PB
1
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
2
3
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
1
Dois anos depois de assumirmos publicamente a nossa Estratégia de Sustentabilidade, apresentando as prioridades e objetivos a nível social, económico e ambiental, é tempo de voltarmos com um relatório alargado e verificado por uma entidade externa, cumprindo assim o compromisso de comunicarmos a nossa evolução. Podemos dizer que tem sido um percurso repleto de desafios, provas superadas com distinção e obstáculos imprevistos que nos fazem pensar e repensar na forma ideal de contribuirmos para a evolução do nosso planeta, sempre com a preocupação constante de darmos o melhor de nós próprios. Para todos na Unicer a Sustentabilidade é assumidamente um ciclo de aprendizagem contínua, onde apesar da volatilidade dos contextos socioeconómicos e ambientais procuramos traçar uma linha reta que oriente o nosso futuro e o de todos os que nos rodeiam e connosco interagem. Nas páginas seguintes apresentamos a Unicer de hoje com os olhos postos no futuro e damos palco à atividade que desenvolvemos ao longo do ano de 2012, onde as nossas Pessoas e as nossas marcas assumem o papel principal. Qualidade e inovação, responsabilidade ambiental e o bem-estar de colaboradores, integração de Stakeholders e desempenho económico, bem como participação ativa no desenvolvimento das comunidades onde operamos, são alguns dos territórios mais significativos a partir dos quais desenvolvemos a nossa atividade e que se encontram descritos nas diferentes “Latitudes” deste documento. Acompanhe-nos nesta viagem!
4
5
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
1
Ambiente Os indicadores de desempenho ambiental consolidados que apresentamos referem-se à produção de bebidas, incluindo as atividades auxiliares que decorrem nas nossas instalações, como a logística interna, a produção de energia, o tratamento de águas e de águas residuais e as atividades sócio-administrativas. Em relação à área dos vinhos foram consideradas apenas as emissões resultantes da atividade de produção nas instalações da Quinta do Minho, na Póvoa de Lanhoso.
Económico e social Os indicadores de desempenho económico e social abrangem todas as empresas participadas do grupo Unicer, com a exceção, no que respeita aos indicadores sociais (especificamente na área de gestão de pessoas) das atividades: · do turismo, dada a grande rotatividade que a caracteriza; · de produção de malte, pelo facto de se tratar de uma empresa com uma gestão autónoma.
Histórico e advertências O presente relatório segue as regras de cálculo determinadas pelo Global Reporting Initiative (GRI3), por forma a assegurar a definição do seu conteúdo e garantir a qualidade da informação e a comparabilidade dos indicadores. Sempre que se justifique, apresentamos a evolução dos principais indicadores, permitindo assim uma melhor ob-
servação do progresso nos últimos anos. No que respeita aos indicadores operacionais, resumimos esta análise a partir dos dados específicos, em função do volume de produção, de modo a melhor refletir a eficiência de gestão dos recursos associados. À semelhança do Relatório de Gestão publicado em 2011, relativo ao período de 1 de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2010, o presente relatório foi submetido a verificação por uma entidade independente de reconhecida credibilidade. Esta instituição avaliou os processos de recolha, tratamento e reporte dos principais dados ambientais, sociais e económicos, bem como a fiabilidade da informação relacionada com os indicadores de desempenho, com base nas Diretrizes GRI G3.
Todos os Relatórios de Gestão podem ser consultados no site www.unicer.pt . Se sentir necessidade de mais informação ou de esclarecimentos suplementares, ou achar por bem fazer comentários e sugestões, não hesite e contacte-nos por favor: Direção de Pessoas e Comunicação Unicer Bebidas de Portugal, SGPS, S.A. Apartado 1044 4466-955 São Mamede de Infesta unicer.direto@unicer.pt www.unicer.pt NOTA: Este relatório foi redigido ao abrigo do novo acordo ortográfico.
O relatório de gestão relativo ao nosso desempenho em 2011 está disponível numa versão simplificada, com o reporte dos principais indicadores do nosso desempenho e com um ponto de situação dos indicadores da nossa estratégia de sustentabilidade.
2007
2012 2010
C+
B
B+
Obrigatório
Auto Declarado
x
x
Opcional
Examinado por Terceiros
x
x
Examinado pela GRI
A
A+
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
C
6 7
2
MENSAGEM DO PRESIDENTE Um ano de superação no mercado interno e de reforço na liderança fora de portas O ano de 2012 foi o primeiro ano completo de cumprimento do plano de ajustamento financeiro acordado com a Troika. Se os progressos evidenciados na correcção dos défices (balança corrente e do Estado) são enaltecidos pelos nossos credores, os custos, para a Economia doméstica, é necessário reconhecer, têm sido muito violentos: queda do PIB superior a 3%, redução na procura interna próxima de 6% e o desemprego a disparar para níveis próximos dos 17%. A única dimensão económica positiva foi, uma vez mais, a exportação que cresceu 6%. Esta crise da procura interna tem afectado, sobretudo, o consumo fora de casa (Horeca), que terá caído cerca de 15%, em 2012. As expectativas para 2013 não são, infelizmente, muito diferentes. Numa conjuntura radicalmente adversa no mercado doméstico, com o mercado da cerveja a cair cerca de 10% e o das águas com gás cerca de 15%, a Unicer conseguiu atenuar a queda nos seus principais mercados para níveis próximos de 6%. O que significa que ganhou quota de mercado, afirmando-se como empresa líder nas cervejas e no mercado das águas com gás, à custa de uma estratégia bem sucedida de desenvolvimento das marcas Super Bock, Cristal e Carlsberg na categoria das cervejas e de Pedras nas águas com gás. Nas restantes categorias (águas lisas e refrigerantes) têm-se minorado efeitos de desgaste de volumes nas marcas com uma política pragmática de produção selectiva de marcas próprias. No cômputo geral, o mercado doméstico manteve os volumes do ano anterior, um desempenho assinalável atendendo ao cenário de crise radical que atravessamos. Em 2012 a Unicer voltou a conseguir uma boa evolução na exportação das suas marcas, nomeadamente Super Bock, indiscutivelmente a marca de bebida portuguesa mais vendida em todo mundo. O factor crítico deste desenvolvimento foi a inovação – por exemplo, o lançamento do sistema “saca fácil” em Angola – e a capacidade da Unicer estabelecer e dar continuidade a excelentes parcerias de distribuição em quase todos os países
e comunidades que falam português. 47% da cerveja que produzimos em 2012 foi exportada, um novo recorde! Igualmente de registo foi o comportamento da Unicer ao nível de serviço a clientes (99,7%), qualidade industrial e de geração de cash flow, três áreas onde obtivemos desempenhos excepcionais quando comparados com os concorrentes nacionais e internacionais. Também os indicadores de clima social e envolvimento dos colaboradores na gestão, apesar da crise e das difíceis medidas de racionalização de custos adoptadas, destacam-se pela positiva em qualquer comparação interna ou internacional. Em 2012 as vendas líquidas da Unicer (com Imposto Especial sobre o Consumo) cresceram 3%, atingindo 498 milhões de euros. O resultado operacional cifrou-se em 51 milhões de euros e o resultado líquido em 27,6 milhões de euros, um crescimento de 14% face a 2011. A empresa gerou 36,2 milhões de euros de cash o que, depois de pagos dividendos relativos ao ano de 2011, permitiu reduzir a dívida para 174 milhões de euros. Cremos que os números apresentados revelam a enorme resiliência da Unicer face aos tempos bem conturbados e recessivos que vivemos em Portugal. Para além de assegurar resultados no curto prazo, deram-se continuidade em 2012 a um conjunto de projectos fundamentais para a sustentabilidade da Unicer a longo prazo: 1. Avançou-se com a execução do projecto “Masterplan”, um investimento superior a 100 milhões de euros em Leça do Balio que está a transformar este centro industrial e logístico no mais moderno e competitivo da Europa. A primeira fase do projecto - concentração e modernização industrial, correspondentes a 61 milhões de euros - foi concluída no final de Abril de 2013. Cabe aqui um agradecimento muito especial aos colaboradores da fábrica de cerveja de Santarém, entretanto já encerrada, pela enorme dignidade e profissionalismo demonstrados no processo.
Em 2012 a Unicer voltou a conseguir uma boa evolução na exportação das suas marcas, nomeadamente Super Bock, indiscutivelmente a marca de bebida portuguesa mais vendida em todo mundo.
2. Concluíram-se os estudos e avançou-se para a execução de um conjunto de projectos de desenvolvimento internacional das marcas Super Bock e Pedras em novas geografias, como sejam Moçambique, Brasil e EUA/Canadá, mercados onde neste momento, para além de Angola e Europa, a Unicer tem equipas comerciais residentes. 3. Vimos aprovada por unanimidade, em Assembleia Geral da empresa Única, realizada já no início de 2013,
a proposta geral de enquadramento de financiamento, apresentada por dois bancos angolanos, do projecto de investimento em Angola. Esperamos que em 2013, com esta decisão assumida, o projecto possa ter evolução material. Em meu nome e dos restantes colegas da Comissão Executiva quero terminar esta mensagem agradecendo aos accionistas VIACER e Carlsberg o apoio sempre manifestado à gestão, aos consumidores, clientes e parceiros comerciais a vossa preferência, aos nossos fornecedores e agricultores, a profunda e estreita colaboração na fileira, a todos os agentes do Estado, nomeadamente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros e Ministério da Economia, à AICEP e à Câmara Municipal de Matosinhos, o apoio e a colaboração tida e a todos os colaboradores da Unicer o profissionalismo, a dedicação e a qualidade do trabalho prestado, um factor de competitividade da Unicer que faz toda a diferença!
António Pires de Lima Presidente da Comissão Executiva
* Este texto não foi redigido ao abrigo do novo acordo ortográfico.
Nota pessoal: Na altura em que escrevi esta mensagem ainda tínhamos o privilégio de ter entre nós António Vaz Branco, administrador executivo para a área internacional, que infelizmente perdemos no passado dia 2 de Maio, depois de doença prolongada. O António liderou, desde que integrou a Unicer, o nosso desenvolvimento internacional. Todo o seu trabalho connosco foi orientado por uma obsessão: fazer da Unicer uma empresa internacional. Em 2000, quando aqui chegou e depois de uma carreira consagrada por várias grandes empresas em Portugal, as nossas exportações valiam 30 milhões de litros. Em 2012 valeram 218 milhões, a Unicer afirmou-se como indiscutível líder das marcas de cervejas exportadas de Portugal, com uma quota de cerca de 75%. Esta não era a realidade em 2000. O António era um eterno optimista. Para ele não havia impossíveis. Amava o seu trabalho e todos os dias chegava à Unicer como se fosse o primeiro dia da sua vida profissional. António falava-nos do seu “Sonho”, o sonho de ver a Unicer cada vez mais presente fora de Portugal, com capacidade para concretizar todos os projectos que ele imaginava e estudava em todas as partes do Mundo. O António partiu, mas esse sonho ficou e cabe-nos a nós, agora, concretizá-lo. Essa é a maior homenagem que lhe podemos fazer. O António partiu mas continuará bem vivo na Unicer. Sempre.
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
Ao longo de 2013 conhecerão desenvolvimentos substanciais o projecto de concentração num novo e moderno edifício de escritórios, que deverá estar finalizado em Dezembro de 2013, bem como o projecto de concentração e automatização do armazém de Leça, lançado recentemente e a concluir no fim de 2014. Com todo este conjunto de investimentos, para além do resultado qualitativo enunciado no princípio deste ponto, a Unicer assegurará poupanças operacionais anuais de 18 milhões de euros.
8 9
3
INDICADORES CONSOLIDADOS ECONÓMICOS Unidade de Medida
2008
2009
2010
2011
2012
Estrutura da Contas de Resultados Vendas1 Margem Bruta Ebitda Resultado Operacional2 Resultados Correntes Resultados Correntes Após Impostos Resultados Líquidos Excluindo Inter. Minor. Resultado por Ação Cash Flow (Fluxo Líquido de Tesouraria)
103 Euros 103 Euros 103 Euros 103 Euros 103 Euros 103 Euros 103 Euros Euro 103 Euros
510.597 215.201 84.248 52.314 27.382 19.118 18.238 0.36 -7.715
485.690 198.422 85.970 49.300 30.740 20.914 20.200 0.40 34.963
496.775 216.407 92.104 57.926 43.535 31.058 30.357 0.61 42.732
485.701 192.438 84.285 53.077 36.018 24.852 24.167 0.48 40.403
497.904 194.637 77.314 50.021 20.825 28.355 27.625 0.55 36.199
Estrutura do Balanço Ativos Fixos Realizável a Médio e Longo Prazo Ativos Circulantes Total Ativos Capital Próprio Interesses Minoritários Passivo Financeiro Outro Passivo Capital Próprio + Passivo
103 Euros 103 Euros 103 Euros 103 Euros 103 Euros 103 Euros 103 Euros 103 Euros 103 Euros
329.914 5.394 198.906 534.214 126.675 3.719 257.630 146.190 534.214
323.103 6.979 180.739 510.821 127.595 3.644 238.402 141.180 510.821
307.324 8.088 199.186 514.597 128.147 3.709 233.201 149.541 514.597
299.410 6.026 178.855 484.292 132.215 3.745 209.425 138.906 484.292
315.052 4.579 163.136 482.768 139.695 3.838 181.412 157.823 482.768
Nº Nº anos 103 Euros 103 Euros 103 Euros (nº horas x #participantes ação) Nº %
1.816 1.689 39 281 82 59.969 24.003
1.678 1.521 39 289 87 55.695 24.525
1.625 1.576 39 306 95 57.855 37.664
1.628 1503 39 298 87 52.886 39.439
1.580 1.481 40 315 86 54.335 32.298
109 4,4
110 4,9
83 4,3
70 4,27
77 3,99
%
10,1
9,4
11,3
10,6
10,3
% %
14,2 200,2
15,9 200,2
23,7 182,0
18,6 158,4
20,3 129,9
Gestão de Pessoas Número Médio de Colaboradores3 Número de Colaboradores a 31 Dezembro4 Média Etária Produtividade das Vendas5 Produtividade do VAB6 Custos com Pessoal + Trabalho Temporário Volume de Formação7 Acidentes com Baixa Absentismo Indicadores Rendibilidade do Investimento8 Rendibilidade do Capital Próprio Gearing 10
9
A Sustentabilidade em números
AMBIENTAIS Consumo Total de Energia Consumo de Água Gases com Efeito de Estufa Águas Residuais (CQO) - antes de tratamento Águas Residuais (CQO) - após tratamento Eficiência de Tratamento Resíduos Taxa de Valorização Subprodutos Taxa de Valorização
Unidade de Medida
2008
2009
2010
2011
2012
GJ MJ/hl m3 hl/hl Ton kg/hl Ton kg/hl Ton % Ton % Ton %
884.868 125,8 2.587.208 3,7 89.977 12,8 4.836 0,7 117 97 20.922 99 54.206 100
821.407 122,8 2.504.516 3,7 71.115 10,6 4.470 0,7 179 96 30.977 96 51.476 100
708.633 104,8 2.490.667 3,7 61.509 9,1 4.373 0,6 217 95 21.333 95 52.951 100
583.119 88,4 2.150.397 3,3 48.806 7,4 4.067 0,6 157 96 17.213 95 51.954 100
579.364 88.2 2.024.089 3.1 47.432 7.2 3.700 0.6 66 98 14.651 95 50.912 100
NOTAS: 1 Inclui I.E.C. 2 Resultado Operacional antes de itens especiais 3 Inclui Efetivos, Contratados e Trabalho Temporário 4 Inclui Efetivos e Contratados 5 Vendas (com I.E.C.) per capita 6 VAB per capita atualizada, de modo a que exista comparabilidade nos 5 anos apresentados 8 Racio Resultados Operacionais sobre o Capital Médio Utilizado 9 Para este cálculo foi tomada a média do Capital Próprio no início e fim do ano 10 Passivo remunerado expresso em % do Capital Próprio n.d. dados não disponíveis GJ – gigajoule MJ – megajoule Hl – hectolitro Kg – kilograma m3 – metrocúbico Ton - toneladas
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
7 O valor de Volume de Formação referente ao ano de 2008, foi revisto de acordo com fórmula de cálculo
10 11
4
A Unicer é a empresa líder do setor das bebidas em Portugal. O negócio das cervejas e das águas engarrafadas dão o suporte principal à sua atividade, a qual se estende ao segmento dos refrigerantes e dos vinhos, à produção e comercialização de malte e ainda ao turismo, através da gestão das infraestruturas turísticas do Parque de Vidago, do Parque de Pedras e das termas de Melgaço e Envendos. Detida em 56% pelo Grupo VIACER (BPI, Arsopi e Violas) e em 44% pelo Grupo Carlsberg, a Unicer está presente de norte a sul do país, através dos centros de produção de cerveja, de vinhos e de sumos e refrigerantes, dos centros de captação e engarrafamento de água e ainda das unidades de vendas e operações. A aposta constante na inovação e a qualidade que colocamos nas marcas que comercializamos e nos serviços que prestamos, dizem bem da nossa forma de estar em todos os mercados. Na verdade, as principais marcas – Super Bock e Água das Pedras – estão presentes nos cinco continentes. Uma forte estratégia de internacionalização, assente num programa consistente e faseado, irá manter-se também em 2013, com o intuito de consolidar a presença em todos os países, analisando novas oportunidades em mercados que sejam relevantes para a empresa. Apesar da presença consistente e competitiva em Portugal, a aposta internacional é e será no futuro próximo marcada por um peso crescente no desempenho da Unicer, quer ao nível do envolvimento humano, quer ao nível da produção e dos resultados. A atual conjuntura económica nacional e o impacto da crise no poder de compra dos consumidores, com inevitável retração no consumo interno, tornaram ainda mais relevante o programa de internacionalização da empresa, por forma a dar continuidade à competitividade e sustentabilidade da Unicer.
A nossa casa Assumimos uma estrutura simples, focada nas atividades, nos produtos e marcas da empresa, nas suas pessoas e nos objetivos. A forma como nos organizamos reflete ainda a necessidade de agilizar e otimizar os canais logísticos e a distribuição, sempre com o foco nos clientes e consumidores.
ADMINISTRATIVOFINANCEIRA
SUPPLY CHAIN
VENDAS MERCADO INTERNO
VENDAS MERCADO EXTERNO
MARKETING
COMISSÃO EXECUTIVA
PESSOAS E COMUNICAÇÃO
GABINETE JURÍDICO
TURISMO
MALTIBÉRICA
Os nossos produtos
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
Super Bock e Pedras são as marcas estrela de um portefólio constituído por marcas de cerveja, águas, refrigerantes e vinhos.
12 13
Onde estamos 13 centros de atividade distribuídos por todo o país, incluindo a ilha da Madeira, estão diretamente ligados ao ponto nevrálgico de Leça do Balio, sede de comando das nossas operações.
Estabelecimento
Direcção
Leça do Balio
Auditoria | Controlo de Gestão e Planeamento | Compras | Financeira | Gabinete Jurídico | Gestão de Projetos | Marketing | Logística | Pessoas e Comunicação | Produção Cerveja | Planeamento Operacional | Qualidade | Sistemas de Informação | Vendas Mercado Interno | Vendas Mercado Externo
Santarém
Logística | Produção Cerveja*, Refrigerantes e outras bebidas alcoólicas e não alcoólicas| Vendas Mercado Interno | Pessoas e Comunicação
*a atividade de produção de cerveja em Santarém cessou em Abril de 2013, no âmbito do processo de modernização do Centro de Produção de Leça do Balio.
Melgaço
Captação e engarrafamento de Águas Minerais Naturais
Vidago
Turismo
Pedras Salgadas
Captação e Engarrafamento de Águas Minerais Naturais | Logística | Turismo
Caramulo
Captação e Engarrafamento de Águas de Nascente | Logística
Castelo de Vide
Captação e Engarrafamento de Águas Minerais Naturais | Logística
Envendos
Captação e Engarrafamento de Águas Minerais Naturais | Logística
Lisboa / Miraflores
Marketing | Vendas Mercado Interno | Vendas Mercado Externo | Turismo
Lisboa / Tojal
Financeira | Logística | Vendas Mercado Interno
Póvoa de Lanhoso
Produção de Vinho
Palmela
Produção de Malte
Faro
Vendas Mercado Interno
Madeira
Vendas Mercado Interno
Inglaterra, França, Angola, Moçambique, Suíça, Brasil, Estados Unidos da América, Luxemburgo
Vendas Mercado Externo
Os novos mercados e toda a atividade da Unicer fora de Portugal registaram em 2012 um novo e decisivo impulso, que irá marcar os resultados da empresa nos próximos anos. A aposta na internacionalização revelou-se estratégica, por forma a dar continuidade ao desenvolvimento e sustentabilidade da empresa, pelo que novos locais internacionais de operação surgiram no mapa Unicer.
A Unicer no mundo
A estratégia de internacionalização teve em 2012 um novo estímulo, em grande parte provocado pela crise económica sentida em Portugal.
A Unicer está presente com algumas das suas principais marcas e produtos em mais de 50 países dos cinco continentes. A estratégia de internacionalização teve em 2012 um novo estímulo, em grande parte provocado pela crise económica sentida em Portugal, o que obrigou a empresa a explorar novos mercados e a estruturar-se em consonância com objetivos bem definidos.
