Projeta-me: the youngest king

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ORGANIZADORA

Ana Cleia Christovam Hoffmann


Associação Pró-Ensino Superior em Novo Hamburgo - ASPEUR Universidade Feevale

PROJETA-ME: THE YOUNGEST KING Organizadora Ana Cleia Christovam Hoffmann

Novo Hamburgo, Brasil/RS 2018


PRESIDENTE DA ASPEUR Luiz Ricardo Bohrer

COORDENAÇÃO EDITORIAL GERAL Cristina Ennes da Silva

REITORA DA UNIVERSIDADE FEEVALE Inajara Vargas Ramos

EDITORA FEEVALE Mauricio Barth (Coordenação) Adriana Christ Kuczynski (Design editorial) Tiago de Souza Bergenthal (Revisão textual)

PRÓ-REITORA DE ENSINO Cristina Ennes da Silva PRÓ-REITOR DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO João Alcione Sganderla Figueiredo PRÓ-REITOR DE INOVAÇÃO Cleber Cristiano Prodanov

DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP) Universidade Feevale, RS, Brasil Bruna Heller – CRB 10/2348 Projeta-me [recurso eletrônico] : the youngest king / Ana Cleia Christovam Hoffmann [Organizadora]. – Novo Hamburgo : Universidade Feevale, 2018. Sistema requerido: Adobe Acrobat Reader. Modo de acesso: <www.feevale.br/editora> ISBN 978-85-7717-225-2 1. Moda - Desfiles de moda - Novo Hamburgo (RS). 2. Estilistas (Moda) Novo Hamburgo (RS). I. Hoffmann, Ana. III.Título. CDU 659.3

© Editora Feevale - TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - É proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio. A violação dos direitos do autor (Lei n.o 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal. Universidade Feevale Câmpus I: Av. Dr. Maurício Cardoso, 510 - CEP 93510-235 - Hamburgo Velho Câmpus II: ERS 239, 2755 - CEP 93525-075 - Vila Nova Fone: (51) 3586.8800 - Homepage: www.feevale.br Novo Hamburgo/RS - Brasil


APRESENTAÇÃO O Projeta-me, encontra-se na sua 26a edição, que por meio da formação multidisciplinar, estimula a habilidade do pensar e do fazer moda. Este e-book apresenta as coleções desenvolvidas pelos alunos formandos, aproximando-os das comunidade e do mercado de trabalho, evidenciando as habilidades e teorias construídas ao longo da sua trajetória acadêmica, materializados em criações exclusivas, concebidas a partir de pesquisa, criatividade, técnica e emoção.



Produção e conceito: Ana Hoffmann Estagiárias Júlia Giroletti e Maria Isabel Machado Figurinistas Ana Claudia Teixeira, Andressa Balparda, Christian Vinícius, Débora Ribeiro, Gabriela Sander, Júlia Giroletti, Katiélen Hesper, Leticia Oliveira, Mayara Goldbeck, Martina Lechmann, Maria Isabel Machado, Nicole Born, Priscila Junges, Vanessa de Jesus Fotógrafa Dinara DalPai Fotografia de making of Karen Juliana Santos Modelos Alexandre Reichert, Deise Alves, Cleyton Moreira, Cristiano Evaldt, Matheus Quadros Maquiadoras Renata Correa, Gabriela Teles Locação Ruínas PaintBall Acessórios Chilli Beans














THE YOUNGEST KING: VIDA E OBRA DE JEAN MICHEL BASQUIAT Débora Regina Ribeiro da Silva Gabriela Sander Jean Michel Basquiat, nasceu em 22 de dezembro de 1960, em Nova York, de família multiétnica, sua a mãe era filha de porto-riquenhos e seu o pai era haitiano. O artista viveu uma vida de classe média e confortável, conforme afirma Pinto (2007), cresceu no Brooklyn, lá teve seus primeiros contatos com a arte, através de visitas esporádicas ao museu do bairro, do qual se tornou “membro júnior”. A admiração pelas artes veio de sua mãe, que sempre incentivou sua habilidade para o desenho e acompanhou o filho a museus como o Museu do Brooklyn, Museu de Arte Moderna de Nova York e Metropolitan Museum. Aos sete anos, Basquiat sofre um acidente e durante sua recuperação recebe um presente que influenciaria seu trabalho anos depois, o livro de anatomia, Gray’s Anatomy. Em Maio [de 1968], enquanto jogava bola na rua, Basquiat foi atropelado por um automóvel. Ele quebrou um braço, sofreu várias lesões internas, e teve seu baço removido. Ele foi hospitalizado no Hospital King’s Country por um mês. Enquanto se recuperava, ele recebe uma cópia de Gray’s Anatomy da sua mãe. O livro fez marcas duradouras; sua influência é encontrada nos trabalhos posteriores de Basquiat através de desenhos anatômicos e gravuras e no nome da banda que ele co-fundou em 1979, Gray1 (THE ESTATE OF JEAN MICHEL BASQUIAT, 2010).

1 tradução nossa. Original:”In may, while playing ball in the street, Basquiat is hit by an automobile. He breaks an arm, suffers various internal injuries, and has to have his spleen removed. He is hospitalized at King’s County Hospital for a month. While recovering, he receives a copy of Gray’s anatomy from his mother. The book makest a lasting impression; its influence is found in Basquiat’s later work with anatomical drawings and prints and in the name of the band he co-founded in 1979, Gray.”

Em 1977, Basquiat cria um personagem para ele, chamado SAMO (expressão em inglês que significa “Same Old Shit”2). Com esse personagem, o artista passa a assinar suas primeiras intervenções urbanas, que consistiam em frases “pixadas” em qualquer lugar e que tratavam sobre religião, política e filosofia. Ele e um amigo artista, Al Diaz, começaram a grafitar prédios em Lower Manhattan com o nom de plume, SAMO, um acrônimo para “Same Old Shit”. com seu credo antissistema, antirreligioso, anti-político unidos em um formato ultra contemporâneo, SAMO logo chamou a atenção da mídia [...]3 (ROSENBERG, 2018).

No ano seguinte, ele sai de casa e passa a morar com conhecidos, mas nunca com um endereço fixo. Como meio de sobrevivência, Jean-Michel passa a elaborar e comercializar cartões postais com seus desenhos, vendendo um deles a Andy Warhol, um dos maiores artistas de Pop Art do mundo. Em 1979, Basquiat forma uma banda, do estilo que ficou conhecido como “noise music”, a Gray. Conforme relata The Estate Of Jean Michel Basquiat (2010), nesse mesmo ano o artista conhece Diego Cortez, um artista e cineasta, que foi um dos primeiros responsáveis por vender e apresentar a comerciantes de arte o trabalho de Jean Michel.

que se traduz para o português como “a mesma porcaria de sempre”. Tradução nossa.

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tradução nossa. Original:" he and an artist friend, Al Diaz, started spray-painting buildings in Lower Manhattan under the nom de plume, SAMO, an acronym for "Same Old Shit". With its anti-establishment, anti-religion, anti-politics credo packaged in an ultra-contemporary format, SAMO soon received media attention [...]” 3


Basquiat começou a ser amplamente reconhecido em junho de 1980, quando participou do The Times Square Show, uma mostra com obras de diversos artistas. E em 1982, Jean-Michel realiza sua primeira exposição solo, a qual se tornou o estopim para diversas outras no mesmo ano. Este ano, segundo Rosenberg (2018), é considerado o período de mais destaque na carreira do artista. Basquiat já havia se tornado conhecido como grafiteiro no final dos anos 1970, e ele primeiro mostrou seu trabalho em uma galeria em junho de 1980, participando do The Times Square Show, com artistas como Jenny Holzer, Keith Haring e Kiki Smith. Em 1981, ele foi incluído no New York / New Wave na PS1 e, em 1982, ele completou com sucesso sua primeira exposição individual nos Estados Unidos (KUKJE GALLERY, 2013, p. 3).

Basquiat se tornou muito próximo de Andy Warhol, com quem colaborou ostensivamente, um verdadeiro encontro de mentes. Algumas pessoas afirmavam que Warhol estava somente usando Jean-Michel como uma maneira de continuar em voga, por causa da juventude e fama do pintor, mas a amizade entre os dois ia muito além de um simples alavancamento de popularidade, era uma enorme admiração mútua, conforme afirmam Dyan e Lahmi (2011). A morte de Warhol atingiu Jean-Michel duramente. O artista já estava frustrado e chateado com sua falta de reconhecimento pelo mundo da arte, e isso só aumentou sua aflição. Todos esses fatores desencadearam o uso excessivo de drogas ilícitas pelo artista. Muitos de seus amigos tentaram ajudar, mas ele estava quase inconsolável. Basquiat

tentou diversas vezes parar o consumo de drogas, mas essa era a única coisa, além de Warhol, que sempre estava lá para ele. Em 1988, viajando e se preparando para futuras exibições, Jean-Michel deixa o mundo devido a uma overdose de drogas (KUKJE GALLERY, 2013). As obras de Basquiat eram chamadas de “primitivismo intelectualizado” e retratavam personagens esqueléticos, rostos apavorados ou mascarados. Sua arte quase sempre representa sua origem negra retratada em meio ao caos. Seus quadros refletem e refratam o submundo de New York, mostrando o processo de negação da importância dos elementos das cosmovisões de matriz africana, numa sociedade onde o ideal branco de ego determina aos afrodescendentes o desenvolvimento de uma autoimagem negativa acompanhada de uma autoestima bastante rebaixada (ROCHA, 2001, p. 38).

De acordo com Nunes (2013), Basquiat utilizou uma rica fusão artística, com poesia, desenho e pintura. Também misturando texto e imagem; abstração e figuração; e informação histórica junta com a crítica contemporânea. A trajetória de Jean Michel Basquiat foi muito rápida e intensa. Nesse curto espaço de tempo “ele criou sua imagem e ganhou a fama artística que ele achava que sempre merecia” (MOSNY, 2008, p. 15), e dentre tantos altos e baixos, o jovem rei criou obras primas que até hoje inspiram e fazem refletir sobre a vida e seus mais diversos aspectos.

REFERÊNCIAS DYAN, Gilles; LAHMI, Jordan. Andy Wahrol Jean-Michel Basquiat: An American Legacy. 2011. Disponível em: <http://www.operagallery.com/media/110.pdf>. Acesso em: 17 mai. 2018. KUKJE GALLERY. Jean-Michel Basquiat. 2013. Disponível em: <https://www.kukjegallery.com/ db_img/press/d_Jean_Michel_Basquiat_en.pdf>. Acesso em: 14 mai. 2018.


MOSNY, Alaina Young. The reconsideration of Jean-Michel Basquiat’ s work from the hybrid cultural perspective. 2008. Disponível em: <https://scholarship.richmond.edu/cgi/viewcontent.cgi?referer=https%3A%2F%2Fwww.google.com.br%2F&httpsredir=1&article=1815&context=masters-theses>. Acesso em: 17 mai. 2018. NUNES, Tiago. Jean-Michel Basquiat. 2013. Disponível em: <https://tiagornunes.files.wordpress.com/2013/10/book-basquiat.pdf>. Acesso em: 14 mai. 2018. PINTO, Sílvia Machado de Paiva Loureiro Bigote. O Imaginário Infantil na Obra de Paula Rego: Narrativas Visuais. Universidade de Aveiro: Portugal, 2007. ROCHA, Marlúcia Mendes da. Jean Michel Basquiat (1960-1986). Santa Cruz do Sul - BA. 2001. Disponível em: <http://www.uesc.br/nucleos/kawe/revistas/ Ed_02/basquiat.pdf>. Acesso em: 10 mai. 2018. ROSENBERG, Bonnie. Jean-Michel Basquiat Artist Overview and Analysis. The Art Story Contributors. 2018. disponível em:<http://www.theartstory.org/ artist-basquiat-jean-michel. htm>. Acesso em: 17 mai. 2018. THE ESTATE OF JEAN MICHEL BASQUIAT. The Artist - Chronology. 2010. disponível em: <http://www.basquiat.com/artist.htm#>. Acesso em: 17 mai. 2018.


O DESIGN DE SUPERFÍCIE E A OFICINA BASQUIART Julia Girolletti Maria Isabel Machado O Design de Superfície é algo com que convivemos diariamente, ele está em toda a parte, por mais que muitas vezes não nos demos conta (REIS, 2015). Sua presença é registrada desde os primórdios, em cavernas, em desenhos e pinturas rupestres, os quais o homem utilizava para se expressar na época. (REIS, 2015; RUTHSCHILLING, 2008). Rubim (2005) afirma que o Design de Superfície é sempre um projeto para uma superfície, seja ela de qualquer natureza. O design de Superfície abrange o design têxtil, cerâmico, de plásticos, de emborrachados, papelaria e desenhos e/ou cores sobre utilitários (por exemplo, louça). Também pode ser considerado um valioso complemento ao Design Gráfico, quando participa de alguma ilustração, do fundo de uma peça gráfica ou é utilizado em web design (RUBIM, 2005). As cores possuem um poder inestimável quando tratamos de design de superfície, uma paleta de cores harmônica e bem construída faz toda diferença em como o produto é percebido pelo consumidor (RUBIM, 2005). Segundo Rigon (2012), o Design de Superfície possui alguns tópicos, sendo eles as tecnologias, máquinas, equipamentos e necessidades de mercado. Rigon (2012) ainda afirma que não existem regras ou fórmulas certas ou erradas para construção de um projeto de design de superfície, mas é possível encontrar técnicas que constam nos princípios básicos do design de superfície (construções de módulos e repetições dos mesmos) que auxiliam neste desenvolvimento. Tendo em vista o artista/pichador Jean-Michel Basquiat como tema central da pesquisa para o desenvolvimento de uma mini-coleção do projeto de ensino “Projeta-Me”, realizou-se

uma atividade com alunos de 4 a 8 anos da Escola de Aplicação Feevale, com proposição de criação de um design de superfície livre, onde foram utilizadas tintas acrílicas para eles pintarem com as mãos/dedos/pés em 15 metros de tecido de algodão cru. Antes do início da oficina, foi apresentado aos alunos um breve histórico de Basquiat, de forma lúdica e com interação das crianças, eles puderam compreender quem foi e o que fazia Jean-Michel Basquiat. Os traços de Basquiat muitas vezes eram “infantis” e traziam assimetrias e partes do corpo humano, essa foi a única ideia proposta aos alunos: corpo humano e liberdade de expressão. Ao longo da oficina os alunos se mostraram mais livres para construir seus desenhos, usar tintas de cores e quantidades de sua escolha, andar sobre o tecido, pintando não só com as mãos, mas fazendo uso de seus pés para construção de novas possibilidades de desenhos. Os 15 metros de tecido foram totalmente cobertos por formas coloridas desenvolvidas pelos alunos, sendo posteriormente recolhido pela professora responsável pelo Projeta-me, estagiárias e voluntários e, assim, levado à Universidade Feevale. Depois da tinta já absorvida pelo tecido, e o mesmo estar pronto para uso, os alunos iniciaram os processos de corte e costura. É importante destacar que uma pesquisa de referências e tendências e, posteriormente, a criação da coleção pelos alunos do Curso de Moda já havia ocorrido antes da oficina infantil acontecer, ou seja, o tecido pintado já possuía seu destino de uso. As pinturas realizadas antes dos processos criativos de desenhos, corte e costura possuíam um sentido diferente daqueles que


foram percebidos ao final da peça pronta. O tecido inteiro pintado possui suas imagens e cores, porém quando é transformado em peça que envolve o corpo, cria sentidos próprios. A partir do momento de concretização das ideias e visualização do tecido já como peça

de vestimenta, percebe-se as referências do tema em questão, Jean-Michel Basquiat, presentes no projeto. A pesquisa e o entendimento dos fatores que guiaram o projeto mostram-se fundamentais na etapa de construção e finalização, pois se tornam perceptíveis aos olhos do expectador.

