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PROF. GILBERTO | ENTREVISTA
UNIVERSIDADE Ano 3 | Edição n. 1 | 2016
HISTÓRIAS DE SUCESSO
Conheça a trajetória de estudantes e egressos da Universidade Católica de Brasília que são inspiração nas áreas que escolheram como profissão
MAIS UNIVERSIDADE | 1
ENTREVISTA | PROF. GILBERTO
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EDITORIAL
M�i� Universidade Reitor: Prof. Dr. Gilberto Garcia Pró-Reitor Acadêmico: Prof. Dr. Daniel Rey de Carvalho Pró-Reitor de Administração: Prof. Fernando Souza
Alinhar pesquisa, ensino e extensão sempre fez parte dos ideais da Universidade. Nesta missão, para agregar ainda mais conhecimentos, a instituição pretende focar no protagonismo do estudante. Nesta perspectiva, foi incluída a disciplina Empreendedorismo em todos os cursos, pois há o entendimento da importância do destaque pessoal de cada estudante. Para a academia, os discentes devem se dedicar de forma multidisciplinar e interdisciplinar, seja se envolvendo em projetos de pesquisa ou desenvolvendo produtos e negócios.
Produção de Conteúdo: Anny Cassimira / Juliana Tito Fotografia: Faiara Assis Projeto Gráfico e Diagramação: Isabela Ferreira Revisão: Priscilla Maria Coordenação: Bianca Brentini Contato: comunicacao@ucb.br
A Universidade concentra seus esforços em iniciativas que incluem inovação, empreendedorismo e tecnologia. Para o futuro, a ideia é que os estudantes vivenciem metodologias ativas dentro de sala de aula e esse método seja replicado dentro da instituição em substituição às aulas convencionais. Nos tempos atuais, é importante ter uma visão empreendedora para obter o sucesso desejado. Para isso, é preciso ter um sistema de aprendizagem sem limites, com salas interativas e trabalhos em grupos, para que todo lugar dentro do Câmpus seja um espaço de ensino. Somente com um direcionamento do aprendizado adequado, sem uma relação hierárquica restrita entre professor e estudante, será possível desenvolver ideias e negócios inovadores. A Universidade se preocupa em valorizar o estudante e suas potencialidades indi-
Universidade Católica de Brasília (UCB) QS 7, lt 1 EPCT, Águas Claras - DF, CEP: 72030-170 Fone: (61)3356-9000 www.ucb.br /catolicadebrasilia @catolica @catolicadebrasilia /catolicadebrasilia 2 | MAIS UNIVERSIDADE
viduais, além de promover cada vez mais iniciativas tecnológicas para conectar o jovem ao mercado, o que valoriza sua formação. E esta edição da Revista Mais Universidade retrata as histórias inspiradoras de estudantes e egressos que souberam utilizar todas as possibilidades que apenas uma Universidade pode oferecer e estão deixando a marca de sucesso deles em suas carreiras profissionais. PROF. DR. GILBERTO GARCIA Reitor
índice Apresentação (4)
Escola de Educação, Tecnologia e Comunicação ▪▪ A trajetória do encontro profissional (6) ▪▪ 1,2,3, gravando! (7) ▪▪ Dos games para os estudos (9)
Escola de Exatas, Arquitetura e Meio Ambiente ▪▪ Engenharia para o exterior (10) ▪▪ Muito além dos números (12) ▪▪ Uma grande batalha (13)
Escola de Gestão e Negócios ▪▪ De paixão de criança a negócio de sucesso (14) ▪▪ A arte de empreender (16) ▪▪ Conhecimento sem fronteiras (17)
Escola de Humanidades e Direito ▪▪ Filosofia para a vida (18) ▪▪ A dedicação aos estudos como base para o futuro (20) ▪▪ Por uma cidadania plena (21)
Escola de Saúde e Medicina ▪▪ A importância do engajamento no ensino superior (22) ▪▪ A determinação na construção de uma carreira (24) ▪▪ A influência do esporte na formação pessoal e profissional (25)
APRESENTAÇÃO
4 | MAIS UNIVERSIDADE
APRESENTAÇÃO
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE BRASÍLIA
A
os 21 anos como universidade e 42 anos como instituição de ensino superior, a Universidade Católica de Brasília (UCB) oferece mais de 50 cursos de graduação presenciais e a distância
e qualifica profissionais em mais de 60 cursos de pós-graduação Latu Sensu, nove programas de mestrado e cinco programas de doutorado. Os programas e cursos de pós-graduação da UCB reúnem, anualmente, cerca de 150 projetos de pesquisa e aproximadamente 250 estudantes de iniciação científica e tecnológica. Com um total de aproximadamente 20 mil estudantes integrados numa estrutura física de mais de 600 mil m², cerca de 1.500 estudantes se formam todos os anos. A UCB é a única universidade particular do DF e a melhor universidade privada do Centro-Oeste, sendo considerada pelo Ranking Universitário da Folha (RUF) como a melhor universidade privada do Centro-Oeste e do Distrito Federal. A instituição possui também o título de 8ª melhor universidade privada do país e 4ª universidade privada em qualidade de pesquisa no Brasil. Nesses 21 anos de existência, a pós-graduação da UCB já alcançou o 4º lugar na área de pesquisa e o 5º lugar no quesito inovação entre as instituições privadas em todo o país, de acordo com o Ranking Universitário da Folha (RUF). A Católica foi pioneira na oferta de cursos a distância no Centro-Oeste nos níveis de ensino de graduação, pós-graduação Lato Sensu e extensão, em polos espalhados por quatro continentes. Desde a implantação dos primeiros cursos EAD, em 1997, e depois com a criação da Católica Virtual, em 2000, com ambiente on-line de educação, a UCB busca a cada dia aprimorar o conhe-
cimento dos estudantes, preparando-os para o mercado de trabalho. A Católica possui intercâmbio com instituições de diversos países da Europa e América Latina e está presente em mais de 27 estados brasileiros e em três continentes. Fomenta pesquisas para o desenvolvimento social e econômico da comunidade por meio de uma Agência de Inovação e Empreendedorismo. Além disso, é a única Instituição de Ensino Superior (IES) privada que conta com bolsistas remunerados pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid). Ampla produção científica, convênios com instituições no exterior e laboratórios de ponta fazem da pós-graduação da UCB referência no país. A instituição abriga, desde 2010, no Câmpus II, o maior centro de pesquisas em sequenciamento genético do Brasil, o Centro de Genômica de Alto Desempenho do Distrito Federal (Genômica-DF). Além de infraestrutura laboratorial, o Genômica-DF possui dois equipamentos únicos na América do Sul: o Genome Analyzer, da Illumina, e o 454 Titanium, da Roche, o que coloca a Universidade em um patamar de igualdade com os grandes centros tecnológicos no mundo. MAIS UNIVERSIDADE | 5
PERFIL | ISABELA CRISTINA
Escola de Educação, Tecnologia e Comunicação ▪▪CIÊNCIAS DA COMPUTAÇÃO ▪▪COMUNICAÇÃO SOCIAL JORNALISMO
A TRAJETÓRIA DO ENCONTRO PROFISSIONAL Conheça as diferentes escolhas que contribuíram para a estudante do curso de Pedagogia da UCB, Isabela Cristina Soares, se encontrar na profissão Por Juliana Tito
E
scolher a carreira profissional não é uma tarefa fácil. Para Isabela Cristina Almeida Soares esse foi um grande desafio.
Com 26 anos, em sua segunda graduação, a jovem enfim tem a
▪▪COMUNICAÇÃO SOCIAL PUBLICIDADE E PROPAGANDA
certeza de ter escolhido o caminho certo e se orgulha de todo
▪▪CST ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS
Universidade Católica.