Principais destinos de emigração
EUROPA: Áustria, França, Suíça, Espanha, Luxemburgo, Alemanha, Inglaterra, Holanda, Bélgica, Finlândia, Polónia, Islândia, Jersey e Andorra. África: Angola, Cabo Verde, Guiné, Namíbia, S. Tomé e Príncipe, Moçambique, África do Sul. América: Canadá, Estados Unidos, Antilhas Francesas, Brasil, Bermudas e Polinésia Francesa. Ásia: Macau, Japão, China, Jordânia, Índia, Timor Lorosae, Dubai, Filipinas, Israel, Coreia do Sul e Singapura. Oceânia:
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
Principais destinos de vendas
Austrália. 14 15
Vencer a crise com os olhos no mundo
O quadro de recessão económica que se vive em boa parte da Europa há alguns anos, sublinhado por uma forte vaga de medidas de austeridade e um contexto social depressivo em Portugal, contribuiu fortemente para que o mercado de bebidas no país voltasse a registar em 2012 uma queda acentuada, nomeadamente de 10% nas cervejas, 15% nas águas com gás e 4% nas águas lisas. Porém, pode afirmar-se com convicção que a crise se vence com solidez.
Os números alcançados pela Unicer em 2012, demonstram uma enorme consistência e firmeza face às circunstâncias que o país e os mercados atravessam.
Se não veja-se: as vendas em volume cresceram 1%, totalizando 653 milhões de litros; as vendas em resultados cresceram 3%, atingindo 498 milhões de euros; o resultado operacional situou-se em 51 milhões de euros; e os resultados líquidos cresceram 14%, obtendo 27,6 milhões de euros. São números que revelam a solidez de uma empresa e a forma como, num contexto económico muito adverso, se continua a desenvolver novos produtos e serviços, a explorar novos mercados e a aumentar as vendas. Em 2012, a Unicer gerou um free cash-flow de 36 milhões, o que permitiu, além do pagamento de dividendos, diminuir a dívida em 15 milhões de euros – de 190 para 174,6 milhões. Tudo isto num ano que deu o tiro de partida para um avultado investimento: a construção de uma fábrica em Leça do Balio, que começou a laborar em inícios de Abril de 2013, e um completo plano de reestruturação industrial, que vai continuar em 2013 e 2014.
Ao nível dos mercados externos, a Unicer registou um crescimento de dois dígitos, para o qual muito contribuiu a própria capacidade de resistência em Portugal, a racionalização da estrutura de custos e a modernização da produção. Os resultados desta trajetória internacional, sólida e duradoura, estão também à vista de todos: mais de 220 milhões de litros em volume de vendas.
A estratégia internacional da Unicer já é muito mais do que pensar em exportações. É a nossa forma de estar no mundo.
O ano de 2012 representou, por tudo isto, uma vitória num campeonato, com jogos em casa e fora dela, e no qual merecem ser destacados alguns momentos decisivos. No mercado interno, o ano ficou marcado pelo relançamento da marca Super Bock e pelo projeto de Visibilidade, que abrangeu cerca de 14 mil clientes só em 2012. Pedras voltou a ser a estrela reafirmando a sua liderança. Foi lançada uma nova campanha de comunicação, com Daniela Ruah como embaixadora da marca em Portugal a par de uma nova dinâmica de envolvimento com os consumidores nas redes sociais. O ano ficou também marcado pela introdução de novas e modernas ferramentas de comunicação interna, nomeadamente pela TV Corporativa que hoje acompanha todos os colaboradores com os seus vários ecrãs espalhados pela unidade de produção de Leça do Balio e que se espera estender em breve aos restantes centros Unicer. O Prémio Nacional Indústrias Criativas, já reputado em Portugal, conquistou o prémio internacional de empreendedorismo e integrou a competição mundial “Creative Business Cup”, na Dinamarca, onde o projeto português UniPlaces conquistou o prémio do público com o seu modelo de negócio de arrendamento universitário.
5
A nossa Visão Onde quer que estejamos, a Unicer e as nossas marcas serão sempre a primeira escolha.
A nossa Missão Conquistar a preferência dos consumidores para as nossas marcas; Ser o parceiro preferido dos clientes; Obter o reconhecimento e valorização adequados por parte da comunidade; Garantir a remuneração e a confiança dos acionistas.
As pessoas são a chave para o desenvolvimento da empresa. Adotamos como foco estratégico a promoção do bom desempenho das equipas e a atração e retenção dos colaboradores que, pelas suas capacidades, atitudes e comportamentos, constituam um fator competitivo. Promovemos o papel das hierarquias como primeiros responsáveis da gestão das equipas e procuramos incentivar ações orientadas para os resultados, para o trabalho em equipa e para a satisfação do cliente, possibilitando alavancar os valores da empresa e construir o novo “Ser Unicer”.
Ser Unicer é… Ser direto e transparente; Ser responsável e aprender com os erros; Saber e gostar de trabalhar em equipa; Ser aberto e olhar para fora; Ser ousado e empreendedor. Estes princípios, a par da Política de Responsabilidade Social, da ética de negócio e da Política Integrada da Qualidade – assente em pilares tão importantes como a segurança alimentar, a investigação, o desenvolvimento e inovação, o ambiente e a segurança e saúde no trabalho –, orientam os negócios e a atividade da Unicer.
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
Com paixão e energia, as pessoas que trabalham na Unicer são o maior garante do cumprimento dos nossos compromissos e impulsionarão a Unicer como líder em Portugal e nos mercados alvo.
16 17
O Conselho de Administração da Unicer – Bebidas de Portugal, SGPS, S.A. considera que os negócios do grupo são conduzidos de acordo com padrões apropriados ao bom governo das sociedades. A Unicer é gerida pelo Conselho de Administração, composto por 12 membros, dos quais seis são executivos, formando a Comissão Executiva, e seis são não executivos. Esta composição do Conselho e da Comissão Executiva assegura uma orientação e um controlo efetivo da gestão da sociedade.
Estrutura de governação
Em 2006 a Unicer introduziu um novo modelo de governação, obedecendo às melhores práticas internacionais, assente na divisão de funções entre o presidente do Conselho de Administração, a quem compete a liderança e coordenação do conselho e a quem reporta um Comité de Auditoria Interna independente, e o presidente da Comissão Executiva, a quem compete a liderança da Comissão Executiva, composta pelo presidente e por cinco administradores executivos, responsáveis pela condução das atividades da empresa. No que concerne à repartição dos pelouros pela Comissão Executiva, os administradores são nomeados de acordo com as suas competências comprovadas de gestão nas matérias específicas das diferentes funções. A Comissão Executiva reúne trimestralmente com o Conselho de Administração alargado. A fiscalização da sociedade é assegurada por um Conselho Fiscal, composto por três membros efetivos e um suplente, e por uma sociedade de Revisores Oficiais de Contas, que não é membro daquele órgão e que foi nomeada sob proposta do Conselho Fiscal. O Comité de Auditoria tem como principal missão apoiar o Conselho de Administração no cumprimento das suas responsabilidades relativas à fiscalização da administração da sociedade; à garantia da integridade das demonstrações financeiras; à garantia da eficácia do sistema de controlo interno e de gestão de riscos; à verificação do cumprimento das obrigações legais e reguladoras do grupo Unicer; à garantia da independência e qualificação dos auditores; e à verificação da eficácia da auditoria interna e dos auditores independentes. Para levar a cabo aquele objetivo, o Comité de Auditoria recorre à auditoria interna, que lhe reporta diretamente. O Comité de Auditoria é presidido pelo presidente do Conselho de Administração da Unicer – Bebidas de Portugal, SGPS, S.A. e é composto por mais três membros, sendo dois administradores não executivos e um membro nomeado pelo acionista Carlsberg. A Auditoria Interna tem como missão assistir o Comité de Auditoria e a Gestão no cumprimento efetivo das suas responsabilidades, pela verificação, promoção e melhoria do controlo interno, numa ótica de maximização do valor. A Comissão Executiva, com vista a promover o envolvimento da gestão no desenvolvimento do Grupo, reúne trimestralmente com a gestão de topo e anualmente com todos os quadros superiores e chefias, para apresentação e discussão dos resultados, acompanhamento de projetos em curso, estabelecimento de orientações de gestão e divulgação de assuntos do interesse da sociedade. A Comissão Executiva, como percursora da visão, missão e cultura da Unicer, possui responsabilidades ao nível da definição da estratégia e objetivos globais da empresa, bem como da estratégia de sustentabilidade nas vertentes económica, social e ambiental.
Corpos sociais Mesa da Assembleia-Geral Pedro Nuno Fernandes de Sá Pessanha da Costa, presidente Luís António Costa Reis Cerquinho da Fonseca, vice presidente José António Abrantes Soares de Almeida, secretário Conselho de Administração Manuel Soares de Oliveira Violas, presidente do Conselho de Administração Armando Costa Leite de Pinho António Cândido Seruca de Carvalho Salgado Jesper Friis Petersen Anna Cecilia Gunnarsson Lundgren Lars Lehmann António de Magalhães Pires de Lima, presidente da Comissão Executiva Rui Manuel Rego Lopes Ferreira, executivo António Vaz Branco*, executivo Rui Fernando Santos Henriques Freire, executivo João Miguel Ventura Rego Abecasis, executivo Carlos César de Morais Teixeira, executivo Conselho Fiscal Alberto João Coraceiro de Castro, presidente José Alberto Pinheiro Pinto, vogal efetivo Álvaro José Barrigas do Nascimento, vogal efetivo Amadeu José de Melo Morais, vogal suplente Revisor Oficial de Contas PricewaterhouseCoopers & Associados – Sociedade de Revisores de Contas, Lda. Representada por António Joaquim Brochado Correia, R.O.C. *Falecido em maio de 2013.
O Grupo Carlsberg desenvolveu um modelo de Gestão de Risco, em vigor desde 2009, que define as várias etapas e responsabilidades de cada interveniente no processo. O modelo compreende a identificação, avaliação e gestão dos riscos que podem de alguma forma afetar o cumprimento dos objetivos definidos pela empresa. A realização de workshops e reuniões com os elementos responsáveis pela gestão dos riscos, ou que tenham um maior contato com os mesmos, permite precisamente desencadear as ações que minimizem o nível de exposição.
Este modelo contempla simultaneamente uma abordagem bottom-up e top-down. A primeira é focada nos riscos de vertente operacional, quer ao nível departamental, quer ao nível global da empresa. A abordagem “top-down” envolve apenas a gestão de topo (diretores e Comissão Executiva) e está orientada para os riscos estratégicos. As ações a implementar com vista à redução do nível de exposição ao risco, são revistas trimestralmente e incluídas num relatório enviado à área responsável pela gestão de risco do Grupo Carlsberg.
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
A gestão do risco
18 19
FOCO NOS STAKEHOLDERS Todas as atividades da Unicer implicam a criação de um conjunto de ligações institucionais que contribuem para o seu potencial bom desempenho. A ligação aos Stakeholders – o conjunto das partes interessadas com quem a empresa comunica e interage constantemente –, faz-se através de canais de comunicação específicos para cada grupo, incluindo o seu público interno e os seus acionistas, com o objetivo de tornar a comunicação mais eficiente e transparente.
CONSUMIDORES Confiança e satisfação com os produtos/agilização de vias de comunicação eficazes · Estudos de Mercado · Linha Comunicação Consumidor · Site Unicer ⁄ Site Unicer acessível · Sites marcas · Novos produtos / inovação · Visitas · Comunicação comercial
Como qualquer parte interessada que mexe com o desenvolvimento das organizações, os Stakeholders diferenciam-se, em cada momento, por deterem um impacto negativo (risco) ou positivo (oportunidade) na evolução dos objetivos da empresa. Daí que a abordagem à identificação e análise de todos os Stakeholders, presentes e futuros, se baseie no princípio de que o seu envolvimento com a empresa contribui para a criação de valor de longo-prazo.
COLABORADORES Desenvolvimento de Colaboradores; equilíbrio trabalho-família; proporcionar condições de trabalho adequadas
A identificação e análise de todos os Stakeholders, presentes e futuros, baseia-se no princípio de que o seu envolvimento com a empresa contribui para a criação de valor de longo-prazo.
· Clarificação de funções e papéis · Implementação de ações de melhoria decorrentes do inquérito de satisfação aos colaboradores · Inquérito Cultura e Clima · Melhoria e maior eficácia das plataformas de comunicação · Projetos de Voluntariado · Projeto de Natal · Formação · Desenvolvimento de carreira · Modelo RUMO de gestão de desempenho · Unicer na Rua · Unicer Experience
UN INS CIE ASS SET
Incen de re · Proto · Respo estud · Visita · Partic relac
Implementação de soluções geradoras de competitividade e sustentabilidade para os negócios de ambas as partes · Reforço das parcerias com os principais fornecedores · Monitorização de processos
NIVERSIDADES/ STITUIÇÕES ENTÍFICAS / SOCIAÇÕES TORIAIS
ntivar o diálogo ao estabelecimento elações de parceria ocolos de colaboração osta a pedidos de informação de dante as cipação ativa nas associações cionadas com a atividade da empresa
ACIONISTAS Criação de valor · Estratégia de negócio · Reuniões periódicas
ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL Relacionamento transparente e profícuo; partilha do desempenho da empresa · Encontros com jornalistas · Respostas a pedidos de informação · Facilitação do acesso à informação · Media Center/Site Institucional
CLIENTES Satisfação com produtos e serviços; relação de confiança Pontos de Venda HORECA · Linha comunicação consumidor · Servida a rigor · Serviço +AT · Avaliação do nível de serviço ao cliente · Estudos satisfação clientes · Auditorias a clientes · Unicer na Rua · Unicer Direto Pontos Venda Take Home · Serviço de atendimento e Backoffice · Avaliação nível serviço ao cliente · Estudos de satisfação clientes · Visitas · Unicer na Rua Distribuidores · Programa excelência · Serviço de atendimento e Backoffice · Avaliação do nível de serviço ao cliente · Estudos de satisfação cliente · Visitas · Unicer na Rua
COMUNIDADE LOCAL Preservação ambiental; contributo para o seu sucesso e desenvolvimento · Projeto de Apoio às Indústrias Criativas · Concessão de patrocínios / apoios · Mecenato · Projeto Natal · Projetos com as comunidades locais · Porto de Futuro · Projeto Cais Recicla · Visitas
ORGANIZAÇÕES Otimização dos interesses mútuos num contexto de interdependência · Reuniões periódicas
ENTIDADES OFICIAIS Relacionamento baseado na confiança e transparência · Cumprimento rigoroso da legislação em vigor · Disponibilização de informação
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
FORNECEDORES
20 21
Esta análise é considerada na identificação dos Stakeholders chave presentes e futuros, que se diferenciam por serem os que detêm um potencial de impacto negativo (risco) ou positivo (oportunidade) – na capacidade de organização para atingir os seus objetivos de negócio. O esquema que apresentamos define os nossos princípios subjacentes à definição e identificação de Stakeholders chave.
Importância da Unicer para o Stakeholder Importância do Stakeholder para a Unicer
O reconhecimento do nosso envolvimento A relação de transparência com todos os Stakeholders, aliada ao rigor com que a Unicer gere os seus negócios, tem sempre por base os potenciais impactos que a atividade tem ao nível social, ambiental e económico. Esta forma de estar nos negócios, espelhada em inúmeras ações, foi alvo de um vasto reconhecimento ao longo de 2012.
Nove prémios nos POPAI Awards 2012
Receção dos Prémios POPAI Awards 2012 por elementos da equipa de Trade Marketing
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
A Unicer foi distinguida na 1ª edição dos POPAI Awards, organizada pela Associação Portuguesa de Marketing at-Retail, pela excelência das campanhas de ativação nos pontos de venda. No total, a Unicer recebeu 9 galardões (Índios), tendo sido a empresa produtora (nacional ou internacional) mais galardoada. Quatro prémios de ouro, três de prata e dois de bronze constituem, acima de tudo, o reconhecimento do trabalho das equipas da Unicer na procura de ações que envolvem os consumidores com as nossas marcas no ponto de venda.
22 23
Super Bock reconhecida pela Carlsberg No último trimestre do ano a Unicer foi distinguida pelo Grupo Carlsberg por apresentar os melhores padrões de qualidade, à escala internacional, para a produção das cervejas Carlsberg e Super Bock.
A diretora de Recursos Humanos que todos querem ter A diretora de Pessoas e Comunicação da Unicer, Joana Queiroz Ribeiro, foi considerada “A diretora de Recursos Humanos que mais gostariam de ter”, na 2.ª edição do prémio “As Empresas Mais em Portugal”, da Human Resources Portugal, instituição que reconhece a liderança e a gestão das empresas nacionais. Galardoada anteriormente como “Mulher Executiva do Ano”, em 2011, “Diretora de Comunicação do Ano”, em 2004 e “Personalidade de Comunicação do Ano“, em 2005, Joana Queiroz Ribeiro assegura a gestão e desenvolvimento de Pessoas na Unicer, bem como as áreas de comunicação interna e externa, desde 2008. Também lidera as relações institucionais e a área da Responsabilidade Social da Unicer.
Consistência no apoio ao ensino e investigação Em 2012, a Unicer foi reconhecida pela Escola de Engenharia da Universidade do Minho, devido ao apoio continuado a projetos de ensino e investigação.
O Prémio Nacional de Indústrias Criativas, foi o vencedor nacional dos Prémios Europeus de Promoção Empresarial 2012, na categoria “Promoção do Espírito do Empreendedorismo”.
O projeto Cais Recicla foi reconhecido pelo Comité Económico e Social Europeu pela sua empregabilidade social.
Oficina Cais Recicla, centro Cais do Porto
Suporte à economia criativa
Distinguido por apoiar o empreendedorismo criativo com forte potencial de negócio, o PNIC tem contribuído para dinamizar o tecido empresarial no sector criativo, com um impulso na geração de negócio, assim como na criação de emprego. O modelo desta iniciativa, que reúne uma rede de parceiros institucionais, possibilita o financiamento e a concretização de vários projetos a concurso, para além do vencedor, desde que viáveis económica e financeiramente. Na área social, o projeto Cais Recicla foi reconhecido pelo Comité Económico e Social Europeu pela sua empregabilidade social. A valorização de resíduos industriais e de embalagem como forma de dar uma segunda oportunidade de vida a pessoas em situação de exclusão social é a base deste projeto, do qual todos nos orgulhamos.
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
O Prémio Nacional de Indústrias Criativas (PNIC), promovido por Super Bock em parceria com a Fundação de Serralves, foi o vencedor nacional dos Prémios Europeus de Promoção Empresarial 2012, iniciativa desenvolvida pela Comissão Europeia, na categoria “Promoção do Espírito do Empreendedorismo”.
24 25
Compromisso com iniciativas externas Interagir com associações ligadas à atividade da Unicer ou que trabalham em áreas prioritárias para a empresa, como é exemplo a área da sustentabilidade, é parte fundamental do nosso trabalho. Em conjunto com diversas associações, procuramos constantemente melhorar a forma de estar nos negócios e contribuir para um mundo melhor. Das diversas afiliações que mantemos, destacamos as seguintes: NO ÂMBITO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL E SUSTENTABILIDADE: BCSD Portugal Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável
EPIS Empresários pela Inclusão Social
Somos fundadores e membros da direção desta associação que tem como missão estimular o papel das empresas na criação de um mundo que seja sustentável para as empresas, a sociedade civil e o ambiente.
Criada em 2006, a EPIS centra a sua atuação na educação, especificamente, no combate ao insucesso e ao abandono escolar. A Unicer é associada desta instituição desde 2007 e assumiu a presidência em 2010, através de António Pires de Lima, presidente da Comissão Executiva, o que tem reforçado a nossa aposta estratégica na educação na área da Responsabilidade Social.
GRACE Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial Com 13 anos de vida, o GRACE tem como missão apoiar a gestão empresarial no desenvolvimento de práticas socialmente responsáveis. A adesão da Unicer em 2005, ficou entretanto marcada pela participação direta na direção entre 2007 e 2011. Em 2012 a Unicer integrou o Conselho Fiscal.
APCV Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja
APAN Associação Portuguesa de Anunciantes
É a associação que representa o setor, nomeadamente as empresas que, em território nacional, exercem a sua atividade na indústria de fabricação e/ou enchimento de cerveja. António Pires de Lima, presidente executivo da Unicer, é o atual presidente desta associação.
Esta associação tem por objetivo específico a defesa, a salvaguarda e a promoção dos interesses dos seus membros em todos os aspetos relacionados com a comunicação comercial.
APIAM Associação Portuguesa dos Industriais de Águas Minerais Naturais e de Nascente
CENTROMARCA Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca
A Unicer é membro da direção desta associação que representa a atividade das empresas que, em território nacional, se dedicam à exploração, acondicionamento e comercialização de águas minerais naturais e de nascente e demais águas embaladas.
É a associação que promove e defende a Marca, preocupando-se com tudo o que pode influenciar o modo como os produtos de marca alcançam o consumidor. A Centromarca tem como missão ciar para as marcas um ambiente de concorrência leal e intensa, que encoraje a inovação e garanta um máximo valor aos consumidores.
PROBEB Associação Portuguesa de Bebidas Refrescantes Não Alcoólicas A associação, de que a Unicer é membro de direção, tem como missão a promoção e a defesa do desenvolvimento sustentável do setor das bebidas refrescantes não alcoólicas e a construção de relações estruturadas com parceiros relevantes.
COTEC PORTUGAL
Associação sem fins lucrativos, tem como missão «promover o aumento da competitividade das empresas localizadas em Portugal, através do desenvolvimento e difusão de uma cultura e de uma prática de inovação, bem como do conhecimento residente no país». A Unicer integra o Conselho Geral desta associação.