REFERÊNCIAS REIS, Julia Costa. Design de Superfícies: o que é? Joinville: Marketeria, 2015. Disponível em: <http://www.marketeria.com.br/design-de-superficies-o-que-e/>. Acesso em: mai. 2018. RUBIM, Renata. Desenhando a superfície. São Paulo: Editora Rosari, 2005. RUTHSCHILLING, EveliseAnicet. Design de Superfície. Porto Alegre: Editora UFRGS, 2008. RIGON, Patrick Ribeiro. Design de Superfície: interação superfície-meio, 2012. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/70352>. Acesso em: mai. 2018.


ALFAIATARIA OVERSIZED Martina Zucchetti Lechmann Mayara Goldbeck Dias A alfaiataria e o conhecimento da mesma foram desenvolvidos de forma lenta e gradual na Europa, entre os séculos XII e XIV, como relata Reis (2013). A palavra alfaiataria deriva do alfaiate, profissional que estuda o ofício e se aperfeiçoa, segundo Nunes (2016). Tem como definição, também, o “ato de talhar (cortar) e coser (costurar) tecidos para produção de roupas masculinas” (HOUAISS; VILLAR, 2003, p. 20 apud NUNES, 2016, p. 27). Além disso, “o feitio da alfaiataria requer técnicas artesanais, em sistema de produção manufaturada de peças únicas, e considera em sua execução as medidas corpóreas específicas de cada cliente” (NUNES, 2016, p. 27). Os primeiros registros da função são esclarecidos por Hollander (1996 apud NUNES, 2016), tendo relação com o desenvolvimento de armaduras metálicas militares e de cavalaria medieval, servindo, futuramente, como inspiração para as transformações dos trajes masculinos. Hollander (1996 apud DIEHL, 2016) aponta os armeiros considerados os primeiros alfaiates do continente. Reis (2013) descreve os alfaiates como representantes de um produto único e de qualidade, sendo a marca de sua tradição. Jones (2005 apud REIS, 2013) descreve que as técnicas de alfaiataria incluem a costura, sendo uma extensão desta, a nível de vestuário masculino ou feminino. “É um método de combinar e modelar tecidos para criar a forma desejada no corpo, uma combinação de técnicas de colocar os enchimentos, pespontar e passar” (JONES, 2005 apud REIS, 2013, p. 35). O oversized é uma tendência de moda caracterizada pelos cortes exageradamente volumosos, segundo Ferraz (2017). O estilo oversized teve bastante influência nos estilos grunge, hip hop e rock’n’roll. Braga (2007) define o grunge como um estilo descontraído

com peças sobrepostas, roupas oversized e a cultuada camisa de flanela xadrez amarrada à cintura. Segundo Rechia (2015), o movimento grunge, que se consolidou nos anos 1990, influenciou a moda e o comportamento dos jovens da época, com seu estilo despojado de calças e bermudões largos. A cultura hip hop também influenciou a moda dos anos 90 ‘’com suas roupas oversized (em tamanhos maiores que as medidas do corpo) e grandes acessórios dourados ou prateados, que influenciaram o modo de vestir dos jovens’’ (SENA, 2011, p. 10). No rock’n’roll, conforme Coutinho (2016), a cantora Sinead O’Connor e seu estilo tomboy, na segunda metade dos anos 80, foram marcados por peças retas e momentos de modelagem mais oversized, combinados com seu cabelo de corte raspado. Yahn e Grimberg (2017) afirmam que, no presente momento, o oversized ainda está relevante, e não apenas nas marcas com estilo mais esportivo. O oversized surge em looks combinados até para a noite. O foco ainda é o moletom, mas nesta temporada também apareceram ternos, trench coats e maxi jaquetas jeans. A alfaiataria oversized esteve presente em todas as semanas de moda. A coleção 2018/01 da La Garçonne, contou com 63 looks entre peças festivas com jaquetas oversized acolchoadas e alfaiataria Príncipe de Gales com renda. ‘’O blazer com padronagem Príncipe de Gales vem oversized, de preferência na modelagem cruzada, usado com as mangas arregaçadas sobre uma camisa de renda transparente, uma t-shirt e um jeans’’ (ASTUTO, 2017). A 26° edição do Projeta-me, evento que ocorre na Universidade Feevale, produziu uma coleção baseada nas obras de Basquiat, denominada The Youngest King, tendo


inspiração na alfaiataria oversized, contando com inspirações e referências de marcas que também se utilizaram disso nas semanas de moda mais recentes, como: Maison Margiela, Balmain, Burberry, Dior e Marc Jacobs. Foram criadas pelos alunos voluntários, juntamente com as estagiárias e a professora

responsável do evento, peças volumosas, bem estruturadas e oversized. Para isto, algodão cru foi utilizado na confecção das peças de alfaiataria, além de tecido holográfico em malha, empregado para complementação do estilo street, também presente na coleção.

REFERÊNCIAS DIEHL, Bárbara Luiza. A transposição da estética Dândi para a mulher. Monografia (trabalho de conclusão de curso) - Universidade Feevale. Novo Hamburgo, 2016. NUNES, Valdirene Aparecida Vieira. A Importância da Alfaiataria no Ensino de Moda Contemporânea Brasileira. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação. Bauru, 2016. REIS, Benilde Mendes dos. Alfaiataria na contemporaneidade Alfaiataria Artesanal e Alfaiataria Industrial um estudo caso. Dissertação (Mestrado) - Universidade da Beira Interior. Faculdade de Design de Moda. Covilhã, 2013. SOUZA, Walkiria; BARBOSA, Rita Claudia; QUEIROZ, Cyntia. Alfaiataria Hoje. 11º Colóquio de Moda – 8ª Edição Internacional. 2º Congresso Brasileiro de Iniciação Científica em Design e Moda. Anais... Curitiba, 2015. ASTUTO, Alfaiataria fina faz volta triunfal à moda. Revista Vogue, 2017. Disponível em: <https://vogue.globo.com/moda/noticia/2017/11/alfaiataria-fina-faz-volta-triunfal-moda. html>. Acesso em: mai. 2018. MATHIAS, Bruna. A evolução da moda vestuário masculina do século xx aos dias atuais. Monografia (Tecnologia em Estética e Imagem Pessoal) - Universidade Tuiuti do Paraná, 2014. SANCHEZ, Gabriel; SCHIMITT, Juliana. Moda sem gênero: conceituação e contextualização das tendências não binárias. 12° Colóquio de Moda - 9° Edição Internacional. 3º Congresso de Iniciação Científica em Design e Moda. Anais... Paraíba, 2016. SENA, Taísa Vieira. A construção da identidade masculina contemporânea por meio da roupa íntima. Dissertação (Design) - Universidade Anhembi Morumbi. São Paulo, 2011. Yahn, GRIMBERG, Dossiê FFW: as principais tendências que surgiram nas passarelas do SPFWN44. Revista FFW, 2017. Disponível em: <http://ffw.uol.com.br/trends/dossie-ffw-as-principais-tendencias-que-surgiram-nas-passarelas-do-spfwn44/>. Acesso em: mai. 2018.


SUSTENTABILIDADE NA MODA Nicole Born Rodriguês O assunto sustentabilidade nasceu em 1983, quando Gro Harlem Brundtland ficou encarregada de criar uma comissão que analisasse os conflitos do desenvolvimento econômico e de proteção ambiental, criando-se assim a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, da ONU (Organização das Nações Unidas). Os resultados foram publicados em 1987, em um livro chamado Nosso Futuro Comum. Penna (1999) afirma que, segundo a comissão, desenvolvimento sustentável é “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades”. Para Salcedo,

vez que o desenvolvimento sustentável “[...] não deve por em risco a atmosfera, a água, o solo e os ecossistemas, fundamentais à vida na terra” (PENNA, 1999, p. 140). Uma conscientização total dos impactos da indústria no meio ambiente, impactos tanto ambientais como sociais, sendo eles: a contaminação das águas no cultivo e na extração das matérias-primas, assim como a produção dos fios, tecidos e roupas; gasto enorme de água durante o processo de fabricação das roupas e sua conservação; alta emissão de gás carbônico e gasto de energia; condições de trabalho precárias e mão de obra infantil (SALCEDO, 2014).

O conceito de sustentável engloba todas as iniciativas que permitem que a indústria subsista ao longo do tempo, dados os recursos dos quais dispomos e garantindo igualdade e justiça sociais. Trata-se, portanto, de todas essas iniciativas que promovem boas práticas sociais e ambientais, incluindo uma redução na produção e no consumo (SALCEDO, 2014, p. 33).

É de grande importância citar os três pilares do desenvolvimento sustentável, que são necessários para que haja harmonia no desenvolvimento sustentável. São eles: Econômico: o lucro da empresa, os dados numéricos. A relação com empresas concorrentes, sendo o valor justo para a empresa e para o cliente, sempre apresentando boas condições de trabalho para os funcionários; Social: ligado a todas as atividades de uma empresa, incluindo a sociedade em geral, funcionários, fornecedores e consumidores. Estimulando a boa convivência e criatividade dos colaboradores; e Ambiental: analisar como estão sendo os impactos no meio ambiente e como as pessoas envolvidas nesse desenvolvimento estão sendo afetadas. (ESTENDER; PITTA, 2008).

O mercado sustentável começa a ganhar força assim que a indústria percebe que há espaço e consumidores, e que não podem demorar a agir (LEE, 2009). Não é novidade que existe trabalho escravo nesse meio e que é muito mais comum do que se pensa; e quando surgem e explodem notícias como essa envolvendo grandes marcas, aos poucos, as pessoas começam a realmente se conscientizar de que vale muito mais comprar algo feito por produtores locais, com uma maior garantia, do que um produto de baixa qualidade feito por crianças e pessoas em péssimas condições, que ganham praticamente nada pela quantidade de horas trabalhadas (SALCEDO, 2014). Faz-se estritamente necessária uma mudança de hábitos dos consumidores, uma

A presente coleção do projeto de ensino Projeta-me 2018/01, que está em sua 26ª edição, teve apoio da empresa Palagi, fornecedora de tecidos para calçados, vestuário, decoração, entre outros. A empresa forneceu materiais que seriam de descarte para eles, sendo rolos de malhas holográficas e coloridas, que foram de extremo valor para a confecção da coleção The Youngest King e do projeto de figurino para os bailarinos que


farão a abertura do desfile dos formandos do curso de moda, no 26º Projeta-me. No momento do desenvolvimento das modelagens, construídas em papel pardo, buscou-se aproveitar todas as partes do papel, e as sobras que não podiam ser aproveitadas eram separadas em lixeiras específicas para reciclagem de papel.

No momento do corte realizado no tecido, obteve-se um cuidado com o aproveitamento deste, realizando encaixes com o objetivo de minimizar o desperdício. Os retalhos que sobraram e não podem ser utilizados para confecção de novas peças terão novo destino: enchimento de cama para cachorros de rua, almofadas, ou quaisquer outros produtos que prolonguem a vida útil desses retalhos.

REFERÊNCIAS PENNA, Carlos Gabaglia. O estado do planeta: Sociedade de consumo e degradação ambiental. Rio de Janeiro: Editora Record, 1999. SALCEDO, Elena. Moda ética para um futuro sustentável. Tradução: Denis Fracalossi. Barcelona: Gustavo Gili, SL, 2014. LEE, Matilda. Eco chic: o guia de moda ética para a consumidora consciente. Tradução: Sheila Mazzolenis e Mario Ribeiro. São Paulo: Larouse do Brasil, 2009. ESTENDER, Antônio Carlos; PITTA, Tercia de Tasso Moreira. O CONCEITO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. Revista Terceiro Setor & Gestão-UNG, 2008. Novo Hamburgo-RS, 2016 Disponível em: <http://revistas.ung.br/index.php/3setor/article/viewFile/399/484>. Acesso em: 15 mai. 2018.


