figurino teatral em suas roupas; Cultural: Por ter como foco de inspiração em suas coleções os figurinos teatrais; Autêntico: Pelos bordados ricos em detalhes.

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Prêt-à-porter de luxo

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Festa

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Feminino

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ALEXANDRE DUTRA: Estilista Mineiro Suas criações são Inspiradas no Barroco Mineiro. O estilista e conhecido por cortar suas peças no copo do cliente Chegam a Custar 25mil reais. Dominante: Romântico. Complementar: Elegante e Dramático. FABIANA MILAZZO: A Marca mineira teve inicio nos anos 2000. Utiliza em suas coleções sedas. Tules especiais. Muitos bordados. Dominante: Romântico. Complementar: Elegante e Dramático.

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Showroom

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Vestido de Festa Curto: R$ 600,00. Vestido de festa longo com bordados elaborados: R$ 4.000,00.

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Peças únicas, bordados feitos à mão, coleções sempre inspiradas em figurino teatral.

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Mulheres de 20 a 30 anos, que gostam de exclusividade e prezam pela elegância. Essas podem ser atrizes, esposas de empresários, socialites, modelos, tem classificação segundo dados do IBGE como classe A. Costumam cuidar da saúde e frequentam academias, SPA, teatros e cafés. Atuam em áreas da comunicação, artes, moda, geralmente são mulheres seguras e ligada a novas tendências. Costumam viajar três vezes por ano, sendo duas para se desligarem da urbanização, indo para paraísos tropicais como na Indonésia. Tem interesse em questões ligadas à vestuário, beleza como cabelo, unhas e maquiagem, tecnologia devido a inovações e sempre conectada as redes sociais. Sua elegância é expressada através do bom gosto, comportamento, modo de vestir e falar. Busca, em suas roupas Beleza, qualidade, conforto, caimento e recortes diferenciados. Passando através destas o glamour por adquirir uma peça exclusiva.

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A Marca O nome Vestium vem do latim e significa figurino. O logo é sofisticado com uma tipografia que remete à caligrafia usada em convites para ocasiões especiais como casamentos, bailes de formatura, etc. O símbolo da marca foi inspirado nos arabescos dos grandes teatros.

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Alex Brush

AB CDEFGHIJ K L M N O P Q R S T U X W Y Z

abcdefghijklmnopqrstuxwyz 0123456789.,!? Pรกg.30


C:7 M:13 Y:59 K:0 Pantone 1205C

C:25 M:55 Y:86 K:0 Pantone 7510C

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11 10 09 08 07

2cm cada

06

Total:11 unid.x

05 04

2cm=22 cm de altura

03 02 01 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16

2cm cada Total: 16 unid. x 2cm = 32cm de largura

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Usar nome fora do Símbolo

Usar nome e apenas 1 símbolo

Mudar cor do Logo

Mudar tipografia

Usar apenas o símbolo

Usar apenas o nome


Cartรฃo de Visita

Papel Reciclato - Gramatura 300g Tamanha - 9cm x 5cm

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CartĂŁo de Visita

Papel Reciclato com verniz localizado - Gramatura 300g Tamanho: 9cm x 5cm

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Carta

Papel Couchê - Gramatura 75 Tamanho: 11,4cm x 22,9cm

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Tag

Papel Couchê fosco e Verniz Localizado - gramtura 300g Tamanho: 9cm x 5cm

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Tag

Papel Reciclato - Gramatura 250g Tamanho: 9cm x 5cm

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Brinde

Capa dura - Folhas de gramatura 100g Tamanho:14cm x 21,6 cm

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Case Para Celular

Acrílico

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Brinde

Alumínio Tamanho:20x8 cm Capacidade: 500ml

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Brinde

Papel Adesivo - Gramatura120g Tamanho: 4,5 cm x 5,1 cm

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Brinde

Papel Adesivo - Gramatura120g Tamanho: 4,5 cm x 5,1 cm

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AS NOIVAS DOS GIGANTES DA MONTANHA: Figurino Teatral Inspirando a Moda para Noivas

A coleção é inspirada no figurino da peça Os Gigantes da Montanha, do Grupo Galpão e o universo da moda para noivas. O figurino é um dos elementos que caracterizam o personagem e tem uma carga de mensagens implícitas, subliminares e visíveis, e possui uma função perante o público. Todos os acessórios, as roupas e as maquiagens compõem o figurino e tudo deve se harmonizar com os outros elementos cênicos. É um agente comunicador e é um elemento caracterizador da personagem, auxiliando na transformação e na expressividade do ator. Entendendo a importância do figurino teatral, a Vestium traz para o universo das noivas a essência do inusitado figurino da peça Os Gigantes da Montanha. A fábula narra a chegada de uma companhia teatral decadente a uma vila isolada do mundo, cheia de encantos, governada pelo mago Cotrone. A trupe encontra-se em profundo declínio e miséria, por obsessão de sua primeira atriz, a condessa Ilse, em montar “A fábula do filho trocado”. Cotrone, o mago criador de “verdades que a consciência rejeita”, começa a construir os fantasmas dos personagens que faltam para a companhia montar a peça. Ele convida os atores a permanecerem para sempre na vila, representando apenas para si mesmos a “A fábula do filho trocado”. Ilse, no entanto, insiste que a obra deve viver entre os homens, sendo representada para o público. Assim o figurino da peça Os gigantes da Montanha, suas formas, cores, ornamentos e bordados são elementos que inspira a ilustrar a coleção de noivas.

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UTOPIAS COTIDIANAS Utopias cotidianas refere-se a busca da simplicidade, a retirada de excessos dando valor ao que é essencial para a vida. Valorizando o tempo, simplicidade e prazer, elementos fundamentais para a vida. A macrotendência surge através de viagens para pequenos paraísos, assim fugindo do caos urbano, festivais psicodélicos em pequenas cidades, a vida sem vícios e excesso e o amor como combustível da atualidade.

