Revista Mais Universidade

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PROF. GILBERTO | ENTREVISTA

UNIVERSIDADE Ano 2 | Edição n. 2 | 2015

INTERNACIONALIZAÇÃO

Universidade Católica de Brasília incentiva ações internacionais com o objetivo de desenvolver aprendizado globalizado

Reitoria da UCB aborda as principais diretrizes e desafios da Educação Superior

Conheça os tipos de Pós-Graduação e saiba como trilhar o seu caminho até o sucesso

Pesquisa universitária: uma opção de investimento no futuro acadêmico ao alcanceMAIS de todos UNIVERSIDADE | 1


ENTREVISTA | PROF. GILBERTO

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EDITORIAL

M�i� Universidade Reitor: Prof. Dr. Gilberto Garcia Pró-Reitor Acadêmico: Prof. Dr. Daniel Rey de Carvalho Pró-Reitor de Administração: Prof. Fernando Souza Gestor de Comunicação e Relacionamento: Fernando Antunes de Abreu

A Universidade é um local onde devemos estimular a diversidade Produção de Conteúdo: Anny Cassimira / Juliana Tito Ilustração: Rodrigo Lopes Fotografia: Faiara Assis Projeto Gráfico e Diagramação: Isabela Ferreira Revisão: Márcia Regina Lima Coordenação: Bianca Brentini Contato: comunicacao@ucb.br

de ideias, o trabalho colaborativo e a construção de novas formas do indivíduo atuar em prol de uma sociedade mais justa e igualitária. É nesse sentido que a Universidade Católica de Brasília (UCB) busca contribuir para um futuro melhor, criando condições e estimulando seus alunos e professores a promover ações concretas indo ao encontro deste objetivo. Os desafios da educação são muitos: não somente em nosso ambiente como fora dele, por isso é importante que os alunos tenham uma visão global, possibilitando dividir o conhecimento para multiplicar as possibilidades. Na Universidade Católica, este direito é de todos, incluindo as pessoas com necessidades especiais, que por meio da educação inclusiva são integradas à comu-

Universidade Católica de Brasília (UCB) QS 7, lt 1 EPCT, Águas Claras - DF, CEP: 72030-170 Fone: (61)3356-9000 www.ucb.br /catolicadebrasilia @catolica @catolicadebrasilia /catolicadebrasilia 2 | MAIS UNIVERSIDADE

nidade acadêmica. Ao receberem orientação e estímulos para sua participação, é reforçada nossa missão de “atuar solidária e efetivamente para o desenvolvimento integral da pessoa humana e da sociedade”.

PROF. DR. DANIEL REY DE CARVALHO Pró-Reitor Acadêmico


índice 4 Reitoria

▪ Perspectivas e desafios da Educação Superior no Brasil

6 Capa ▪ A importância da internacionalização no Ensino Superior ▪ Sem fronteiras para a internacionalização ▪ Doutorado recebe 1º estudante internacional

11 Extensão ▪ Educação Inclusiva

12 Eventos ▪ Retrospectiva 2014

14 Inovação e Empreendedorismo ▪ Empreender para o futuro

15 Artigo ▪ A língua de sinais: comunicação, acessbilidade e inclusão

▪16 Pesquisa Universitária ▪ Pesquisa universitária ao alcance de todos

18 Pós-Graduação ▪ Aprendizado contínuo, o seu caminho até o sucesso


ENTREVISTA | REITORIA ACADÊMICA

PERSPECTIVAS E DESAFIOS DA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL Um olhar sobre a Universidade Católica de Brasília no novo cenário de integração entre ensino, pesquisa e extensão Por Anny Cassimira

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os 20 anos de Universidade e 41 anos de Instituição, a Universidade Católica de Brasília (UCB) possui a tarefa de contribuir com a expansão do acesso ao ensino superior para o aumento do tempo de estudos da população brasileira e o estímulo à produção de conhecimento. De acordo com a publicação “Números do Ensino Superior Privado no Brasil” de 2014 da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), o número de matrículas nos cursos presenciais nas instituições privadas tem crescido mais do que nas instituições públicas em valor absoluto. A expectativa do Reitor da UCB, Gilberto Gonçalves Garcia, é que o ensino superior privado se torne cada vez mais acessível a todos, já que o setor privado é o que mais se expande devido ao incentivo das políticas públicas.

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REITORIA ACADÊMICA | ENTREVISTA

“As universidades privadas estão cercadas por programas de financiamento estudantil, como o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) e o Programa Universidade para Todos (Prouni). Para garantir a oferta e gerar o aumento de matrículas, é preciso também ampliar programas que são de extrema importância. Aliar ensino, pesquisa e extensão é indispensável, com a consolidação dos programas de financiamento estudantil e ampliação do programa de iniciação à docência, com a valorização dos estágios”, disse Garcia. Neste momento, o desafio da UCB é uma gestão aberta às mudanças do mercado com metodologias acadêmicas voltadas ao novo perfil de estudante, que é ligado à tecnologia. Nesse contexto, a publicação da ABMES indica que a procura por instituições privadas que oferecem cursos a distância vem crescendo muito nos últimos anos. Pelo novo modelo de ensino superior, o Brasil enfrenta o desafio da interdisciplinaridade, da autonomia do estudante, do trabalho em grupo, do desenvolvimento do pensamento crítico e da flexibilidade curricular. O Reitor da UCB, Gilberto Gonçalves Garcia, aponta a tecnologia como uma ferramenta indispensável para o avanço por meio da Educação a Distância (EAD), uma educação que faz uso das tecnologias, acompanha o processo acelerado das mudanças sociais, ultrapassa as fronteiras e os limites físicos do ambiente de aprendizado. A Católica é pioneira no Centro-Oeste com a implantação dos primeiros cursos EAD, em 1997, e depois com a criação da Católica Virtual, em 2000, com ambiente online de educação. “As instituições que não desenvolvem formas de aprendizagem virtuais de uma forma agressiva vão perder estudantes. Tem que se trabalhar com imagens, inovação na aprendizagem e não com a substituição da aprendizagem. Os cursos de licenciaturas têm mais áreas para EAD, mas, aos poucos, os cursos tradicionais também estão se inserindo. Isso é o futuro e outros países já estão muito avançados. Primeiro, temos que alcançar a continentalidade do nosso país, onde há rincões em que o ensino superior não chega. Desenvolver um polo nessas regiões é promover o desenvolvimento local”, destacou Garcia.

