Relatório Sustentabilidade 2013 pt

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RELATÓRIO DE GESTÃO

2013


UNICER 2

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

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04

Índice Âmbito

10

Mensagem do Presidente Indicadores Relevantes

19 46

08

Perfil

12

Princípios de Negócio

Sem Sustentabilidade Não Há Negócio

32

Desempenho Ambiental

122

62

Desempenho Social

Desempenho Económico

92

Verificação do Relatório de Sustentabilidade

Índice Global Reporting Initiative

126


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RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

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Neste relatório, queremos mostrar-lhe o que fizemos nos últimos três anos – o nosso desempenho ambiental, social e económico – e apresentar a forma como desejamos continuar a produzir o futuro, com o segundo ciclo da estratégia de sustentabilidade da Unicer. Qualidade e inovação, responsabilidade ambiental e bem-estar de colaboradores, integração de Stakeholders e desempenho económico, bem como a participação ativa no desenvolvimento das comunidades onde operamos, são alguns dos territórios mais significativos a partir dos quais desenvolvemos a nossa atividade. Trata-se, sem dúvida, de uma intervenção ampla que concilia os objetivos do negócio com o envolvimento na causa comum: o progresso da sociedade e o equilíbrio do ecossistema. É com esta responsabilidade, e envolvendo sempre quem connosco se relaciona, que criamos raízes nos diferentes países onde operamos.

Tomamos como nossa uma regra da evolução: há que fazer sempre o melhor… e depois melhorar. Num movimento progressivo, agimos e enfrentamos desafios; cumprimos metas definindo logo outras. Este processo, que implica aprendizagem contínua e consciência de mundo, toma particular acuidade na área da Sustentabilidade, uma prioridade para a Unicer – apesar da volatilidade dos contextos socioeconómicos e ambientais, procuramos traçar uma linha reta que oriente o nosso futuro e o de todos os que nos rodeiam e que connosco interagem. Em 2013 encerrámos o primeiro ciclo da nossa estratégia de sustentabilidade, assumido publicamente com a apresentação dos seis eixos prioritários da nossa intervenção. Correu bem, devemos salientar. Entre provas superadas com distinção e obstáculos imprevistos a que soubemos reagir, fomos pensando e repensando na forma ideal de contribuirmos para a evolução do nosso planeta, sempre com a preocupação constante de darmos o melhor de nós.

Fazer com ética e transparência. Comunicar com clareza. São estas as raízes do nosso relatório.


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RIGOR NO CÁLCULO, INDEPENDÊNCIA NA AVALIAÇÃO

DESEMPENHO AMBIENTAL Os indicadores de desempenho ambiental consolidados que apresentamos, referem-se à produção de bebidas, incluindo as atividades auxiliares que decorrem nas nossas instalações como a logística interna, a produção de energia, o tratamento de águas e de águas residuais e as atividades sócio administrativas. No que concerne à área particular dos vinhos, foram consideradas apenas as emissões resultantes da atividade de produção em instalações próprias (Quinta do Minho, Póvoa de Lanhoso).

Este relatório foi elaborado de acordo com as regras de cálculo determinadas pelo Global Reporting Initiative (GRI3), o que assegura a definição do seu conteúdo e garante a qualidade da informação relatada e a comparabilidade dos indicadores reportados. Sempre que oportuno, apresentamos a evolução dos principais indicadores de modo a permitir uma melhor compreensão do progresso alcançado nos últimos anos. No que respeita a indicadores operacionais, resumimos esta análise a partir dos indicadores específicos, em função do volume de produção, por forma a melhor refletir a eficiência de gestão dos recursos associados.

2013

DESEMPENHO ECONÓMICO E SOCIAL

2007

2012 2010

C

Os indicadores de desempenho económico e social abrangem todas as empresas participadas do Grupo Unicer, com exceção – e no que respeita aos indicadores sociais (especificamente na área de gestão de pessoas) – das atividades do Turismo, dada a grande rotatividade que o caracteriza, e da produção de malte, por ser da competência de uma empresa com gestão autónoma.

À semelhança do Relatório de Gestão publicado em 2013, relativo ao período de 1 de Janeiro de 2012 a 31 de Dezembro de 2012, o relatório que aqui apresentamos foi submetido a verificação por uma entidade independente de reconhecida credibilidade. Esta entidade avaliou os processos de recolha, tratamento e reporte dos principais dados ambientais, sociais e económicos, constantes nesta exposição, bem como avaliou a fiabilidade da informação relacionada com os indicadores de desempenho essenciais e com os conteúdos definidos nas Diretrizes GRI G3.

Obrigatório

Auto Declarado

Opcional

Examinado por Terceiros

C+

x

B

B+

A

A+

x x

x

Examinado pela GRI

Todos os Relatórios de Gestão podem ser

Direção de Parcerias e Comunicação

consultados no site www.unicer.pt.

Unicer Bebidas de Portugal, SGPS, S.A.

Se necessitar de mais informações ou es-

Apartado 1044

clarecimentos suplementares, ou desejar

4466-955 São Mamede de Infesta

fazer comentários e sugestões, por favor

unicer.direto@unicer.pt

não hesite em contactar-nos:

www.unicer.pt

NOTA: Este relatório foi redigido ao abrigo do novo acordo ortográfico.


do Presidente

O ano de 2013 ficou marcado pela continuidade do programa de assistência financeira a Portugal que implicou, pelo segundo ano, o cumprimento de mais medidas que continuaram a afetar a vida das empresas e, de uma forma geral, a de todos os portugueses. Apesar de termos assistido a alguns sinais de melhoria na evolução económica nacional e europeia, continuámos com um contexto difícil, com o consumo privado a cair 2% e o desemprego na ordem dos 16%. Ainda não podemos afirmar que o ano passado foi de viragem, apesar dos sinais de melhoria ao longo do segundo semestre. Considerado como um dos grandes motores para o crescimento, o setor das exportações, este sim, trouxe um novo fôlego ao país, tendo sido mesmo um dos grandes impulsionadores da nossa economia ao contribuir positivamente para se alcançar um novo equilíbrio da balança comercial nacional. Os produtos e serviços portugueses são cada vez mais competitivos no exterior, ganham o seu espaço, uma nova imagem e visibilidade, mais positiva, e são percebidos pelo seu valor acrescentado. Nós, na Unicer e

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enquanto portugueses com uma competência cada vez mais internacional, muito nos orgulhamos do contributo que temos dado, ao longo dos últimos anos. Cá dentro, a nossa preocupação mantém-se em relação ao desenvolvimento do nosso principal mercado – o canal Horeca - assistindo à retração no consumo e à transferência de fora para dentro do lar. Ciosos que somos do que é nosso e das nossas marcas, temos conseguido também apoiar os nossos parceiros e vemos a nossa posição crescer em Portugal num ano em que a categoria de Cervejas cresceu 1% em valor e a categoria de Águas com Gás sofreu uma queda de cerca de 6%, também em valor. Ao ganhar quota, a Unicer conseguiu fechar o ano na liderança das bebidas refrescantes em Portugal nas suas principais categorias e traduzidas nas marcas Super Bock, Carlsberg e Pedras. Consolidámos a marca Somersby, que começou a ser produzida no nosso país, acreditando que irá ter um contributo significativo para o crescimento total do nosso negócio. Nas Águas Lisas demos continuidade ao plano de consolidação da atividade operacional nas diferentes unidades de produção, com o objetivo de otimizar os custos fixos e variáveis, que nos permitiu melhorar os resultados no final do ano. Nas Cervejas, é importante destacar que as nossas vendas aumentaram pela primeira vez desde 2004, o que representa mais 6 milhões de euros na faturação deste negócio. Já na frente internacional, a performance da Unicer evolui a bom ritmo e com novos desenvolvimentos que certamente ficarão na nossa história. Em Angola, o primeiro semestre foi afetado por adaptação a novas regras administrativas, uma situação ultrapassada até ao final do ano, mas com impacto importante na performance de 2013. O que não impediu de continuarmos na liderança destacada nas cervejas importadas. Demos significativos avanços na parceria UNICA em Angola em termos do trabalho conjunto de todos os parceiros da joint-venture relacionados com o projeto técnico e de financiamento para o arranque da constru-

ção da fábrica que tanto ambicionamos que esteja em condições de estar a produzir em 2016. A grande novidade surge do outro lado do Atlântico, no Brasil. Pela primeira vez na nossa história, a nossa Super Bock é produzida fora de portas. Com a concretização da parceria com a RioGrandense, começámos a preparar o arranque deste negócio e iniciámos um projeto-piloto que já nos permite comercializar a cerveja em dois Estados, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. No Brasil, a nossa operação fica, naturalmente, completa com Pedras, que é a marca de águas importadas que mais cresceu em 2013. É de mencionar ainda a performance sustentada na Europa, com destaque para a Suíça e França e ainda o arranque promissor em novas geografias, como Moçambique e Arábia Saudita. Quanto a resultados, a Unicer apresenta uma sólida rentabilidade operacional que se traduz em lucros de 27 milhões de euros e no aumento do EBIT para 52 M€, representando um acréscimo face ao período homólogo. De destacar que geramos um free cash flow de 30 M€ e conseguimos reduzir a dívida em 10 M€, para os 165 M€. Se considerarmos os últimos 3 anos, a nossa dívida decresceu 45 M€. Já as nossas vendas líquidas foram de 463 M€, um decréscimo de 4% face a 2012 e intimamente ligado à quebra de 33 M€ nas vendas em Angola. São resultados que, globalmente, consideramos muito positivos e sustentados, dado o contexto macroeconómico nacional e internacional, e que comprovam a nossa capacidade para prosseguir com os projetos prioritários dentro e fora de Portugal.

logístico, obras que prevemos estarem concluídas ainda em 2014, coincidindo com as comemorações dos 50 anos da nossa sede. Em meu nome e dos restantes colegas da Comissão Executiva quero terminar esta mensagem agradecendo ao meu antecessor, António Pires de Lima, pelo seu contributo exemplar ao longo dos sete anos que esteve à frente dos destinos da Unicer; ao nosso colega e amigo António Vaz Branco, cuja “obsessão” (saudável) pela nossa internacionalização nos acompanha todos os dias; aos acionistas Viacer e Carlsberg, o apoio à equipa de gestão; aos consumidores, clientes e parceiros de distribuição, pela sua preferência; aos nossos fornecedores e agricultores, a profunda e estreita colaboração na fileira; às Câmaras Municipais onde estão localizados os nossos Centros de Produção e a todas as outras entidades e agentes do Estado, pelo apoio nos nossos mais variados projetos. E um Especial agradecimento pessoal a Todos os colaboradores da Unicer, sem os quais estes resultados e a viagem que estamos a empreender não seriam possíveis, e cuja Paixão e dedicação à nossa empresa é sempre emocionante de testemunhar.

João Abecasis Presidente Executivo da Unicer SGPS, SA

Demos também novos avanços na implementação do Projeto de Investimento em Leça do Balio, ao prosseguirmos com as reconversões dos edifícios administrativos e ao dar início à construção do novo armazém

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2 Mensagem

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Indicadores

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Relevantes

INDICADORES CONSOLIDADOS 2013

Estrutura das Contas de Resultados Vendas1 Margem Bruta Ebitda Resultado Operacional2 Resultados Correntes Resultados Correntes Após Impostos Resultados Líquidos Excluindo Inter. Minor. Resultado por Ação Cash Flow (Fluxo Líquido de Tesouraria) Estrutura do Balanço Ativos Fixos Realizável a Médio e Longo Prazo Ativos Circulantes Total Ativos Capital Próprio Interesses Minoritários Passivo Financeiro Outro Passivo Capital Próprio + Passivo Gestão de Pessoas Número Médio de Colaboradores3 Número de Colaboradores a 31 Dezembro4 Média Etária Produtividade das Vendas5 Produtividade do VAB6 Custos com Pessoal + Trabalho Temporário Volume de Formação 7

Acidentes com Baixa Absentismo

Unidade de Medida

2009

10 Euros 103 Euros 103 Euros 103 Euros 103 Euros 103 Euros 103 Euros

485.690 198.422 85.970 49.300 30.740 20.914 20.200

496.775 216.407 92.104 57.926 43.535 31.058 30.357

485.701 192.438 84.285 53.077 36.018 24.852 24.167

497.904 194.637 77.314 50.021 20.825 28.355 27.625

462.843 186.338 76.791 51.184 33.147 27.383 26.696

Euro 103 Euros

0,40 34.963

0,61 42.732

0,48 40.403

0,55 36.199

0,53 30.344

103 Euros 103 Euros 103 Euros 103 Euros 103 Euros 103 Euros 103 Euros 103 Euros 103 Euros

323.103 6.979 180.739 510.821 127.595 3.644 238.402 141.180 510.821

307.324 8.088 199.186 514.597 128.147 3.709 233.201 149.541 514.597

299.410 6.026 178.855 484.292 132.215 3.745 209.425 138.906 484.292

315.052 4.579 163.136 482.768 139.695 3.838 181.412 157.823 482.768

351.558 118.145 2.802 472.504 145.745 3.854 167.534 155.371 472.504

3

2010

2011

2012

2013

Unidade de Medida Ambientais Consumo Total de Energia

GJ MJ/hl Consumo de Água m3 hl/hl Gases com Efeito de Estufa Ton kg/hl Águas Residuais (CQO) - antes de trataTon mento kg/hl Águas Residuais (CQO) - após tratamento Ton Eficiência de Tratamento % Resíduos Ton Taxa de Valorização % Subprodutos Ton Taxa de Valorização

%

Rendibilidade do Capital Próprio Gearing 10

2011

2012

2013

821.407 122,8 2.504.516 3,7 71.115 10,6 4.470 0,7 179 96 30.977 96 51.476

708.633 104,8 2.490.667 3,7 61.509 9,1 4.373 0,6 217 95 21.333 95 52.951

583.119 88,4 2.150.397 3,3 48.806 7,4 4.067 0,6 157 96 17.213 95 51.954

579.364 88,2 2.024.089 3,1 47.432 7,2 3.700 0,6 66 98 14.651 95 50.912

570.840 93,4 1.907.762 3,1 38.940 6,4 2.599 0,4 73 0,97 12.896 94 42.261

100

100

100

100

100

1

Inclui I.E.C.

2

Resultado Operacional antes de itens especiais

3

Inclui Efetivos, Contratados e Trabalho Temporário

4

Inclui Efetivos e Contratados

5

Vendas (com I.E.C.) per capita

6 VAB per capita

Nº Nº anos 103 Euros 103 Euros 103 Euros

1.678 1.521 39 289 87 55.695

1.625 1.576 39 306 95 57.855

1.628 1.503 39 298 87 52.886

1.580 1.481 40 315 86 54.335

1.507 1.350 40 307 90 52.613

7

O valor de Volume de Formação não inclui órgãos sociais, turismo, estagiários, trabalho temporário e prestadores de serviços.

8

Racio Resultados Operacionais sobre o Capital Médio Utilizado

9

Para este cálculo foi tomada a média do Capital Próprio no início e fim do ano

10

Passivo remunerado expresso em % do Capital Próprio

LEGENDA: n.d. dados não disponíveis

(nº horas x #participantes ação) Nº LTAR %

24.525

37.664

39.439

32.298

36.865

GJ gigajoule MJ megajoule Hl hectolitro

110 n.d. 4,9

84 57 4,3

69 50 4,27

77 58 3,99

40 32 3,59

Indicadores 9

2010

NOTAS:

Kg kilograma m3 metrocúbico Ton toneladas LTAR Lost Time Accident Rate (Número de Acidentes x 1000/FTE)

Rendibilidade do Investimento8

2009

%

9,4

11,3

10,6

10,3

10,7

% %

15,9 200,2

23,7 182,0

18,6 158,4

20,3 129,9

18,7 114,9

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

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Qualidade, inovação e comunicação são alguns dos traços definidores da Unicer – participada em 56% pelo Grupo VIACER (BPI, Arsopi e Violas) e em 44% pelo Grupo Carlsberg –, reconhecida não só pelo seu portefólio de marcas, mas também pelo modo eficiente e emocional como trabalha o mercado. Resumidamente, gostamos de ser parte de…

Em Portugal, este sentido de vizinhança é notório nas comunidades que, de norte a sul, acolhem os nossos centros de produção de cerveja, vinhos, sumos e refrigerantes, centros de captação e engarrafamento de água, unidades de vendas e operações.

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

Líder do setor das bebidas em Portugal, a Unicer tem hoje um caráter internacional, com marcas globais que criam raízes noutras geografias, pelos cinco continentes. Dentro e além-fronteiras, a nossa empresa pugna por ser uma referência no negócio de cervejas e águas engarrafadas. A este corpo principal de atividade junta-se a participação expressiva nos segmentos de refrigerantes e vinhos e na produção e comercialização de malte, bem como a ligação ao turismo de qualidade através dos complexos dos parques de Vidago e de Pedras e das termas de Melgaço e Envendos.

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O mesmo conceito de proximidade viaja connosco. Onde vamos sentimos o apelo de enraizamento, o que significa interpretar culturas, assimilar costumes e integrar a realidade local. Foi assim, por exemplo, que em 2013 a Super Bock começou a ser produzida também no Brasil ou chegou ao Médio Oriente. Manter a liderança incontestável em Portugal, ganhar cada vez mais expressão nos mercados internacionais onde já operamos e chegar a novos destinos do globo são os objetivos desta empresa, focada em manter um desempenho competitivo, sustentável e positivo para as comunidades com que interage.

A nossa estrutura

UMA CASA BEM ORGANIZADA

“O homem é do tamanho do seu sonho”. Fernando Pessoa

Fazemos questão de manter uma estrutura simplificada, centrada nas atividades, nos produtos e nas marcas da empresa; nas pessoas que fazem esta casa grande e nos objetivos predefinidos para as diferentes áreas de intervenção. A forma como nos organizamos reflete ainda a necessidade de agilizar e otimizar os canais logísticos e a distribuição, sempre com o foco nos nossos clientes e consumidores. COMISSÃO EXECUTIVA

GABINETE JURÍDICO

ADMINISTRATIVOFINANCEIRA

SUPPLY CHAIN

COMERCIAL

MARKETING E COMUNICAÇÃO

PESSOAS

TURISMO

MALTIBÉRICA

NEWCOFFEE


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Onde estamos

A MELHOR SELEÇÃO, EM ESTADO LÍQUIDO

O PRINCÍPIO DA PROXIMIDADE

O setor de bebidas – cervejas, águas, refrigerantes e vinhos – é o nosso habitat. Nele crescemos e por ele nos expandimos, inclusive na área do Turismo. Produzimos muito, mas sobretudo produzimos bem e… em estado líquido. Temos, por isso, um portefólio de marcas reconhecido no mercado. Super Bock e Pedras ilustram o poder da nossa seleção, onde cabem outras marcas de tradição ou novos produtos vencedores, como é o caso da Somersby.

Com a raiz principal em Leça do Balio, onde está instalada a nossa sede, a Unicer tem uma rede de centros de atividade distribuídos por Portugal continental e ilha da Madeira. A empresa alimenta, também, unidades em vários países, sendo de salientar, desde 2013, a produção local de cerveja Super Bock no Brasil. No âmbito da nossa estratégia de internacionalização, que admite a exploração de novos mercados e o reforço de presença naqueles em que já operamos, é expectável o crescimento desta rede de centros de produção, distribuição e comercialização. Por ele se interpreta a expansão da Unicer e sobretudo a nossa preocupação em estabelecer raízes em pontos estratégicos, otimizando recursos e garantindo melhores produtos e melhor serviço, mas também um maior compromisso com as comunidades, as regiões e os países que nos recebem.

Estabelecimento

Direção

Leça do Balio

Auditoria Interna e Gestão de Risco | Planeamento e Controlo de Gestão | Compras | Financeira | Gabinete Jurídico | Projetos e Melhoria Contínua | Marketing e Comunicação | Logística | Pessoas | Produção Cerveja | Planeamento Operacional | Qualidade, Ambiente e Segurança | Sistemas de Informação | Comercial

Santarém

Logística | Produção Refrigerantes e outras bebidas alcoólicas e não alcoólicas | Comercial | Pessoas

Melgaço

Captação e engarrafamento de Águas Minerais Naturais

Vidago

Turismo

Pedras Salgadas

Captação e Engarrafamento de Águas Minerais Naturais | Logística | Turismo

Caramulo

Captação e Engarrafamento de Águas de Nascente | Logística

Castelo de Vide

Captação e Engarrafamento de Águas Minerais Naturais | Logística

Envendos

Captação e Engarrafamento de Águas Minerais Naturais | Logística

Lisboa / Miraflores

Marketing e Comunicação | Comercial | Turismo

Lisboa / Tojal

Financeira | Logística | Comercial

Póvoa de Lanhoso

Produção de Vinho

Palmela

Produção de Malte

Faro

Comercial

Madeira

Comercial

Brasil

Produção Cerveja | Comercial

Inglaterra, França, Angola, Moçambique, Suíça, Estados Unidos da América, Luxemburgo

Comercial

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Os nossos produtos

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ENRAIZAR É O NOSSO DESTINO

Primeiro facto: apesar dos sinais de recuperação registados no último trimestre do ano, 2013 foi difícil em termos económicos e sociais, com a instabilidade a continuar a marcar a agenda em Portugal e no estrangeiro. Segundo facto: nesta conjuntura, que teve efeitos nefastos sobre os índices de consumo, a performance da Unicer e das suas marcas voltou a surpreender com resultados positivos. Figurando na ala dos vencedores, começámos 2014 com a ambição revigorada de atingirmos nesta década os mil milhões de euros de faturação. Ao longo do ano mantivemos uma forte presença nos mercados em que operamos, com as nossas marcas a assumirem uma posição de destaque nos diferentes canais de venda, o que nos permitiu reforçar a liderança no mercado interno e impulsionar a atividade além-fronteiras. Neste capítulo, a produção de Super Bock no Brasil foi uma conquista que marcará para sempre a história da empresa e a nossa atividade internacional. Ao nível das marcas, 2013 fica assinalado pelo reforço das credenciais cervejeiras de Super Bock, exteriorizadas com a campanha “A tua Cerveja é Super?”, cujo mote acompanhou as iniciativas da marca nos diferentes territórios de atuação. O lançamento de Super Bock Selecção 1927, o crescimento exponencial de Somersby, que dinamizou a categoria de Sidras em Portugal, e o projeto de visibilidade de Água das Pedras são alguns dos exemplos da força das nossas marcas e da sua capacidade em galvanizar o mercado e surpreender clientes e consumidores. Principais destinos de emigração

Principais destinos de vendas

SEDE

A conclusão do projeto de modernização do Centro de Produção de Leça do Balio representa mais uma conquista. Respondendo à crise, fugindo ao perigo de estagnação ou regressão, a Unicer deu curso a um investimento de 100 milhões de euros. Este sucesso, porque disso se trata, foi celebrado por todos os nossos colaboradores no 2º Encontro Unicer, que decorreu em pleno hall das linhas de enchimento. Sob o tema “De Portugal para o Mundo. A postos para a internacionalização”, o encontro não só homenageou o investimento efetuado como também colocou a rota da internacionalização na “agenda” de toda a nossa equipa. Mais de 50 países fazem o mapa-múndi Unicer, uma empresa que de Portugal lança rotas para os cinco continentes. Assumimos que este é o nosso destino: enraizar a nossa presença nos mercados estrangeiros de forma indelével e sempre em crescendo. Pese embora as circunstâncias difíceis com que

nos deparámos, em 2013 reiterámos a nossa capacidade de internacionalização, alavancada nas nossas principais marcas. Fizemos mesmo história ao começarmos a produzir Super Bock no Brasil. Mais do que o verbo ir, conjugamos o verbo permanecer, criamos novos domicílios.

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PERFIL DE VENCEDOR

A Unicer no mundo

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Ao nível da Responsabilidade Social continuámos a dinamizar as comunidades onde estamos inseridos com projetos na área da educação e fizemos mais uma vez da criatividade e da inovação a nossa bandeira de atuação em nova edição do Prémio Nacional Indústrias Criativas. Por outras intervenções, incentivámos o espírito de cooperação, manifestámos a importância do gesto solidário. 2013 foi, pois, um ano de resistências e obstáculos que soubemos vencer, respondendo com iniciativas e alcançando novas conquistas que nos ajudam a enfrentar o futuro com mais força, maior determinação.

Num ano que inspirava duras batalhas, conseguimos vencer desafios. Reforçámos a nossa liderança no mercado nacional e fundeámos a nossa presença noutras latitudes. Em 2013 as nossas marcas foram impactantes e carismáticas; deram sabor a emoções positivas.

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5.PRINCÍPIOS DE

NEGÓCIO


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A NOSSA VISÃO

ESTRUTURA DE GOVERNAÇÃO

Onde quer que estejamos, a Unicer e as nossas marcas serão sempre a primeira escolha. O Conselho de Administração da Unicer – Bebidas de Portugal, SGPS, S.A. considera que os negócios do grupo são conduzidos de acordo com padrões apropriados ao bom governo das sociedades.

A NOSSA MISSÃO Conquistar a preferência dos consumidores para as nossas marcas; Ser o parceiro preferido dos clientes; Obter o reconhecimento e valorização adequados por parte da comunidade; Garantir a remuneração e a confiança dos acionistas. Com paixão e energia, as pessoas que trabalham na Unicer são o maior garante do cumprimento dos nossos compromissos e impulsionarão a Unicer como líder em Portugal e nos mercados alvo.

Promovemos o papel das hierarquias como primeiros responsáveis da gestão das equipas e procuramos incentivar ações orientadas para os resultados, para o trabalho em equipa e para a satisfação do cliente, possibilitando alavancar os valores da empresa e construir o novo “Ser Unicer”.

A Unicer é gerida pelo Conselho de Administração, composto por dez membros, dos quais cinco são executivos, formando a Comissão Executiva, e cinco são não executivos. Esta composição do Conselho e da Comissão Executiva assegura uma orientação e um controlo efetivo da gestão da sociedade. Em 2006 a Unicer introduziu um novo modelo de governação, obedecendo às melhores práticas internacionais, assente na divisão de funções entre o presidente do Conselho de Administração, a quem compete a liderança e coordenação do conselho e a quem reporta um Comité de Auditoria Interna independente, e o presidente da Comissão Executiva, a quem compete a liderança da Comissão Executiva, composta pelo presidente e por cinco administradores executivos, responsáveis pela condução das atividades da empresa. No que concerne à repartição dos pelouros pela Comissão Executiva, os administradores são nomeados de acordo com as suas competências comprovadas de gestão nas matérias específicas das diferentes funções. A Comissão Executiva reúne trimestralmente com o Conselho de Administração alargado. A fiscalização da sociedade é assegurada por um Conselho Fiscal, composto por três membros efetivos e um suplente, e por uma sociedade de Revisores Oficiais de Contas, que não é membro daquele órgão e que foi nomeada sob proposta do Conselho Fiscal.

SER UNICER Ser direto e transparente; Ser responsável e aprender com os erros; Saber e gostar de trabalhar em equipa; Ser aberto e olhar para fora; Ser ousado e empreendedor.

As pessoas são a chave para o desenvolvimento da empresa. Adotamos como foco estratégico a promoção do bom desempenho das equipas e a atração e retenção dos colaboradores que, pelas suas capacidades, atitudes e comportamentos, constituam um fator competitivo.

Estes princípios, a par da Política de Responsabilidade Social, da ética de negócio e da Política Integrada da Qualidade – assente em pilares tão importantes como a segurança alimentar, a investigação, o desenvolvimento e inovação, o ambiente e a segurança e saúde no trabalho –, orientam os negócios e a atividade da Unicer.

O Comité de Auditoria tem como principal missão apoiar o Conselho de Administração no cumprimento das suas responsabilidades relativas à fiscalização da administração da sociedade; à garantia da integridade das demonstrações financeiras; à garantia da eficácia do sistema de controlo interno e de gestão de riscos; à verificação do cumprimento das obrigações legais e reguladoras do grupo Unicer; à garantia da independência e qualificação dos auditores; e à verificação da eficácia da auditoria interna e dos auditores independentes.

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Para levar a cabo aquele objetivo, o Comité de Auditoria recorre à auditoria interna, que lhe reporta diretamente. O Comité de Auditoria é presidido pelo presidente do Conselho de Administração da Unicer – Bebidas de Portugal, SGPS, S.A. e é composto por mais três membros, sendo dois administradores não executivos e um membro nomeado pelo acionista Carlsberg.

Conselho Fiscal Alberto João Coraceiro de Castro, presidente José Alberto Pinheiro Pinto, vogal efetivo Álvaro José Barrigas do Nascimento, vogal efetivo Amadeu José de Melo Morais, vogal suplente

A Auditoria Interna tem como missão assistir o Comité de Auditoria e a Gestão no cumprimento efetivo das suas responsabilidades, pela verificação, promoção e melhoria do controlo interno, numa ótica de maximização do valor.