▪▪CST EAD ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS
área escolhida para dar início a vida acadêmica foi Nutrição. Ao
▪▪CST EAD GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ▪▪CST EAD SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO ▪▪CST GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ▪▪CST REDES DE COMPUTADORES
o trajeto que percorreu para chegar ao curso de Pedagogia da Foram muitas as mudanças. Ao terminar o ensino médio, a conhecer o ambiente hospitalar, percebeu que não seria feliz com essa escolha e permaneceu apenas um semestre. Em seu primeiro ingresso na UCB, no ano de 2009, o curso eleito foi o de Comunicação Social, com Habilitação em Publicidade. “Após um semestre pensando no que eu queria, optei pela Comunicação e gostei muito. Cheguei a fazer parte da Matriz Comunicação, Empresa Júnior de Publicidade e Propaganda da Instituição. Lá eu desempenhei a função de diretora de arte e vice-presidente. Foi uma experiência inte-
▪▪EAD LETRAS
ressante, que me proporcionou muito aprendizado, não só
▪▪EAD PEDAGOGIA
com o trabalho executado, como também com a relação
▪▪LETRAS ▪▪PEDAGOGIA ▪▪PG DOUTORADO EDUCAÇÃO
com meus colegas”, destaca. Ao finalizar o curso em 2012, Isabela teve muitas dúvidas de como seria o próximo capítulo de sua vida. A certeza era de que gostaria de unir a Comunicação à Educação, porém um impasse
▪▪PG MESTRADO COMUNICAÇÃO
a acompanhou por muito tempo, pois não sabia se começava o
▪▪PG MESTRADO EDUCAÇÃO
mestrado ou se dava início a uma nova graduação. “A necessi-
▪▪PG MESTRADO GESTÃO DO CONHECIMENTO E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ▪▪PROGRAMA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES EAD - PROFORM ▪▪SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
dade de conhecer a área profundamente e seus teóricos me fez escolher a Pedagogia. Demorei a me decidir, mas acredito que quando encarar o mestrado estarei mais preparada por causa da escolha que fiz”. Empolgada por finalmente dar início à área que sempre admirou devido ao trabalho realizado pela mãe com Educação, no primeiro semestre já se candidatou para um trabalho em uma escola de educação infantil. “A principio a vaga era para auxiliar de professor, mas quando viram no meu currículo que eu tinha formação em
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ISABELA CRISTINA | PERFIL
Publicidade, resolveram me contratar como professora
teve início em setembro de 2012 e se configura desde
instrutora de crianças na faixa etária de cinco anos”.
então como um laboratório do curso, que possibilita a
Ao finalizar a experiência como professora, entrou
atividade prática para os estudantes e a vivência plena
para o grupo de pesquisa “A Pedagogia da Pre-
do aprender brincando, para as crianças que frequentam
sença, da Proximidade e da Partida na Formação”, no
o laboratório.
segundo semestre de 2015, em que permaneceu até
A mestranda em Educação na UCB, Camille Anjos de
abril. Com inúmeros acontecimentos em sua vida, teve que abdicar da pesquisa, para se dedicar ao curso e ao seu segundo estágio, realizado na Brinquedoteca Pedagógica da Instituição.
Oliveira Santos, é a supervisora do estágio na Brinquedoteca. A educadora ressalta que esse é um cenário para atuar de maneira educativa, sem as pressões rotineiras, o que torna o processo de ensino e aprendiza-
Foi na educação infantil que a estudante teve a certeza
gem mais saudável e prazeroso. “Isso faz com que as
do seguimento que quer focar na profissão e o está-
crianças queiram aprender e que os estudantes em for-
gio que participa atualmente na Católica serviu para
mação tenham vontade de planejar atividades lúdicas e
fortalecer a sua decisão. “Acompanhamos de perto o desenvolvimento das crianças, valorizando a questão da oral, escrita e outras atividades, por meio de uma atuação pedagógica. Fico muito feliz em ver que fiz a escolha certa, optando por uma segunda graduação nesse momento, pois quando der início ao mestrado
ensinar de maneira diferenciada”. Para a professora, o sentimento em relação ao trabalho realizado é de orgulho. “Com este laboratório podemos fazer com que os estudantes percebam que existem outras maneiras de ensinar, que culminam em
terei maior embasamento para desenvolver minha
resultados positivos e satisfatórios, no que diz respeito
pesquisa sobre a relação das novas tecnologias na
à aprendizagem significativa. Neste espaço as crianças
influência do aprendizado infantil”.
vivenciam momentos prazerosos de aprendizagem e isso se torna evidente na vontade que elas demons-
Brinquedoteca Pedagógica
tram em permanecer no espaço. Este laboratório foi crescendo gradativamente e hoje percebemos o
O espaço foi uma inciativa do curso de Pedagogia, moti-
impacto que ele tem na formação de diversos estu-
vada pela proposta de alguns estudantes em conseguir
dantes da Instituição e no desenvolvimento das crianças
um espaço para prática pedagógica. A Brinquedoteca
que são atendidas nele”.
MAIS UNIVERSIDADE | 7
PERFIL | BRUNA CAROLLI
1, 2, 3, GRAVANDO! Conheça a trajetória da egressa Bruna Carolli, que descobriu com o audiovisual a magia da reprodução de um mundo por meio das câmeras Por Juliana Tito
A
ntes de ser conhecida no mercado audiovisual como Bruna Carolli, a egressa do curso de Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, da Universidade Católica, era Bruna Cardoso de Oliveira. Uma jovem comunicativa, que aos 7 anos teve seu contato inicial com o cenário da Instituição a qual vivenciou diferentes etapas da vida e construiu relações sólidas. Take 1 – A escolha Em 1995, Bruna, ainda Cardoso de Oliveira, ingressou na 1ª série do ensino fundamental do Centro Educacional Católica de Brasília (CECB). “Vim de uma escola muito pequena, então nos primeiros dias a mudança foi um susto, porque o CECB é enorme, com muita gente, um ambiente completamente diferente. Mas eu sempre fui muito falante e fácil de fazer amizade, e isso colaborou para a minha adaptação”, conta. Talvez pela ligação que sempre teve com o esporte, muitos esperavam que o curso superior a ser escolhido fosse Educação Física, mas o lado comunicativa, dedicada à leitura e à escrita falou mais alto. Em 2006, incentivada pela mãe, prestou vestibular para Comunicação Social, na Universidade Católica, dando continuidade a sua formação no cenário que já a acompanhava há anos. Take 2 – O encontro No início não tinha noção da dimensão da área que escolheu e até pensava em escrever para jornal impresso. A essa altura audiovisual ainda era um simples desconhecido. Filmes só os da sessão da tarde. Mas no meio do caminho surgiu um estágio na
Revista Diálogos da UCB, o que totalmente por conta do acaso a levou ao Centro de Rádio e de Televisão (CRTV), laboratório de práticas para os cursos de Comunicação da Instituição, e foi amor à primeira vista. “Eu fui ao cinema pela primeira vez aos 14 anos. Conhecia pouquíssimos filmes, não tinha essa cultura de saber os processos de uma produção cinematográfica, grandes diretores, grandes clássicos. Quando entrei no CRTV pela primeira vez eu pensei: Meu deus! O que é isso aqui? Fiquei encantada e fui muito bem acolhida. Foi com os professores e funcionários do laboratório que fui descobrindo o que era o audiovisual. Desde o primeiro contato com essa vertente, eu já decidi que essa seria a área que eu me aprofundaria e teria como profissão”. Take 3 – O reencontro Com o desenvolvimento intenso pelo qual passou ao ingressar na vida acadêmica veio o amadurecimento e a transformação de Bruna Cardoso de Oliveira para Bruna Carolli. No iníciou da graduação, na tentativa de criar um email que soasse profissional, a egressa utilizou as iniciais de Cardoso e Oliveira, passando a assinar profissionalmente como Bruna Carolli. Em 2009, já como Carolli, começou a estagiar em uma produtora de cinema, oportunidade que a levou a conhecer várias formas de trabalhar com cinema, inclusive captação de recursos, com um edital do GDF que ganhou e teve a chance de rodar o seu primeiro curta. Como já trabalhava na área e vivenciava a prática diariamente, optou por um artigo no trabalho de conclusão de curso, o que despertou seu interesse por pesquisa e resultou na realização do mestrado, que teve como tema: A Comunicação do Sensível: um estudo sobre o corpo, o princípio feminino e o afeto. A conexão com a área acadêmica foi tão intensa que o doutorado também está a caminho. “Com a pesquisa é como se eu estivesse dando a minha opinião de fato, me faz sentir cada vez mais autônoma na minha forma de pensar”. Dos 7 aos 28 anos, a Católica foi um cenário bastante presente no desenvolvimento profissional e pessoal da egressa. “Passei da 1ª série do ensino fundamental até o mestrado aqui. Para mim a Católica é um ambiente em que eu pude maturar vários sonhos. Foi de fato um local de aprendizado e descobertas, onde descobri a pessoa que sou hoje. Sou muito grata por tudo que vivi, aprendi e por todos que conheci aqui”.