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Tendências da Estação Nas passarelas internacionais a trasparência foi identificada como uma das tendências predominantes, usada principalmente em looks femininos, que foi apresentada nos desfiles da Gucci, Burberry, Michel Kors e Alexander McQuen. Os tons claros indo do branco ao rose continua reinando com seu estilo romântico e foram exibidas por Dolce& Gabbana, Elie Saab, Carolina Herrera e Erdem. Os Bordados desfilados por marcas como Lavin, Alberta Ferreti, Marchesa e tambem por McQuen foram outras tendências presentes nas passarelas internacionais. Pág.50


Cartela de Cores A cartela de cores traz para coleção cores relacionadas com o tema, de acordo com os painéis de inspiração e estando divididas em dominantes, tonalizantes e intermediárias. Dominantes: Nome fantasia: Figurino; C: 0 M: 0 Y: 0 K: 100. Nome fantasia: Cenário ; Pantone: 120710; C: 03 M: 11 Y: 27 K: 0. Tonalizantes: Nome fantasia: Iluminação; Pantone: 13-4910; C: 27M: 0 Y: 19 K: 0. Nome fantasia: Cochia; Pantone: 121209; C: 2 M: 16 Y: 16 K: 0. Nome fantasia: Ouro Velho; Pantone: 17-0942; C:40 M: 56 Y: 100 K: 27. Intermediarias: Nome fantasia: Aplausos; Pantone: 141209; C: 18 M: 26 Y: 33 K: 0. Nome fantasia: Bastidores; Pantone: 14-0002; C: 21 M: 21 Y: 26 K: 0.

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Cartela de Tecidos Foram escolhidos tecidos apropriados para o vestido de festa, propriamente dito tradicionais para noivas, são versáteis e caem bem. Na coleção foram utilizados as rendas Guipiur, Francesa e Chantily que dão um ar romântico à coleção ; o Tule bordado e o Brocado são ricos em textura; a Organza de Seda, o Cetim Bucol, Zibeline de Seda,Cetim Chanel Classic e a Georgete de seda por serem tecidos delicados e clássicos que proporcionam leveza e sofisticação na coleção; e a alpaseda utilizada para forro.

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Para superfície foram escolhidas três técnicas: • O bordado em linha em lugares localizados nas peças; • A aplicação de bordado em pedraria; •Aplicação de correntes ( Joias) que remetem aos acessórios do figurino.

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Para Remodelagens foram: • Recortes usados em algumas peças, dando versatilidade e movimento. • Franzidos usadas para dar volumes. •Pregas para dar movimento e sofisticação.

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Para beneficiamentos foram: • Tingimento com o objetivo de adequar o tecido para as cores exatas planejadas para coleção. • Corte à Leiser. •Branqueamento ópitico para dar aos tecidos um branco brilhante.

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Linhas de poliéster para costura reta, pesponto e overlock. A entretela foi usada para estruturar as peças. O zíper invisível foi usados em vestidos e saias. A barbatana para dar volume em peças como vestido, blusas e saia.

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Todas as famílias possuem bordados em pedrarias e de linha, como fonte de inspiração o figurino da peça OS Gigantes da Montanha. O figurino e acessório utilizados na peça que trazem as formas e bordados utilizados na coleção. A coleção traz também uma transparência discreta e os tons claros. Família Sonâmbula: Na família Sonâmbula e caracterizada por sobreposições, babados e bordados em pedraria e linha. Família Mago Catrone: : Na família Mago Catrone possui também rica em bordados,traz a referência dos rufos usados no figurino da peça. Família Mara Mara: A família Mara Mara possui peças armadas fazendo referência aos guarda chuvas que as personagens usam na peça, além do uso das saias com sobreposições transparente. Família Anjo 101: Na família Anjo 101 foi usado a referencia de suas asas a tonalidade do azul remetendo ao figurino do personagens, além dos bordados e sobreposições.

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Formas e Silhuetas As formas e silhuetas que foram utilizadas na coleção foram a X ampulheta e a A forma evasê. A silhueta X aparece com mais frequência nas peças dando aos looks um ar retrô e ao mesmo tempo valorizando a modelagem das peças. A silhueta A aparece nos vestidos dando um ar romântico nas peças.

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O processo partiu da ideia de criar uma coleção inspirada no mundo teatral. Em seguida iniciei a escolha do tema, algo mais especifico. Como orientada, escolhi uma peça de teatro que tivesse riqueza para inspirar a coleção. Então o figurino da peça Os Gigantes da Montanha, do Grupo Galpão, foi escolhida como tema a ser trabalhado no projeto. Segmentei a coleção à noivas, por ser o nicho que eu mais gostaria de trabalhar. Iniciei um pesquisa de tendências de cores, tecidos e modelos para a estação, foi escolhidos de acordo com contexto do tema e do nicho. Em seguida foi feito uma pesquisa imagética relacionada ao tema e a peça teatral, onde tive a oportunidade de conhecer de perto o figurino da peça e fotografar em uma visita feita no Grupo Galpão. Feito os painéis de inspiração, foram definidas as famílias de acordo com quatro personagens da peça. A partir do figurino de cada um iniciei o processo de mapeamento de coleção, onde foi definido cada peça. Em seguida iniciei os croquis dando forma e cores a tudo que foi pesquisado. Foi realizado o processo de definição de bordados das peças escolhidas a serem executadas, em seguida foram feitos as fichas técnicas, modelagem, costura e bordado.

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Vídeo

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AMARAL, Ana Maria. Teatro De Formas Animadas – Máscaras, Bonecos, Objetos. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1996. BARTHES, Roland. Tradução: BENEDETTI, Ivone Castilho Inéditos Vol. 3: imagem e moda. São Paulo: Martins Fontes, 2005. BARTHOLD, M. História Mundial do Teatro. Perspectiva: São Paulo, 2004. BERNARDES, A. Figurino para o teatro: criação e produçãoo em Florianópolis na década de 1980. Monografia (Graduação), UDESC, Florianópolis, 2006. DE FERRO, Cavalo. Luigi Pirandello – Biografia. Prêmio Nobel. Lisboa:2014. Disponível em <http://www.cavalodeferro.com/index.php?action=manufacturer_info&manufacturers_ id=64> . Acesso em 05 Dez2014. FRANÇA, Beatriz. Release Os Gigantes da Montanha. Belo Horizonte: 2014. Disponível em <http://www.grupogalpao.com.br/?page_id=70>. Acesso em 28 Ago2015. GALPÃO, Grupo. História – Grupo Galpão. Belo Horizonte: 2014. Disponível em <http:// www.grupogalpao.com.br/?page_id=70>. Acesso em 29 Ago2014. GIRARD, G; OUELLET, R. O Universo do Teatro. Coimbra: Livraria Almedina, 1980. GHISLERI, J. M. Figurinos para espetáculos. Monografia (Graduação), UDESC, Centro de Artes. Florianópolis, 2001. HOLT, M. Costume and Make-up. London: Phaidon, 2001. LAVER, James. A Roupa e a Moda. São Paulo: Schwarcz, 1989. LEITE, A. GUERRA, L. Figurino: uma experiência na televisão. São Paulo: Paz e Terra, 2002. LIPOVETSKY, Gilles. O Império do Efêmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas. [trad.: Maria Lucia Machado]. São Paulo: Companhia das Letras, 1991. MANTOVANI, A. Cenografia. São Paulo: Ática, 1989.