Comissão prevista na alínea d) do artigo 9º dos estatutos Carlsberg Breweries, A/S Arsopi – Indústrias Metalúrgicas Arlindo S. Pinho, S.A. Banco BPI, S.A.

A Comissão Executiva, com vista a promover o envolvimento da gestão no desenvolvimento do Grupo, reúne trimestralmente com a gestão de topo e anualmente com todos os quadros superiores e chefias, para apresentação e discussão dos resultados, acompanhamento de projetos em curso, estabelecimento de orientações de gestão e divulgação de assuntos do interesse da sociedade.

Revisor Oficial de Contas PricewaterhouseCoopers & Associados – Sociedade de Revisores de Contas, Lda. Representada por António Joaquim Brochado Correia, R.O.C.

A Comissão Executiva, como percursora da visão, missão e cultura da Unicer, possui responsabilidades ao nível da definição da estratégia e objetivos globais da empresa, bem como da estratégia de sustentabilidade nas vertentes económica, social e ambiental.

A condução dos negócios da Unicer obedece às melhores práticas internacionais de governação corporativa, com a observância escrupulosa do princípio de transparência e da boa gestão a ser confirmada por auditorias regulares.

CORPOS SOCIAIS Mesa da Assembleia-Geral Pedro Nuno Fernandes de Sá Pessanha da Costa, presidente Luís António Costa Reis Cerquinho da Fonseca, vice-presidente José António Abrantes Soares de Almeida, secretário Conselho de Administração Manuel Soares de Oliveira Violas, presidente do Conselho de Administração Armando Costa Leite de Pinho António Cândido Seruca de Carvalho Salgado Anna Cecilia Gunnarsson Lundgren Lars Lehmann João Miguel Ventura Rego Abecasis, presidente executivo Rui Manuel Rego Lopes Ferreira, vice-presidente executivo Rui Fernando Santos Henriques Freire, executivo Carlos César de Morais Teixeira, executivo

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

23

UMA GESTÃO DE RISCO ATUANTE E VIGILANTE A Unicer adotou em 2009 um modelo de Gestão de Risco desenvolvido pelo Grupo Carlsberg, que define as várias etapas e responsabilidades de cada interveniente no processo. O modelo compreende a identificação, avaliação e gestão dos riscos que podem, de alguma forma, afetar o cumprimento dos objetivos definidos pela empresa. A realização de workshops e reuniões anuais com os elementos responsáveis pela gestão dos riscos, ou que tenham um maior contacto com os mesmos, permite justamente desencadear ações que minimizem o nível de exposição. Este modelo contempla simultaneamente uma abordagem bottom-up e top-down. A primeira é sobretudo focada nos riscos de vertente operacional, quer ao nível departamental, quer ao nível global da empresa. Já a abordagem top-down envolve apenas a gestão de topo (diretores e Comissão Executiva) e está orientada para os riscos estratégicos, considerando um horizonte temporal mais longo (cinco anos). Os riscos são avaliados em duas dimensões: impacto (no negócio) e probabilidade de ocorrência. O impacto é determinado em função do EBIT de acordo com cinco níveis de criticidade que vão desde o “muito baixo” até ao “muito crítico”. Por seu turno, a probabilidade de ocorrência do risco é estimada e enquadrada em quatro níveis, sendo o mais crítico (“muito provável”) atribuído a eventos ou riscos cuja probabilidade de ocorrência se estime como sendo igual ou superior a 50%.

A melhor forma de evitar o perigo é conhecendo-o bem. Na Unicer adotamos um procedimento exaustivo que permite detetar, avaliar e reagir em tempo útil ao risco, erradicando-o ou reduzindo o seu impacto.

Estes riscos são enquadrados em quatro categorias: Riscos Estratégicos (Mercado, Concorrência, Risco político, etc.); Financeiros (Reporting, Estrutura de Capital, Custo do Capital, Risco Cambial, etc.); Operacionais (Tecnologia, Processos, Pessoas, Infraestruturas e Informação) e de Compliance (Legal, Fiscal, Regulamentar, etc.). Depois de identificados e avaliados, os riscos são registados e detalhados num documento próprio que deverá incluir também os planos de ação para os riscos mais relevantes. As ações que visam a redução do nível de exposição ao risco são revistas trimestralmente e reportadas à área responsável pela gestão de risco do Grupo Carlsberg.


UNICER

Foco nos StakeHolders

24 25

ENTRE NÓS E CADA UM DE VÓS…

Desenvolvimento de Colaboradores; equilíbrio trabalho—família; proporcionar condições de trabalho adequadas · Clarificação de funções e papéis · Implementação de ações de melhoria decorrentes do inquérito de satisfação aos colaboradores · Inquérito Cultura e Clima · Melhoria e maior eficácia das plataformas de comunicação · Projetos de Voluntariado · Projeto de Natal · Formação · Desenvolvimento de carreira · Modelo RUMO de gestão de desempenho · Unicer na Rua · Unicer Experience

Confiança e satisfação com os produtos/agilização de vias de comunicação eficazes · Estudos de Mercado · Linha Comunicação Consumidor · Site Unicer ⁄ Site Unicer acessível · Sites marcas · Novos produtos / inovação · Visitas · Comunicação comercial

Implementação de soluções geradoras de competitividade e sustentabilidade para os negócios de ambas as partes · Reforço das parcerias com os principais fornecedores · Monitorização de processos

Porque todas estas ligações assumem um caráter particular, a comunicação com cada grupo, incluindo o público interno e acionistas da Unicer, acontece por canais específicos orientados pelo desejo de eficiência e transparência.

Satisfação com produtos e serviços; relação de confiança COLABORADORES

CLIENTES

Pontos de Venda HORECA · Linha comunicação consumidor · Servida a rigor · Serviço +AT · Avaliação do nível de serviço ao cliente · Estudos satisfação clientes · Auditorias a clientes · Unicer na Rua · Unicer Direto · Revista Trade

CONSUMIDORES UNIVERSIDADES/ INSTITUIÇÕES CIENTÍFICAS / ASSOCIAÇÕES SETORIAIS

FORNECEDORES

Criação de valor · Estratégia de negócio · Reuniões periódicas

ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

Relacionamento transparente e profícuo; partilha do desempenho da empresa · Encontros com jornalistas · Respostas a pedidos de informação · Facilitação do acesso à informação · Media Center/Site Institucional

ORGANIZAÇÕES

ACIONISTAS

ENTIDADES OFICIAIS

Relacionamento baseado na confiança e transparência · Cumprimento rigoroso da legislação em vigor · Disponibilização de informação

COMUNIDADE LOCAL

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

Não estamos sozinhos. O nosso sucesso também passa pela forma como nos ligamos aos Stakeholders – o conjunto das partes interessadas com quem a Unicer comunica e interage constantemente. Em causa estão relações institucionais e de reciprocidade que contribuem para o bom desempenho da nossa empresa.

Pontos Venda Take Home · Serviço de atendimento e Backoffice · Avaliação nível serviço ao cliente · Estudos de satisfação clientes · Visitas · Unicer na Rua · Revista Trade Distribuidores · Programa excelência · Serviço de atendimento e Backoffice · Avaliação do nível de serviço ao cliente · Estudos de satisfação cliente · Visitas · Unicer na Rua · Revista Trade

Incentivar o diálogo ao estabelecimento de relações de parceria · Protocolos de colaboração · Resposta a pedidos de informação de estudante · Visitas · Participação ativa nas associações relacionadas com a atividade da empresa

Otimização dos interesses mútuos num contexto de interdependência · Reuniões periódicas

Preservação ambiental; contributo para o seu sucesso e desenvolvimento · Projeto de Apoio às Indústrias Criativas · Concessão de patrocínios / apoios · Mecenato · Projeto Natal · Projetos com as comunidades locais · Porto de Futuro · Projeto Cais Recicla · Visitas

Estabelecemos com cada Stakeholder uma ligação particular, tendo em vista a criação de valor mútuo. A comunicação é sempre entre nós e cada um de vós.


UNICER 26

COMPENSA FAZER BEM

Como qualquer parte interessada que influi no comportamento das organizações, os Stakeholders diferenciam-se por, em cada momento, terem um impacto negativo (risco) ou positivo (oportunidade) na evolução dos objetivos da empresa. Perante o facto, a abordagem à identificação e análise de todos os Stakeholders, presentes e futuros, baseia-se no princípio de que o seu envolvimento com a empresa contribui para a criação de valor de longo prazo.

Em 2013 voltámos a ser reconhecidos pelo nosso desempenho e em todas as frentes. Em causa está a qualidade dos nossos produtos, a forma como nos apresentamos ao mercado e a relação de transparência com todos os Stakeholders, bem como o rigor com que gerimos os vários segmentos deste grande negócio e, através dele, o impacto da nossa atividade nas esferas social, ambiental e económica. Entendemos cada distinção recebida como um incentivo e uma obrigação: em 2014 há que fazer ainda melhor.

Esta análise é considerada na identificação dos Stakeholders-chave, presentes e futuros, que se diferenciem por serem os que detêm um impacto negativo (risco) ou positivo (oportunidade), na capacidade de organização para atingir os seus objetivos de negócio. O esquema que aqui apresentamos define os nossos princípios subjacentes à definição e identificação dos Stakeholders-chave.

A todos os que nos reconheceram e fizeram o elogio público, o nosso obrigado!

Reconhecida qualidade mundial das marcas Carlsberg e Super Bock A Unicer foi considerada a empresa com os melhores padrões de qualidade a nível mundial conferidos nas marcas Carlsberg e Super Bock. O reconhecimento foi feito pelo Grupo Carlsberg, no âmbito da última avaliação trimestral efetuada à qualidade organoléptica da sua cerveja e da principal marca de cada um dos seus parceiros. O estudo, que reporta ao último trimestre de 2012, envolveu 30 países e foi conduzido por um laboratório independente em Inglaterra.

Stakeholders Importância da Unicer para o Stakeholder Importância do Stakeholder para a Unicer

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

27


UNICER

Turismo soma duas

Unicer eleita

29

“Cliente de Referência SAGE”

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

28

A Unicer foi considerada “Cliente de Referência” na segunda edição dos SAGE Mid-Market Awards, da SAGE Portugal*. A iniciativa visa premiar os clientes e parceiros desta empresa que mais se destacaram ao longo do ano na concretização dos objetivos de negócio e alcance de padrões de excelência coadjuvados pelas soluções e os serviços disponibilizados pela SAGE.

novas distinções O Vidago Palace Hotel e o Pedras Salgadas Spa & Nature Park foram dois dos grandes vencedores dos prémios atribuídos pelo Guia “Boa Cama, Boa Mesa 2013” do jornal Expresso. O empreendimento de Vidago recebeu uma “Chave de Ouro”, estando entre os melhores hotéis do nosso país; já as as Eco-houses do Parque de Pedras Salgadas foram consideradas o Melhor Ecoturismo em Portugal. Um orgulho, sem dúvida!

Para a Unicer, este prémio vem reconhecer os resultados obtidos com a implementação do Software SAGE na nossa Gestão de Tesouraria. Este projeto, desenvolvido entre a SAGE e as Direções Financeira e de Sistemas de Informação, permitiu concentrar e integrar – numa única plataforma informática – toda a informação necessária ao controlo eficaz dos fluxos financeiros diários com as instituições bancárias, assegurando a contabilização automática dos mesmos e melhorando a previsibilidade das necessidades de financiamento e otimização das decisões financeiras. * Empresa de comercialização de Software de gestão.

Pedras distinguida por Chefs e Sommeliers

Eco House Pedras Salgadas

Para além da distinção no Monde Selection de la Qualité, a Água das Pedras foi também premiada com um Crystal Taste Award. Este prémio, que destaca a excelência de qualidade e sabor de um produto, é atribuído apenas a marcas que foram distinguidas durante três anos consecutivos com o galardão máximo de 3 estrelas no Superior Taste Award*.

Spa & Nature Park.

Esta distinção, que resulta da avaliação rigorosa feita por 120 conceituados Chefs de cozinha e Sommeliers internacionais, confirma a excelência da nossa água e coloca-a entre os 30 produtos de gosto superior em todo o mundo. Em Portugal, a Água das Pedras é também a primeira e única marca de água a obter este reconhecimento. * Concurso promovido, anualmente, pelo International Taste & Quality Institute (iTQi), de Bruxelas, uma organização independente, formada por reconhecidos chefs e sommeliers, que se dedica a avaliar, prestigiar e promover produtos alimentares de gosto superior a nível mundial.

Presidência da República distingue CAIS Recicla

Super Bock arrecada três prémios A Super Bock foi distinguida pela excelência da sua campanha “Super Verão Super Bock” na 2.ª edição dos Prémios Lusófonos da Criatividade, um evento que reconhece os melhores trabalhos criativos provenientes de países de língua oficial portuguesa. No total, a nossa marca foi galardoada com três prémios – Ouro, Prata e Bronze – nas categorias de Media, Eficácia e Ativação, respetivamente. É de destacar o facto de a nossa campanha ter sido a única ação portuguesa distinguida com Ouro neste concurso, no âmbito do qual foram apreciados mais de 400 trabalhos de 50 agências de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal.

A Presidência da República distinguiu o projeto CAIS Recicla pelo seu cariz inovador na área da responsabilidade e empreendedorismo social. Este reconhecimento teve exposição pública em dezembro de 2013, durante a visita que o Presidente da República efetuou à oficina CAIS Recicla. Este encontro integrou um roteiro por várias instituições nacionais, em resultado da iniciativa “Jovens e o futuro da Economia: Empreendedorismo Social e Desenvolvimento Económico”, promovida pela Presidência da República com o apoio da ANJE* e do Conselho Nacional da Juventude. Para a Unicer é um grande orgulho ver o Cais Recicla receber esta distinção, que não só reconhece o trabalho que está a ser feito pelos utentes como nos estimula a continuar a promover a capacitação socioprofissional de pessoas em situação de pobreza e exclusão social através da criatividade. * Associação Nacional de Jovens Empresários


UNICER 30 31

Melhorar a forma de estar nos negócios e ser parte ativa na criação de um mundo melhor, intervindo em áreas tão cruciais como a da sustentabilidade, são os motivos que nos unem a associações ligadas à atividade da Unicer ou que trabalham em áreas prioritárias para a empresa.

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

ALIANÇAS QUE ACRESCENTAM VALOR Nestas páginas destacamos algumas das afiliações que mantemos e pelas quais realizamos um trabalho cooperativo, muito valorizado por nós, que visa acrescentar valor às partes e à sociedade em geral.

BCSD Portugal Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável

EPIS Empresários pela Inclusão Social

APCV Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja

A nossa empresa é fundadora e membro diretivo desta associação, focada em estimular o papel das empresas na construção de um mundo sustentável para o universo empresarial, a sociedade civil e o ambiente.

A EPIS, criada em 2006, centra a sua atuação na educação, empenhando-se no combate ao insucesso e ao abandono escolar. A Unicer, sua associada desde 2007, assumiu a presidência da instituição até 2013. Atualmente, e também enquanto membro da direção da EPIS, a nossa empresa continua a reforçar a aposta estratégica na educação, no âmbito da área de Responsabilidade Social.

É a associação que representa o setor, nomeadamente as empresas que, em território nacional, exercem a sua atividade na indústria de fabricação e/ou enchimento de cerveja. O presidente executivo da Unicer, João Rego Abecasis, é o atual presidente desta associação.

GRACE Grupo de Reflexão e Apoio à Cidadania Empresarial Ao 14.º ano de vida, o GRACE mantém-se firme na missão de apoiar a gestão empresarial no desenvolvimento de práticas socialmente responsáveis. Trata-se de um percurso que a Unicer vem acompanhando ativamente desde 2005, ano da sua adesão ao projeto. A nossa empresa teve uma participação direta na direção do Grupo entre 2007 e 2011, integrando desde 2012 o Conselho Fiscal.

APAN Associação Portuguesa de Anunciantes Esta associação tem por objetivo específico defender, salvaguardar e promover os interesses dos seus membros em todos os aspetos relacionados com a comunicação comercial.

APIAM Associação Portuguesa dos Industriais de Águas Minerais Naturais e de Nascente A Unicer é membro da direção desta associação representativa da atividade das empresas que, em território nacional, se dedicam à exploração, acondicionamento e comercialização de águas minerais naturais e de nascente e demais águas embaladas. PROBEB Associação Portuguesa de Bebidas Refrescantes Não Alcoólicas A promoção e defesa do desenvolvimento sustentável do setor das bebidas refrescantes não alcoólicas, bem como a construção de relações estruturadas com parceiros relevantes, dão corpo à missão desta associação, que tem a Unicer entre os seus membros de direção.

CENTROMARCA Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca

É a associação que promove e defende a Marca, preocupando-se com tudo o que pode influenciar o modo como os produtos de marca alcançam o consumidor. Neste contexto, é missão da Centromarca criar para as marcas um ambiente de concorrência leal e intensa, que encoraje a inovação e garanta um máximo valor aos consumidores.

COTEC PORTUGAL

A Unicer integra o Conselho Geral desta associação sem fins lucrativos, que tem como missão “promover o aumento da competitividade das empresas localizadas em Portugal, através do desenvolvimento e difusão de uma cultura e de uma prática de inovação, bem como do conhecimento residente no país”.


UNICER 32

6.

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

33

ESTE MUNDO QUE NOS FAZ, QUE NÓS FAZEMOS

SEM SUSTENTABILIDADE

não há

NEGÓCIO

“Sem uma língua comum não se podem concluir os negócios”. Confúcio

Somos parte de um ecossistema. Falamos a mesma língua de quem nos rodeia, cuidamos do que nos envolve. Ao incorporarmos os princípios da sustentabilidade na nossa prática de gestão, pugnamos pelo crescimento consistente da Unicer, nos mercados nacionais e internacionais, e contribuímos para o desenvolvimento social, ambiental e económico de todos os que influenciam direta ou indiretamente a nossa atividade. Damos, pois, novas garantias a este mundo que fazemos, que também nos faz.

O fecho de um ciclo 2013 foi, neste âmbito, um ano marcante: com ele se fechou o primeiro ciclo da estratégia de sustentabilidade da Unicer, focada em seis prioridades de ação. Assumimos compromissos, definimos metas de avaliação, chegámos a indicadores e resultados que, sendo animadores, criam vontade de ir mais longe. Há, obviamente, um caminho a percorrer. Queremos ser melhores, por exemplo, na interligação com a cadeia de valor e na comunicação. Queremos e podemos sempre ser melhores. A opinião positiva dos nossos Stakeholders-chave sobre a nossa performance é, neste processo, um bom ponto de partida para a definição de um novo ciclo. Porque depois de um horizonte há outro que nos chama.

Em 2013 fechámos o primeiro ciclo da estratégia de sustentabilidade. Os resultados alcançados incitam-nos a continuar. Depois de um horizonte, há outro que nos chama.


OBJETIVO

2011-2013

34 35

METAS INDICADOR

2010 Valor de referência

2011

2013

2012

Objetivo

Valor alcançado

Objetivo

Anual

Objetivo

Anual

2

1,4

2

0,24

2

1.5

4,8% (20 pax)

9,2% (38 pax)

4,7% (20 pax)

4,5% (19 pax)

7,4% (30 pax)

9,6% (39 pax)

COMPROMISSO: Atrair, reter e potenciar o talento dos colaboradores Desenvolver uma política de gestão de Pessoas capaz de atrair e reter os melhores colaboradores

2

Taxa de saída voluntária de colaboradores Quadros Superiores (%)

COMPROMISSO: Promover e incentivar uma cultura de mobilidade interna Privilegiar o preenchimento de vagas com recurso a concursos internos

3,6% (15 pax)

Taxa de Mobilidade Interna Quadros Superiores (%)

OBSERVAÇÕES: A mobilidade/recrutamento interno verificada em 2013, numa perspetiva de grupo funcional, teve o seguinte impacto: diretor: 10/0 pessoas; manager: 11/0

pessoas; gestor: 9/1 pessoas; técnico superior: 7/1 pessoas.

COMPROMISSO: Promover e reforçar uma cultura de feedack Melhorar a Unicer como Equipa, através da avaliação do comprometimento e do alinhamento dos colaboradores com a estratégia da empresa

1 OBJETIVO

REDUZIR A PEGADA ECOLÓGICA DOS PROCESSOS DE NEGÓCIO

2010

2011

Valor de referência

Objetivo

2013

2012 Anual

Objetivo

Anual

Objetivo

Anual

Consumo de energia (MJ/hl)

123

≤ 104

88,4

91

78

n.a.

n.a.

86*

91

≤ 86

88,2

de respostas ditou uma diminuição de 5pp relativa à generalidade dos resultados dos estudos anteriores. Ou seja, na prática, e comparando com a escala utilizada nos estudos anteriores, este índice de comprometimento equivale a 91%. Estudo aplicado a toda a estrutura Unicer. 1271 colaboradores; taxa de resposta - 85%. As questões consideradas para aferição do índice do comprometimento são: 1. De uma forma geral estou satisfeito com a minha empresa como o meu local de trabalho - 95%; 2. Eu recomendaria vivamente a minha empresa como um local para trabalhar - 94%; 3. Eu raramente penso em procurar um novo emprego numa outra empresa - 77%; 4. Eu tenho orgulho em trabalhar na minha empresa - 99%.

COMPROMISSO: Reduzir acidentes de trabalho e a sua gravidade

COMPROMISSO: Fomentar a ecoeficiência de processos e produtos promovendo a utilização racional de energia Reduzir o consumo de energia nos processos produtivos

n.a. Valor 2009 - 75 Valor 2009 revisto -86 (ver obs.)

OBSERVAÇÕES: De realçar que, em 2013, este estudo foi elaborado pelo Grupo Carlsberg em parceria com uma nova empresa (KENEXA). A mudança operada na escala

METAS INDICADOR

Índice de Comprometimento de colaboradores - EAS / Total Unicer (%)

≤ 84

93.4

Reduzir o nº de acidentes de trabalho com baixa > a 1 dia

Taxa de acidentes de trabalho com baixa superior a 1 dia LTAR (Nº x 1000/FTE)

58,4

46,7

50,2

58

≤ 44

32

≤ 42

OBSERVAÇÕES: O aumento do consumo de energia resulta do aumento do consumo de gás natural para a produção de eletricidade na central de cogeração do Centro de

Produção de Leça do Balio. O arranque do novo motor de cogeração ocorreu no final de 2012, enquanto que em 2013 esteve em operação durante todo o ano, permitindo por sua vez produzir mais eletricidade. De referir ainda que o ano de 2013, em matéria de rácio de eficiência energética, foi ainda prejudicado devido aos testes de otimizações associadas ao rearranque das instalações de produção de cervejas após o projeto de modernização do Centro de Produção de Leça do Balio, bem como à redução do volume de produção.

COMPROMISSO: Minimizar impactes ambientais Promover a redução de emissões para o ar e para a água

Taxa de emissão de CO2 (kg/hl)

11

≤9

7,4

n.a.

7,2

n.a.

6.4

OBJETIVO

COMPROMISSO: Fomentar a ecoeficiência de processos e produtos promovendo o uso sustentável da água Reduzir o consumo de água nos processos e produtos

Consumo de água (hl/hl)

3,7

≤ 3,5

3,3

≤ 3,2

3

3,1

≤ 3,1

APOIAR O DESENVOLVIMENTO DAS COMUNIDADES LOCAIS METAS INDICADOR

2010 Valor de referência

3.1

2011

2013

2012

Objetivo

Valor alcançado

Objetivo

Anual

Objetivo

Anual

2226

2530

2700

3176

≥ 3200

3516

COMPROMISSO: Apoiar o desenvolvimento das comunidades locais COMPROMISSO: Promover a prevenção e o controlo integrados da poluição Reduzir o combustível associado às atividades operacionais

Taxa de redução de consumo de combustíveis indexado à actividade logística (lt/ton entregue)

OBSERVAÇÕES: Litros Gasóleo: 124.268,7

6,8

≤ 6,7

7,1

Redução de 2% versus 2010 (≤ 6,7)

6

≤6

5.4

Toneladas: 23.143,8 n.a. - não aplicável

Promover uma forte ligação com as comunidades locais, apoiando e desenvolvendo projetos na área da educação e estimulando a criatividade e a inovação

Número de alunos abrangidos com projectos na área da educação e inovação/criatividade

1237

OBSERVAÇÕES: Ações desenvolvidas no âmbito do Porto de Futuro: Porto de Futuro com Rugby: 1200 alunos; Bolsas Universidade Júnior: 10 alunos; Mediação EPIS: 333 alunos; Júnior Achievement: 136 alunos; Braço Direito: 10 alunos; Estágios na Unicer: 9 alunos; Workshop Consumo Responsável: 120 alunos; Caminhada Solidária AJE: 250 alunos; Conserto Conservatório AJE: 200 alunos; Ação de Natal: 500 alunos. ações desenvolvidas no âmbito do Projeto Castelo de Vide: Rondas de Limpeza: 496 alunos; Requalificação espaços interiores: 38 alunos; Junior Achievement: 102 alunos; Mundo das Profissões: 92 alunos; Curso de Fotografia: 15 alunos; Estágios na Unicer: 5 alunos

COMPROMISSO: Desenvolver e promover a cultura das matérias primas dos nossos produtos em Portugal Promover a cultura da cevada dística em Portugal

Projeto Cevalte: produtividade das áreas contratadas (%)

1,4

1,6

1,26

1,4

1,4

1,6

2.05

OBSERVAÇÕES: A área regada em 2013 aumentou ligeiramente e foi suficiente para originar esta diferença face à produção média nacional. No entanto, os níveis de pre-

cipitação mensal foram muito elevados de Novembro 2012 até Março 2013, o que impossibilitou a realização de algumas sementeiras em boas condições e de algumas operações básicas à correcta manutenção da cultura, comprometendo desta forma a produção. Relativamente à qualidade do grão, a mesma foi muito afetada pela seca durante os meses de Abril e Maio, associada às elevadas temperaturas que se fizeram sentir durante este período. Desta forma, tivemos produções médias inferiores às alcançadas na campanha passada (apesar de bastante superiores à média nacional) e qualidade média bastante inferior.

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

Sustentabilidade

UNICER

2

ATRAIR, RETER E POTENCIAR O TALENTO DOS COLABORADORES


OBJETIVO

INDICADOR

2010 Valor de referência

2011

2012 Valor alcançado

Objetivo

OBJETIVO

2013

Objetivo

Anual

Objetivo

Anual

19,8

22,2

≥ 22

26.0

COMPROMISSO: Proporcionar ao consumidor um portefólio inovador sustentável Desenvolver produtos cujo fator de inovação tenha valor acrescentado para o consumidor

40

% de produtos lançados nos últimos 3 anos no total de Vendas Líquidas

37

METAS INDICADOR

2010

2011

Valor de referência

2012

2013

Objetivo

Valor alcançado

Objetivo

Anual

Objetivo

Anual

C+

B+

B+

B+

B+ Verificação Integral

B+ Verificação integral

60%

Processo de auscultação não efetuado

65%

Processo de auscultação não efetuado

65%

88%

Desenvolvimento das fases 1 e 2 do projeto

Conclusão da Fase 1 e desenvolvimento da 2ª fase

Conclusão da 2ª fase

Conclusão da 2ª fase

Conclusão e implementação do Sistema

Desenvolvimento do sistema

COMPROMISSO: Comunicar com regularidade e transparência

30

40,8

UNICER

6

METAS

36

COMUNICAR COM REGULARIDADE E TRANSPARÊNCIA

Cumprir requisitos legais e melhores práticas no reporte financeiro e não financeiro

Nível GRI do Relatório de Sustentabilidade

n.a. (Rel. Sust. 2007 classif. C+)

OBSERVAÇÕES: Destaca-se o peso da Inovação em Angola que contribuiu fortemente para o indicador.

COMPROMISSO: Promover a comunicação regular com os nossos Stakeholders

COMPROMISSO: Promover estilos de vida saudáveis Promover e incentivar o consumo responsável de bebidas cujo consumo excessivo pode repercutir--se na saúde pública

Investimento em campanhas e iniciativas sobre consumo responsável

n.a.

Promoção da vida ativa e saudável

Iniciativas Vitalis; Redução açúcar refrig; produtos de Baixo IG;

Promoção da vida ativa e saudável

Iniciativas Vitalis; Melhoria perfil e informação nutricional

Promoção da vida ativa e saudável

Iniciativas Vitalis; Melhoria perfil e informação nutricional

Garantir a satisfação dos nossos Stakeholders com a qualidade e a regularidade da nossa comunicação

Índice de Satisfação de Stakeholders com a comunicação Unicer

n.a. (auscultação 2008 – 55%)

OBSERVAÇÕES: Para informação mais detalhada, por favor consultar texto “Por uma Vida Saudável”, página 98.

