PERCURSO DE INSERÇÃO PROFISSIONAL Licenciados, Mestres e Doutores da UNL
Relatório Síntese Diplomados de 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e de 2011/2012
Maio 2015
Coordenação: Miguel Chaves (FCSH) Mariana Gaio Alves (FCT) Autoria: Mariana Gaio Alves Miguel Chaves César Morais
SUMÁRIO EXECUTIVO: 1. Os dados do presente relatório decorrem das inquirições ao percurso de inserção profissional dos diplomados da Universidade Nova de Lisboa (UNL) nos anos letivos de 2011/12, 2010/2011, 2009/10, 2008/09 e em 2004/05. As amostras constituídas têm por base margens de erro reduzidas (principalmente no caso dos licenciados e mestres), permitindo-‐nos assim depositar uma confiança considerável na fiabilidade dos dados (Cf. Quadro 1 no final do relatório). 2. Em consonância com as tendências nacionais, a análise revela que a situação dos graduados da UNL no mercado de trabalho se tem deteriorado nos últimos anos, verificando-‐se um aumento da percentagem de “desempregados” e “inativos” entre os diplomados dos três ciclos de estudo. Relativamente à última coorte inquirida (ano letivo 2011/12) tornam-‐se, contudo, especialmente notórias duas alterações que importa acompanhar em futuras inquirições: entre os licenciados, verifica-‐se um ligeiro aumento da percentagem de empregados e um decréscimo do peso relativo de desempregados; em contrapartida, entre os doutores observa-‐se um crescimento significativo da percentagem de desempregados, ainda que este valor não ultrapasse a fasquia dos 10%. 3. Apesar do agravamento da situação perante a atividade, os valores indiciam que a situação continua a ser ligeiramente mais favorável entre os diplomados da UNL (licenciados, mestres e doutores) do que no cômputo nacional. Se procurarmos comparar as “taxas de desemprego” registadas entre os diplomados da NOVA na faixa etária 25 – 34 anos com a observada entre os diplomados portugueses nesse mesmo grupo etário, tomando por referência o segundo trimestre de 2014, verificamos que a taxa de desemprego era de 12,2% na UNL, ao passo que, em Portugal, tangia os 14,7%. O cotejo seria ainda mais favorável à UNL se o confronto se situasse na faixa etária inferior aos 24 anos, categoria onde se inscreviam 23,4% dos nossos inquiridos. Nesse intervalo de idades, o desemprego de diplomados a nível nacional ascendia a 30,8%, enquanto na UNL se situava na casa dos 22,7%. 4. No que respeita às remunerações líquidas mensais, a análise deixa transparecer que se verifica uma redução nos últimos anos. Bastará para tal observar que os montantes auferidos pelas coortes mais recentes são, em qualquer dos ciclos, inferiores aos
obtidos pela coorte de 2008/09. A redução é especialmente notória entre licenciados, pois, além de ser mais intensa do que nos dois níveis de formação mais avançados, reforça-‐se ano após ano, situação que não é tão evidente junto dos mestres e doutores. 5. A degradação das condições face à atividade e no montante das remunerações médias não é acompanhada por uma deterioração dos níveis de adequação do emprego tanto ao nível de escolaridade (ajustamento vertical) quanto à área de formação (ajustamento horizontal). Com efeito, entre os que estão empregados, os níveis de ajustamento continuam elevados a qualquer desses níveis, não se registando uma inflexão negativa ao longo dos anos. Uma análise global dos dados disponíveis indicia que, em todas as inquirições realizadas, a adequação assume os seus valores mais elevados entre os doutores e alcança os seus níveis mais baixos junto dos licenciados. 6. No que respeita ao estatuto jurídico da entidade empregadora, a análise evolutiva evidencia uma redução significativa da percentagem de diplomados de qualquer dos ciclos de estudos vinculados a organismos da administração pública. Para os licenciados, os principais empregadores são, em qualquer dos anos, as empresas privadas, que, na última coorte inquirida, passam também a liderar o emprego junto dos mestres. Apenas no caso dos doutores os organismos da administração pública continuam a imperar, embora em evidente recuo. 