UNIVERSIDADE ABERTA A MUDANÇAS

Com os novos desafios do ensino superior no Brasil, a Universidade tem pela frente a integração entre ensino, pesquisa e extensão, de acordo com as tendências tanto de metodologias de ensino e aprendizagem quanto de gestão. Para o Pró-Reitor de Administração, Fernando Souza, as propostas da Instituição para este ano estão alinhadas com o planejamento estratégico. Além disso, a nova Universidade precisa se adequar ao estudante atual, que é multitarefa e tem baixa persistência e atenção. “O modelo tradicional de ensino não atende ao anseio do estudante, pois ele já vem bem mais preparado à Instituição. Neste sentido, é papel da Universidade trazer o complemento do conteúdo de forma prática e convergente. A Instituição precisa ter a condição de se revitalizar e se moldar à medida da necessidade do estudante e das novas perspectivas do mercado de trabalho”, comentou. Somado a isso, o Pró-Reitor Acadêmico, Daniel Rey de Carvalho, acredita que: “A sala de aula precisa utilizar, permitir e estimular o uso das tecnologias. E isso é um dos braços da Metodologia Ativa, que utiliza a Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP). Na Universidade Católica, vamos valorizar a autonomia e o protagonismo dos estudantes e ter o professor como condutor do processo ensino-aprendizagem, para orientar a discussão dos conceitos e temas. Para isso, iniciaremos um processo de capacitação dos docentes para implementação da Metodologia Ativa em sala de aula”. Outro destaque será a integração da graduação com a pós-graduação dentro do modelo de Escolas adotado em 2014, com liderança para gerenciar novos processos acadêmicos. “Dentro de cada Escola, teremos Lato Sensu, Stricto Sensu, bacharelado, cursos tecnológicos e variados, alinhados às políticas de pesquisa e de extensão da Universidade. A ideia é que os projetos passem a ser acadêmicos, ou seja, tenham em seu escopo o ensino, a pesquisa e a extensão”, afirmou o Pró-Reitor Daniel Rey. A Universidade está com vários olhares apontados para uma mesma direção: o futuro desejado e o futuro planejado. Segundo o Pró-Reitor de Administração, “Olhar para a Universidade é olhar para o estudante como protagonista de sua história. Essa mudança de pensamento será fundamental para uma Universidade do futuro que se preocupa com o estudante ávido por conhecimento”. MAIS UNIVERSIDADE | 5


CAPA | INTERNACIONALIZAÇÃO

A IMPORTÂNCIA DA INTERNACIONALIZAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR Universidade Católica de Brasília incentiva ações internacionais com o objetivo de desenvolver aprendizado globalizado Por Juliano Tito

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expansão do conhecimento diante do cenário da globalização mundial é um dos fatores de maior importância para a educação superior contemporânea. A internacionalização é mais do que um diferencial, é essencial.

Com a intenção de proporcionar conhecimento de alta qualidade e que acompanhe as evoluções da área educacional no mundo, ultrapassando fronteiras geográficas e culturais, a Universidade Católica de Brasília (UCB) disponibiliza aos estudantes a oportunidade de vivenciar experiências globais. Sejam elas no Câmpus, por meio de ações internacionais, sejam fora do país, ao realizar uma parte da graduação em uma das universidades parceiras pelo mundo. PROGRAMAS Responsável por projetar a UCB nacional e internacionalmente, a Assessoria de Relações Internacionais (ARI) realiza acordos de cooperação no âmbito acadêmico, científico e cultural. A ARI articula-se com outras instituições para realizar parcerias e promover a mobilidade acadêmica de estudantes e professores. De acordo com o professor Creomar de Souza, as expectativas futuras são muito positivas. “Hoje a Católica tem iniciativas próprias direcionadas para os estudantes e professores, com o objetivo de proporcionar experiências e oportunidades de conhecimento diferenciadas”, explica. O professor ainda ressalta que a internacionalização “cria uma relação na qual, de um lado, se tem um estudante mais conectado com o mundo e, de outro, uma Universidade mais conectada com outras redes ao seu redor”. PROGRAMA DE MOBILIDADE INSTITUCIONAL Oferece aos estudantes um ou dois semestres em instituições conveniadas à UCB, bem como a recepção de estudantes estrangeiros, com isenção de custos com taxas acadêmicas. Atualmente, a UCB está conveniada a 41 instituições.

PROJETO DE QUALIFICAÇÃO INTERNACIONAL EM TURISMO HOSPITALIDADE Com duração aproximada de três meses, oferece cursos de capacitação nas áreas e aperfeiçoamento da fluência em inglês ou espanhol em escolas de excelência no Reino Unido e na Espanha.

PROGRAMA CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS

ERASMUS MUNDUS (EM)

Busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional.

O curso de Direito da UCB faz parte do programa de bolsas integrais Erasmus Mundus. Criado e financiado pela União Europeia, as atividades do programa têm como objetivo reforçar laços acadêmicos com países de todo o mundo, por meio da mobilidade de estudantes e docentes do Ensino Superior, mestrado e doutorado, entre países europeus.

Países participantes: Alemanha, Austrália, Bélgica, Canadá, China, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Irlanda, Itália, Japão, Noruega, Nova Zelândia, Polônia, Reino Unido e Suécia.

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INTERNACIONALIZAÇÃO | CAPA

PROGRAMA SANTANDER UNIVERSIDADES O grupo Santander oferece programas de bolsas de intercâmbio a estudantes e professores de Ensino Superior. Com uma rede de relacionamentos que reúne mais de 400 instituições superiores de ensino conveniadas no Brasil e mais de 930 universidades conveniadas no mundo. ▪ PROGRAMA TOP ESPAÑA

Oferece bolsas de estudos na Universidad de Salamanca para aprimorar a formação acadêmica de estudantes e professores, a partir da realização de curso de cultura e língua espanhola com a duração de três semanas. ▪ ÍBERO-AMERICANAS

Promove a mobilidade de estudantes de graduação entre universidades de dez países da região Ibero-América. Países participantes: Brasil, Argentina, Espanha, Chile, Colômbia, México, Peru, Portugal, Porto Rico e Uruguai. ▪ FÓRMULA

Voltado para estudantes de graduação e de pós-graduação, envolve universidades brasileiras, espanholas e britânicas.