A ARTE EXPRESSA NA MODA Andressa Balparda Priscila Junges A arte é conceituada como uma experiência humana de conhecimento estético, podendo transmitir e expressar emoções e ideias. Dessa forma, consegue-se constatar as mais diversas formas de fazer arte, e maneiras de interpretá-la. Isso pode ser observado através da cultura em que está inserida e como ela se manifesta em cada meio social, seguindo seus valores culturais, morais e religiosos (AZEVEDO, 2007). Em outras palavras, a arte pode ser considerada como um reflexo da sociedade em que está incorporada, e também se manifesta em outros meios, os quais estão enraizados à cultura. Um grande exemplo disso é a moda. De acordo com Braga (2014), muitas vezes a moda é associada à superficialidade. Porém, como em qualquer manifestação social, ela transmite o que a sociedade. Pode ser com o tempo se modifica e também é capaz de ser modificada. Shimid e Feghalli (2008) acrescentam que a vestimenta pode ser considerada um prolongamento do eu, uma expressão de individualidade, tendo como base o contexto social em que se manifesta. Trazendo a relação da arte com a moda, Prudente (2018) exemplifica a parceria que ficou famosa através do surrealismo, da estilista Schiaparelli com o artista Salvador Dali. Unindo moda e arte eles desenvolveram acessórios e vestimentas na coleção Circus. Houve, em 1938, outra parceria que uniu arte e moda, foi da estilista francesa Coco Chanel com o fotógrafo, pintor e cineasta Man Ray.

Relacionar arte, cultura e moda, e mostrar como elas interagem, é um dos objetivos da coleção The Youngest King, que se inspirada em Jean Michel Basquiat. Artista americano que trouxe a sua visão de arte, tornando-se famoso inicialmente com suas pinturas de frases nos muros e no metrô de Nova Iorque, em parceria com seu amigo Al Diaz, que logo se desfez, nas quais se identificavam como “SAMO”. Das paredes, roupas, portas e cartões postais, sua arte foi para as galerias. (TERTO, 2018). O traço de Jean Michel Basquiat era chamado de “primitivismo intelectualizado”, com tendência ao neoexpressionismo, retratando corpos esqueléticos, rostos apavorados ou mascarados (FRAZÃO, 2017). O artista expressava, em suas obras, fatos que lhe incomodavam, e diversas vezes levantava a bandeira contra o racismo; por exemplo, quando Michael Stewart foi flagrado grafitando e policiais o espancaram até a morte, Basquiat fez arte, expressada em tela, retratando dois policias, e entre eles uma sombra preta, e na parte superior está escrito “defacemento”, que significa desfiguração. Deste modo, a coleção, Youngest King utiliza a arte de Basquiat como principal inspiração para desenvolver a estampa da coleção. Tendo o algodão cru como base, as crianças da escola de aplicação Feevale criaram sua visão de arte.

REFERÊNCIAS SHIMID, Erika. FEGHALI, Marta. O Ciclo da Moda. Rio de Janeiro: Senac. 2008. AZEVEDO, Junior José Garcia de. Apostila de Arte – Artes Visuais. São Luís: Imagética Comunicação e Design, 2007.


FERREIRA, Oliveira de Sonary, Irama. ARTE: Conceito, Origem e Função. Disponível em: <http:// www2.ufersa.edu.br/portal/view/uploads/setores/241/texto%205.pdf>. Acesso em: jul. 2018. TERTO, Amauri. Basquiat no CCBB: 8 coisas que você precisa saber sobre o pintor antes de ver a exposição. 2018. Disponível em: <https://www.huffpostbrasil.com/2018/02/03/basquiat-no-ccbb-8-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-o-pintor-antes-de-ver-a-exposicao_a_23352060/>. Acesso em: 16 jul. 2018. FRANZÃO, Dilva. Jean-Michel Basquiat Pintor e grafiteiro norte-americano. 2017. Disponível em: <https://www.ebiografia.com/jean_michel_basquiat/>. Acesso em: mai. 2018. RONCOLATO, Murilo; MONTEIRO, Ricardo. Jean - Michel Basquiat: o artista negro. 2018. Disponível em: <https://www.nexojornal.com.br/video/video/Jean-Michel-Basquiat-o-artista-negro>. Acesso em: 16 ju. 2018. BRAGA, João. Zuleika. Itau Cultural. 2014. Disponível em: <https://issuu.com/itaucultural/docs/ zuleika>. Acesso em: mai. 2018. PRUDENTE, Aline, Barbosa da Cruz. O CORPO SURREAL NA MODA: AS CRIAÇÕES CONJUNTAS DE ELSA SCHIAPARELLI E SALVADOR DALI. 2018. Disponível em: <http://repositorio.unicamp. br/handle/REPOSIP/331162>. Acesso em: mai. 2018.


MODA CONCEITUAL E COMERCIAL Débora Regina Ribeiro da Silva Gabriela Sander Karen Juliana Santos A informação de Moda, quando faz referência a um círculo de expressão, dá às roupas uma forma de representação. Pensar a moda requer conhecimento social e cultural sobre determinados grupos a quem se dedica uma coleção. Segundo estudos já realizados, pode se constatar que o estilista, ao fazer suas criações, deve estar atento à história e a princípios daquilo que o mesmo gostaria de passar para o seu público alvo. Para definir o que é Moda, partimos do princípio histórico da burguesia na Europa, no século XVII, dada a partir da nobreza que criava seus códigos de vestir e tinha capital para comprar tecidos e fazer suas peças. A partir disso, podemos dizer que a Moda está inserida em um contexto político e sociológico, que segundo Silva e Mori (2010, p. 3) “também é vista como retrato da cultura e da sociedade, através do qual se percebe as transformações das mesmas”. Entendido isso, podemos partir para a contextualização daquilo que os estilistas usam como conceito para comunicar e expressar suas idéias, chamada Moda Conceitual, usada na criação do Projeta-me. A Moda Conceitual faz uma interface com a Arte Conceitual e surgiu na década de 60. “[...] é a partir da linguagem visual (ponto, plano, linha, forma, cor, textura, composição ...), que há um elo de ligação entre a interface arte-moda, pois tanto o artista quanto o estilista trabalham com estes elementos em seus percursos criativos” (RUIZ apud OLIVEIRA, 2012, p. 32). Seu objetivo é avivar a imagem, fazê-la gritar. Com isso, entramos em um nicho que sai da passarela e liga aquilo que é feito inspirado na arte e aquilo que o público compra, chamada de moda comercial, planejada para o comércio e geração de lucros.

De acordo com estudos já feitos, a moda comercial é com o que a maioria dos estilistas e empresários se preocupam. Como o próprio nome já diz, ela é feita para o comércio, para vender e gerar lucro, então os profissionais de moda devem “usar” os desfiles conceituais dos grandes estilistas para criar suas coleções comerciais, então “em tempos de crise econômica, moda de qualidade oferecida de um jeito direto, e a preços acessíveis, pode ser uma solução para grifes e lojas” (CARNEIRO, 2013). Linguagem comercial é aquela que mais se aproxima da realidade do cotidiano das pessoas, sem inovação e com enquadramentos, composições e iluminação mais conservadores. Conforme afirma Miranda (2007), é uma seguidora de tendências ditadas no mercado nacional e internacional. É a moda que segue as regras e inova dentro do que se propõe o mercado. As marcas comerciais estão se importando mais em produzir e vender do que com produtos únicos, de acordo com Miranda (2007). Não estão muito preocupados com a exclusividade das peças, são as marcas que produzem peças em larga escala e totalmente sazonais, já que são peças que seguem as cores, formas e materiais da estação em voga e que provavelmente não vão durar até a próxima estação em uso. É uma moda efêmera, como descreve o filósofo Lipovetsky (1989), uma moda que passa rápido e mesmo quando volta a ser usada, vai ter alterações no conceito ou no design. A coleção desenvolvida pelo projeto de ensino abrange as duas áreas, trazendo elementos conceituais, mas sem deixar de fora o comercial. Seu lado comercial traz questões de tendências, que segundo Caldas (2004), são estéticas que talvez na próxima estação não estarão mais em uso, pois haverá al-


terações em seu design. Na coleção The Youngest king, usou-se a estética do Street Style, estilo mais urbano e esportivo, que em muito lembra o estilo que se usava no Brooklyn entre os anos de 1960-1980, bairro em que Basquiat cresceu, e a cultura do hip-hop. Essa tendência, consiste no uso de peças mais largas e volumosas, buscando movimentação facilitada e o conforto. O viés conceitual se encontra nas peças oversized e na modificação da silhueta, fugindo, assim, das silhuetas tradicionais e que socialmente normatizam uma peça como feminina e masculina, possibilitando as roupas de serem utilizadas por qualquer corpo, tendo em vista que “a roupa interage com o corpo buscando novos sentidos para o sujeito, uma ressignificação para o próprio corpo” (ARAUJO; LEORATTO, 2013, p. 5). Para se atingir esses propósitos, foram ampliadas as larguras das peças, comprimento das man-

gas e dos corpos e deslocou-se a cintura, se esta estava aparente na modelagem. Outra maneira que o conceitual se manifesta na coleção é através da estampa produzida em parceria entre os voluntários do projeto de ensino e os alunos da educação infantil da Escola de Aplicação Feevale. Na atividade realizada, foi proposto aos alunos, após introdução sobre a vida e obra de Basquiat, que eles estampassem o tecido fornecido pelo projeto, lidando com a tinta manualmente, através de desenhos a palavras. O processo resultou numa estampa sem repetições, lembrando o traço do artista, que era considerado por diversos críticos “primitivo” ou “infantil”. Basquiat conseguiu passar, através de sua arte, sua mensagem, e expressar como se sentia em relação ao mundo e aos acontecimentos, de tal maneira que suas obras se tornaram atemporais, dialogando com as questões vividas pela sociedade daquela época até a dos dias atuais.

REFERÊNCIAS ARAUJO, Denise Castilhos de; LEORATTO, Daniele. Alterações na silhueta feminina: a influência da moda. Revista Brasileira Ciência Esporte, Florianópolis, v. 35, 2013. CALDAS, Dario. Observatório de sinais: teoria e prática da pesquisa de tendências. Rio de Janeiro: Senac Rio, 2004. CARNEIRO, Raquel. A moda agora é mastigada - Revista Veja. 2013. Disponível em: <https://veja. abril.com.br/entretenimento/a-moda-agora-e-a-roupa-mastigadinha/>. Acesso em: 15 mai. 2018. LIPOVETSKY, Gilles. O Império do efêmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas. São Paulo: Companhia da Letras, 1989. MIRANDA, Ana Paula Celso de; MOREIRA, Germana Ushoa. O que é uma marca de moda alternativa? 2008. Disponível em: <http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio%20 de%20Moda%20-%202008/42520. pdf>. Acesso em: 10 mai. 2018. ROCHA, Marlúcia Mendes da. Jean Michel Basquiat (1960-1986). Santa Cruz do Sul - BA. 2001. Disponível em: <http://www.uesc.br/nucleos/kawe/revistas/ Ed_02/basquiat.pdf>. Acesso em: 10 mai. 2018. RUIZ, José Mário Martinez. Arte e Moda Conceitual: Uma Reflexão Epistimológica. Revista Cesumar, v. 12, n. 1, 2012. SILVA, Keytielle Mendonça da; MORI, Fabiana Miano. O Registro de uma Ideia: Asserções sobre Moda Conceitual. Travessia, v. 4, n. 3, 2010. VERRONE, Greici. Moda conceitual x Moda comercial. 2014. Disponível em: <https://www. audaces.com/moda-conceitual-x-moda-comercial-2/> Acesso em: 15 mai. 2018.


STREET STYLE E A MODA Christian Vinícius da Silva Katiélen Hesper de Matos A maneira como nos vestimos reflete nossa personalidade, quem somos, o que almejamos e, mais ainda, reflete aquilo que gostaríamos de mostrar para o mundo. Rech e Morato (2009) elucidam que É através da moda e do consumo que os indivíduos irão se comunicar e representar seu papel na sociedade, seja através da imitação, da distinção, da sedução, da inovação, entre outros.

Ponderamos todos os dias essa mensagem, e a forma que o mundo irá interpretá-la e julgá-la. Esse arranjo do vestir traz consigo uma imensa carga de autojulgamento, carrega na sua disposição toda a crítica de uma sociedade que vive de imagens, alimenta-se da aparência pré-estabelecida e que, por regra social, devemos seguir. Gente normal, em cenas cotidianas: mulheres e homens de todas as idades indo ou voltando do trabalho, [...] – todos absurdamente cool, com looks cheios de bossa e personalidade, como se tivessem sido produzidos por um super stylist (HINERASKY apud VOGUE, 2007, p. 106).

Tudo isso influenciado pelos padrões de um mundo consumista e alienado em que o “ter” nos transforma naquilo que devemos “ser”. A busca do indivíduo por semelhanças e diferenças entre pessoas é natural nessa faixa etária, e a roupa é peça-chave na criação da identidade social. Contudo, apesar de cada um ter autonomia em suas escolhas, a moda, apoiada pela mídia, estimula vontades, necessidades e o consumo de diversos produtos e serviços (RECH; MORATO, 2009, p. 3).

Pensando nisso, clama-se por um conhecimento maior do que realmente é a moda, sua relação com as ruas, e sua conexão

com o direito à liberdade de expressão, tão necessário nos dias atuais. O street style, ou seja, a moda da cidade, autoral e cheia de personalidade (RECH; MORATO, 2009), carrega em sua essência o estilo das ruas, não aquele que está nas passarelas mundiais ou que saiu nas páginas de alguma revista de moda prestigiada, mas sim, a relação do sentido do vestir com a mensagem que se quer passar e que o mundo deveria enxergar, mas que a sociedade não considera como “correto”, e então torna-se invisível a coletividade. Como Rech e Morato (2009, p. 3-4) explicam: É a partir da década de 80 e, com mais força, nos anos 1990, que a chamada moda de rua (street style) dos jovens ganha destaque. A chamada Geração Y, representada pelos nascidos no intervalo entre 1982 até o início do século XXI, é marcada pela relação com as novas mídias. É um grupo cercado por tecnologia e em busca de sua própria personalidade, que indaga sobre diversas questões. Com a negação da hegemonia da moda, e a tendência dos jovens questionarem o mundo a sua volta, o street style começa a crescer e a ser reconhecido. Os grupos e subgrupos já não podem ser mais precisamente classificados, evitando, também, os estereótipos. Empregando peças de diferentes épocas e estilos, os jovens propõem looks inusitados e criativos.