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FELIPE CAMARGOS | PERFIL
DOS GAMES PARA OS ESTUDOS
Felipe Camargos trocou o curso de Sistemas de Informação em uma instituição de ensino federal para ingressar na Católica. O estudante que passou a infância vidrado em jogos de computador, hoje, pretende programar games Por Anny Cassimira
D
e espírito engajado, aos 27 anos de idade, o estudante de Sistemas de Informação, Felipe Camargos, passa uma imagem de confiança em sala de aula. Ele já foi monitor da disciplina de Programação e representante de turma. Entre a paixão pelo esporte e pelos games, surgiu uma profissão: programador. Após ingressar na Universidade Federal de Viçosa (UFV), no estado de Minas Gerais (MG), ele se viu forçado a abandonar o curso quando percebeu que não conseguiria concluir com qualidade as matérias na instituição devido às recorrentes greves. Em 2013, ele conseguiu uma Bolsa Integral pelo Programa Universidade Para Todos (ProUni) para ingressar na Universidade Católica de Brasília (UCB) no curso de Sistemas de Informação. “Sempre tentei entrar na PUC-Minas (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais), em Belo Horizonte (BH), mas decidi me mudar para Brasília”. Natural do município de Luz, localizado no interior do estado de Minas Gerais (MG), o estudante do 7º semestre de Sistemas de Informação mora em Brasília há quatro anos com a esposa. Em busca do seu sonho de concluir o curso numa instituição conceituada, ele viu na capital federal a chance de, além de estudar, ter boas oportunidades de experiência profissional. “É importante agregar conhecimento, tanto da análise de sistemas, como da programação, para ser um profissional mais completo”, frisou.
técnicos com alto nível de precisão, que atua há 25 anos nas áreas de engenharia de infraestrutura e edificações, urbanismo, entre outras. “Antes de desenvolvermos um programa, precisamos nos informar. Por meio da computação, é possível saber, por exemplo, se uma árvore está crescendo e, em quanto tempo, ela pode causar um curto na rede elétrica, prevenindo riscos e reduzindo prejuízos”. No dia a dia, ele reúne informações de mapas de cidades e dados de levantamento dos pesquisadores para disponibilizar esses materiais coletados num sistema web. Por meio de um aplicativo, é possível produzir estatísticas para o GDF (Governo do Distrito Federal), que está analisando lotes e casas da região para mudanças no IPTU (Imposto Territorial e Predial Urbano) e mapeando setores de grilagem de terra. “Os técnicos utilizam o sistema nas visitas em campo para anexar fotos de fachada do prédio, fazer a medição e analisar a estrutura do terreno”, explicou. Depois de formado, o estudante tem como meta trabalhar numa empresa de games fora do Brasil. “Estou me qualificando no idioma inglês para concorrer a uma vaga em uma das maiores editoras e produtoras de jogos de computador e de videojogos americana, a Blizzard Entertainment”, concluiu.
Entre programação e games Inspirado pelo pai, aos 14 anos de idade, o estudante resolveu montar e configurar o próprio computador. Quatro anos depois, Felipe já dava aulas como voluntário sobre noções básicas de informática para crianças de escolas públicas. “Como meu pai trabalhava com instrumentos musicais que utilizavam um microcomputador, peguei as peças que precisava, como placa e monitor. Depois, aprendi a formatar e instalar redes de computadores e, a partir daí, surgiu a paixão pelos jogos em rede. Passava madrugadas inteiras jogando”. Atualmente, trabalha como programador na empresa Topocart, especializada na elaboração de estudos e projetos
MAIS UNIVERSIDADE | 9
PERFIL | TIAGO SILVA
ENGENHARIA PARA O EXTERIOR O egresso do curso de Engenharia Civil, Tiago Silva, fez parte do grupo que passou uma temporada nos Estados Unidos pelo Ciência sem Fronteiras. Por dois semestres, ele foi o único estudante de engenharia de uma universidade privada a ingressar no programa. Por Anny Cassimira
Escola de Exatas, Arquitetura e Meio Ambiente ▪▪ARQUITETURA E URBANISMO ▪▪CIÊNCIAS BIOLÓGICAS ▪▪ENGENHARIA AMBIENTAL ▪▪ENGENHARIA CIVIL ▪▪FÍSICA ▪▪MATEMÁTICA ▪▪QUÍMICA
E
ntre diversos estudantes de universidades federais renomadas do país, Tiago Silva foi o único estudante de engenharia civil de uma universidade privada selecionado naquele ano pelo programa Ciência sem Fronteiras. O egresso da primeira turma do curso de Engenharia Civil, criado em 2010, Tiago Silva viajou pelo programa do governo federal e passou um ano e três meses no Instituto de Tecnologia Rose-Hulman, em Indiana, nos Estados Unidos (EUA). Com duração de 10 semestres, o curso envolve física, matemática e até química. Um engenheiro tem que estar disposto a atuar com projetos de estruturas, cálculo e desenho, gerenciamento de obras, estudos de solos, fundações, recursos hídricos ou seguir para a área acadêmica, que foi o caso do brasiliense. Hoje, o jovem se define como um engenheiro científico focado na área de pesquisa e na docência. “Quero dar aulas e criar novas formas e métodos de fazer as coisas. Estou mais focado em pesquisar, participar de congressos e publicar do que em projetar estruturas, mas nunca abandonei a engenharia tradicional, por isso, presto consultoria para empresas. Gosto de projetar revendo detalhes de cálculos para garantir que aquela construção não vai desmoronar, por exemplo”. A experiência no exterior lhe rendeu dois diplomas, um da Católica e outro do Instituto Rose-Hulman, além de uma parceria com um engenheiro francês, que conheceu durante os estudos fora e de quem recebe indicações de trabalho em consultoria para a empresa de engenharia Schlumberger, a maior empresa prestadora de serviços de petróleo do mundo, sediada em Paris, na França. Aos 25 anos, o brasiliense já ingressou no programa de mestrado, na área de Estruturas e Construção Civil, na Universidade de Brasília (UnB), e está participando de um processo seletivo para concorrer a uma bolsa de doutorado fora do Brasil, na área de Estruturas, na Universidade do Texas, nos EUA, ou na Universidade Imperial de Londres, na Inglaterra. O PhD, como é chamado o título de doutorado no exterior, representa a última etapa do sistema educacional. Em todo caso, também consta nos planos de Tiago continuar os estudos na própria UnB. Engenharia sem fronteiras A experiência de participar do programa Ciência sem Fronteiras trouxe ao estudante uma noção ampla do ambiente universitário.
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TIAGO SILVA | PERFIL
“O processo para ingressar no programa inclui uma série de etapas, como inscrição e preenchimento de formulários, entrevistas no consulado americano no Brasil, Teste de Inglês como uma Língua Estrangeira (TOEFL), que é requerido para ingresso numa universidade em que o inglês é a primeira língua e tem validade por apenas dois anos, e todo o procedimento para conseguir o visto americano de estudante”.
Na rotina de trabalho, ele coleciona experiências em obras,
Segundo ele, é preciso desmistificar a ideia de que uma instituição dentro do país não pode competir em qualidade. “A UCB estava no mesmo nível de ensino que as outras instituições federais, inclusive do instituto americano, que é uma das melhores universidades dos EUA. Lá, você vive dentro do Câmpus. Com aulas todos os dias de, no máximo, uma hora de duração, inclusive aos finais de semana, e exercícios para casa. Além disso, tem integração com os professores e usufrui de laboratórios e salas de aulas equipados”.
desenvolveu habilidade com cálculos e caminhava para a
Tiago contou ainda que levou uma bagagem de conhecimentos da Universidade Católica. “Você começa o curso de onde parou no país de origem. Ao analisarem minha grade curricular das matérias cursadas na Católica, aproximadamente 90% pude ter aproveitamento. A maior parte eram matérias que ia cursar nos próximos semestres. Quando retornei ao Brasil, era como se estivesse no penúltimo semestre. Então, não foi perda de tempo”, avaliou.
escritórios de empresas tradicionais americanas com mais de 100 anos de existência. No campo da ciência, iniciou projetos e publicou artigos baseados em testes de pesquisas. Uma carreira passa pela Universidade Na infância desenhista e bom aluno na escola, logo, Tiago área de exatas. Filho primogênito de pais bancários, a mãe pensou em arquitetura, o pai pensava que ele deveria seguir um caminho livre e sem pressões e o irmão mais novo foi cursar Biomedicina na UCB. Por ter afinidade com aulas de física e matemática, ele resolveu optar pela engenharia. Na hora de escolher uma instituição de ensino, a opção por uma universidade em um ambiente católico falou mais alto. No ambiente acadêmico, ele destaca que venceu o desafio que a disciplina de Teoria das Estruturas representou dobrando o tempo de estudos. “O estudante tem de estar disposto a estudar muito, pois as portas se abrem quando você é um profissional melhor. Ao longo do tempo, percebi que é a caminhada que faz a diferença: você pode ter o pior começo, mas, se você se dedicar, uma hora acontece”.