COMPROMISSO: Comunicar com regularidade e transparência

COMPROMISSO: Promover a sustentabilidade das nossas embalagens

Facilitar e melhorar o reporte financeiro dos aspetos ambientais e sociais

Desenvolvimento e produção de embalagens eco-friendly

Promoção da Tara Retornável (% vendida face ao volume de vendas Unicer)

39,4

40,0

39,9

41

40,4

40

≥ 41

Implementação do Sistema de Contabilidade Ambiental

n.a.

OBSERVAÇÕES: Por motivos relacionados com prioritização de atividades, não foi possível concluir a última fase do projeto e desenvolver a aplicação ao nível dos sistemas

OBSERVAÇÕES: O indicador de tara retornável é avaliado de acordo com o volume de vendas das marcas Unicer nesta referência no mercado interno. A migração do

de informação. Este projeto foi iniciado no primeiro trimestre de 2014.

consumo de bebidas para dentro de casa verificada nos últimos anos, onde predomina o consumo de tara perdida, tem sido um dos principais entraves à evolução deste indicador.

n.a. - não aplicável

5 OBJETIVO

GARANTIR A QUALIDADE DE SERVIÇO E PARTILHAR VALORES COM OS PARCEIROS DE NEGÓCIO METAS INDICADOR

2010

2011

Valor de referência

Objetivo

2012

2013

Valor alcançado

Objetivo

Anual

Objetivo

Anual

COMPROMISSO: Fazer da Unicer a 1ª escolha dos parceiros de negócio Alcançar a satisfação dos clientes

Satisfação Clientes – aumento do índice de Satisfação global Índice de satisfação clientes com performance Unicer ao nível da sustentabilidade e comunicação

763 60% on trade 40% off trade

+1%

773

+2%

814

+3%

788

63%

70%

82%

≥ 82%

85%

≥ 85%

82%

COMPROMISSO: Promover a ecoeficiência dos nossos processos Incluir critérios ambientais e sociais nos processo de compra da empresa

Iniciativas desenvolvidas no âmbito do procurement responsável

n.a.

Desenvolvimento do tema procurement responsável

Início do processo de análise de benchmarking

Desenvolvimento do tema procurement responsável

Consultar Observações

OBSERVAÇÕES: Para informação mais detalhada, por favor consultar texto “Nas Compras, Privilégio ao que é Português”, página 99.

Desenvolvimento de Iniciativas

Envolv. fornecedores; Embalagens; Plástico 0; Compras locais

n.a. - não aplicável

REFLETIR PARA CRIAR FUTURO A sustentabilidade não é uma opção, é condição de existência. Mais do que nunca, e na conjuntura instável que se vive ao nível global, impõe-se na agenda das empresas, que são chamadas a promover o equilíbrio económico, social e ambiental do meio em que se inscrevem. É uma questão de validar o futuro: o desenvolvimento sustentável dita o sucesso dos negócios, a saúde dos mercados, o próprio curso do Homem. Na Unicer é uma causa maior, o desafio a prosseguir. E isso exige certezas e ponderação. Estamos no segundo ciclo da nossa cruzada pela sustentabilidade com todo o critério. Queremos fazer este novo caminho de forma consistente e consciente, o que significa prever o impacto das nossas intervenções. Este período de reflexão surgiu depois de observada uma regra de ouro: saber ouvir. No último trimestre do ano realizámos o segundo processo de auscultação a Stakeholders para avaliação da nossa reputação, da nossa performance nesta área e, sobretudo, para aferição das expectativas sobre o nosso desempenho.

A experiência do primeiro ciclo e os resultados desta auscultação, bem como uma análise de benchmark junto das maiores empresas de bebidas a nível nacional e internacional, são as raízes para a definição de um novo plano de atuação transversal à empresa, multidisciplinar e de compromisso com o futuro – o nosso, o seu, o de todos a quem chegamos.

Saber ouvir faz parte da cultura Unicer. Antes de definirmos o segundo ciclo da nossa cruzada pela sustentabilidade quisemos auscultar os nossos Stakeholders.

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

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PROPORCIONAR AO CONSUMIDOR UMA ESCOLHA INFORMADA NUM PORTEFÓLIO INOVADOR E SUSTENTÁVEL


UNICER 38

A CERTEZA DE QUE ESTAMOS NO BOM CAMINHO

uma visão estratégica clara para o seu desenvolvimento futuro, integrando a sustentabilidade, ou que 79% nos veem como um exemplo de gestão seguido por empresas concorrentes e de outros setores de atividade.

Somos bem vistos. Os Stakeholders que auscultámos em 2013 foram unânimes em considerar a Unicer uma organização ativa no âmbito da Sustentabilidade.

Porque entendemos a Sustentabilidade como um processo de aprendizagem contínua, em 2013 quisemos ver a imagem e o desempenho da Unicer da perspetiva dos grupos que influenciam a nossa atividade. De forma deliberada, saímos da “zona de conforto” e pedimos a opinião sobre nós. Submetemo-nos, portanto, à avaliação dos nossos Stakeholders. Os resultados são francamente positivos, com a empresa a ser reconhecida pelo seu ativismo ao serviço desta causa maior. Há melhorias a fazer, mas foi com esse intuito que nos expusemos à crítica e acolhemos a sugestão. Realizado entre setembro e outubro, este segundo grande processo de auscultação de Stakeholders (o primeiro realizou-se em 2008) teve por base uma amostra de 88 entidades, representando os grupos Acionistas e Banca (8% dos inquiridos), Clientes (11%), Colaboradores e seus representantes (18%), Concorrência (5%), Entidades Oficiais e Afiliações (18%), Fornecedores (27%), OCSs (9%) e ONGs (4%). Deste universo, 80 responderam à iniciativa, o que representa uma taxa de resposta de 91%. Este valor, por si só, denota um maior grau de envolvimento com a Unicer e o seu programa, mostrando um aumento de 9% da taxa de resposta face a 2008.

Imagem e reputação muito positivas Concluímos este inquérito com a nossa imagem e reputação positivamente reforçadas. Todos os Stakeholders foram unânimes em nos reconhecer como uma organização ativa no âmbito das questões da sustentabilidade. Tendo sempre como termo de comparação a

auscultação análoga de 2008, estes 100% refletem uma melhoria da nossa imagem perante Clientes, Colaboradores e seus representantes e OCSs. Uns expressivos 99% consideraram, também, que a nossa empresa tem uma visão clara das suas responsabilidades económicas, ambientais e sociais. Também aqui se nota fran-

ca evolução: mais 17%. A melhoria da comunicação e o aumento da visibilidade das nossas intervenções foram alguns dos itens que mereceram consideração. Sobre o nosso Desempenho Global, 94% dos stakeholders auscultados consideraram e evolução positiva, realçando em particular o pilar económico-financeiro. Para 94% dos inquiridos a Unicer apresenta um histórico de desempenho económico-financeiro acima da média do mercado, com 90% a considerarem que a empresa apresenta perspetivas interessantes de crescimento futuro. O pilar social foi o que evoluiu de forma menos positiva, mas mesmo assim, a maioria dos Stakeholders assinalou progressos também nesta vertente. Ainda ao nível da Reputação e Imagem, é de mencionar a evolução positiva da perceção das entidades auscultadas acerca da Visão e Liderança da Unicer (88% de respostas): entre os dados recolhidos, podemos salientar que 95% dos inquiridos consideram que a empresa possui

No que toca a Ética e Responsabilidade Social, os resultados não chegaram aos alcançados em 2008, mas ainda assim manifestaram-se positivos. É de mencionar, a título de exemplo, que para 95% dos inquiridos a nossa atividade constitui, globalmente, um contributo positivo para a sociedade. Já 90% entendem que a nossa organização se rege por princípios éticos na condução das estratégias de marketing e comunicação empresarial. A ligeira queda noutros índices de apreciação, impele-nos, no futuro, a melhorarmos a comunicação das iniciativas que desenvolvemos no terreno. No Pilar Ambiental registou-se uma evolução positiva, com 84% dos inquiridos a considerarem que a Unicer é ambientalmente responsável em termos de emissões de descar-

gas e produção de resíduos. Para a maioria, a empresa esforça-se para integrar nos seus produtos preocupações ambientais, incluindo o cuidado com as embalagens (90%) e promove boas práticas, incluindo a ecoeficiência dos processos de produção/logística (79%). Também no Ambiente de Trabalho a perceção dos Stakeholders evoluiu significativamente. Para 89% dos inquiridos esta é uma das boas empresas para trabalhar em Portugal. O questionário revelou, no entanto, um certo desconhecimento sobre esta matéria (com maior percentagem de respostas “Não Sabe/ Não Responde”), pelo que teremos de melhorar a comunicação das iniciativas e políticas respeitantes ao ambiente de trabalho. Fechando o capítulo de Reputação e Imagem, a avaliação sobre a Qualidade dos nossos Produtos e Serviços também evoluiu. Segurança alimentar, inovação, política de preços competitivos versus qualidade foram alguns dos itens apreciados positivamente, com registos de valores entre 80 e 98%.

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UNICER 40

Agradecemos o elogio, mas vamos dar maior atenção à crítica. A definição da nossa estratégia de sustentabilidade para o futuro próximo passa também pelas ilações que retiramos deste processo de auscultação.

A AUSCULTAÇÃO EM GRANDES NÚMEROS

Reconhecimento

SUSTENTABILIDADE E GESTÃO

da nossa performance Tal como no processo de auscultação de 2008, os Stakeholders voltaram a reconhecer a performance de sustentabilidade da Unicer, sendo que para a maioria continuam a ser mais relevantes os temas associados ao desempenho económico: Características, qualidade e segurança dos produtos; Gestão de marcas; Gestão e controlo da cadeia de valor; e Inovação. Apenas um tema destacado – Gestão de Recursos Humanos – remete para o desempenho social. Os inquiridos apreciaram o reforço da comunicação de todas as iniciativas, políticas e estratégias levadas a cabo pela Unicer, em todos os temas relevantes apresentados. O apoio à Educação e às Indústrias Criativas foram algumas das intervenções associadas ao bom nível de desempenho. Por último, e no que toca ao Reporte de Sustentabilidade e Contacto com Stakeholders, 82% dos entrevistados afirmaram ter conhecimento da publicação regular do nosso Relatório de Sustentabilidade, o que manifesta uma evolução positiva face a 2008. Devemos, no entanto, continuar promover e comuni-

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

41

car este documento. O reforço da comunicação de iniciativas, políticas e estratégias da Unicer foi, no entanto, destacado como área de melhoria. Quanto à avaliação do Relatório de Sustentabilidade de 2012, os Stakeholders consideraram conter melhor informação os capítulos de Desempenho Económico, Mensagem do Presidente e Princípios do Negócio. Neste âmbito, deixaram algumas sugestões de informação que gostariam de ver no próximo Relatório, tais como apresentação de testemunhos de entidades e cidadãos das comunidades apoiadas ou informação sobre parcerias com fornecedores que têm por base práticas de sustentabilidade. Recebemos de bom grado todas as sugestões, sendo que algumas integram já o presente Relatório. Por aqui provamos a importância que tem, para nós, a voz dos Stakeholders – com eles fazemos o caminho, melhorando dia a dia.

95 %

100 % dos inquiridos reconhece a Unicer como uma organização ativa no âmbito das questões da sustentabilidade.

99 % consideraram, também, que a nossa empresa tem uma visão clara das suas responsabilidades económicas, ambientais e sociais.

dos inquiridos consideram que a empresa possui uma visão estratégica clara para o seu desenvolvimento futuro, integrando a sustentabilidade.

94%

79 % nos veem como um exemplo de gestão seguido por empresas concorrentes e de outros setores de atividade.

dos stakeholders auscultados consideraram uma evolução positiva no desempenho global, realçando em particular o pilar económico-financeiro.


UNICER 42

89% 90%

entendem que a nossa organização se rege por princípios éticos na condução das estratégias de marketing e comunicação empresarial.

dos inquiridos afirma que esta é uma das boas empresas para trabalhar em Portugal.

dos inquiridos considera que a nossa atividade constitui, globalmente, um contributo positivo para a sociedade.

DESEMPENHO AMBIENTAL

84% dos inquiridos consideram que a Unicer é ambientalmente responsável em termos de emissões de descargas e produção de resíduos.

90% reconhece o nosso esforço no desenvolvimento de embalagens mais sustentáveis.

Sabemos onde queremos chegar. Foi com a bússola a apontar bem o nosso norte que, uma vez cumprido o primeiro ciclo da estratégia de sustentabilidade, nos sentámos para preparar novo ciclo de três anos. Simplificar e focar no verdadeiramente importante foram as palavras de ordem durante um processo introspetivo ditado pela procura da melhoria contínua. O trabalho de casa que fizemos mostrou que as nossas prioridades continuam acertadas e decisivas numa gestão sustentável. Podemos, sim, aperfeiçoar a rota. Para o efeito, reduzimos e simplificámos as nossas prioridades, concentrando-as

no trabalho que queremos desenvolver nas áreas social, económica e ambiental. Queremos ser assertivos naquilo que fazemos, na forma como o fazemos e como assumimos esses compromissos. “Comunicar com regularidade e transparência” deixou de ser assumida como uma prioridade. Primeiro, porque esta é a nossa conduta habitual. Segundo, porque no que toca à gestão sustentável, entendemos que, mais do que um ponto isolado, a comunicação é transversal a todas as áreas, sendo essencial para podermos dar conta de tudo o que fazemos com regularidade e com a máxima transparência. Não vemos

outra forma de conduzirmos um processo como este. Mantivemos as outras cinco prioridades, que se apresentam sob nova designação, e centrámo-nos nas áreas mais estratégicas, apresentando dois grandes objetivos a implementar no contexto nacional e também na nossa atividade internacional. A um segundo nível, definimos outros objetivos complementares e respetivas metas e indicadores de avaliação, essenciais para garantirmos a construção de um futuro assente em princípios de negócio sustentáveis.

Dedicados a 5 grandes áreas, entendidas por todos como Prioridades, vamos continuar percorrer o nosso caminho com o objetivo de garantir o melhor futuro para as próximas gerações.

79% reconhece a promoção de boas práticas, incluindo a ecoeficiência dos processos de produção/logística .

Pegada Ecológica

As nossas Pessoas

Comunidade

Consumidor

Parceiros de Negócio

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

SIMPLIFICAR PARA FAZER MAIS

ÉTICA E RESPONSABILIDADE SOCIAL

95 %

43


UNICER 45

Pegada Ecológica

As nossas Pessoas

Comunidade

Consumidor

Parceiros de Negócio

Água e energia são recursos vitais e escassos que a Unicer deve preservar, atuando como referência internacional nos níveis de consumo, emissões e produção de resíduos.

O sucesso da Unicer depende do bem-estar e desenvolvimento dos seus colaboradores.

Promover laços fortes com as comunidades locais, atuando em diferentes áreas e necessidades como a educação, a cultura, o empreendedorismo e o apoio a grande causas.

Oferecer ao consumidor um leque de produtos de elevada qualidade, fomentando uma política de consumo responsável e promovendo um estilo de vida ativo e social.

Proporcionar uma eficiente cadeia de abastecimento e desenvolver parcerias de negócio que respeitem critérios de sustentabilidade, responsabilidade social e ambiental.

ÁREAS DE FOCO: Ecoeficiência do Processo Produtivo Desempenho Ambiental de Embalagens

ÁREAS DE FOCO: Segurança e Saúde no Trabalho Forte Cultura Unicer

ÁREAS DE FOCO: Empreendedorismo e Educação Apoiar as Comunidades Locais

ÁREAS DE FOCO: Promoção do Consumo Responsável Promoção de Estilo de Vida Ativo e Social

ÁREAS DE FOCO: Reconhecimento dos Clientes Promover a Sustentabilidade na Agro-indústria

OBJETIVOS

REAL 2013

META 2014

Promoção da educação e empreendedorismo junto da comunidade escolar

3516 (nº de alunos)

≥ 3516 (nº de alunos)

[7% - 9%] (29 - 37 pax)

Capacitação de alunos em risco de insucesso/abandono escolar

65% taxa transição (71 alunos)

> 65% (41 alunos)

[85% - 87%[

Promoção do empreendedorismo no setor das Indústrias Criativas

Definição de métrica de avaliação de concretização dos projetos envolvidos na 2ª fase de cada edição

OBJETIVOS

REAL 2013

META 2014

OBJETIVOS

REAL 2013

META 2014

Redução do consumo de energia (MJ/hl)

93.4

91.5

32

27

Redução do consumo de água (hl/hl)

3.1

3

Redução de acidentes de trabalho com baixa superior a 1 dia (LTAR)

9,6% 39 pax

Redução da taxa de Emissão de CO2 (kg/hl)

6.4

Promoção da mobilidade interna Quadros Superiores (exclui Turismo e Maltibérica)

86%

Desempenho ambiental de Embalagens

-

Promoção de forte cultura Unicer (índice de comprometimento de colaboradores)

6.3

identificação de oportunidades de melhoria numa perspetiva ambiental e social; desenvolvimento de plano de ação

STAKEHOLDERS DIRETAMENTE AFETADOS Organizações Não Governamentais Entidades Oficiais Comunidades Locais

STAKEHOLDERS DIRETAMENTE AFETADOS Colaboradores

Desenvolvimento de iniciativas de apoio às comunidades locais internacionais

Projeto “Uma Gota de Luz”, Guiné Bissau

OBJETIVOS

REAL 2013

META 2014

OBJETIVOS

REAL 2013

META 2014

Promover o consumo responsável

Desenvolvimento de política para promoção do consumo responsável

Promover um estilo de vida ativo e social

n.º de pessoas que incentivamos à prática de desporto; n.º de iniciativas nos territórios da música, cultura e festas populares

Aumentar o índice de satisfação de clientes (global; performance sustentabilidade e comunicação)

Global - 788 Sustentabilidade e Comunicação - 82%

Em avaliação, em virtude da redefinição em curso do Estudo de avaliação da Satisfação de Clientes

Promover o procurement responsável

1.ª fase: integração de critérios sociais e ambientais nos processos de contratação

2.ª fase: definição de política na ótica de gestão de risco de fornecedores

Desenvolvimento de política de apoio

STAKEHOLDERS DIRETAMENTE AFETADOS Organizações Não Governamentais Entidades Oficiais Entidades Locais Colaboradores

GESTÃO DA SUSTENTABILIDADE: UM DEVER DE TODOS

STAKEHOLDERS DIRETAMENTE AFETADOS Consumidores Clientes Órgãos de Comunicação Social

STAKEHOLDERS DIRETAMENTE AFETADOS Distribuidores Outros Parceiros Consumidores Clientes Fornecedores

A responsabilidade pelo cumprimento dos indicadores da estratégia de sustentabilidade é transversal à equipa Unicer, uma missão que toca a todos. Nestes termos, compete a cada um dos nossos colaboradores, com o apoio das respetivas direções, agir em consonância com uma obrigação que não vai além do aceitável: a adoção de uma conduta sustentável. Cabe à direção de Parcerias e Comunicação, através da área de Comunicação e Responsabilidade Social, a função de agregar tudo o que concerne com a estratégia e as boas práticas da empresa neste domínio. A par desta intervenção, o departamento assume a consultoria para as questões da sustentabilidade e a monitorização dos indicadores e metas fixados. Anualmente e em conjunto com as equipas das outras áreas da Unicer, a direção de Parcerias e Comunicação avalia a necessidade de eventuais ajustamentos estratégicos em função dos objetivos alcançados.

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7. DESEMPENHO

CADA VEZ MAIS ECOEFICIENTES De importância capital na estratégia de Sustentabilidade da Unicer, a Gestão Ambiental é transversal a todas as atividades da empresa, visando a aplicação de boas práticas ambientais e a sua melhoria contínua. Para nós representa um caminho de responsabilidade e validação do futuro, regularmente revisto e auditado. Definido no âmbito da Política Integrada de Qualidade, Ambiente e Segurança da Unicer, este sistema de gestão está certificado de acordo com os requisitos da norma ISO EN 14 001:2012 desde dezembro de 2010. Por ele acomodamos o discurso ao ato; professamos a atitude sustentável sendo mais ecoeficientes.

AMBIENTAL Em 2013 contribuímos ativamente para o combate à poluição e a proteção dos recursos naturais. Do nosso contributo podemos destacar a redução das emissões de gases com efeito de estufa e a diminuição da carga poluente das águas residuais.

“Os netos colherão os frutos das tuas árvores”. Virgílio

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UNICER 48

A campanha pela sustentabilidade ambiental exige diversas frentes de ação. Para o biénio 2012/2013 assumimos como prioridades do nosso programa a prevenção de acidentes, a redução dos consumos de água e energia, a promoção da ecoeficiência das embalagens e a melhoria da separação de resíduos. De todas as linhas de intervenção, e comparando os resultados alcançados no ano passado com os de 2012, há a destacar a redução das emissões de gases com efeito de estufa, justificados pela substituição do fuelóleo por gás natural e pelo aproveitamento do biogás proveniente do tratamento de efluentes líquidos na ETAR do Centro de Produção de Leça do Balio.

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Painel de Indicadores Ambientais - 2013 Consolidação (Produção) Unicer

+1%

Água 1 907 762 m³ 3,1 hl/hl

GEE Totais (CO2 equivalente) 38 940 ton 6,4 kg/hl

Água reutilizada: 119 358 m ³

A redução da produção específica dos resíduos, bem como da carga poluente das águas residuais, foram outras notas positivas do nosso exercício em 2013.

-12%

-7% Vol. Enchimento 6,11 Milhões hl

Energia 570 840 GJ 93,4 MJ/hl Eletricidade 81 363 GJ

No que respeita à gestão de água e energia, verificou-se um bom desempenho, em linha com as melhores práticas do setor das bebidas, mas ainda não foi possível concretizar a desejada redução dos respetivos consumos específicos totais. Esta situação deveu-se, por um lado, ao efeito de escala associado à redução dos volumes de produção; por outro, à reestruturação dos Centros de Produção de Leça do Balio e de Santarém, durante o primeiro semestre de 2013. Estas obras obrigaram a interrupções e recomeços, rearranjos e afinações que se traduziram em perturbações na gestão da eficiência dos processos produtivos que se querem, tanto quanto possível, contínuos e estáveis.

+6%

+660%

Gestão Ambiental Nº de Ocorrências: 8

No caso do consumo de energia, é pertinente referir que o aumento do consumo específico total ficou a dever-se também ao aumento do consumo de gás natural no motor de cogeração para produção de eletricidade, sendo de salientar que no mesmo período se registou uma redução dos consumos específicos de energia térmica e de energia elétrica nos processos diretamente relacionados com a produção de bebidas.

-12%

-16%

Subprodutos 42 261 ton 9,5 kg/hl

Águas Residuais 1 051 279 m 3

100% Valorização

-5% Resíduos 12 896 ton 2,1 kg/hl 94% Valorização

%

CQO Entrada 2 599 ton 0,4 kg/hl

CQO Saída 73 ton Eficiência: 97%

-25%

Representa a variação dos indicadores específicos versus 2012

Estes indicadores de desempenho ambiental referem-se às atividades diretamente relacionadas com a produção de bebidas em instalações próprias, incluindo todas as atividades auxiliares que ocorrem dentro das mesmas instalações (logística interna, produção de energia, tratamento de águas, tratamento de águas residuais e atividades sócio administrativas). No caso dos vinhos, apenas foi integrada a atividade de produção e enchimento de vinhos em instalações próprias (Quinta do Minho - Póvoa de Lanhoso), não sendo considerados consumos e emissões associados à compra de outros vinhos comercializados pela Unicer.


UNICER 50

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Gestão ambiental

UMA GESTÃO CONSCIENTE Reduzir a pegada ecológica dos processos de negócio é, mais do que uma imposição externa, um ato de consciência empresarial que na Unicer assume sentido prático. De forma categórica, fazemos deste compromisso o pilar ambiental da nossa estratégia de Sustentabilidade. Para cumprirmos o objetivo, temos uma Gestão Ambiental assente em três princípios orientadores: · Promover a prevenção e o controlo integrados da poluição; · Fomentar a ecoeficiência de processos e produtos, promovendo o uso sustentável da água, a utilização racional de energia e assegurando a integração de critérios ambientais na seleção de matérias-primas e embalagens; · Minimizar impactes ambientais, promovendo a redução de emissões para o ar e para a água e dos resíduos gerados, bem como privilegiando soluções de reutilização e valorização. Ao observarmos estes princípios, manifestamos uma perceção crua da realidade dos nossos tempos, marcada pela degradação ambiental e pela subtração dos recursos naturais. Estamos plenamente conscientes de que a energia e a água são bens cada vez mais escassos e onerosos. Sabemos que as emissões de CO2 e a produção de resíduos, além de igualmente onerosas, comprometem a qualidade da vida no Planeta, sendo socialmente reprováveis. À luz desta verdade, definimos como prioridade garantir níveis de consumos, emissões e produção de resíduos em linha com as melhores práticas da indústria de bebidas. Também aqui a Unicer quer dar cartas, perfilando-se como referência internacional. A partir da identificação e caracterização dos aspetos ambientais que decorrem das atividades, produtos e serviços desenvolvidos pela Unicer, a Gestão Ambiental procura minimizar e controlar o seu impacte sobre o ambiente com a adoção de procedimentos adequados.

Uma vez identificados todos os requisitos ambientais – determinados pela legislação nacional e comunitária, bem como decorrentes de contratos e protocolos que a Unicer se compromete a cumprir –, estabelecem-se as condições necessárias para um controlo eficiente. Para cada caso são estabelecidas as medidas a tomar, que podem incluir desde a substituição de equipamentos até à formação de colaboradores, inclusive de empresas externas (como os serviços de limpeza e manutenção). Nada é deixado ao acaso: seleção de matérias-primas, escolha de embalagens mais leves e que ocupam menos espaço, separação de resíduos, tratamento de águas residuais, armazenamento de produtos químicos ou gestão de obras, tudo conta nesta equação da sustentabilidade. O passo seguinte é a monitorização de diversos parâmetros, tais como a qualidade das águas residuais, os resíduos gerados, as emissões de gases, os consumos de água e energia. A par deste processo, são realizadas auditorias para verificar se os procedimentos implementados são os adequados. O nosso sistema de gestão, reiteramos, está certificado no âmbito da norma NP EN ISO 14001:2012, o que traduz o reconhecimento por uma entidade independente da adequabilidade das práticas ambientais em vigor na Unicer e do seu esforço para promover a melhoria contínua do desempenho ambiental. Para o novo ciclo de gestão foram revistos os objetivos e metas ambientais, traduzidos no nosso Programa de Gestão Ambiental 2014/2015.

Estamos a reduzir a nossa pegada ecológica. Fazemos isto por nós e por todos, pelas gerações atuais e pelas que nos hão-de suceder. Neste campo, admitimos, queremos ser uma referência em Portugal e no mundo.


UNICER

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2014/2015

Princípios da Política Ambiental

Objetivos

Meta

Real 2013

Objetivo 2014

Objetivo 2015

Prevenção e Controlo integrados da Poluição

Formação em Ambiente para todos os colaboradores

Mínimo de 4h/ano de formação em Ambiente para todos os colaboradores Unicer

n.d.

4h/colab. ano

4h/colab. ano

Acolhimento de novos colaboradores (100%)

n.d.

100%

100%

Reduzir o consumo de água

Consumo específico consolidado (versus 2013): -3%

3,1 hl/hl

3,0 hl/hl

3,0 hl/hl

Reduzir o consumo total de energia (térmica + elétrica)

Consumo específico consolidado (versus 2013): 2014 (-2%) 2015 (-5%)

93,4 MJ/hl (25,9 kWh/hl)

91,5 MJ/hl (25,4 kWh/hl)

88,7 MJ/hl (24,6 kWh/hl)

Redução da Emissão de Gases com Efeito de Estufa

Emissão de gases com efeito de estufa ((versus 2013): 2014 (-2%) 2015 (-5%)

6,4 kgCO2/ hl

6,3 kgCO2 /hl

6,1 kgCO2 /hl

Reduzir o impacte ambiental de derrame e de perturbações no tratamento de águas residuais

Zero acidentes com impacte no solo ou águas

1

0

0

Implementação de análise de quase acidentes

1 quase-acidente por colaborador e por ano (*)

n.a.