CONHEÇA ALGUMAS DAS AÇÕES INTERNACIONAIS REALIZADAS PELA UCB: ▪ CÁTEDRA UNESCO JUVENTUDE, EDUCAÇÃO E SOCIEDADE

A Cátedra UNESCO de Juventude, Educação e Sociedade, conduzida pela Universidade Católica de Brasília (UCB), tem como linha de desenvolvimento estabelecer um centro de excelência na geração de conhecimento sobre a juventude, em perspectiva interdisciplinar, associando o ensino de graduação e pós-graduação, a pesquisa e a extensão. ▪ COOPERAÇÃO CIENTÍFICA AO REDOR DO MUNDO

Os convênios têm a finalidade de estabelecer parcerias de pesquisa, permitir o intercâmbio de professores e estudantes, promover o desenvolvimento de atividades conjuntas, constituir grupos de pesquisa internacionais, bem como possibilitar o intercâmbio cultural entre os envolvidos. ▪ DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

Com o objetivo de inserir o estudante no sistema jurídico internacional, o curso de Direito da UCB passou a ministrar a disciplina de Direito Internacional Público com a língua inglesa. A UCB é a primeira Instituição de Ensino Superior (IES) no DF a ter uma disciplina de Direito em inglês. ▪ ESQUINA DA CIÊNCIA

A Esquina da Ciência é um projeto do governo americano dentro da UCB, criado para divulgar e promover as ciências. Única no Brasil, ela é aberta a qualquer pessoa que tenha interesse em obter mais informações sobre: meio ambiente, tecnologia, internet, saúde, entre outros, com foco nos estudos e pesquisas realizadas em parceria dos Estados Unidos com o Brasil. ▪ OLHARES SOBRE BRASÍLIA

Projeto de pesquisa que constituiu em uma parceria entre a Universidade e o Glossário SIRCHAL, com o objetivo de explorar a percepção do espaço pelo indivíduo comum da cidade. Os estudantes foram encorajados a olhar e capturar a cidade por meio de ângulos criativos, explorando e desafiando suas percepções acerca da cidade modernista. O projeto foi exposto na Maison de L’Amérique Latine, em Paris.

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CAPA | INTERNACIONALIZAÇÃO

DEPOIMENTOS Victor Hugo Ferreira Lima – estudante do curso de Direito “Se podemos sonhar, também podemos tornar nossos sonhos realidades” (Walt Disney). Essa frase resume bem o momento vivido durante o segundo semestre de 2014, quando fui selecionado pela Universidade para realizar um semestre de intercâmbio acadêmico, por meio do programa de bolsas Fórmula Santander. Acredito que a realização de um intercâmbio é uma oportunidade ímpar para a vida de um acadêmico, tendo em vista os inúmeros benefícios e oportunidades que podem ser obtidos por meio da imersão em um país estrangeiro. É notório o enriquecimento humano que possibilita estar em contato com uma cultura desconhecida, ampliando a visão de mundo e o respeito às diferenças culturais. Por meio da mobilidade internacional é possível conhecer e compreender um novo viés do pensamento científico, do ponto de vista acadêmico, bem como aplicar todo esse aprendizado no dia a dia universitário e na sociedade.

Maria Silvina (Argentina) – estudante do curso de Psicologia Crescimento, risos, profissionalismo, maturidade, momentos e, especialmente, as pessoas. É difícil descrever tudo o que se pode levar desta grande experiência. Meu intercâmbio no Brasil me permitiu ver a vida de uma outra perspectiva. O encontro entre diferentes culturas nos faz perceber o quão grande é o mundo de oportunidades que está esperando por nós. Por sua vez, quero encorajar todos os interessados em participar dos programas de intercâmbio oferecidos pela Universidade, que são não só grandes viagens de estudo, mas também de vida.

Rebecca Ferreira – estudante do curso de Relações Internacionais Viver em outro país e conviver diariamente com pessoas de culturas distintas me fez enxergar as situações com olhos diferentes. Essas diferentes visões nos proporcionam entender melhor o mundo em que vivemos e os fatos que se sucedem neste. Somos transferidos de turista a habitante local. Passamos a fazer parte do país elegido: estudando em sua universidade, utilizando seus meios de transporte, experimentando sua comida, aprendendo seu idioma e intercambiando conhecimentos com os amigos que aqui fazemos. Nos descobrimos tão pequenos diante desse mundo e toda sua riqueza cultural. Com certeza voltaremos com muito mais que uma bagagem a ser desfeita. Voltaremos mais enriquecidos culturalmente como seres humanos e, consequentemente, mais aptos a fazer a diferença que queremos profissionalmente.

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INTERNACIONALIZAÇÃO | CAPA

SEM FRONTEIRAS PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO Assunto do momento na educação, a área internacional tem atraído cada vez mais jovens para o Ensino Superior. Rafael Duarte, 34 anos, egresso de Relações Internacionais da Universidade Católica de Brasília, já carrega vivências de 14 anos de mercado e acredita nos benefícios de experiências diversificadas na carreira. Por Anny Cassimira