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PERFIL | DANNYEL MOISES
MUITO ALÉM DOS NÚMEROS Com uma visão diferenciada da Matemática, o estudante Dannyel Moises Costa e Silva trabalha a humanidade dos cálculos mais complexos e transforma em poesia Por Juliana Tito
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paixonado pela área desde a infância, Dannyel Moises Costa e Silva encontra justificativas matemáticas para
Brasília (UnB), onde participaram estudantes, mestres e
inúmeros aspectos da vida, dentre eles, a música. E a arte
tífica e aprovação no mestrado da UnB ainda durante a
está bastante presente na vida desse jovem, que ainda as-
graduação fazem parte do leque de alguns triunfos que
socia a poesia à dimensão numérica presente em tudo o que nos rodeia, com maior ou menor complexidade. Foi no ensino médio que passou a compreender os algarismos com um olhar mais filosófico. Aos 14 anos, na escola em que estudava, teve seu primeiro emprego como professor de violão. “Acredito que essa experiência colaborou muito com o meu desenvolvimento e com a visão que tenho hoje. Tocar trabalha além da parte motora, a lógica dos acordes, que é totalmente matemática”, conta. Dannyel ingressou no curso em 2014 e considera a Instituição sua casa intelectual. Estudo e dedicação acompanham a rotina do estudante que destaca além da forma-
doutores; participação em programas de iniciação cien-
já obteve. No momento Dannyel é bolsista do PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica) e pesquisador do PICME (Programa de Iniciação Científica e Mestrado) – o qual trabalha com Topologia, que também é o tema escolhido para o projeto de conclusão de curso, que está em andamento, e para o ingresso no mestrado, com enfoques diferentes. “Eu me identifico muito com Análise Matemática e escolhi Topologia por isso. Dentro dessa área nós analisamos as funções, como funcionam e como se comportam. É fascinante”.
ção que obtém, a relação que mantém com estudantes e
Admirador de matemáticos de destaque na história, o
professores. “A importância da Católica vai muito além do
sonho é se tornar um grande pesquisador. O caminho para
que eu aprendi como futuro matemático. Tem a ver com
concretizar seus objetivos é exercitado diariamente. Não só
o que eu aprendi com as pessoas. Essa parte humana eu
com estudos científicos, como com o hábito da escrita, em
vou levar pra vida inteira, destaca”.
que faz artigos sobre a área, levando com leveza o apren-
Aos 20 anos, o jovem acumula conquistas. Medalhista na
dizado e interesse daqueles que enxergam com complexi-
Olímpiada Brasileira de Matemática das Escolas Públi-
dade o que ele vê como poesia. Assim o futuro matemá-
cas (OBMEP); aprovação em universidades federais; nota
tico preenche o caminho de sua história, que certamente
Máxima e Louvor no curso de Verão da Universidade de
terá um longo percurso de realizações pela frente!
12 | MAIS UNIVERSIDADE
EDJANE LEÃO | PERFIL
UMA GRANDE BATALHA Formada pelo curso de Ciências Biológicas da UCB, Edjane Leão é a prova de que com muita dedicação e um sorriso estampado no rosto se conquista muitas vitórias Por Juliana Tito
E
studar sempre foi uma paixão na vida de Edjane Leão e
professores começavam a falar termos específicos da área
foi por meio de muita dedicação ao estudo que conse-
eu ficava desesperada, porque minha base foi muito fraca,
guiu transformar sua realidade. De origem humilde, foram
mesmo me dedicando muito. Então pela manhã eu ia para
muitas as dificuldades que a família passou, porém a dis-
a aula e passava todo o período da tarde na biblioteca. Eu
posição de ir atrás dos seus sonhos sempre falou mais alto.
devorei os livros com tanta vontade, que com três meses eu
Desde criança via o aprendizado como algo mágico. Aos
tinha total domínio da área”.
11 anos, parou de estudar pela primeira vez para traba-
Engajada com projetos e pesquisas durante a graduação,
lhar e ajudar nas contas de casa. Aos 15, retornou aos
definitivamente foi uma estudante de destaque. Em 2012,
estudos e assim continuaram as idas e vindas à escola,
ao finalizar o curso, começou a se dedicar a novos desafios.
até finalizar o ensino médio aos 20 anos. “Toda vez que
Após mais alguns anos focada ao estudo, passou no con-
eu passava pela frente da Católica quando ia trabalhar
curso da Secretária de Educação e iniciou oficialmente sua
imaginava o dia que eu conseguiria começar a minha vida
vida como professora no Centro Educacional Vargem Bonita.
acadêmica na Instituição”, ressalta.
“Nessa época fui convidada para organizar a feira de ciências
Em 2003, aos 23 anos, deu um passo que seria responsável
da escola. Incentivei os estudantes a trazer inovações, com
pela concretização de um grande sonho, mas ela nem
ideias de sustentabilidade e tecnologia. O resultado foi tão
imaginava ao aceitar a proposta. “Fui trabalhar em uma
positivo que participamos da feira regional e nacional. Em
escola. Comecei como secretária, mas acabei fazendo
ambas ficamos em primeiro lugar com a produção de um
de tudo um pouco, fui pedagoga, professora substi-
microscópio artesanal. Foi um trabalho muito gratificante”.
tuta, ensinei música e informática. Essa experiência me
Com uma metodologia alegre e descontraída, hoje, Edjane
fez entender que era hora de buscar o que eu realmente queria. Abri meu coração para a direção que me apoiou totalmente, fizemos um acordo e com o dinheiro da rescisão consegui dar início a tão esperada graduação”.
leciona no Centro de Ensino Fundamental Tele Brasília (CETELB) e tem como objetivo estimular a autoestima dos jovens e fazer com que entendam a sua importância na transformação do mundo. “O conhecimento abre portas e
A preparação para o Enem foi intensa e com uma ótima nota
a mente. As maiores mudanças são adquiridas com muito
Edjane ingressou no curso de Ciências Biológicas da UCB. O
trabalho e esforço. Se cada um fizer sua parte e amar o que
início não foi fácil, mas nada a fez desanimar. “Quando os
faz, com certeza isso refletirá na melhoria da sociedade”. MAIS UNIVERSIDADE | 13
PERFIL | MARIANA PEREIRA
DE PAIXÃO DE CRIANÇA A NEGÓCIO DE SUCESSO Conheça a história da egressa Mariana Pereira e saiba como ela revolucionou o mercado de pipocas no Distrito Federal
Escola de Gestão e Negócios ▪▪ADMINISTRAÇÃO ▪▪CIÊNCIAS CONTÁBEIS ▪▪CIÊNCIAS ECONÔMICAS ▪▪CST EAD GESTÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR ▪▪CST EAD GESTÃO DO TURISMO ▪▪CST EAD GESTÃO FINANCEIRA ▪▪CST EAD RECURSOS HUMANOS ▪▪CST GASTRONOMIA ▪▪CST GESTÃO AMBIENTAL ▪▪CST GESTÃO PÚBLICA ▪▪CST LOGÍSTICA
Por Juliana Tito
E
gressa da turma de 2012 do curso de Administração da Universidade Católica de Brasília, Mariana Rodrigues Pereira passou por muitas mudanças em diferentes setores da vida até desenvolver a Tribeca NY, projeto que trouxe além de satisfação profissional, uma transformação no mercado de pipocas e na utilização dos seus produtos, que vão dos eventos mais simples aos mais sofisticados. Nascida na cidade de Barreiras, localizada no interior da Bahia, onde cresceu com os pais e a irmã mais nova, Mariana decidiu mudar-se para Goiânia, ao terminar o ensino médio, pois na época não existiam muitas opções de instituições de ensino superior em sua cidade. Após um ano se preparando para prestar vestibular, ingressou no curso de Relações Internacionais da UCB e passou a viver em Brasília. Ainda no primeiro semestre, percebeu que tinha mais interesse nas matérias de administração que faziam parte do curso, do que as de Relações Internacionais em si. “Foi nesse momento que entendi que eu precisava mudar de área. Essa foi uma das decisões mais importantes que tomei na vida, pois percebi o quanto tenho afinidade com a administração e que essa, sem dúvidas, foi uma das questões determinantes para a minha realização profissional”, relata.
▪▪EAD ADMINISTRAÇÃO
Veia empreendedora
▪▪EAD CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Inquieta, como ela mesma se descreve, desde criança Mariana sempre foi comunicativa e cheia de ideias. “Ainda na época da escola eu já pensava como ganhar dinheiro. Uma vez eu quis muito ir para um intercolegial em Goiás, eu ainda morava em Barreiras e minha mãe disse que não pagaria pela viagem. Então, eu resolvi vender balas na escola e com o dinheiro pude pagar. Definitivamente não nasci para ficar parada. Sempre tive como inspiração a minha mãe, que trabalhou muito e conseguiu ter sua empresa”.