0,5

1

Melhorar a separação de resíduos

Taxa de valorização de resíduos (%)

94%

objetivo qualitativo sem meta quantificada

Produção específica de resíduos (kg/hl)

2,1

CQO Águas residuais (kg/hl)

0,4

Eficiência do tratamento (%)

97%

Ecoeficiência

Minimizar impactes ambientais

Reduzir a carga poluente das águas residuais

objetivo qualitativo sem meta quantificada

(*) Total consolidado ambiente e segurança e saúde no trabalho nas áreas da produção e logística.

Cuidado absoluto com as matérias-primas É grande a variedade de matérias-primas sensíveis, predominantemente de origem vegetal – com destaque para cereais (malte de cevada e gritz de milho), concentrados de fruta, uvas, lúpulo, açúcares, chá, outros extratos e aromas naturais –, que participam na produção das nossas bebidas. A sua utilização obedece a requisitos exigentes de boas práticas, quer em termos de qualidade, quer de segurança alimentar e gestão de existências, de modo a verificar-se um registo mínimo de perdas. Neste domínio e em termos de sustentabilidade, é de realçar o projeto CEVALTE, iniciado em 2000, que permitiu à Unicer, através da empresa participada Maltibérica, reforçar a produção nacional de cevada dística para malte. Entre os principais benefícios ambientais destacam-se os ganhos de ecoeficiência associados à promoção de boas práticas agrícolas e à redução das emissões associadas ao transporte rodoviário. Em 2013, das 51.080 toneladas de cevada que comprámos, 10.536 foram produzidas no país, o que representa 20,6% de cevada nacional.

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

CONSUMO DE MATERIAIS

PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL

Embalagens com menor impacte ambiental Reduzir a fatura ambiental das embalagens é uma preocupação da Unicer, responsável pela colocação no mercado de produtos acondicionados em garrafas de vidro, latas, barris ou garrafas PET. No caso das cervejas, o vidro constitui a opção principal, com particular destaque para a fração de garrafas de vidro TP (tara perdida), que tem crescido sucessivamente ao longo dos últimos anos, mantendo-se a tendência para aumentar, sobretudo devido à influência das vendas para exportação. Já no negócio das águas as embalagens PET têm o maior peso. No caso das embalagens TP, a responsabilidade pela gestão dos resíduos de embalagem gerados após o consumo é transferida do sistema Ponto Verde para a Sociedade Ponto Verde (SPV), no caso do mercado português. Em 2013, as nossas embalagens TP colocadas no mercado nacional corresponderam a 80.047 toneladas em termos de materiais de embalagem, somando um total de contribuições à SPV de 2.086.710 euros. No caso do mercado espanhol esta responsabilidade é transferida para a Ecovidrio, tendo a contribuição referente a 2013 totalizado 57.300 euros, correspondentes a 1.588 toneladas.

Já o circuito das embalagens TR (tara retornável) é integralmente gerido pela Unicer. No que respeita à promoção da ecoeficiência dos nossos produtos, prosseguimos com os esforços para melhorar cada vez mais o desempenho ambiental das embalagens que utilizamos, tendo sido desenvolvidos diversos projetos de simplificação e redução da gramagem. A intenção da Unicer é chegar cada vez mais longe, promovendo a redução do impacte ambientais das embalagens.


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ENERGIA E CLIMA USO DIRETO DA ENERGIA PRIMÁRIA

ETAR do Centro de Produção de Leça do Balio.

USO INDIRETO DE ENERGIA

O consumo direto de energia primária nas atividades associadas à produção de bebidas está relacionado com as necessidades de calor quer ao nível da produção de cervejas e de maltes, quer no âmbito de processos auxiliares como a pasteurização, detergências e higienização. Por outro lado, a produção de eletricidade por cogeração também utiliza quantidades importantes de combustíveis, sendo ainda de mencionar outros pequenos consumos em atividades auxiliares (empilhadores, aquecimento de águas para os balneários e cozinhas dos refeitórios). Face ao exposto, em 2013 o consumo total de combustíveis correspondeu a 408.121 GJ. O consumo de energia térmica foi responsável por 80% do uso total de combustíveis, sendo os restantes consumos atribuídos à produção de eletricidade (aproximadamente 20%). A título residual, há que mencionar pequenos consumos com empilhadores e aquecimento de águas (cerca de 0,3%).

O uso indireto de energia está associado à utilização da eletricidade comprada.

É de destacar, no ano passado, a substituição do fuelóleo por gás natural nas Centrais Térmicas dos Centros de Produção de Leça do Balio, Santarém e Pedras Salgadas. Ainda em 2013 teve início a recuperação do biogás gerado na ETAR do Centro de Produção de Leça do Balio. Este subproduto, resultante do tratamento das águas residuais, apresenta um elevado poder energético, podendo ser utilizado diretamente nas caldeiras de vapor em complemento ao gás natural.

Em 2013, o consumo de eletricidade foi de 45.200 MWh.

Combustíveis por uso

As operações de enchimento de bebidas e os sistemas de refrigeração são as atividades com maior peso no que respeita ao uso de energia elétrica. Num segundo plano, surgem os consumos associados ao tratamento de águas residuais e sistemas de iluminação das instalações.

MAIOR EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Ao nível dos consumos de energia nos processos diretamente relacionados com a produção de bebidas, em 2013 registaram-se melhorias assinaláveis com a redução do consumo específico de energia térmica de cerca de 4,5% e de 6,6% no caso da eletricidade.

ticos resultantes de interrupções, paragens, rearranques e afinações que, embora sejam habituais em projetos de alterações, se traduzem em perturbações na eficiência energética. É ainda de referir que este aumento do consumo específico total incorpora o acréscimo de consumo de gás natural no motor de cogeração para produção de eletricidade que reiniciou no final de 2012, permitindo um acréscimo de 660% da eletricidade produzida em 2013.

Contudo, considerando também o consumo de gás natural para produção de eletricidade no motor de cogeração, verifica-se que o consumo específico total de energia aumentou cerca de 6% em 2013. Este agravamento explica-se pelo efeito de escala associado à redução dos volumes de produção, bem como pelas interferências com a otimização dos processos energé-

Os centros de produção de Leça do Balio, Santarém, Pedras Salgadas e Castelo de Vide, enquanto unidades classificadas como consumidores intensivos de energia, são sujeitos periodicamente a procedimentos de auditoria energética que visam identificar oportunidades de melhoria, por sua vez traduzidas em planos de racionalização energética em curso.

O consumo de energia tem um peso significativo na produção de bebidas, constituindo um fator determinante para a ecoeficiência dos processos produtivos.

Consumo de Energia

Consumo de Energia por Negócio

GJ

+6%

1.000.000

81.679 20%

88,2 MJ/hl

1.178

Acumulado 2013 (GJ) Energia Térmica Eletricidade - cogeração

250.000

Outros 0

325.264 80%

150

121,6

93,4 MJ/hl 750.000

750.000 500.000

GJ 1.000.000

93,4 100

408.121 392.364

60,4

500.000

187.000

50

21,3

250.000

162.719 0

0 2012

Indireta

2013

Direta

Total Unicer

Cerv. e Refrig.

Indireta

Águas

Direta

Mj/hl

Vinhos


UNICER 56

REDUZIMOS AS EMISSÕES DE GASES COM EFEITO DE ESTUFA

Nas atividades associadas à produção de bebidas, as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) estão principalmente relacionadas com a utilização de combustíveis fósseis para produção de energia e transportes (emissões diretas) e com a utilização de energia elétrica (emissões indiretas). As emissões de GEE associadas a atividades realizadas dentro das instalações totalizaram 38.940 toneladas de CO2 , em 2013, sendo que 22.939 toneladas (59%) estão relacionadas com emissões diretas e 16.001 toneladas (41%) com emissões indiretas. Em termos específicos, por cada hectolitro de

Gases com Efeito Estufa Ton 80.000

60.000

CONSUMO RESPONSÁVEL DE ÁGUA

bebidas produzido foram gerados 6,4 kg de CO2, representando uma redução de cerca de 12% face a 2012. Esta redução ficou a dever-se às melhorias implementadas ao nível do mix energético, nomeadamente à substituição do fuelóleo por gás natural nas Centrais Térmicas dos Centros de Produção de Leça do Balio, Santarém e Pedras Salgadas e à recuperação do biogás gerado na ETAR do Centro de Produção de Leça do Balio para queima nas caldeiras de vapor em complemento ao gás natural. A título de curiosidade, estima-se que, só por si, estas melhorias permitiram evitar a emissão de

Gases com Efeito Estufa por Negócio -11,8%

mais de 8.500 toneladas de CO2 para a atmosfera, das quais mais de 1.000 relacionadas com o aproveitamento do biogás e, cerca de 7.500 relacionadas com a substituição de fuelóleo por gás natural. As centrais de cogeração de Leça do Balio e Santarém estão abrangidas pelo programa europeu de comércio de licenças de emissão (CELE). O balanço registado em 2013 é positivo, sendo de realçar um ligeiro excedente no saldo de licenças de emissão atribuído às instalações de Leça do Balio e Santarém graças às melhorias de eficiência alcançadas.

Em 2013 foram consumidos 1.907.762 m3 de água, maioritariamente proveniente de captações próprias (65%) e a restante proveniente de sistemas de abastecimento públicos (35%). A redução do consumo de água, a otimização da sua utilização e a implementação de sistemas de recuperação de água fazem parte dos objetivos correntes de todas as áreas produtoras, envolvendo todos os colaboradores na implementação de ações aos mais diversos níveis (formação, investimentos em novas tecnologias, alteração de procedimentos, entre outros).

Consumo de Água

Emissões CELE

18.388

15

50.000

80.000

12

40.000

9

30.000

3,1

16.001 29.043

8,1

60.000

6,4 4,9

40.000

22.939

20.000

1,9

20.000

0

0

Emissões Indiretas

2.250.000

2013 Emissões Diretas

Total Unicer

Emissões Diretas

Cerv. e Refrig.

Águas

Emissões Indiretas

Vinhos

8.520 6

20.000

10.000

0

0

Kg/hl

17.628

2.283 2012

Leça do Balio

2013

Santarém

26.087 1,2%

3

4,4

3.000.000

3,1

765.084 35,1%

3,4 3,3

2.250.000

2,4 2,1

1.907.762

1.500.000

2

750.000

1

0

0

1.500.000

2,2

750.000

1,1

20.244 ton/ano

17.549

3

1.484 0,1%

4

Consumo de Água por Negócio

3,1

2.024.089

6,4 kg/hl

40.000

2012

+1 %

3.000.000

100.000

Fruto dos esforços continuados que temos vindo a realizar, em 2013 o consumo específico de água manteve-se comparativamente a 2012, tendo-se registado um consumo específico de 3,1 hectolitros de água por cada hectolitro (l/l) de bebidas produzido pela Unicer. Este resultado, apesar de estar em linha com as melhores práticas do setor das bebidas, está afetado de perturbações devidas ao efeito de escala associado à redução dos volumes de produção, mas também às obras de reestruturação dos Centros de Produção de Leça do Balio e de Santarém que, durante o primeiro Semestre de 2013, causaram intermitências nos processos produtivos, reduzindo a eficiência e constância desejadas.

Água por Fonte

Ton

Ton

44.542 ton/ano

7,2 kg/hl

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

57

Licenças de Emissão Atribuídas

1.385.036 63,6% 0

2012

2013

m3

hl/hl

0,0 Total Unicer

Acumulado 2013 (m3 ) Captação Superficial

Rede Pública

Captação Subterrânea

Outra

m3

Cerv. e Refrig.

Águas

hl/hl

Vinhos


UNICER 58 59

EMISSÕES PARA O AR CONTROLADAS

EMISSÕES PARA A ÁGUA MENOS POLUENTES

As atividades desenvolvidas geram algumas emissões de poluentes atmosféricos, como emissões totais de partículas, óxidos de azoto (NOx), óxidos de enxofre (SO2 ), compostos orgânicos voláteis (COV) e amoníaco (NH 3), que, apesar de terem uma reduzida expressão, são regularmente monitorizadas de modo a assegurar que a sua libertação não representa riscos para a saúde pública e para o ambiente. Todas as avaliações realizadas em 2013 confirmaram o cumprimento dos limites legais.

As águas residuais geradas nos processos de produção de bebidas constituem um dos aspetos ambientais mais relevantes deste setor. Tipicamente, estes efluentes líquidos apresentam contaminação orgânica elevada, associada a perdas de matérias-primas, de produtos de limpeza, dos próprios produtos produzidos e/ou de subprodutos que, sendo rejeitados juntamente com as águas de lavagens, contribuem para agravar a sua carga poluente. Assim, a quantidade total de matéria orgânica rejeitada com as águas residuais constitui um referencial da ecoeficiência do processo produtivo, dado estar diretamente indexada às perdas ocorridas nas diferentes etapas. Este aspeto assume particular importância na produção de cervejas, refrigerantes e vinhos. Em 2013 registou-se uma redução assinalável da carga poluente específica destas águas, na ordem dos 25%.

Refira-se que o uso de substâncias destruidoras da camada de ozono é muito limitado e está reduzido a alguns sistemas de ar condicionado e equipamentos industriais mais antigos. Relativamente a fugas destes gases, em 2013 registou-se a fuga de 45 kg de R 22 .

Poluentes Atmosféricos

1.600.000

1,7

1.200.000

143

4

SO₂

16

2

Partículas 2012

2,0

1,5

800.000

1,0

400.000

COV 2013

NH₃

2012

m3

2013

hl/hl

Em 2013 registaram-se três pequenos incidentes devido a derrames acidentais de óleo, todos ocorridos no centro de produção de Leça do Balio. Foram, no entanto, incidentes ligeiros, sem consequências em termos de contaminação ambiental, uma vez que os meios de contenção existentes permitiram conter o óleo derramado e impedir a sua passagem para o solo ou meio hídrico.

Globalmente, os nossos sistemas de tratamento de águas residuais registaram uma eficiência de tratamento na ordem dos 97%, em termos e remoção de carga orgânica (CQO).

Águas Residuais - Eficiência de Tratamento (remoção de CQO)

-25%

-16% 8.000

0,8

mg/l

98%

4.000

0,6

97%

100%

3.700 0,6

6.000

75%

3.000

2.599

0,4 4.000

0,4

2.000

50%

0,5

2.000

0,2

1.000

25%

0,0

0

0,0

0

2 0

NOx

O tratamento destes efluentes líquidos é assegurado em instalações próprias, com exceção da Quinta do Minho (Póvoa de Lanhoso) e Águas de Melgaço, onde este tratamento é assegurado mediante ligação aos sistemas públicos.

134

111

33

Em 2013, o volume total de águas residuais gerado foi 1.051.279 m3, sendo a carga poluente associada de 2.599 toneladas de CQO (“carência química de oxigénio”).

Águas Residuais - Carga Tratada (CQO)

2,0

213

179

DERRAMES SEM EXPRESSÃO

Volume de Águas Residuais

ton

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

Emissões, efluentes e resíduos

2012

66 2012

2013

ton

kg/hl

Entrada

Saída

73

0%

2013

Eficiência de tratamento - CQO


UNICER 60

RECOLHA SELETIVA DE RESÍDUOS

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

61

NOVO PROVEITO PARA OS SUBPRODUTOS

As atividades de produção e distribuição de bebidas originam uma grande diversidade de resíduos, assumindo aqui particular relevância os resíduos de embalagens e, em segundo lugar, as lamas excedentárias do tratamento biológico de águas residuais.

Quantidade de resíduos por destino Total de Resíduos industriais (t/ano)

12.896

Valorização (Códigos R) (t/ano)

12.146

Eliminação (Códigos D) (t/ano)

749

Taxa de Valorização

Em todas as instalações da Unicer é promovida a recolha seletiva de materiais, atendendo às opções de valorização e/ou à perigosidade, de modo a assegurar o apropriado acondicionamento e encaminhamento para o destino mais adequado.

94%

Resíduos industriais perigosos (t/ano)

175

Valorização (Códigos R) (t/ano)

125

Eliminação (Códigos D) (t/ano)

50

Resíduos industriais não perigosos (t/ano) Valorização (Códigos R) (t/ano)

A produção total dos resíduos gerados em 2013 foi de 12.896 toneladas, sendo a taxa de valorização associada de 94%. A produção específica de resíduos foi de 2,1 kg/hl, correspondendo a uma redução de 5% relativamente a 2012.

As atividades de produção de cervejas e vinhos geram quantidades importantes de subprodutos sujeitos a regulamentação específica. No caso dos subprodutos do processo cervejeiro, o seu destino é a alimentação para animais. No caso dos subprodutos da atividade vinícola, é assegurada a valorização em processos de destilação alcoólica.

12.721 12.021

Eliminação (Códigos D) (t/ano)

Subprodutos (2013)

Destino

Quantidade (ton)

Produção de Cervejas

Alimentação animal

35.958

Unicer Vinhos

Dreche Levedura excedentária Bagaço

6.257 Destilação

Borras e Lamas

20 TOTAL

699

26

42.261

PROCESSOS LEGAIS

Resíduos por Tipo

Resíduos

Resíduos por Negócio

ton

-5%

Outros 30.000

Sucatas Emb. Metálicas

Kg/hl 3

2,2

Emb. Madeira Emb. Papel e Cartão

Em 2013 não houve registo de qualquer processo legal. Neste âmbito, há apenas a assinalar a ocorrência de uma vistoria para reexame da licença industrial, realizada pelos serviços competentes do Ministério da Economia na Quinta do Minho, e de uma inspeção de rotina, pela IGAMAOT, ao Centro de Produção de Santarém.

ton

Kg/hl

2,8

30.000

3

2,1

2,1

20.000

2

10.000

1

20.000

2

Emb. Plástico Emb. Vidro Prod. Impróprios

10.000

1

0,4

Lamas ETAR

0,4

RSU’s / RIB’s 0

5.000

10.000 ton

Acumulado 2013

0

0 2012 Não Perigosos

2013 Perigosos

Total

0

0 Total Unicer

Cerv. e Refrig.

Não Perigosos

Águas

Perigosos

Vinhos

Total


UNICER 62

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

63

8.DESEMPENHO

SOCIAL

SOMOS UNICER Equipa e empresa fazem-se mutuamente, numa respiração comum. É neste registo orgânico, de humanização do negócio, que estimulamos o diálogo com as nossas pessoas, entre nós. Ano após ano, investimos nas melhores práticas de gestão dos recursos humanos, tendo em vista a permanente valorização dos nossos colaboradores e o reforço da sua identificação com a empresa. Em 2013 cuidámos, então, de fortalecer os vínculos com quem faz esta casa. Comunicámos mais, incrementámos a formação, estimulámos a intervenção ativa de todos. Acabámos o ano reiterando a nossa identidade: sim, somos Unicer

UMA EQUIPA NUMEROSA No dia 31 de dezembro de 2013 a equipa Unicer era composta por 1.350 colaboradores (1.197 efetivos e 153 contratados a prazo) distribuídos por diferentes áreas da empresa. Por tipo de emprego, no ano passado tivemos 2 colaboradores a tempo parcial e 1.348 a tempo inteiro. Do total de colaboradores, incluindo o Turismo, a condição de contratados representava 11% do nosso capital humano.

“Atrás de toda a ação há sempre uma intenção”. Machado de Assis

A maioria dos colaboradores é do sexo masculino, com o sexo feminino a representar no ano passado 27% do capital humano, uma realidade que se explica pelas singularidades do mercado em que operamos. No que toca a idades, os 30 anos representam o escalão etário predominante (com cerca de 37%), sendo que a maioria dos nossos colaboradores tem mais de 40 anos. Dentre todos, 24% são sindicalizados.


UNICER 64

Sobre o índice de absentismo, há a registar um decréscimo: passou de 3,99% em 2012 para 3,59% em 2013. Por seu turno, o índice de rotatividade da equipa – apenas no universo das bebidas, ou seja, excluindo o Turismo – foi de 9,66%, com uma taxa de saída de 11,9%. As saídas de trabalhadores com idade compreendida entre os 30 e os 50 anos representam 56,52% deste indicador, enquanto as de idade superior a 50 representam 28,57%. Os restantes 14,91% traduzem a saída de trabalhadores com menos de 30 anos.

OS NOSSOS PELO MUNDO FORA Vamos contar como foi o primeiro ano de existência da nossa área de gestão de pessoas dedicada em exclusivo ao negócio internacional: ávido de assimilar mundo.

AS MELHORES PRÁTICAS NA GESTÃO DAS PESSOAS A valorização da nossa equipa é algo que nos pede atenção constante: há que cuidar bem de quem faz esta empresa. Sob este pressuposto, em 2013 empenhámo-nos em identificar novas soluções para incrementarmos as melhores práticas na gestão das Pessoas. Nesse sentido, iniciou-se um projeto de otimização e uniformização de políticas e procedimentos, assente em três objetivos: 1. Definir o modelo de benefícios a implementar, em alinhamento com os objetivos estratégicos da empresa e as melhores práticas do mercado, onde se tende a adotar um modelo assente em benefícios básicos e flexíveis e na melhoria dos serviços prestados, nomeadamente nas áreas de Saúde e Educação; 2. Desenvolver a Política Retributiva; 3. Melhorar a plataforma de interface do colaborador, facultando ferramentas integradas ao nível de marcação de férias, disponibilização e consulta de documentos, gestão de tempos e gestão do espólio de colaborador.

Neste primeiro voo houve que solidificar fundações para apoiar o desafio e o percurso de internacionalização da Unicer. Isso fez-se numa viagem pelas boas práticas de gestão de pessoas em mobilidade internacional. Tratámos de identificar os exemplos da Unicer, conhecer diferentes realidades, falar com empresas, pessoas e especialistas em situação de mobilidade, bem como desenhar e delinear padrões adequados à nossa realidade. Acompanhar as pessoas em missão, apoiando-as no estabelecimento noutras geografias e na identificação de parceiros facilitadores da sua integração, foi também uma prioridade. O facto é que ganhámos asas. Acabámos os primeiros 365 dias desta “Volta ao Mundo Unicer“ contando 19 pessoas fora de Portugal, 10 países com colaboradores. Durante este batismo de voo clarificámos desafios e regras de gestão de pessoas em missão internacional. Com os nossos pelo mundo, temos agora como objetivo continuar a acompanhar e apoiar o negócio fora de Portugal, trabalhando para a promoção da imagem e cultura da Unicer além-fronteiras.

ABRINDO HORIZONTES Colaboradores Unicer / Grupo Funcional, Género e Idade Grupo Funcional

Nº Colaboradores

Homens

Mulheres

<30

30-50

>50

Total

<30

30-50

>50

Total

Diretor

0

19

1

20

0

6

0

6

Manager

0

28

7

35

0

9

1

10

Gestor

1

57

6

64

1

45

3

49

Técnico Superior

23

119

16

158

15

54

5

74

Técnico

17

194

32

243

9

53

16

78

Técnico Operação/Técnico Assistente

74

308

31

463

17

99

34

150

115

725

143

983

42

266

59

367

2013 fica gravado na história da Unicer como o ano em que concluímos a primeira fase do projeto de modernização industrial da casa-mãe, em Leça do Balio. Este grande investimento, que valida o nosso futuro, foi celebrado no 2º Encontro de Colaboradores Unicer, em 19 de outubro de 2013. Sob o tema “De Portugal para o Mundo, a postos para a Internacionalização”, o encontro ocorreu pela primeira vez entre portas, em pleno hall de enchimento da fábrica. No coração da Unicer, cerca de 1.100 colaboradores comemoraram o projeto e homenagearam todos os que se empenharam na sua concretização. Depois de visitarem os novos espaços, celebraram o presente e falaram dos desafios para o futuro, em particular da internacionalização. Num contexto de reunião familiar, a cultura e a forma de “Ser Unicer” estiveram também em destaque, ou não fossem elas o passaporte que nos abre horizontes. Encontro Colaboradores 2013

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

65


UNICER 66

AVALIAR COM CONHECIMENTO DE CA(U)SA

A COMUNICAÇÃO COMEÇA EM CASA

Vivemos bons Momentos e estimulámos a identificação da nossa equipa com a cultura Unicer. Fizemos da comunicação um processo de envolvimento e partilha.

Houve muito que partilhar. Sobretudo, foi tudo partilhado com prazer. Ao nível da comunicação interna, o ano ficou marcado por um aumento da produção de conteúdos, impulsionado pelo lançamento da Momentos TV em finais de 2012. Através desta plataforma efetuou-se o acompanhamento permanente do projeto de modernização industrial em Leça do Balio e deu-se a conhecer a presença das marcas Unicer em eventos em Portugal e no Mundo. Promovemos também a cultura cervejeira e a internacionalização em curso, partilhando sobretudo dicas e curiosidades, e sensibilizámos as nossas pessoas para temas relevantes na área da Qualidade, Ambiente e Segurança. Pelo seu caráter útil, estas informações são também disponibilizadas e armazenadas na Intranet, enriquecendo assim esta plataforma de trabalho dos colaboradores. A exemplo de anos anteriores, prosseguimos com a publicação da @momentos (a nossa newsletter eletrónica) e da revista Partilhar Momentos. Quisemos, deste modo, fortalecer a cultura da empresa e manter informados os nossos colaboradores sobre o que acontece na Unicer e com as suas marcas.

Pode quem sabe, e os nossos colaboradores sabem. Melhor do que ninguém, conhecem processos, produtos, marcas da Unicer. Mais do que ninguém, ajuízam com conhecimento de causa. A crítica construtiva, entre pares, faz o conceito do programa “Unicer na Rua”, que promove a aproximação dos colaboradores ao mercado e os convida a propor melhorias. Realizada pelo quinto ano consecutivo, esta iniciativa incidiu em 2013 sobre os mercados On e Off Trade, com as visitas a concentrarem-se em dois dias da semana.

Outras iniciativas foram postas em prática, tendo em vista o reforço das características da nossa identidade e a aproximação dos colaboradores às marcas. Podemos destacar o Projeto de Natal, que abrangeu um maior número de pessoas na Unicer, ações de degustação de novos produtos ou o passatempo da Carlsberg “Where’s the party”, que levou dois colaboradores a Estocolmo para assistirem à grande festa internacional da marca. É ainda de salientar a revisão dos programas de integração e acolhimento, no sentido de se uniformizar e dinamizar a receção aos novos elementos em todos os sites da empresa. Neste âmbito, ao longo do ano foram dinamizados 10 programas de integração na Unicer, envolvendo mais de 40 novos elementos. Através da comunicação continuada, da partilha de Momentos e de ações regulares ou pontuais, procurámos estimular a coesão da nossa equipa e sua identificação com o que é “Ser Unicer”.

UMA EXPERIÊNCIA SEM DESPERPEDÍCIOS Promover um maior conhecimento entre departamentos, dando aos colaboradores a possibilidade de, durante um dia, explorarem com mais detalhe determinada área da empresa, é o objetivo da “Unicer Experiente”, uma iniciativa que conheceu nova edição em 2013. Desta vez a área em destaque foi a de “Melhoria Contínua”. De um modo muito simples, mostrou-se aos participantes em que consiste a filosofia Lean. A explicação teórica foi complementada com uma visita às áreas de Supply Chain com iniciativas Lean já implementadas. No final, os 33 participantes testaram os conhecimentos adquiridos com um exemplo do quotidiano, para o qual apresentaram sugestões de melhoria. O feedback foi muito positivo, tendo 89% dos participantes classificado a iniciativa como “muito importante”. Indo ao encontro do conceito Lean, podemos afirmar que se viveu uma experiência sem desperdícios.

“Unicer na Rua” permitiu acompanhar a qualidade da execução perfeita no ponto venda, convidando os colegas das diferentes áreas que aderiram ao programa a avaliarem – por resposta a um questionário - a colocação do material de visibilidade de Super Bock e de Água das Pedras. No ano passado foram 187 os colaboradores que abraçaram o desafio, dando o seu contributo para o planeamento do trabalho da equipa de Trade Marketing.

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

67


UNICER 68

IDEIAS QUE FAZEM “CLICK”

PERGUNTAR ANTES DE AGIR

Crescemos com as propostas dos nossos colaboradores. Ao longo de 2013, o nosso Sistema de Gestão de Investigação, Desenvolvimento e Inovação acolheu 70 novas sugestões. Uma vez partilhadas no Portal de Ideias “Click”, 20 acabaram por ser encaminhadas para a Direção de Pessoas e Comunicação, incidindo maioritariamente nas áreas de Responsabilidade Corporativa, Sistema de Benefícios e Capital Humano e Cultura Organizacional. Outras 20 sugestões de colaboradores foram direcionadas para a área de Marketing.