N

a admiração pelo avô embaixador, nasceu a curiosidade de Rafael Pinto Duarte por uma profissão que aliasse o bom relacionamento à capacidade de pensar políticas de cooperação entre os países. Sua infância foi cercada por outros idiomas e culturas, já que seu pai era brasileiro, formado em Química, e sua mãe espanhola alfabetizada em Inglês, com formação na área de Relações Públicas. Ainda jovem, o egresso da Universidade Católica de Brasília (UCB), formado em Relações Internacionais em 2004, descobriu que o caminho a percorrer no curso podia ir além da tradição familiar na área da diplomacia. Bom comunicador, o brasiliense já carrega uma bagagem profissional diversificada de 14 anos de sucesso. Para ele, uma rede de relacionamentos é essencial, mas o bom relacionamento com os professores foi um benefício. “É preciso identificar no dia a dia o sentido de estudar, pois o mundo é multidisciplinar e os conhecimentos se entrelaçam. Eu descobri que isso seria um diferencial na minha profissão”, comenta. Interessado pelo desenvolvimento profissional e alerta às oportunidades do mercado, a trajetória do internacionalista começou logo no primeiro ano do curso, o que influenciou todo o cenário futuro. Ele conta que: “Em 2000, comecei a trabalhar como estagiário em um programa do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE), o Programa de Estudantes-Convênio de Pós-Graduação (PEC-PG), que oferece oportunidades de formação superior a estudantes de países em desenvolvimento com os quais o Brasil mantém acordos educacionais e culturais. No ano passado, surgiu a oportunidade de trabalhar novamente com o PEC-PG, mas, agora, na função de coordenador de avaliação na modalidade de graduação. Minha tarefa é avaliar e propor melhorias para desenhar os novos eixos do projeto”. Ainda na Universidade, trabalhou no Centro Acadêmico de Relações Internacionais e Comércio (CARIC) e fez parte da equipe de Coordenação de Intercâmbio, o que permitiu sua integração com

projetos multidisciplinares. Segundo Rafael, essas vivências fizeram com que ele compreendesse a importância do modelo de cooperação internacional para o desenvolvimento brasileiro. “O programa Cerne (Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos) me deu a oportunidade de estudar física nuclear, uma matéria totalmente distinta da minha grade curricular. No projeto descobri a importância do desenvolvimento tecnológico para o Brasil. Então, para uma formação multidisciplinar fiz mestrado na área de Cooperação em Ciência e Tecnologia”. Hoje, aos 34 anos, Rafael se dedica à profissão que valoriza o relacionamento com diferentes nações. Concilia a carreira com a docência desde 2006 e já ministrou aulas de Economia, Comércio Internacional e Ciência Política. Em seu currículo, atuou na Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) em projetos de cooperação internacional com o Mercosul. Como assessor internacional do Ministério da Saúde, representou o Brasil em reuniões no exterior da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Em 2013, foi selecionado para trabalhar na embaixada britânica como coordenador nacional do programa Chevening, que oferece bolsas de Mestrado para estudantes estrangeiros. “Foi um desafio importante: desenvolvi modelos de projetos para a seleção do bolsista até à organização do programa com outros cooperadores. Com um trabalho de inteligência em gestão, foi possível dobrar o número de inscritos de 350, em 2012, para 700 no ano seguinte”, comemora. Nos planos para o futuro, está seu doutorado. Rafael pretende abordar a produção de um modelo de cooperação técnica para o desenvolvimento ao integrar a cooperação de conhecimento e a interface financeira. Ele conclui que ainda não é hora de parar e ainda há tempo para progredir: “Hoje, no MEC, estou numa posição satisfatória, no entanto, sempre deve haver trocas para não somente ensinar, mas também ampliar o conhecimento”.

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CAPA | INTERNACIONALIZAÇÃO

DOUTORADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA RECEBE 1º ESTUDANTE INTERNACIONAL Desenvolvimento da área de fisiologia do exercício na Católica, diante do cenário da América Latina, fez com que Stefano Benítez Flores escolhesse a Instituição Por Juliana Tito

O

Programa de Pós-Graduação em Educação Física (PPGEF) da Universidade Católica de Brasília (UCB)

Para o coordenador do PPGEF e orientador do pesquisador

teve a oportunidade de receber, no mês de agosto, o pri-

orgulho que o nosso programa seja procurado por estudan-

meiro estudante internacional. O pesquisador Stefano Be-

tes de outros países da América do Sul, o que demostra a

nítez Flores, da cidade de Montevidéu, no Uruguai, optou

visibilidade e grande conceito que a UCB tem fora do Brasil.

pela Instituição devido ao desenvolvimento na área de fi-

O fato de já ter o primeiro é uma grande oportunidade para

siologia do exercício, tema que desenvolve em seu projeto.

que outros estudantes estrangeiros, que possam agregar

Contemplado com uma bolsa da Agencia Nacional de Investigación e Innovación (ANII) – agência governamen-

uruguaio, Prof. Dr. Daniel Boullosa Alvarez, “é um grande

conhecimentos e experiências relevantes, venham fazer mestrado e doutorado conosco”, comemora.

tal que promove a investigação e aplicação de novos

O doutorando, que tem experiência prévia em viver em dife-

conhecimentos às realidades produtivas e sociais do Uru-

rentes países, conta como está sendo sua adaptação. “Estou

guai –, Stefano deu início a sua pesquisa no Mestrado

conhecendo pesquisadores e pessoas vinculadas a minha

realizado na Universidade de Málaga, na Espanha. “Sur-

área. É difícil adaptar-se a um novo idioma, a uma cultura dife-

giu essa ideia em dar continuidade a minha pesquisa na

rente, mas os professores, estudantes e todas as outras pes-

UCB, quando eu estava procurando informações sobre os

soas com as quais estou tendo contato, estão sendo muito

programas que existem na América Latina sobre o tema.

simpáticas e receptivas. Com o tempo estou conseguindo me

Escolhi o programa da Católica, pois acredito que seja um

adaptar ao ritmo de vida em Brasília. A UCB é muito bem

dos mais fortes na área latino americana da fisiologia do

equipada e com um ótimo desempenho em minha área,

exercício”, destaca.

então, sem dúvidas, será um grande aproveitamento”.