▪▪PG DOUTORADO ECONOMIA ▪▪PG MESTRADO ECONOMIA ▪▪RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Com o passar dos anos, a jovem continuou em busca de ideias inovadoras. Durante o trabalho de conclusão de curso mergulhou num estudo sobre empreendedorismo, o que contribuiu ainda mais para seu lado profissional. Mesmo formada não perdeu o vínculo com a Instituição. Em 2015, ao participar de um evento de abertura de semestre, teve a oportunidade de apresentar seu projeto para a escritora, empreendedora e fundadora da FazINOVA, Bel Pesce, que elogiou sua iniciativa. 14 | MAIS UNIVERSIDADE
MARIANA PEREIRA | PERFIL
Tribeca NY Foram inúmeras ideias até chegar à pipoca gourmet como seu produto e várias tentativas para a fórmula perfeita. Apaixonada por pipoca desde a infância, Mariana se encantou com a variedade do produto em uma viagem que fez a Disney, assim descobrindo com o que gostaria de trabalhar, porém com um objetivo: conseguir formular receitas mais saborosas e sem utilizar os aditivos químicos bastante encontrados nas receitas para viabilizar a obtenção de cores e sabores marcantes. A partir daí, a então estudante começou a testar receitas e pesquisar profundamente como dar vida ao seu produto. Desafios não faltaram pelo caminho, principalmente diante da dificuldade das pessoas levarem a sério o seu projeto. “Como não tinha nada parecido no mercado, eu tive que sofrer muito para explicar o que eu realmente queria fazer, até passarem a acreditar em mim. Minha intenção era criar uma pipoca, que para muitos é comum, de uma forma diferenciada e sofisticada, que atendesse os diferentes paladares e tipos de eventos”. Além de qualidade, o negócio precisava de um nome de impacto. “Tribeca é um bairro de Nova Iorque, que no passado era muito pobre e hoje é um dos metros mais caros do mundo. Na busca de algo que não fosse óbvio, eu queria um nome que não remetesse a pipoca e sim ao meu produto, assim cheguei ao Tribeca NY. Hoje, as pessoas chegam à minha loja e pedem Tribeca, não pipoca”, comemora a consagração do seu produto.
Hoje, com mais de 30 sabores, entre opções doces e salgadas, o empreendimento possui mais de 150 pedidos de franquia em vários estados do país, que serão analisados ainda esse ano. Atualmente, são 7 pontos de venda, espalhados pelo Distrito Federal, Goiás e Bahia. Estímulo A empresária ressalta que ainda está aprendendo com a vida, mas se pudesse aconselhar outros jovens que sonham em um dia ter seu próprio negócio, diria para não temerem. “Eu sempre falo para as pessoas terem coragem. Não é ser irresponsável, mas é não ter medo de ousar. Se você acredita na sua ideia, criou um plano de negócio, avaliou os riscos e possíveis resultados, não tenha medo de investir no seu sonho, com crise ou sem crise, a hora é agora”. Mariana ainda destaca o sentimento em relação à Instituição pela qual se formou. “As pessoas falam que para abrir um negócio não precisa estudar, mas precisa sim, e muito. Foi o amadurecimento, além do aprendizado, que tive aqui que me trouxeram onde estou. É preciso aproveitar e vivenciar ao máximo a graduação. Pois no futuro, com certeza, irá gerar resultados positivos na construção do profissional que você será”.
MAIS UNIVERSIDADE | 15
PERFIL | PEDRO HENRIQUE
A ARTE DE EMPREENDER Duas empresas e uma premiação nacional: esses são apenas os primeiros frutos da dedicação do estudante do curso de Administração, Pedro Henrique Dias, em sua trajetória na UCB Por Juliana Tito
A
nalisar situações, fazer escolhas, ter um fluxo constante de ideias, acertar, errar, ousar e inovar faz parte da rotina de um empreendedor. Assim é a vida do estudante do curso de Administração da Universidade Católica, Pedro Henrique Dias, que ao descobrir a área que escolheu como profissão está sempre em busca de novos desafios. Como muitos jovens, ao finalizar o ensino médio, Pedro encontrou-se em dúvida de qual curso de graduação fazer. Ao participar de um desafio da escola em que estudava, o qual levou o segundo lugar em uma simulação plenária, acreditou que Ciência Política era sua escolha correta. O que durou apenas seis meses, pois no segundo semestre de 2013 ele mudou para o curso de Administração da UCB. Sempre envolvido com esportes e admirador dos familiares que trabalhavam com gestão, o estudante então resolveu unir suas afinidades e focar em administração esportiva. “No 3º semestre do curso tivemos que criar um plano de negócio completo de uma empresa para uma disciplina. Até então eu não tinha ideia de como isso funcionava, levamos o projeto tão a sério que ao finalizarmos demos vida à Funcional Fit, uma academia voltada para exercícios da terceira idade e reabilitação de lesões”, conta. Após um ano de dedicação, Pedro percebeu que já havia contribuído com tudo o que podia para o desenvolvimento do empreendimento e resolveu vender a sua parte para se dedicar a um novo projeto. “Eu vi que precisava me voltar para algo novo. No final de 2015, decidi sair da Funcional Fit para me dedicar a C4 Esportes, uma empresa responsável por eventos esportivos, que estamos trabalhando arduamente para seu lançamento no segundo semestre”. Dentre os maiores aprendizados que teve, o jovem destaca sua participação no Desafio Universitário Empreendedor do Sebrae 2015, em que fez parte da equipe Cerrado Pensante, conquistando o primeiro lugar na competição. Com a ideia de negócio de criar um filtro automotivo separador de poluentes, o grupo superou 104 universitários finalistas de todo o país, contemplados com prêmios e uma viagem ao Japão para conhecer os centros referências em inovação e empreendedorismo.
16 | MAIS UNIVERSIDADE
“O apoio oferecido pela UCB fez total diferença no meu desenvolvimento e dos projetos em que me envolvi. Aos poucos pude entender o sentido de levar a vivência que eu tenho na sala de aula para fora dela, como também de me dedicar a sempre dar o meu melhor. Os trabalhos que os professores nos passam podem se tornar projetos reais. E eu falo isso por experiência própria. Grandes instituições nasceram de ideias dentro de uma universidade. A graduação não é apenas uma fornecedora de diploma, é um palco para nos dedicarmos e fazermos a diferença no meio em que estamos inseridos”, ressalta. Futuro Em meio aos planos para o futuro, o estudante pretende realizar um intercâmbio de seis meses ao finalizar o curso, devido à importância da vivência internacional na formação, não só profissional, como pessoal. E como não faltam ideias na cabeça desse jovem antenado, a empresa que está prestes a nascer será totalmente virtual, podendo assim, ser comandada de qualquer lugar do mundo em que ele pretenda estar. Sempre em busca de desafios, que já proporcionaram resultados surpreendentes num caminho que está apenas no início, Pedro deixa quatro verbos que fazem parte de ideias de sucesso e que devem sempre ser conjugados: ousar, criar, errar e acertar.
VINICIUS SOUSA | PERFIL
CONHECIMENTO SEM FRONTEIRAS Recém-formado em Relações Internacionais pela Católica, Vinicius Sousa dos Santos trilha um caminho de grandes conquistas que, com certeza, é só o início de uma carreira de sucesso Por Juliana Tito
C
om 21 anos e o diploma do curso de Relações Internacionais em mãos, Vinicius Sousa dos Santos tem uma trajetória a ser admirada. Inteiramente envolvido com a Instituição durante a graduação, o jovem aproveitou ao máximo todas as oportunidades que surgiram pelo caminho. Nascido em Imperatriz, no Maranhão, Vinicius mudou-se para Brasília em 2012, aos 17 anos, para dar início à vida acadêmica. Com o apoio dos pais que o acompanharam nos primeiros meses, logo se ambientou e fez da Instituição seu lar. “Como eu não tinha laços com Brasília, a UCB acabou se tornando minha casa, até porque eu praticamente não saia daqui”. Sempre ligado às atividades que o curso proporcionou, o egresso considera seu aproveitamento extremamente positivo. Ainda no primeiro semestre entrou para a CONEX, Empresa Júnior de Consultoria em Negócios Exteriores da Católica, onde permaneceu por um ano e meio. “Na época eu tinha muito interesse na área de comércio exterior, apesar de com o tempo a minha preferência ter migrado para outros seguimentos, essa experiência colaborou com meu amadurecimento e preparação para o mercado de trabalho”. No ano de 2013, começou a engajar-se com projetos de extensão, por meio do PFNI (Projeto de Pesquisa em Programas de Fomento dos Negócios Internacionais no DF e entorno), mesmo ano em que embarcou em uma das vivências que mais colaborou com seu desenvolvimento: a mobilidade institucional em Lisboa, na Universidade Católica Portuguesa. “O intercâmbio foi essencial para descobrir o que eu realmente queria seguir na profissão. Além de todo o conhecimento acadêmico, pude conhecer outros países e conviver com pessoas de outras nacionalidades”.