Temos o hábito de escutar os nossos. Por várias iniciativas damos voz a todos, e com todos aperfeiçoamos este imenso projeto empresarial. Neste âmbito, em 2013 outras duas intervenções revelaram espírito colaborativo. A sétima edição do C15 – questionário promovido pela Carlsberg em parceria com a consultora Towers Watson, que visa aferir o impacto do estilo de liderança no nível de comprometimento dos colaboradores e no alinhamento com a estratégia da empresa – mostrou que na Unicer está-se realmente bem. O estudo deste ano envolveu 326 pessoas na empresa, entre diretores, managers, gestores e técnicos superiores, sendo que os resultados obtidos foram muito positivos: numa escala de 1 a 5, a Unicer obteve uma classificação final de 4,41. Entre os aspetos mais valorizados é de destacar o forte orgulho de pertença à empresa e o empenhamento dos colaboradores no apoio à prossecução dos objetivos gerais. As conclusões do 7º C15 permitiram ainda identificar oportunidades de melhoria no desenvolvimento das chefias e, consequentemente, no aumento dos níveis de comprometimento das pessoas Unicer.

1

O ano conheceu também nova edição do “Dê-nos uma Pista”, outro questionário que assume um papel cada vez mais relevante na vida das pessoas e da gestão desta empresa. A prová-lo está o índice de adesão à iniciativa (85% em 2013), bem como o empenho que as equipas estão a colocar na definição e implementação das oportunidades de melhoria. Este trabalho está agora a decorrer, em paralelo com a definição de um conjunto de ações transversais, sob o pelouro da Comissão Executiva. Este inquérito, realizado em parceria com a Carlsberg e a consultora Kenexa, visa aferir o nível de comprometimento dos colaboradores da Unicer através das respostas a 35 questões, distribuídas por oito categorias. O elevado nível de comprometimento das nossas pessoas (86% 1), o entusiasmo pelas nossas marcas, o orgulho em trabalhar na Unicer e o foco nos clientes e consumidores foram as principais conclusões extraídas do estudo de 2013.

De realçar que, em 2013, este estudo foi elaborado pelo Grupo Carlsberg em parceria com uma nova empresa (KENEXA). A mudança operada na escala de respostas ditou uma diminuição de 5pp relativa à generalidade dos resultados dos estudos anteriores. Ou seja, na prática, e comparando com a escala utilizada nos estudos anteriores, este índice de comprometimento equivale a 91%.

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

69

ATRAIR QUEM É BOM, ESTIMAR OS QUE CÁ ESTÃO Não só atraímos quem é bom, como apostamos na contínua valorização dos nossos colaboradores. Por aqui se faz uma equipa reconhecida no mercado. E por aqui se explica a procura da Unicer como espaço de trabalho. Em 2013, a nossa empresa recebeu 1.131 candidaturas espontâneas para as mais diversas áreas. Entretanto, e dando continuidade à política de rotação de pessoas como forma de desenvolvimento e renovação de competências, foi assegurada resposta a cerca de 94 processos de recrutamento, entre vagas a contrato, estágios profissionais e trabalho temporário. Do total de 135 vagas consideradas, 47% foram por mobilidade interna, o que se traduziu na “movimentação” de 63 colaboradores de diferentes áreas e grupos funcionais. Comprometidos com o sucesso das nossas pessoas, procurámos ainda atrair os melhores candidatos existentes no mercado e criámos as melhores condições para a evolução dos nossos recursos humanos, dando-lhes a oportunidade de desenvolverem os seus percursos profissionais dentro da própria organização.

Recrutamento e Seleção em 2013

1% 22% EP - Estágio Profissional RE - Recrutaento Externo 47%

RI/MI - Recrutamento / Mobilidade Interno (a) TT - Trabalho Temporário 30%


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PORTA ABERTA AOS JOVENS VALORES

HÁ SEMPRE TEMPO PARA FORMAR

UMA EQUIPA, UM SÓ RUMO

Somos mentores, com todo o gosto. Por isso em 2013 mantivemos a ligação aos jovens que procuram um primeiro contacto com o mundo empresarial – e fizemo-lo, sobretudo, através da The Talent City. A plataforma online da Unicer registou cerca de 24.000 visualizações, num universo de 52.000 habitantes inscritos nesta “cidade dos talentos”.

Investir na formação contínua é garantir a participação plena de profissionais e empresas num mercado global que exige mobilidade e alta competitividade. À luz desta realidade, e em linha com a nossa estratégia de negócio, na Unicer temos sempre tempo para formar. Tempo e vontade. Priorizamos a valorização dos nossos recursos humanos, investindo em ações que permitem reciclar e atualizar conhecimentos, adquirir novas competências, adequar à rotina de trabalho novos métodos e procedimentos.

Direcionar o foco de todos para uma visão de “equipa” foi a razão maior por que introduzimos algumas alterações no nosso Sistema de Gestão de Desempenho. O ciclo de avaliação 2012/ 2013 beneficiou, assim, de um processo de simplificação da componente quantitativa (ao nível dos objetivos). Na sequência desta mudança, aperfeiçoámos os processos de comunicação no Portal RUMO, fomentando e garantindo o envolvimento de todos os intervenientes.

No contexto físico, fomos uma das oito empresas nacionais associadas ao Sponsor Me, um projeto social que visa proporcionar estágios remunerados a recém-licenciados, contribuindo para o desenvolvimento das suas competências e a continuidade dos seus estudos. Este programa recebeu cerca de 800 candidaturas, tendo sido selecionados 356 candidatos. Destes, 96% afirmaram que a Unicer é a sua primeira escolha para trabalhar. Ao abrigo dessa iniciativa, acolhemos dois estagiários em Leça do Balio. Por fim, associámo-nos ao programa de estágios profissionais “Movimento para o Emprego”, uma iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian e da COTEC Portugal, em parceria com o IEFP. No âmbito deste projeto, a Unicer, a par de outras empresas, compromete-se a proporcionar estágios a jovens recém-licenciados, contribuindo para a sua formação e para o desenvolvimento de competências essenciais ao seu futuro profissional. No total recebemos ao longo do ano 67 estágiários, divididos entre 29 estágios profissionais e 38 estágios curriculares.

Formação em 2013 2011

2012

2013

Nº de Ações

399

411

525

Nº de Participações

4162

3847

3520

Volume de Formação

39439

32298

36865

Investimento (euros)

780.853,00 €

681.360,81 €

610.676,12 €

Grupo Funcional (GF)

Total horas formação por GF

DIRETOR

2.255,75

MANAGER

3.100,58

GESTOR

7.912,75

TÉCNICO SUPERIOR

10.038,33

TÉCNICO

4.218,17

TÉCNICO DE OPERAÇÃO/TÉCNICO ASSISTENTE

9.314,83

Em 2013 esta partilha de conhecimentos e boas práticas estendeu-se além do corpo regular de colaboradores, englobando estagiários, prestadores de serviço e trabalhadores temporários. No total, foram 334 as pessoas que participaram no nosso programa de formação, com a maioria das acções a incidir sobre temas de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (a saber, “Sensibilização ao PEI — Plano de Emergência Interno”, “Incidentes de Trabalho-Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho”, “Equipas de Evacuação e Intervenção” e “Autocontrolo”). Reforçámos também a aposta em programas de formação desenhados à medida das nossas equipas, privilegiando ações in company, desenvolvidas com entidades parceiras capazes de adaptar os conteúdos e metodologias à realidade da nossa organização. As sessões de formação interna, com recurso à expertise e know-how dos colaboradores, foram também uma constante ao longo do ano.

Para a Unicer, o RUMO – nome por que dá o nosso modelo de avaliação de desempenho – é uma ferramenta em constante evolução, ajustada às exigências da organização e ao desenvolvimento dos nossos colaboradores. Conte-se, por isso, com novidades em 2014.

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PREVENÇÃO E SEGURANÇA

ZERO ACIDENTES

Menos acidentes graves, mais Segurança e Saúde no Trabalho

É uma área que não descuramos um minuto. E é uma área em que o menos representa mais: menos acidentes e doenças profissionais; mais segurança e saúde no espaço laboral. Atuar ao nível da Segurança e Saúde no Trabalho significa estimar o capital humano da Unicer – cuidar das nossas pessoas. Este é um primado que merece de nós uma política atuante, exercida sob três princípios orientadores: 1. Prevenir os acidentes de trabalho e as doenças profissionais, estabelecendo e revendo objetivos da SST que visem a redução da sua ocorrência e da sua gravidade; 2. Estabelecer níveis elevados de segurança dos equipamentos de trabalho; 3. Garantir a existência de locais, sistemas e métodos de trabalho seguros.

Rumo ao Objetivo Reduzir a Sinistralidade

Eliminação ex.: substituição de máquinas ou produtos inseguros.

Neste âmbito, para o biénio 2012/2013 assumimos como prioridades a redução da sinistralidade e a certificação do sistema de gestão de acordo com a norma OHSAS 18001:2007 (Segurança e Saúde no Trabalho). Em termos de resultados, e apesar de um ligeiro acréscimo do número total de acidentes registado, merece destaque a redução em 48% dos acidentes que originaram incapacidade temporária absoluta (ITA ou “Baixa Médica”), bem como do número total de dias perdidos (-35%), o que indicia uma redução muito significativa da gravidade dos acidentes ocorridos.

Controlos técnicos/ engenharia ex.: proteção/bloqueio de máquinas; sistemas de deteção; lay-out das instalações.

No que toca à certificação, em Abril de 2013 decorreu com sucesso a auditoria de 2ª Fase de acordo com os requisitos da norma OHSAS 18001:2007, tendo o sistema de gestão integrado obtido a extensão da certificação também neste âmbito. Na Unicer, a estratégia de prevenção assenta na identificação dos perigos para cada tarefa realizada e avaliação dos riscos associados. De acordo com os critérios de aceitabilidade, são definidas as prioridades de ação ao nível das medidas de controlo a implementar ou a melhorar de acordo com a hierarquia seguinte:

Como começámos por afirmar, esta é uma área que não descuramos, pelo que periodicamente são realizadas inspeções e auditorias que visam verificar se o nível de controlo relativo às condições de segurança e à prevenção de acidentes é adequado face aos nossos objetivos. Mais do que definirmos uma política, procuramos envolver toda a equipa Unicer nesta causa comum. Tendo sempre em mente o bem-estar dos nossos trabalhadores, empenhamo-nos em facultar a todos educação, formação, aconselhamento e programas de controlo de riscos para prevenção de acidentes e de doenças profissionais.

Sinalização/aviso ex.: alarmes sonoros; alertas de segurança nas máquinas; sinalética de segurança afixada nas áreas.

Equipamento de proteção ex.: óculos; luvas; botas de segurança; auriculares. Substituição ex.: automação de tarefas de modo a afastar o operador da fonte de risco; rotatividade de tarefas.

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PROGRAMA DE GESTÃO, SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO 2014/2015

PREVENIR E REDUZIR A SINISTRALIDADE

Fazer (ainda) melhor no novo biénio

A nossa meta: “zero acidentes com baixa médica”

O Programa de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho para 2014/2015 assenta numa política de continuidade, com a Unicer a reafirmar total empenho na redução da frequência e da gravidade dos acidentes de trabalho. A segurança dos equipamentos, elevada a índices máximos de proteção, o controlo e a aferição regulares dos procedimentos instituídos, o reforço da comunicação e a aposta na formação são outros objetivos reiterados na nossa agenda de medidas e ações.

A prevenção dos acidentes de trabalho, com a diminuição da sua gravidade, é um dos compromissos do pilar social da nossa estratégia de Sustentabilidade. A ele temos correspondido de forma continuada e consistente. Os resultados estão à vista: ao longo dos últimos anos verificou-se uma redução progressiva da ocorrência de acidentes em todas as áreas da empresa.

Princípios da Política SST

Objetivos

Meta

Prevenção de acidentes e doenças profissionais

Redução da Sinistralidade

Redução em 30% versus 2013 da frequência e gravidade dos acidentes nos próximos 3 anos

- 15%

- 25%

Implementação da análise de quase-acidentes

1 quase-acidente por colaborador e por ano (*)

0,5

1

Segurança dos equipamentos de trabalho

Conformidade legal dos equipamentos de trabalho

90% Equip. existentes

90%

100% Novos equip.

100%

Sistemas e métodos de trabalho seguros

Implementação de Safety Walks (SW)

1 SW por gestor/por bimestre

1

Aumentar a presença da Medicina no Trabalho nos postos de trabalho

Nº visitas por ano

Lock-out Tag-out (LOTO)

100% Sites Produção

Reforçar Comunicação e Consulta SST Formação em SST para todos os colaboradores

% Áreas implementadas

4h/ano de formação em SST para todos os colaboradores Unicer Acolhimento de novos colaboradores (100%)

(*) Total consolidado ambiente e segurança e saúde no trabalho nas áreas da produção e logística.

Objetivo Objetivo 2014 2015

objetivo qualitativo sem meta quantificada 100% objetivo qualitativo sem meta quantificada

No ano passado, e face a 2012, verificou-se uma redução muito importante (menos 48%) do número de acidentes que originaram incapacidade temporária absoluta (ITA ou “Baixa Médica”) e do número total de dias perdidos (menos 35%). Não se registaram óbitos nem doenças profissionais. Estes resultados indiciam uma menor gravidade dos acidentes ocorridos, facto que acaba por atenuar o pequeno acréscimo (2,5%) do número de acidentes totais registados em 2013.

Embora muito positivos, estes resultados ainda não nos deixam confortáveis. Aliás, para a Unicer o único objetivo aceitável será alcançar a meta de “zero acidentes com baixa médica”. Para o efeito, reafirmamos como prioridade absoluta a redução da sinistralidade laboral, o que implica manter o foco na prevenção dos riscos, prosseguir com a adoção das melhores práticas de Segurança e Saúde no Trabalho e assegurar que instalações e equipamentos reúnem todas as condições de segurança necessárias. Neste processo de melhoria contínua é de suma importância a análise das causas de todos os acidentes e quase acidentes. A partir deste levantamento é possível eliminar gradualmente as causas de sinistralidade, evitando a repetição de ocorrências ou reduzindo a sua gravidade mediante o reforço de medidas de proteção.

Evolução do nº de Acidentes +2,5% Acidentes 134 123 120

Dias Perdidos

123

83

77 70

4h/colab.ano

58 40

- 35 % Dias Perdidos

- 45 % Índice LTAR

- 48 % Acidentes com ITA ("Baixa Médica")

51

58 32

Legenda: ITA – incapacidade temporária absoluta (“Baixa médica”) LTAR – lost time accident rate (nº de acidentes c/ ITA > 1 dia X 1000 / FTE) FTE – full time employee

1826 1746 1255 1128

100% Total

C/ITA 2010

2011

2012

LTAR 2013

2010

2011

2012

2013


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FORMAR PARA UMA CULTURA DE PREVENÇÃO Com o intuito de reforçar uma cultura assente na prevenção, partilhada por todos, continuamos a investir na formação através de um programa que abrange os diversos temas da segurança no trabalho. Destacamos aqui as ações mais relevantes realizadas em 2013, destinadas a colaboradores da Unicer, trabalhadores temporários e prestadores de serviços:

Ações de Formação em Segurança e Saúde no Trabalho

Acolhimento de novos colaboradores Boas práticas Auditorias e Legislação de Ambiente e Segurança Comunicação da Identificação de Perigos e Avaliação de Riscos Condução de Empilhadores Diretiva Máquinas e Equipamentos de Trabalho Ergonomia - Movimentação Manual de Carga Incidentes de Trabalho Espaços Confinados-Trabalho e Resgate - Workshop Legislação de Segurança e Saúde no Trabalho Manipulação de Produtos Químicos de Higiene Utilização de Equipamentos de Proteção Individual 1

TT - Trabalhadores Temporários

2

Nº de Ações

Unicer

TT 1/ PS 2

Total

50

593

36

629

Horas

A exemplo dos anos anteriores, em 2013 foram ainda desenvolvidas campanhas de sensibilização para a Segurança no Trabalho, através dos canais de comunicação interna. A valorização de datas especiais, tais como o Dia Nacional de Prevenção e Segurança no Trabalho ou a Semana Europeia da Segurança e Saúde no Trabalho, foi uma das formas de estimular em todos uma cultura de prevenção de riscos.

3.478

PS - Prestadores de Serviço

No âmbito da capacidade de reação a emergências, na Unicer é prática regular a realização de simulacros, contemplando os principais cenários de risco identificados nos planos de segurança internos dos vários estabelecimentos, tais como situações de incêndio ou explosão, derrame de produtos perigosos ou emissão de gases, entre outros. Estes simulacros, um processo eficaz de treino das equipas de emergência, incluem exercícios gerais de evacuação de todos os edifícios.

Ação de simulacro realizada no Centro de Produção de Leça do Balio


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CONTRIBUIR PARA AS NOSSAS COMUNIDADES

MUSIKKI - UM VENCEDOR COM CARÁTER UNIVERSAL

Apoiar as comunidades onde estamos inseridos no combate ao insucesso e ao abandono escolar e promover a economia criativa em Portugal representam o contributo da Unicer para a criação de um mundo melhor, com maior equilíbrio de oportunidades para todos. É nestas duas áreas, energia vital de um povo, que queremos continuar a dar cartas, cientes do retorno que obtemos: apoiando quem nos rodeia, aprendemos e tornamo-nos mais criativos – fazemos, também, uma Unicer melhor.

PACTO COM AS INDÚSTRIAS CRIATIVAS A nossa relação com as Indústrias Criativas comporta orgulho e sentido de missão. Orgulho porque fomos pioneiros no modo como incrementámos o tema na agenda do empreendedorismo em Portugal; sentido de missão porque desde então reiteramos o nosso apoio ao desenvolvimento deste sector estratégico para a economia nacional. Sem falsas modéstias, estamos a fazer um bom trabalho. Desde 2005, ano em que a promoção das Indústrias Criativas passou a integrar a política de Responsabilidade Social Corporativa da Unicer, que fazemos um caminho precursor. Começámos com o Super Bock Laboratório Criativo, um evento anual que celebra a criatividade, a inovação e a cultura com intervenções criativas interdisciplinares.

Três anos depois, criámos o Prémio Nacional Indústrias Criativas em parceria com a Fundação de Serralves e outras dez instituições: Addict; ADI; Anje; BPI; Brand New Box; ESAD; Fundação da Juventude; IPAMEI; Universidade Católica Portuguesa e Universidade do Porto. Dar oportunidade a ideias e projetos dominados pelo talento e a inovação é o objetivo desta competição que, por força da sua relevância nacional, é desde 2012 representante de Portugal na Creative Business Cup, em Copenhaga. Extraconcurso, o Prémio Nacional Indústrias Criativas é hoje uma figura institucional que divulga e ajuda a fazer a agenda do setor. No seu website, nas redes sociais e em ambientes físicos (como foi o caso do Festival In, em Lisboa), acompanha pessoas, empresas e novos projetos. Este sentido de continuidade expressa-se também na ligação que a Unicer faz questão de manter com finalistas e vencedores das diferentes edições do Prémio.

“Forte apoio ao desenvolvimento do nosso projeto” A notoriedade alcançada pela atribuição da Menção Honrosa e o forte apoio ao desenvolvimento do nosso projeto, desde o programa de imersão, pelas individualidades e empresas ligadas ao Prémio Nacional Indústrias Criativas têm vindo a ser determinantes para a construção da nossa história. Um muito obrigado à UNICER e à Fundação Serralves! Nuno Alves, Story Trail TV (menção honrosa - Prémio Nacional das Indústrias Criativas 2013)

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

Acreditamos que a educação e a criatividade são dínamos do desenvolvimento da sociedade. Sob esta convicção, em 2013 continuámos a erguer estas duas bandeiras em cada uma das ações que levámos ao terreno. Prosseguimos, deste modo, com a política de responsabilidade social iniciada em 2005.

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Foram 339 candidaturas, seis projetos finalistas, uma menção honrosa e um vencedor: em números, esta é a história do 5.º Prémio Nacional Indústrias Criativas Super Bock/Serralves, que destacou uma vez mais o empreendedorismo criativo a nível nacional. E se é música, está no Musikki... Nascido em Aveiro e pensado à escala planetária, o grande vencedor desta edição é um agregador em tempo real de conteúdos musicais dispersos pela Web. A nós, ouvintes, basta acedermos à sua plataforma online e pedir o que desejamos; de imediato temos à disposição tudo o que existe sobre um artista, um álbum, uma canção. Com esta simplicidade de utilização, a nós, ouvintes, abrem-se as portas da música, à Musikki abrem-se as portas do mundo. Ao vencer o nosso Prémio, a startup de Aveiro ganhou também um palco internacional – em Copenhaga, Dinamarca, dignificou as cores de Portugal na Creative Businees Cup, uma competição anual que reúne projetos de dezenas de países, todos eles vencedores em concursos nacionais de indústrias criativas.

“Estamos a explorar as muitas vantagens do Prémio” “Vencer o Prémio Nacional Indústrias Criativas foi importante em diversas vertentes. O valor monetário permitiu-nos acelerar o projeto. Temos dois novos serviços que vão ser lançados brevemente e que de outra forma teriam de esperar mais tempo para serem executados. Possibilitou ainda a abertura do nosso escritório em Londres, que será crucial para o desenvolvimento do nosso negócio. Pretendemos ser uma das referências da indústria musical e estar em Londres significa estar no coração da indústria. Para lá da vertente financeira, existem muitas vantagens do Prémio que estamos a explorar: a validação de especialistas da área das indústrias criativas; o acesso a mentoring e formação de qualidade; a relação privilegiada com instituições como a Unicer e Fundação Serralves; e maior visibilidade nos meios de comunicação social. Isto na prática quer dizer que o valor real do PNIC é muito superior aos €25000.” João Afonso, co-fundador e CEO do Musikki (vencedor do Prémio Nacional Indústrias Criativas 2013)

Pedro Almeida, Juliana Teixeira e João Afonso, fundadores do projeto Musikki.

Já o projeto Story-Trail, da startup de Lisboa Exciting Space, recebeu a menção honrosa desta edição. A vontade de transformar as visitas a espaços culturais e de lazer em experiências dinâmicas está na génese desta plataforma para criação de aplicações móveis cujo conteúdo são histórias em vídeo. Balanço final deste 5.º Prémio? Muito positivo. Foi mais uma edição marcada pela qualidade dos projetos finalistas, o que dificultou a tarefa do júri, e pelo excelente ambiente que se gerou entre participantes. Isso mesmo ficou patente no anúncio do vencedor, conhecido no Super Bock Laboratório Criativo. À oitava edição, esta nossa celebração regressou a Lisboa, tendo integrado as comemorações dos 20 anos do Centro Cultural de Belém.


UNICER 80

A FUSÃO DA ARQUITETURA COM A DANÇA CONTEMPORÂNEA

“Grande maturidade e sensibilidade social” As empresas geram riqueza, criam empregos e contribuem para a construção e consolidação das comunidades. Os trabalhadores da unidade de produção da Unicer de Castelo de Vide abraçaram com entusiasmo o desafio de construírem – através da empresa que representam – uma comunidade melhor, intervindo socialmente junto das escolas, e com isso deram provas de uma grande maturidade e sensibilidade social.

Subordinado ao tema “INEXTERIOR” – alusivo à força que a internacionalização tem hoje na atividade da Unicer –, o Laboratório teve o privilégio de partilhar a Garagem Sul do CCB com uma exposição do arquiteto Sou Fujimoto. Esta proximidade acabou por alimentar o caráter interdisciplinar do nosso evento: inspirado no universo deste criativo japonês, o coreógrafo Victor Hugo Pontes apresentou uma performance inédita, intitulada “Inexterior”. Antes da dança contemporânea, pensou-se “fora da caixa” numa sessão interativa sobre Design Thinking aplicado aos negócios, conduzida por Adam Lawrence e Marc Stickdorn. Em 2014 há novo Laboratório, logo, novos caminhos e espaços a explorar, sendo que nesse dia, garantidamente, ficamos a conhecer o vencedor do 6.º Prémio Nacional Indústrias Criativas.

Consideramos a educação como o único meio de atingir o crescimento sustentável de uma sociedade, por isso queremos relevar e agradecer a iniciativa da Unicer e o empenho dos seus trabalhadores.

Dr. Daniel Carreiras da Silva, vice-presidente da Câmara Municipal de Castelo de Vide

A EMPRESA VAI À ESCOLA Não a uma, mas a várias. Ao abrigo das parcerias com os agrupamentos escolares de Rodrigues de Freitas (Porto), S. Mamede de Infesta (Matosinhos) e Castelo de Vide, continuámos a fomentar a troca de experiências e competências entre o mundo empresarial e o meio escolar. Neste processo, todos aprendemos. Promover a escola como projeto de vida foi o intuito de uma série de iniciativas realizadas ao longo do ano, envolvendo mais de 3500 alunos destas três comunidades. Coordenados com as equipas de gestão dos diferentes agrupamentos, as Pessoas da Unicer desempenharam uma vez mais um papel ativo e fundamental no alcance dos objetivos

Performance Inexterior de Vitor Hugo Pontes na 8ª edição do Super Bock Laboratório Criativo

Sessão de Design Thinking na 8ª edição do Super Bock Laboratório Criativo

definidos. Através de diferentes ações de voluntariado, contagiaram alunos e professores com histórias, experiências e perspetivas de vida que comprovam matematicamente, ou por a+b, que a educação é essencial na construção do futuro. Já a quarta edição do “Porto de Futuro com Rugby”, que abrangeu mais de mil alunos do parque escolar do Porto, promoveu a prática desta modalidade desportiva e a formação dos jovens através de valores caros ao Rugby e importantes para a vida inteira, tais como o trabalho em equipa, o sentido de responsabilidade, a disciplina e o cumprimento de regras.

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UNICER 82

“Excelente contributo para o Porto de Futuro” “O desafio lançado pelo Município do Porto à sociedade civil, no âmbito do programa Porto de Futuro, encontrou eco nas maiores empresas do Norte. É para nós motivo de orgulho a mobilização dos mais importantes líderes do meio empresarial da região em torno da educação e do programa Porto de Futuro. A Unicer tem desempenhado um papel importante junto das crianças e jovens do município do Porto e, segundo sabemos, também junto de outras comunidades onde se inserem as suas unidades de negócio, ajudando-os na construção dos seus percursos educativos. Como parceiros do Município, têm dado um excelente contributo para o PORTO de FUTURO.” Prof. Dra. Guilhermina Rego, vice-presidente da Câmara Municipal do Porto

ESTAMOS AO LADO DOS ALUNOS EM RISCO O ano lectivo 2012/2013 marcou o arranque de um projeto de combate ao insucesso e abandono escolar no agrupamento escolar de Rodrigues de Freitas, no Porto. Para a sua execução, estabelecemos uma parceria com a Associação EPIS - Empresários pela Inclusão Social. Esta intervenção – assente nas metodologias de capacitação para o sucesso escolar da EPIS dirigidas a alunos do 3.º ciclo – alcançou resultados que determinam, claramente, a continuidade do projeto.

Desenvolvida em sessões individuais e de grupo, esta operação conheceu várias fases, sendo que a primeira consistiu na comunicação do projeto a toda a comunidade escolar e emissão dos pedidos de autorização aos encarregados de educação. Dos 209 alunos inscritos nos 7.º e 8.º anos, foi possível obter-se 187 autorizações, o que se traduz numa taxa de autorização de 89,5%. Junto deste alunos realizou-se um rastreio que permitiu aferir o risco de insucesso e/ou abandono escolar em quatro vertentes: aluno, família, escola e território.

De acordo com o tipo de risco associado, foram identificados 51 jovens (que apresentavam no mínimo nota negativa a quatro disciplinas) para ficarem em carteira de proximidade e receberem acompanhamento individual. No primeiro período letivo foi possível recuperar positivamente 12% destes alunos, taxa que evoluiu no terceiro período para os 33%, permitindo uma taxa de transição anual deste grupo de 64,7%. Paralelamente, foi possível realizar trabalho de campo junto de 20 alunos do 2.º ciclo (5.º ano) que se apresentavam na mesma situação

de risco (com avaliações negativas em mais de três disciplinas). Em Junho a taxa de transição anual alcançada por este grupo de jovens foi de 65%. E vamos continuar, claro, ao lado destes jovens. São resultados como estes que nos fazem continuar a apostar na educação como linha prioritária de atuação nas comunidades onde estamos inseridos, contribuindo assim para a regeneração do tecido social e para a construção de um futuro promissor.

“Momentos de grande qualidade educativa”

O TRABALHO QUE FIZEMOS

51

64,7%

20

65%

jovens 7º/8º anos em situação de risco no primeiro trimestre letivo.

jovens do 5º ano em situação de risco.

de taxa de transição de ano.

de taxa de transição de ano.