Zimmermann (2012) ainda elucida: Ao longo desse período, como resultado das transformações no sistema da moda, principalmente a partir da divulgação e consolidação da Internet, um termo em particular começou a ser utilizado principalmente no jornalismo online de moda: street style. Convencionou-se chamar de street style o registro feito geralmente por fotógrafos de um


site/blog de moda de looks de anônimos, principalmente nas grandes metrópoles.

Ele (street style) reflete a voz daqueles que não são ouvidos, dos que não se importam com as últimas tendências, mas que mesmo com as barreiras, sejam elas quais forem, conseguem construir uma moda autêntica e verdadeira. Mostra como aqueles que não são reféns das ditaduras fashionistas conseguem expressar sua personalidade no vestir, prezando pela sua originalidade, por aquilo que consideram adequado e que lhes traz conforto e confiança. Trazendo a voz das ruas, dos renegados, dos que estavam à margem da sociedade, dos “invisíveis” ao mundo. Rech e Morato (2009, p. 4) complementam a respeito da importância da “voz das ruas”: As ruas são o palco dos estilos. É lá que tudo acontece. As pessoas saem para exibir-se, para representar seu papel como indivíduos inseridos em uma sociedade diversificada e moderna.

Esses grupos que quebram estereótipos, muitas vezes, sofreram repressão por romper certos padrões e fazer com que toda uma sociedade repense seus ideais e suas atitudes, o street style é muito mais do que um segmento, cada vez mais ele interfere na vida das pessoas, sem restrições ou exclusão. Porém, muito do sentido original do movimento se perdeu. Anteriormente, o estilo das ruas era responsável por ditar o que poderia vir a ser uma grande tendência, sem a pretensão de ditar moda, mas sim com o objetivo de mostrar a liberdade criativa e sem influências sociais e midiáticas, mas que seria capaz de vir a se tornar fenômeno entre os fashionistas. Atualmente, o street style e os blogs passaram de algo despretensioso para um negócio de alto poder aquisitivo, que veste celebridades e pessoas influentes como uma forma de ter um maior alcance visual entre os seguidores. Como Hinerasky (2014, p. 7) explica, em relação à mudança da concepção das imagens e do negócio: A impressão que temos é que publicavam fotografias de looks mais espontâneos e

casuais, e seus editores tinham rotina e guarda-roupa parecido com o do público – realidade que mudou com o passar dos anos. Os reordenamentos editoriais e profissionais nos blogs têm a ver com a transformação do street style em negócio, segundo seus próprios autores.

O street style se tornou algo lucrativo, tanto para as marcas, como para quem as veste, em sua maioria, as blogueiras e It girls mais conhecidas nas mídias sociais, muitas vezes patrocinadas por marcas de grande prestígio. Conforme elucida Hinerasky (2014, p. 9), Entre 2006 e 2009, os números de audiência dos blogs levam à sua exploração econômica, com investimentos publicitários – anúncios estratégicos, integrados às lojas virtuais, publiposts (nem sempre explícitos, porém) – parcerias e colaborações entre autores e empresas do setor.

É perceptível ver o quanto o street style se tornou um negócio rentável, como elucida Hinerasky (2014, p. 11), a despeito dos blogs de moda e sua face comercial: As expressões indumentárias visadas pelos blogueiros estão longe de ser encontradas em qualquer rua (quase sempre nas capitais da moda e cidades de origem dos autores), o que fortalece o imaginário desses lugares como centros propulsores das tendências, e evidencia o papel da lógica econômica da indústria nas narrativas da moda de rua. Mais que a reafirmação de poder dos principais mercados, enfatiza o poder das marcas. A questão é menos geográfica e mais mercadológica.

É perceptível como o sentido em relação à moda das ruas mudou. O que antes era sinônimo de rebeldia, questionamento de padrões, tornou-se algo de certa interferência no cotidiano social, com grande influência mercadológica, porém, com pouquíssima representatividade e visibilidade aos grupos menos vistos da sociedade.


REFERÊNCIAS HINERASKY, Daniela Aline. A Era de Ouro do street style digital: das calçadas ao negócio. 2014. Disponível em: <http://www.coloquiomoda.com.br/anais/Coloquio%20de%20Moda%20 -%202014/ARTIGOS-DE-GT/GT07-MODA-E-MIDIA/GT-7-A-ERA-DE-OURO-DO-STREETSTYLE-DIGITAL.pdf>. Acesso em: mai. 2018. ZIMMERMANN, Maíra. Diálogos entre moda e rua: Teddy Boys: de subcultura a cultura de massa. 2012. Disponível em: <https://journals.openedition.org/pontourbe/1113>. Acesso em: mai. 2018. RECH, Sandra. MORATO, Fabiana Struffaldi. O sistema de moda e o coolhunting. 2009. 6 p. Disponível em: <https://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/32045158/osistemademoda_D.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A&Expires=1527533817&Signature=KjatX2J9f2%2F%2FQF8GKXKsFCfw7wo%3D&response-content-disposition=inline%3B%20filename%3DAnais_do_XIX_Seminario_de_Iniciacao_Cien.pdf>. Acesso em: mai. 2018.


TENDÊNCIA DE MODA Ana Claudia Teixeira Suelen Saratt O conceito de tendência deriva do latim tendentia, particípio presente e nome plural para tendere, os dois têm significado “tender para”, “inclinar-se para” ou ser “atraído para”. (AUDACES, 2013). Segundo o site da Audaces, a cultura da sociedade, o modo de viver, dentre outros fatores podem ser captados, compreendidos e futuramente canalizados para a indústria de bens e consumo, com base nas análises de comportamento e preferências. (2013). Dessa forma, pensar em tendências é pensar em futuro, ou melhor, em possibilidades de futuros – alguns mais distantes e outros bem próximos. (CALDAS, 2004). Portanto, a moda muda periodicamente, levando em consideração alguns pontos importantes, como o tempo, a estação, o comportamento da sociedade, dentre outros. Caldas explica e compara o fenômeno com o ciclo de vida humano. Pense nas tendências como humanas: elas têm um ciclo de vida. Isto é, são semeadas ou fertilizadas, germinam, crescem, amadurecem, envelhecem e um dia morrem. Algumas tendências são reencarnadas uma década ou mais depois, muitas vezes de forma um pouco diferente (CALDAS, 2004, p. 10).

Compreender o comportamento humano não é algo muito fácil, muito menos em questão de moda. Para entender melhor essa questão, é necessário saber em que momento surgiu essa necessidade do mundo fashion, e de que maneira isso influencia na vida. Visto que o termo “moda” surgiu apenas em meados do século XIV, o autor James Laver nos conta que “foi na segunda metade do século XIV que as roupas, tanto masculinas quanto femininas, adquiriram novas formas e surgiu algo que já podemos chamar de “moda’ (1989, p.62). Pode-se então levar em conta

que a partir desse momento, com as mudanças no vestuário, deixa de ser um movimento raro e acidental, para tornar-se algo pensado, levando em consideração todas as ações da população (LIPOVETSKY, 2007). Já vimos de que maneira surgiu o termo, mas como a tendência de moda começou a tornar-se no que ela é nos dias atuais? Caldas (2004) analisa que a partir dos anos 80, com a aceleração de mudanças na história, foram surgindo várias definições de novos estilos. Ainda segundo o autor, as tendências deixam de ser raras e momentâneas, para tornar-se um movimento que pode atingir massas. As tendências então passam a apresentar uma diversidade de propostas, levando em conta estilos de vida, manifestações culturais, etc. Como estudamos até aqui, já sabemos que pesquisar esses momentos não é uma tarefa simples, visto que necessita de vários fatores para que possa ser identificado, podendo ser compreendida através de um macroambiente, megatendências que afetam a uma maioria, ou pequenos fenômenos que podem desaparecer com mais facilidade (KOTLER, 1998). Kotler (1998) explica que o macro nos possibilita identificar muitas formas de vida e comportamentos, oportunidades para o mercado de bens e consumo, enquanto que no ambiente micro, o ciclo das tendências é mais curto, visto que este leva em consideração modismos e tribos sociais, muitas vezes sendo criados pela mídia. Hoje, muito mais do que nos anos anteriores, a moda é ditada pelas pessoas, pela rua, cada vez mais o modo de viver influencia no meio midiático, fashion e do design; movimentos culturais, manifestos, tudo torna-se indicativo para a mudança no meio social, não apenas para o mercado de roupas e


acessórios, mas também para o modo de viver e em como a sociedade pode ser mudada em torno dessas mudanças do cotidiano (CALDAS, 2004). Durante a história, vários movimentos surgiram para revolucionar a moda, temos vários exemplos ao longo dela, como os hippies, os punks, dentre outros. Caldas (2004) ainda explica que a moda deixou de ser um movimento que se define de cima para baixo, da classe A para as demais, exemplo disso é a cultura do hip-hop, o street style, que veio da rua para as demais classes. É preciso compreender que agora as tendências podem

surgir de qualquer lugar, tornando ainda mais difícil o trabalho dos pesquisadores de moda. Seja no macro ou no microambiente, é importante que haja pesquisa e compreensão do meio, cultura, nação, às vezes até de religião, pois nem todo lugar adota a mesma forma de convivência, aceitação e transforma isso em algo rentável para comércio ou fins atrativos. (KOTLER, 1998). O autor ainda explica que cada vez mais as pessoas consomem por desejo, sendo assim, o papel do pesquisador de moda é lançar no mercado propostas que sejam bem aceitas, seja por uma maioria ou um grupo específico.

REFERÊNCIAS CALDAS, Dário. Observatório de sinais: teoria e prática da pesquisa de tendências. Rio de Janeiro: Senac Rio, 2004. KOTLER, Philip; FOX, Karen F. A. Marketing Estratégico para Instituições Educacionais. Atlas, 1. Ed. 1998. LIPOVETSKY, Gilles. O império do efêmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas. Tradução: Maria Lucia Machado. 10. Reimp. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. AUDACES. Conceito de tendências de moda. Disponível em: <https://www.audaces.com/conceito-de-tendencias-de-moda/>. Acesso em: mai. 2018.


ORGANIZAÇÃO DE DESFILES Leticia Oliveira Vanessa Pereira Larissa Claudino

Ao falar sobre desfile de moda, muitas vezes é pensado apenas no desfile em si, palco organizado, modelos prontas e mostrando o que tem de mais belo nos produtos, luzes, música e todo o glamour envolvido, e acaba-se por esquecer o backstage, ou até mesmo o que vem antes dele. Para que uma marca chegue ao ponto de poder desfilar a coleção, acontecem variadas fases, e envolvem uma quantidade incontável de pessoas para a organização de tais eventos. Segundo Feghali e Dwyer (2013, p. 131), o desfile seria apenas o ponto final da cadeia que coloca a moda em circulação, na mídia e no mercado. Os desfiles de moda, apesar da sua complexidade de organização e alto investimento financeiro, são grandes responsáveis na divulgação de uma marca, de suas novas coleções e também das novas tendências do momento para o público interessado. De acordo com Vilaseca (2011, p. 18), se o desfile for organizado corretamente, é possível gerar de 10 a 100 vezes o custo do investimento. Ele é o evento em que os profissionais da indústria, imprensa, fotógrafos, compradores e os clientes VIP são apresentados à coleção da marca para a próxima estação. Os modelos são o centro do espetáculo, apesar de a roupa que as veste ser o foco de interesse do desfile de moda, iluminação e efeitos sonoros são escolhidos a dedo para destacar o produto, sempre mantendo a harmonia do evento. Duggan (2002) defende que é impossível entender por completo os desfiles, sem levar em conta seus encerramentos. Finais explosivos, sensacionais, são fundamentais na associação da moda com o teatro. Eles são planejados para deixar a plateia com uma forte impressão da experiência, realçando os componentes visuais mais memoráveis da perfor-

mance” que tem como componentes a cena, o ator, voz, música, ritmo, espaço, tempo, ação, o figurino, a maquiagem e a iluminação (GRUBER, C.; RECH, S. apud DUGGAN, 2002, p. 9).

Segundo Gerval (2010), grandes marcas, como Chanel, podem financiar desfiles de prêt-à-porter com até 220 peças. Com isso podemos perceber que temos diversos tipos de desfiles, desde os mais extravagantes até os mais simples, e em qualquer uma das opções a quantidade de profissionais envolvidos é enorme. Feghali e Dwyer (2013, p. 130) afirmam que “os anos 1990 entraram para a história econômica nacional como a década de nascimento dos grandes eventos de moda no Brasil”, época em que também despontaram os desfiles como sendo grandes espetáculos. Atualmente alguns dos maiores eventos de moda no Brasil são altamente reconhecidos por profissionais da área ao redor do mundo. Para que todos estes desfiles, e muitos outros, tenham acontecido, foi preciso uma grande gama de profissionais capacitados, como os produtores que, em comum acordo com os estilistas, ficam encarregados por tarefas como trilha sonora, cenografia, iluminação, locação, entre outras coisas. São necessários também profissionais responsáveis por cuidar de convites, cobertura de imprensa, juntamente de modelos, cabeleireiros, maquiadores, camareiros, técnicos para mixagem de som e luz, seguranças, fornecedores, entre outros profissionais que fazem parte do “time” de pessoas incumbidos desses grandes eventos, isso sem contar com as pessoas contratadas para fazer o marketing de tais desfiles. Antes mesmo de tudo isso começar a acontecer, existiram variados processos pelos


quais as peças passaram para que pudessem chegar a este nível de grandiosidade. Um desfile bem organizado pode arrematar o processo de divulgação. Exige um investimento um pouco maior, mas, em função de seu amplo alcance e apelo, pode garantir resultados importantes e bastante expressivos em termos financeiros para um fábrica ou grife de moda (FEGHALI; DWYER, 2013, p. 24).

Mesmo com o custo alto da preparação de um desfile, é enorme a quantidade de divulgação, entrevistas de imprensa, entre outras coisas que podem ser usadas estrategicamente para fomentar a marca em questão. Dentro da sala do desfile ocorre uma performance, onde a música e a ambientação contribuem para envolver o espectador e influenciar sua análise. A comunicação se dá por meio da passarela, usada para transmitir o conceito da marca, seu posicionamento de mercado e suas intenções. Por meio da edição de looks em conjunção com a ambientação, casting e trilha sonora, um show é planejado com o objetivo de gerar notícia, identificação e desejo pelo novo. (RONCOLETTA, 2007).