Ao retornar ao Brasil, em 2014, participou como membro e diretor do Núcleo de Pesquisa United States Studies Program (USSP), vinculado ao projeto Esquina da Ciência, uma parceria entre a UCB e a Embaixada dos Estados Unidos, que visa fortalecer a cooperação entre Brasil e EUA em diferentes campos. Por meio do USSP desenvolveu artigos científicos, além de participar de atividades fora do Câmpus em órgãos oficiais, que proporcionaram o contato com especialistas renomados da área. Em 2015, teve a chance de participar do evento Association 56th Annual Convention, em New Orleans, nos Estados Unidos, o qual apresentou um artigo feito em parceria com Thaís de Castro, colega de curso na época, e com o professor e assessor de Relações Internacionais da UCB, Creomar de Souza, sobre economia político-ambiental dos BRIC’S (agrupamento que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Vida após graduação Com a graduação em 2016 veio a chance de trabalhar na sede da União Europeia. Cursando pós-graduação em Relações Internacionais, o jovem que é fluente em inglês e francês tem focado nos estudos para aprimorar seu espanhol. Dentre os planos em curto prazo estão o mestrado e o doutorado em uma universidade brasileira ou estrangeira, continuar na área de pesquisa, a qual no momento exercita por meio do Observatório Brasil e o Sul (OBS), como pesquisador assistente. Em longo prazo, lecionar está entre as opções. Metódico, concentrado e focado em seus objetivos como descreve-se, sem dúvidas, esses planos e muitos outros serão concretizados!
MAIS UNIVERSIDADE | 17
PERFIL | RODRIGO AMORIM
FILOSOFIA PARA A VIDA Caracterizado de filósofo do jardim Epicuro, é assim que o egresso da Universidade Católica, Rodrigo Amorim, brinca com o jeito de ensinar filosofia para crianças e jovens. Para ele, a docência pode ser contextualizada e simplificada sem perder sua essência Por Anny Cassimira
O
professor de filosofia do ensino fundamental da rede privada, Rodrigo Amorim, 28 anos, iniciou a vida acadêmica no curso de
Direito. Após três semestres de questionamentos e reflexões, mesmo sem o apoio da família, resolveu mudar drasticamente de área para a filosofia. Depois de passar seis anos na Universidade Católica de Brasília
Escola de Humanidades e Direito
(UCB), Rodrigo acredita que a simplicidade unida ao altruísmo forma o
▪▪CST EAD SEGURANÇA PÚBLICA
tato em projetos”, ressaltou.
▪▪DIREITO
A história do professor começou no extinto curso preparatório que exis-
▪▪EAD FILOSOFIA
Instituição. Ele foi estudante do cursinho, professor voluntário e profes-
▪▪FILOSOFIA ▪▪PG MESTRADO DIREITO ▪▪SERVIÇO SOCIAL
extraordinário, ou seja, é preciso ser simples independente das circunstâncias ou das condições. Para ele, foi o próprio direito que mudou sua opinião por meio da disciplina de filosofia e lógica jurídica. “Apesar do direito ter origem na filosofia, devido às justiças distributiva e computativa e aos livros aristotélicos, ele é fechado, linear e possui apenas aplicação. Eu queria ir para um curso hermenêutico de interpretação. Enquanto as aulas no direito eram mais expositivas em sala, na filosofia tínhamos mais con-
tia na Universidade Católica e passou pelo programa de Bolsa Social da sor contratado do projeto, além de ter conseguido uma bolsa de estudos. “Graças ao curso passei no vestibular para o curso de Direito e de filosofia. Neste tempo, adquiri o conhecimento necessário para ensinar e o curso preparatório foi meu primeiro emprego. Hoje, quero voltar à UCB para lecionar”, comemorou. De origem simples, na infância, Rodrigo fabricava seus próprios brinquedos, pois sua mãe trabalhava diariamente fazendo faxinas para sustentar os filhos e havia concluído apenas a educação básica. Sem a presença constante dos pais em casa, ele não teve influências para a leitura. No tempo de escola, o brasiliense, morador da cidade-satélite de Recanto das Emas, sempre teve preferência por aulas expositivas, com debates que abriam espaço para opiniões, e a cada dia o gosto pelos livros foi surgindo. “Meus pais eram separados e minha mãe me cobrava estudo, mas não tinha condições de comprar os livros. Só no ensino médio que comecei a ter mais autonomia e fazer minhas próprias escolhas e me inclinei para o estudo da filosofia. Finalmente, foi na Universidade que ampliei minha visão: me tornei um estudante e um pesquisador de fato”. Ele aproveitou o período dentro da Universidade para estudar disciplinas diferenciadas de diversos cursos com o objetivo de complementar sua graduação. “Cursei matérias de educação, direito, psicologia, pedagogia,
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RODRIGO AMORIM | PERFIL
comunicação interpessoal, entre outras, para ter uma visão de
os estudos. Agora, quero dar aulas no ensino superior para
mundo e um aporte teórico maior. Em sua ingenuidade, minha
apresentar conteúdos mais complexos e profundos, e realizar
mãe pensava que filósofos não faziam nada, apenas ficavam
debates de ideias e textos”.
pensando com a mão no queixo. Para ela e toda a família, eu deveria ser um doutor para ter uma boa carreira como magistrado. Saí de uma área (Direito) que poderia me impulsionar para altos cargos para fazer o que gosto, que é a docência”.
A filosofia de um jeito simples Como professor de filosofia do ensino fundamental, Rodrigo se caracteriza de filósofo do jardim Epicuro durante as aulas. De
Na visão do Rodrigo, a filosofia é uma carreira difícil por não
acordo com a visão de Paulo Freire, ele acredita que o professor
ter reconhecimento nacional e nem global. “O Estado não vê a
deve ser um “animador”. “Tenho um jeito engraçado de ensinar
importância de um raciocínio filosófico desde as pequenas ida-
os estudantes e tento passar a filosofia de um jeito contextua-
des. Para se inserir no mercado de trabalho, tem que ser como professor. É necessário ler e estudar muito para ter nossas pró-
lizado e leve sem perder a essência do conteúdo. Ao mesmo tempo, também sou exigente com eles, cobrando até mesmo
prias visões sobre assuntos para não repetir o que o autor estu-
questões de língua portuguesa”.
dado está analisando. Nosso ofício é apresentar críticas e refle-
Em agradecimento aos bons acontecimentos em sua trajetó-
xões e essa não é uma profissão valorizada”. Em 2011, a tentativa de fazer intercâmbio na Universidade Católica de Eichstätt-Ingolstadt, na Baviera, na Alemanha foi frustrada pela impossibilidade de arcar com os custos. Após concluir a graduação, Rodrigo pôde passar uma temporada na Alemanha para aprender o idioma com o intuito de ingres-
ria profissional, hoje, o professor aconselha seus alunos que estão em busca da área de licenciatura. “Digo a eles que se você está disposto a não se importar com opiniões, você está preparado para cursar filosofia. Muitas pessoas optam pelo bacharelado por ter uma amplitude em opções de trabalho, então, apresento também as possibilidades e dificuldades”.
sar no programa de mestrado em Fenomenologia na Uni-
Em sua filosofia de vida, o professor destaca: “Uma pessoa
versidade de Brasília (UnB). “Voltei para o Brasil e o curso me
que é simples e altruísta enxerga o outro completamente
ajudou a passar na prova de idiomas e outras avaliações do
como outro, sem determinar o que ele deve ser. Essa pessoa
mestrado. Os professores da Católica também colaboraram:
também não busca se unir apenas àqueles que são iguais a
enviaram cartas de recomendação, me qualificando como
ela, portanto, essa pessoa respeita e aceita as mundividências,
um estudante capaz de fazer pesquisa e com autonomia para
as visões dos outros”.
MAIS UNIVERSIDADE | 19
PERFIL | ELIANE DA SILVA
A DEDICAÇÃO AOS ESTUDOS COMO BASE PARA O FUTURO A egressa do curso de Direito, Eliane da Silva, tem como meta a carreira da magistratura. Aos 32 anos, a mãe da Gyovanna coleciona a aprovação em vários concursos públicos e hoje é servidora do Tribunal Regional do Trabalho Por Anny Cassimira
H
á quinze anos, Eliane da Silva Malaquias, em plena adolescência, estava prestes a encarar uma nova vida, a qual não estava preparada: ser mãe. Hoje, comemorando a fase debutante da filha, ela consegue olhar para trás e reconhecer que o sucesso é fruto de um objetivo tangível. No caso, fazer a filha, Gyovanna Eduarda, feliz. De origem humilde, natural de Taguatinga (DF), a bacharel em Direito, formada em 2013, é a filha do meio de uma família de quatro irmãos. Na infância, cresceu no bairro de Vila Dimas e estudou na rede pública de ensino. Não mediu esforços para realizar o sonho de estudar em uma universidade e, com o apoio do Programa Universidade para Todos (ProUni), ingressou na Universidade Católica de Brasília (UCB), dedicou-se aos estudos e, ainda no 8º semestre, passou no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Aos 32 anos, ela já foi aprovada em concursos públicos e pretende seguir na carreira como juíza do trabalho. Eliane veio de uma família sem formação em nível superior. Enquanto a maternidade lhe trouxe o amadurecimento necessário para crescer na vida, o ingresso na Universidade lhe concedeu o despertar para os estudos. “Hoje, eu consigo passar o dia todo concentrada. Além disso, somos eternos aprendizes, pois a legislação está em constante mudança”. Evolução constante Sua trajetória profissional teve início ao fazer um curso técnico em Administração na Escola Técnica de Ceilândia (ETC), uma instituição de educação profissional. “Tive
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um professor de Direito do Trabalho que me influenciou a sair do curso técnico e ir para a universidade”, disse. Eliane agrega experiências de estágio no Ministério Público Federal (MPF), no Núcleo de Prática Jurídica (NPJ) da Universidade Católica, na área penal e de direito do trabalho nas sedes do Riacho Fundo, Brasília e do Câmpus I, e já atuou como advogada criminal. Para ela, 2013 foi um ano dedicado aos estudos para concursos. As horas passadas dentro da Biblioteca Central da Universidade renderam a aprovação em diversos certames. Primeiro, ocorreu a nomeação para o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), depois a aprovação no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª região (TRT), para os cargos de analista e técnico-administrativo, e a classificação no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Assim, surgiu a paixão pelo Direito do Trabalho. “Inicialmente, quando estava estudando para as provas, só pensava em ingressar em tribunais de justiça. Em dezembro de 2014, tomei posse no Ministério do Trabalho e, no ano seguinte, entrei no TRT para o cargo de técnico-administrativo. Hoje, ainda estou aguardando minha nomeação como analista no MTE”, frisou. Pela formação na área jurídica, a função de confiança que exerce atualmente no órgão, como assistente de juiz no TRT, lhe trouxe influências para a carreira futura: a magistratura. Um sonho que pode se somar ao esforço de uma mãe que vive em função da filha. “Tudo que eu alcancei foi por ela”.