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MUNIZ, R. Vestindo os Nus: o figurino em cena. Rio de Janeiro: SENAC, 2004. MITIDIERI, Ana Maria Amorim; GARBELOTTO, Cristina Schiavon. O Traje da Noiva na Cena do Casamento. São Paulo, 2010. MITIDIERI, Ana Maria Amorim. Traje de Noiva como Identificação e Estilo de Vida. Santa Catarina: 2008. PRIZE, Nobel. Luigi Pirandello- Biographical. Suíça, 2014.disponível em <http://www. nobelprize.org/nobel_prizes/literature/laureates/1934/pirandello-bio.html> Acesso em 05 Dez2014. PEDROSA, Ylara Hellmeister. A formação profissional e atuação do figurinista cênico. São Paulo, 1999. 151 p. Dissertação (Mestrado). UNIP Universidade Paulista, 1999. RAMOS, Adriana Vaz. O design de aparência de atores e a comunicação em cena. Tese de Doutorado. PUC - Pontifícia Universidade Católica. São Paulo: 2008. ROUBINE, J. J. A Linguagem da Encenação Teatral. Rio de Janeiro: ZAHAR, 1998. SILVA, A. J. Para Evitar o Costume: figurino-dramaturgia. Dissertação (Mestrado), UDESC, Centro de Artes. Florianópolis, 2005. SOBRE, Algo. Biografias – Luigi Pirandello. 2014. Disponível em <https://www.algosobre. com.br/biografias/luigi-pirandello.html> Acesso em 05 Dez2014. STANISLAVSKI, K. A Construção da Personagem. 4.ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1983. UOL, Educação. Biografias – Luigi Pirandello. 2014 . Disponível em <http://educacao.uol. com.br/biografias/luigi-pirandello.jhtm>. Acesso em 05 Dez2014. VIANA, Fausto. Figurino Teatral e as Renovações do Século XX. São Paulo: Estação das Letras e Cores Editora, 2010.

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INSTITUTO DE COMUNICAÇÃO E ARTES CURSO DE GRADUAÇÃO EM MODA

AS NOIVAS DOS GIGANTES DA MONTANHA: Figurino Teatral Inspirando a Moda para Noivas

ALUNA: Kamila Nunes Sales PROFESSORA ORIENTADORA: Mariana Rodrigues

BELO HORIZONTE 2015/2

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Kamila Nunes Sales

AS NOIVAS DOS GIGANTES DA MONTANHA: Figurino Teatral Inspirando a Moda para Noivas

Trabalho de conclusão de curso apresentado para a obtenção do título de bacharel no Curso de Graduação em Moda do Instituto de Comunicação e Artes do Centro Universitário UNA. Professora Orientadora: Mariana Rodrigues

BELO HORIZONTE 2015/2

1* Trabalho apresentado como requisito parcial de avaliação pra obtenção do título de bacharel no curso de Moda, do Instituto de Comunicação e Artes do Centro Universitário UNA. Graduando em Moda, no Instituto de Comunicação e Artes – ICA. E-mail: kamilasales114@ gmail.com Pág.132


AS NOIVAS DOS GIGANTES DA MONTANHA: Figurino Teatral Inspirando a Moda para Noivas Kamila Nunes Sales 1 RESUMO A função deste artigo e relacionar o figurino para o teatro através da análise da peça Os Gigantes da Montanha, do Grupo Galpão com o universo da moda para noivas. Inicialmente, analisa-se a história do figurino teatral e sua evolução. Em seguida, indaga como o figurino contribui para a cena e para a construção da personagem numa peça e inicia uma análise do trabalho do figurinista, seu processo criativo e suas etapas, levando-nos a compreender a importância do figurino para o teatro como um elemento comunicador. Após compreender a importância do figurino, analisa-se o ritual do casamento indagando o vestido de noiva como peça fundamental para o espetáculo que é a cerimônia. Assim o figurino da peça Os gigantes da Montanha, suas formas, cores e ornamentos são elementos de inspiração para ilustrar a coleção de noivas. Palavras-chave: Figurino. Teatro. Noivas

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ABSTRACT The purpose of this article and relate the costumes for the theater by analyzing the play The Giants of the Mountain, the Shed Group with the world of fashion for brides . Initially , it analyzes the history of theatrical costumes and their evolution. Then how asks the costumes adds to the scene and to build the character in a play and starts a costume designer job analysis, his creative process and its stages, leading us to understand the importance of costume design for the theater as an element communicator. After understanding the importance of costumes , analyzes the wedding ritual asking the wedding dress as a key to the spectacle of the ceremony. So the piece of costume Giant Mountain , their shapes, colors and ornaments are inspired elements to illustrate the bridal collection . Key words: Costume Design. Theater . Brides

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Sumário INSTITUTO DE COMUNICAÇÃO E ARTES.......1 CURSO DE GRADUAÇÃO EM MODA...............1 1.INTRODUÇÃO.................................................6 2.FIGURINO TEATRAL.......................................6 1.1 OS TIPOS DE FIGURINO CÊNICO E OS ELEMENTOS DE CARACTERIZAÇÃO.....................................9 3.A CONSTRUÇÃO DO FIGURINO TEATRAL...12 4.GRUPO GALPÂO.............................................13 5. A PEÇA E SEUS IDEALIZADORES...............14 5.1 PIRANDELO..................................................15 5.2 GABRIEL VILLELA........................................15 6. OS GIGANTES DA MONTANHA...................16 7. O TRAJE DA NOIVA.......................................18