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
NO ÂMBITO DA ATIVIDADE DA UNICER:
26 27
6
A estratégia de sustentabilidade assume um ciclo de três anos, que inclui compromissos, indicadores e objetivos de avaliação. O ano de 2011 foi o ponto de partida para este caminho de contributo para um mundo mais equitativo, com total transparência e prioridades expressamente assumidas. Terminámos em 2012 o 2º ano deste ciclo de três e os resultados são francamente positivos.
REDUZIR A PEGADA ECOLÓGICA DOS PROCESSOS DE NEGÓCIO
PROPORCIONAR AO CONSUMIDOR UMA ESCOLHA INFORMADA NUM PORTEFÓLIO INOVADOR E SUSTENTÁVEL
ATRAIR, RETER E POTENCIAR O TALENTO DOS COLABORADORES
GARANTIR A QUALIDADE DE SERVIÇO E PARTILHAR VALORES COM OS PARCEIROS DE NEGÓCIO
APOIAR O DESENVOLVIMENTO DAS COMUNIDADES LOCAIS
COMUNICAR COM REGULARIDADE E TRANSPARÊNCIA
Fazer hoje a pensar no amanhã
Os resultados atingidos nos diferentes objetivos, durante os dois primeiros anos de implementação, mostram que estamos no bom caminho e que em alguns indicadores, essencialmente relacionados com a ecoeficiência e a gestão das pessoas, os esforços que desenvolvemos ao longo do ano permitiram-nos já a atingir as metas estabelecidas para 2013. Na Unicer, a Sustentabilidade é encarada como um processo de aprendizagem contínua, pelo que a envolvente interna, mas sobretudo a envolvente externa, levam muitas
Na Unicer, a Sustentabilidade é encarada como um processo de aprendizagem contínua, sempre com o foco na melhoria constante e no cumprimento dos nossos compromissos.
vezes a adaptações, desvios ligeiros de percurso ou adoção de medidas corretivas. Mas sempre com o foco na melhoria constante e no cumprimento dos nossos compromissos. Em 2013 encerraremos o 1º ciclo. Será tempo de avaliação profunda e de reformulação em equipa das orientações face ao próximo triénio.
A gestão da sustentabilidade Compete a cada um dos colaboradores Unicer, com o apoio e liderança das respetivas direções, a responsabilidade pelo cumprimento dos indicadores da estratégia de Sustentabilidade. A direção de Pessoas e Comunicação, através da sua área de Responsabilidade Corporativa e Comunicação Externa, tem uma função agregadora de toda a estratégia e das boas práticas da empresa no domínio da Sustentabilidade. A mesma direção assume ainda o papel de consultora para as questões da Sustentabilidade e tem a tarefa de monitorizar os indicadores e as metas fixadas. Anualmente, em conjunto com as diferentes áreas, a direção de Pessoas e Comunicação analisa e avalia a necessidade de eventuais ajustamentos estratégicos em função dos objetivos alcançados.
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
Temos a ambição de ser um exemplo nacional e internacional no que diz respeito às questões sociais, ambientais e económicas.
28 29
COMISSÃO EXECUTIVA
PESSOAS E COMUNICAÇÃO
APOIO ADMINISTRATIVO
ASSESSORIA JURÍDICO-LABORAL
CONTROLE DE GESTÃO, BENEFÍCIOS E RETRIBUIÇÃO
ASSESSORIA MEDIÁTICA
CAPITAL HUMANO E CULTURA ORGANIZACIONAL
RESPONSABILIDADE CORPORATIVA E COMUNICAÇÃO EXTERNA
Adicionalmente, cabe também a esta direção manter os Stakeholders informados sobre o desenvolvimento dos compromissos assumidos, atualizando-os sobre a evolução dos indicadores e metas estabelecidas em cada compromisso, através da publicação do Relatório de Sustentabilidade e de outras iniciativas como reuniões, workshops, encontros anuais, newsletters, encontros informais e press releases, entre outros. Em simultâneo, e com carácter periódico, são desenvolvidos processos de auscultação aos principais Stakeholders para garantir que os compromissos assumidos respondem às suas necessidades, bem como da sociedade onde a Unicer se insere.
NEGÓCIO INTERNACIONAL
A nossa evolução REDUZIR A PEGADA ECOLÓGICA DOS PROCESSOS DE NEGÓCIO
COMPROMISSO
OBJETIVO
INDICADOR
METAS 2010
2011
Valor de referência Fomentar a ecoeficiência de processos e produtos promovendo a utilização racional de energia
Reduzir o consumo de energia nos processos produtivos
Consumo de energia (MJ/hl)
123
2012
2013
Objetivo
Anual
Objetivo
Anual
Objetivo
≤ 104
88,4
≤ 86
88,2
≤ 84
OBSERVAÇÕES
Os objetivos foram revistos em 2012 de acordo com o desempenho alcançado em 2011 e com as perspetivas de melhoria no âmbito dos projetos em curso. Os objetivos definidos no ínício do ciclo foram: 2012 ≤ 102; 2013 ≤ 98. Minimizar impactes ambientais
Promover a redução de emissões para o ar e para a água
Taxa de emissão de CO2 (kg/hl)
≤9
11
7,4
7,2
n.a.
n.a.
OBSERVAÇÕES
Os objetivos foram atingidos e largamente ultrapassados já em 2011 (o objetivo inicial para 2013 era de 8,5 kg/hl), pelo que a empresa optou por não efetuar a sua revisão uma vez que foram revistos os associados à intensidade energética, pelos quais é orientada a gestão do desempenho que condiciona diretamente as emissões de gases com efeito de estufa associados. Fomentar a ecoeficiência de processos e produtos promovendo o uso sustentável da água
Reduzir o consumo de água nos processos e produtos
Consumo de água (hl/hl)
≤ 3,5
3,7
≤ 3,2
3,3
≤ 3,1
3,1
OBSERVAÇÕES
Os objetivos foram revistos em 2012 de acordo com o desempenho alcançado em 2011 e com as perspetivas de melhoria no âmbito dos projetos em curso. Os objetivos definidos no ínício do ciclo foram: 2012 ≤ 3,4; 2013 ≤ 3,3. Promover a prevenção e o controlo integrados da poluição
Reduzir o combustível associado às atividades operacionais
Taxa de redução de consumo de combustíveis indexado à actividade logística (lt/ton entregue)
≤ 6,7
6,8
7,1
≤6
6
Redução de 2% versus 2010 (≤ 6,7)
OBSERVAÇÕES
A reorganização das rotas logísticas, nomeadamente o fecho da plataforma logística de Santa Maria da Feira no início de 2011, condicionou o aumento dos percursos e, consequentemente, o consumo de combustível associado. As medidas corretivas adotadas ao longo do ano de 2012 permitiram reorganizar e otimizar as rotas de distribuição, reduzindo em simultâneo o consumo. Das iniciativas desenvolvidas, destacamos: o abandono de rotas com elevadas distâncias e pouco peso; a melhor otimização de cargas para redução de kms em vazio e com maiores taxas de ocupação; e a formação em ECO-Condução. n.a. - não aplicável
ATRAIR, RETER E POTENCIAR O TALENTO DOS COLABORADORES COMPROMISSO
OBJETIVO
INDICADOR
METAS 2010
Atrair, reter e potenciar o talento dos colaboradores
Desenvolver uma política de gestão de Pessoas capaz de atrair e reter os melhores colaboradores
Taxa de saída voluntária de colaboradores Quadros Superiores (%)
2011
2012
2013
Valor de referência
Objetivo
Valor alcançado
Objetivo
Anual
Objetivo
2
2
1,4
2
0,24
2
OBSERVAÇÕES
Promover e incentivar uma cultura de mobilidade interna
Privilegiar o preenchimento de vagas com recurso a concursos internos
Taxa de Mobilidade Interna Quadros Superiores (%)
1% (15 pax)
1,3% (20 pax)
2,5% (38 pax)
1,3% (20 pax)
1,7% (19 pax)
2% (30 pax)
OBSERVAÇÕES
O número de colaboradores em situação de mobilidade interna em 2011 , resultou de algumas alterações na estrutura e, sobretudo, da criação de uma nova função, de carácter transversal, que implicou a nomeação de titulares em diferentes áreas. Promover e reforçar uma cultura de feedack
Melhorar a Unicer como Equipa, através da avaliação do comprometimento e do alinhamento dos colaboradores com a estratégia da empresa
Índice de Comprometimento de colaboradores - EAS / Total Unicer (%)
n.a. Valor 2009 - 75 Valor 2009 revisto -86 (ver obs.)
78
91
n.a.
n.a.
91
OBSERVAÇÕES
Em 2011 as premissas de cálculo deste indicador foram revistas de modo a assegurar o alinhamento com todo o Grupo Carlsberg. Em 2009 o cálculo do indicador de Comprometimento/ Engagement dos Colaboradores não entrou em linha de conta com todos os fatores que o integram actualmente. De acordo com informação da Towers Watson o valor do indicador Comprometimento/ Engagement em 2009, se o cálculo tivesse incluído todos os fatores actuais, seria de 86%. Em 2012 não se efetuou o EAS, uma vez que é uma avaliação levada a cabo bianualmente. Reduzir acidentes de trabalho e a sua gravidade
Reduzir o nº de acidentes de trabalho com baixa > a 1 dia
Taxa de acidentes de trabalho com baixa superior a 1 dia LTAR (Nº x 1000/FTE)
58,4
46,7
50,2
≤ 44
58
≤ 42
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
Apesar de a retenção de talentos ser um dos nossos objetivos no que à Gestão de Pessoas diz respeito, definimos como indicador de rotatividade de quadros superiores os 2 pp. Consideramos assim salutar para a dinâmica da empresa a entrada de novas pessoas, que possam trazer a sua visão e a sua experiência para o contexto da nossa atividade. A atual conjuntura económica, o facto de cada vez mais os nossos colaboradores se reverem na cultura da empresa e confiarem na visão estratégica dos seus gestores, justificam em nossa opinião a descida acentuada deste indicador.
30
OBSERVAÇÕES
Não alcançámos os objectivos definidos no que respeita ao índice de sinistralidade. Apesar da redução global do número de acidentes, os resultados obtidos refletem uma taxa de acidentes com baixa médica (incapacidade temporária absoluta) elevada, embora se verifique em simultâneo a redução do número de dias perdidos o que reflete uma tendência de diminuição da gravidade dos acidentes. Este resultado naturalemente não nos satisfaz pelo que em 2012 revimos este objectivo e colocámos em marcha um plano de ações que visa reduzir a ocorrência de acidentes e a sua gravidade. Pretendemos chegar ao final de 2013 com uma redução da taxa de sinistralidade (LTAR) de 20% versus 2011. n.a. - não aplicável
31
APOIAR O DESENVOLVIMENTO DAS COMUNIDADES LOCAIS
COMPROMISSO
OBJETIVO
INDICADOR
METAS 2010
Apoiar o desenvolvimento das comunidades locais
Promover uma forte ligação com as comunidades locais, apoiando e desenvolvendo projetos na área da educação e estimulando a criatividade e a inovação
Número de alunos abrangidos com projectos na área da educação e inovação/ criatividade
2011
2012
2013
Valor de referência
Objetivo
Valor alcançado
Objetivo
Anual
Objetivo
1237
2226
2530
2700
3176
≥ 3200
OBSERVAÇÕES
O elevado número de alunos abrangidos pelas iniciativas que desenvolvemos na área da educação prende-se não só com a quantidade de iniciativas levadas a cabo mas também com a intensificação das parcerias com os agrupamentos escolares de Castelo de Vide e de São Mamede de Infesta. A parceria com o agrupamento de Rodrigues de Freitas, no âmbito do projeto Porto de Futuro, continua a ser o que maior número de alunos envolve tendo em consideração a dimensão do agrupamento escolar. Desenvolver e promover a cultura das matérias primas dos nossos produtos em Portugal
Promover a cultura da cevada dística em Portugal
Projeto Cevalte: produtividade das áreas contratadas (%)
1,4
1,6
1,26
1,4
1,4
1,6
OBSERVAÇÕES
O resultado de 2011 ficou muito aquém do objetivo definido devido ao excesso de chuva que ocorreu durante a campanha 2010/2011 (novembro 2010 a junho 2011). Os níveis de precipitação mensal foram maioritariamente acima da média dos últimos 10 anos, o que impossibilitou a realização das operações básicas à correta manutenção da cultura, comprometendo desta forma a produção. Houve ainda uma agravante adicional que foi a trovoada que ocorreu nos primeiros dias de junho de 2011 e que prejudicou de forma permanente algumas áreas da cultura, inviabilizando a sua colheita. Assim, os objetivos para 2012 e 2013 foram revistos tendo em consideração a volatilidade climatérica que se tem sentido. A campanha 2011/2012, por exemplo, foi afetada por uma situação de seca severa e extrema nas zonas de maior implementação da cultura. O resultado de 2012 ficou dentro do valor expectável, indo ao encontro da revisão realizada, tendo por base a seca severa e extrema que afetou a colheita de 2012, nas zonas de maior implementação da cultura. No distrito de Beja, o ano agrícola de 2011/2012 ficou marcado por uma precipitação cerca de 40% abaixo da precipitação média dos últimos 10 anos, com um período de 80 dias consecutivos sem chuva, entre janeiro e março de 2012.
PROPORCIONAR AO CONSUMIDOR UMA ESCOLHA INFORMADA NUM PORTEFÓLIO INOVADOR E SUSTENTÁVEL
COMPROMISSO
OBJETIVO
INDICADOR
METAS 2010
Proporcionar ao consumidor um portefólio inovador sustentável
Desenvolver produtos cujo fator de inovação tenha valor acrescentado para o consumidor
% de produtos lançados nos últimos 3 anos no total de Vendas Líquidas
2011
2012
2013
Valor de referência
Objetivo
Valor alcançado
Objetivo
Anual
Objetivo
40
40,8
30
19,8
22,2
≥ 22
OBSERVAÇÕES
A revisão do indicador de taxa de Inovação teve como objetivo ajustar a medição do desempenho anual dos lançamentos dos 3 anos móveis nele englobado às vendas líquidas do Orçamento do ano em que está a ser monitorizado, em vez das vendas líquidas globais dos 3 anos móveis. Esta decisão torna mais realista a avaliação do desempenho dos novos produtos a cada ano, sem prejudicar o objetivo de acompanhamento num ciclo plurianual de 3 anos para produtos inovadores. Retroativamente a 2010 e 2011, a aplicação desta métrica resultaria numa Taxa de Inovação, respetivamente de 30% e 26%. A aplicação da mesma está já refletida no objetivo 2013. Promover estilos de vida saudáveis
Promover e incentivar o consumo responsável de bebidas cujo consumo excessivo pode repercutir-se na saúde pública
Investimento em campanhas e iniciativas sobre consumo responsável
n.a.
Promoção da vida ativa e saudável
consultar observações
Promoção da vida ativa e saudável
consultar observações
Promoção da vida ativa e saudável
OBSERVAÇÕES
Ao longo de 2012, e em consonância com os anos anteriores, foi desenvolvido um conjunto de ações que visa sensibilizar os consumidores e o público em geral para a importância da adoção de um estilo de vida ativo e saudável. São exemplo: melhoria da informação nutricional nas embalagens e nos suportes online ; promoção de produtos com baixo índice glicémico (gama Pedras Sabores e Vitalis Sabores); melhoria dos perfis nutricionais de Vitalis Sabores, Frutea, Frutis e Snappy Cola; apoio da marca Vitalis a competições desportivas, nomedamente maratonas, corridas e caminhadas; comunicação em torno do tema nas redes sociais, incentivo aos colaboradores para a prática desportiva. Promover a sustentabilidade das nossas embalagens
Desenvolvimento e produção de embalagens eco-friendly
Promoção da Tara Retornável (% vendida face ao volume de vendas Unicer)
39,4
39,9
40,0
40,4
41
≥ 41
n.a.
n.a.
OBSERVAÇÕES
O indicador de tara retornável é avaliado de acordo com o volume de vendas das marcas Unicer nesta referência no mercado interno. Implementação de metodologia de avaliação da pegada ecológica dos produtos
Avaliar as fases com maior impacte ambiental e procurar por soluções mais eficientes em termos ambientais
Avaliação do ciclo de vida de produtos
n.a.
Vitalis
n.a.
Super Bock
OBSERVAÇÕES
A definição deste objetivo em 2010 teve como base o contexto de mercado. As mudanças que se verificaram nos dois últimos anos e, acima de tudo, as medidas operativas que implementámos estão a contribuir para minimização do impacte ambiental das nossas marcas. São exemplo, a redução da gramagem das nossas embalagens, a sua reformulação, o projeto “Palete Plástico zero”, entre outras. Neste sentido, foi decidido remeter para avaliação futura a implementação deste projeto. n.a. - não aplicável
GARANTIR A QUALIDADE DE SERVIÇO E PARTILHAR VALORES COM OS PARCEIROS DE NEGÓCIO
COMPROMISSO
OBJETIVO
INDICADOR
METAS 2010
Fazer da Unicer a 1ª escolha dos parceiros de negócio
Alcançar a satisfação dos clientes
Satisfação Clientes – aumento do índice de Satisfação global
2011
2012
2013
Valor de referência
Objetivo
Valor alcançado
Objetivo
Anual
Objetivo
763 60% on trade 40% off trade
+1%
773
+2%
814
+3%
63%
70%
82%
≥ 82%
85%
≥ 85%
Índice de satisfação clientes com performance Unicer ao nível da sustentabilidade e comunicação OBSERVAÇÕES
O Índice de Avaliação Unicer é um valor entre 0 e 1000 que relaciona a Satisfação dos nossos clientes com a Unicer face a diversos fatores/apoios obtidos, o Desempenho Global da nossa empresa e o Relacionamento que connosco mantêm. Promover a ecoeficiência dos nossos processos
Incluir critérios ambientais e sociais nos processo de compra da empresa
Iniciativas desenvolvidas no âmbito do procurement responsável
n.a.
Desenvolvimento do tema procurement responsável
Início do processo de análise de benchmarking
Desenvolvimento do tema procurement responsável
Consultar Observações
Desenvolvimento de Iniciativas
OBSERVAÇÕES
Ao longo de 2012 foram desenvolvidas diversas iniciativas no âmbito do procurement responsável, que atestam a nossa dedicação a esta prática social e ambientalmente responsável. Das diferentes inciativas desenvolvidas destacamos: o envolvimento relevante de fornecedores nacionais em projetos estratégicos; a incorporação de mão de obra nacional e local nas remodelações e obras em curso na Unicer; a continuidade das ações de otimização e redução de pesos nas embalagens plásticas (PET), em parceria com o nosso fornecedor Logolaste; o alargamento do âmbito do projeto “Plástico Zero” a outras referências; o desenvolvimento de várias ações pontuais, no sentido de racionalização de materiais e adequação das embalagens ao seu uso efetivo em cada mercado. Para mais informações consultar a página nº 72. n.a. - não aplicável
COMUNICAR COM REGULARIDADE E TRANSPARÊNCIA
COMPROMISSO
OBJETIVO
INDICADOR
METAS 2010
Comunicar com regularidade e transparência
Cumprir requisitos legais e melhores práticas no reporte financeiro e não financeiro
Nível GRI do Relatório de Sustentabilidade
2011
2012
2013
Valor de referência
Objetivo
Valor alcançado
Objetivo
Anual
Objetivo
n.a. (Rel. Sust. 2007 classif. C+)
C+
B+
B+
B+
B+
OBSERVAÇÕES
Para a definição deste indicador partimos do Relatório de Gestão 2007 como base de referência, ano em que alcançámos o nível C+ do GRI. No Relatório de Gestão 2010, publicado em 2011, demos um passo importante alcançando o nível B+ do GRI. No ano seguinte publicámos apenas uma versão simplificada do Relatório de Gestão 2011, não efetuando por isso o processo de verificação externa. Este ano publicamos o Relatório de Gestão relativo a 2012, voltando a alcançar a classificação B+. Para a edição do Relatório relativo ao nosso desempenho em 2013, o nosso objetivo é proceder à verificação completa do Relatório. Garantir a satisfação dos nossos Stakeholders com a qualidade e a regularidade da nossa comunicação
Índice de Satisfação de Stakeholders com a comunicação Unicer
n.a. (auscultação 2008 – 55%)
60%
Processo de auscultação não efetuado
65%
Processo de auscultação não efectuado
65%
OBSERVAÇÕES
A realização do processo de auscultação a Stakeholders foi remetido para 2013, no âmbito do processo de revisão da estratégia de sustentabilidade e da preparação do próximo ciclo de objetivos e respetivos indicadores. Comunicar com regularidade e transparência
Facilitar e melhorar o reporte financeiro dos aspetos ambientais e sociais
Implementação do Sistema de Contabilidade Ambiental
n.a.
Desenvolvimento das fases 1 e 2 do projeto
Conclusão da Fase 1 e desenvolvimento da 2ª fase
Conclusão da 2ª fase
Conclusão da 2ª fase
Conclusão e implementação do Sistema
OBSERVAÇÕES
Em 2011 avançamos com a preparação do projeto, que incluiu a definição de metodologia e respetivo cronograma (Fase 1). Iniciámos a fase de estruturação e implementação que incluiu passos como a identificação e caracterização das necessidades em termos de relato externo e interno; a caracterização de custos e benefícios ambientais; a elaboração de checklist e metodologia para a recolha de informações junto da empresa; e a elaboração de mapas para obtenção de dados ambientais (Fase 2). Durante o ano de 2012, foi criado o descritivo funcional para a preparação do desenvolvimento SAP do sistema de contabilidade ambiental. Durante o ano de 2013, será desenvolvido e implementado o sistema em questão. n.a. - não aplicável
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
Promover a comunicação regular com os nossos Stakeholders
32 33
7
A Política Integrada da Qualidade, Ambiente e Segurança da Unicer define os princípios que orientam a Gestão Ambiental da Empresa, sendo os objetivos que lhe estão inerentes regularmente revistos. Durante o biénio 2011/2012, em relação às atividades no âmbito ambiental, foi dada prioridade à prevenção de acidentes, à redução dos consumos de água e de energia, à promoção da ecoeficiência das embalagens e à melhoria da separação de resíduos. Em termos de resultados e comparativamente com o ano 2011, merecem destaque as melhorias na gestão de energia que se traduziram numa redução da taxa de emissão de CO2 de cerca de 3%, bem como, na redução do consumo específico de água em 5% e na redução da produção específica dos resíduos gerados em cerca 14%. Estes resultados representam ganhos de ecoeficiência assinaláveis na gestão destes recursos naturais.