Um desfile é um momento singular. Segundo Garcia e Miranda (2005, p. 86, apud RONCOLETTA, 2007, p. 3), é “uma apresentação única, que se constrói em ato e não poderá

jamais se repetir tal e qual”. Ambientação é o local em que o evento será realizado, podendo ser uma locação específica já existente, como as margens do lago do Parque do Ibirapuera ou a construção de um ambiente cênico especial para o desfile, o cenário. De acordo com Roncoletta (2007), Daniel Ueda disse, em entrevista, que a inspiração para a construção de um desfile surge de diferentes fontes. Um grupo de rock, uma poesia, um transeunte na rua, qualquer coisa ou pessoa pode desencadear o processo criativo. No momento, um dos maiores eventos de moda no Brasil – o Fashion Rio e o São Paulo Fashion Week – pertencem à holding InBrands, especializada no mercado de moda, e tem como diretor Paulo Borges. As grifes brasileiras mais conceituadas dividem-se entre Rio e São Paulo para lançar duas coleções, duas vezes ao ano” (FEGHALI; DWYER, 2013, p. 131).

Pode ser citado também o Projeta-me, evento realizado na Universidade Feevale, em Novo Hamburgo, que normalmente lança vários novos estilistas para o mercado da região, através do desfile de formatura. Com o objetivo de projetar novas marcas ao mercado, através de técnica, criatividade e emoção, ora seguindo tendências, ora se destacando pela autoria em seus projetos.

REFERÊNCIAS FEGHALI, M. K.; DWYER, D. As Engrenagens da Moda. 2 ed. Rio de Janeiro: Senac, 2013. GERVAL, O. Fashion: concept to catwalk. Firefly Books, 2010. VILASECA, E. Como fazer um desfile de moda. Editora Senac: São Paulo, 2011. RONCOLETTA, M. R. Nas passarelas: o stylist como co-autor. 2007?


ILAÇÕES PARA PENSAR A PRODUÇÃO DE MODOS DE VIDA Ana Cleia Christovam Hoffmann

Nem toda roupa é moda, mas a moda e a estilística da existência podem incluir a roupa, assim como os gestos, modos de falar, agir, pensar, etc. que irão produzir modos de viver. A potência da roupa inclui, então, práticas habituais, o modo como me relaciono com o mundo. Práticas que se movimentam entre si, produtoras de conexões infinitas, como entre todos os elementos relacionados: de utilidade, de posição, status, conforto, trama e urdume que se entrelaçam de infinitas maneiras, por repetição, criando ritmos que compõem séries. A roupa também cria representações. Porto a roupa, porto-me na roupa. Roupa porto seguro? Roupa feita para “abrigar”. Enclausuramento de regras morais, ou roupa de sensação, que se dá também no espaço entre o corpo e os panos, uma pele superficial de intensidades. Segunda pele que se tece ao tecido social. Um trabalho sobre si, que convoca a vida como possibilidade criadora, na qual as práticas de si requerem fazer de si para si mesmo objeto visível, analisável e modificável. Diante dos códigos silenciosos do vestir, expectativas de reconhecimento e pertencimento se criam. Não considerando esta ação passiva, entende-se que não se trata de influência de algo ou alguém, mas de modos de subjetivação; forças que motivam grupos; mecanismos de poder - e talvez isso inclua práticas de assujeitamento, ou seja, im-

posições de um monopólio do gosto para a construção de um corpo de acordo com os ditames da moda e da mídia. Os modos de subjetivação trazem possibilidades de estar dentro do instituído e subverter a ordem para autoafirmar-se e construir um modo de vida que nos torne mais potentes, poderosos. A moda bem pode ser um dos códigos que identifica a maneira de pensar, a que grupo pertencer, permitindo transitar por diversos estilos, diversos grupos, diversas modas, trocando experiências, formando um sistema cultural e derivado das relações de saber e poder, que permitem a modificação do pensamento e a transformação daquilo que se é. Sutil, está aberto às mudanças, sendo a liberdade que dá a possibilidade de exercício de poder. Este exercício de si consigo, também corre riscos de gerar uma codificação, uma reintegração ao sistema, um saber moral que, neste caso sujeita-se completamente a um modo de ser, a uma verdade, tornando-se submisso a uma estrutura, um grupo ou classe social, sob assinaturas ou adjetivos que permeiam o senso comum. Para haver subjetivação, é preciso haver mudança, metamorfose de corpos. Um jogo de afetar e ser afetado. De tornar-se, compor-se de diferentes maneiras, burlando legendas e etiquetas, de tudo aquilo que é reprodutível e classificável.



LOOK AWAY É melhor não olhar! O aviso foi dado, mas a curiosidade é sempre a maior motivadora para que se faça o contrário. O perigo se dissimula aqui e ali, entre o contraste de estilos, cores e o conflito de estampas, que se harmonizam de um jeito.

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É melhor não olhar, mas já que a espiada foi dada, a observação deve ser feita. O recado está na porta de entrada, um olho aqui e outro no que espreita. A coleção LOOK AWAY vem com a proposta de satisfazer a necessidade do público teen, protagonista das redes sociais, que vive a própria identidade como exposição. Para dar vida a esse projeto, o seriado Desventuras em Série foi escolhido como tema, usando sua atmosfera lúdica, controversa e anacrônica como inspiração.


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LOOK AWAY | Aletha Silva

Painel de inspiração


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Modelo: Larissa Mello | Beleza: Gabriela Bastos

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LOOK AWAY | Aletha Silva


ALETHA SILVA aletha.aletha@gmail.com Encantada pela pesquisa e é nessa área que pretendo seguir. Participou de vários cursos na parte de modelagem, marketing e produção de conteúdo para experimentar a Moda de formas diferentes. Trabalhou durante muito tempo com publicidade, edição de imagem e redação. Agora quer vivenciar novos aprendizados porque sabe que Moda é um eterno aprendizado.


CONCRETE WAR É tanto sangue que corre sob nossos rostos, que ficamos completamente cegos, em meio a tanta dor. Tanto é o concreto, que nos vemos em selvas de pedra. Alguns presos em casas, outros tantos expulsos de seu País. São tantas opções que passam na tela obscura, que nos deparamos reféns, nessa prisão de vida na qual não vivemos, não alcançamos. Tanto é o egoísmo, que se esperneia por curtidas em fotos de vidas que fingimos ter, enquanto balas atravessam peitos que apenas suplicavam sobreviver. É tanta morte, silenciada com frases de que é longe, não com você. Criança, mãe, pai, avô, que de histórias só se contam números. Tanto jeito que se pode dar, seja falar ou partilhar. Tanto amor, meu, que criei uma coleção só para vos suplicar. Ajudar, não custa nada tentar. Inspirada nos Conflitos da Síria, a coleção enfatiza a importância social na moda, trazendo elementos dessa guerra, tão atual e violenta.


Painel de inspiração

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Plano de coleção

CONCRETE WAR | Alynne Luiza Daltoé


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Modelo:Karolina Tiemann | Beleza: Kaiane Almeida

CONCRETE WAR | Alynne Luiza Daltoé


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CONCRETE WAR | Alynne Luiza Daltoé


ALYNNE LUIZA DALTOÉ Alynne.daltoe@live.com Paraense, apaixonada por Moda desde pequenina quando via sua mãe plissar suas saias do colégio. Mochileira, poliglota e amante da História da Arte, desbravou centenas de Museus pelo mundo, fez intercâmbio em Londres e formou-se em confecção de Vestuário pelo Senac. Empreendedora desde os seus 17 anos, criou sua primeira marca de bolsas. Sempre atraída por projetos sociais, trabalhou como voluntária em ONGs e Hospitais, e atualmente, faz cobertura fotográfica de eventos do Fashion Revolution. Além disso, desenvolve um projeto de Consultoria baseado na técnica Pomodoro e trabalha como fotógrafa na sua marca Älskar.


MANIFESTO OF MOTHER MONSTER Isso não é um manifesto. Loucas, bruxas, guerreiras, condenadas pela igreja e julgadas pela sociedade. Uma coleção sombria que traduz a libertação através da aplicação de correntes, exibe o fetiche através dos vernizes e explora a monstruosidade e o luto através do preto e aplicações metálicas. Hoje nós nos libertamos. Sem barreiras, sem preconceitos e sem medo. Isso não é um manifesto, é uma súplica. “[...] And thus began the beginning of the new race A race within the race of humanity A race which bears no prejudice No judgment But boundless freedom” - (GAGA, 2011)


Plano de coleção

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MANIFESTO OF MOTHER MONSTER | Amanda Guimarães

Painel de inspiração


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Modelo: Pedro Gonçalves Jardim/Jazzy Jones | Beleza: Pedro Gonçalves Jardim/Jazzy Jones | Apoio: Maurício de Melo, Intexco e Leather CO.

MANIFESTO OF MOTHER MONSTER | Amanda Guimarães


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MANIFESTO OF MOTHER MONSTER | Amanda Guimarรฃes


AMANDA GUIMARÃES asfguimaraes@hotmail.com Graduanda em Moda pela Universidade Feevale e apaixonada pela fusão das áreas criativas, acredita em experimentações e experiências pessoais como constante fonte de crescimento. Atua profissionalmente como assessora de moda e nas horas vagas trabalha como fotógrafa e produtora de moda.


CYBER. ORG Objetificados aos olhos da multidão, julgados por mentes inlapidadas, abraçamonos, fortemente, contra esta prisão que, injustamente, foi-nos dada. Lutamos pela liberdade de representar aquilo que somos: a alma por trás do objeto, a arte expressada através do corpo. Não somos máquina. Somos gente. O projeto de figurino ergonomicamente adaptado à prática de pole dance, une a tecnologia têxtil da aplicação de padrões resinados com a modelagem em tecidos maleáveis, possibilitando que o praticante possua a aderência necessária nos principais pontos de atrito do corpo com a barra, para que seja possível a realização dos movimentos e acrobacias que esta prática exige.


Plano de coleção

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CYBER.ORG | Ana Paula Oliveira de Souza

Painel de inspiração


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Modelo: Lígia de Jesus | Beleza: Ana Paula Oliveira e Luciane Borges | Apoio: Eronita Duarte

CYBER.ORG | Ana Paula Oliveira de Souza


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CYBER.ORG | Ana Paula Oliveira de Souza


ANA PAULA OLIVEIRA DE SOUZA oliveiras.anap@gmail.com Graduanda em Moda pela Feevale, possui interesse pela área de figurino e concept art para cinema e dança. Adquiriu experiência trabalhando com consultoria de moda, pesquisa de tendências, direcionamento de coleção de componentes e criação de estampas para calçado, produção de eventos, campanhas de moda e, também, atua como instrutora e praticante de pole dance.


REVERBERAR A menina mulher, não quer fazer rir e sim sorrir. Vai...... aparece e floresce, luta e vai…. E cega com teu brilho, aqueles que não podem ver E cala com teu grito, aqueles que não sabem o que dizem Vai...... mostra tua força, teu poder, teu valor Ecoa tua luta incansável por respeito. A coleção REVERBERAR tem como inspiração a fase dourada do pintor Gustav Klimt representada em bordados em pedrarias em finas e delicadas rendas trazendo o conceito de que a mulher com nanismo, assim como todas as mulheres, possui uma beleza única e brilho próprio, que são realçados por esta coleção de vestidos de festa criados a partir de suas características físicas e desejos pessoais.


Plano de coleção

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REVERBERAR | Andréia Fischer de Souza

Painel de inspiração


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Modelo: Francielle Borges | Beleza: Renata Correa

REVERBERAR | Andréia Fischer de Souza


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REVERBERAR | Andréia Fischer de Souza


ANDRÉIA FISCHER DE SOUZA andréiafis01@gmail.com Formanda em Moda pela Universidade Feevale, apaixonada por modelagem e trabalhos manuais, procura sempre se aperfeiçoar, buscando fazer algo com propósito, trazendo satisfação não somente a si mesma, mas também a todos as pessoas envolvidas no processo.


“RECORTES” Oh bailarina, todos estão à procura de um propósito, e com uma visão aberta podemos enxergar além de um palco e sim uma passarela, ouse sair da caixa do tradicional. Oh bailarina os recortes e aplicações de couro na sua roupa diferem do tradicional tutu, e tanto na dança quanto na vida se não houver um desafio, uma vontade que impulsione andamos em círculos. Oh bailarina os dias estão acelerados, mas é necessário tirar tempo para estudar e fazer aquilo que nos proporciona prazer. Oh bailarina, caminhar sozinho é um grande risco, ande unida com seu próximo, você pode estar dominada por vontades e elas normalmente estão focadas em si mesmo. Oh bailarina que suas piruetas te conduzam na direção que vai te fazer feliz, com a coleção Recortes, que proporcionará novas experimentações!


Plano de coleção

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Painel de inspiração

“RECORTES” | Andriéli Soares


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Modelo: Caroline Soares | Costureira: Lair Soares | Maquiadora: Cálita Oliveira

“RECORTES” | Andriéli Soares


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“RECORTES” | Andriéli Soares


ANDRIÉLI SOARES andrieli.reissoares@gmail.com Graduanda em moda, bailarina, trabalha há cinco anos no IBTeC (Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro, Calçado e Artefatos) no setor de consultoria, com amplo conhecimento em couro e calçado através do comitê da ABNT que secretaria, o CB-11. Gosta de alinhar a moda com as artes e de pensar em como a moda pode ajudar a sociedade. Por isso seu foco é trabalhar em melhorias com a parte de consultoria de imagem, layout, produto e vitrinismo, não deixando de lado a paixão por produção de moda e a loucura de um desfile, que também lhe faz brilhar os olhos.