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA | EXTENSÃO

EDUCAÇÃO INCLUSIVA Para facilitar o acesso do estudante à Universidade, Católica oferece serviços que buscam fazer do ambiente educacional um local de integração Por Juliana Tito

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nclusão, responsabilidade social e acompanhamento pedagógico são algumas das prioridades da Universidade Católica. Pensando nisso, a Instituição desenvolveu dois serviços que auxiliam estudantes em diferentes vertentes: o Serviço de Orientação e Acompanhamento Psicopedagógico (SOAPPE) e o Serviço de Orientação Inclusiva (SOI). Com o objetivo de contribuir com a promoção do desenvolvimento integral do sujeito e, por consequência, da sociedade, o SOAPPE é o serviço que desenvolve atividades visando o bem-estar e o crescimento dos estudantes. Acompanhamentos psicopedagógicos, orientação pedagógica, atendimentos psicológicos, orientação profissional e oficinas de estudo são algumas das atividades realizadas. O projeto é comprometido com um determinado conjunto de objetivos que culminam com o desenvolvimento humano e sustentável. Já o SOI é o serviço que acolhe e executa as demandas por adaptações específicas e adequadas que atendam aos critérios de acessibilidade de pessoas que, independente de suas limitações físicas, sensoriais ou educacionais, procuram oportunidades de vivenciar uma experiência de vida universitária e o desejo por uma realização profissional. Dentre as atividades desenvolvidas estão: mapeamento e

guia de deficientes visuais, ampliação de material, materiais em Braille, digitalização de livros e textos, apoio logístico na infraestrutura intérprete de Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS e muito mais. A estudante do 5º semestre do curso de Psicologia, Pâmela Cristina Rodrigues Pereira, é cega e soube do serviço prestado pelo SOI por meio de amigos que já estudavam na Instituição. “Antes de prestar vestibular eu vim aqui para saber como funcionava esse acompanhamento. Fui muito bem recebida, me assessoraram com tudo que eu precisava. Eu acho esse suporte muito importante. Estudar na Católica sempre foi um sonho e o apoio do SOI foi essencial para que eu o concretizasse”. A Católica acredita na Educação como o pilar para a construção de um mundo mais justo e humanitário. Por meio desses serviços, busca oferecer um local de aprendizado que fortaleça o estudante como indivíduo, fazendo-o superar barreiras e desafios não só durante a jornada acadêmica, mas também durante a vida.


EVENTOS | RETROSPECTIVA 2014

#Cidadania

#Inovação

#TurmadoBem

Estudantes embarcando para mais uma viagem do Projeto Rondon

Lançamento da Agência de Inovação e Empreendedorismo (Eixo)

Estudantes de Odontologia na maior triagem de saúde bucal do mundo

#Arraial

#Inclusão

#Educação

Comida típica, danças, brincadeiras, misturas culturais e confraternizações marcam festa junina

Primeiro Mestre surdo formado pelo Programa de Pós-Graduação em Educação

Seminário Internacional de Educação marca atividades do Campus II

#Desafio

#Pesquisa

#Vestibular

Competição da Ponte de Macarrão do curso de Engenharia Civil

Cerimônia de assinatura do contrato de licenciamento de antibiótico contra Salmonelose Aviária

Momento de abertura dos portões para a prova do vestibular UCB

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RETROSPECTIVA 2014 | EVENTOS

#Tradição

#Internacionalização

#Cultura

Lançamento do livro comemorativo de 40 anos da UCB

UCB recebe I Congresso de Iniciação Científica em Relações Internacionais das Universidades Católicas do Mercosul

Personagens importantes da história são representados por grupo de teatro na ação cultural de acolhida

#Reconhecimento

#Solidariedade

#Prática

Décima sexta vez consecutiva que a Católica recebe o prêmio Top of Mind

Cigano, lutador do UFC, participa de evento solidário em parceria com a UCB

Festival de dança da UCB promovido pelo curso de Educação Física

#Superação

#Formação

#Empreendedorismo

Espetáculo Mulan do Projeto Espaço Com-Vivências

Cerimônia de formatura do Projeto Alfabetização Cidadã

Bel Pesce na Abertura do Semestre

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INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO | EMPREENDER PARA O FUTURO

EMPREENDER PARA O FUTURO Católica investe há 15 anos em inovação e empreendedorismo e a Agência EixO chegou em 2014 para profissionalizar e consolidar uma série de ações no Brasil e no exterior

Por Anny Cassimira

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om ampla visão de negócios, a Incubadora Tecnológica de Empresas (ITEC) da Universidade Católica de Brasília (UCB) surgiu, em 2000, para apoiar o desenvolvimento de micro e pequenas empresas e, também, auxiliar na transformação de ideias inovadoras em produtos, processos e serviços. Em harmonia com as principais tendências de mercado, em outubro de 2008 ocorreu a institucionalização da inovação na Universidade, com a criação do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT). Para unir as duas áreas, em 2014 foi instituída a Agência de Inovação e Empreendedorismo EixO, com estrutura para abrigar o NIT e a ITEC. Assim, a preocupação com a inovação tornou-se um dos quatro objetivos estratégicos da Universidade. Com a promoção de cursos e palestras de capacitação em modelos de negócios e gestão estratégica (business model generation), a Agência EixO enxerga que as ações devem se ampliar também a outras áreas. “A UCB sempre esteve antenada ao movimento da inovação tecnológica. A produção do conhecimento, uma das missões das Universidades, é a base para o processo inovativo. A transferência deste conhecimento para a sociedade é, hoje, uma clara exigência para o crescimento e o desenvolvimento econômico de um país ou região e”, disse a Profª. Drª. Marileusa Chiarello. A UCB já registrou vinte pedidos de patentes nas áreas de desenvolvimento de biofármacos para a saúde humana e animal, novos produtos e diagnóstico molecular, junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A Agência

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de Inovação e Empreendedorismo – EixO faz a gestão destas patentes e de seu licenciamento para o setor privado. “A ideia é inovar por meio da transferência de conhecimento e tecnologia”, comenta Marileusa Chiarello. Atualmente, a Agência de Inovação conta com duas unidades operacionais: a Unidade de Transferência de Tecnologia (UTT), para a gestão do patrimônio intelectual, e a Unidade de Apoio ao Empreendedorismo (UAE), com foco na incubação de empresas de base tecnológica e na estratégia de sustentabilidade econômica.

VITRINE TECNOLÓGICA Diversas tecnologias desenvolvidas por pesquisadores da UCB, em conjunto com outras instituições e voltadas ao mercado e ao setor produtivo, foram apresentadas pela EixO à indústria nacional. Após o desenvolvimento do produto, a agência atua em conjunto com a companhia para proteger a tecnologia em vários países, o que legitima sua origem e autoria. A empresa faz o pedido de licenciamento para ter os direitos sobre sua comercialização e, em troca, a Universidade recebe os royalties da licença, um percentual sobre a comercialização. É o caso da Ourofino Saúde Animal, que detém a licença da UCB para um medicamento de uso veterinário contra Salmonelose Aviária.