WALBERT DA SILVA | PERFIL
POR UMA CIDADANIA PLENA
O egresso do curso de Serviço Social, Walbert da Silva, sofreu influências da mãe, técnica em enfermagem, desde a infância. Mesmo com uma deficiência auditiva no ouvido direito, ele superou barreiras para atuar numa profissão na qual o essencial é saber ouvir atentamente Por Anny Cassimira
W
albert Teixeira da Silva, 29 anos, formado em junho de 2014 no curso de Serviço Social da Universidade Católica de Brasília (UCB), concilia sua carreira como assistente social com a paixão pela música: ele é vocalista e baixista de uma banda composta por um grupo de amigos. Com o incentivo da mãe, apesar de possuir uma deficiência auditiva grave no ouvido direito, ele decidiu não se importar com os obstáculos e dar continuidade aos estudos no ensino superior. “Minha mãe é uma pessoa muito compreensiva e me mostrou que não sou diferente. Viver apenas com um ouvido foi muito natural. Esse acolhimento foi determinante para moldar minha personalidade paciente, mas, ao mesmo tempo, determinada a ir atrás dos meus objetivos”, frisou.
Natural do município de Coroatá, localizado no interior do estado do Maranhão (MA), o egresso veio para Brasília (DF) aos 4 anos. De origem humilde e base matriarcal, sua família é composta por mulheres com formação em Técnico de Enfermagem. “Foi uma coincidência familiar já que o Serviço Social é uma área tradicional na saúde desde os anos 1970. Em busca de uma melhoria de vida, Walbert trocou um emprego no comércio para iniciar o curso na UCB. Por curiosidade, ele acessou o portal da Instituição e, ao ver a descrição do perfil da profissão, se identificou. O trabalho com vendas na padaria local concedeu habilidade necessária para lidar com o público e a personalidade paciente herdada da mãe o ajudou a fazer atendimentos de forma humanizada. Das dificuldades na escuta, surgiu o ofício: saber ouvir atentamente. A barreira na audição se tornou uma superação: “Uma das técnicas de nossa profissão é a escuta qualificada que é saber escutar com muita atenção a pessoa que você está atendendo. Cada detalhe é um acesso diferente”.
Referência de Assistência Social (Cras) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Verifico quais as políticas sociais necessárias numa perspectiva de cidadania. Meu papel é saber o que motivou a vinda dessas crianças para o Centro Olímpico e garantir sua permanência no esporte”. Muito além de uma visão humanista No início, o egresso imaginava que o curso trabalharia apenas questões humanitárias, como a ajuda voluntária, mas, no decorrer das aulas, percebeu que o objetivo é trabalhar a perspectiva de direitos das pessoas. “Ele garante a cidadania plena a todas as pessoas. Foi essa boa vontade que me guiou, mas a área se baseia em legislação e métodos para que as pessoas saiam de uma situação de violação e acessem seus direitos”. Por meio de experiências no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), onde aprendeu técnicas de entrevista e a realidade do atendimento ao público, e produção de rádios comunitárias em parceria com o curso de Comunicação Social, em comunidades do Riacho Fundo II e Recanto das Emas, foi possível enxergar as pessoas em sua totalidade. “O curso nos dá uma ampla visão da realidade da sociedade. Aprofundamos estudos em questões polêmicas para termos conhecimentos diversificados”, complementou.
Walbert já foi entrevistado no programa “Papo Direto”, realizado pelo curso com egressos, e, hoje, é assistente social do Centro Olímpico e Paraolímpico de Samambaia. “Faço intervenções com famílias em situação de vulnerabilidade social encaminhadas de órgãos, como Conselho Tutelar, Centro de MAIS UNIVERSIDADE | 21
PERFIL | PEDRO HENRIQUE
A IMPORTÂNCIA DO ENGAJAMENTO NO ENSINO SUPERIOR
Escola de Saúde e Medicina ▪ BIOMEDICINA ▪ EDUCAÇÃO FÍSICA ▪ ENFERMAGEM ▪ FARMÁCIA
Participação é a palavra que define a vivência do estudante Pedro Henrique Penna no curso de Educação Física da Católica Por Juliana Tito
I
nquietação é uma característica interessante quando focada no desenvolvimento de atividades e projetos. Essa particularidade
que já foi considerada um defeito pelo estudante do curso de Educação Física, Pedro Henrique Penna, hoje é classificada como uma de suas maiores qualidades e o combustível responsável pelo seu engajamento em sua vida acadêmica. Considerado um garoto extremamente agitado na época da escola,
▪ FISIOTERAPIA
a prática de esportes sempre esteve presente em suas atividades.
▪ MEDICINA
A ideia inicial na adolescência era se tornar um atleta. O jovem que
▪ NUTRIÇÃO
chegou a fazer parte de um time profissional de basquete teve o sonho interrompido após uma lesão no quadril. Com inúmeras
▪ ODONTOLOGIA
dúvidas de qual área seguir, estavam entre suas opções: Química
▪ PG DOUTORADO CIÊNCIAS GENÔMICAS E BIOTECNOLOGIA
Industrial, Comunicação Social e até Direito.
▪ PG DOUTORADO EDUCAÇÃO FÍSICA
reira profissional, o histórico com as atividades físicas pesaram
▪ PG DOUTORADO PSICOLOGIA ▪ PG MESTRADO CIÊNCIAS GENÔMICAS E BIOTECNOLOGIA
Em meio às distintas alternativas que tinha para a escolha da carno momento da decisão. “Adoro o meio esportivo, praticar atividades, a sensação de estar com uma pessoa e fazê-la alcançar seus objetivos. Seja um atleta a ganhar um campeonato ou uma pessoa que procura qualidade de vida e deixa o sedentarismo de lado. Tudo isso me motiva a entender e me dedicar cada vez mais
▪ PG MESTRADO EDUCAÇÃO FÍSICA
na profissão que escolhi”.
▪ PG MESTRADO EM GERONTOLOGIA
Aos 20 anos, Pedro já finalizou a licenciatura e no momento cursa
▪ PG MESTRADO PSICOLOGIA
o bacharelado. Nesses anos em que está na Instituição, envolveu-se
▪ PSICOLOGIA
em inúmeras atividades e projetos. Fazem parte da sua participação ativa na Universidade: iniciação científica, participação no Programa Educacional Tutorial – responsável pelos eventos do curso, criação e presidência do Centro Acadêmico, preparador físico do time de futebol americano Brasília Templários, composto por estudantes da UCB, pesquisa conjunta com estudantes do mestrado. Dentre as atividades que ainda pretende desenvolver antes de finalizar a segunda etapa do curso, o estudante planeja embarcar num intercâmbio na Universidade do Porto, em Portugal. “Pretendo ter essa vivência internacional ainda esse ano. Como já falo inglês,
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PEDRO HENRIQUE | PERFIL
pude focar a escolha totalmente na minha área de atuação
participei de dois cursos que colaboraram muito para que
e não em aprender um novo idioma, como as pessoas
eu entendesse a necessidade de me aprofundar mais no
normalmente fazem. Muitos professores e profissionais
que eu quero para o futuro, antes de abrir minha empresa
que admiro passaram por essa instituição, então essa
na área de gestão esportiva. Estou absorvendo ao
sem dúvidas será uma experiência incrível”.
máximo todas as experiências que vivencio no momento,
Com um mundo de opções pela frente e um plano de negócio pronto, o jovem espera aproveitar todas as etapas
pois não gosto de fazer nada pela metade, me dedico inteiramente”, enfatiza.
até a concretização desse sonho. “Nas férias passadas
MAIS UNIVERSIDADE | 23
PERFIL | CIRO MARTINS
A DETERMINAÇÃO NA CONSTRUÇÃO DE UMA CARREIRA Com a certeza da área que gostaria de seguir desde criança, o médico dermatologista, professor e pesquisador, Ciro Martins Gomes, foi em busca do seu sonho e obteve grandes resultados Por Juliana Tito
A
lgumas pessoas despertam o interesse profissional cedo. Assim foi com o egresso da segunda turma do curso de Medicina da Universidade Católica, Ciro Martins Gomes, que cresceu presenciando a atuação dos pais na profissão.