ZAHA, ORGANIC LINES Com inspiração na magnífica obra arquitetônica da iraquiana Zaha Hadid, assim como no movimento minimalista surgido em meados dos anos 1960, foi criada a coleção Zaha Organic Lines. A união destes dois temas traz para a coleção traços distintos na modelagem e estética. Do minimalismo extraiu-se a pureza das cores e o pequeno número de adornos. Já a obra de Hadid inspira às roupas recortes orgânicos, por meio de linhas e formas. A cartela de cores é sólida abarcando o preto e o concreto que são suavizados com o branco, o areia, o lilás e o ouro light. A coleção possui silhueta retilínea, diferencia-se pelas assimetrias nos decotes, cavas e fendas, assim como as tiras nos acabamentos arredondados, que são predominantes. A coleção possui recortes arquitetônicos, linhas orgânicas e cores sóbrias, o que deixa a coleção com um estilo arrojado e atemporal.


Plano de coleção

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Painel de inspiração

ZAHA, ORGANIC LINES | Anelise Ruppenthal


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Modelo: Ariadne Freiberger | Beleza: Pâmela Gil

ZAHA, ORGANIC LINES | Anelise Ruppenthal


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ZAHA, ORGANIC LINES | Anelise Ruppenthal


ANELISE RUPPENTHAL aneliseruppenthal@gmail.com Filha de costureira, seu gosto por moda vem desde a infância. Fez curso de moulage e costura. Possui interesse na área criativa, consultoria de moda e modelagem. Graduanda em Moda pela Universidade Feevale, atua na área de criação e venda de acessórios em couro. Busca conhecimento e inspiração em viagens, e diferentes culturas.


[RE] TRAÇOS Dor. Desejo. Perfeita. Imperfeita. Em uma cama de hospital busco o meu corpo – que não existe mais. Existe apenas o corpo sugerido e criado para mim – para todas nós. Corpo aprisionado. Corpo julgado. Corpo [re]construído. O que fiz? O que eu quero? O que o meu corpo necessita? Eu não sei, mas a sociedade deseja mais. Ainda não é o suficiente. Pressão. Submissão. Insegurança. Corpo dominado. Corpo cirúrgico. Singularidade – que não existe. Corpo...


Plano de coleção

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[RE]TRAÇOS | Bárbara Jênnifer Duprat Medin

Painel de inspiração


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Modelo: Natália Flor

[RE]TRAÇOS | Bárbara Jênnifer Duprat Medin


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[RE]TRAÇOS | Bárbara Jênnifer Duprat Medin


BÁRBARA JÊNNIFER DUPRAT MEDIN barbarajmedin@hotmail.com Curiosa e movida por desafios, trabalhou durante dois anos no desenvolvimento e produção de estampas artesanais em couro e pele exótica. Atua como designer de produto na empresa Grendene S/A. Acredita que a moda é uma das principais formas de expressão e com o poder de questionar a sociedade.


THE FUTURE IS BRIGHT Juventude, inquietude, liberdade, transformação e conquistas são palavras-chave de um momento histórico dos anos 1960. Após o anúncio da Corrida Espacial surge um novo movimento no vestuário feminino: a moda futurista. Olhar para uma década muito influente e trazer referências para uma coleção de moda atual. Assim, nasce a coleção primavera/verão 2019, The Future is Bright. A coleção tem o propósito de reverenciar este momento com criações singulares, apresentando uma cartela de cores reduzida, porém, inteiramente vibrante, relacionando à efervescência dos adolescentes e às conquistas do período, que vem ao encontro de uma mistura de materiais inusitados, como o sintético, o metalizado, o vinil, o glitter, o verniz, o paetê e a transparência. Desejo de um futuro mais alegre, com vida, com cor, com BRILHO!


Plano de coleção

Página 082

Painel de inspiração

THE FUTUREIS BRIGHT | Betina Schneider


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Modelo: Ana Paula Tondin | Beleza: Nany Gonzaga

THE FUTUREIS BRIGHT | Betina Schneider


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THE FUTUREIS BRIGHT | Betina Schneider


BETINA SCHNEIDER betinafschneider@gmail.com Movida pelo mundo criativo e espírito empreendedor, há quatro anos trabalha com sua própria marca de acessórios, Pulp. Considera que a maior fonte de inspiração possa vir de momentos, detalhes, olhares e observações. Acredita que a moda é feita para se expressar e admira a capacidade dela ser abrangente ao ponto de estar presente em diversos campos, o que a torna fascinante.


MANIFESTO Quiseram controlar meu jeito de vestir e portar. Me ensinaram coreografias pré-moldadas em que o balanço e a espontaneidade não caem bem. Meu corpo não é meu corpo? Não vi sentido em deixar de seguir as minhas vontades. Meu corpo é meu! E reclama ser lido de outro modo. Vou usá-lo, vesti-lo e caminhá-lo por onde e como eu bem entender. Reclamo sim, mas reclamo alto que é para incomodar. Cansei de ser silêncio, quero renascer grito. A coleção Manifesto fala sobre mulheres, seus corpos e seus anseios. A história dessa coleção não está somente na roupa, mas também em quem as veste e as produz. Elaborada por mãos de mulheres, a coleção explora de maneira colorida e subversiva manifestos bordados, pensando no corpo como suporte de comunicação e na moda como um instrumento de protesto, como uma forma de resistência, tendo como intuito promover impacto e reflexão.


Plano de coleção

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Painel de inspiração

MANIFESTO | Bhianca Machado


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Modelo: Shelley Borges | Beleza: Bhianca Machado

MANIFESTO | Bhianca Machado


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MANIFESTO | Bhianca Machado


BHIANCA MACHADO bhianca.machado@gmail.com Inquieta, sempre em busca de conhecimento, estudou moda na Universidade de Lisboa, modelagem no Senac e atuou como voluntária no Fashion Revolution. Com o ambiente fabril, adquiriu a vivência do processo; desde a pesquisa, criação, desenvolvimento técnico e produção. Movida por desafios, interessa-se em fazer moda com propósito, que questiona e seja uma forma de expressão.


BEACHES IN MIND Sol... Mar... Praia... Surfe... Natureza... Liberdade... Estilo de vida! Inspirada na banda de surf music The Beach Boys do ano de 1960 e envolta pela atmosfera do esporte surfe, nasce a coleção Beaches in Mind. Os looks apropriamse do imaginário praiano e do estilo de vida originado do esporte, atraindo a atenção de praticantes e simpatizantes. Como elementos principais, destacam-se o conforto das peças através de modelagens folgadas e tecidos de malha, além das estampas exclusivas exaltando as cores e listras com estética retrô.


Plano de coleção

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Painel de inspiração

BEACHES IN MIND | Bruna Silva


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Modelos: Maria Antônia Porto Sperb e Lisandra Endres Lehmann | Beleza: Maria Antônia Porto Sperb

BEACHES IN MIND | Bruna Silva


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BEACHES IN MIND | Bruna Silva


BRUNA SILVA brunabs313@gmail.com Inquieta e proativa, sempre teve interesse em conteúdos sobre moda e estilo, mas foi na sua primeira experiência profissional na indústria calçadista que iniciou sua conexão com a moda. Tem afinidade com as áreas de pesquisa e produção, e, na sua trajetória, exerceu a função de assistente de design. Durante a graduação em Moda, criou a marca WAIMARIE, voltada para o segmento surfewear feminino.


SKATING IN THE STARS Uma coleção que envolve a vibração da patinação com o amor por este esporte, traduzido em malhas de cores intensas desenvolvidas a partir de um resgate histórico das competições. Tendo a cidade das estrelas de La La Land como inspiração, a coleção une a energia e o encanto do esporte em trajes que reforçam a beleza dos movimentos, atraindo olhares numa dança perfeita entre tecidos, formas e silhueta embalados pela musica tema, itens necessários que compõem o momento da competição, trazendo segurança, beleza e conforto para a busca pelo pódio.


Plano de coleção

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Painel de inspiração

SKATING IN THE STARS | Brune Bernardi


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Modelo: Laura Alano | Beleza: Brune Bernardi

SKATING IN THE STARS | Brune Bernardi


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SKATING IN THE STARS | Brune Bernardi


BRUNE BERNARDI brune.bernardi@gmail.com Brune é uma ex-competidora de patinação artística que buscou em sua profissionalização unir o amor pela moda e pelo esporte. Trabalha no setor de criação calçadista e mescla cores, texturas e dedicação aos projetos com foco no segmento feminino.


DIANA DE GALES Inspirada na vida da princesa de Gales, a coleção apresenta os dois lados de Diana, desde seus momentos felizes até o seu lado triste com a família real. Cada momento é representado por uma cor, um bordado, um detalhe que também remete aos trajes utilizados pela mesma em eventos de gala.


Plano de coleção

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DIANA DE GALES | Camila Ayala

Painel de inspiração


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Modelo: Natรกlia Staudt | Beleza: Camila Ayala

DIANA DE GALES | Camila Ayala


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DIANA DE GALES | Camila Ayala


CAMILA AYALA camilaayala.oficial@hotmail.com Natural de Uruguaiana-RS, libriana com ascendente em touro, formada em administração, ama os animais, ama viajar e estar e estar perto dos amigos, apaixonada por moda e pelo que faz. Dona da marca Camila Ayala, busca novos desafios e superá-los sempre.


DESFRONTEIRAS SELVAGENS “Preso entre o limite do humano e do selvagem; Transgredindo o feminino e o masculino; E fazendo de seu corpo, sua morada. Impulso interno, desejo que ecoa da alma e não necessita uma definição de ser. Ser híbrido, ser humano, ser animal.” Dos figurinos e performances de Ney Matogrosso durante os anos 70, surge uma coleção conceitual que busca inspiração na figura híbrida selvagem/humana, feminina/masculina, expressada pelo artista em palco, em constante transformação.


Plano de coleção

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DESFRONTEIRAS SELVAGENS | Carina Sartori

Painel de inspiração


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Modelo: Matheus Quadros | Mรกscara: Robson Oliveira

DESFRONTEIRAS SELVAGENS | Carina Sartori


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DESFRONTEIRAS SELVAGENS | Carina Sartori


CARINA SARTORI kakifs@hotmail.com Apaixonada pelas diversas formas de expressão que a moda oferece, encontrou no desenvolvimento de projetos conceituais, figurino e produção de moda sua forma de manifestar-se. Buscou aperfeiçoamento na área de modelagem e obteve, também, vivências em produção de moda e criação de figurino, por meio de projetos paralelos à graduação.


IMPERMANENTE, IMPERFEITO E INCOMPLETO A perfeição é esperada Mas como sermos perfeitos? Se o tempo em demasia passa Tudo é transitório E eu me torno Impermanente Pois tudo é efêmero E o tempo? Ele também passou E o novo? Já não é mais Por isso uma coleção incompleta Pois o aperfeiçoamento é constante Por isso imperfeita


Plano de coleção

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IMPERMANENTE, IMPERFEITO E INCOMPLETO | Carolina Masotti

Painel de inspiração


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Modelo: Daniela Mello

IMPERMANENTE, IMPERFEITO E INCOMPLETO | Carolina Masotti


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IMPERMANENTE, IMPERFEITO E INCOMPLETO | Carolina Masotti


CAROLINA MASOTTI car.masotti@gmail.com Entusiasta de processos criativos, ilustração de moda e design de calçados. Estudou Fashion Design na Visual and Performing Arts - Syracuse University. Teve a oportunidade de estagiar no Centro de Design da Feevale, na marca nova iorquina Anna Sui e atualmente na marca de luxo Alexandre Birman. Acredita no poder intrínsico da indústria da moda, na sua responsabilidade e importância.


O FATAL CURSO DAS ESTRELAS: ROMEU E JULIETA A mais célebre de todas as histórias de amor, que retrata o trágico destino de um casal de amantes em meio à guerra de duas famílias, inspira a coleção O Fatal Curso das Estrelas. Tendo como principais símbolos as estrelas, além da dualidade amor x morte, e explorando contrastes entre luz e escuridão por meio das combinações de cores e texturas, nasce uma coleção de vestidos de festa feitos para destacar a mulher em momentos únicos e especiais de sua vida. Assim como no romance, é a paixão dedicada a cada detalhe que faz com que algo se torne eterno.


Plano de coleção

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Painel de inspiração

O FATAL CURSO DAS ESTRELAS: ROMEU E JULIETA | Caroline Vieira


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Modelo: Rafaela Sironi | Beleza: Caroline Vieira

O FATAL CURSO DAS ESTRELAS: ROMEU E JULIETA | Caroline Vieira


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O FATAL CURSO DAS ESTRELAS: ROMEU E JULIETA | Caroline Vieira


CAROLINE VIEIRA carol-svieira@live.com Graduanda em Moda pela Universidade Feevale e com experiência em atelier de vestidos sob medida; apaixonada pelo fazer manual das coisas, desde criança orgulhosa em dizer: fui eu que fiz! Deseja enfeitar o mundo com seu olhar criativo, sempre em busca de novas aprendizagens.


MULHERES DE HELMUT NEWTON: FETICHES INCONFESSÁVEIS Inspirada nas fotografias de Helmut Newton, a coleção explora a sensualidade da mulher e brinca com o imaginário masculino através de combinações de texturas e tecidos transparentes que valorizam a atitude feminina que rompe a ideia de sexo frágil. Questionando o uso tradicional do lingerie, as peças da coleção podem ser exibidas por mulheres ousadas e seguras de sua sensualidade e poder.


Plano de coleção

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Painel de inspiração

MULHERES DE HELMUT NEWTON: FETICHES INCONFESSÁVEIS | Caroline Silveira Soares


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Modelo: Tabata Strack | Beleza: Tabata Strack | Apoio: Juliana Fagundes

MULHERES DE HELMUT NEWTON: FETICHES INCONFESSร VEIS | Caroline Silveira Soares


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MULHERES DE HELMUT NEWTON: FETICHES INCONFESSร VEIS | Caroline Silveira Soares


CAROLINE SILVEIRA SOARES silveira.caca@hotmail.com Escorpiana, apaixonada por moda e fotografia. Tenho interesse pelos assuntos relacionados com consultoria de moda, editorias e campanhas fotogrรกficas. Atualmente tenho uma loja de aluguel de vestidos de festa e trabalho com fotografia no meu tempo livre.