“O Agrupamento de Escolas de Castelo de Vide, numa parceria de proximidade com a Unicer, desenvolve há vários anos um conjunto de atividades direcionadas aos alunos, encarregados de educação e professores, as quais, avaliadas do ponto de vista pedagógico, cívico e comunitário, têm contribuído profundamente para o enriquecimento da comunidade educativa local. Sempre em articulação com o Plano Anual de Atividades do Agrupamento, a Unicer tem proporcionado momentos de grande qualidade educativa ao viabilizar estágios aos alunos na unidade de produção local, ao promover aulas de campo com os mais novos, ao trazer à escola personalidades do mundo das profissões, ao dinamizar ações para as famílias. Uma colaboração que se diferencia porque se desenvolve num espírito de diálogo sistemático concertado com a escola e com outros parceiros locais, contribuindo para a consecução de objetivos do Projeto Educativo, como o combate ao abandono escolar, a aprendizagem em contextos diferenciados, o contacto com o mundo do trabalho e a participação construtiva das famílias na vida académica. Na escola sede, é visível e destaca-se ainda o resultado do apoio logístico da Unicer ao projeto “REIEGO” (requalificação dos espaços interiores), no âmbito do qual os alunos desenvolvem a sua criatividade plástica, preenchendo, ano após ano, os espaços do edifício com testemunhos dos seus talentos, cuja expressividade artística se revela em telas, instalações e murais que tornam a escola um espaço de todos, sempre renovado”.

Ana Paula Mateus Travassos, diretora do Agrupamento de Escolas de Castelo de Vide

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

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A SUA VISITA SERÁ MEMORÁVEL…

MEDIÁTICOS POR BONS MOTIVOS

As visitas ao Centro de Produção de Leça do Balio permaneceram suspensas durante o ano, devido ao grande projeto de remodelação da nossa fábrica, mas vamos compensar no futuro. Aproveitámos esta pausa para desenvolver o plano de construção daquele que será o Centro de Visitas da Unicer.

A Unicer foi notícia ao longo dos 365 dias do ano, e por bons motivos. De 2013 fica o registo de mais de 1300 notícias, o que se explica facilmente: esta é a maior empresa portuguesa de bebidas, com um forte programa de internacionalização, uma aposta clara na sustentabilidade e um investimento no Turismo de exceção a norte de Portugal. O grande mediatismo justificou-se ainda pelo investimento de mais de 100 milhões de euros na fábrica de Leça do Balio, por mudanças na

Este tempo todo em que cingimos o nosso programa de visitas aos centros de Pedras Salgadas e Castelo de Vide não foi, portanto, inútil em Leça do Bailo. Antes pelo contrário. Durante 2013 foi efetuada a primeira fase de investimento do futuro centro, o que incluiu a construção de uma sala de receção e de multimédia, a requalificação da sala de fabrico Meura Ziemman, a intervenção nas áreas de ligação entre a produção e o enchimento e a criação de uma passerelle sobre as linhas de enchimento.

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

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19ª Edição do Super Bock Super Rock

gestão, pelo reforço da liderança na Unicer em Portugal e, claro, pelo favoritismo das suas principais marcas, dotadas de uma agenda própria de atividades.

A segunda fase do projeto está em curso e promete trazer bastantes surpresas para quem nos quiser conhecer mais de perto. Ou seja, vale a pena esperar.

No âmbito do turismo, jornalistas, bloggers e líderes de opinião destacaram a abertura do “Pedras Salgadas spa & nature park”, que teve a sua exposição mediática reforçada com a conquista do prémio internacional ArchDaily 2012, na categoria “Hotéis e Restaurantes”. Idêntica visibilidade mereceu o Vidago Palace Hotel, nomeado para vários prémios internacionais, vencedor na categoria “Novo ou Renovado Hotel” dos Condé Nast Johansens Awards for Excellence 2014 e, ainda, distinguido na categoria “Hotéis & Resorts” nos 7 Star Global Luxury Awards.

19ª Edição do Super Bock Super Rock

No plano dos negócios tradicionais da empresa, foram inúmeros os destaques noticiosos a dar conta das conquistas além-fronteiras. Recordamos alguns dos temas e factos: a reconfirmação da Unicer como o maior exportador português de bebidas para Angola; Super Bock, a cerveja portuguesa mais vendida no mundo, foi a preferida dos cabo-verdianos, bateu recorde de vendas em Espanha, entrou na Arábia Saudita e começou a ser produzida no Brasil; a Água das Pedras conquistou 350 pontos de venda do Brasil...

Alimentámos os media também com novidades no mercado interno. Ser a primeira escolha é o foco do trabalho das pessoas da Unicer, que seduziram novos consumidores com dois novos lançamentos: Super Bock Selecção 1927 e Cheers Radler. À projeção mediática de ambos juntou-se o reforço da comunicação de Somersby em Portugal, uma marca que ganha cada vez mais apreciadores. O engagement das nossas marcas com a cultura e o lifestyle urbano também nos deram notoriedade. A Super Bock foi a protagonista do verão e da música com elevado retorno mediático. Pedras e Vitalis protagonizaram trabalhos jornalísticos de relevo através do encontro “Momento Perfeito Pedras” com Daniela Ruah e do projeto “Bebida Solidária” com Diana Chaves, respetivamente. O “Where’s the Party” da Carlsberg animou não só os portugueses como agitou as redações, obtendo resultados mediáticos muito positivos. A realidade mediática está em constante mudança e 2014 é um ano desafiante. O nosso compromisso mantém-se, sendo que iremos criar sinergias para continuarmos a ser notícia. Notícia em Portugal e no Mundo porque, afinal de contas, a Unicer é uma empresa cada vez mais internacional.


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“Este projeto traz felicidade às pessoas”

DIAS FELIZES NA OFICINA CAIS RECICLA A “Oficina Cais Recicla” evoluiu e, no seu conceito particular, tornou-se trendy. É um caso de solidariedade e sustentabilidade, mas também de amor ao design. Pois bem, este projeto de responsabilidade social, promovido em parceria com a Associação Cais, teve em 2013 muitos dias felizes. Foi um ano de ascensão, marcado pelo desenvolvimento de novos produtos, pela criação de novas parcerias com designers, empresas e outras entidades, bem como pela criação de novos pontos de venda.

Presidente da República , Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva, em visita à Cais Recicla

Desafio é a palavra de ordem sempre que se inicia mais um dia na Oficina CAIS Recicla. O projeto, caracterizado pela criatividade, deve o seu sucesso a uma vasta rede de parceiros que reconhecem o seu carácter inovador. Neste espaço investimos na capacitação dos utentes da CAIS para o regresso à vida ativa. Com muito pouco criamos um valor social e emocional de grandes dimensões. Este projeto muda vidas, estrutura e traz felicidade às pessoas que por cá passam. Apenas um exemplo da sua natureza estruturante: Maria vivia numa casa a cair, sem quaisquer condições. Era uma Maria fechada, vazia de participação, que só precisou desta oportunidade para partilhar as suas competências sociais, o seu carinho pelo outro e o profissionalismo; para viver o seu papel social. Hoje vive numa casa arrendada, paga as suas contas e está a trabalhar. É feliz. Obrigada, Unicer!

“A oportunidade para reorganizar a minha vida” Participo no projeto desde o seu início. Esta experiência deu-me oportunidade para reorganizar a minha vida. Hoje, para além de produzir as mais variadas peças, sou também responsável pela área de produção da CAIS Recicla. Agora ensino aos outros o que em tempos me ensinaram.

Cláudia Fernandes, coordenadora da CAIS Porto e gestora da oficina CAIS Recicla

A oficina terminou o ano com uma equipa de cinco utentes da Associação que, sob a orientação de designers, produzem manualmente objetos de ecodesign muito funcionais, feitos com as sobras industriais e publicitárias das marcas da Unicer e de outras entidades que se juntaram ao projeto.

Cristina Carvalho, utente da Associação CAIS e colaboradora da oficina CAIS Recicla

No site da Super Bock foi criada uma Loja Solidária onde pode adquirir-se peças de ecodesign social originais, concebidas artesanalmente na Oficina CAIS Recicla.

Uma das grandes novidades em 2013 foi a parceria entre a oficina e a marca Super Bock, que culminou na criação de uma Loja Solidária online para venda de peças de ecodesign social originais. Através do site de Super Bock é agora possível adquirir bolsas para tablet e smartphones, estojos e blocos de notas, entre outros produtos. As vendas, que com certeza serão impulsionadas por esta via, revertem na totalidade para a sustentabilidade desta oficina criativa.

Um projeto distinguido ao mais alto nível Pelo seu cariz inovador na área da responsabilidade e empreendedorismo social, o projeto Cais Recicla foi distinguido pelo Presidente da República. Por consequência, foi reconhecido o envolvimento da Unicer na sua concretização. Esta distinção, atribuída em dezembro, integrou-se na jornada

“Jovens e o Futuro da Economia: Empreendedorismo Social e Desenvolvimento Económico”, que levou a Presidência da República a cumprir um roteiro por várias instituições nacionais. A iniciativa contou com o apoio da Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) e do Conselho Nacional da Juventude.

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Super Bock Experience no Serralves em Festa 2013

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PODEM CONTAR CONNOSCO Ativa, assídua, se quiserem militante – assim é a forma de a Unicer viver em comunidade. Para além do trabalho na área da educação, em diferentes pontos do país, damos o nosso apoio a coletividades e instituições de solidariedade, colaboramos em projetos de dinamização local ou nacional, perfilhamos causas, somos parceiros de eventos. Ao nível do mecenato, mantivemos o apoio às grandes instituições culturais da cidade do Porto, Casa da Música e Fundação de Serralves, marcando presença nas iniciativas “Verão na Casa” e “Serralves em Festa!”, já enraizadas na vida cultural do Norte. Continuámos também a cooperar com a Fundação de Serralves na área das Indústrias Criativas, área que partilhamos com muita paixão. Como foliões que somos, as festas populares são abraçadas por nós. No Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Lisboa e em muitas outras localidades a nível nacional, as

Vitalis - Água Oficial das Maratonas

nossas marcas juntam-se à festa, partilhando os seus valores de sociabilidade e vida ativa.

estivemos com mais de 250.000 desportistas em 68 eventos de norte a sul do país.

A “Taça Portugal Solidário” e o evento “Hospitalários a Caminho de Santiago”, uma iniciativa da autarquia de Matosinhos que decorre no Mosteiro de Leça do Balio, também mereceram novamente o nosso apoio, a par de outros eventos regionais e nacionais.

Numa perspetiva bem mais discreta, continuámos a responder a inúmeras solicitações: apoiámos em géneros inúmeras escolas, instituições e associações, dando resposta positiva a 894 dos 2011 pedidos que recebemos; mantivemos uma relação de proximidade com os colecionadores, respondendo aos 124 pedidos recebidos; e anuímos aos 198 pedidos de informação que nos chegaram por parte da comunidade académica, um universo que continua a merecer da nossa parte a melhor atenção.

Na área do desporto, para além do Futebol, as Maratonas e as Corridas são a nossa praia, e tudo fazemos para ajudar a criar as melhoras condições para a prática destas modalidades. Ao todo, ao longo do ano,

Na comunidade de Vidago em particular, o nosso apoio tem sido dirigido a várias instituições culturais, sociais e de ação cívica, onde se incluem a corporação de Bombeiros, a Casa da Cultura de Vidago e os lares de terceira idade. Na área do desporto, deu-se continuidade ao apoio ao Futebol Clube de Vidago e à Associação Desportiva Juventude de Pedras, mantendo-se, assim, uma ligação existente já há vários anos. Ainda nesta região, o mês de dezembro ficará registado, sem dúvida, na memória coletiva das freguesias de Oura, Vidago e Bornes de Aguiar (Pedras Salgadas): no âmbito do Projeto de Natal da Unicer, os 300 residentes mais seniores destas comunidades participaram num almoço solidário organizado pelos colaboradores do Vidago Palace Hotel, do Pedras Salgadas spa & nature park e do Centro de Produção de Pedras Salgadas. No que toca a afiliações, mantivemos uma presença ativa nas associações relacionadas com a nossa área de negócio, tais como a APCV, a APIAM e a PROBEB. E porque a

Sustentabilidade, a Responsabilidade Social e a Inovação são áreas estratégicas para Unicer, associações como o GRACE, o BCSD, a EPIS e a Cotec mereceram toda a nossa atenção, expressa de duas formas: a presença nos corpos sociais e uma atitude contributiva nos projetos e atividades desenvolvidos. Não podemos esquecer o compromisso assumido pela empresa com diferentes instituições de solidariedade social. Em 2013 continuámos a apoiar a Legião da Boa Vontade, a Associação Novo Futuro, a Santa Casa de Misericórdia da Maia e o Núcleo de Dadores de Sangue do Hospital de Santo António, entre muitas outras instituições. Este é um esforço continuado, que se intensifica na quadra natalícia com o desenvolvimento de um projeto integrado fortemente participado pelos nossos colaboradores. Porque ser Unicer também é ser solidário.

Verão na Casa Super Bock 2013

Entre eventos de grande exposição pública e ações que nos merecem discrição, damos apoio inequívoco a diferentes instituições e comunidades.


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1 DIA, 10 CAUSAS, 2000 SORRISOS

FORTE SENTIDO VOLUNTÁRIO

Porque a solidariedade não se apregoa, pratica-se, mais de centena e meia de colaboradores da Unicer saíram à rua no Dia Internacional do Voluntário, a 5 de dezembro, para uma grande ação que beneficiou mais de duas mil pessoas carenciadas ou em situação vulnerável.

Se é motivo de orgulho, não nos cansamos de afirmar: o Voluntariado Empresarial também é “Ser Unicer”; é um dos nossos valores e uma das vertentes da nossa Responsabilidade Social.

A iniciativa, realizada no âmbito do Projeto de Natal da Unicer, partiu de um desafio lançado aos nossos colaboradores: identificarem dez causas sociais, tendo por objetivo a supressão de necessidades concretas de famílias e/ou instituições inseridas em comunidades próximas das áreas de atividade da empresa. Requalificação de espaços, doação de equipamentos, materiais e bens de primeira necessidade ou organização de festas de Natal foram algumas das iniciativas que os voluntários realizaram em Vidago, Pedras Salgadas, Melgaço, Caramulo, Castelo de Vide, Envendos, Santarém, Tojal, Miraflores, Palmela (Maltibérica), Quinta do Minho e Leça do Balio.

Envolver as nossas pessoas nesta cultura solidária é algo a que damos curso ao longo do ano através do movimento “Sentido Voluntário”. Por ele proporcionamos experiên-

Mais haveria a contar. No âmbito da nossa política de Responsabilidade Social, acarinhámos outras causas de solidariedade social ao longo do ano. As campanhas que desenvolvemos nesta área são abrangentes e envolvem tanto os colaboradores e as suas famílias como fornecedores, clientes ou outros parceiros – todos, com espírito de entreajuda, procuram acrescentar valor à nossa sociedade, ajudando quem mais precisa.

promovido pelos colaboradores de Vidago, Pedras e Melgaço.

O feedback deixa-nos satisfeitos. Desde a criação da bolsa de voluntariado em 2012, tem-se verificado uma maior adesão dos nossos colaboradores às iniciativas lançadas, sendo crescente o desejo de participação em causas sociais. Em 2013 a bolsa de voluntariado quase que duplicou o seu número de inscritos, tendo fechado o ano com 113 voluntários. Apesar deste crescimento, esta bolsa não expressa ainda a real adesão dos nossos colaboradores à causa solidária. Para se ter uma ideia, 345 voluntários contribuíram ativamente para a melhoria das condições de vida de mais de 5800 beneficiários, através de 22 ações de requalificação e por voluntariado de competências.

Cumprida a missão, premiámos o melhor Projeto Solidário de acordo com a performance de trabalho em grupo e o impacto da ação realizada.

Almoço de Natal para séniores,

cias humanamente enriquecedoras, estimulamos a descoberta de novas competências e geramos um maior envolvimento com as comunidades.

Projeto Solidário de Natal - Recuperação na Associação de Paralisia Cerebral de Villa Urbana de Valbom

Estes números são um incentivo para continuarmos este trabalho e chegarmos, se possível, a mais voluntários, mais causas sociais e mais beneficiários.

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A UNICER ESTÁ MAIS FORTE

9.DESEMPENHO ECONÓMICO

2013 foi, à escala global, mais um ano de teste à sobrevivência dos negócios, expostos à instabilidade dos mercados, e à capacidade de reação das empresas. Nesta conjuntura adversa, a Unicer mostrou-se resistente, dinâmica e criativa. Os resultados estão à vista: mesmo com a crise a ditar nova retração do consumo, ficámos mais fortes dentro e fora de portas. Em Portugal voltámos a reforçar a liderança do mercado de cerveja e águas com gás, o que veio consolidar o nosso estatuto de maior empresa nacional de bebidas. Para o efeito concorreu a aposta forte e contínua em marcas consideradas prioritárias, através de ações de visibilidade, campanhas de ativação e planos de comunicação que estreitaram a ligação entre Unicer, clientes e consumidores.

Além-fronteiras, os obstáculos com que nos deparámos em alguns mercados foram contornados com resiliência e demanda de novos destinos. Se o aventureirismo português nos corre nas veias, dele demos boa expressão ao nos expandirmos por mais países na Europa, mas sobretudo ao produzirmos, pela primeira vez, Super Bock fora de Portugal – em Rio Grande do Sul, no Brasil, fizemos história.

Fizemos muito mais, como aqui damos conta. E fizemos sempre com grandes obras em casa. No âmbito de um investimento superior a 100 milhões de euros, concluímos o projeto de modernização da unidade de produção de Leça do Balio. Contamos hoje com uma fábrica na vanguarda da Europa, preparada para o desafio, cada vez maior, da nossa internacionalização. Em suma, criámos oportunidades, fizemo-nos maiores.

Contrariando a crise, por paixão à inovação, lançámos também novos produtos. Em Portugal demos a provar Cheers Radler e a Super Bock Selecção 1927; ao Médio Oriente, para darmos uma ideia da nossa adaptação a outras culturas, chegámos com Super Bock 0,0% Álcool.

463

52

milhões de euros de resultados operacionais

45

milhões de euros de redução de dívida nos últimos 3 anos

27

milhões de euros

590 milhões de litros

milhões de euros de vendas em valor

de vendas em volume

de resultados líquidos

No terreno e no universo online, Super Bock, Água das Pedras ou Somersby moveram milhões de pessoas, mostraram atitude.

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EXPORTAÇÃO E POLÍTICA DE PREÇOS Apesar da boa performance que registámos no mercado nacional, em 2013 os principais mercados de exportação decresceram face ao ano anterior. Esta situação, que em parte foi mitigada com uma gestão criteriosa de custos fixos, conduziu à redução do valor económico direto gerado para cerca de 435 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 8% face a 2012. O valor económico direto distribuído também apresentou uma evolução desfavorável ao verificar uma redução de 29 milhões de euros.

Dimensões

2012

2013

Receitas

475.078,78

435.923,31

Valor económico direto gerado

475.078,78

435.923,31

Custos operacionais

338.448,91

302.845,46

Salários e benefícios de empregados

53.438,70

51.224,75

Pagamentos a fornecedores de capital

27.260,15

25.636,29

Pagamentos ao Estado

908,83

11.895,97

Investimentos na comunidade

450,27

377,91

Valor económico direto distribuído

420.506,86

391.980,38

Valor económico direto acumulado

54.571,92

43.942,93 Valores em Euros

Fundo de Pensões

Fundo Complementar

Total

Valor dos Patrimónios em 31 de dezembro de 2012

7.587.156

2.357.495

9.944.651

Pensões e resgates

(863.464)

(58.679)

(922.143)

247.107

21.805

268.912

6.970.800

2.320.621

9.291.421

Transferências Rendimentos dos Planos Valor dos Patrimónios em 31 de dezembro de 2013

Valores em Euros

Em 2013 a variação da cobertura é negativa em 748.060 euros, tendo passado de um excesso de 1.229.427 euros em 2012 para um excesso de 481.367 euros no ano transato, decompondo-se do seguinte modo:

FUNDO DE PENSÕES E FUNDO COMPLEMENTAR Criado em 1987, o Fundo de Pensões Unicer cobre as prestações pecuniárias a título de complemento das pensões de reforma por velhice e invalidez e pensões de sobrevivência. Desde 2007, o contrato constitutivo deste fundo prevê também um Plano de Contribuição Definida, para além do Plano de Benefício Definido já existente. Ao abrigo deste novo plano, a Unicer contribui mensalmente com uma percentagem fixa de 2% da remuneração normal auferida por cada participante, incluindo os subsídios de Férias e de Natal. Adicionalmente, o participante pode realizar contribuições voluntárias, que a empresa acompanha até ao montante máximo de 1% da remu-

neração normal mensal dele. Para além do Fundo de Pensões, a Unicer tem ainda constituído um Fundo Complementar do ramo Vida, consubstanciando um seguro de capitalização, que se destina a assegurar benefícios adicionais associados à reforma dos trabalhadores, bem como as prestações de pré-reforma. A evolução verificada no Fundo de Pensões e Fundo Complementar, durante o exercício de 2013, foi a que aqui expomos:

Situação em 31 de dezembro de 2013 - Excesso / (Déficit)

Fundo de Pensões

Fundo Complementar

Total

( 636.845)

1.866.272

1.229.427

( 12.773)

(7.728)

( 20.501)

Gastos do Ano Custos dos Serviços Correntes Custos dos Serviços Passados Custos dos Juros

( 22.662)

( 22.662)

Rendimentos do Ano Retorno dos Planos Ganhos/ Perdas Atuariais Situação em 31 de dezembro de 2013 - Excesso / (Déficit)

0 373

65.319

65.692

( 751.937)

(18.654)

( 770.591)

( 1.423.844)

1.905.210

481.366 Valores em Euros

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BENEFÍCIOS FINANCEIROS E FISCAIS Os benefícios financeiros e fiscais concedidos pelo Estado durante o ano de 2013 totalizaram cerca de sete milhões de euros. A tabela descreve o montante e a origem dos apoios recebidos: Dimensões SIFIDE

2013

2012

932.294,70

1.133.583,81

9.109,34

18.608,76

ADI SI Inovação (Fundo Perdido) IVV (Fundo Perdido) POE/SIME (Prémio de Realização) SI I&D (Fundo Perdido) TOTAL

110.901,99 19.191,43 6.061.253,86 69.602,10 7.091.451,43

1.263.094,56

Valores em Euros

POR UMA VIDA SAUDÁVEL A divisa de empresa socialmente responsável não existe só porque sim; tem de traduzir-se em mais-valias para os consumidores e para o público em geral. Expressa-se nas ações, na clareza da mensagem e no tom de a comunicar. Vem isto a propósito de uma das “cruzadas” desta casa: promover na sociedade a adoção de um estilo de vida saudável, mais ativo e seguramente mais feliz. A melhoria da informação nutricional nas embalagens e nos suportes online das nossas marcas; a promoção de produtos com Baixo Índice Glicémico (gama Pedras Sabores e Vitalis Sabores); e a melhoria dos perfis nutricionais de Vitalis Sabores, Frutea, Frutis e Snappy Cola são algumas das formas por que cuidamos do bem-estar de quem nos escolhe. Respirando saúde, a marca Vitalis tem neste domínio um papel preponderante e abrangente, sendo uma

bandeira na promoção de estilos de vida saudáveis e no incentivo à prática desportiva. Reconhecida já como “água oficial das maratonas” em Portugal, o apoio da Vitalis a competições desportivas é constante, sobretudo em iniciativas direcionadas ao público mais jovem.

Na área do desporto, para além do Futebol, as Maratonas e as Corridas são a nossa praia, e tudo fazemos para ajudar a criar as melhoras condições para a prática destas modalidades. Ao todo, ao longo do ano, estivemos com mais de 250.000 desportistas em 68 eventos de norte a sul do país.

NAS COMPRAS, PRIVILÉGIO AO QUE É PORTUGUÊS

Reerguer Portugal é uma missão de todos os que fazem o país. A Unicer assume este compromisso de várias formas, começando por, nas Compras, dar privilégio ao que é português. Nestes termos, convém lembrar que em 2013 a nossa empresa prosseguiu com o projeto de modernização e aumento de capacidade do Centro de Produção de Leça do Balio, tendo iniciado os trabalhos na área Logística com a construção de um armazém automático. Esta obra será essencialmente executada por fornecedores nacionais, quer ao nível da construção civil, quer ao nível do armazém e de toda a automação associada – ou seja, esta é mais uma aposta da Unicer nos fornecimentos de origem portuguesa, reveladora (e também elogiadora) da capacidade competitiva demonstrada por muitos setores da economia nacional. De resto, e apesar do contexto económico recessivo, a Unicer manteve no setor de Compras uma grande estabilidade ao nível dos seus fornecedores relevantes, assegurando condições para ambos

Em 2013 continuámos a investir em relações estáveis com os fornecedores, estabelecendo parcerias de médio e longo prazo mutuamente positivas. Crescer e ajudar a crescer, privilegiando o que é português, foi o nosso intuito.

crescerem, desenvolverem-se e tornarem a cadeia de valor mais eficiente e competitiva. Esta aposta em parcerias de médio/longo prazo permite o desenvolvimento de projetos de melhoria que seriam muito difíceis obter de outra forma nesta conjuntura. Assim, mantivemos em 2013 um nível de incorporação de materiais nacionais superior a 81%, com os materiais de embalagem a atingir 83% de incorporação nacional. A internacionalização da Unicer representa outro desafio ao nível das Compras. Este processo vem obrigar a entrar em novas áreas e mercados e a procurar novas respostas, sem perder de vista dois objetivos: assegurar que os nossos colaboradores e parceiros usufruem das melhores condições e garantir o desenvolvimento dos negócios com máxima eficiência e tranquilidade.

O ano passado ficou ainda marcado, neste departamento da empresa, pelo desenvolvimento de várias iniciativas em parceria com os fornecedores. Podemos realçar as medidas tomadas ao nível de redução do peso de materiais de embalagem (em especial em embalagens PET), utilização de materiais reciclados, conversão de todas as instalações para gás natural ou aquisição de viaturas com menores níveis de emissões, entre outras, que revelam a preocupação da Unicer em adotar políticas de sustentabilidade ambiental que ajudem a proteger os recursos naturais. É ainda de salientar a participação e contribuição dos fornecedores em iniciativas de solidariedade social da Unicer, nomeadamente nas ações desenvolvidas em época natalícia, o que demonstra uma comunhão de cultura e princípios que orgulha a Unicer e os seus colaboradores.

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MARCAS COM RELAÇÕES FORTES

Colhemos o que semeamos. Graças à aposta continuada em categorias e marcas assumidas como prioritárias, em 2013 reforçámos o estatuto de maior empresa portuguesa de bebidas. Numa conjuntura de crise económico-financeira, fizemos questão de manter relações fortes e emocionais com o mercado. Na hora da escolha o consumidor fez campeãs as marcas Super Bock, Pedras e Somersby. Apesar da retração do consumo em Portugal ter voltado a penalizar o setor de bebidas – o volume do mercado nacional de cervejas caiu 1%, o de águas com gás 6% e o de águas lisas 5% –, a Unicer manteve um comportamento positivo, assumindo a liderança nas categorias de Cervejas, com uma quota de 49%, e de Águas com Gás, com 53,3%. A par da boa performance nestes domínios de tradição, 2013 fica associado ao fenómeno Somersby, na categoria Sidras: a bebida “da nossa imaginação”, como é comunicada, superou os dois milhões de litros.

Duas marcas veteranas, Super Bock e Pedras, e uma revelação, a Somersby, destacaram-se no mercado, criando relações emocionais e experiências fortes com milhões de consumidores.

Primeiro, a “supermarca”... Num ano em que o consumo voltou a retrair-se em Portugal, Super Bock apresentou um ganho significativo no canal on trade, assumido como prioritário em termos de comunicação, presença e visibilidade da marca. Intrépida e dinamizadora de massas: assim foi a estratégia alicerçada nas credenciais cervejeiras de Super Bock. Nos media, ao longo de todo o ano, insistimos na questão “A tua cerveja é Super?”. Esta campanha foi complementada com a iniciativa “Faz-te a um Super Verão”, que animou o país durante oito semanas. Foram mais de 10.000 quilómetros percorridos e 60 praias visitadas; mais de 120 experiências proporcionadas aos consumidores. A Web exponenciou o alcance da ação, que envolveu 2.300.000 pessoas na criação e partilha de

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Através das transmissões na Sport TV e das redes sociais dos clubes, a marca chegou a cerca de dois milhões de adeptos.

conteúdos. Surgiu ainda o “Super Clube”, uma plataforma online de fidelização de consumidores que desde o seu lançamento, em junho, registou mais de 100 mil visitantes. Houve outras concentrações e motivações. Na música, o 19º Festival Super Bock Super Rock deu provas de maioridade, colhendo o reconhecimento público e um nível de notoriedade de 94% (no grupo etário dos 16-34 anos). Já no futebol, manteve-se o vínculo a vários clubes. Com dois dos “grandes”, Futebol Clube do Porto e Sporting Clube de Portugal, a plataforma interativa “Super Bock Super Adeptos” desenvolveu iniciativas amplamente participadas.