Universitário de Brasília. O doutorado veio logo em seguida, na área de Ciências Médicas pela Universidade de Brasília (UnB), como também o pós-doutorado em Biologia Molecular, pela Universidade de São Paulo (USP).
Nascido em 16 de junho de 1983, foi uma criança tranquila e organizada, características que traz em sua personalidade até hoje e que colaboraram com a sua persistência na concretização de sonhos que vivenciou nos últimos anos. O trajeto para as realizações profissionais teve início oficial aos 19 anos, no ano de 2001, quando ingressou na UCB com a convicção de que fez a escolha certa.
Fluente em inglês e francês, o jovem profissional sempre esteve atento a complementações que pudessem colaborar com a sua formação. Foram inúmeros cursos entre 2007, ano em que se formou, até hoje, passando por Instituições renomadas mundialmente, como Havard – nos Estados Unidos, e Sociedade Francesa de Dermatologia – na França.
O interesse por iniciação científica e a dedicação à prática marcaram a sua trajetória acadêmica durante o curso. “Dar início à pesquisa ainda na graduação me ajudou muito na preparação para a prova de residência, assim como a monitoria me introduziu na prática do ensino e resultou em alguns artigos publicados, o que facilitou a minha entrada na especialização em Dermatologia”, destaca. Desenvolvimento profissional A prova de residência é temida por muitos estudantes de Medicina, porém para Ciro isso não foi um obstáculo, classificado em primeiro lugar em Dermatologia do Hospital 24 | MAIS UNIVERSIDADE
Proprietário de uma clínica dermatológica, aos 32 anos o egresso tem uma rotina movimentada, dividida entre ser professor, pesquisador e dermatologista, a qual classifica como uma fase de transição, que irá resultar futuramente na vertente que irá se dedicar inteiramente. “A Católica me preparou muito bem, tanto na parte acadêmica, quanto na prática. Cada 10 minutos que fiquei após a aula tirando dúvidas refletiu totalmente no profissional que sou. Uma boa formação depende muito do empenho de cada um. Não adianta a instituição oferecer um mundo de oportunidades e o estudante não se esforçar. Todo aprendizado é gratificante e toda dedicação gera resultados positivos, mesmo que em longo prazo”, reflete.
MARIA MATOS | PERFIL
A INFLUÊNCIA DO ESPORTE NA FORMAÇÃO PESSOAL E PROFISSIONAL Formada pelos cursos de Educação Física e Nutrição da UCB, Maria Matos Correia já foi bailarina, ginasta e personal trainer. Hoje nutricionista esportiva, percorreu 7 continentes para participar de maratonas Por Juliana Tito
S
empre ligada à atividade física, Maria Matos Correia tinha uma certeza ao escolher seu futuro profissional, a de que seguiria na área esportiva, tendo como objetivo a saúde e o bem-estar. Membro de uma família em que o esporte faz parte da rotina, liderança e perseverança formam a personalidade da maratonista e nutricionista esportiva, que tem uma grande conexão com a Universidade Católica de Brasília. Bailarina e ginasta por muitos anos, Maria participou de várias competições. Foi o fascínio pelas atividades físicas que ocasionaram o primeiro ingresso na Instituição, em 1998, no curso de Educação Física. Ainda na graduação deu início a sua vida profissional e após 10 anos de atuação na área como personal trainer, a egressa percebeu que poderia colaborar mais com o desenvolvimento dos atletas e alunos que acompanhava, pois muitos não tinham o suporte de um nutricionista e acabavam adotando dietas prontas e inadequadas. Em 2008, decidiu que precisava expandir seus conhecimentos e retornou à UCB, dando início ao curso de Nutrição. “Isso me impulsionou a buscar um novo desafio, o de ser nutricionista. Fui muito bem recebida nas duas ocasiões em que optei por estudar na Católica e tenho um carinho muito grande por essa Instituição. A profissional que sou hoje é reflexo da acadêmica que fui. Se eu pudesse aconselhar um estudante, diria que aproveitasse e focasse muito nessa etapa, pois o seu futuro no mercado depende muito disso”, ressalta.
modalidade. Treinei um ano e participei da mesma corrida no ano seguinte”. Maria faz parte do seleto grupo de seis brasileiros que já correram os sete continentes. Com quase 100 corridas, oito maratonas, uma ultramaratona – corridas acima de 42 quilômetros, a qual completou 132; foram nove países suportando diferentes temperaturas climáticas e alcançando novos objetivos. “A mais marcante, sem dúvidas, foi a competição da Antártica. Terminei a prova em 4º lugar, após 6 horas e 22 minutos, em uma temperatura de cerca de 40 graus negativos. A do Marrocos foi uma das mais penosas para terminar, pois além de subestimar a prova, a temperatura estava muito alta. Por ser um país mulçumano, corri com calça e blusa de manga comprida em uma temperatura acima de 40 graus”, compara. Se há uma característica que define a egressa, sem dúvidas, é a determinação. Dentre os planos para o futuro, Maria destaca com entusiasmo participar das maratonas classificadas com as mais difíceis do mundo: a da Muralha da China, que além de corrida possui 40 mil degraus, e a do Polo Norte, onde a temperatura chega a 60 graus negativos. E quem acha que o planejamento é para um futuro distante se engana, pois a preparação já começou!
Maratonista A paixão por corrida surgiu ao participar de uma prova em que atuou como nutricionista, dando suporte aos atletas. “Foram 100 quilômetros ao redor do lago Paranoá e eu tive que correr tanto quanto as pessoas que participavam da prova para dar água e comida em cada ponto de parada. Assim despertou meu interesse pela
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ENTREVISTA | PROF. GILBERTO
26 | MAIS UNIVERSIDADE
ESCOLA DE EDUCAÇÃO, TECNOLOGIA E COMUNICAÇÃO ▪ Ciências da Computação
▪ Letras
▪ Comunicação Social - Jornalismo
▪ Pedagogia
▪ Comunicação Social - Publicidade e Propaganda
▪ PG Doutorado Educação
▪ CST Análise e Desenvolvimento de Sistemas ▪ CST EAD Análise e Desenvolvimento de Sistemas ▪ CST EAD Gestão da Tecnologia da Informação ▪ CST EAD Segurança da Informação
▪ PG Mestrado Comunicação ▪ PG Mestrado Educação ▪ PG Mestrado Gestão do Conhecimento e Tecnologia da Informação
▪ CST Gestão da Tecnologia da Informação ▪ CST Redes de Computadores
▪ Programa de Formação de Professores EAD - PROFORM
▪ EAD Letras
▪ Sistemas de Informação
▪ EAD Pedagogia
ESCOLA DE EXATAS, ARQUITETURA E MEIO AMBIENTE • • • •
Arquitetura e Urbanismo Ciências Biológicas Engenharia Ambiental Engenharia Civil
• • •
Física Matemática Química
• • • • • • • •
CST Gestão Ambiental CST Gestão Pública CST Logística EAD Administração EAD Ciências Contábeis PG Doutorado Economia PG Mestrado Economia Relações Internacionais
ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOS • • • • • • • •
Administração Ciências Contábeis Ciências Econômicas CST EAD Gestão do Comércio Exterior CST EAD Gestão Do Turismo CST EAD Gestão Financeira CST EAD Recursos Humanos CST Gastronomia
ESCOLA DE HUMANIDAES E DIREITO •
CST EAD Segurança Pública
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Filosofia
•
Direito
•
PG Mestrado Direito
•
EAD Filosofia
•
Serviço Social
ESCOLA DE SAÚDE E MEDICINA •
Biomedicina
•
PG Doutorado Educação Física
•
Educação Física
•
PG Doutorado Psicologia
•
Enfermagem
•
PG Mestrado Ciências Genômicas e Biotecnologia
•
Farmácia
•
PG Mestrado Educação Física
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Fisioterapia
•
PG Mestrado em Gerontologia
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Medicina
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PG Mestrado Psicologia
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Nutrição
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Psicologia
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Odontologia
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PG Doutorado Ciências Genômicas e Biotecnologia
ENTREVISTA | PROF. GILBERTO
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