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1. INTRODUÇÃO O figurino é um dos elementos que caracterizam o personagem e tem uma carga de mensagens implícitas, subliminares e visíveis, e possui uma função perante o público. Todos os acessórios, as roupas e as maquiagens compõem o figurino e tudo deve se harmonizar com os outros elementos cênicos. É um agente comunicador e é um elemento caracterizador da personagem, auxiliando na transformação e na expressividade do ator. Faz-se uma pesquisa sobre a trajetória do figurino teatral e explica-se tipos de figurinos, suas funções, elementos e caracterizações. Faz-se uma analise da construção do figurino teatral “Os Gigantes da Montanha” do Grupo Galpão para embasar a pesquisa. A escolha do Grupo Galpão se deve por ser um grupo de teatro contemporâneo que mistura vários elementos para o desenvolvimento de cenário e figurino. Realiza-se uma pesquisa relacionando o universo do casamento e suas vestimentas para a moda contemporânea, assim buscando compreender os desejos das noivas, podendo assim abranger o fascínio que o figurino de peças teatrais pode trazer para a moda. Relacionando cada elemento inspirador da peça com a moda, este artigo tem como objetivo final a criação de um projeto para o desenvolvimento de uma coleção direcionada a noivas.

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2. FIGURINO TEATRAL O figurino é um dos elementos que compõem o espetáculo teatral. Em conjunto com a cenografia, espaço cênico, iluminação e a sonoplastia, bem como a performance dos atores e suas expressões linguísticas e corporais, dá sentido à cena por meio de significados visualmente construídos. Mesmo sendo a camada mais superficial do personagem, ele faz parte da camada subjetiva da construção das muitas pontes entre os códigos expressivos da atuação. E esta imagem é o produto final obtido pelo ator, pelo diretor e pelo figurinista em trabalho de criação. O figurino é um prolongamento do corpo do ator, é um objeto essencial, faz parte do corpo do personagem e estabelece diálogo com outros elementos de cena, como a luz, cenário, maquiagem e com os outros personagens. Ele altera o trabalho de composição do personagem porque abre possibilidade de exploração. O figurino, quando incorporado pelo ator, está bem resolvido. Um figurino equivocado pode arruinar uma interpretação e, consequentemente, uma trama. É real e irreal. Real porque tem a estrutura técnica de uma roupa e irreal porque veste o personagem, corpo idealizado, criatura ficcional. É nele que o ator reconhece seu personagem. Ele organiza o corpo do ator na cena. Assim Stanislavski vê o figurino na vida teatral. Quando vocês tiverem criado pelo menos um papel, saberão o quanto a peruca, a barba, a indumentária e os adereços são importantes para um ator na criação de uma imagem. Só quem já percorreu o difícil caminho de dar forma física ao personagem que deve representar pode compreender a importância de cada detalhe, da maquiagem, dos adereços. Um traje ou objetos apropriados para uma figura cênica, deixa de ser uma coisa simples material e adquire, para o ator, uma espécie de dimensão sagrada. (STANISLAVSKI, C. Apud VIANA, Fausto, 2010 p.102)

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O figurino representa um forte componente na construção do espetáculo, seja no cinema, no teatro ou na televisão. Além de vestir artistas, respalda a história narrada como elemento comunicador: induz a roupa a ultrapassar o sentido apenas plástico e funcional, obtendo dela um estatuto de objeto animado. Percorre a cena no corpo do ator, ganha a necessária mobilidade, marca a época dos eventos, o status, a profissão, a idade do personagem, sua personalidade e sua visão de mundo, ostentando características humanas essenciais e visando à comunicação com o público. No teatro, o figurino tem uma função específica: a de contribuir para a elaboração do personagem pelo ator e constituir, também, um conjunto de formas e cores que intervêm no espaço do espetáculo e devem, portanto, integrar-se a ele (ROUBINE,1998). O diálogo vem por meio do figurino e, assim, permite ao espectador identificar as personagens. Holt (2001), exemplificando a importância do figurino, assevera que quando os atores entram em cena, mesmo antes de falarem, o público já terá apreendido uma boa quantidade de informação. Holt (2001) aponta o efeito do figurino em localizar a peça num determinado contexto histórico e social e de representar a mudança desses durante a ação. O autor, além disso, atribui ao figurino à função de “espetáculo”, pois o mesmo é capaz de descrever coisas que as palavras não conseguem. Girard e Ouellet (1980, p.69) explicam o figurino com base na sua existência material, que é a de elementos concretos, roupas e acessórios que vestem o corpo. Essa ideia é completada por Silva (2005), quando afirma que figurino é aquilo que cobre a pele do ator enquanto este está em cena e suas funções variam de acordo com a ideia da encenação a que estão submetidas. Contudo, muito além do aspecto material, o figurino pode ser visto como um símbolo, um instrumento e elemento essencial da narração. Ghisleri (2001, p.13)

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aponta que o espaço emoldura o personagem e o figurino, enquanto elemento visual, estabelecendo um essencial elo de significação entre o personagem e o contexto do espetáculo. O figurino, além de permitir essa ligação entre a figura dramática e o espetáculo, é parte fundamental da própria construção do personagem. Leite e Guerra (2002) reafirmam com essa ideia ao comparar o figurino às vestimentas rituais. Nas cerimônias religiosas ou místicas, a vestimenta dos participantes cumpre o papel de fio condutor por onde passa o transcendente. O traje induz à incorporação de “personagens” dentro do círculo ritual. Segundo Barthes, Langner, Girard e Oullet apud Pedrosa (1999), o figurino apresenta as seguintes funções: a) Função Estética: é aquela em que as qualidades estéticas do traje não podem ser esquecidas. A proporção das peças deve ser de acordo com o tamanho do ator e as cores devem ser mantidas (no caso de trajes históricos). Deve-se, ainda, tomar cuidado com a iluminação para que esta não venha a alterar a composição harmônica do traje. b) Função Histórica: é aquela em que o traje se esforça para atingir veracidade arqueológica. c) Função simbólica: quando utilizada, serve para caracterizar e determinar a personagem. No teatro chinês, um traje claro, de seda, enfeitado com cores e borboletas, indica um papel amoroso. d) Função Semântica: o traje carrega argumentos de forte valor, apresentando ideias, conhecimentos e sentimentos, tornando-se um metatexto, representado dentro da encenação. e) Função de Criação do Imaginário: o traje pode recorrer a um código simbólico, muitas vezes representado por adereços, em que um simples pedaço de papel pode se transformar em uma espada. f) Função Espaço-temporal: indicação do lugar onde passa a cena. Através dessa função, sabe-se que a cena é de manhã, de tarde ou à noite, e se acontece dentro ou fora de casa, num quarto ou cozinha, ou outro lugar. g) Características Psicológicas: O figurino cênico também pode auxiliar na identificação de características psicológicas da personagem.