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
Podemos orgulhar-nos por manter um sistema de gestão ambiental certificado com base na norma NP EN ISO 14 001 desde Dezembro de 2010, que visa consolidar e reforçar estas práticas e permitir o reconhecimento do percurso de melhoria contínua que se pretende estimular, pois constitui um vetor fundamental da estratégia de sustentabilidade da empresa.
34 35
Painel de Indicadores Ambientais - 2012 Consolidação (Produção) Unicer
-5%
Água 2 024 089 m3 3,1 hl/hl
GEE Totais (CO2 equivalente) 47 432 ton 7,2 kg/hl
Água reutilizada: 146 055 m 3
-3% Vol. Enchimento 6,57 Milhões hl
Energia 579 364 GJ 88,2 MJ/hl
-0,5% Electricidade 10 707 GJ
-0,2%
Gestão Ambiental Nº de Ocorrências: 8
-0,1%
-4%
Subprodutos 50 912 ton 10,9 kg/hl
Águas Residuais 1 337 439 m 3
100% Valorização
-14% Resíduos 14 651 ton 2,2 kg/hl
CQO Entrada 3 700 ton 0,6 kg/hl
CQO Saída 66 ton Eficiência: 98%
-9%
95% Valorização
%
Representa a variação dos indicadores específicos versus 2011
Os indicadores de desempenho ambiental da Unicer consolidados apresentados no esquema acima referem-se às atividades diretamente relacionadas com a produção de bebidas, incluindo as atividades auxiliares que ocorrem nas mesmas instalações (logística interna, produção de energia, tratamento de águas, tratamento de águas residuais e atividades sócio administrativas). No caso dos vinhos, foi excluída a compra de vinhos e os respetivos consumos e emissões nas instalações de origem (abrange apenas as instalações da Quinta do Minho na Póvoa de Lanhoso).
Estamos plenamente conscientes de que a energia e a água são recursos cada vez mais escassos e onerosos.
Gestão ambiental Reduzir a pegada ecológica dos processos de negócio é o compromisso que estabelecemos no âmbito do pilar ambiental da estratégia de sustentabilidade. Para atingir este objetivo orientamos a gestão ambiental das atividades de acordo com três grandes princípios: 1. Promover a prevenção e controlo integrados da poluição. 2. Fomentar a ecoeficiência de processos e produtos promovendo o uso sustentável da água, a utilização racional de energia e assegurando a integração de critérios ambientais na seleção de matérias primas e de embalagens. 3. Minimizar impactes ambientais, promovendo a redução de emissões para o ar e para a água e dos resíduos gerados e privilegiando soluções de reutilização e de valorização. Sabemos que as emissões de CO2 e a produção de resíduos, além de igualmente onerosas, são socialmente reprováveis. Por isso, definimos como objetivo garantir níveis de consumos, emissões e produção de resíduos em linha com as melhores práticas da indústria, atuando como referência a nível nacional. A gestão ambiental tem como ponto de partida a identificação e caraterização dos aspectos ambientais que decorrem das atividades, produtos e serviços desenvolvidos e visa assegurar que o seu impacte sobre o ambiente é minimizado e controlado, mediante a adoção de práticas e procedimentos ambientais adequados.
Seleção de matérias primas, embalagens mais leves e que ocupam menos espaço, separação de resíduos, tratamento de águas residuais, armazenamento de produtos químicos, gestão de obras, nada é deixado ao acaso na gestão ambiental.
O passo seguinte é a monitorização de diversos parâmetros, como a qualidade das águas residuais, os resíduos gerados, as emissões de gases, consumos de água e energia. Por outro lado, através das auditorias realizadas verifica-se se os procedimentos implementados são os adequados. O sistema de gestão está certificação no âmbito da norma NP EN ISO 14001:2004 desde 2010, o que traduz o reconhecimento por uma entidade independente da adequabilidade das práticas ambientais em vigor na Unicer e do esforço para promover a melhoria contínua do desempenho ambiental.
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
Depois de identificados todos os requisitos ambientais, que decorrem da legislação nacional e comunitária, e igualmente de contratos e protocolos que a Unicer se comprometeu a cumprir, estabelecem-se as condições necessárias para o seu controlo. Para cada caso, são estabelecidas as medidas a tomar, que podem incluir desde a substituição de equipamentos até à formação de colaboradores, mesmo de empresas externas (tais como os serviços de limpeza e de manutenção).
36 37
Programa de gestão ambiental 2012/2013 Objetivos
Meta
Real 2012
Objetivo 2013
Reduzir o impacte ambiental de derrames
Zero Derrames com impacte no solo ou águas
0
0
Reduzir o consumo de água
Consolidado (versus 2011): 2012 < 3,2 hl/hl (-3%) 2013 < 3,1 hl/hl (-6%)
3,1 hl/hl
< 3,1 hl/hl
Reduzir o consumo total de energia
Consolidado (versus 2011): 2012 < 86 MJ/hl (-2%) 2013 < 84 MJ/hl (-5%)
88,2 MJ/hl
< 84 MJ/hl
Formação em Ambiente para todos os colaboradores
Mínimo de 7h/ano de formação em Ambiente para 50% dos colaboradores Unicer
n.d.
50%
n.d. - não disponível
Consumo de materiais Matérias-Primas A produção de bebidas envolve uma grande variedade de matérias primas, predominantemente de origem vegetal, com destaque para cereais (malte de cevada e gritz de milho), concentrados de fruta, uvas, lúpulo, açúcares, chá, outros extratos e aromas naturais. A utilização destas matérias primas obedece a requisitos exigentes de boas práticas, quer em termos de qualidade, como de segurança alimentar e de gestão de existências, de modo a assegurar uma utilização otimizada com um mínimo de perdas. Em termos de sustentabilidade merece destaque o projeto CEVALTE, iniciado em 2000, que permitiu à Unicer, através da empresa participada Maltibérica, reforçar a produção nacional de cevada dística para malte. Entre os principais benefícios ambientais destacam-se os ganhos de ecoeficiência associados à promoção de boas práticas agrícolas e à
redução das emissões associadas ao transporte rodoviário. Em 2012 foram adquiridas 12.140 toneladas de cevada a produtores nacionais, representando 24% da cevada comprada.
Embalagens A Unicer é responsável pela colocação no mercado de produtos embalados de vários formatos: garrafas de vidro, latas, barris, garrafas PET. No caso das cervejas, o vidro constitui o maior grupo, com particular destaque para a fração de garrafas de vidro TP (tara perdida), que tem registado um crescimento sucessivo ao longo dos últimos anos, mantendo-se a tendência para aumentar, essencialmente devido à influência das vendas para exportação. Ao nível do negócio das águas as embalagens PET têm o maior peso. No caso das embalagens TP (tara perdida), a responsabilidade pela gestão dos resíduos de embalagem
Exemplos de projetos de redução de materiais de embalagens realizados em 2012:
Área de Negócio
Medidas implementadas
Cervejas
Projeto Plástico Zero - redução do filme (-70%) e do cartão (- 29%) da embalagem secundária e aumento da quantidade de produto por palete (+30%). Nova garrafa de vidro SB TP 1L – redução de peso da garrafa 550g para 450g. Alteração da cápsula “Talog” de Cervejas TP 1L para “Flavor-lok”. Caixas de cartão microcanelado. Projeto SB TR Alemanha – alteração de TP para TR no mercado alemão e desenvolvimento de 6 top-pack para grade 24x33TP.
O circuito das embalagens TR (tara retornável) é integralmente gerido pela Unicer. No que respeita à promoção da ecoeficiência dos nossos produtos, prosseguimos com os esforços para melhorar cada vez mais o desempenho ambiental das embalagens que utilizamos, tendo sido desenvolvidos diversos projetos de simplificação e redução da gramagem, conforme exemplos apresentados no quadro seguinte. A intenção da Unicer é chegar cada vez mais longe, promovendo a redução do impacte ambiental das embalagens.
Nova garrafa SB ID 20TP – redução de vidro de 156g para 145g. Remoção da gargantilha Cristal Branca e Preta – TP e TR de 33cl. Águas
Redução do peso do garrafão 5L de 72,5g para 70g. Redução da garrafa Caramulo PET 50cl de 13,5g para 12,5g. Redução da garrafa Caramulo PET 1.5L de 27,5g para 25g. Redução da aba do tabuleiro do garrafão 5L Alteração dos platex por intercalares de cartão Remoção do contra-rótulo em Vitalis 25TR.
Refrigerantes
Redução de PET 1.5L nos produtos não carbonatados de 43g para 39g.
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
gerados após o consumo é transferida do sistema Ponto Verde para a Sociedade Ponto Verde (SPV), no caso do mercado português. Em 2012, as embalagens TP colocadas no mercado nacional corresponderam a 76.624 toneladas em termos de materiais de embalagem, somando um total de contribuições à SPV de 2.163.196 euros. No caso do mercado espanhol esta responsabilidade é transferida para a Ecovidrio, tendo a contribuição referente a 2012 totalizado 59.866 euros, correspondentes a 1.326 toneladas.
38 39
Uso direto da energia primária O consumo direto de energia primária na atividade de produção de bebidas, está relacionado com as necessidades de calor ao nível da produção de cervejas e de maltes e ao nível de processos auxiliares como a pasteurização, detergências e higienização. Por outro lado, a produção de eletricidade por cogeração também utiliza quantidades importantes de combustíveis, sendo ainda de referir outros pequenos consumos em atividades auxiliares (empilhadores, aquecimento de águas para os balneários e cozinhas dos refeitórios). Em 2012, o consumo total de combustíveis foi o correspondente a 392.368 GJ. Globalmente o consumo de energia térmica foi responsável por 93% do uso total de combustíveis. Os restantes consumos referem-se a produção de eletricidade e pequenos usos em empilhadores e aquecimento de águas. A destacar em 2012, a reconversão para gás natural da Central Térmica e da Central Elétrica do Centro de Produção de Leça do Balio. Além da substituição do fuelóleo, anterior-
mente utilizado como combustível principal, procedeu-se ao redimensionamento destas instalações de modo a assegurar as necessidades de energia atuais. Desta alteração resultou uma redução da capacidade instalada de 70 MWth para 33 MWth, que só foi possível graças à progressiva e significativa melhoria da eficiência energética ocorrida nestas instalações ao longo dos últimos anos. O arranque das novas caldeiras e do novo motor de cogeração ocorreu no final de 2012.
Combustíveis por uso
25.292 7%
1.322 0%
Acumulado 2012 (GJ) Energia Térmica Eletricidade - cogeração Outros
365.748 93%
Eficiência energética
O uso indireto de energia está associado à utilização da eletricidade comprada.
O consumo de energia tem um peso significativo ao nível da produção de bebidas, constituindo um fator determinante para a ecoeficiência dos processos produtivos.
As operações de enchimento de bebidas e os sistemas de refrigeração, são as atividades com maior peso no que respeita ao uso de energia elétrica. Num segundo plano, surgem os consumos associados ao tratamento de águas residuais e sistemas de iluminação das instalações. Em 2012, o consumo de eletricidade foi de 51.944 MWh, correspondente ao consumo total de energia primária de 263.198 GJ.
Ao nível dos consumos de energia, em 2012, registaram-se melhorias assinaláveis com a uma redução do consumo específico de energia térmica de cerca de 5,6% e de 2,3% no caso da eletricidade. Globalmente o consumo específico total de energia manteve-se constante face a 2011, uma vez que ao consumo de eletricidade e de energia térmica, acresceu ainda o consumo de combustíveis para produção de eletricidade do novo motor de cogeração. Os centros de produção de Leça do Balio, Santarém, Pedras Salgadas e Castelo de Vide, enquanto unidades classificadas como consumidores intensivos de energia, são sujeitos periodicamente a procedimentos de auditoria energética que visam identificar oportunidades de melhoria, por sua vez são traduzidas nos planos de racionalização energética em curso.
Merece ainda destaque o projeto EnSave (“Utilities Savings”), uma parceria com a Danfoss, empresa dinamarquesa líder no desenvolvimento e produção de equipamentos de controlo automático. O objetivo deste projeto é a identificação e eliminação de desperdícios de energia e água nas suas diferentes formas, visando obter ganhos de ecoeficiência.
Consumo de Energia GJ
-0,2%
1.000.000
750.000 500.000 390.821
392.364
250.000 192.298 0
187.000
2011
2012
Direta
Indireta
Consumo de Energia por Negócio GJ 1.000.000
160 116,1
750.000
120
88,2
500.000
58,9
250.000
40
20,8
0
0 Total Unicer
Ao nível dos consumos de energia, em 2012, registaram-se melhorias assinaláveis com a uma redução do consumo específico de energia térmica de cerca de 5,6% e de 2,3% no caso da eletricidade.
80
Direta
Cerv. e Refrig.
Águas
Indireta
Vinhos
Mj/hl
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
Uso indireto de energia
40 41
Emissões de gases com efeito estufa Nas atividades associadas à produção de bebidas, as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) estão essencialmente relacionadas com a utilização de combustíveis fósseis para produção de energia e transportes (emissões diretas) e com a utilização de energia elétrica (emissões indiretas).
Gases com Efeito Estufa Ton
-3%
80.000
60.000
7,4 kg/hl
40.000
7,2 kg/hl
18.909
Emissões Indiretas
18.388
20.000
As emissões de GEE associadas a atividades que ocorrem dentro das instalações, totalizaram 47.432 toneladas de CO2, em 2012, das quais 29.043 toneladas (61%) relacionadas com emissões diretas e 18.388 toneladas (39%) com emissões indiretas. Em termos específicos, por cada hectolitro de bebidas produzido foram gerados 7,2 kg de CO2, representando uma redução de cerca de 3%, face a 2011.
29.897 0
Emissões Diretas
29.043
2011
kg/hl
2012
Gases com Efeito Estufa por Negócio Ton 12
100.000 9,4 80.000
9
7,2 60.000 4,9
6 Emissões Diretas
40.000
As centrais de cogeração de Leça do Balio e Santarém estão abrangidas pelo programa europeu de comércio de licenças de emissão (CELE). O balanço registado no período 20112012 é bastante positivo, registando um excedente no saldo de licenças de emissão atribuído às instalações de Leça do Balio e Santarém.
1,9
20.000
3
0
0 Total Unicer
Cerv. e Refrig.
Águas
Emissões Indiretas Mj/hl
Vinhos
Emissões CELE Ton 50.000
Licenças de emissão atribuídas 44.542 ton/ano
40.000
30.000 20.000
10.000
8.831
8.520
ST-C
17.535
17.549
LB
0 2011
2012
Consumo de água Em 2012 foram consumidos 2.024.089 m3 de água, maioritariamente proveniente de captações próprias (81%) e a restante proveniente de sistemas de abastecimento públicos (19%).
Em 2012 o consumo específico de água diminuiu consistentemente, tendo-se registado o consumo específico mais baixo de sempre: 3,1 hectolitros de água por cada hectolitro (hl/hl) de bebidas produzido pela Unicer.
Água
3.000.000
4 3,26
3,08
2.250.000
-5%
3 2.150.397
Fruto dos esforços continuados que foram levados a cabo, em 2012 o consumo específico de água diminuiu consistentemente, tendo-se registado o consumo específico mais baixo de sempre: 3,1 hectolitros de água por cada hectolitro (hl/hl) de bebidas produzido pela Unicer.
2.024.089
1.500.000
2 m3
750.000
1
0
hl/hl
0 2011
2012
Água por Fonte
1.385 0,06%
23.872 1,07%
425.842 19,00%
Acumulado 2012 (m 3 ) Captação Superficial Captação Subterrânea Rede Pública Outra
1.789.622 79,87%
Nota: este gráfico considera a totalidade de água captada incluindo usos não relacionados com a atividade de produção
Água por Negócio
12
3.000.000 3,5 3,08
9
2.250.000 2,0
1.500.000
2,0
6 m3
750.000
3
0
0
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
A redução do consumo de água, a otimização da sua utilização e a implementação de sistemas de recuperação de água fazem parte dos objetivos correntes de todas as áreas produtoras, envolvendo todos os colaboradores na implementação de ações aos mais diversos níveis (formação, investimentos em novas tecnologias, alteração de procedimentos, entre outros).
hl/hl
42
Total Unicer
Cerv. e Refrig.
Águas
Vinhos
43
As águas residuais geradas nos processos de produção de bebidas constituem um dos aspetos ambientais mais relevantes deste setor.
Emissões, efluentes e resíduos Emissões para o Ar
Emissões para a Água
As atividades desenvolvidas geram algumas emissões de poluentes atmosféricos como emissões total de partículas, óxidos de azoto (NOx), óxidos de enxofre (SO2), compostos orgânicos voláteis (COV) e amoníaco (NH3), que apesar de terem reduzida expressão são regularmente monitorizadas de modo assegurar que a sua libertação não representa riscos para a saúde pública e para o ambiente. Todas as avaliações realizadas em 2012 confirmaram o cumprimento dos limites legais.
As águas residuais geradas nos processos de produção de bebidas constituem um dos aspetos ambientais mais relevantes deste setor. Tipicamente estes efluentes líquidos apresentam contaminação orgânica elevada, associada a perdas de matérias primas, de produtos de limpeza, dos próprios produtos produzidos e/ou de subprodutos que, sendo rejeitados juntamente com as águas de lavagens, contribuem para agravar a sua carga poluente. Assim, a quantidade total de matéria orgânica rejeitada com as águas residuais constitui um referencial da ecoeficiência do processo produtivo, dado estar diretamente indexado às perdas ocorridas nas diferentes etapas. Este aspeto assume particular importância na produção de cervejas, refrigerantes e vinhos.
Refira-se que o uso de substâncias destruidoras da camada de ozono é muito limitado e está reduzido a alguns sistemas de ar condicionado e equipamentos industriais mais antigos. Relativamente a fugas destes gases, em 2012, registou-se a fuga de 19 kg de R22.
Em 2012, o volume total de águas residuais gerado foi 1.337.439 m3, sendo a carga poluente associada de 3.700 toneladas de CQO (carência química de oxigénio).
Poluentes Atmosféricos ton
183
213 178
183 148
10
Nox
SO2
142
12
4
Partículas
COV
16
2011 2012
O tratamento destes efluentes líquidos é assegurado em instalações próprias em todas as unidades onde a produção de águas residuais dos processos industriais é significativa (representando 99% do volume de águas residuais). Globalmente estas instalações registaram uma eficiência de tratamento de 98% em termos e remoção de carga orgânica (CQO).
NH3
Águas Residuais
9
2.400.000 2,1
2,0
1.600.000
6 m3
800.000
3
0
0 2011
2012
hl/hl
CQO - Carga Tratada
CQO 96%
0,75
6.000
100%
3.000
75%
2.000
50%
1.000
25%
0,6
4.000
0,50 ton
2.000
0,25
0
kg/hl
0
0,00 2011
2012
Entrada Saída Eficiência de tratamento
0% 2011
2012
Derrames Há a registar em 2012 dois pequenos incidentes com derrames de óleo e de cloreto férrico, ambos ocorridos no centro de produção de Leça do Balio. Tratou-se de ligeiros incidentes sem consequências em termos de contaminação ambiental, uma vez que os meios de contenção existentes permitiram controlar o derramamento destes produtos impedindo a sua passagem para o solo ou meio hídrico.
Data
Local
Situação
Descrição
Janeiro
Leça do Balio
Derrame de óleo
Derrame de óleo na zona da receção de matérias primas (cereais). Este deveu-se ao rebentamento do tubo do hidráulico da báscula de um camião. A situação foi prontamente resolvida mediante a aplicação de material absorvente. Os resíduos contaminados foram recolhidos e encaminhados para tratamento.
Junho
Leça do Balio
Derrame de cloreto férrico
Derrame de Cloreto Férrico durante o carregamento do reservatório da ETAR. Verificou-se que parte do produto descarregado verteu para a bacia de retenção que encheu, derramando cerca de 6.000 kg para o sistema de drenagem de águas residuais, tendo sido assegurado o seu tratamento na própria ETAR.
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
0,6
98%
4.000
44 45
Resíduos
Resíduos por Tipo
As atividades de produção e distribuição de bebidas originam uma grande diversidade de resíduos, onde predomina o grupo dos resíduos de embalagem. Um segundo grupo que se destaca é o das lamas excedentárias do tratamento biológico de águas residuais.
Outros Sucatas Emb. Metálicas Emb. Madeira Emb. Papel e Cartão Emb. Plástico Emb. Vidro
Em todas as instalações é promovida a recolha seletiva de materiais, atendendo às opções de valorização e/ou à perigosidade, de modo a assegurar o apropriado acondicionamento e encaminhamento para o destino mais adequado. A produção total dos resíduos gerados em 2012 foi de 14.651 toneladas, sendo a taxa de valorização associada de 95%. A produção específica de resíduos foi de 2,2 kg/ hl, correspondendo a uma redução de 15% relativamente a 2011.