COLEÇÃO RUN BABY, RUN A moda esportiva, por natureza, evoca uma sensação de atletismo e bem-estar, insinua saúde, corpo e mente saudáveis. É disso que se alimenta a coleção Run Baby, Run. Inspirada no seriado The Flash, tem suas linhas e recortes que priorizam o conforto corporal, trabalhando junto com uma escolha de tecidos macios e confortáveis, sendo assim, desperta vontade de se exercitar. Detalhes refletivos em locais estratégicos das peças, bolsos uteis para portar objetos durantes as atividades, acabamentos que proporcionam sensação de conforto, tornam as peças usáveis em qualquer local, são o diferencial da coleção. Todas essas referências dão forma e unidade à coleção, deixa de ser um projeto de moda, para oferecer a você peças que serão como sua segunda pele, durante a prática dos seus exercícios físicos e demais atividades!


Plano de coleção

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Painel de inspiração

COLEÇÃO RUN BABY, RUN | Cassiane Sidekun


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Beleza: Renata Costa | Modelo: Meriéle Assoni

COLEÇÃO RUN BABY, RUN | Cassiane Sidekun


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COLEÇÃO RUN BABY, RUN | Cassiane Sidekun


CASSIANE SIDEKUN cassianesidekun@gmail.com 33, Novo Hamburgo/RS. Apaixonada por animais, tem um gato siamês bolinha de nome Yves. Amante de esportes ao ar livre, possui uma inclinação natural para a moda esportiva. Recentemente se reaproximou de Deus, adotou o estilo de vida low carb e tem amado os resultados. A opção por uma vida ainda mais saudável, sendo ela física e espiritual, tem refletivo positivamente em sua personalidade, atribuindo-lhe novas perspectivas quanto ao futuro pessoal e profissional.


SINTONIA Acredita-se que um dos primeiros contatos com a moda ocorre na infância, a partir da observação pelas crianças do vestuário usado pelos pais. As meninas, principalmente, observam a forma de vestir das mães, e desejam vestir- se iguais ou semelhantes a elas. A coleção SINTONIA tem como temática Passeio no Parque de Diversão, que representa a alegria de estar em família, aproveitando um momento especial. A inspiração surge das formas dos brinquedos, das cores e do universo lúdico. Através de looks coordenados, com estampas exclusivas e elementos estéticos como babados, franzidos e laços, as peças ressaltam a ligação entre mãe e filha, fortalecendo o laço afetivo por meio da moda.


Plano de coleção

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SINTONIA | Cristiane Veppo

Painel de inspiração


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Beleza: Renata Costa | Modelo: MeriĂŠle Assoni

SINTONIA | Cristiane Veppo


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SINTONIA | Cristiane Veppo


CRISTIANE VEPPO cristianeveppo@hotmail.com Encontrou na moda seu espaço, está sempre em busca de crescimento profissional, bem como pessoal, por meio de novas experiências na área. É apaixonada pelos processos criativos, tem interesse por comportamento e história. Desenvolve suas habilidades na área de costura e modelagem, através da confecção de peças sob medida.


BORN NAKED Todos nós nascemos nus, o resto é drag! Quebrar as normas, fugir do padrão e SER a sua melhor versão: ser humano! A coleção Born Naked traz glamour, leveza e diversão, sempre presentes no reality RuPaul’s Drag Race e no universo drag. Em tempos de ódio e preconceito, vamos ser MAIS. Mais humanos, mais tolerantes, mais alegres. Vamos amar mais e reconhecer no amor e na alegria, que somos diferentes!


Plano de coleção

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BORN NAKED | Érica Ruschel

Painel de inspiração


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Modelo: Selena Sigma | Beleza: Seripha Sigma

BORN NAKED | ร rica Ruschel


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BORN NAKED | ร rica Ruschel


ÉRICA RUSCHEL Ericaruschel1@gmail.com Graduada em Moda pela Universidade Feevale/RS. Nasci em Novo Hamburgo, canceriana e apaixonada por tudo que nos move, pelo afeto e pela diversidade. Durante a graduação tive experiências em diversas áreas, atuando também na parte administrativa na instituição, que me agregou não somente conhecimento, mas me tornou mais empática e me ensinou a conviver com as diferenças. Atualmente, atuo na área de marketing e criação de conteúdo e interesso-me por produção de editoriais e campanhas.


THE GOLDEN KISS Através da arte posso ver a alma. A alma de uma mulher, Mulher exuberante que brilha, Através de seus lábios, Lábios que estremecem, Lábios que desejam, Lábios que esperam por um beijo.

Inspirada na obra “O beijo” de Gustav Klimt, a coleção busca traduzir através do design de superfície a essência dos principais elementos estéticos, ornamentais e cromáticos da obra.


Plano de coleção

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THE GOLDEN KISS | Gabriela Arnhold

Painel de inspiração


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Modelo: Stephanie Kichler | Beleza: Marta Bueno

THE GOLDEN KISS | Gabriela Arnhold


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THE GOLDEN KISS | Gabriela Arnhold


GABRIELA ARNHOLD gabriela_arnhold@hotmail.com Graduada em moda, possui uma postura flexível, criativa e ética para a atuação em diferentes segmentos da moda. Com vasta experiência em design de superfície, criação de estampas para o setor calçadista e vestuário. Nesta coleção relacionou arte e moda através da sua grande paixão, a estamparia.


COLORES DE LA CIUDAD PERDIDA Eu sou, eu sou o que sobrou; Sou todo o resto do que roubaram; Um povo escondido no topo; Minha pele é de couro, por isso aguenta qualquer clima; Eu sou uma fábrica de fumaça; Mão de obra camponesa, para o seu consumo. Frente fria no meio de verão; O amor nos tempos do cólera, meu irmão! Eu sou o sol que nasce e o dia que morre; Com os melhores entardeceres; Sou o desenvolvimento em carne viva; Um discurso político sem saliva; As mais belas faces que conheci. CALLE 13. Latinoamérica. 2010. (Tradução nossa)


Plano de coleção

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COLORES DE LA CIUDAD PERDIDA | Jéssica Vacari

Painel de inspiração


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Modelo: Huadrey Herrman | Beleza: Jéssica Vacari

COLORES DE LA CIUDAD PERDIDA | Jéssica Vacari


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COLORES DE LA CIUDAD PERDIDA | Jéssica Vacari


JÉSSICA VACARI jessicavcr@hotmail.com Curiosa, dedicada e desde sempre apaixonada pela criação. Graduanda em Moda pela universidade Feevale, valoriza a importância do constante aprendizado e deseja contribuir para o mundo da moda com a busca de inovação e criatividade.


VENTOS DO ORIENTE Em uma coleção de edição limitada, a marca de moda festa Júlia Graziela traz peças que remetem os trajes usados pelas dançarinas da dança do ventre, usada como inspiração. A harmonia entre o exótico e o belo é ponto de partida dessa coleção assinada pela estilista. Criada pela jovem designer em 2017, a marca explora a beleza dos bordados e brilhos em composição com tecidos que dão os ares da coleção. A sensualidade presente nesta dança é evidenciada através de decotes princesa, transparência e fendas. O resultado é um conjunto de peças que busca inserir esta dança no vestuário de festa. Um dos comuns adereços na dança do ventre, o véu, é a inspiração para o nome da coleção, que em movimento simboliza os ventos do Oriente.


Plano de coleção

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VENTOS DO ORIENTE | Julia Graziela Edinger

Painel de inspiração


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Modelo: Raquel Bueno | Beleza: Júlia Graziela Edinger

VENTOS DO ORIENTE | Julia Graziela Edinger


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VENTOS DO ORIENTE | Julia Graziela Edinger


JULIA GRAZIELA EDINGER juliagrazielae@gmail.com Gaúcha, graduanda em Moda pela Universidade Feevale sou grata por todo crescimento profissional e especialmente pessoal que a graduação me proporcionou, ampliando minha visão do mundo e das pessoas. Trabalho há de 10 anos no varejo, e me identifico com a parte criativa, de pesquisa e visual merchandising. Amante da vida e das artes, em especial a dança do ventre, que foi incorporada na minha coleção.


UNIVERSO DE NÓS Nos emaranhados de fios e cores, com sintonia entre o gesto das mãos e da mente, o artesão representa seus sentimentos, emoções e expressões singulares na criação de um ritmo interno, que abre espaço para novas atitudes perante o cotidiano. O gesto da mão na trama sendo criada, juntamente com os materiais no ato da criação, é a própria vida e a energia que cada um impulsiona. Feito à mão, “pra passar o tempo”, por mulheres “do lar”, os produtos artesanais carregam, muitas vezes, cargas simbólicas negativas. A apropriação das técnicas manuais pelas mulheres como forma de expressão e de (r)existência é o tema da coleção Universo de nós, que utiliza o crochê e o bordado para compor peças contemporâneas que valorizam o feito à mão por mulheres. O ritmo lento do trabalho manual se contrapõe ao ritmo acelerado da vida e busca questionar o olhar e a consciência do consumidor.


Plano de coleção

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UNIVERSO DE NÓS | Júlia Holderbaum

Painel de inspiração


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Modelo: Aline Kervald | Beleza: Kaiane de Almeida

UNIVERSO DE NÓS | Júlia Holderbaum


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UNIVERSO DE NÓS | Júlia Holderbaum


JÚLIA HOLDERBAUM juliaholderbaum@gmail.com Realizou intercâmbio na Irlanda por dez meses, adquirindo experiências, trabalhando e estudando inglês. Possui conhecimento na área de estamparia, jacquards e técnicas manuais. Valoriza o trabalho artesanal e acredita que o slow fashion é o caminho para uma moda mais justa e consciente.


ENCANTOS DA NOITE A noite A noite tem seus encantos, Suas magias. Seus romances. Suas poesias. A noite tem prantos, Bijuterias. Tem desencantos. Tem agonias. A noite é sedutora. Acolhedora. Reveladora. À noite... É sonhadora. (Moacir Luís Araldi)

A coleção Encantos da Noite Primavera/Verão 2019 busca transmitir os desejos de mulheres cosmopolitas com estilo arrojado, que vivem a noite em todos os seus aspectos de forma intensa. Com inspiração no Party Dressing, a coleção esbanja glamour ao trazer looks festivos com muito brilho, combinações de cores marcantes e recortes ousados, valorizando a sensualidade e delineando a silhueta feminina.


Plano de coleção

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ENCANTOS DA NOITE | Laura Casagrande Linden

Painel de inspiração


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Modelo: Carolina Texeira | Beleza: Everton Brocker

ENCANTOS DA NOITE | Laura Casagrande Linden


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ENCANTOS DA NOITE | Laura Casagrande Linden


LAURA CASAGRANDE LINDEN lau.linden@gmail.com Determinada e perfeccionista, tem a moda como sua paixão. Na sua trajetória profissional, atuou como produtora de moda, gestora de mídias sociais e atualmente é coordenadora de estilo em uma empresa de calçados. É movida por desafios, buscando dessa forma, adquirir conhecimento e crescimento tanto no âmbito pessoal quanto profissional.


WHO’S THAT GIRL? Madonna usou sua voz e promoveu uma revolução cultural provocando os conservadores, lutando pela liberdade feminina e contra o sexismo da indústria musical. Em um resgate dos anos 1980, a coleção Who’s that girl? se inspira na primeira turnê mundial da rainha pop, transpondo todo o exagero desta década e o estilo irreverente da cantora nos palcos para a criação de uma coleção de lingerie que celebra a grandiosidade da música pop. Com uma mistura de matérias primas, elementos de estilo e tendências de moda atuais, as peças foram desenvolvidas para despertar o brilho e as lembranças desses anos tão divertidos, mostrando que os anos 1980 vivem até hoje.


Plano de coleção

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Painel de inspiração

WHO’S THAT GIRL? | Letícia Soares


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Modelo: Suzan Haas | Beleza: Bianca Valin

WHO’S THAT GIRL? | Letícia Soares


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WHO’S THAT GIRL? | Letícia Soares


LETÍCIA SOARES leticiasoares.sd@gmail.com Desde criança sempre se identificou com a arte e criatividade. Adquiriu experiência na moda fazendo estágio em uma malharia local, se envolvendo em diversas etapas no processo de produção. Acredita que moda é meio de expressão e autoconhecimento. Sonha viajar o mundo em busca de experiências novas e inspiração.


HAPPY DAYS Inspirado na animação Trolls, a coleção Happy Days apresenta um maravilhoso mundo colorido em meio a natureza, onde a música, dança e felicidade são os seus principais elementos. A coleção tem como conceito um dia feliz para as crianças, onde o conforto e a explosão de cores são características apresentadas nas peças desenvolvidas em malha de algodão, viscoelastano, e com detalhes em tule. Os elementos de estilo aparecem nas estampas de flores, barrados, tie dye, em superfícies sublimadas e serigrafias localizadas e aviamentos como pompons e tassel. Esta coleção foi pensada para o que esse público gosta e deve fazer: brincar e ser feliz!


Plano de coleção

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HAPPY DAYS | Lidiani Nunes Demetrio de Oliveira

Painel de inspiração


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Modelo: Maria Luíza Demetrio de Oliveira | Beleza: Pâmela Gil

HAPPY DAYS | Lidiani Nunes Demetrio de Oliveira


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HAPPY DAYS | Lidiani Nunes Demetrio de Oliveira


LIDIANI NUNES DEMETRIO DE OLIVEIRA lidiani@malhasdemetrio.com.br Introduzida no atelier de costura da família desde pequena, cresceu vendo a evolução da empresa através de coleções desenvolvidas pela sua mãe. Atua no setor de desenvolvimento e modelagens dos produtos. Agora graduanda em Moda pela a Universidade Feevale, pretende colocar em prática seus estudos na empresa, aplicando os conhecimentos adquiridos ao longo do curso de moda.