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É comum a confusão de função com o tipo de figurino ou com os elementos de caracterização que, relacionados, completam a sua proposta. 1.1 Os Tipos de Figurino Cênico e os Elementos de Caracterização As evidências da história do teatro mostram que, desde o seu princípio, o figurino era essencial para a sua existência, já que sem ele não há a transformação do corpo físico do ator em personagem. O teatro surgiu por volta do século VI a.C., mas desde a prática dos rituais pré-históricos pode-se considerar a existência de atos teatrais em que já se usavam peles e máscaras para incorporar a força dos animais (CUNNINGHAN, CIVITA Apud GHISLERI, 2001). Os tipos de figurino, ou seja, a que tipo de obra, arte ou evento ele se destina são deferentes das funções que um figurino pode apresentar. O figurino pode ser contemporâneo, de época ou de fantasia. Está sempre muito ligado ao espaço-temporal que relata, embora mais de um tipo de figurino possa coexistir no mesmo espetáculo, dependendo sempre da proposta do trabalho. a) Figurino Contemporâneo: São roupas usadas no cotidiano, mas que em contextos contemporâneos relatam informações precisas sobre as personagens. Pode ser considerado, o tipo de figurino que se inspira no que está sendo usados nos dias atuais, ou que sai dos espetáculos para as ruas. Segundo Pedrosa (1999), os trajes cênicos podem ser facilmente copiados pelo espectador e passam a ser usados cotidianamente, resultando na função que a autora determina como “Moda”. É o caso frequente de figurinos de telenovelas brasileiras, onde o desejo dos telespectadores de se parecerem com os ídolos e suas personagens representadas faz com que o figurino vire moda. Mas isso é uma consequência da empatia dos fãs, e não uma função primária, embora o sucesso de determinadas peças ou acessórios possa ser previsto, já que a intenção é contar a historia de vida das personagens, e não propriamente virar moda.

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b) Figurino de Época: Deve relatar com a máxima fidelidade possível o contexto histórico que comunica. As cores ou tonalidades geralmente são mantidas. As formas e volumes são representados com veracidade. No entanto, a modelagem hoje, deve ser desenvolvida a fim de permitir a confecção das peças com menos tecido, materiais semelhantes muitas vezes alternativos, devido ao pouco recurso financeiro que os espetáculos cênicos atuais dispõem para a confecção dos figurinos c) Figurino de Fantasia: É uma representação do imaginário, como figurinos de carnaval, ou personagens como duendes, bruxas, anjos, fadas, etc. Este tipo de figurino está muito relacionado à função simbólica que ele pode exercer na estética, e na sua complementação com o gesto da ação cênica. Com os outros elementos da caracterização do ator o figurino se completa, e a personagem passa a ter vida ao se integrar esses elementos a performance do ator. Para Girard & Oullet (1980), a caracterização pode fornecer informações como elementos caracteriais, idade, temperamento ou estado de saúde, porém, pode ser também, que um determinado traço físico desencadeie uma reação psíquica, fornecendo uma chave de interpretação ou revelando-se indispensável num papel de composição. Se não acharmos uma forma de caracterização que corresponda à imagem, nós, provavelmente, não poderemos transmitir a outros o seu espírito interior, vivo.(STANISLAVSKI, 1983, p. 27) Com base nos estudos de GIRARD & OULLET, STANISLAVSKI é possível classificar como elementos de caracterização, todos os elementos mais próximos do ator.São eles: o figurino cênico, a maquiagem, o penteado, a máscara, acessórios ou adereços.

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a) O Figurino Cênico: é a roupa e acessórios usados pelo ator para vestir a personagem que irá representar. Compõem signos tanto do contexto trabalhado em todo o espetáculo, como de características da personagem. “No momento em que o ator veste a ‘roupa’, esta se torna ‘figurino’, e ele se torna personagem.” ( KOWZAN, 2003 Apud CORDEIRO,Gisele A.) b) O Penteado: Com funções muito próximas das funções de maquiagem, pode revelar características das personagens, ou pode ser signo de uma área geográfica ou cultural específica, de uma época, de uma classe social ou geração e suas ideologias. ( KOWZAN, 2003 Apud CORDEIRO,Gisele A.) c) A Maquiagem: A Maquiagem, assim como o penteado, pode criar signos relativos à idade, raça, estado de saúde, temperamento; ou a signos que montam uma personagem-tipo, como uma feiticeira, um vampiro, etc. A maquiagem teatral está destinada a valorizar o rosto do ator contribuindo para a mímica (expressão facial). (Ibid, p. 109) d) A Máscara: Objeto que modifica instantaneamente a aparência da personagem, mostra uma relativa independência ao seu suporte – o ator. A máscara é cheia de contradições: pode mostrar o ator, mas este tem que mostra-la. (GIRARD & OULLET, 19080, p.66-67) e) Acessórios ou adereços: Mesmo sendo uma extensão do figurino cênico, constituem um sistema autônomos de signos (KOWZAN, 2003 Apud CORDEIRO). São bolsas, cintos, bijuterias, sapatos, perucas, joias, laços, adornos de cabeça, etc. Os adereços podem tanto fazer parte da extensão do figurino como do cenário. Uma bengala por exemplos, pode ser usada pelo ator em sua movimentação no palco, dando informações sobre a personagem, mas pode também, ficar pendurada em alguma parte do cenário, desencadeando outras significações e se tornando um objeto cenográfico. (Ibid, p. 22)