Prod. Impróprios Lamas ETAR RSU’s / RIB’s 0
2.000
4.000
6.000
Acumulado 2012
Resíduos ton
Kg/hl
21.000
3
2,6
-15%
2,2
Quantidades de resíduos por destino Total de Resíduos industriais produzidos (t/ano)
14.651
Valorização (Códigos R) (t/ano)
13.886,53
Eliminação (Códigos D) (t/ano)
764,89
Taxa de Valorização Resíduos industriais perigosos (t/ano)
Eliminação (Códigos D) (t/ano)
43,89
Eliminação (Códigos D) (t/ano)
7.000
1
14.516 13.794,53 721,02
Perigosos Total
0
0 2011
135,86 91,99
Valorização (Códigos R) (t/ano)
2 Não Perigosos
95%
Valorização (Códigos R) (t/ano)
Resíduos industriais não perigosos (t/ano)
14.000
2012
Resíduos por Negócio ton
Kg/hl 3
21.000
3
2,2 14.000
2 Não Perigosos
1
7.000
1 0,5
0
Total 0
Total Unicer
Cerv. e Refrig.
Águas
Vinhos
Perigosos
Subprodutos As atividades de produção de cervejas e vinhos geram quantidades importantes de subprodutos sujeitos a regulamentação específica. No caso dos subprodutos do processo cervejeiro o seu destino é a alimentação para animais. No caso dos subprodutos da atividade vinícola é assegurada a valorização em processos de destilação alcoólica.
Subprodutos (2012)
Destino
Quantidade (ton)
Produção de Cervejas
Dreche
Alimentação animal
45.050
Unicer Vinhos
Bagaço
Levedura excedentária
5.810 Destilação
Borras e Lamas
25 26
TOTAL
50.912
Processos legais
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
No ano 2012 não houve registo de qualquer processo legal. A registar apenas a realização de vistoria para reexame da licença industrial pelos serviços competentes do Ministério da Economia e a realização uma inspeção pela ARH Centro para efeitos de renovação da licença de descarga de águas residuais ambas no centro de produção de Caramulo. Estas visitas decorreram sem que tenha havido registo de qualquer incumprimento.
46 47
Indicadores de desempenho ambiental: definições e critérios Consumo de Materiais
Matérias Primas
Dada a grande variedade de matérias primas e de materiais auxiliares, bem como a especificidade da sua aplicação nos diferentes produtos e/ou processos produtivos, foram consideradas para a elaboração do presente relatório apenas as matérias primas principais de cada uma das áreas de negócio da Unicer.
Embalagens
Somatório de todas as embalagens primárias utilizadas no embalamento dos produtos colocados no mercado.
Consumo de Combustíveis
Somatório de todos os combustíveis consumidos nas instalações (fuelóleo, gás natural, gás propano e gasóleo).
Consumo de Energia Térmica
Quantidade total de energia térmica (vapor e água sobreaquecida) utilizada nas instalações. Em algumas instalações, dadas as dificuldades técnicas em obter contagens fiáveis destes consumos, optou-se por considerar a estimativa de acordo com o rendimento típico das caldeiras utilizadas para produzir energia térmica (consumo de combustível x PCI x 86%).
Consumo de Energia Elétrica
Somatório de toda a eletricidade utilizada nas instalações. Complementarmente é apresentado o valor equivalente em termos de energia primária usando como referência os dados da EDP.
Água
Consumo de Água
Na análise do indicador água, foi considerado o somatório da água consumida nas instalações, segundo os seus diferentes usos: incorporação no produto final, processos industriais auxiliares (produção de vapor, transferências de calor, higienização e áreas sócio-administrativas). Esta água pode ser adquirida a terceiros ou proveniente de captações próprias (incluindo concessões para águas minerais e de nascente e extração sob licença de outras águas subterrâneas e superficiais).
Emissões, Efluentes e Resíduos
Gases com Efeito Estufa (GEE)
Somatório das emissões locais de gases com efeito de estufa (GEE): Dióxido de Carbono (CO2) e Metano (CH4) provenientes dos processos de combustão, determinadas de acordo com as “orientações para a monitorização e a comunicação de informações relativas às emissões de gases com efeito de estufa” publicadas através da DECISÃO DA COMISSÃO refª Doc. C(2004) 130 final de 29/01/2004. As emissões originadas por processos de fermentação (produção de cerveja) são consideradas emissões neutras, pelo que, embora sejam apresentadas no relatório, não foram incluídas na estimativa global de GEE’s emitidos. Estas emissões são expressas na unidade “equivalentes de CO2”, de acordo com o seu potencial de aquecimento global (PAG), sendo PAG (CH4) = 21*PAG (CO2)
Águas residuais
Volume total das águas residuais geradas na unidade industrial, incluindo os efluentes líquidos dos processos industriais e do tipo doméstico. A carga poluente associada aos efluentes líquidos, antes de tratamento, é avaliada de acordo com a respetiva Carência Química de Oxigénio (CQO).
Resíduos
Quantidade total de resíduos produzidos nas instalações, incluindo resíduos equiparáveis a urbanos (RSU), resíduos industriais banais (RIB), vidro, papel, cartão, plásticos, óleos, madeiras, lamas da ETAR, resíduos verdes, etc. cujo destino final seja deposição, recuperação ou reciclagem. A taxa de valorização define a percentagem de resíduos encaminhados para valorização, por reutilização ou reciclagem.
Subprodutos
Quantidade total de subprodutos resultantes dos processos produtivos.
Energia
48
49
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
Na Unicer os desafios constroem-se diariamente com um foco permanente no negócio. Por isso, dar e receber feedback constante faz parte da nossa cultura.
8
São as pessoas que fazem a Unicer. O que implica acima de tudo um conjunto alargado de iniciativas que tem o seu foco no fator humano, nas capacidades e desenvolvimento de cada colaborador, nas equipas que se formam, no trabalho, nas novas ideias e nos objetivos. Na Unicer os desafios constroem-se diariamente com um foco permanente no negócio. Por isso, dar e receber feedback constante faz parte da nossa cultura. E para otimizar e modernizar a gestão das pessoas torna-se fundamental a aposta na formação, na inovação, na segurança e na comunicação.
Nós em números A Unicer apresentava a 31 de dezembro de 2012 um total de 1.481 colaboradores distribuídos pelas diferentes áreas da empresa (1.290 efetivos e 191 contratados a prazo). Do total, incluindo na área do turismo, o número de colaboradores contratados representa 12,9% do capital humano da empresa. Em virtude da especificidade do próprio mercado em que a empresa opera, a maioria dos colaboradores é do sexo masculino, sendo 25% do sexo feminino. Na Unicer, mais de metade dos colaboradores tem menos de 40 anos, sendo o escalão etário dos 30 aos 50 anos o predominante (71%). Do total de colaboradores, 25% são sindicalizados. No que respeita ao índice de absentismo verificou-se um decréscimo em 2012 face ao ano anterior, tendo passado de 4,27% para 3,99%.
Equipa de Investigação, Desenvovlvimento e Inovação
1 O índice de rotatividade tem em conta a entrada e saída de colaboradores e a taxa de saída tem em conta apenas as saídas. Os dados relativos ao índice de rotatividade e taxa de saída excluem a atividade do turismo, uma vez que é uma área completamente distinta da atividade principal da Unicer e que apresenta uma taxa de saída bastante elevada, característica do próprio setor.
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
No universo das bebidas, ou seja, excluindo a atividade do turismo 1, registou-se um índice de rotatividade de 5,47% e uma taxa de saída de 5,21%. As saídas de trabalhadores com idade compreendida entre os 30 e os 50 anos representam 47% deste indicador, enquanto que as de idade superior a 50 representam 42%. As saídas de trabalhadores com menos de 30 anos representam os restantes 11% do indicador.
50 51
Colaboradores Unicer / Grupo Funcional, Género e Idade Grupo Funcional
Nº Colaboradores
Homens
Mulheres
<30
30-50
>50
Total
<30
30-50
>50
Total
Diretor
0
14
1
15
0
5
0
5
Manager
0
33
8
41
0
9
1
10
Gestor
3
59
7
69
3
49
0
52
Técnico Superior
27
130
12
169
20
53
6
79
Técnico
25
211
42
278
10
54
16
80
109
340
86
535
19
93
36
148
164
787
156
1.107
52
263
59
374
Técnico Operação/Técnico Assistente
O desafio do futuro
Dar e receber “feedback” é a nossa aposta
Desafiar a pensar nos impulsos para o futuro, foi o mote da reunião de quadros da Unicer que, em Março de 2012, juntou todos os quadros superiores da empresa. Lançar este desafio num ano particularmente difícil representou um estímulo ainda superior. De facto, o ano 2012 marcou a nossa história, com a implementação de grandes projetos como é exemplo a modernização da fábrica de Leça do Balio ou o relançamento da marca Super Bock, que se apresentou ao mercado e aos consumidores com uma nova roupagem e uma nova atitude. A reunião teve lugar na Exponor e pretendeu ainda reforçar a atitude vencedora e a capacidade da Unicer para ver nas barreiras desafios.
Tendo por objetivo implementar ações de melhoria que tenham impacto efetivo no nosso clima social foi efetuado, em alinhamento com a Carlsberg, um estudo para aferir o impacto do estilo de liderança ao nível de compromisso/engagement dos colaboradores e no alinhamento com a estratégia da empresa. Em 2012, este inquérito (C15) envolveu um total de 334 colaboradores. Aspetos como a importância do trabalho desenvolvido pelos colaboradores, o foco no cliente e o orgulho de pertencer à empresa foram os pontos que se destacaram como sendo os mais fortes. Neste estudo, a taxa de satisfação global da Unicer situou-se em 4,44 (numa escala de 1 a 5). Ao fomentar a cultura de dar e receber feedback, esta avaliação representa uma base clara para o desenvolvimento das chefias e, consequentemente, para o aumento dos níveis de compromisso/engagement das pessoas.
2012 foi um ano destinado à proposta e concretização, pelas equipas das diferentes áreas, de um conjunto de ações de melhoria, tendo por base os resultados do C15 e sobretudo do estudo “Dê-nos uma pista”, realizado no final de 2011. Neste estudo, que abrangeu todos os colaboradores da Unicer, o nível de comprometimento atingido foi de 91%. No que repeita às ações de melhoria, no total foram envolvidas 19 equipas e propostas 58 ações, com maior incidência nas áreas de reconhecimento, desenvolvimento e comunicação. A próxima vaga do questionário terá lugar em 2013, estando prevista, novamente, a participação de todos os colaboradores Unicer e a definição e aplicação dos respetivos planos de melhoria.
Comunicar de forma eficaz e atrativa Com o objetivo de tornar ainda mais eficaz e atraente a forma como comunicamos internamente, redesenhámos a imagem da revista “Partilhar Momentos”: um novo logótipo, mais leve e descontraído, e um grafismo que facilita e melhora a leitura. Esta renovação da marca “Momentos” foi estendida a todos os outros suportes, do papel ao online, passando pela nova plataforma de comunicação audiovisual, a TV Corporativa, lançada em Outubro de 2012.
Esta poderosa ferramenta de comunicação representa um claro investimento da Unicer na área da comunicação interna, estando disponível em 24 pontos de emissão no centro de produção de Leça do Balio. A TV Corporativa difunde informações relevantes sobre a atividade da Unicer e respetivas marcas, notícias da atualidade nacional, entre outras novidades informativas. O lançamento deste canal de televisão interno contribui decisivamente para uma comunicação mais oportuna, moderna e dinâmica, tendo sido um dos frutos do Estudo “Dê-nos uma Pista”.
Revista de comunicação interna: “Partilhar Momentos”
Querer ser a 1ª escolha A vontade de sermos a 1ª escolha levou-nos a colocar em prática um conjunto de ações com vista a reforçar os valores da nossa identidade. Destacam-se, por exemplo, filmes e peças de comunicação com colaboradores em torno do que é “Ser e estar na Unicer”, bem como a dinamização de uma grande ação de voluntariado, que integrou o projeto de Natal da Unicer, e que permitiu colocar em prática conceitos como “ser aberto e olhar para fora”, ou “saber e gostar de trabalhar em equipa”, para além de outras valências importantes para o trabalho diário. As restantes plataformas de comunicação interna continuaram paralelamente a dar o seu contributo para o fortalecimento da cultura da empresa, potenciando através de artigos, reportagens e entrevistas, o que de melhor temos e fazemos na Unicer.
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
Promover o “Engagement” das pessoas da Unicer
52 53
Promover o conhecimento interno
Aprender a inovar
Com a área “Unicer Direto”, reponsável pelo contacto com os nossos clientes e consumidores, retomámos a iniciativa “Unicer Experience”, com vista a fomentar o conhecimento interdepartamental, isto é, a melhor entender os detalhes das diferentes áreas da empresa, as suas atividades, equipas e desafios constantes. Durante um dia, 30 colaboradores participaram neste desafio.
Sabemos que o desenvolvimento da Unicer, das suas atividades, processos e produtos, passa pela participação efetiva dos colaboradores também no processo de inovação. Neste sentido, o lançamento do Sistema de Gestão de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (SG IDI) na Unicer, veio envolver todos os colaboradores num processo de partilha de ideias com potencial de inovação, dando-lhes assim a possibilidade de serem parte ativa no desenvolvimento do negócio. Na base deste projeto está um grupo designado de CLI’S (Contactos Locais de Inovação), formado por 22 dinamizadores, em diferentes departamentos, que ativam a proposta de ideias, as recebem e as encaminham para tratamento nas respetivas áreas. Todas as ideias potencialmente inovadoras são registadas no portal da Inovação, denominado de “Click”. Este sistema, que arrancou em Março de 2012, registou 128 ideias.
António Pires de Lima, Presidente da Comissão Executiva, acompanha o Chefe de Vendas Manuel Meira, na ação “Unicer na Rua”
Conhecer o negócio Em 2012, um total de 155 colaboradores “vestiram a camisola” e saíram para a rua com o objetivo de analisar a colocação do material Super Bock (esplanadas, colunas, luminosos de exterior…) e propor ações de melhoria. Mas desta vez a ação “Unicer na Rua”, foi ainda mais longe, já que incluiu uma auditoria – efetuada pelos colaboradores Unicer – à colocação de material de visibilidade Super Bock. Esta importante avaliação realizada num total de 13.805 pontos de venda, cobrindo 221 áreas geográficas do país, foi muito importante para o planeamento do trabalho da equipa de Trade Marketing em 2013.
Otimizar e modernizar a gestão de pessoas O ano de 2012 foi marcado pelo desenvolvimento de diferentes projetos que nos permitem hoje gerir a informação respeitante às pessoas de uma forma mais rápida e organizada. Destacam-se os seguintes passos: 1. Modernização e agilidade de processos através da incorporação de novas funcionalidades do Portal do Colaborador; 2. Garantia da qualidade da informação gerida; 3. Adequação dos sistemas aos novos requisitos legais. Por outro lado, e sendo a aposta internacional uma prioridade estratégica da Unicer, criámos, em finais de 2012, uma nova área de negócio internacional no departamento de Pessoas e Comunicação. Porque ser internacional é muito mais do que vender fora de Portugal. Significa dispormos de pessoas, estruturas, empresas e relações fora do nosso país. Por isso, os objetivos desta nova área passam pela coordenação de processos de mobilidade internacional, criando e implementando, em articulação com as diferentes áreas da empresa, os padrões de desenvolvimento e as políticas de retenção e recompensa no contexto internacional. Em simultâneo, pretende-se promover a imagem e a cultura da Unicer fora de Portugal e desenvolver ainda relações institucionais com entidades locais e outros players dos mercados internacionais.
Mobilidade interna, uma aposta
Paralelamente, organizámos e recebemos 60 estágios curriculares de jovens de diferentes áreas de formação, tanto com universidades como com escolas técnico-profissionais, desenvolvendo programas de parceria que proporcionam aos alunos um primeiro contacto com a realidade empresarial.
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
Em 2012, 19 colaboradores tiveram oportunidade de assumir novas funções na empresa, num claro estímulo à mobilidade interna e ao desenvolvimento de competências.
54 55
Mais espaço para a formação A formação desempenha um papel fundamental na gestão das Pessoas na Unicer. Todos os anos definimos os investimentos formativos, em linha com a estratégia de negócio e com as necessidades das nossas equipas. Em 2012, continuou a nossa aposta no reforço de competências dos colaboradores Unicer:
2010
2011
2012
Nº Ações
419
399
411
Nº de Participações (#)
3.735
4.162
3.847
Volume de Formação (nº horas ação x # participantes ação)
37.664
39.439
32.298*
Investimento (euros)
€ 715.648,00
€ 780.853,00
€ 681.360,81
* Os valores considerados não incluem órgãos sociais, trabalho temporário, estagiários, turismo, e Maltibérica.
Grupo Funcional (GF)
Total horas formação por GF
DIRETOR
2.225,58
MANAGER
5.050,50
GESTOR
2.017,50
TÉCNICO SUPERIOR
3.797,75
TÉCNICO
10.759,25
TÉCNICO DE OPERAÇÃO/TÉCNICO ASSISTENTE
8.447,35
O Espaço de Formação, em Leça do Balio, foi renovada com 3 novas salas de formação e uma área que integra um bloco de serviços. O Espaço de Formação prevê ainda a entrada em funcionamento de mais 3 salas de formação com maior capacidade cada, no início de 2014.
Equipa Unicer Direto
O RUMO, o nosso sistema de avaliação de desempenho, é um instrumento de gestão, transversal a toda a estrutura da empresa, fundamental com vista ao desenvolvimento das pessoas. Visa apoiar e orientar o desempenho e o desenvolvimento de todos os colaboradores, clarificando responsabilidades e alinhando com os resultados e cultura da empresa.
Prevenção e segurança Ancorar a nossa cultura no princípio da prevenção dos riscos de acidentes de trabalho ou de doenças profissionais é uma das prioridades, por isso estabelecemos como princípios orientadores nesta área: 1. Prevenir os acidentes de trabalho e as doenças profissionais estabelecendo e revendo objetivos do Sistema de Segurança e Saúde no Trabalho que visem a redução da sua ocorrência e da sua gravidade; 2. Estabelecer níveis elevados de segurança dos equipamentos de trabalho; 3. Garantir a existência de locais, sistemas e métodos de trabalho seguros. Para o biénio 2011/2012 estabelecemos como objetivos a redução da sinistralidade e a certificação do sistema de gestão de acordo como a norma OHSAS 18001. Em Outubro de 2012 tivemos a auditoria de 1ªFase tendo em vista a certificação do sistema de gestão, no âmbito da Segurança e Saúde no Trabalho (norma OHSAS 18001), que decorreu com sucesso, tendo merecido a recomendação da equipa auditora no sentido de prosseguir para auditoria de concessão (2ªFase). Desta forma, pretendemos impulsionar a adoção das melhores práticas de prevenção dos riscos laborais, numa perspetiva de melhoria contínua. Mediante a aplicação de uma metodologia de identificação dos perigos para cada tarefa realizada e dos níveis de aceitabilidade dos riscos associados, são definidas as prioridades de atuação ao nível das medidas de controlo a assegurar. A definição de medidas de controlo ou alteração das medidas já implementadas visa a minimização dos riscos de acordo com a hierarquia seguinte: 1. Eliminação; 2. Substituição; 3. Controlos técnicos/engenharia; 4. Sinalização/aviso; 5. Equipamento de proteção individual.
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
Um rumo à primeira escolha
56 57
Eliminação ex. substituição de máquinas ou produtos inseguros.
Substituição ex. automação de tarefas de modo a afastar o operador da fonte de risco; rotatividade de tarefas.
Sinalização/aviso ex. alarmes sonoros; alertas de segurança nas máquinas; sinalética de segurança afixada nas áreas.
Controlos técnicos/engenharia ex. proteção/bloqueio de máquinas; sistemas de deteção; lay-out das instalações.
Equipamento de proteção ex.óculos; luvas; botas de segurança; auriculares.
Periodicamente são realizadas inspeções e auditorias que visam verificar se o nível de controlo relativo às condições de segurança e à prevenção de acidentes é adequado face aos objetivos que assumimos. A nossa preocupação com o bem-estar dos nossos trabalhadores é constante. Por isso, empenhamo-nos em facultar a todos educação, formação, aconselhamento e programas de controlo de riscos para prevenção das doenças profissionais.
Ao nível da Saúde, foi dada continuidade ao processo de renovação e aquisição de novos equipamentos para os Postos Médicos, com incidência no Posto Médico de Leça do Balio e de Santarém.
Prevenir e reduzir a sinistralidade Prevenir os acidentes de trabalho e a diminuição da sua gravidade é um dos compromissos do pilar social da estratégia de Sustentabilidade. Ao longo dos últimos anos os resultados obtidos denotam uma melhoria progressiva da ocorrência de acidentes em todas as áreas. No entanto, a taxa de acidentes que geraram ITA (incapacidade temporária absoluta/“Baixa médica”) sofreu um pequeno agravamento face a 2011. Por outro lado, no mesmo período, verificou-se uma redução dos dias perdidos, o que denota uma redução da gravidade dos acidentes ocorridos. Contudo, estes resultados não nos deixam satisfeitos, pelo que reforçámos o foco na implementação de medidas que permitam a redução da sinistralidade verificada. Para atingir este objetivo é essencial a adoção de boas práticas, bem como assegurar que as instalações e os equipamentos reúnem as condições de segurança necessárias. Por outro lado, a análise de todos os acidentes e quase acidentes que ocorrem é outro passo essencial para fomentar a redução da sinistralidade. Deste modo, é possível eliminar as causas de acidentes evitando a sua repetição ou reduzindo a sua gravidade mediante o reforço de medidas de proteção.