ACESSIBILIDADE | ARTIGO

A LÍNGUA DE SINAIS: COMUNICAÇÃO, ACESSIBILIDADE E INCLUSÃO (*) Valícia Ferreira Gomes Após um longo período da história, os surdos, indivíduos que não ouvem ou têm alguma deficiência auditiva, mas podem falar e se comunicar com as mãos, estiveram presos a uma forma de comunicação oral que beneficiava os ouvintes, ou seja, pessoas que podem escutar e se comunicar de forma oral e verbal. Durante o século XX, quando se falava em inclusão certamente associávamos ao tratamento de igualdade entre as pessoas, utilizando o errôneo termo “Portadores de Necessidades Especiais – PNE”. Hoje, sabemos que a denominação correta é “Pessoas com Deficiência – PCD” e que, somente em 2008, quando o Brasil ratificou a convenção adotada pela ONU sobre os Direitos das PCDs é que alcançamos mudanças, principalmente, no que tange à acessibilidade e às políticas públicas de inclusão em âmbito nacional. O termo inclusão ainda está em seu auge e tornou-se realidade para muitos que vivem em um país democrático, favorecido por leis e políticas que buscam o bem comum e a igualdade. Quando falamos de acessibilidade, a primeira ideia que nos vem à mente é, por exemplo, a facilidade de acesso físico-estrutural e de mobilidade urbana, com a disponibilidade de elevadores, rampas, calçadas rebaixadas e ônibus acessíveis para pessoas com deficiência física. Quando imaginamos o assunto para pessoas cegas, logo poderíamos contextualizar com a importância do uso de pisos táteis. Mas o que poderíamos dizer em se tratando de pessoas surdas? Quando nos referimos à acessibilidade de comunicação, a primeira sugestão seria a colaboração de um profissional intérprete de língua de sinais para mediar a comunicação entre surdos e ouvintes. Indo mais além, quando se trata de pessoas com deficiência intelectual, antes considerados como “doentes mentais”, pensamos prontamente em inseri-las na escola especial. Entretanto, será que ainda teremos tempo para pensar nas pessoas com deficiência múltipla? É provável que não seria possível enxergar alternativas. Falar de acessibilidade nos exige uma tríade de posturas: a sensibilização, a compreensão (a conscientização) e a ação. Nossa sociedade precisa estar mais sensível para enxergar as limitações do outro, sejam estas psicológicas, visuais, de comunicação, físicas ou motoras, conscientizando-nos de que precisamos valorizar as pessoas a partir do momento em que reconhecemos o outro enquanto indivíduo. É preciso ter empatia e se colocar no lugar do outro para enxergá-lo mesmo com as suas limitações, ao respeitar os seus direitos e deveres que estão respaldados pelo direito à vida. Conscientes

desse direito legal, precisamos nos tornar responsáveis pela garantia do desenvolvimento de ações que garantam de forma integral a acessibilidade e a inclusão das pessoas com deficiência. Trazendo o olhar para a acessibilidade, a inclusão dos surdos e o uso da língua de sinais, de acordo com o último Censo do IBGE (2010), foram reconhecidos, no Brasil, cerca de 9,7 milhões de pessoas que se declararam surdas ou com deficiência auditiva. A cada dia, elas se tornam usuárias da segunda língua oficial do país, reconhecida como a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, por meio da Lei 10.436/2005 e regulamentada pelo Decreto 5.626/2005. As línguas de sinais são estudadas desde o século XVIII, na Europa, mas só começaram a ser disseminadas por todo o mundo a partir da década de 1960, tendo início na América do Norte. Apesar de atualmente ser reconhecida como língua de sinais no mundo todo, em diferentes culturas, vale ressaltar que a LIBRAS não é universal. Assim como todo país tem o seu idioma e sua expressão de comunicação na língua oral, cada nação também tem a sua manifestação da cultura surda com o uso da sua língua de sinais. A primeira escola para surdos no Brasil, o Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES (www.ines.gov.br/), só foi instituída em meados do século XIX, no Rio de Janeiro. A LIBRAS é a língua materna dos surdos que os identifica como Comunidade e Cultura Surda, o que torna a comunicação espaço-gesto-visual de extrema importância para a compreensão e comunicação entre indivíduos surdos e ouvintes. Assim como as línguas orais, as línguas de sinais também possuem estruturas morfológica, gramatical e sintática. Para quem está cursando o Ensino Superior, já é possível aprender a LIBRAS em seu contexto prático com professores surdos. Com o Decreto 5.626/2005, a disciplina tornou-se obrigatória à licenciatura e optativa aos bacharelados. Há aproximadamente 10 anos a inclusão tem se tornado realidade para muitos docentes e a acessibilidade tem sido uma necessidade cada vez mais presente para as Pessoas com Deficiência que chegam à Universidade. (*) Valícia Ferreira Gomes é especialista em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e Educação Inclusiva, mestranda em Educação pela Universidade Católica de Brasília (UCB). Faz parte do Projeto Rondon e do Serviço de Orientação Inclusiva (SOI).

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P&D | PESQUISA UNIVERSITÁRIA

PESQUISA UNIVERSITÁRIA: AO ALCANCE DE TODOS A Universidade Católica de Brasília, em 4º lugar no Ranking Universitário Folha (RUF), no último ano, reuniu importantes projetos de professores e estudantes, nos campos da Ciência, Tecnologia e Inovação, em variadas áreas do conhecimento Por Anny Cassimira

A

s atividades de pesquisa contribuem para a geração de processos, produtos e serviços inovadores, impactando no desenvolvimento social e econômico do país, mas o que poucos sabem é que a pesquisa universitária é uma boa opção para quem deseja investir no futuro acadêmico. A Universidade é um espaço que permite integrar atividades de ensino, pesquisa e extensão, um grande diferencial da Universidade Católica de Brasília (UCB) em relação a centros universitários e outras faculdades. Com apenas 21 anos do Programa de pós-graduação, a Instituição já alcançou o 4º lugar na área de pesquisa e o 5º lugar no quesito inovação entre as instituições privadas em todo o país de acordo com o Ranking Universitário da Folha (RUF). A UCB foi considerada ainda a melhor Universidade privada do Centro-Oeste e do Distrito Federal, o que se deve à qualidade e relevância da pesquisa desenvolvida por docentes e estudantes, resultado dos números de publicações, citações, artigos científicos e captação de recursos de incentivo. Por meio de projetos dos Programas de pós-graduação e da graduação da UCB, a área de pesquisa impulsiona a produção científica no Brasil de forma abrangente. Segundo a Profª. Drª. Marileusa Chiarello, “A formação