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Cada item pode seguir uma linha e comunicar algo isoladamente, ou dialogar com as mesmas cores, volumes, dados históricos, formas e outras características do traje de cena. A composição visual deve ser harmônica e transmitir ao espectador a mensagem que se quer transmitir com o espetáculo, independente da opção de construção imagética escolhida pelo grupo. 3. A CONSTRUÇÃO DO FIGURINO TEATRAL A criação de figurinos sugere a organização de todas as informações que competem para a compreensão e a composição visual da personagem em cena. A construção de figurinos teatrais depende de diversos fatores. Para citar alguns deles: as propostas estéticas do diretor, as possibilidades que o teatro oferece tecnicamente, o tipo físico dos atores e das personagens, as relações de texturas e cores com a iluminação e o cenário, o espaço-tempo da narrativa apresentada, os recursos financeiros disponíveis, as características psicológicas das personagens, além de imprevistos que podem vir a tona e necessitar de respostas rápidas do figurinista. O processo de criação do figurino começa por referências visuais e conhecimento cultural, mas soma-se o uso de novas tecnologias. Nesse processo, a importância está não apenas no criar, mas no transmitir o que se pretende, fazendo com que o público perceba, mesmo talvez intuitivamente, a mensagem que estão representados no figurino. O figurinista deve reunir as habilidades de um pesquisador, artista plástico e artesão, com especialidade para resolver problemas na áreas de criação e elaboração de trajes (PEDROSA, 1999). Segundo Pedrosa (1999), para o figurinista, a leitura do roteiro, na qual a peça se baseará, é o primeiro passo no processo de criação do figurino cênico para o teatro.

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Para ler e compreender bem o roteiro, o figurinista deverá fazer a leitura com os olhos da mente, isto é, deverá viver cada performance e descobrir a dramaticidade cotidiana no texto que será interpretada pelos atores. É importante que ele exercite a sua imaginação ao ler o roteiro e vista as personagens à medida que for parecendo no texto, viva com elas e faça parte da trama e da ação dramática. (PEDROSA, 1999: 55,56). O desafio de vestir a personagem teatral consiste na criação de figurinos originais, a partir de desenhos; na composição a partir de peças adquiridas no mercado varejista ou em brechós, que se percebe principalmente em espetáculos com temas atuais; ou ainda, ocorre uma combinação, onde são mescladas peças compradas prontas com peças criadas especialmente. Do primeiro contato com a produção até a estreia do espetáculo, são identificadas algumas grandes etapas no processo de desenvolvimento de figurinos: pré-projeto, projeto, pré-produção e produção. A partir do primeiro contato com a direção é possível traçar o perfil psicológico de cada papel e iniciar a pesquisa de referências visuais e textuais que darão auxílio para a criação. Ate o início do século XX os espetáculos eram pensados de forma vertical, sem necessariamente uma integração visual e semântica entre seus elementos. A partir desse período, passa-se a exigir uma formatação horizontal do espetáculo, na qual as variantes cênicas devem sem construídas em conjunto, conversando diretamente entre si e formando um todo mais homogêneo e verossímil ao espectador. (LEITE, 2002) Na entrega dos figurinos, são fornecidas as indicações relativas à manutenção. Para facilitar a rotina da lavagem de roupas, as peças de maior utilização devem ter seus duplos para prevenir o desgaste e a reposição em caso de consertos.

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A criação de um figurino traz consigo a questão do que fazer com esses matérias após sua utilização nos espetáculos. Apesar da existência de algumas exceções, geralmente a confecção do traje cênico resulta em artefatos que terão vidas mais extensas do que as das peças as quais farão parte. Cabe, portanto, aos seus criadores decidir os rumos que esses objetos terão após cumprirem sua finalidade básica, a de caracterizar visualmente os atores da montagem teatral específica a qual se destinam. O figurino poderá ser armazenado, doado, reutilizado ou descartado de acordo com os interesses, necessidades e, por vezes, impossibilidades daquele grupo ou individuo por ele responsável. Cabe ressaltar que em caso de armazenagem e reutilização é necessário a organização de um espaço para sua permanência e uma certa rotina de ações para preservar. 4. GRUPO GALPÂO Criado em 1982, em Belo Horizonte, o Grupo Galpão desde então vem aumentando cada vez mais sua importância no teatro e na cultura brasileira. O teatro do grupo reúne uma profunda pesquisa, peças de grande poder de comunicação com o público, misturam as características regionais de todo o Brasil com o universal, o contemporâneo e o tradicional, o teatro de rua e de palco. Teuda Bara, Eduardo Moreira, Wanda Fernandes e Antonio Edson se conheceram nas oficinas de teatro dos alemães Kurt Bildstein e George Froscher, do Teatro Livre de Munique. Antes de começarem a montagem de “E a noiva não quer casar”, Teuda, Eduardo, Wanda e Fernando Linares resolveram, numa mesa de bar, formar-se jurídica e estruturalmente como um grupo, a fim de progredir um trabalho de longo prazo e manter-se econômica e profissionalmente. (GALPÃO, Grupo. 2014)

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De acordo com o site, desde o início o grupo busca por raízes do teatro popular e de rua, e trabalha com diferentes diretores convidados para as montagens. Foi um começo de muito trabalho e de situação financeira difícil, o que instabilizava o grupo e a firmeza de viver unicamente de teatro. A partir das peças “Ó pro cê vê na ponta do pé” e “A comédia da esposa muda” o grupo começou a ganhar Minas Gerais e viajar pelo Brasil. Encontros com outros grupos pelo país foram proporcionados, despertando no grupo o desejo de compreender a própria realidade e afirmar seu modelo. As viagens e os encontros com outros grupos teatrais contribuíram com a formação da maneira de ser do Galpão. Em 1989, o grupo decidiu adquirir estruturas sólidas para organizar e arquivar documentos e se fixar em uma sede. Foi então que, com recursos próprios obtiveram um antigo depósito de madeira, em um bairro residencial de Belo Horizonte, onde se estabeleceram. Até então os atores definem a história do grupo como: Um processo lento, fervido em banho-maria, e cujos frutos só puderam ser colhidos depois de um intenso trabalho de semeadura e irrigação. (GALPÃO, Grupo. 2014)

Com “Álbum de família”, texto de Nelson Rodrigues, o fruto do trabalho e dedicação do grupo estava apenas começando. A peça aumentou a presença do grupo em cenário nacional e as críticas e prêmios aumentavam. Muito bem reconhecido, o Grupo Galpão acumula mais de 100 prêmios nacionais e internacionais, entre eles está o prêmio Shell Especial 93, em 1993, pela trajetória do grupo, San Antonio International Festival TEXAS/EUA com a peça Romeu E julieta pelo espetáculo e figurino, em 1999. Participa de festivais no Brasil e pelo mundo afora e é o único grupo brasileiro a se apresentar no Globe Theater, berço de peças importantes de Shakespeare e a Companhia do Carmalengo, em Londres.