Nº de Acidentes
134
1475
1826
123
120 83
1746
70
77 58,4
51,0
58,4
2010
2010
2011
2011
2012
2012
Dias Perdido
Total
C/ITA
Legenda: ITA – incapacidade temporária absoluta (“Baixa médica”) LTAR – lost time accident rate (nº de acidentes c/ ITA > 1 dia X 1000 / FTE) FTE – full time employee
LTAR
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
Dias Perdidos Unicer
58 59
Trabalhar para garantir a segurança e saúde no trabalho Com o objetivo de reforçar uma cultura assente na prevenção, prosseguimos com o programa de formação abarcando diferentes temas da segurança do trabalho. Destacamos as ações mais relevantes realizadas em 2012, destinadas a colaboradores da Unicer, trabalhadores temporários e prestadores de serviços:
Temas Acidentes Produtos Químicos Brigadas de Incêndio Carta de Riscos Condução de Empilhadores Norma OHSAS 18001 Boas Práticas Primeiros Socorros-Brigadas Socorrismo Riscos Químicos, Físicos e Biológicos Segurança de Máquinas
Nº acções
55
Participantes Unicer
TT/PS
Total
805
298
1103
No âmbito da preparação e resposta a emergência, são regularmente realizados simulacros contemplando os principais cenários de risco identificados nos planos de segurança internos dos vários sites, como, por exemplo, situações de incêndio, explosão, derrame de produto perigosos, emissão de gases, entre outros. Estes simulacros, além de contribuírem para o treino das equipas de emergência, incluíram ainda exercícios gerais de evacuação de todos os edifícios.
Complementarmente foram ainda desenvolvidas diversas campanhas de sensibilização para a Segurança no Trabalho através dos canais de comunicação interna, promovendo datas especiais como o Dia Nacional de Prevenção e Segurança no Trabalho e a Semana Europeia da Segurança e Saúde no Trabalho.
Ação de simulacro realizada no
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
centro de produção de Leça do Balio
60 61
Educação e criatividade são dois pilares da nossa cultura “Mais educação, mais empreendedorismo criativo”, foi o mote que nos acompanhou ao longo do ano nas atividades de responsabilidade social desenvolvidas junto das comunidades onde estamos inseridos. Combater o insucesso e o abandono escolar e promover a economia criativa em Portugal, representam o contributo da Unicer com vista a criarmos um mundo melhor.
Miguel Amaro, gestor do projeto Uniplaces recebe o 1º Prémio da 4ª edição do Prémio Nacional Indústrias Criativas
Um prémio que conquistou o mundo A 4ª edição do Prémio Nacional Indústrias Criativas (PNIC), lançada em maio, surgiu com uma imagem mais contemporânea, informal e direta, fruto da associação direta à marca Super Bock. Este upgrade artilhou o PNIC com maior notoriedade, visibilidade e exposição mediática, contribuindo para a concretização dos seus objetivos. Os resultados foram imediatos: 434 candidaturas (mais do que o total das 3 edições anteriores); 25 mil novos fãs no perfil de Facebook em menos de um mês e cerca de 87 mil visitas ao portal www.industriascriativas.com. Todo este dinamismo ficou igualmente espelhado na implementação de iniciativas com os promotores dos projetos finalistas, de que foi um excelente exemplo o programa de formação e networking que reuniu os 10 finalistas durante 3 dias em torno de temas como modelos de negócio, design thinking, pitching, propriedade intelectual, entre outros. A Escola das Artes, da Universidade Católica do Porto, juntou-se ao projeto como parceiro oficial e, no final da edição, formalizámos uma parceria com a ADDICT – Agência para o Desenvolvimento das Indústrias Criativas, através da qual o PNIC integrou a competição internacional Creative Business Cup, em Copenhaga. Filipa Leal na 7ª edição do Super Bock Laboratório Criativo
Maestro Rui Massena na 7ª edição do Super Bock Laboratório Criativo
Um vencedor, duas menções honrosas, 10 finalistas de um total de 434 candidaturas, são os números da 4ª edição do Prémio Nacional Indústrias Criativas Super Bock/ Serralves (PNIC), apresentado na 7ª edição do Super Bock Laboratório Criativo, que decorreu no Instituto de Design de Guimarães, incluída na programação de Guimarães Capital da Cultura. Uma performance inédita de homenagem à cultura e língua portuguesas, veículos de afirmação da nossa origem e identidade, da nossa diferenciação e especificidade, constituiu a peça central do Laboratório Criativo dedicado ao tema “Nau Now”. Luís Miguel Soares, curador e programador de todo o evento, desafiou a escritora e jornalista Filipa Leal e o maestro e compositor Rui Massena a criarem uma obra inédita de onde emergiram palavras, sons e um gesto coletivo. A estrela desta noite e da 4ª edição do PNIC foi o projeto “UniPlaces”, um portal online de arrendamento univer-
sitário, pioneiro em Portugal, que estabelece uma ligação privilegiada entre senhorios e estudantes estrangeiros que vêm estudar para Portugal. A ideia desta plataforma inovadora, que disponibiliza informação sobre casas e quartos de qualidade para arrendar a estudantes e visitantes, nas proximidades dos estabelecimentos de ensino universitário em Portugal, foi lançada por um grupo de três jovens empreendedores. O projeto Uniplaces conquistou ainda o prémio do público na competição internacional Creative Business Cup, realizada em Copenhaga. Por sua vez, o projeto “Limetree”, uma aplicação web e mobile para arquivo de memórias e recordações de crianças e o projeto “Safecity 3D”, um jogo educativo digital em que as crianças aprendem e treinam comportamentos de segurança, obtiveram as menções honrosas.
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
UniPlaces de Guimarães para Copenhaga
62 63
Apoiar o desenvolvimento Combater o abandono da educação escolar Ao longo de 2012 cativámos mais de 3.000 alunos em diversas ações educativas com um objetivo comum: contribuir para a sua formação e adesão à vida escolar. através de parcerias com os agrupamentos escolares de Rodrigues de Freitas (Porto), S. Mamede de Infesta (Matosinhos) e Castelo de Vide, com os quais desenvolvemos uma relação estreita com vista a apoioar a gestão da escola e o desenvolvimento dos alunos. Para concretizarmos este objetivos, levámos a cabo várias iniciativas de voluntariado tais como “Junior Achievement” e “Braço Direito”, nas quais contámos com a ajuda de mais de 40 colaboradores que souberam transmitir boas práticas e incentivos a todas as crianças. Proporcionámos ainda estágios a estudantes do 12º ano e visitas aos centros de produção de Leça do Balio e Castelo de Vide que envolveram mais de 100 alunos. Também a 3ª edição do “Porto Futuro com Rugby” provou o sucesso da prática deste desporto nas escolas. Mais uma vez o voluntariado teve um papel basilar no desenvolvimento destes projetos, uma vez que as experiências de vida (pessoais e profissionais) dos colaboradores são o ponto de partida para o trabalho desenvolvido com as crianças e jovens, em prol da educação como projeto de vida. O resultado não pode ser mais positivo: mais crianças envolvidas, mais professores entusiasmados e mais voluntários participativos, significam maior motivação e uma cidadania ainda mais participativa.
Ao longos dos últimos anos, a EPIS, associação empresarial pela inclusão social, apoiou anualmente mais de 5.000 jovens altamente carenciados e tornarem-se jovens com aproveitamento escolar e assim poderem ter oportunidade de crescerem pessoal e profissionalmente. Através da figura do mediador escolar, a EPIS consegue acompanhar e recuperar jovens que estavam quase condenados à exclusão social. A associação pretende estender esta metodologia dos mediadores para o sucesso escolar, já testada em colaboração com o Ministério da Educação e 15 autarquias, ao próprio sistema educativo português. O objetivo é combater eficazmente o flagelo do insucesso escolar, essencialmente no 2º e 3º ciclo, o qual continua a ser muito elevado, apesar de ter diminuído nos últimos anos. Resultado de uma parceria com esta associação empresarial, o agrupamento de Rodrigues de Freitas no Porto é acompanhado pela EPIS com o objetivo de identificar jovens em risco de insucesso ou abandono escolar e de os ajudar na orientação da sua vida escolar. Este projeto teve início no último trimestre de 2012.
“Verão na Casa é Super Bock”, Casa da Música
Sentir o pulsar das nossas comunidades
Na comunidade de Vidago o apoio foi direcionado para os bombeiros da região, com quem celebrámos um protocolo de parceria e que contribuiu para a conclusão das obras do quartel, paradas há mais de 3 anos. Ainda em Vidago, apoiámos a Junta de Freguesia da Oura para a construção do Centro Social e restaurámos o infantário Lar Nossa Senhora da Conceição, com a preciosa ajuda dos colaboradores Unicer e do Vidago Palace Hotel. O processo de demolição do Hotel Avelames e as obras do casino, ambos em Pedras Salgadas, exigiram uma cuidada seleção de todo o equipamento armazenado, tendo uma grande parte do mobiliário do hotel sido aproveitado por várias entidades dos concelhos de Vila Pouca de
Aguiar e Chaves para remodelação de instalações. Em 2012 demos ainda continuidade ao apoio à Associação Desportiva Juventude de Pedras e ao Futebol Clube de Vidago. Em termos de afiliações, a Unicer marca presença na APCV, APIAM e PROBEB, associações diretamente relacionadas com a nossa área de negócio. Mantemos também ligações à GRACE, ao BCSD e à Cotec, instituições respetivamente ligadas à área da Responsabilidade Social, Sustentabilidade e Inovação, e ainda à EPIS – Empresários pela Inclusão Social, cuja presidência é assumida pelo Presidente Executivo da Unicer, António Pires de Lima. O apoio ao longo do ano a diferentes instituições de solidariedade social faz parte da cultura corporativa da empresa, como comprova a ligação à Legião da Boa Vontade, à Associação Novo Futuro, à Santa Casa de Misericórdia da Maia, ao Núcleo de Dadores de Sangue do Hospital de Santo António, entre outras, esforço este que se intensifica na quadra natalícia, com o desenvolvimento de um projeto integrado e que conta com o importante envolvimento dos colaboradores da empresa.
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
Na área do mecenato, mantivemos o apoio à Casa da Música e à Fundação de Serralves, dando continuidade à presença nas iniciativas “Verão na Casa” e “Serralves em Festa”, já tradicionais na cidade do Porto. A área das Indústrias Criativas foi também abrangida no protocolo com a Fundação de Serralves, reforçando assim, uma parceria já forte nesta área entre a Unicer e a Fundação. Apoiámos igualmente a 5ª edição da Taça Portugal Solidário, o evento “Hospitalários a Caminho de Santiago” e o encontro anual da APGEI entre muitas outras iniciativas.
64 65
Mais de 100 voluntários num só dia
empresa está inserida: Pedras Salgadas/Melgaço, Caramulo, Castelo de Vide/Envendos, Santarém, Tojal/Miraflores, Palmela, Quinta do Minho, Vidago e Leça do Balio.
Para celebrar o Natal, mais de uma centena de colaboradores da Unicer participou numa grande ação de voluntariado em 11 instituições, de norte a sul do país, onde realizaram trabalhos de reabilitação de várias infraestruturas.
No âmbito da política de Responsabilidade Social, apoiámos igualmente diversas causas de solidariedade social. As campanhas que desenvolvemos nesta área foram abrangentes, uma vez que envolveram tanto os colaboradores e as suas famílias, como fornecedores, clientes e outros parceiros que, com espírito de entreajuda, procuraram apoiar causas muito válidas para a sociedade.
Integrado no projeto de Natal da Unicer 2012, este movimento de solidariedade envolveu os colaboradores nas respetivas comunidades e em causas que lhes são próximas, através de ações diversas de voluntariado que foram ao encontro das necessidades de cada uma das instituições. Pintura de paredes, recuperação de jardins, reabilitação de espaços, doação de eletrodomésticos, envernizamento de madeiras ou a mera organização de momentos de convívio foram algumas das atividades que os voluntários da Unicer realizaram num só dia. Cada centro ou agrupamento de estabelecimentos da Unicer ficou responsável pela escolha da instituição local a apoiar, assim como pela angariação de todo o material e meios necessários à execução das atividades definidas. As instituições ajudadas localizam-se nas regiões onde a Bruno Albuquerque e José MIguel Cruz recuperam os espaços exteriores da casa de Cedofeita da Instituição Crescer Ser.
Integrado no projeto de Natal 2012, mais de uma centena de colaboradores da Unicer participou numa grande ação de voluntariado em 11 instituições, nas respetivas comunidades contribuindo para causas que lhes são próximas.
As associações “Raríssimas” e “Espaço t” foram ainda apoiadas no âmbito deste projeto, através da verba angariada com a disponibilização interna da cerveja especial de Natal.
Pensar e ajudar os outros O voluntariado empresarial na Unicer faz parte do espírito “Ser Unicer”, um dos pilares da Responsabilidade Social. Ao promovermos ações voluntárias de apoio e desenvolvimento das comunidades, proporcionámos novas experiências aos colaboradores, maior envolvimento e motivação, e contribuímos para o despertar novas competências. A intensificação das iniciativas de carácter social e o crescimento do número de voluntários, tornou necessária a criação de um programa de voluntariado que estabelecesse normas e princípios para a prática de voluntariado empresarial na Unicer. Intitulado “Sentido Unicer”, este programa lançado em Junho de 2012, consiste na gestão de uma bolsa de voluntariado, isto é, uma base de dados das inscrições dos colaboradores voluntários, agregando a descrição de todas as iniciativas e ações de Responsabilidade Social da Unicer. Até ao final de 2012 inscreveram-se neste programa cerca de 60 colaboradores, tendo 286 participado em diferentes iniciativas ao longo do ano. O desafio agora é despertar o “Sentido Voluntário” ao maior número de colaboradores.
Mafalda Peres recupera os espaços interiores da casa de Cedofeita da Instituição Crescer Ser.
Resíduos espalhados com criatividade O projeto de responsabilidade social “Oficina Cais Recicla”, promovido em parceria com a Associação Cais, que elabora os mais variados produtos com base em materiais reciclados provenientes das atividades da Unicer, continuou a crescer em 2012 com a introdução de novos contributos. Merece destaque a entrada no mercado das “ofertas personalizáveis”, a criação de peças por novos designers e a conquista de novos pontos de venda e clientes, tais como Fundação de Serralves, Casa da Música e Fundação Cidade de Guimarães.
Priveligiamos a comunicação e facilitamos o acesso à informação sobre a nossa atividade. Qualidade e integração de temas têm possibilitado uma interessante exposição mediática para a Unicer e para as nossas marcas. Entre os temas institucionais da Unicer com maior interesse e impacto, destacam-se o programa de internacionalização e as iniciativas ligadas à Sustentabilidade, com foco em projetos específicos nas áreas da gestão de pessoas e das Indústrias Criativas, como o Prémio Nacional das Industrias Criativas e o Laboratório Criativo. As notícias resultaram em múltiplas reportagens de televisão e na imprensa escrita de referência. Super Bock e Pedras foram naturalmente as marcas com mais visibilidade nos media ao longo do ano. A nova identidade visual, novo posicionamento e nova assinatura de Super Bock – “A Vida é Super”, mereceram destaque num
ano em que também se festejou os 85 anos da marca, comemorados também com o lançamento do serviço inovador “Party Service”, serviço de instalação de uma máquina de cerveja à pressão em casa, que permite servir uma Super Bock fresca plena de sabor com a espuma certa, na companhia da família e dos amigos. No sector das águas, o mediatismo de Pedras ficou bem sublinhado com o lançamento da campanha publicitária protagonizado pela atriz Daniela Ruah. Mas a entrada da marca no Brasil (onde atua no segmento de águas de luxo) e os prémios recebidos em prestigiados concursos foram outros pontos altos. Vitalis, por sua vez, também se destacou mediaticamente pela sua ligação às maratonas e pelo projeto Bebida Solidária.
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
O que fazemos é notícia
66 67
9
Os números alcançados em 2012 pela Unicer demonstram uma solidez muito grande da empresa, face às circunstâncias que o país atravessa e que os mercados onde a Unicer opera estão a viver. As vendas em volume cresceram 1%: fizemos 653 milhões de litros. As vendas cresceram 3%, para 498 milhões de euros, o resultado operacional situou-se em 51 milhões de euros, e os resultados líquidos cresceram 14%, para 27,6 milhões de euros. A Unicer gerou um ‘free cash-flow’ de 36 milhões, o que permitiu, além do pagamento de dividendos, diminuir a dívida em 15 milhões de euros – de 190 para 174,6 milhões. Isto num ano em que investimos no plano de reestruturação industrial, que vai continuar em 2013 e 2014: a construção de uma fábrica em Leça, que começou a laborar em abril de 2013, num contexto económico muito difícil.
O resultado operacional situou-se em 51 milhões de euros e os resultados líquidos cresceram 14%, para 27,6 milhões de euros.
27.6 milhões
15 milhões
de euros de redução de dívida
de euros de resultados líquidos
Acionistas da Unicer decidem investimento de mais de 100 M€ após anúncio do plano de resgate da “Troika”.
653
milhões
498
de litros
Em 2012, a Unicer arrancou com o projeto de consolidação e modernização industrial do centro de produção em Leça do Balio, o qual está a transformar a fábrica de cervejas da Unicer numa das melhores da Europa, em qualidade, eficiência e serviço.
de vendas em volume
milhões
milhões
de euros de resultados operacionais
de vendas em valor
Num investimento total superior a 100 milhões de euros, as intervenções na área industrial estão concluídas, decorrendo agora a reconversão de edifícios e a preparação da fábrica para o arranque da modernização das infraestruturas de operação logística. As intervenções realizadas até à data mostram uma fábrica remodelada, com novos equipamentos, tecnologicamente mais avançados, que já estão em laboração e que cumprem o objetivo de aumentar a capacidade da fábrica – agora nos 450 milhões de litros – em resposta às exigências dos compromissos comerciais, nomeadamente nos mercados externos. Foram instaladas duas novas linhas de enchimento e modernizadas as 3 existentes. A área industrial foi totalmente transformada estando agora a ser intervencionadas a área administrativa e as infraestruturas que irão centralizar a operação logística, com automatização dos processos.
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
51
de euros
68 69
Exportação e política de preços A aposta na exportação e uma adequada política de preços compensaram a retração do consumo de bebidas no mercado nacional, sendo possível aumentar o valor económico direto gerado para cerca de 480 milhões de euros, um aumento de 3% face a 2011. O valor económico direto distribuído também apresentou uma evolução favorável ao verificar um aumento de 1%, mais 5,5 milhões de euros.
Dimensões
2012
2011
Receitas
478.538,4
466.791,4
Valor económico direto gerado
478.538,4
466.791,4
Custos operacionais
338.448,9
322.574,6
Salários e benefícios de empregados
53.438,7
52.335,5
Pagamentos a fornecedores de capital
14.013,8
14.125,9
Pagamentos ao Estado
908,8
12.370,4
Investimentos na comunidade
450,3
313,1
Valor económico direto distribuído
407.260,6
401.719,5
Valor económico direto acumulado
71.277,8
65.071,7 Valores em Euros
Fundo de pensões e fundo complementar Para cobrir as prestações pecuniárias a título de complemento de pensões de reforma por velhice e invalidez e pensões de sobrevivência, criámos, em 1987, o Fundo de Pensões Unicer. Em 2007, o contrato constitutivo do fundo passou a prever um Plano de Contribuição Definida, para além do Plano de Benefício Definido já existente. De acordo com este novo plano, a Unicer contribui mensalmente com uma percentagem fixa de 2% da remuneração normal auferida por cada participante, incluindo os subsídios de Férias e de Natal. Adicionalmente, o participante pode realizar contribuições voluntárias, que a empresa acompanha até ao montante máximo de 1% da sua remuneração normal mensal. Para além do Fundo de Pensões, a Unicer tem ainda constituído um Fundo Complementar do ramo Vida, consubstanciando um seguro de capitalização, que se destina a assegurar benefícios adicionais associados à reforma dos trabalhadores, bem como as prestações de pré-reforma. A evolução verificada no Fundo de Pensões e Fundo Complementar, durante o exercício de 2012, foi a seguinte:
Valor dos Patrimónios em 31 de dezembro de 2011 Pensões e resgates
Fundo de Pensões
Fundo Complementar
Total
7.897.758
2.294.290
10.192.048
(894.632)
(55.328)
(949.960)
Transferências
0
Rendimentos dos Planos
584.030
118.553
702.563
Valor dos Patrimónios em 31 de dezembro de 2012
7.587.156
2.357.495
9.944.651 Valores em Euros
A variação da cobertura é negativa em 216.574 euros, tendo passado de um excesso de 1.446.001 euros, em 2011, para um excesso de 1.229.427 euros, em 2012, sendo assim decomposta:
Situação em 31 de dezembro de 2011 - Excesso / (Déficit)
Fundo de Pensões
Fundo Complementar
Total
( 305.156)
1.751.157
1.446.001
( 17.362)
( 9.198)
( 26.560)
( 407.626)
( 27.852)
( 435.478)
Gastos do Ano Custos dos Serviços Correntes Custos dos Serviços Passados
Rendimentos do Ano Retorno dos Planos Ganhos/ Perdas Atuais
0 357.206
45.449
402.655
( 263.907)
106.716
( 157.191)
Cortes no Plano
0
Transferência
0
Situação em 31 de dezembro de 2012 - Excesso / (Déficit)
( 636. 845)
1.866.272
1.229.427 Valores em Euros
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
Custos dos Juros
70 71
Benefícios financeiros e fiscais Os benefícios financeiros e fiscais concedidos pelo Estado durante o ano de 2012 totalizaram cerca de 1,3 milhões de euros, menos 600 mil do que em 2011. A tabela descreve o montante e origem dos apoios recebidos:
Dimensões SIFIDE ADI - Agência de Inovação SI_Inovação (Fundo Perdido) TOTAL
2012
2011
1.133.583,81
1.380.217,90
18.608,76
81.169,74
110.901,99
472.320,41
1.263.094,56
1.933.708,05 Valores em Euros
Compras com efeitos positivos Cerca de 80% da despesa de 2012, foi efetuada a fornecedores portugueses. Este número revela bem a capacidade de resposta dos fornecedores nacionais e, em simultâneo, a aposta da empresa na aquisição de matérias primas, substâncias, embalagens, entre outros materiais, a fornecedores portugueses.
se deu continuidade às ações de otimização e redução de pesos, em especial nas embalagens plásticas (PET), em parceria com a Logoplaste. Neste âmbito ainda, o projeto “Plástico Zero” foi alargado a outras referências, com particular incidência nas embalagens secundárias de plástico.