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de novos pesquisadores é proporcional ao interesse na pesquisa desde o ensino fundamental. Na Universidade, esse interesse é ampliado pela iniciação científica, quando estudantes de graduação trabalham em projetos sob a orientação de pesquisadores. A pesquisa pode ser uma profissão interessante e com várias possibilidades de atuação”, completa. Hoje, a UCB possui em andamento 150 projetos de pesquisa que, nos últimos cinco anos, somam cerca de R$ 30 milhões investidos por agências externas de fomento, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP-DF). 2014 foi um ano de realizações, pois importantes descobertas saíram do papel e chegaram à população, graças à qualificação da equipe, ao conhecimento adquirido e à infraestrutura disponível na Universidade. Para se ter uma ideia, o maior centro de pesquisas em sequenciamento genético do Brasil, o Centro de Genômica de Alto Desempenho do Distrito Federal (Genômica-DF), funciona desde 2010 no Câmpus II da UCB, em parceria com outras instituições. Além de infraestrutura laboratorial, o Genômica-DF possui dois

equipamentos únicos na América do Sul: o Genome Analyzer, da Illumina, e o 454 Titanium, da Roche, o que coloca a Universidade em um patamar de igualdade com os grandes centros tecnológicos no mundo. CIÊNCIA, EDUCAÇÃO E GESTÃO No último ano, o Programa de pós-graduação em Ciências Genômicas e Biotecnologia abrangeu importantes pesquisas com alcance nacional e internacional. Pesquisadores do projeto de Metagenômica e Microbiota do Cerrado, em parceria com a Ourofino Saúde Animal, desenvolveram um antibiótico de uso veterinário contra a Salmonella no frango. Em novembro de 2014, o medicamento, criado a partir da bactéria Paenibacillus Ourofinensis, presente no solo do Cerrado, foi licenciado para ser comercializado. Responsável pela realização dos processos de registros de patentes e de propriedade intelectual, a Agência de Inovação e Empreendedorismo da UCB, EixO, tornou possível a exclusividade da descoberta, com o registro da patente da bactéria em território nacional (2009) e internacional (2011) em diversos países. O coordenador de Pós-Graduação em Ciências Genômicas e Biotecnologia, Rinaldo Wellerson Pereira, considera que, “em 10 anos, descobrimos que os


PESQUISA UNIVERSITÁRIA | P&D

lipopeptídeos são potentes na produção de antibióticos e, então, conseguimos incorporar essa molécula à ração de frangos, substituindo os remédios que podem contaminar a carne. Ou seja, a Católica possui uma mina de ouro e tudo isso graças aos nossos laboratórios”. Já o líder da pesquisa na área de Análises Proteômicas e Genômicas, Prof. Dr. Octavio Luiz Franco, pontua que, “no Brasil, é extremamente difícil levar um produto ao mercado. Isso representa um marco para nós”. Outro projeto de sucesso foi a decodificação da sequência completa do genoma do eucalipto que recebeu atenção mundial pela publicação na revista Nature. Foram identificados 36 mil genes da árvore – quase o dobro dos genes do genoma humano –, espécie de grande importância para a economia brasileira e base para a produção de celulose, papel, aço e produtos de madeira. Isso comprova a capacidade científica do país e da Universidade em pesquisa genômica voltada para o melhoramento genético de espécies florestais. Para um dos líderes do projeto, o pesquisador da UCB e cientista da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Dario Grattapaglia, “o genoma do eucalipto é um verdadeiro manual de instruções. Entender a base molecular de sua plasticidade é essencial frente às mudanças climáticas”. Entretanto, a área de pesquisa não abrange apenas a ciência, mas também o campo de gestão. Um projeto de governança em Tecnologia da Informação (TI), desenvolvido por estudantes do Mestrado em Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação (MGCTI), elaborou um avançado modelo de gerenciamento de projetos que, hoje, é utilizado na

Administração Pública Federal, em órgãos como o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), para padronizar serviços. Para o Prof. Dr. João Souza Neto, do MGCTI, projetos de normatização para a eficiência da Administração Pública Federal são espelhos para outros órgãos. “O TCU é uma referência para que outras instituições adotem o mesmo modelo”, diz. A coordenadora do MGCTI, Prof.ª Dr.ª Luiza Beth Nunes Alonso, traça um perfil dos novos pesquisadores. “São estudantes com 38 anos de idade que já exercem funções de gestão no serviço público. O MGCTI integra pesquisas que aplicam os princípios gerenciais à informação e ao conhecimento, como estratégia para a melhoria de processos, produtos e serviços”, complementa. Nesse cenário, a Educação não pode ser deixada de lado e também é objeto de pesquisa. Em 2014, o Programa de Pós-Graduação em Educação da UCB formou o primeiro Mestre surdo de Brasília (DF), o Prof. MSc. Falk Soares Ramos Moreira. A pesquisa de Falk identificou o perfil de professores surdos na Educação Superior no DF e analisou políticas públicas de inclusão. Segundo a Prof.ª Drª. Ranilce Mascarenhas Guimarães-Iosif, “iniciamos um esforço para inclusão de estudantes especiais, com uma avaliação diferenciada e a reserva de vagas, o que nos torna uma referência para outros mestrandos com qualquer tipo de deficiência”. INVESTIMENTO PARA O FUTURO A Universidade Católica de Brasília é a única Instituição de Ensino Superior (IES) privada que conta com bolsistas remunerados pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid). Atualmente, a UCB conta com