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5. A PEÇA E SEUS IDEALIZADORES Os Gigantes da Montanha é uma fábula escrita por Luigi Pirandello, tem dois atos e não foi acabada, pois foi interrompida pela morte do autor em 1936. A peça e dirigida por Gabriel Villela que junto com toda equipe traz explosão de cores, texturas e expressões. 5.1 Pirandelo O texto da peça foi escrito por Luigi Pirandello que nasceu em Agrigento (antiga Girgenti), na Sicília. Estudou filologia na Universidade de Roma e doutorou-se na Universidade de Bonn, Alemanha, onde também estudou filosofia. Em 1894 radicou-se em Roma, onde lecionava italiano e casou-se. Inicialmente, escolheu a poesia, mas em seguida optou pela narrativa e pelo romance realista. (UOL, Educacao. 2014.) P irandello escreveu vários romances, novelas e contos que foram reunidos sob o título de “Novelle per um anno” (uma obra escrita em15 volumes, escrita entre 1922 e 1937). Os mais conhecidos dos seus seis romances são: “II fu Mattia Pascal” (1904), “I vecchi e i Giovani” (1913), “Si gira” (1916), e “Uno, nessuno e centomila” (1926). Diversos dramas foram reunidos no livro “Maschere nude”, publicado entre 1918 e 1935. Pirandello dedicou-se à questão de identidade. As suas personagens buscam preencher o seu eu com papéis no teatro e são sempre vencidos pela vida que, em constante transformação, consente que se notem a sua iniquidade. (PRIZE, Nobe. 2014) Baseando-se na obra de Sigmund Freud e de Alfred Binet (pedagogo e psicólogo francês), suas peças fazem um estudo psicológico da natureza humana. Portanto, foi no teatro que Pirandello se consagrou e é um dos mais importantes e inovadores autores do teatro moderno. Após o resultado de “Assim É, Se Lhe Parece” (1917), foi destacado com “Esta Noite Se Representa de Improviso”, “Cada Um a Seu Modo” e “Seis Personagens à Procura de Um Autor”, três peças que deram início ao denominado “metateatro” ou “teatro dentro do teatro”. (SOBRE, Algo. 2014.) Pág.147


Suas obras influenciaram vários autores como Jean-Paul Sartre, Samuel Beckett, Eugène Ionesco, Jean Genet e Eugene O’Neill. Pirandello ganhou o Prêmio Nobel de Literatura de 1934, pela sua restauração audaz e habilidosa da arte dramática e cênica. Em Roma, o dramaturgo faleceu em 10 de Dezembro de 1936. (DE FERRO, Cavalo. 2014). 5.2 Gabriel Villela Antônio Gabriel Santana Villela diretor da peça, nasceu em Carmo do Rio Claro, cidade do interior de Minas Gerais, em 1958. Cursou direção teatral na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, ECA/USP. (MUNIZ, 2004) Gabriel Villela é diretor, cenógrafo e figurinista de grande importância no teatro brasileiro e vem contribuindo com o teatro desde 1989, quando estreou com a peça ”Você Vai Ver o que Você Vai Ver” de Raymond Queneau, primeira peça, também, do Circo Graffiti, grupo de teatro paulistano. Desde então Villela foi crescendo profissionalmente em meio ao teatro e aperfeiçoando seu estilo influenciado pelas festas populares, pelo imaginário do povo mineiro e o circo-teatro que se tornou um diferencial (MUNIZ, 2004). De acordo com o site do Grupo Galpão, a parceria se inicia em 1991, quando Villela propõe para o grupo um trabalho que teria como objetivo utilizar a “Veraneio”, o carro que carregava o grupo nos anos de 1980 pelo Brasil para apresentar suas peças, como principal componente cenográfico. Era uma maneira de contrapor contemporaneamente às velhas carroças das trupes mambembes e apresentar o espetáculo a todo o país. Após dois anos de trabalho e pesquisas, o texto de Shakespeare, Romeu e Julieta, se uniu como épico do sertão e da narrativa de Guimarães Rosa. “Romeu e Julieta” pode ser considerado não só a mais importante montagem para o Grupo Galpão, mas também para todo o teatro de rua do país.

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O espetáculo de rua, encenado dentro, em cima e ao redor de um veículo Veraneio, conquistou público, crítica e inúmeras premiações no Brasil e exterior. Em 1994, ganhou outra vez os prêmios Shell e Molière de direção por “A Rua da Amargura”, com o Galpão. Para Villela, a criação de um espetáculo começa pelo cenário e figurino, antes mesmo de considerar o ator, pois é a roupa que liga o homem ao seu pensamento e evolução. E é nela que está impresso o padrão da personagem, o qual “chega antes da palavra, pelo sentido da visão” (MUNIZ, 2004). Mesmo assim, seduzir o intérprete é fundamental para ganhar a credibilidade necessária de sua criação: “Dê para um ator uma capa e anéis, ou uma rampa e uma escada, e você estará dando tudo para ele”. (MUNIZ, 2004, p.183) 6. OS GIGANTES DA MONTANHA A fábula narra a chegada de uma companhia teatral decadente a uma vila isolada do mundo, cheia de encantos, governada pelo mago Cotrone. A trupe encontra-se em profundo declínio e miséria, por obsessão de sua primeira atriz, a condessa Ilse, em montar “A fábula do filho trocado” (peça escrita por um jovem poeta que se matou pelo amor não correspondido da condessa). Cotrone, o mago criador de “verdades que a consciência rejeita”, começa a construir os fantasmas dos personagens que faltam para a companhia montar a peça. Ele convida os atores a permanecerem para sempre na vila, representando apenas para si mesmos a “A fábula do filho trocado”. Ilse, no entanto, insiste que a obra deve viver entre os homens, sendo representada para o público. A solução encontrada, que resultará no desfecho trágico da peça é sua apresentação para os chamados “Os gigantes da montanha”, povo que vive próximo da vila. Os gigantes, por terem um espírito fabril e empreendedor, “desenvolveram muito os músculos e se tornaram um tanto bestiais” (PIRANDELLO, 2013), e, portanto, não valorizam a poesia e a arte. O ato final da peça, que ficou inconcluso, mas que chegou a ser vislumbrado pelo autor em leito de morte, descreve a cena em que Ilse e a poesia são trucidadas pelos embrutecidos Gigantes (Ibid).