Em 2012, a Unicer levou a cabo algumas ações no âmbito das compras, das quais merece ser destacado o projeto de investimento na modernização do Centro de Produção de Leça do Balio, ao abrigo do qual a empresa envolveu diversos fornecedores com vista à sua reorganização industrial, nomeadamente de infraestruturas e equipamentos. É disso um bom exemplo, o facto de a mão de obra utilizada nas obras de remodelação em curso ter sido nacional e local.
Várias ações pontuais de parceria com os fornecedores tiveram como objetivo a melhoria da eficiência operacional, a otimização da cadeia de abastecimento, a redução de utilização de materiais ou o desenvolvimento de soluções de valor acrescentado.
A maior incorporação de compras nacionais registou-se no domínio das embalagens, com 82% do total, área onde
Todos estes projetos acabaram igualmente por ter um impacto positivo no meio ambiente, quer a montante, quer a jusante, isto é, tanto ao nível das matérias primas para produção de papel, cartão, plástico ou metal, como na fase da reciclagem e deposição pós utilização
Cerca de 80% da despesa de 2012, foi efetuada a fornecedores nacionais, com a área das embalagens a abranger a maior fatia.
Turismo tem um segundo elo de ligação às comunidades: o Parque de Pedras Spa e Nature Park Spa Vidago Palace Hotel
A procura anual pelo serviço de alojamento, medida pela taxa de ocupação anual, cifrou-se nos 37% em 2012. A baixa taxa de ocupação que se fez
sentir ficou a dever-se à grave crise financeira e económica que se vive a nível mundial, assim como à crescente concorrência internacional e ao esforço de preparação inicial. A partir de 2012 a operação do hotel passou a ser gerida diretamente pela Unicer, tendo cessado o contrato de gestão com a GLA Hotels. Nos próximos anos é esperado um considerável aumento do peso dos hóspedes internacionais e melhoria da performance do hotel, resultado do esforço comercial, com particular incidência na Alemanha, Benelux, Inglaterra, Escandinávia e Brasil. Está ainda em curso a obra de reconversão do Núcleo Rural que albergará, a partir do início do 2º trimestre de 2013, um espaço de convívio para os hóspedes, kids club, quinta biológica e estábulo para animais. Na comunidade de Pedras Salgadas merece destaque a construção e inauguração do primeiro conjunto turístico “Pedras Salgadas spa & nature park”, com sete Eco Houses da autoria do arquiteto Luís Rebelo Andrade. Conceito inovador em Portugal, está a ter um grande reconhecimento tanto a nível nacional como internacional.
Eco-Houses, Parque Pedras Salgadas
Localizadas no coração do Parque, as Eco Houses - modernas casas modulares -, surgem por entre as árvores, adaptando-se à topografia do terreno e reduzindo o impacto da sua interferência no subsolo e incluem no seu interior tecnologia topo de gama, uma kitchenette totalmente equipada e, no exterior, um generoso deck. Design moderno, conforto e tranquilidade absoluta traçam o perfil deste conjunto turístico.
Recuperado pelo arquiteto Álvaro Siza Vieira, o Spa Termal (antigo Balneário Termal) disponibiliza uma vasta seleção de massagens, tratamentos termais e de estética, partilhando as suas áreas com uma piscina interior com circuitos de águas, sauna e banho turco. O Parque Termal de Pedras Salgadas, com origem na segunda metade do séc. XIX, é um dos mais belos parques do interior de Portugal. Os cerca de oito quilómetros de caminhos percorrem diversas fontes termais que contêm água com benefícios comprovados para o organismo. O percurso pela alameda principal do Parque mostra a riqueza da sua história, ao mesmo tempo que dá acesso a outros serviços como, por exemplo, piscina exterior, campo de minigolfe, parque infantil e um atraente lago, com uma área superior a 3000 m2, onde se podem realizar passeios de barco. Este novo destino turístico sugere ainda um vasto leque de atividades ao ar livre, tais como, a ciclovia, que liga Pedras Salgadas a Vila Pouca de Aguiar, e circuitos de BTT devidamente identificados. Também são possíveis experiências mais radicais, como slide, rafting ou outras mais tranquilas, como visitas guiadas às Minas de Ouro Romanas, aos museus locais ou passeios pelo rio Douro.
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
No negócio do turismo, a operação de Vidago Palace Hotel, depois das profundas obras de remodelação levadas a cabo, registou em 2012 o segundo ano de atividade em pleno. Posicionado no segmento de luxo, o Vidago Palace tem como target os consumidores da classe alta, acima dos 35 anos, bem como o segmento MICE (Congressos, Seminários e Incentivos). A atividade principal deste empreendimento turístico centra-se no alojamento, tendo este representado 45% do volume de negócios de 2012. Em segundo lugar, posicionou-se a restauração (F&B), com 38%, seguida do golfe, com 10% e do Spa, com 7%.
72 73
Investimos tudo nas nossas marcas
Todas as marcas do portefólio Unicer registaram variações positivas, nomeadamente Carlsberg, Cristal e Super Bock, o que nos permitiu reforçar a nossa liderança.
Num ano marcado pela retração económica e consequente redução do consumo privado, a Unicer manteve a estratégia de prosseguir o investimento nas suas marcas, de forma seletiva e focada, o que resultou num reforço da posição competitiva e na preferência clara por parte dos clientes e consumidores. Apesar deste contexto negativo, reforçámos o peso no mercado e conquistámos quota de mercado nas marcas e categorias prioritárias, como é o caso da cerveja, onde a liderança foi reforçada com uma quota em valor de 49,2%*. Aliás, todas as marcas do portefólio Unicer registaram variações positivas, nomeadamente Carlsberg, Cristal e Super Bock. * Fonte: Nielsen – Quota Mercado Valor – dezembro 2012.
A performance da marca Super Bock foi conseguida num ano em que esta foi alvo de alguns importantes projetos de desenvolvimento. O projeto “Identity” renovou por completo a identidade visual da marca, em termos de packaging, comunicação e imagem no ponto de venda. Foi introduzida uma nova ideia criativa, traduzida numa nova assinatura de marca - “A Vida é Super”-, que foi transversalmente adotada em todas as peças de comunicação e nos diferentes pontos de contacto com o consumidor. A área digital e de marketing interativo voltou a ser uma área privilegiada de iniciativas Super Bock, das quais destacamos a campanha de “Mudar o botão de like do Facebook”, que envolveu mais de 100.000 consumidores. A forte interatividade entre a marca e os seus consumidores foi comprovada pelos 200.000 novos fãs conquistados e pelas mais de 400.000 interações registadas na página de Facebook ao longo do ano. O reconhecimento público desta atividade traduziu-se pela eleição de Super Bock nos “Prémios Sapo”, como a marca digital do ano.
O verão continuou a ser um ponto alto Super Bock em termos de comunicação, no que a marca foi alvo de uma campanha específica associada à iniciativa “7 Maravilhas Praias de Portugal”, da qual foi um dos patrocinadores. Os patrocínios na área da música e do futebol continuaram a dar um forte contributo para a dinamização da marca junto de grupos-alvo muito relevantes. Na música, destacou-se a 18ª edição do Super Bock Super Rock, bem como a presença da marca na maioria dos outros festivais de verão. Sublinhe-se ainda a renovação da parceria com o Pavilhão Atlântico, o maior recinto de espetáculos de Portugal. No futebol, foi privilegiada a dinamização de atividades junto dos adeptos dos clubes patrocinados pela marca, através da plataforma Super Bock Super Adeptos. A marca Carlsberg alcançou igualmente uma excelente performance em 2012, com o reforço da sua quota no segmento premium. O Euro 2012 constituiu uma ótima oportunidade
Campanha institucional “Um
Cristal foi outra marca que cumpriu uma função importante, adequando neste caso a sua oferta ao comportamento dos consumidores em períodos de recessão. Apresentando um posicionamento de “preço económico” e através de um sortido focado em unidades de consumo individuais, a marca conseguiu conquistar quota de mercado, satisfazendo os consumidores focados em baixar o custo da conta do supermercado. No mercado interno, refira-se ainda o envolvimento da Unicer na campanha institucional levada a cabo pela APCV - Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja, que teve por objetivo a valorização da cerveja e do respetivo setor, quer na componente económica e social, quer na área da saúde e nutrição.
No mercado externo, as marcas de cerveja Unicer em Angola registaram um ano de crescimento e de forte atividade. Super Bock apostou numa posição inovadora e vanguardista no mercado, com o lançamento da caixa “Gela Fácil”. Cristal apresentou uma nova campanha de comunicação, protagonizada pelo emblemático músico angolano, Paulo Flores.
Brinde à Cerveja”, APCV Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja
As marcas de cerveja Unicer em Angola registaram um ano de crescimento e de forte atividade.
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
de comunicação e a possibilidade de lançar campanhas diferenciadoras, como foi o caso da dinamização do Euro Lounge, no Centro Cultural de Belém, local que permitiu reforçar o carácter premium e diferenciador da marca.
74 75
Em relação ao sector das águas com gás, Pedras reforçou a sua liderança, com uma quota em valor de 51,3%*. A marca apresentou uma campanha de comunicação (TV e Outdoor) com a atriz portuguesa Daniela Ruah, que assumiu o papel de embaixadora da marca Pedras em Portugal. O Natal, que representa tradicionalmente um período de pico de vendas, foi também alvo de uma original campanha de Pedras, que gerou excelentes resultados de vendas. A marca atingiu o número de 100.000 fãs na sua página de Facebook, o que a coloca num lugar de destaque no ranking das marcas de grande consumo presentes nas redes sociais.
Em 2012 foi ainda desenvolvido o projeto de expansão internacional de Pedras. Nesse sentido, foi elaborado o mix de marca para os mercados do Brasil e EUA, criando condições para que em 2013 se venham a implementar as atividades comerciais e de desenvolvimento de marca identificadas no plano. * Fonte: Nielsen – Total Mercado (INA+INCIM+LIDL) - Quota Mercado Valor.
Pedras reforçou a sua liderança, com uma quota em valor de 47,9%.
Nas águas lisas, a implementação do projeto” Competitive”, focado na identificação de poupanças e otimização da cadeia de valor, permitiu a obtenção de uma redução de custos significativo e dotou a Unicer de um nível de eficiência e competitividade que possibilitou a realização de negócios de fornecimento para terceiros, nomeadamente para clientes Off Trade. Esses volumes permitiram compensar a queda registada no volume das marcas Unicer e atingir um volume de vendas da categoria 7% acima do ano anterior.
De acordo com o objetivo estratégico de desenvolvimento de categorias que assegurem o recrutamento de novos consumidores, a marca Somersby beneficiou de um conjunto de apoios de comunicação e distribuição que asseguraram o estabelecimento de uma base de consumidores fiéis. Ao atingir a fasquia dos 500 mil litros, Somersby mostrou potencial para ser uma aposta sólida da empresa e representar uma proposta relevante para um grupo de consumidores complementar ao
de cerveja, com particular ênfase no consumidor feminino. Ao nível da Investigação e Desenvolvimento, mantivemos a forte aposta no desenvolvimento de iniciativas, tanto internas como externas, através de parcerias com os fornecedores e com Entidades do Sistema Científico e Tecnológico. Entre os diferentes projetos, destacamos aqueles que resultam das colaborações com a Universidade Católica Portuguesa, através da Escola Superior de Biotecnologia, a Universidade do Porto, a Universidade de Aveiro e a Universidade do Minho.
Promover uma vida saudável A Unicer está atenta à saúde de todos e, por isso, apresenta várias iniciativas que visam apoiar e sensibilizar os consumidores e o público em geral para a importância da adoção de um estilo de vida ativo e saudável. São casos exemplares, a melhoria da informação nutricional nas embalagens e nos suportes online das nossas marcas; a promoção de produtos com Baixo Índice Glicémico (gama Pedras Sabores e Vitalis Sabores); e a melhoria dos perfis nutricionais
de Vitalis Sabores, Frutea, Frutis e Snappy Cola. A marca Vitalis tem assumido um papel preponderante, sendo uma bandeira na promoção de estilos de vida saudáveis e no incentivo para que todos os cidadãos pratiquem desporto. Reconhecida já como “água oficial das maratonas” em Portugal, o apoio da marca Vitalis a competições desportivas é constante, com especial atenção para o público mais jovem.
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
Foi ainda dada continuidade à iniciativa “Vitalis - Bebida Solidária”, uma ação de responsabilidade social e de apoio à educação de crianças socialmente desfavorecidas. Realizada pelo 2º ano consecutivo, em colaboração com a SIC Esperança, a iniciativa apoiou 500 famílias portuguesas carenciadas.
76 77
Mercado Interno com mais visibilidade e melhores resultados No canal alimentar ou Off Trade, o ano de 2012 fechou com volumes em cerveja idênticos aos do ano anterior. Tendo em conta a crise económica, esta performance foi alcançada em grande parte devido às atividades desenvolvidas nos pontos de venda das diferentes insígnias, tais como feiras e promoções – valorizadas muito positivamente pelos clientes – cujo contributo foi decisivo para manter a relevância das nossas marcas no carrinho de compras dos consumidores. Em 2012 reforçámos ainda junto dos clientes a perceção de empresa sustentável. Quando questionados sobre o nosso empenho no desenvolvimento sustentável, 85% dos clientes responderem que estão satisfeitos (Estudo de Satisfação dirigido ao canal Off Trade). Ao nível da rede de distribuição On Trade, destaca-se a implementação com enorme sucesso do projeto de visibilidade Super Bock. No canal Horeca foi selecionado um conjunto de clientes de maior visibilidade e consumo, nos quais foram instalados materiais que reforçaram eficazmente a visibilidade da marca. Para além
deste conjunto, durante um período de 15 semanas, cerca de 14 mil pontos de venda foram contactados, o que correspondeu a cerca de 6 mil novas colocações. Esta iniciativa revelou-se fundamental para a manutenção da liderança da marca Super Bock neste canal. Ainda no canal On Trade, melhorámos a eficiência nas operações diretas, quer por via da melhoria da rentabilidade, eficiência logística, tesouraria, quer por via do desenvolvimento de novos modelos de trabalho, de que é exemplo a introdução da televenda na operação. Apelidado de “Unicer Direto”, este serviço, que se apoia fortemente nas novas tecnologias informáticas, permite responder de forma rápida e eficaz a inúmeras solicitações, desde o pedido de um serviço de Assistência Técnica à colocação de encomendas.
Liderança destacada na exportação de cerveja
No entanto, o ano de 2012 ficou marcado por dificuldades acrescidas e alheias à gestão, como são exemplo as greves nos portos em Portugal, que soubemos ultrapassar com determinação e competência. Analisando o desempenho da atividade internacional, os mercados Angolano e Europeu foram os que mais contribuíram para o nosso crescimento, com resultados muito acima da média. Consequência do trabalho desenvolvido em todos os mercados, a posição destacada da Unicer na liderança das exportações de cerveja portuguesa não foi minimamente beliscada.
O principal mercado externo continua a ser Angola, pelo que procurámos acompanhar os consumidores, percebendo as suas necessidades e os seus anseios. Apostámos constantemente numa forte comunicação das marcas Unicer e em lançamentos de produtos específicos, tal como a caixa “Gela Fácil” Super Bock, lançada no final do ano. Esta dinâmica foi determinante para podermos acompanhar o crescimento do mercado. O planeamento da atividade internacional focalizou-se no desenvolvimento e implementação de projetos estruturantes, em diferentes geografias, tais como o Brasil, Estados Unidos da América, Moçambique e Reino Unido. Foram constituídas equipas de execução e identificados colaboradores para implementarem localmente as atividades programadas pelas equipas de projeto. As marcas Super Bock e Pedras foram as protagonistas de um filme com um final feliz.
A acompanhar o crescimento de resultados, a Unicer respondeu com o reforço de investimento em visibilidade para as marcas e no reforço da equipa residente fora de Portugal. A maior proximidade para identificar oportunidades, bem como a gestão cuidada destes recursos, estiveram por trás do sucesso nas vendas e um “Ebit” da empresa acima do esperado.
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
A conquista do mercado externo superou os resultados de 2011. Tendo em consideração o contexto internacional e interno em que a Unicer está inserida, este resultado foi um sucesso, tanto em volume como em valor.
78 79
A cadeia logística: uma máquina bem oleada
Como se constrói a Unicer do futuro
Ao longo do ano e em todas as áreas que integram o Supply Chain, o serviço, a eficiência, a qualidade e a segurança foram os pilares fundamentais do nosso trabalho. O objetivo de assegurar o desenvolvimento e a permanente adequação e competitividade dos recursos produtivos, logísticos e de pessoas, foi ao longo do ano reforçado pela implementação de uma cultura de melhoria contínua (Lean), alargada a todos os colaboradores do Supply Chain.
O ano de 2012 é um marco histórico na área das cervejas e refrigerantes, já que marca o início da implementação de um plano estratégico de desenvolvimento das áreas de produção e logística, envolvendo um investimento de 100 milhões de euros. Na verdade, deu-se início à modernização do centro de produção de Leça do Balio, dotando-o de uma capacidade de produção de 450 milhões de litros de cerveja por ano. O investimento em curso engloba todas as áreas do processo produtivo, desde a produção de cerveja e enchimento, até toda a área de utilidades, dotando a fábrica dos meios mais avançados e inovadores, que garantirão um padrão de qualidade e eficiência ao nível das melhores fábricas europeias. Nas águas com gás, o ano fica caracterizado pelo foco na eficiência, em especial na área energética, tendo em consideração a implementação de uma solução de produção de ener-
Maqueta do projeto de investimento no Centro de Produção de Leça do Balio
gia térmica baseada em gás natural, substituindo, assim, o consumo de fuel. Em todas as unidades de produção de águas lisas prosseguiu-se com o plano de consolidação da atividade operacional, focada na utilização intensiva dos recursos e de ganhos de eficiência, sendo esta diretriz essencial para manter a rentabilidade do segmento. Nas águas lisas, destaca-se o contrato estabelecido com um cliente internacional, para o qual foi fundamental o rigor a nível da qualidade e segurança alimentar demonstrado pela área da produção e logística. Na área da produção de vinhos, destaca-se o início da internalização do enchimento de vinhos engarrafados na Quinta do Minho, aproveitando a capacidade disponível e obtendo as economias de escala com ganhos de eficiência significativos.
O efeito acelerador dos ativos logísticos
Em termos de custos das principais matérias primas e energia, assistimos a um significativo aumento resultante dos condicionalismos dos mercados internacionais, o que foi parcialmente compensado com diversas iniciativas de melhoria da eficiência de utilização destes recursos. De realçar, ao nível dos materiais, o trabalho realizado nas garrafas PET no sentido de reduzir o seu peso, tornando-as mais leves do mercado e contribuindo assim de forma significativa para a sustentabilidade do negócio. O desenvolvimento das pessoas fortalecendo uma cultura de melhoria contínua (Lean), potenciou também o contributo de cada um para a melhoria da eficiência dos processos, da qualidade dos produtos, do serviço prestado aos clientes e da estrutura de custos de todo a área de Supply Chain.
Globalmente, a atividade na área Logística cumpriu escrupulosamente o abastecimento aos clientes. Trata-se de uma missão complexa, para a qual contou a boa performance das plataformas e da distribuição, o controlo do desempenho dos transportadores e operadores logísticos e a gestão das capacidades de carga e descarga. Com a paulatina subida dos preços de combustível, os custos de transporte foram contrariados com sucesso através de um aumento da eficiência na cadeia logística. Este esforço permitiu manter dentro do previsto os custos logísticos, em 2012. A greve ocorrida no último quadrimestre nos portos do centro e sul do país afetou também negativamente a eficiência da cadeia logística e obrigou-nos a adaptar a operação de forma a minimizar os seus impactos económicos. Destacou-se a maturidade da ferramenta de medição do nível de serviço da Unicer aos clientes, mais completa e exigente, percorrendo toda a cadeia de valor e incluindo as incidências após a entrega, bem como o início da implementação do sistema de gestão dos armazéns das fábricas de águas. UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
O peso gigante dos pequenos detalhes
O ano de 2012 voltou a ser marcado pela melhoria da eficiência logística, em resultado da otimização dos stocks na cadeia, da reestruturação da rede de distribuição do canal estratégico e de uma melhor rentabilização dos ativos logísticos.