140 bolsas do Pibid, nove cursos envolvidos e 110 estudantes para atender a nove escolas públicas do DF. A iniciativa abrange desde a Educação Infantil, com a prática de didáticas pedagógicas, até o Ensino Médio, com aulas de Química, Física, Matemática, Biologia, Filosofia e Português. Segundo a coordenadora do Pibid/UCB, a Prof.ª Dr.ª Janete Cardoso dos Santos, o programa de pesquisa tem o objetivo de qualificar a docência e melhorar a escola pública. “O Pibid valoriza o trabalho dos professores no momento em que os cursos de licenciaturas têm pouca demanda”, analisa. Já o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic/CNPq) é voltado a estudantes de graduação que desejam aprofundar conhecimentos na área de formação. Para a coordenadora do Programa de Iniciação Científica, Profª. Drª. Paula Andréia Silva, “somente uma instituição conceituada pode ter acesso a bolsas no projeto. É uma das atividades extracurriculares que nos habilita a iniciar uma carreira tão cara e necessária ao nosso país”. O estudante de ciências biológicas da UCB, Marlon Henrique Cardoso, 22 anos, está há dois anos e meio no projeto e considera crucial o aprendizado teórico aliado a atividades aplicadas. Com publicações nacionais e internacionais de artigos, Marlon acaba de se formar e já pode ingressar diretamente no programa de doutorado como pesquisador. “Participar de diferentes linhas de pesquisa (Biologia Celular na Zoologia e Botânica) me fez ter um olhar mais crítico e multidisciplinar ao longo da minha graduação. Agora, vou finalizar outros artigos científicos e capítulos de livros, elaborar um projeto de doutorado coerente e estabelecer colaborações nacionais e internacionais”, comemora.

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PÓS-GRADUAÇÃO | APRENDIZADO

APRENDIZADO CONTÍNUO, O SEU CAMINHO ATÉ O SUCESSO! Por Juliana Tito

F

inalizar a graduação é uma grande conquista na vida de um estudante. Durante o período de 2 a 6 anos de estudo, de acordo com a opção e tipo de curso escolhido, os profissionais vão sendo lapidados de forma generalista nesta etapa de formação. O mercado de trabalho atual busca por profissionais que se reciclam, que estejam sempre à procura de aprofundar conhecimentos. Além de poder focar em sua área de atuação, optar por uma Pós-Graduação proporciona desenvolvimento de competências e conhecimentos, ampliação da rede de relacionamento profissional, além de inovação das habilidades. Em uma era em que conhecimento, aprendizagem e qualificação fazem parte dos pré-requisitos básicos exigidos pelos contratantes, encerrar os estudos não é uma opção a ser escolhida para quem quer ter sucesso na profissão. A publicitária Ayla Rosadine, 23 anos, estudante do curso de Pós-Graduação em Marketing da UCB, garante: “Apesar de todo esforço e correria, por conciliar a especialização com o trabalho, vale muito a pena. Você se sente mais capacitado, o mercado te enxerga de outra forma e no trabalho

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sinto que tenho mais credibilidade em minha área para poder opinar e sugerir, pois tenho mais bagagem do que apenas a graduação”. Ayla ainda destaca: “Após concluir o curso estarei apta a procurar concorrer a vagas de alta gestão que exigem profissionais pós-graduados como supervisora, analista ou gerente”.

sionais focados em pesquisas e descobertas, que buscam evolução na área acadêmica, institutos de pesquisa, empresas inovadoras e organismos públicos. De acordo com a Prof.ª Dr.ª Marileusa Chiarello, membro do corpo permanente do Programa de Pós-Graduação em Gerontologia da UCB, “os programas de Mestrado e Doutorado

LATO SENSU X STRICTO SENSU Existem dois tipos de pós-graduação: Lato Sensu e Stricto Sensu. Ambos com sua importância, a escolha depende do perfil de cada profissional. O Lato Sensu é composto por cursos de especialização e MBAs (Master of Business Administration). Normalmente direcionado para quem tem interesse no crescimento profissional no mercado de trabalho, de forma geral, contribui para uma visão madura de mercado com base em aspectos da ciência. “Este diferencial proporciona o reconhecimento do mercado e, consequentemente, a empregabilidade de quem estuda na UCB”, ressalta o Prof. MSc. Igor Gomes, coordenador do MBA em Marketing. O Stricto Sensu é constituído por programas de Mestrado e Doutorado. Essa opção é mais voltada para profis-

colaboram com o desenvolvimento do senso crítico, estimulam a capacidade de busca contínua de soluções e contribuições para a construção e disseminação do conhecimento”.

PÓS-GRADUAÇÃO UCB A Pós-Graduação da Universidade Católica de Brasília (UCB) vem formando e qualificando profissionais em diversas áreas, durante seus vinte anos de existência. Ampla produção científica, convênios com instituições no exterior e laboratórios de ponta fazem dos Programas de Pós-Graduação da UCB referência no país.


APRENDIZADO | PÓS-GRADUAÇÃO

STRICTO SENSU MESTRADO • • • • • • • • •

Ciências Genômicas e Biotecnologia Comunicação Direito Economia Educação Educação Física Gerontologia Gestão do Conhecimento e da Tecnologia da Informação Psicologia

DOUTORADO • • • • •

Ciências Genômicas e Biotecnologia Economia Educação Educação Física Psicologia

Literatura Brasileira

MBA em Administração Financeira

MBA em Gerenciamento de Projetos

LATO SENSU •

Direito e a Inteligência no Combate ao Crime Organizado e ao Terrorismo

Direito Processual Civil

Educação Física Escolar

Educação Matemática

MBA em Gestão Empresarial

Formação para Professores de Educação Infantil

Fisiologia do Exercício

MBA em Marketing

Gestão Educacional

Mediação de Conflitos

Leitura e Produção de Textos

Perícia Digital

Língua Inglesa

PÓS-GRADUAÇÃO EAD •

Coordenação Pedagógica

Direito Processual Civil

Docência Virtual e Presencial no Ensino Superior

Direitos Humanos

Educação a Distância

Ensino e Aprendizagem da Língua Portuguesa para

Filosofia e Existência

Psicopedagogia Clínica e Empresarial

Gestão de Projetos

Engenharia de Software

Gestão Estratégica da Logística

Governança de Tecnologia da Informação

MBA em Contabilidade Aplicada ao Setor Público

Redes de Nova Geração

MBA em Padrões Internacionais de Auditoria Interna

Análise Criminal

Direito Constitucional

Direito do Estado

o Ensino Fundamental II e Ensino Médio

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ENTREVISTA | PROF. GILBERTO

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