O carisma de Super Bock pede, também, registos de exceção e apurada inovação. Neste âmbito surgiu Super Bock Selecção 1927, uma série de cervejas exclusivas, de cariz artesanal, criadas pelos mestres cervejeiros Unicer. Com quatro edições diferentes lançadas ao longo do ano, limitadas cada a seis ou oito mil unidades (sempre garrafas numeradas), a “Selecção 1927” mereceu uma promoção distinta, em que história, saberes e sabores da cerveja acompanharam harmonizações com a nossa gastronomia.

Falta abordar a Super Bock no mundo, e o mundo dela ficou maior em 2013. Do outro lado do oceano, a operação “Super Bock no Brasil” focou-se num passo memorável: o início da produção local da marca em Rio Grande do Sul, ao abrigo de uma parceria com a Cervejaria RioGrandense. Pela Europa, a Galiza recebeu a campanha de comunicação de “Super Bock Negra Sin”. O resultado? A nossa cerveja preta sem álcool cresceu perto de 30% no mercado galego, atingindo mais de 1.000.000 de litros. O espírito pioneiro da marca levou-a ainda à Arábia Saudita, onde foi lançada uma gama de quatro sabores de Super Bock 0,0%.


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Em Angola, Super Bock reforçou a sua presença com o lançamento da Stout Mini de abertura fácil, alavancado numa campanha de comunicação. Neste país é de realçar também a prestação da cerveja Cristal, que marcou pontos com uma promoção focada no consumidor angolano e realizada em parceria com a empresa de telecomunicações Movicel. Divulgada nos media (televisão e rádio) e em outdoors, esta campanha, em que a marca ofereceu 20.000 cartões de telemóvel, permitiu a Cristal aproximar-se dos seus consumidores. Outras cervejas Unicer revelaram um desempenho notável. Em Portugal, Carlsberg voltou a destacar-se na liderança do segmento de marcas premium internacionais de cerveja. A marca fica associada ao primeiro sunset eletrónico realizado no país: “Where’s the Party?” levou mais de 5.000 pessoas à Marina de Cascais. Por fim, Cheers Radler, uma cerveja com sumo de limão, foi uma inovação bem-sucedida. Lançada no ano passado e disponível em alguns clientes do canal off trade, a marca alcançou perto de 1.000.000 de litros de vendas. Agora, o fenómeno Somersby… Em 2013, a “bebida do verão” provou o seu potencial, alcançando os 2.000.000 de litros. Com esta alta performance contribuiu para a dinamização da categoria Sidras em Portugal e revelou-se uma fonte de

recrutamento de novos consumidores. O seu sucesso espelhou-se nas redes sociais: Portugal tornou-se o país com maior número de fãs da marca no Facebook (85.000), superando mercados estrangeiros em que a marca está já numa fase de maturidade, como é o caso da Dinamarca ou os países do centro da Europa. Ascendente e consistente foi, por seu turno, o percurso de Água das Pedras, que reforçou a liderança do mercado de Águas com Gás. Em estratégia vencedora não se mexe, pelo que continuou a campanha com a embaixadora Daniela Ruah. A empatia entre marca e atriz permitiu estabelecer um relacionamento muito forte com os consumidores, o que se traduziu em 200.000 fãs no Facebook. Impulsionou-se, por outro lado, a visibilidade de Pedras no canal on trade, através de 100 “top spots”

O que fazemos bem em casa fazemos no resto do mundo. Em 2013 enraizámos a nossa presença noutros países, misturámos as nossas marcas com outras culturas.

de grande exposição da marca em clientes selecionados de todo o país. Ao nível internacional, a nossa água com gás reiterou o seu perfil cosmopolita ao reforçar a presença na restauração e retalho alimentar premium nos mercados do Brasil (Rio de Janeiro e São Paulo) e ao estabelecer parcerias de distribuição nos EUA (estados de New Jersey e New York). No que toca ao segmento de Águas Lisas, cumpriu-se o objetivo de otimização da cadeia de valor. Na atuação das marcas, é de assinalar a terceira edição de “Vitalis Bebida Solidária”, um projeto de responsabilidade social, feito em parceria com a SIC Esperança, que apoia a educação de crianças socialmente desfavorecidas.

LIDERANÇA REFORÇADA EM PORTUGAL Num ano difícil para Portugal, mostrámos fibra. Fomos resilientes e firmámos a posição cimeira no mercado de bebidas. Reforçámos a liderança no canal Horeca e crescemos no canal off-trade. Sem surpreender, 2013 ficou marcado por nova redução do consumo de bebidas fora de casa, uma situação apenas aliviada por um verão de elevadas temperaturas. Na globalidade, o canal Horeca acusou quedas significativas. A exceção acabou por ser a categoria de Cervejas, que teve um decréscimo reduzido (3%) quando comparado com decréscimos de dois dígitos nas categorias de Águas e Refrigerantes e de 10% nas categorias medidas pela Nielsen no INCIM (índice Nielsen Consumo Imediato - vendas em restaurantes, snacks e cafés). Além dos bons resultados alcançados nas suas principais categorias, Cervejas e Águas com Gás, a Unicer reforçou o seu estatuto de líder também devido à atitude de Somersby – as vendas desta bebida mais que triplicaram em 2013. Ao conquistar quota de mercado, a marca de sidra validou a sua importância no plano de crescimento futuro da Unicer neste canal.

Estivemos próximos e interventivos. Trabalhámos em parceria com clientes, fomos ao encontro dos consumidores, continuámos a valorizar cada elo da corrente de distribuição e vendas. Acabámos 2013 com liderança reforçada no mercado interno.

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Para todo o efeito há uma causa. No caso do nosso bom desempenho, ele é fruto de uma estratégia continuada, com várias iniciativas realizadas ao longo do ano. Podemos destacar o reforço da visibilidade da marca Super Bock, o lançamento do programa de visibilidade da Pedras Salgadas, a construção seletiva da distribuição de Somersby e a implementação de ativações que promoveram a rotação das nossas marcas nos pontos de venda através de uma abordagem customizada, feita por categoria, segmento de cliente e região do país. Também contribuiu para esta performance o reforço da parceria com a nossa rede de distribuição, tendo em vista a criação de condições de sustentabilidade que assegurem a gestão rentável da distribuição capilar em todo o mercado. Neste âmbito, foi lançado o projeto “Unidis”, um novo sistema transacional que proporcionará maior robustez de soluções à atividade da rede de distribuição.

No âmbito do Horeca Organizado, a realização de acordos de fornecimento com clientes cujas cadeias têm um peso muito relevante neste canal também potenciou resultados em contraciclo com as condições atuais de mercado. Foquemo-nos agora nas Operações Diretas, uma área em que superámos as nossas melhores expectativas. Quer em Portugal continental, quer na Ilha da Madeira, registámos um desempenho superior ao comportamento do mercado. Com o lançamento de duas novas operações – uma no distrito de Coimbra e outra, de extrema complexidade, nas ilhas do Pico e do Faial – conseguimos, a um só tempo, proceder a

Para o êxito nas Operações Diretas foi fulcral o “Unicer Direto”, uma nova abordagem complementar à atividade tradicional de vendas e que faz uso da televenda, bastante valorizada pelos clientes. Ainda neste domínio, lançámos o novo sistema de mobilidade de vendas, que nos permitirá apoiar e acelerar a tomada de decisões, imprimindo eficácia à tarefa do vendedor. O ano ficou também marcado pelo desenvolvimento de um projeto na área da Assistência Técnica Unicer. Imprimiu-se, assim, ainda mais eficiência operacional a um serviço com uma qualidade amplamente reconhecida pelos nossos clientes. Como começámos por afirmar nesta exposição, encerrámos o ano com um balanço muito positivo no canal off-trade, onde aumentámos as vendas em volume nas categorias de Cervejas e de Água com Gás. Esta prestação veio contrariar a tendência de decréscimo verificada

nos últimos anos – um volte-face estimulado quer pela dinâmica promocional das grandes insígnias de distribuição, quer pela aposta contínua da Unicer numa maior proximidade e envolvimento com os consumidores, com múltiplas ações de visibilidade e ativação de marca em pontos de venda por todo o país. Em 2013 continuámos, pois, a valorizar o desenvolvimento de parcerias com os nossos clientes, visando melhorar a perceção e o valor das diferentes categorias. Como exemplos desta política ficam a atração de novos consumidores através das marcas Somersby e Cheers Radler e o lançamento das cervejas especiais “Super Bock Selecção 1927”, muito valorizadas por clientes e consumidores. Sobre a Somersby em particular, foi com enorme satisfação que assistimos à sua geração de valor no off-trade: com 850.000 litros vendidos, a marca conquistou um novo público, fez o seu futuro.

O MUNDO CHAMA-NOS

Contra todas as dificuldades que se apresentaram pelo caminho, em 2013 a Unicer fez-se ao mundo de forma resoluta. Uma vez mais mostrou o caráter de líder, justificou por que é a maior exportadora de cerveja portuguesa. Mais, fez história na sua internacionalização: pela primeira vez, Super Bock começou a ser produzida também no Brasil. É verdade que não foi fácil. Nos vários mercados de destino deparámo-nos com situações adversas que exigiram da nossa parte uma rápida adaptação. Foi o que aconteceu em Angola, onde a complexidade dos processos aduaneiros dificultou, a partir do primeiro trimestre, o processo de exportação. Respondemos com dinamismo e inovação, reforçando a presença de marcas e lançando novos produtos, designadamente Cristal e Super Bock Stout 0,25 Pull-Off. Na Europa, a acentuada retração do consumo não nos impediu de aumentar as exportações de cerveja. Apesar de em França, o segundo maior mercado externo da Unicer, o aumento do Imposto Especial sobre o Consumo (IEC) ter tido efeitos nefastos no consumo, compensá-

mos amplamente esta situação crescendo na Suíça e em Espanha. Otimizámos, pois, a proximidade geográfica aumentando a presença das nossas marcas nos destinos europeus predefinidos, através de inúmeras ações de visibilidade e comunicação. Em suma, não baixámos os braços. Continuámos a reforçar e a consolidar a nossa posição nos principais mercados externos; fizemos por estar cada vez mais perto dos clientes e consumidores das diferentes regiões. Indo além da atividade corrente, implementámos projetos dirigidos aos mercados atuais e a novas geografias, com o objetivo de expandir a área de atuação da empresa e de promover o crescimento das marcas principais.

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um processo de transição de forma tranquila e reforçar a nossa posição.

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Vamos por essa Em 2013 respondemos às adversidades com determinação redobrada. Interpretámos culturas, traçámos novas rotas, demos mais mundo às nossas marcas. E tivemos a ousadia de avançar com a produção de Super Bock no Brasil. Neste âmbito, o enraizamento da Unicer no mundo ganhou nova expressão com a primeira produção de Super Bock fora de Portugal – Brasil foi o destino, o novo berço. O primeiro licenciamento de produção da marca além-fronteiras tornou-se efetivo graças a uma parceria com a cervejeira RioGrandense, do estado de Rio Grande do Sul. A produção experimental ocorreu em novembro e as cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro estão já na mira da nossa atividade comercial. Sem dúvida, um marco no desenvolvimento da atividade da Unicer e no seu posicionamento internacional. E outras culturas, outros conceitos de produto. Ao Médio Oriente fizemos chegar a primeira Super

Bock 0,0% de álcool, numa gama alargada de quatro sabores. Arábia Saudita, Jordânia, Líbia e Emirados Árabes Unidos foram os países pioneiros na importação desta nova cerveja. Os primeiros resultados são promissores, sendo de destacar a recetividade do mercado saudita. Também a Água das Pedras continuou a criar raízes além-portas, sendo relevante o seu desempenho no Brasil e em Espanha. Se no país vizinho cimentou o seu crescimento, terminando o ano com um incremento superior a 10% face a 2012, do outro lado do Atlântico a estratégia para a marca foi redefinida e a sua distribuição alargada. Hoje, mais consumidores no Brasil escolhem Pedras. Em suma, reagimos a 2013 de forma interventiva e criativa. Reforçámos a liderança na exportação de cerveja portuguesa e assistimos à boa aceitação das nossas marcas noutras latitudes. Continuar a crescer, eis o nosso destino.

EUROPA fora… Faz parte do ser português a capacidade de imergir noutras culturas sem perder o essencial do caráter lusitano. É com este espírito que a Unicer está noutros mercados: tornando-se parte deles sem desvirtuar os seus produtos, o que significa também “produzir à medida”. A expressão faz parte do discurso de Paula Marinho, nossa diretora para a Europa, e reflete o modo como intervimos a feitio em cada país do Velho Continente. Depois da França a Suíça, a seguir Espanha, Luxemburgo e Reino Unido. São estes os nossos principais destinos europeus, mas há muitos mais: contamos já 17 onde as nossas marcas (sobretudo Super Bock e Água das Pedras) estão presentes, sendo que no nosso dicionário está em maiúsculas o verbo EXPANDIR. O mapa da exportação da Unicer para a Europa há muito que supera, claramente, o “mercado da saudade”. Vamos ao encontro da nossa diáspora, acompanhando emigrantes de há décadas ou da nova leva, mas conquistamos cada vez mais consumidores nativos. Miscigenamo-nos, como bons portugueses. Entende-se assim como aqui ao lado, na Galiza, a Super Bock Negra Sin Alcol – a primeira cerveja negra sem álcool em Espanha, desenvolvida de raiz – es un éxito. Mas atente-se: Super Bock diz-se sempre Super Bock, os líderes não mudam de nome. Para onde vamos comunicamos a nossa verdade (a qualidade e identidade das marcas Unicer), mas interpretando a realidade local e promovendo, claro, o nosso país. Quanto mais nos afastamos de casa rumo a norte e leste, mais as nossas bebidas refrescantes fazem o elogio a Portugal como destino turístico. Onde manda o frio lançamos o apelo cálido do sudoeste…

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Nas páginas seguintes damos a conhecer algumas das histórias do nosso processo de internacionalização, que nos fizeram crescer e que nos dão força para continuarmos com afinco este percurso que traçámos.

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Super Bock com sotaque

brasileiro

A 400 quilómetros da capital paulista alguém bebe uma Super Bock mantendo-se no estado de São Paulo. A vastidão tem sotaque brasileiro. Por mais que saibamos quantas vezes Portugal inteiro cabe no mapa do Brasil, só entendemos a dimensão deste país vivenciando-a. E é nesta experiência in loco que decorre a surpresa do imensurável. Quando Francisco Guedes e Vasco Ribeiro, respetivamente, country manager e diretor de Marketing da Unicer para este mercado, falam do Brasil como “um continente”, complexo, multiétnico e pluricultural, não estamos diante de um discurso preparado mas de duas vozes com a mesma perceção esmagadora de um mundo com muitas realidades dentro. Agora imagine-se o que é produzir aqui uma cerveja de origem portuguesa e assegurar a sua distribuição por vários estados. É uma aventura, mas vale a pena. Partindo do Sul, a Super Bock cumpre um longo itinerário até São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, o triângulo de Sudeste. Neste mercado colossal apresenta-se no segmento premium, mas acessível, das marcas internacionais com produção local. É “um ambiente competitivo”, frisa Francisco Guedes, que a nossa cerveja aguenta bem usando

trunfos próprios, impondo a sua personalidade única. Dos dois lados do Atlântico mostra como A vida é Super – sendo que no Brasil a divisa ganha nuances diferentes conforme o lugar. Convém lembrar que nesta república federal cada estado tem as suas idiossincrasias: como ilustra Vasco Ribeiro, se o carioca, na sua descontracção solar, “dá prioridade à qualidade refrescante da cerveja”, o paulista, tendencialmente workaholic, “procura sofisticação e revela interesse pelas cervejas do mundo”. Independentemente das particularidades dos estados em operamos, que determinam abordagens distintas, a todo o lado levamos a verdade da nossa marca. Foi, aliás, com o intuito de produzirmos Super Bock genuína que enviámos os nossos mestres cervejeiros a Rio Grande do Sul, à Cervejaria RioGrandense. Aqui se iniciou, em 2013, uma produção fiel à fórmula original. Em consideração ao palato brasileiro, apenas reduzimos ligeiramente o amargor da nossa cerveja. Não beliscámos a sua essência. A garantia de que nesta produção nada se adultera, em momento algum, é-nos dada por Maria Fernandes. Há vários anos ligada à Unicer, esta nossa colaborado-

ra aceitou o desafio de uma vida nova em Rio Grande do Sul, onde controla, a par e passo, “todo o processo de fabricação e enchimento da nossa cerveja”, realça Francisco Guedes. É uma missão de grande responsabilidade, obviamente, mas à altura de alguém que domina todos os pressupostos para se fazer a Super Bock. São muitos detalhes, muitos critérios, é verdade, mas todos valem a pena. Desde a primeira hora que esta nossa unidade produtiva no Brasil funciona como desejamos e nos timings predefinidos. A este propósito, Vasco Ribeiro lembra o dia em que uma equipa da Unicer deixou Portugal com destino a Portalegre, no Brasil, para aprovação da primeira produção local de Super Bock. Esta é a cidade com aeroporto internacional mais próxima de Rio Grande do Sul, o que exigiria à nossa comitiva ainda umas boas horas de estrada até à fábrica. Não quis assim S. Pedro; choveu desalmadamente e Portalegre ficou inundada, o trânsito num nó cego. A solução foi a fábrica ir até Portalegre – numa sala de hotel, provou-se e aprovou-se. “Estava boa, felizmente”, lembra este responsável. Estava boa, obviamente, reformulamos agora nós.

Para uma grande birra, uma garrafa pequena. Ou boa, boa é a cerveja mini, de preferência de abertura fácil. Estamos em Angola, onde a natureza expressa abundância na paisagem e no ADN do povo. Vive-se de forma intensa, com todos os sentidos declarados. E pede-se, pelos melhores motivos, “frescura máxima”: foi sob esta assinatura que a Cristal revelou, no último trimestre de 2013, um bom jogo de cintura ao apresentar-se em versão mini, numa produção exclusiva para este mercado. Por aqui se vê a importância da Cristal em Angola, mas também do “fenómeno mini”. Quando, em 2010, a Super Bock Mini chegou a este país africano tinha pela frente um terreno virgem, ou seja, sem presença de garrafas de 0,25cl com cápsula de abertura fácil. A nossa marca mostrou, uma vez mais, ser precursora e boa intérprete da realidade sociocultural de cada mercado, lançando o inovador conceito “saca fácil”. Hoje, a expressão faz parte do léxico do consumidor angolano de cerveja e, da nossa parte, merece actualização constante – 2013 ficou marcado, também aqui, pelo lançamento da Stout Mini Marcos Pereira, director da Unicer em África, destaca por isso a nossa “força de comunicação” em Angola e o modo como sabemos ler um país onde o consumo “reage ao que está na moda”. Sendo assim, de ano para ano também aqui fazemos a moda, criamos tendências. Antes de deixarmos África, uma paragem em Cabo Verde para retermos algo que muito nos orgulha: a Super Bock mantém-se como a marca preferida dos consumidores locais. Depois da quizomba, venha então uma morna… bem fresca!

Angola

Em todos querem minis de abertura fácil


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Estórias das

arábias A fotografia, partilhada no Facebook por um consumidor árabe, mostrava a Super Bock num hipermercado, entre mulheres de nicabe. O email, enviado por um emigrante português, agradecia a presença na Arábia Saudita da cerveja, esta e mais nenhuma. Mal a soube por ali deixou o posto de trabalho e foi comprá-la. Ao primeiro gole sentiu-se de volta a casa. João Torres, diretor da Unicer para o Médio Oriente e China, retém estas estórias entre os primeiros registos da nossa incursão neste país – uma experiência iniciada em novembro de 2013. Convém lembrar que em causa está um mercado muçulmano, o que significa fortes restrições ao consumo de bebidas alcoólicas. Nada que nos limite. A Unicer tem patenteado um processo único de desalcoolização de cerveja que, neste caso particular, atuou como um verdadeiro “abre-te Sésamo”… Nas superfícies comerciais sauditas há lugar para Super Bock 0,0% Álcool regular e produções exclusivas com sabor a maçã, romã e limão.

A entrada na Arábia Saudita é fruto de um processo longo, devidamente maturado. Obedeceu, como recorda João Torres, a uma abordagem específica para os mercados do Médio Oriente, que levou a nossa empresa a participar, ao longo de três anos consecutivos, na Gulfood, feira mundial de bens alimentares e bebidas realizadas no Dubai. Redefiniram-se objetivos, reconheceram-se parceiros (daqui surgiu o primeiro acordo com uma distribuidora da Jordânia), aperfeiçoou-se a oferta da Unicer em termos de produto e embalagem. Hoje, nas superfícies comerciais de Riade, por exemplo, a Super Bock mostra desejo de conquistar quota de mercado, apresentando-se em conjuntos de seis garrafas de abertura fácil. São packs arabizados, inscritos na cultura local, mas o símbolo da nossa cerveja está lá, imutável. João Torres fala-nos ainda de outra realidade, bem distinta: a chinesa. Neste mercado imenso, que pede uma abordagem “cautelosa e conservadora”, a atenção recai sobre o litoral onde há poder de consumo. Na região de Xangai, a cadeia de supermercados de produtos importados City

Shop responde aos requisitos de uma clientela composta por estrangeiros e um número crescente de chineses da classe média-alta. Procuram artigos de qualidade, selecionados, e encontram, no nicho das águas, as nossas Vitalis, Pedras e Vidago.

No Supply Chain não há elos mais fracos Serviço, eficiência, qualidade e segurança são os pilares fundamentais do trabalho que desenvolvemos, dia após dia, em todas as áreas que integram o Supply Chain. De forma continuada, atuamos movidos pelo desejo de excelência, focados em assegurar o desenvolvimento, a permanente adequação e a competitividade de pessoas e recursos produtivos e logísticos. À luz deste desafio e compromisso, 2013 ficou marcado pelo projeto de modernização do Centro de Produção de Leça do Balio.

EM LEÇA DO BALIO, NA VANGUARDA DA EUROPA Leça do Balio, Matosinhos. Onde tudo começou há o apelo insistente de futuro, uma fibra criadora que nos move: aqui fazemos a melhor cerveja portuguesa, com certeza; daqui estamos aptos a servir bem qualquer mercado. Há motivos para sermos tão assertivos. Em 2013 ficou concluído o projeto de consolidação, modernização e otimização da nossa fábrica de cerveja. Hoje, a Unicer tem uma superestrutura com capacidade de produção de 450 milhões de litros de cerveja por ano. Dotada dos meios mais avançados e inovadores, apresenta padrões de

qualidade e eficiência ao nível das melhores fábricas europeias. Com a reestruturação desta unidade fabril demos curso a um plano estratégico de 100 milhões de euros para desenvolvimento das operações de produção e logística na área cervejeira. O investimento, que englobou todas as áreas do processo produtivo (produção de cerveja, enchimento e área de utilidades), continua em 2014 – concluída a fase de arranque dos novos equipamentos e instalações, há agora que os otimizar, tendo em vista a evolução para um patamar superior de exigência. Lá está, o desejo de excelência... Ao darmos primazia ao projeto de Leça do Balio tivemos de descontinuar, no mês de março, a produção de cerveja na fábrica de Santarém. Em contrapartida, neste concelho, investimos nas diferentes áreas da fábrica de refrigerantes, onde se procedeu ao reforço das condições para apoio ao enchimento de cerveja em garrafa, lata e beer-drive. Apesar de 2013 ter sido um ano de grandes obras em casa, honrámos todos os compromissos. Como sempre, fizemos questão de manter

os elevados padrões de qualidade dos nossos produtos e o grau de eficiência no abastecimento aos nossos clientes. Já no setor das águas com gás, focámo-nos na eficiência operacional, em especial na área energética, e, naturalmente, na continuidade do bom desempenho ao nível da qualidade dos produtos e da segurança das pessoas. Os mesmos cuidados regulares tivemos nas águas lisas, sendo que aqui, e dada a crescente competitividade do mercado, prosseguiu-se com o plano de consolidação da atividade operacional nas diferentes unidades de produção. A contínua otimização dos custos fixos e variáveis e a utilização intensiva dos recursos balizaram esta intervenção, essencial à manutenção da rentabilidade do segmento. Por fim, os vinhos. Nesta área de produção foi dada continuidade ao processo de internalização do enchimento de vinhos engarrafados na Quinta do Minho, aproveitando a capacidade disponível e obtendo as economias de escala com ganhos de eficiência significativos.

2013 foi ano de grandes obras em casa. Integrado num investimento de 100 milhões de euros, o projeto de renovação da fábrica de Leça do Balio coloca a Unicer na vanguarda internacional da indústria cervejeira.

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DESEJO DE EXCELÊNCIA


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ORDEM PARA OTIMIZAR Uma vez mais, os condicionalismos dos mercados internacionais voltaram a refletir-se nos custos das principais matérias-primas, embalagens e energia. Perante novos agravamentos, em 2013 conjugámos o verbo otimizar no imperativo. Nos segmentos de cervejas, refrigerantes e águas, otimizámos a utilização de matérias-primas e materiais de embalagem. Simultaneamente, reduzimos os consumos energéticos. Pudemos, deste modo, compensar parcialmente o aumento significativo do preço de recursos essenciais à nossa atividade. Neste esforço acaba por se enquadrar o investimento realizado na nova cogeração da fábrica de Leça do Balio. Graças a este projeto, a Unicer atingiu os melhores níveis de sempre de produção e venda de energia elétrica. Passou também a ser possível o consumo de biogás, que chegou a representar 20% das necessidades em combustível para produção de energia térmica.

A GARANTIA DE QUE ESTÁ TUDO BEM O bom exemplo começa em casa. Na Unicer, ele traduz-se na adoção de procedimentos que garantem qualidade a todos os níveis. Não é um desígnio, é uma realidade – entidades independentes asseveram que por aqui está tudo bem. Assim ficou comprovado em 2013, ano em que recebemos a certificação pelas normas ISO 22000 Segurança Alimentar e OSHAS 18001 Segurança e Saúde no Trabalho. Foram ainda renovados os certificados relativos aos referenciais ISO 9001 Gestão da Qualidade e ISO 14001 Gestão Ambiental. A conta é fácil e deixa-nos satisfeitos: o nosso Sistema Integrado de Gestão está hoje certificado nos quatro referenciais. Ao cumprir os requisitos necessários à certificação, a Unicer corresponde aos elevados níveis de exigência do mercado no que toca à segurança alimentar, à qualidade e à transparência nos processos de produção e comercialização. Ao nível da segurança alimentar, a certificação valida o conjunto de práticas que temos vindo a adotar, com o reforço do controlo dos processos operacionais e sempre sob o

compromisso de colocar à disposição dos consumidores produtos de elevada qualidade. Neste intuito, participámos com distinção num programa de uniformização de boas práticas do Grupo Carlsberg (Projeto Good Manufaturing Pratices). Porque a excelência da qualidade representa uma prioridade e um desafio permanentes, promovemos aferições regulares. Testamo-nos e pedimos que nos testem; fomentamos a realização de auditorias a fornecedores, a monitorização de indicadores da Qualidade dos processos e do produto acabado, a avaliação qualitativa da cerveja nos pontos de venda. Graças a este cuidado constante, em 2013 a Unicer continuou a participar com bons resultados no Market Survey do Grupo Carlsberg, uma avaliação sensorial realizada a diferentes cervejas recolhidas nos pontos de venda, a nível mundial, por um laboratório independente sediado em Inglaterra. Porque a perfeição não existe, mas estamos sempre no seu encalço.

Naturalmente, somos exigentes. Assumimos o controlo rigoroso dos itens Qualidade e Segurança a todos os níveis de intervenção. A garantia de que está tudo bem é confirmada pela certificação dos vários referenciais do Sistema Integrado de Gestão.

NA LOGÍSTICA, O FUTURO COMEÇOU ONTEM Ao conceber em Leça do Balio uma superestrutura para o século XXI, a Unicer alarga horizontes de vida e equipa-se de tudo o que concorre para a sua expansão nacional e internacional. No âmbito deste investimento iniciou-se a construção do novo centro logístico. É um plano ambicioso, a tomar forma, que otimizará a nossa cadeia de abastecimento, levando-a para o patamar da eficiência máxima. Dotado das mais modernas tecnologias de automação e comunicação, o futuro centro logístico terá um armazém automático com capacidade para cerca de 40.000 paletes, ligado à área de produção por um sistema aéreo de transporte de paletes. Uma vez a funcionar em pleno, permitirá melhorar a qualidade e a segurança das operações, bem como reduzir quebras e simplificar processos.