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Os Gigantes da Montanha é o triunfo da fantasia; o triunfo da poesia, mas, ao mesmo tempo, também a tragédia da poesia neste brutal mundo moderno. (PIRANDELLO, 2013) 6.1 O Figurino do Os Gigantes da Montanha. Segundo Beatriz França, coordenadora de comunicação do grupo Galpão em um release disponibilizado no site e distribuído para toda imprensa, o espetáculo ganhou vários prêmios entre eles como melhor figurino pelo Premio Copasa Sinpard de Artes Cênicas 2014. França (2014) diz que os bordados da costureira Giovanna Vilela realçam e dão toque especial ao acabamento das peças. Tecidos trazidos da Ásia, do Peru e de outros cantos do Brasil, pelo diretor, adornam as roupas. Velhas sombrinhas bordadas de “Romeu e Julieta” reaparecem e ganham nova função na peça, com efeitos que tornam a Vila de Cotrone, fantasmagórica e cheia de encantamentos. Tanto no figurino quanto em toda estrutura de cenário da peça possui uma mistura de referências. A ponte Brasil – Minas - Itália é costurada pelas mãos antropofágicas de Gabriel Villela e seus assistentes de direção, Ivan Andrade e Marcelo Cordeiro, que misturam referências diversas. Num mesmo caldeirão estão reunidas Sicília, Carmo do Rio Claro, macumba, magia, Commedia Del’Arte e circo- teatro, Vaudeville, Totó e Vicente Celestino, Ana Magnani e Procópio Ferreira, Mamulengo e ópera, festival de San Remo e seresta mineira. “Os Gigantes da Montanha” convida o público para um mergulho teatral que funde e sintetiza o brasileiro com o universal, o erudito com o popular, a tradição com a vanguarda. Um desafio à altura da trajetória de 30 anos de buscas e desafios do Galpão. Toda essa alquimia fica claramente representada nos figurinos e no cenário do espetáculo. (FRANÇA, Beatriz 2014)

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7. O TRAJE DA NOIVA O vestido de noiva e peça fundamental no espetáculo do casamento, momento especial para uma noiva. Na atualidade os casamentos são tão “espetáculos” que se assemelham muito a cenas teatrais. Seriam como encenações onde as pessoas estão interpretando papéis. Como pudemos constatar, todo ritual é um pouco teatro, afinal tem personagens e movimentos pré-determinados. O casamento sendo um rito de passagem não foge a essa regra. (MITIDIERI, Ana Maria Amorim; GARBELOTTO, Cristina Scthiavon, 2010)

Segundo a definição de Ana Maria Amorim Mitidieri (2008) o vestido branco de noiva, cujo consumo efetivou-se através do cerimonial do casamento, faz parte de um ritual que se tornou uma tradição e que se perpetua por gerações, provocando interpretações em torno das relações entre o publico e o privado, o coletivo e o individual, o masculino e o feminino. MUTIDIERI (2008) faz um relato de como o vestido de noiva branco se tornou símbolo nos rituais de casamento. Os vestidos brancos para as noivas popularizaram-se após o enlace da Rainha Vitória em 1840, mas, antes disso, outro vestido branco de noiva foi registrado na história dos casamentos: Josephine casou-se com Napoleão Bonaparte em 1796. Em sua descrição o vestido da noiva é “branco, estilo império”, estilo esse que ela divulgou como retorno à simplicidade da mulher grega. Durante o governo de Napoleão, muitas determinações a cerca do matrimonio aconteceram. O Código Napoleônico decretou como idade legal para o casamento, dezoito anos para as mulheres e vinte e um para os homens. Data daí a obrigatoriedade à celebração da cerimônia civil ser registrada em cartório e, a partir de então as noivas passaram a ter o branco como sua cor-símbolo definitiva.

Ainda Segundo MUTIDIERI (2008) com passar do tempo, a sociedade busca referencias nos figurinos de cinema, nos casamentos de princesas de conto de fadas para concepção dos atuais vestidos de noiva. A cerimônia do casamento uma performance, um jogo de cena, o traje da noiva ganha destaque, sendo o elemento visual que diferencia essa personagem principal dos coadjuvantes e figurantes da cena. Pág.151


Segundo Ana Maria Amorim Mitidieri e Cristina Schiavon Garbeloto (2010) A cerimônia do casamento é uma performance, um jogo de cena, o traje da noiva ganha destaque, sendo o elemento visual que diferencia essa personagem principal dos coadjuvantes e figurantes da cena. O vestido, por ser único se destaca dos demais. Ele torna-se tradição e sua importância é tal que nenhum outro personagem pode sequer usar sua cor, o branco, que permanece como um dos principais aspectos de construção da identidade do personagem noiva. 8. CONSIDERAÇÕES FINAIS Dessa forma percebe-se que o figurino cênico está em constante evolução em suas técnicas, metodologias e desenvolvimento. Sua importância na cena é irrefutável e necessita de profundas e longas pesquisas para que sejam compreendidas e exploradas as contribuições que o figurino pode oferecer para a personagem em cena. Contudo, entendemos que o figurino cênico pode e deve ser considerado como um elemento relevante e insubstituível ao teatro. O figurino se firma como agente comunicador, como podemos observar na peça Os Gigantes da Montanha, onde o figurino harmonizado com a iluminação e cenário tende a reforçar a mensagem que o autor queira passar. Assim, compreendendo toda a dinâmica do figurino teatral, faz-se um paralelo da importância do vestido de noiva, parte fundamental do ritual do casamento. Desta forma o figurino teatral da peça Os Gigantes da Montanha é usado como fonte inspiradora para o desenvolvimento da coleção.

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