Impetus reputação internacional

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ID: 50176741

10-10-2013 | Projectos Especiais

Tiragem: 16630

Pág: 2

País: Portugal

Cores: Cor

Period.: Ocasional

Área: 26,73 x 32,41 cm²

Âmbito: Economia, Negócios e.

Corte: 1 de 3

Conheça as empresas portuguesas com melhor reputação internacional Um inquérito feito pelo Reputation Institute revela que há 23 empresas portuguesas com boa reputação a nível global. Saiba quais são.

CONHEÇA MELHOR AS EMPRESAS COM MELHOR REPUTAÇÃO INTERNACIONAL São 23 as empresas portuguesas das quais os inquiridos pelo Reputation Institute têm uima imagem positiva. Das telecomunicações aos vinhos, passando pelos cafés e pelos chapéus, há empresas de todos os géneros e em todos os sectores. As 23 são também exemplo de como as marcas portuguesas, através da inovação e do trabalho que fazem em termos de internacionalização, podem ser reconhecidas no exterior.

IRINA MARCELINO irina.marcelino@economico.pt

>> Impetus: A Impetus iniciou a sua actividade em 1973 com apenas seis pessoas. Hoje, tem 12 empresas e cerca de 700 trabalhadores. Exporta toda a sua produção para a Europa, Canadá, Estados Unidos, Austrália, China, México e Japão.

S

ão usados pela polícia neozelandesa e por vários actores e actrizes de renome, inclusivé em filmes produzidos em Hollywood. Mas são fabricadas em São João da Madeira. Os chapéus da Fepsa (Feltros Portugueses S.A.) chegam hoje a mais de 23 países em todo o mundo. E a empresa que os produz é uma das empresas portuguesas com melhor reputação internacional. O mesmo se passa com a Parfois. Apesar do nome francês, a empresa é portuguesa. Especializada em acessórios de moda, não pára de crescer. “Estamos a abrir uma loja a cada dois dias”, revelou Susana Coerver, responsável pela comunicação do grupo, num telefonema feito a partir de Paris, onde está a preparar mais uma inauguração. “Temos hoje mais de 400 lojas em 45 países, isto sem contar com os ‘corners’”, conta. A Parfois é outra das empresas portuguesas mais reconhecidas internacionalmente, de acordo com as conclusões de um estudo realizado pelo Reputation Institute, representado em Portugal pela OnStrategy. Também as grandes empresas têm lugar na lista das 23 companhias portuguesas com melhor reputação internacional. Os mais de 150 mil inquéritos feitos online durante o primeiro semestre deste ano - cerca de três mil em 50 países distintos - revela ainda nomes como a Portugal Telecom, a EDP, a Brisa ou a Tap, “uma empresa que é vista com admiração por conseguir concorrer com gigantes da aviação”, afirma Pedro Tavares, ‘partner’ da OnStrategy. O mesmo se passa com a Delta. “Na área do grande consumo, a Delta é a empresa que se destaca a nível internacional. E isso é de alguma forma surpreendente. A marca tem, de facto, conseguido competir ao mais alto nível a nível internacional”, diz o especialista. Os vinhos portugueses - em geral - também têm boa reputação. “As pessoas não se conseguem lembrar de uma só marca de vinhos portugueses. Sabem reconhecer, por exemplo, o vinho do Porto, da Madeira ou os vinhos correntes. Mas não se lembram de uma só marca, talvez porque são marcas complexas. Penso que nesta área devíamos aprender um pouco com o caso dos vinhos do Chile, que vendem primeiro o país, depois a

PEDRO TAVARES ‘Partner’ da On Strategy

Opta-se sempre por inventar um logotipo novo quando se trata de promover o país. Mas em minha opinião, Portugal deve ser promovido sector a sector.

região em que se inserem e só depois a marca do vinho”, considera o consultor. Uma ideia que não é, no entanto, corroborada pelo especialista em assuntos de internacionalização, Luís Filipe Lages, da Nova Business School. Questionado sobre a importância da marca Portugal na internacionalização das empresas portuguesas, o docente afirma que por “sermos um país bastante pequeno à escala mundial, na minha opinião a imagem da categoria dos produtos ou da marca é muitas vezes mais importante do que a imagem de “Portugal”. Isto nota-se claramente nos produtos em que somos únicos (por exemplo, no vinho do Porto e em vários produtos na área alimentar), criativos (por exemplo papel higiénico preto, calçado) e líderes (exemplo: cortiça e fibras sintéticas e artificiais)”, considera. “Naturalmente no caso dos produtos e serviços em que temos factores únicos e claramente distintivos associados à nossa cultura (exemplo: fado, restauração) e localização geográfica (exemplo: golfe, turismo) acaba por ser muito mais importante a utilização da marca “Portugal””. Para Pedro Tavares, da OnStrategy, a promoção do país não devia ser feita como um todo. “Andamos sempre a “trabalhar para o boneco”, ou seja, opta-se por inventar sempre um logotipo novo quando se trata de promover o país. Mas em minha opinião Portugal deve ser promovido sector a sector. E tenho algumas dúvidas sobre se o Estado está a fazer tudo aquilo que devia fazer nesta promoção. Apesar de haver sectores em que isso acontece”, defende o consultor, que revela que os estudos do Reputation Institute ajudam muitos embaixadores a definir as suas estratégias nos países onde estão. “Para mim, cada embaixador deve ser um director geral local da multinacional Portugal”, considera Pedro Tavares. O inquérito sobre as empresas portuguesas faz parte de um outro mais amplo sobre a reputação de Portugal a nível internacional nos ambientes económico, social e político. Uma das conclusões a que chegou o estudo foi que a imagem que os portugueses têm deles próprios é habitualmente muito pior do que a imagem que os outros têm dos portugueses, nomeadamente na área do ambiente político e económico. ■

>> Logoplaste: Tem 61 fábricas em 16 países, um total de 2.100 colaboradores em todo o mundo e ainda três centros de inovação no Brasil, nos EUA e no Reino Unido. A actividade internacional da empresa pesa 87% do seu volume de negócios.

>> EDP: A eléctrica tem presença, além de Portugal, em Espanha, Brasil, e países como os Estados Unidos, a Roménia, a Polónia, o Reino Unido e a China. A internacionalização tem sido uma das estratégias da empresa liderada por António Mexia.

>> PT: A fusão entre PT e a brasileira Oi é uma das notícias mais recentes que envolve a antiga empresa pública portuguesa. Hoje, esta empresa, que já é reconhecida internacionalmente, vai tornar-se mais global que nunca.

>> Brisa: A sua actividade internacional está na Índia, nos Estados Unidos e na Holanda. Mas o trabalho que a empresa tem feito a nível de inovação - a invenção da ViaVerde, por exemplo - tem contribuído para a sua reputação, mesmo internacional.

>> Fepsa: A marca de chapéus de feltro Fepsa começou em 1969, e desde então tem percorrido um longo caminho. Hoje, a empresa de São João da Madeira exporta os seus chapéus para 23 países, da Nova Zelândia ao Japão, passando pelos EUA.

>> Altitude Software: A empresa de tecnologias de informação realiza mais de 90% das suas vendas no exterior, tendo 1.100 clientes em 80 países. Com presença directa em 15 países, o volume de negócios em 2012 foi de 32,1 milhões de euros.

>> Dielmar: A marca portuguesa de vestuário para homem está a preparar a internacionalização nos mercados emergentes. A empresa quer que nos próximos quatro anos 80% do seu negócio seja feito fora de Portugal.


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