Entretanto, fizemos mais no terreno: ao longo de 2013 criámos três novas plataformas de abastecimento do canal On-trade em Coimbra, no Pico e no Faial. Sob gestão direta da Unicer, e com recurso a operadores logísticos externos, estas plataformas surgiram para melhorar a qualidade e a capacidade de resposta aos clientes. Não obstante o conjunto de alterações introduzidas na cadeia logística – com relevância para a construção do futuro centro, que ditou a transferência de todas as operações do site para operadores externos –, assegurou-se a normalidade no abastecimento ao mercado. Este foi sempre um compromisso inabalável, que honrámos através da boa coordenação de toda a cadeia de fornecimento, da boa performance das plataformas e da distribuição e do controlo do desempenho de transportadores e operadores logísticos.

Dotado das mais modernas tecnologias, o novo centro logístico elevará a capacidade operacional da Unicer à eficiência máxima.

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Entre a instabilidade dos mercados e os humores do clima, 2013 tinha como revelar-se pior que 2012. Não foi. Com força e temperança, a Maltibérica conseguiu um ano tranquilo.

UM CONCEITO SUPERIOR DE TURISMO Quando a arquitetura surge como uma extensão da natureza há que elogiar a criação humana. Assim acontece no Pedras Salgadas Spa & Nature Park, onde o design moderno habita de forma orgânica o parque arborizado. Com este empreendimento – inaugurado oficialmente em 2013 – e o Vidago Palace Hotel, outra unidade de exceção, a Unicer revela a sua forma de estar no turismo: associando-se a projetos premium considerados em qualquer parte do mundo.

RESISTÊNCIA MALTIBÉRICA 2013 representou uma travessia entre mercados instáveis; um teste de resistência em tempo de crise. Na Maltibérica a prova de fogo foi superada, com o ano a correr de forma tranquila. Orçamentalmente antecipava-se um recuo superior a 14,5% face a 2012 no resultado líquido do exercício da empresa. Ao invés, 2013 encerrou com uma variação menos negativa face a 2012: -12,2%. Esta evolução negativa do Resultado Líquido é explicada, essencialmente, pela conjugação de dois fatores: a ligeira descida das vendas líquidas e a degradação da margem bruta.

Para a degradação da margem bruta concorreu a evolução desfavorável nos preços da matéria-prima durante o ano civil, o que se repercutiu só parcialmente nos preços de venda devido ao carácter anual ou semestral da maioria dos contratos de fornecimento a clientes Maltibérica. A situação, no entanto, foi mitigada pela estratégia de aprovisionamento nacional e internacional de cevada dística. O resultado líquido alcançado beneficiou, ainda, das eficiências obtidas em termos de custos fixos face a 2012 e do crescimento da rentabilidade da cogeração energética na unidade do Poceirão em 11,3%, igualmente em relação ao ano anterior.

No que toca ao aprovisionamento em Portugal, confirmou-se a tendência de 2012, sendo que foi possível aprovisionar mais de 10 mil toneladas de cevada certificada e fazer crescer o número de agricultores contratados. Ainda assim, as quantidades médias por hectare contratadas foram ligeiramente inferiores a 2012 devido às chuvas intensas na época de sementeira e ao período de seca durante os meses de abril e maio, o que prejudicou a qualidade média do grão na colheita.

Composto por doze eco houses e duas tree houses, da autoria do arquiteto Luís Rebelo Andrade, o Pedras Salgadas Spa & Nature Park, já multipremiado a nível internacional, tem ajudado a promover Portugal como destino turístico de qualidade superior. Um salão polivalente para eventos, um spa recuperado pelo arquiteto Siza Vieira e outras instalações complementam a larga oferta deste empreendimento de 4 estrelas, onde o conceito de ecoturismo redefine fronteiras e se torna prazeroso para uma estadia em família ou um retiro de negócios.

Apesar deste contexto difícil, a Maltibérica conseguiu manter a sua carteira de clientes quer em Portugal, quer no estrangeiro. Eco House Pedras Salgadas Spa & Nature Park.


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Por seu turno, o Vigado Palace Hotel teve em 2013 o seu terceiro ano de operação plena após profundas obras de remodelação. Com 5 estrelas, esta unidade centenária, onde o glamour e a aura românticas se conciliam com os requisitos da vida atual, assistiu no ano passado a um aumento dos clientes estrangeiros e do negócio gerado pelo segmento MICE (Congressos, Seminários e Incentivos). Esta situação veio equilibrar, de algum modo, a perda de clientes portugueses, uma sequência da crise económico-financeira instalada no país.

Vidago Palace Hotel

Para o ArchDaily, os projetos vencedores são considerados únicos em vários aspetos – pesam as qualidades espaciais, as estruturas e os materiais empregues, mas também a sua importância para a sociedade e o seu impacto nas comunidades locais.

A taxa de ocupação atingiu, assim, cerca de 39%, com os proveitos de alojamento a representarem 43% do volume de negócios. Em segundo lugar surge a restauração (F&B), com 39%, seguida do golfe (11%) e do Spa (7%).

A participação da Unicer no negócio do turismo faz-se com um elevado sentido de responsabilidade social, traduzido por dois empreendimentos elogiados ao nível internacional: o Vidago Palace Hotel, unidade centenária remodelada há três anos, e o Pedras Salgadas Spa & Nature Park, inaugurado oficialmente em 2013.

vencedores dos ArchDaily Awards 2012, na categoria “Hotéis e Restaurantes”. A obra assinada por Luís Rebelo de Andrade impôs-se entre cinco finalistas deste galardão atribuído pelo ArchDaily, um dos sites de arquitetura mais visitados do mundo. Para se ter uma ideia sobre a dimensão deste prémio, é de sublinhar que o concurso arrancou com uma lista inicial de 2.700 projetos. Destes, 14 seriam escolhidos por votação online, e daqui partiu-se para a short list.

Pedras Salgadas - SPA & Nature Park

Na esteira de 2013, o objetivo do Vigado Palace Hotel será aumentar o negócio pelo segmento internacional, bem como as receitas provenientes dos serviços complementares. Tendo em vista o aumento considerável do peso dos hóspedes internacionais nos próximos anos, está a ser feito um esforço comercial internacional com o apoio dos escritórios da Leading Hotels of the World. Reino Unido, Alemanha, França, Escandinávia e Benelux são, nesta estratégia, os mercados preferenciais.

Reconhecimento internacional O caráter inovador e premium dos nossos dois empreendimentos turísticos, em Pedras Salgadas e no Vigado, mereceu, em 2013, a atribuição de vários prémios internacionais. O Pedras Salgadas Spa & Nature Park vem sendo largamente reconhecido pelo seu projeto arquitetónico. Foi, designadamente, um dos

Por seu turno, o Vidago Palace Hotel destacou-se ao vencer o prémio de excelência de “Novo ou Renovado Hotel”, nos Condé Nast Johansens Awards for Excellence 2014. Associados àquela que é a revista internacional com as melhores unidades de alojamento e eventos da Europa e América do Norte, a Condé Nast Johansens, estes galardões refletem as preferências de turistas e profissionais de turismo de luxo de todo o mundo. Reconhecer, premiar e celebrar a excelência de hotéis e spas em diferentes partes do globo é, pois, o objetivo destes prémios. E Portugal está neles, connosco, com o Vidago Palace Hotel.

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Apesar deste conjunto turístico estar a funcionar parcialmente desde Outubro de 2012, só no ano passado foram reunidas as estruturas que integram o projeto de requalificação do Parque de Pedras Salgadas. As obras de requalificação das margens do Rio Avelames, essenciais para a dignificação de toda a envolvente do empreendimento, serão concretizadas pela Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar, depois do protocolo de cedência de terrenos da nossa propriedade. Neste contexto, 2014 será o ano de plena atividade do Pedras Salgadas Spa & Nature Park, uma estrutura que acrescenta valor à região e por certo contribuirá para o crescimento do seu turismo de forma saudável e sustentável.

O Pedras Salgadas Spa & Nature Park destacou-se nos ArchDaily Awards; o Vidago Palace Hotel venceu um dos prémios da Condé Nast Johansens. São mais dois galardões na história de duas unidades singulares, uma de design moderno, outra de traço centenário.

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MARCAS E SABORES QUE MERECEM O PÓDIO

Entre e além portas, a Unicer afirma-se pela excelência das suas marcas, reconhecidas por institutos e entidades de referência. É bom lembrar aqui o nosso palmarés de 2013, nomeando algumas das distinções que atestam a qualidade dos nossos produtos ou o design inovador das suas embalagens.

Nove medalhas e dois troféus no concurso Monde Selection de la Qualité Super Bock, Água das Pedras e Cristal voltaram a ser reconhecidas, em Bruxelas, no “Monde Selection de la Qualité”, um concurso internacional que certifica a qualidade e os atributos das nossas marcas há mais de três décadas. Na edição de 2013, a nossa empresa recebeu nove medalhas e dois troféus especiais. A Unicer é, assim, a empresa portuguesa de bebidas refrescantes com mais prémios atribuídos ao longo das várias edições deste concurso: merecemos já 143 Medalhas de Ouro. Só a Super Bock original obteve este ano a sua trigésima Medalha de Ouro consecutiva, contando esta marca já com um total de 56 Medalhas de Ouro da prestigiada competição.

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O que conquistámos no Monde Selection de la Qualité 2013:

Super Bock Medalha de Ouro Super Bock Stout Grande Medalha de Ouro Super Bock Classic Medalha de Ouro Super Bock Sem Álcool Medalha de Ouro Super Bock Sem Álcool 0,0% Medalha de Ouro + Troféu especial 3 anos consecutivos Super Bock Sem Álcool Preta Medalha de Prata Super Bock Abadia Grande Medalha de Ouro Cristal Pilsener Medalha de Ouro Águas das Pedras Grande Medalha de Ouro + Troféu especial 3 anos consecutivos

Um brinde aos nossos vinhos: No segmento de vinhos, há a destacar distintos galardões. Digamos que tivemos uma boa colheita… Vini Sangria Sabor do Ano, Portugal Planura Reserva 2008 Medalha de Bronze na “International Wine & Sprit Competition” Mazouco Reserva 2008 Medalha de Bronze no “Decanter World Wine Awards”

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GUIA PARA UM DESEMPENHO DE EXCELÊNCIA

A aplicação do Sistema de Gestão Integrado da Unicer compreende quatro braços de atividade: o fabrico e enchimento de cervejas, refrigerantes, sumos, néctares, vinhos, sangrias e sidras; a captação e engarrafamento de águas minerais naturais (Pedras, Vidago, Vitalis) e de nascente (Caramulo); a comercialização e distribuição de bebidas; e a prestação de serviços de Assistência Técnica a equipamentos relacionados com a atividade. Este modelo está certificado pelos referenciais ISO 9001:2008 – Sistemas de Gestão da Qualidade (desde 2000), ISO 22000:2005 – Sistema de Gestão da Segurança Alimentar (desde 2013), ISO 14001:2012 – Sistema de Gestão Ambiental (desde 2009) e OHSAS 18001:2007 (desde 2013) – Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho.

PRINCÍPIOS ORIENTADORES

Qualidade

Segurança Alimentar

Garantir maior proximidade com o Cliente/Consumidor. Dinamizar a adequada monitorização dos processos, apoiada nos Donos dos Processos. Melhorar a resolução de problemas, desenvolvendo metodologias de análise de causas. Promover a cultura de “fazer bem à primeira”.

Adoptar o tratamento de reclamações como um instrumento essencial de identificação e prevenção de potenciais motivos de insatisfação.

Ensaios Laboratoriais

Prevenir e minimizar o risco para o consumidor, estimulando uma cultura de responsabilidade. Comunicar e colaborar com os órgãos oficiais e sectoriais na área de segurança alimentar.

Garantir a produção de resultados tecnicamente válidos executados de acordo com os métodos estabelecidos. A Política Integrada da Qualidade, Ambiente e Segurança do Sistema de Gestão Integrado é um vetor essencial da nossa estratégia, garantindo que “onde quer que estejamos a Unicer e as nossas marcas serão sempre a 1ª escolha”. Garantimos o cumprimento de regulamentos, legislação e de outros requisitos subscritos pela empresa. Promovemos a melhoria contínua ao longo da cadeia de valor, adotando as melhores práticas, e garantindo o seu planeamento, controlo e revisão sistemáticos.

Avaliamos regularmente o nosso desempenho de acordo com indicadores específicos, disponibilizando-os a todos os interessados. Promovemos o desenvolvimento das competências dos nossos Colaboradores assegurando a sua formação contínua. Fomentamos a Investigação, o Desenvolvimento e a Inovação, contribuindo para o avanço e utilização do conhecimento. Acreditamos que a comunicação eficaz é a chave para o envolvimento de todos.

Promover elevados níveis de qualidade de serviço de acordo com os requisitos dos clientes. Garantir elevados níveis de competências técnicas e estruturas laboratoriais adequadas por forma a cumprir sempre com os requisitos da Norma NP EN ISO 17025.

Garantir elevados níveis de segurança alimentar em toda a cadeia de forma a assegurar a confiança do consumidor.

Garantir a revisão sistemática do sistema de gestão de segurança alimentar por observação do cumprimento dos objectivos de Segurança Alimentar.

Incorporar eficazmente desenvolvimentos científicos e tecnológicos nos processos e produtos Unicer. Ser a referência nacional para os stakeholders em IDI no negócio das bebidas.

Ambiente Promover a prevenção e controlo integrados da poluição. Fomentar a eco-eficiência de processos e produtos promovendo o uso sustentável da água, a utilização racional de energia e assegurando a integração de critérios ambientais na selecção de matérias-primas e de embalagens. Minimizar impactes ambientais, promovendo a redução de emissões para o ar e para a água e dos resíduos gerados e privilegiando soluções de reutilização e de valorização.

Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI)

Segurança e Saúde

Renovar e melhorar continua e eficazmente o portfólio dos produtos Unicer.

no Trabalho Prevenir os acidentes de trabalho e as doenças profissionais estabelecendo e revendo objectivos da SST que visem a redução da sua ocorrência e da sua gravidade. Estabelecer níveis elevados de segurança dos equipamentos de trabalho. Garantir a existência de locais, sistemas e métodos de trabalho seguros.

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

119


UNICER 120

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

121

COMUNICAR COM STAKEHOLDERS

Este processo é orientado por uma checklist de rotulagem onde constam todas as informações legais necessárias ao consumidor, nos vários idiomas dos mercados a que se destinam os produtos.

A nossa empresa definiu meios e responsabilidades na comunicação ao longo da cadeia alimentar, que é constituída por fornecedores, clientes e/ou consumidores, autoridades estatutárias e regulamentares ou outras partes interessadas, sendo que as autoridades relativas à comunicação de segurança alimentar do produto estão descritas no Manual de Gestão de Crise. Esta comunicação é efetuada utilizando meios pertinentes, como é o caso da formalização de especificações com o fornecedor, cuja performance é avaliada periodicamente. Pensando especialmente nos clientes e consumidores, disponibilizamos no nosso site fichas técnicas sobre os produtos e mantemos uma linha de comunicação com a empresa para as áreas de informação nutricional e reclamação. Isto, claro, a par da colocação de informação relevante nos rótulos dos nossos produtos.

Nos rótulos dos nossos produtos fazemos ainda questão de indicar a Linha do Consumidor e o endereço do site Unicer. Estabelecemos, também deste modo, canais de comunicação contínua, prestando a informação adicional que nos for solicitada.

INDICADORES DE GESTÃO

COMUNICAR PELO RÓTULO Transmitir de forma simples e clara diversas informações e esclarecimentos ao consumidor, cumprindo sempre a legislação em vigor, é uma preocupação assumida no processo de rotulagem dos produtos Unicer. Para além da informação de caráter legal (a lista de ingredientes, por exemplo), disponibilizamos um conjunto de informações, quantitativas e qualitativas, de interesse para os consumidores, como sejam os avisos para grávidas nas bebidas com álcool ou a referência ao modo de conservação do produto. A elaboração da rotulagem dos produtos, realizada pela Direção da Qualidade, Ambiente e Segurança, contempla ações de controlo da conformidade legal do produto desenvolvido, desde as matérias-primas ao produto final, com base nos requisitos de qualidade e segurança alimentar.

Todo este sistema é medido através de indicadores de gestão, tais como os índices de Qualidade de Produto Acabado (IQPA), Right First Time (RFT), Clean Brewery e Clean Plant, o número de reclamações de produto, o tempo de resposta às reclamações, os resultados dos exercícios de rastreabilidade (eficácia e tempo de atuação), ou os índices de material e produto não conforme.

AUDITORIAS REGULARES Com o objetivo de garantir a cumprimento de práticas de excelência e rigor em todos os domínios da gestão integrada, a Direção da Qualidade, Ambiente e Segurança garante a realização de forma regular auditorias internas a todos os sites da Unicer, bem como a fornecedores e a pontos de venda , com recurso a uma bolsa de auditores internos da Unicer. Em 2013 foram realizadas 24 auditorias a fornecedores (1 de matérias-primas, 15 de materiais de embalagem e 8 de serviços); 17 auditorias internas integradas, incluindo centros de produção e plataformas logísticas; e 1503 auditorias a pontos de venda.

SEMPRE A PENSAR NA SATISFAÇÃO TOTAL DOS CLIENTES Corresponder às expectativas dos clientes, ou mesmo surpreendê-los pela positiva, é uma preocupação que aferimos regularmente. Neste âmbito, desenvolvemos ações que potenciam o nível de satisfação dos clientes com os nossos produtos e serviços. É sob a responsabilidade da área de Conhecimento e Informação do Marketing que damos cumprimento a pesquisas periódicas de satisfação. Este trabalho decorre através de entrevistas pessoais aos clientes On Trade e Off Trade, abrangendo as áreas comerciais e de vendas, a distribuição e logística e ainda o apoio administrativo a clientes. O objetivo destes estudos é aprofundar e sistematizar o conhecimento que temos dos clientes e melhorar as nossas relações com todos.


RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

122 123

VERIFICAÇÃO

EXTERNA

UNICER


UNICER 124

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

125

ÍNDICE

GLOBAL

REPORTING INITIATIVE


UNICER

3.8

Base para a elaboração do relatório no que se refere a joint ventures, subsidiárias, instalações

4-7

126

mente a comparabilidade entre períodos e/ou entre organizações 3.9

Técnicas de medição de dados e as bases de cálculo

6-7

3.10

Explicação da natureza e das consequências de qualquer reformulação de informações

6, 7

3.11

Mudanças significativas em comparação com anos anteriores

contidas em relatórios anteriores 6, 7

Índice de Conteúdo do GRI 3.12

Tabela que identifica a localização de cada elemento do relatório da GRI

126-131

Verificação 3.13

Políticas e procedimentos actuais existentes para fornecer verificações externas do relatório

7, 123-125

4. GOVERNAÇÃO 4.1

Estrutura de Governação

4.2

Indicação caso o presidente do mais alto órgão de governação também seja um director

13, 15, 21-23 21-23

executivo (e suas funções dentro da administração da organização)

GRI

Mensagem do Presidente

1.2

Descrição dos principais impactos, riscos e oportunidades

Declaração do número de membros independentes ou não-executivos

22-23

4.4

Mecanismos que permitem aos acionistas e trabalhadores fazerem recomendações ao mais

21-22

Página

1. ESTRATÉGIA E ANÁLISE 1.1

4.3

8-9

alto órgão de governação 4.5

Relação entre remuneração dos membros do mais alto órgão de governação, diretoria

21-22

executiva e demais executivos e o desempenho da organização (incluindo desempenho social

32-43

e ambiental) 2. PERFIL ORGANIZACIONAL

4.6

2.1

Nome da organização

7

2.2

Principais marcas, produtos e/ou serviços

2.3

Estrutura operacional da organização

2.4

Localização da sede da organização

15

2.5

Países em que a organização opera

15-16

2.6

Tipo e natureza jurídica da organização

13

2.7

Mercados servidos

16

2.8

Dimensão da organização

2.9

Mudanças significativas realizadas

2.10

Prémios/reconhecimentos recebidos

14

21-22

interesse sejam evitados 4.7

13, 15

10-11

Processos em vigor no mais alto órgão de governação para assegurar que conflitos de

Processo para determinação das qualificações e conhecimento dos membros do mais alto

21-22

órgão de governação para definir a estratégia da organização para questões relacionadas com temas económicos, ambientais e sociais 4.8

Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios internos relevantes para o

20, 33-43, 118-121

desempenho económico, ambiental e social, assim como o estado de sua implementação 4.9

4, 7

Procedimentos do mais alto órgão de governação para supervisionar a identificação e gestão

21-23

por parte da organização do desempenho económico, ambiental e social, incluindo riscos e

27-29, 114-117

oportunidades relevantes, assim como a adesão ou conformidade com normas acordadas internacionalmente, códigos de conduta e princípios

3. PARÂMETROS DO RELATÓRIO 3.1

Período a que se referem as informações

7

3.2

Data do relatório mais recente

7

4.10

3.3

Ciclo de reporte

7

3.4

Contactos para questões relacionadas com o relatório ou o seu conteúdo

7

4.12

3.5

Processo para a definição do conteúdo do relatório

4-7

Limites do relatório

4-7

3.7

Outras limitações de âmbito específico

4-7

21-22

mente com respeito ao desempenho económico, ambiental e social 4.11

3.6

Processos para a auto-avaliação do desempenho do mais alto órgão de governança, especial-

Explicação sobre como o princípio de precaução é tratado pela organização Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de carácter económico,

23 30-31

ambiental e social que a organização subscreve ou endosse 4.13

Participação em associações (como federações de indústrias) e/ou organismos nacionais/ internacionais de defesa

30-31

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

127

arrendadas, operações subcontratadas e outras organizações que possam afectar significativa-


UNICER 128

ASPECTO: EMISSÕES, EFLUENTES E RESÍDUOS

Participação das Partes Interessadas 4.14

Lista das principais partes interessadas da organização

24-25

EN16

Total de emissões de gases com efeito de estufa, directas e indirectas

4.15

Base para identificação e seleção das principais partes interessadas

24-26

EN18

Iniciativas de redução das emissões de gases com efeito de estufa e a redução alcançada

24-26, 37

EN19

Emissões de substâncias destruidoras de ozono

37-42

EN20

NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas

EN21

Total de efluentes líquidos produzidos, por qualidade e por destino

58-59

EN22

Total de resíduos produzidos, por tipo e por método de tratamento

60

EN23

Número e volume total de derrames significativos

59

4.16

Formas de consulta às partes interessadas

4.17

Principais questões e preocupações apontadas pelos interessados como resultado da consulta e como a organização responde a estas questões e preocupações

Forma de gestão

EC1

Valor económico direto gerado e distribuído

EC2

Implicações financeiras e outros riscos e oportunidades para as atividades da organização,

94

EC3

Cobertura das obrigações em matéria de plano de benefícios da organização

EC4

Benefícios financeiros significativos, recebidos pelo governo

EN26

Impactes ambientais dos produtos e serviços da organização

EN27

Percentagem recuperada dos produtos vendidos e das suas respectivas embalagens

EN28

Política, práticas e proporção das despesas em fornecedores locais

Desenvolvimento e impacto de investimentos em infraestruturas e serviços fornecidos,

61

20-22, 32-43, 63

ASPECTO: EMPREGO LA1

113-114, 78-91

Mão-de-obra total por tipo de emprego (tempo integral ou parcial), tipo de contrato de

63

trabalho (integral ou parcial) e por região LA2

fins lucrativos Identificação e descrição de impactes económicos indiretos significativos, incluindo a

Valor monetário de multas significativas e o número total de sanções não-monetárias, pelo

Forma de gestão

97

essencialmente para benefício público através de compromisso comercial em géneros ou sem

EC9

53

96

ASPECTO: IMPACTOS ECONÓMICOS INDIRETOS EC8

49-52

não cumprimento das leis e regulações ambientais

94-95

ASPECTO: PRESENÇA NO MERCADO EC6

58

ASPECTO: CONFORMIDADE

32-43

devido às alterações climáticas

56 58-59

ASPECTO: PRODUTOS E SERVIÇOS

20-22, 32-43

ASPECTO: DESEMPENHO ECONÓMICO

49, 56

Taxa de rotatividade por faixa etária, género e região

63-64

ASPECTO: TRABALHO/RELAÇÕES DE GESTÃO 113-114

LA4

extensão dos impactes

Percentagem de empregados representados por organizações sindicais e abrangidos por

63

acordo de negociação ASPECTO: SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL

Forma de gestão

20-22, 32-43, 47-49

LA7

ASPECTO: MATERIAIS EN1

Consumo de materiais por peso ou volume

53

Consumo direto de energia, segmentado por fonte primária

49, 54-55

EN4

Consumo indireto de energia, segmentado por fonte primária

49, 54-55

EN5

Energia economizada devido a melhorias em conservação e eficiência

EN6

Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia, ou que usem

55 54-55

LA8

ASPECTO: FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO LA10

Média de horas de formação por ano, por empregado e por categoria

LA11

Programas para gestão de competências e aprendizagem ao longo da vida que suportem a

Consumo total de água, segmentado por fonte

EN10

Percentagem e volume total de água reciclada e reutilizada

71 64-67

ASPECTO: DIVERSIDADE E IGUALDADE DE OPORTUNIDADES 55

ASPECTO: ÁGUA EN8

76-77

empregabilidade dos empregados e os assistam na gestão dos objetivos de carreira

dessas iniciativas Iniciativas para redução do consumo indireto de energia e a redução alcançada

Educação, formação, aconselhamento, prevenção e programas de controlo de risco para assistir os colaboradores, as suas famílias, ou membos da comunidade, a respeito de doenças

energia gerada por recursos renováveis, e a redução na necessidade de energia resultante

EN7

64, 75

relacionados com o trabalho (incluindo trabalhadores subcontratados), por região

ASPECTO: ENERGIA EN3

Rácios de acidentes, doenças profissionais, dias perdidos, absentismo e número de óbitos

49, 57 49, 58-59

LA13

Composição dos órgãos de governação e discriminação dos colaboradores por género, faixa etária, minorias e outros indicadores de diversidade

64

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

129


UNICER 130

20-22, 32-43

ASPECTO: INVESTIMENTO E PRÁTICAS DE PROCUREMENT HR2

Percentagem de Empresas contratadas e fornecedores críticos que foram submetidos a aval-

97

iações referentes a direitos humanos e as medidas tomadas ASPECTO: TRABALHO INFANTIL HR6

Operações identificadas como tendo risco significativo de ocorrência de trabalho infantil e as

nenhuma

medidas tomadas para contribuir para a abolição do trabalho infantil ASPECTO: TRABALHO FORÇADO E COMPULSÓRIO ASPECTO: DIREITOS INDÍGENAS HR9

Número total de ocorrências de violações de direitos das populações indígenas e ações tomadas

Forma de gestão

nenhuma

20-22, 32-43

ASPECTO: COMUNIDADE SO1

Natureza, âmbito e eficácia de quaisquer programas e práticas para avaliar e gerir os

78-91

impactos das operações nas comunidades, incluindo a entrada, operação e saída ASPECTO:CORRUPÇÃO SO3

Percentagem de colaboradores formados nas políticas e procedimentos de anti-corrupção da

não existe

organização SO4

Ações como resposta a ocorrência de situações de corrupção

não existe

ASPECTO: POLÍTICA PÚBLICA SO5

Posições quanto a políticas públicas e participação na elaboração de políticas públicas e lob-

não existe

bies

Forma de gestão

20-22, 32-43, 118-121

ASPECTO: SAÚDE E SEGURANÇA DO CONSUMIDOR PR1

Fases do ciclo de vida de produtos e serviços em que os impactos na saúde e segurança são

118-121

avaliados visando melhoria, e a percentagem de produtos e serviços sujeitos a esses procedimentos ASPECTO: ROTULAGEM DE PRODUTOS E SERVIÇOS PR3

Tipo de informação dos produtos e servidos requeridos pelos procedimentos e percentagem

PR5

Práticas relacionadas com a satisfação do cliente, incluindo resultados de pesquisas que

121

de produtos e serviços sujeitos a tais requisitos de informação

medem essa satisfação

36, 101-102

131

RELATÓRIO DE GESTÃO | 2013

Forma de gestão


EDIÇÃO UNICER - Bebidas de Portugal, SGPS, S.A. DESIGN Not Found


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