80 81
E tudo começa na matéria prima A Maltibérica fechou o ano com resultados líquidos superiores em 8,1% face aos verificados em 2011. Esta evolução ficou a dever-se a três fatores: o aumento das quantidades vendidas (mais 7,6%); a concretização eficaz do plano de aprovisionamento de matéria prima; e a confirmação dos ganhos de rentabilidade da cogeração energética na unidade do Poceirão. A empresa alargou, no mesmo período, o número de clientes em Portugal o que, por si só, justificou um crescimento das vendas de 3,8% em volume. O projeto de incentivo à fileira nacional de cevada para malte obteve resultados francamente positivos face a 2011. A Maltibérica registou ainda um aumento de 35% das quantidades aprovisionadas e de 20% das áreas contratadas. Num ano que ficou historicamente marcado por um cenário de preços elevados para os cereais nos mercados internacionais, a empresa soube garantir a execução de um plano de compras anual “em spot” da cevada dística, o que atenuou a exposição ao custo inflacionado.
Excelência reconhecida A obtenção de medalhas e prémios confirmou o reconhecimento nacional e internacional da excelente qualidade dos nossos produtos ou do design inovador das diferentes embalagens. 2012 não foi um ano de exceção, com as nossas marcas a receberem diferentes distinções prestigiantes, das quais destacamos: Quinta do Minho 2010 Medalha de Prata “Bacchus”, Espanha Planura Reserva 2008 Medalha de Ouro “China Wine Awards”, Hong Kong Mazouco Reserva 2008 Medalha de Prata “China Wine Awards”, Hong Kong Quinta do Minho 2011 Medalha de Ouro “China Wine Awards”, Hong Kong Tulipa Medalha de Prata “China Wine Awards”, Hong Kong Planura TT 2010 Medalha de Ouro “Mundus Vini”, Alemanha
Política integrada da Qualidade, Ambiente e Segurança A política Integrada da Qualidade, Ambiente e Segurança determina em grande parte o sucesso das nossas marcas, uma vez que é através dela que garantimos o cumprimento, não só dos regulamentos, legislação e de outros requisitos subscritos pela empresa, como também promovemos a melhoria contínua ao longo da cadeia de valor, adotando as melhores práticas. Deste modo, avaliamos regularmente o nosso desempenho de acordo com indicadores específicos, disponibilizando-os a todos os interessados, e promovemos o desenvolvimento das competências dos nossos colaboradores assegurando a sua formação contínua. Além disso, fomentamos a investigação,
o desenvolvimento e a inovação, e acreditamos que a comunicação eficaz é a chave para o envolvimento de todos. Alguns princípios orientadores tornam, por isso, o nosso trabalho mais eficaz e contribuem para um desempenho excelente. Na área da qualidade, apostamos na maior proximidade com o cliente/consumidor, dinamizando a adequada monitorização dos processos, apoiada nos “donos” dos processos, e melhorando a resolução de problemas, desenvolvendo metodologias de análise e sublinhando a cultura de “fazer bem à primeira”.
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
Super Bock Medalha de Ouro no “Monde Selection de la Qualité”, Bruxelas Super Bock Stout Medalha de Ouro no “Monde Selection de la Qualité”, Bruxelas Super Bock Classic Medalha de Ouro no “Monde Selection de la Qualité”, Bruxelas Super Bock Sem Álcool Medalha de Ouro no “Monde Selection de la Qualité”, Bruxelas Super Bock Sem Álcool 0,0% Medalha de Ouro no “Monde Selection de la Qualité”, Bruxelas Pedras Grande Medalha de Ouro no “Monde Selection de la Qualité”, Bruxelas Sabor do Ano, Espanha iTQi Prémio Sabor 3 Estrelas, Bruxelas Sangria Sabor do Ano, Portugal Planura Tinto 2009 Medalha de Bronze “International Wine Challenge”, Reino Unido Quinta do Minho 2010 e Planura Tinto 2009 Medalhas de Bronze no “International Wine & Spirit Competition”, Reino Unido Mazouco Reserva 2008 Medalha de Ouro “Citadelles du Vin”, França Planura Reserva 2008 e Planura Tinto 2010 Medalhas de Prata de Prata “Concours Mondial Bruxelles”, Bruxelas
82 83
Através de ensaios laboratoriais, é garantida a produção de resultados tecnicamente válidos, executados de acordo com os métodos estabelecidos. Promovemos elevados níveis de qualidade de serviço de acordo com os requisitos dos clientes e garantimos elevados níveis de competências técnicas e estruturas laboratoriais adequadas, por forma a cumprir sempre com os requisitos da Norma NP EN ISO 17025. A aplicação do Sistema de Gestão Integrado da Unicer compreende quatro atividades: o fabrico e enchimento de Cervejas, Refrigerantes, Sumos, Néctares, Vinhos, Sangrias e Sidras; a captação e engarrafamento de Águas Minerais Naturais (Pedras, Vidago, Vitalis) e de Nascente (Caramulo); a comercialização e distribuição de bebidas; e a prestação de serviços de Assistência Técnica a equipamentos relacionados com a atividade. Este Sistema de Gestão Integrado tem como modelo as Normas NP EN ISO 9001 – Sistemas de Gestão da Qualidade, NP EN 22000 – Sistema de Gestão da Segurança Alimentar, NP EN ISO 14001 – Sistema de Gestão Ambiental e OHSAS 18001 – Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho. O mesmo sistema está certificado pelos referenciais ISO 9001:2008 – Sistemas de Gestão da Qualidade (desde de 2000) e ISO 14001:2004 (desde de 2009) e está em vias de conclusão a certificação pelos referenciais ISO2200:2005 e OHSAS 18001:2007. Na área do ambiente, a Unicer promove a prevenção e controlo integrados da poluição; fomenta a ecoeficiência de processos e produtos promovendo o uso sustentável da água, a utilização racional de energia e assegurando a integração de critérios ambientais na seleção de matérias primas e de embalagens; e minimiza impactes ambientais, promovendo a redução de emissões
para o ar e para a água; dos resíduos gerados e privilegiando soluções de reutilização e de valorização. Outra área primordial é a da segurança e saúde no trabalho. Neste âmbito, prevenimos os acidentes de trabalho e as doenças profissionais estabelecendo e revendo objectivos que visem a redução da sua ocorrência e da sua gravidade. Estabelecemos ainda níveis elevados de segurança das máquinas e equipamentos de trabalho e garantimos a existência de locais, sistemas e métodos de trabalho seguros. Através da área da Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI) pretende-se renovar e melhorar contínua e eficazmente o portefólio dos produtos Unicer. Além disso, o objetivo é incorporar eficazmente os desenvolvimentos científicos e tecnológicos nos processos e produtos, e ser a referência nacional para os stakeholders em IDI no negócio das bebidas. Na área da segurança alimentar, adoptamos o tratamento de reclamações como um instrumento de identificação e prevenção de potenciais motivos de insatisfação. Sabemos que só através de elevados níveis de segurança alimentar, que minimizam os riscos e estimulam a cultura de responsabilidade, conseguimos obter a confiança do consumidor. Nesta área, torna-se igualmente fulcral comunicar e colaborar com os órgãos oficiais e setoriais na área de segurança alimentar. Finalmente, o sistema de gestão de segurança alimentar é alvo de revisão sistemática com base no cumprimento dos seus objectivos. Como se sabe, a segurança alimentar está relacionada com a presença de perigos para os consumidores associados aos géneros alimentícios e que podem surgir em qualquer etapa da cadeia alimentar. Torna-se, por isso, essencial a existência de um controlo adequado ao longo da mesma.
Este processo integra os princípios do Sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controlo (HACCP) e as etapas de aplicação desenvolvidas pela Comissão do Codex Alimentarius. O Sistema de Gestão da Segurança Alimentar (SGSA) opera na cadeia alimentar e é aplicável a todas as unidades da Unicer, independentemente da sua dimensão, desde que estejam envolvidas com qualquer aspeto da cadeia alimentar. A Unicer estabeleceu os meios e responsabilidades pela comunicação ao longo da cadeia alimentar que é constituída por fornecedores, clientes e/ou consumidores, autoridades estatutárias e regulamentares, ou outras partes interessadas, sendo que as autoridades relativas à comunicação de segurança alimentar do produto estão descritas no Manual de Gestão de Crise. Esta comunicação é efetuada utilizando alguns meios relevantes, como seja a formalização de especificações com o fornecedor, cuja performance é avaliada periodicamente. Também do lado dos clientes e consumidores estes dispõem de fichas técnicas no site da empresa e informação relevante nos rótulos do produto, bem como de uma linha de comunicação dos consumidores com a empresa nas áreas de informação nutritiva e reclamação.
Auditorias Com o objetivo de garantir a qualidade, ambiente e segurança de forma transversal, a Direção da Qualidade realiza periodicamente auditorias internas, bem como a fornecedores e clientes. Em 2012, foram realizadas 24 auditorias a fornecedores (5 de matérias primas, 7 de materiais de embalagem e 12 de serviços); 13 auditorias internas integradas, incluindo centros de produção e plataformas logísticas; e 1520 auditorias a pontos de venda.
Rotulagem Relativamente à rotulagem dos produtos Unicer, a sua elaboração contempla não só a legislação em vigor, mas a transmissão de uma forma simples e clara de diversas informações e esclarecimentos aos consumidores. Para além da informação de carácter legal (como seja a lista de ingredientes), disponibilizamos ainda um conjunto de informações, quantitativas e qualitativas, de interesse para os consumidores, como sejam os avisos para grávidas nos produtos com álcool, ou a referência ao modo de conservação do respectivo produto. A elaboração da rotulagem dos produtos é realizada pela Direção da Qualidade e tem por base as ações de controlo da conformidade legal do produto desenvolvido desde as matérias-primas ao produto final, com base nos requisitos de qualidade e segurança alimentar. A rotulagem dos produtos é definida tendo por suporte uma Check list de rotulagem onde constam todas as informação legais necessárias ao consumidor, nos vários idiomas dos mercados a que se destinam os produtos.
Também a indicação da Linha do Consumidor e o endereço do site Unicer em todos os produtos permite estabelecer canais de comunicação com os clientes e consumidores através dos quais prestamos toda a informação adicional solicitada.
A Satisfação total dos nossos clientes é o nosso objetivo Na Unicer avaliamos a satisfação dos clientes tendo em vista o desenvolvimento de ações que levem ao aumento do nível de satisfação em relação aos produtos e serviços disponibilizados. Por isso, a área de Estudos de Mercado do Marketing realiza pesquisas periódicas de satisfação, através de entrevistas pessoais aos clientes On Trade e Off Trade, abrangendo as áreas comerciais e de vendas, a distribuição e logística e ainda o apoio administrativo a clientes. O objetivo destes estudos é aprofundar e sistematizar o conhecimento que temos dos clientes e melhorar as nossas relações com todos.
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
Este sistema é medido através de indicadores de gestão, tais como os índices de Qualidade de Produto Acabado (IQPA), Right First Time (RFT), Clean Brewery e Clean Plant, o número de reclamações de produto, o tempo de resposta às reclamações, os resultados dos exercícios de rastreabilidade (eficácia e tempo de atuação), ou os índices de material e produto não conforme.
84 85
VERIFICAÇÃO EXTERNA
86
87
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
88
89
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
Ă?NDICE Global Reporting Initiative (GRI 3)
GRI
Página
1. ESTRATÉGIA E ANÁLISE 1.1
Mensagem do Presidente
1.2
Descrição dos principais impactos, riscos e oportunidades
8-9 28 - 33
2. PERFIL ORGANIZACIONAL 2.1
Nome da organização
2.2
Principais marcas, produtos e/ou serviços
2.3
Estrutura operacional da organização
2.4
Localização da sede da organização
7
2.5
Países em que a organização opera
7, 14
2.6
Tipo e natureza jurídica da organização
12
2.7
Mercados servidos
15
2.8
Dimensão da organização
2.9
Mudanças significativas realizadas
2.10
Prémios/reconhecimentos recebidos
7 13 13, 15
10, 11 4, 7 23-25, 83
3. PARÂMETROS DO RELATÓRIO 3.1
Período a que se referem as informações
7
3.2
Data do relatório mais recente
3.3
Ciclo de reporte
3.4
Contactos para questões relacionadas com o relatório ou o seu conteúdo
3.5
Processo para a definição do conteúdo do relatório
6, 7
3.6
Limites do relatório
6, 7
3.7
Outras limitações de âmbito específico
6, 7
4, 7
7
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
7
90 91
3.8
Base para a elaboração do relatório no que se refere a joint ventures, subsidiárias, instalações
6, 7
arrendadas, operações subcontratadas e outras organizações que possam afectar significativamente a comparabilidade entre períodos e/ou entre organizações 3.9
Técnicas de medição de dados e as bases de cálculo
3.10
Explicação da natureza e das consequências de qualquer reformulação de informações
6, 7, 48, 59 6, 7
contidas em relatórios anteriores 3.11
Mudanças significativas em comparação com anos anteriores
6, 7
Índice de Conteúdo do GRI 3.12
Tabela que identifica a localização de cada elemento do relatório da GRI
90-95
Verificação 3.13
Políticas e procedimentos actuais existentes para fornecer verificações externas do relatório
7, 86-89
4. GOVERNAÇÃO 4.1
Estrutura de Governação
4.2
Indicação caso o presidente do mais alto órgão de governação também seja um director
13, 14, 18-19 18-19
executivo (e suas funções dentro da administração da organização) 4.3
Declaração do número de membros independentes ou não-executivos
19
4.4
Mecanismos que permitem aos acionistas e trabalhadores fazerem recomendações ao mais
18
4.5
Relação entre remuneração dos membros do mais alto órgão de governação, diretoria
alto órgão de governação 18
executiva e demais executivos e o desempenho da organização (incluindo desempenho social e ambiental) 4.6
Processos em vigor no mais alto órgão de governação para assegurar que conflitos de
4.7
Processo para determinação das qualificações e conhecimento dos membros do mais alto
18
interesse sejam evitados 18
órgão de governação para definir a estratégia da organização para questões relacionadas com temas económicos, ambientais e sociais 4.8
Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios internos relevantes para o
4.9
Procedimentos do mais alto órgão de governação para supervisionar a identificação e gestão
17, 28, 83-85
desempenho económico, ambiental e social, assim como o estado de sua implementação 18-19
por parte da organização do desempenho económico, ambiental e social, incluindo riscos e oportunidades relevantes, assim como a adesão ou conformidade com normas acordadas internacionalmente, códigos de conduta e princípios 4.10
Processos para a auto-avaliação do desempenho do mais alto órgão de governança, especial-
18
mente com respeito ao desempenho económico, ambiental e social 4.11
Explicação sobre como o princípio de precaução é tratado pela organização
4.12
Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de carácter económico,
19 26, 27
ambiental e social que a organização subscreve ou endosse 4.13
Participação em associações (como federações de indústrias) e/ou organismos nacionais/ internacionais de defesa
26-27
Participação das Partes Interessadas 4.14
Lista das principais partes interessadas da organização
20-21
4.15
Base para identificação e seleção das principais partes interessadas
20-22
4.16
Formas de consulta às partes interessadas
20-21
4.17
Principais questões e preocupações apontadas pelos interessados como resultado da
20-22
consulta e como a organização responde a estas questões e preocupações
Forma de gestão
16-17, 29-30
ASPECTO: DESEMPENHO ECONÓMICO EC1
Valor económico direto gerado e distribuído
70
EC2
Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as atividades da organização,
29
EC3
Cobertura das obrigações em matéria de plano de benefícios da organização
71
EC4
Benefícios financeiros significativos, recebidos pelo governo
72
devido às alterações climáticas
ASPECTO: PRESENÇA NO MERCADO EC6
Política, práticas e proporção das despesas em fornecedores locais
72
ASPECTO: IMPACTOS ECONÓMICOS INDIRETOS EC8
Desenvolvimento e impacto de investimentos em infraestruturas e serviços fornecidos,
73
essencialmente para benefício público através de compromisso comercial em géneros ou sem fins lucrativos EC9
Identificação e descrição de impactes económicos indiretos significativos, incluindo a
73
extensão dos impactes
Forma de gestão
16-17, 29-30, 34-38, 83-85
ASPECTO: MATERIAIS EN1
Consumo de materiais por peso ou volume
38-39
ASPECTO: ENERGIA EN3
Consumo direto de energia, segmentado por fonte primária
36, 40
EN4
Consumo indireto de energia, segmentado por fonte primária
36, 41
Energia economizada devido a melhorias em conservação e eficiência Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia, ou que usem
41 40-41
energia gerada por recursos renováveis, e a redução na necessidade de energia resultante dessas iniciativas EN7
Iniciativas para redução do consumo indireto de energia e a redução alcançada
41
ASPECTO: ÁGUA EN8
Consumo total de água, segmentado por fonte
EN10
Percentagem e volume total de água reciclada e reutilizada
36, 43 36
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
EN5 EN6
92 93
ASPECTO: EMISSÕES, EFLUENTES E RESÍDUOS EN16
Total de emissões de gases com efeito de estufa, directas e indirectas
EN18
Iniciativas de redução das emissões de gases com efeito de estufa e a redução alcançada
36, 42 42
EN19
Emissões de substâncias destruidoras de ozono
44
EN20
NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas
44
EN21
Total de efluentes líquidos produzidos, por qualidade e por destino
44-45
EN22
Total de resíduos produzidos, por tipo e por método de tratamento
46
EN23
Número e volume total de derrames significativos
45
ASPECTO: PRODUTOS E SERVIÇOS EN26
Impactes ambientais dos produtos e serviços da organização
36-37
EN27
Percentagem recuperada dos produtos vendidos e das suas respectivas embalagens
38-39
ASPECTO: CONFORMIDADE EN28
Valor monetário de multas significativas e o número total de sanções não-monetárias, pelo
47
não cumprimento das leis e regulações ambientais
Forma de gestão
16-17, 29-30, 50
ASPECTO: EMPREGO LA1
Mão-de-obra total por tipo de emprego (tempo integral ou parcial), tipo de contrato de
50, 52
trabalho (integral ou parcial) e por região LA2
Taxa de rotatividade por faixa etária, género e região
50-51
ASPECTO: TRABALHO/RELAÇÕES DE GESTÃO LA4
Percentagem de empregados representados por organizações sindicais e abrangidos por
50
acordo de negociação ASPECTO: SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL LA7
Rácios de acidentes, doenças profissionais, dias perdidos, absentismo e número de óbitos
59
relacionados com o trabalho (incluindo trabalhadores subcontratados), por região LA8
Educação, formação, aconselhamento, prevenção e programas de controlo de risco para
57-61
assistir os colaboradores, as suas famílias, ou membos da comunidade, a respeito de doenças ASPECTO: FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO LA10
Média de horas de formação por ano, por empregado e por categoria
LA11
Programas para gestão de competências e aprendizagem ao longo da vida que suportem a
56 55-57
empregabilidade dos empregados e os assistam na gestão dos objetivos de carreira ASPECTO: DIVERSIDADE E IGUALDADE DE OPORTUNIDADES LA13
Composição dos órgãos de governação e discriminação dos colaboradores por género, faixa
52
etária, minorias e outros indicadores de diversidade
Forma de gestão
16-17, 29-30
ASPECTO: INVESTIMENTO E PRÁTICAS DE PROCUREMENT HR2
Percentagem de Empresas contratadas e fornecedores críticos que foram submetidos a aval-
72
iações referentes a direitos humanos e as medidas tomadas ASPECTO: TRABALHO INFANTIL HR6
Operações identificadas como tendo risco significativo de ocorrência de trabalho infantil e as medidas tomadas para contribuir para a abolição do trabalho infantil ASPECTO: TRABALHO FORÇADO E COMPULSÓRIO
nenhuma
ASPECTO: DIREITOS INDÍGENAS HR9
Número total de ocorrências de violações de direitos das populações indígenas e ações tomadas
Forma de gestão
nenhuma
16-17, 29-30, 62
ASPECTO: COMUNIDADE SO1
Natureza, âmbito e eficácia de quaisquer programas e práticas para avaliar e gerir os
62-67
impactos das operações nas comunidades, incluindo a entrada, operação e saída ASPECTO:CORRUPÇÃO SO3
Percentagem de colaboradores formados nas políticas e procedimentos de anti-corrupção da
não existe
organização SO4
Ações como resposta a ocorrência de situações de corrupção
não existe
ASPECTO: POLÍTICA PÚBLICA SO5
Posições quanto a políticas públicas e participação na elaboração de políticas públicas e lobbies
Forma de gestão
não existe
16-17, 29-30, 82-85
ASPECTO: SAÚDE E SEGURANÇA DO CONSUMIDOR PR1
Fases do ciclo de vida de produtos e serviços em que os impactos na saúde e segurança são
84
avaliados visando melhoria, e a percentagem de produtos e serviços sujeitos a esses procedimentos ASPECTO: ROTULAGEM DE PRODUTOS E SERVIÇOS PR3
Tipo de informação dos produtos e servidos requeridos pelos procedimentos e percentagem
PR5
Práticas relacionadas com a satisfação do cliente, incluindo resultados de pesquisas que
84
de produtos e serviços sujeitos a tais requisitos de informação 78-79
UNICER | RELATÓRIO DE GESTÃO | 2012
medem essa satisfação
94 95
EDIÇÃO UNICER - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A. DESIGN LMS Design IMPRESSÃO Gráfica Maiadouro PÓS-PRODUÇÃO Cais Recicla (colagem de rótulos na capa deste relatório foi efetuada pela oficina Cais Recicla, projeto de empreendedorismo social). Conheça mais em www.cais.pt DEPÓSITO LEGAL 328428/11
Este relatório foi produzido de acordo com as melhores práticas ambientais. Para a sua impressão foi usado papel com a certificação FSC, usando tintas isentas de metais pesados e recorrendo a instalações cujas práticas ambientais estão certificadas de acordo com a norma ISO 14.001:2004. Mas se preferir pode optar pela consulta da versão eletrónica bilingue disponível em www.unicer.pt.