VENUS XTRAVAGANZA Eu vou sobreviver. Apesar de todo o lixo, ódio, de todas as palavras que você tem jogado contra mim – anormal, doente, pecadora, suja – eu vou sobreviver. Eu vou sobreviver nas vozes que não se calarão. Eu vou sobreviver através do brilho, do imaginário, da dança. Eu vou sobreviver naquelas que você vai chamar de puta por exercerem a liberdade da qual você goza. Eu vou sobreviver na porra quente que escorre no rosto dos viados que tem que esconder o seu desejo. Eu vou sobreviver no sangue das travestis que são ceifadas desse mundo porque você não aceita o diferente. Eu vou sobreviver em todo o negro que sofreu calado durante o teu reinado. Eu vou sobreviver no desfile de moda que é a vida. Porque eu dou close. Porque eu sou bicha. E bicha não morre, bicha vira purpurina. Eu não vou sobreviver. Eu vou existir. Resistir.


Plano de coleção

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VENUS XTRAVAGANZA | Guilherme Ganc

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Modelo: Carolina Porto | Beleza: Mariรกh Manique

VENUS XTRAVAGANZA | Guilherme Ganc


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VENUS XTRAVAGANZA | Guilherme Ganc


GUILHERME GANC guilherme.ganc@outlook.com Graduado em Moda pela Universidade Feevale. Atualmente trabalha como Diretor de Arte na agência de marketing, Duocom. Com experiência na área criativa, já ministrou aulas relacionadas ao design gráfico e trabalhou como Personal Stylist e Social Media. Possui interesse em questões sociais, em especial, a causa LGBT da qual considera-se ativista.


GRUNGE IS (NOT) DEAD Sentimentos de rebeldia e contestação deram origem ao movimento grunge durante a década de 90 em Seattle. A necessidade de expressão se concretizou através da música e visual das bandas que trouxeram o punk rock ao mainstream. Deixando seu legado, os ícones do rock alternativo tornaram-se fonte de inspiração para futuras gerações adeptas a cena. Refletindo essa essência de vida, cria-se a coleção Grunge is (not) dead. Com mix de referências, busca promover um visual desarrumado e despreocupado com peças largas e de aspecto envelhecidos, misturando texturas, padronagens e sobreposições, as características desta estética aparecem de forma resignificada em uma coleção contemporânea.


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Painel de inspiração

GRUNGE IS (NOT) DEAD | Mônica Thaine dos Santos


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Modelo: Bruna Rockembach Cheveste | Beleza: Gabriela Bastos

GRUNGE IS (NOT) DEAD | Mônica Thaine dos Santos


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GRUNGE IS (NOT) DEAD | Mônica Thaine dos Santos


MÔNICA THAINE DOS SANTOS monicathaine@gmail.com Interessada por música e manifestações culturais gostaria de atuar na área de pesquisa de tendências e comportamento. Nos últimos anos adquiri experiência profissional no uso de softwares de edição de imagens.


POWER TO THE GIRLS A cultura dos super-heróis cresce cada dia mais, porém as personagens femininas ainda recebem pouco destaque neste universo, tal qual nós, mulheres, na sociedade atual. Inspirada nas heroínas adolescentes, a coleção POWER TO THE GIRLS tem como propósito inspirar o público através dessas figuras femininas poderosas e instigar a força para enfrentar o mundo que vivemos. As heroínas escolhidas se materializam na coleção através de detalhes retirados dos seus uniformes, expressando por meio das roupas a juventude e diversão presente nos seus quadrinhos. A missão da coleção é conferir força, poder e confiança no próprio corpo a TODAS as mulheres.


Plano de coleção

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Painel de inspiração

POWER TO THE GIRLS | Rafaela Ficher


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Modelo: Cássia Galvão | Beleza: Juliana Galvão

POWER TO THE GIRLS | Rafaela Ficher


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POWER TO THE GIRLS | Rafaela Ficher


RAFAELA FICHER rafaelaficher@gmail.com Gaúcha, 22 anos, graduada em Moda pela Feevale. Possui formação em curso de consultoria de moda, jornalismo de moda e estamparia. Fascinada pelas áreas de pesquisa, fotografia, produção de moda e comunicação.


CATRINAS EN FIESTA A coleção “Catrinas en Fiesta” aborda elementos culturais do tradicional festejo El Día de Los Muertos realizado no México, trazendo a principal personagem, a figura emblemática de La Catrina como inspiração. A tradição, juntamente com a contemporaneidade, aliase à lingerie e às tendências de moda para propor uma coleção feminina, irreverente e ousada. A cartela de cores quentes se refere ao colorido e à alegria do país mexicano em oposição ao predomínio do preto, que remete ao luto, mas que nesta coleção representa o mistério e a sensualidade da mulher. Os detalhes utilizados da festividade propiciam a aproximação com a área da moda, enaltecendo elementos como os tecidos estruturados, rendas, babados, aplicações e sobreposições que compõem a coleção de lingerie.


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CATRINAS EN FIESTA | Renata Bocchese

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Modelo: Carolina Teixeira | Beleza: Renata Bocchese

CATRINAS EN FIESTA | Renata Bocchese


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CATRINAS EN FIESTA | Renata Bocchese


RENATA BOCCHESE bocchese.f18@gmail.com Gaúcha, 23 anos, possui experiência na área de peles exóticas e atualmente trabalha na Calçados Beira Rio como Auxiliar de Criação na marca Molekinho, já tendo atuado também na Molekinha. Criativa e prestativa, acredita que para engrandecer a moda contemporânea, além da realização de pesquisas para a criação, é necessário exercitar a busca sensitiva na observação cotidiana.


MAMA DADA Já ouviu falar da baronesa Elsa? Aposto que não. He He He. Artista de vanguarda, mãe do dadaísmo. De baronesa só tem o título. Mama Dada Dada Mama Vida Cotidiana Trabalho Casa Padrão Padrão Ai de quem não se encaixar Mama Dada Dada Mama Faz o que quiser Um dia, talvez Será A coleção “Mama Dada” tem como objetivo valorizar o trabalho da artista, trazendo ao público em forma de coleção de moda acesso à informações que durante tantos anos permaneceram esquecidas.


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MAMA DADA | Renata Henckel

Painel de inspiração


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Modelo: Carolina Teixeira | Beleza: Renata Bocchese

MAMA DADA | Renata Henckel


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MAMA DADA | Renata Henckel


RENATA HENCKEL renatahenckel@gmail.com Graduanda em Moda pela Universidade Feevale, aperfeiçoou seus conhecimentos no curso Sewing and Construction na Parsons. Em Nova Iorque, trabalhou em uma marca masculina onde se envolveu em todo o processo de produção. Já teve diversas experiências com produção de moda na região e hoje trabalha com Visual Merchandising em uma grande marca do mercado nacional.


GARGANTA PANTAGRUÉLICA AAAAH! AAAAAAAA! A onomatopeia é a representação gráfica de um som ou da falta dele. É a diagramação do que se escuta. Que vem do fundo da garganta ou da ponta dos pés quando se bate em uma quina. O termo chave desta coleção vem da sátira escrita no século 16 por François Rabelais denominada “Gargantua e Pantagruel”. Nela, os dois gigantes que nomeiam a história vivem de forma grotesca e extravagante. A obra precursora do “Faça como queira”, originou o adjetivo pantagruélico e este termo define a obra indefinível de Teresinha Soares, artista brasileira tema desta coleção. O vermelho sangue combinado com cores contrastantes, o feminino e o sexo guiam a obra de Soares e aqui se sintetizam em unidades gestálticas moldadas em tecido. Garganta Pantagruélica é a voz feminina vinda da obra de Teresinha Soares.


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Painel de inspiração

GARGANTA PANTAGRUÉLICA | Sofia Ferreira


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Modelo: Maiara Dresh | Beleza: Sofia Ferreira | Apoio: Calçados Divalesi, e21 Agência de Multicomunicação

GARGANTA PANTAGRUÉLICA | Sofia Ferreira


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GARGANTA PANTAGRUร LICA | Sofia Ferreira


SOFIA FERREIRA sofiasferreiras@gmail.com Sofia Ferreira é Graduanda em Moda pela Universidade Feevale. Com formação em Direção de Arte pela Universidade de Belas Artes de São Paulo e Content Strategy pela Northwestern University, atualmente é Diretora de Arte com foco em Moda em uma grande agência de Porto Alegre e nas horas vagas produz conteúdo para algumas marcas da empresa Fruki. Com inclinações para a Antropologia, já desenvolveu estudos sobre multiculturalismo e seus efeitos no mercado fashion. Pretende seguir no ramo da direção de arte, sempre de mãos dadas com a Moda. Você pode conferir seu portfólio em be.net/sofiaferreira


LA MUERTE ESTÁ VIVA “Meu corpo é um marasmo. E eu não posso mais escapar dele. Como o animal que sente sua morte, sinto a minha tomar lugar na minha vida com tanta força, que me tira qualquer possibilidade de combater. Não me acreditam, tanto me viram lutar. Não ouso mais acreditar que eu poderia estar enganada, esse tipo de relâmpago está se tornando raro. As noites são longas. Cada minuto me amedronta e eu sinto dores por toda parte!” (KAHLO apud ZAMORA, 1997, p. 112). As muitas catástrofes da vida de Frida Kahlo foram resignificadase entrelaçadas em uma coleção cheia de cores, flores e simbolismos. Suas dores e seus amores sempre falaram mais alto na trajetória desta mulher que se tornou inesquecível. Imprimimos de uma forma conceitual as paixões que ajudaram a tornar a história desta pintora mexicana ainda mais viva.


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Painel de inspiração

LA MUERTE ESTÁ VIVA | Tainá Pires de Deus


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Modelo: Amanda Souza | Beleza: Tainรก Pires

LA MUERTE ESTร VIVA | Tainรก Pires de Deus


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LA MUERTE ESTร VIVA | Tainรก Pires de Deus


TAINÁ PIRES DE DEUS tainahpiris@gmail.com Aquariana com ascendente em Aquário; inquieta, louca por inovações. Suas experiências profissionais são reflexo disso: Social Media, Coreógrafa e Stylist. Ama Arte e tem Moda como paixão, cresceu no meio de máquinas e tecidos. Acredita ser movida por inspirações humanas, principalmente por mulheres que constroem o mundo só pelo prazer de mudá-lo.


MY BODY, MY RULES Peças inspiradas no aprisionamento do corpo e da essência feminina que se transforma em objeto de desejo, essencialmente guiado pelo período dos anos dourados, quando o machismo falava mais alto e a liberdade dos corpos femininos era calada. Em busca da expressão do ser, essa coleção é voltada para aqueles que acreditam que o corpo é o próprio lar, a própria morada, respeita e quer ser respeitado, é homem e é mulher, é alguém que tem vontades e desejos, tem sentimentos e não quer ser objetificado. Apenas livre.


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MY BODY, MY RULES | Tuani Michele Delai

Painel de inspiração


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Modelo: Marco Antônio de Souza

MY BODY, MY RULES | Tuani Michele Delai


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MY BODY, MY RULES | Tuani Michele Delai


TUANI MICHELE DELAI E-MAIL Atual designer de acessórios infantis e apaixonada por viagens inspiradoras, procura expandir horizontes através da busca pelo conhecimento e informação, bem como cursos realizados na área da moda como Coolhuntig, descobriu-se inspirada por underwear e acredita que as pessoas podem e devem expressar o que são para o mundo através da moda.


PIZZICA LU CORE Quais os medos você está disposta a enfrentar para seguir seu coração? A coleção “Pizzica Lu core” quer proporcionar o poder de escolha feminino. Viva sem medo e pronta para toda e qualquer sensação que seu coração pode sentir ao ser tocado. Expresse o quão maravilhoso é ser você, liberte-se e mostre a força vinda da sua alma. Toda mulher é única e possui o poder da sensualidade, desperte isso em você. Assim como o poder feminino de escolha da dança Pizzica que serviu de inspiração para a coleção, nós mulheres também temos o poder de escolher quem queremos ser. Mistura-se sensualidade e mistério vindos dos trajes e do significado da dança, sem perder a elegância e a força do feminino, unindo-se a fluidez e liberdade que ela proporciona. Sendo assim, a “Pizzica Lu Core” quer te lembrar o quanto é maravilhoso ser mulher.


PIZZICA LU CORE | Valquíria Portella

Painel de inspiração

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Plano de coleção


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Modelo: Martina Lechmann | Beleza: Carolina Eléguida

PIZZICA LU CORE | Valquíria Portella


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PIZZICA LU CORE | Valquíria Portella


VALQUÍRIA PORTELLA Val.eckhardt@gmail.com Graduanda em moda, viajante, curiosa, espírito livre, apreciadora de vinhos e apaixonada pela história da arte e indumentária. Sempre em busca de conhecimento na arte da modelagem e do bordado manual. Possui viagens de pesquisa de moda, e com uma câmera profissional registra detalhes de cada local tocado pelo seu coração. Não é à toa que é apaixonada pela cultura típica italiana. Acredita que moda e a cultura devem andar lado a lado, tocando o coração das pessoas.


AVANTE FILHAS DE FÉ! Crescimento pessoal, autoestima e força é o que todas as filhas de Santo cultivam com seus Orixás, no dia a dia de seu trabalho em prol de si e dos seus irmãos de fé. Esta coleção vem homenagear essa luta e empoderar cada mulher que se vê na grandeza de seu Orixá. A inspiração foi encontrada na força e beleza de Iansã, Nanã Buruku, Oxum e Iemanjá para trazer uma moda festa que retrate a personalidade e fé de praticantes e simpatizantes das afro-religiões, que são convidadas a se expressar através da moda, na busca da liberdade e aceitação.


Plano de coleção

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Painel de inspiração

AVANTE FILHAS DE FÉ! | Vitória Grisa Moreira


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Beleza: Renata Correa | Modelo: Dandara Cruz Ennes

AVANTE FILHAS DE Fร ! | Vitรณria Grisa Moreira


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AVANTE FILHAS DE Fร ! | Vitรณria Grisa Moreira


VITÓRIA GRISA MOREIRA vitóriagrisa@gmail.com Aos 24 anos, tem experiências variadas no mercado de moda como: Visual Mershandising, criação e construção de moda festa e acessórios, social media e consultoria de moda. Tem imensa paixão pelas áreas de pesquisa, criação e desenvolvimento de produto.


ISBN

978-85-7717-225-2


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