7. Sem qualquer alteração do seu peso relativo ao longo dos anos, é observável uma clara supremacia dos diplomados que trabalham por “conta de outrem” face ao número daqueles que declaram trabalhar por “conta própria”. 8. Relativamente aos setores de atividade, e se compararmos os vários ciclos, verificamos que é entre os licenciados que se destaca uma maior dispersão do emprego por setores, tendência que se mantém ao longo das coortes. Apesar disso, impera uma supremacia do setor dos “serviços prestados às empresas”, que se mantém inalterável no primeiro posto, e também do setor “educação” que tem registado um declínio. Sublinhe-‐se ainda uma tendência paulatina, mas constante, para o reforço dos “serviços artísticos e culturais” e para o recuo quer das “indústrias transformadoras” quer do setor “comércio, bancos e seguros”. Para os mestres, o setor dos “serviços prestados às empresas” alcança também lugar de destaque, ombreando, nesse caso, com o setor da “saúde e ação social”. A tendência evolutiva mais nítida entre os que concluiram o
mestrado vai para a perda da importância relativa do setor da “educação” que chegou a assumir um ascendente nítido até ao ano letivo de 2009/10, mas que em 2011/12 se queda já no terceiro posto. Entre os doutores, o setor “educação” acompanha a tendência de quebra que se regista nos ciclos anteriores, mas continua claramente a hegemonizar o cenário do emprego. 9. A análise evolutiva revela que a opção de dar continuidade aos estudos académicos se tornou particularmente frequente entre os licenciados, após a implementação das alterações curriculares associadas ao processo de Bolonha. Em cada uma das coortes mais recentes observa-‐se que mais de metade dos licenciados continuou os estudos académicos um ano após a graduação, enquanto essa opção havia sido tomada por apenas 1/6 dos licenciados que terminaram em 2004/05. Entre os mestres, o grupo dos que optaram por continuar os estudos um ano após a graduação é mais reduzido e tem vindo a diminuir progressivamente desde a primeira coorte inquirida. Inversamente, no caso dos doutores, o peso do grupo daqueles que prosseguiram atividades académicas em pós-‐doutoramento aumentou nos anos mais próximos, constatando-‐se que, na última coorte, abrangia cerca de 1/4 dos doutorados. 10. Em 2015, dispomos pela primeira vez no OBIPNOVA de dados referentes à relação dos diplomados com a emigração. Observa-‐se que a maioria dos diplomados (licenciados, mestres e doutores) nunca consideraram a hipótese de emigrar ou apenas consideraram essa hipótese de forma vaga. Porém, uma parcela muito expressiva de licenciados afirma já ter planos para emigrar ou considerar essa hipótese como muito provável, sendo entre os doutorados que se identifica o contingente mais elevado de diplomados que já emigraram um ano após a graduação. 11. Por fim, saliente-‐se que os dados relativos à inclinação dos diplomados da NOVA para escolherem o mesmo curso e o mesmo estabelecimento de ensino são, em qualquer dos anos, muito elevados, além de se registarem alterações pouco expressivas quando os analisamos evolutivamente. De facto, entre licenciados, mestres e doutores regista-‐ se uma clara maioria que afirma que voltaria a escolher o mesmo curso. Uma maioria ainda mais alargada voltaria a escolher o mesmo estabelecimento de ensino.
RELATÓRIO SÍNTESE: Este relatório torna públicos alguns aspetos nucleares da situação de inserção profissional dos licenciados, mestres e doutores da UNL do ano letivo de 2011/12, um ano após terem concluído os graus. Sempre que possível, a análise é evolutiva, uma vez que se pretende comparar a situação da coorte de 2011/12 com a dos diplomados das coortes anteriores. Serão abrangidas as seguintes dimensões: a) Situação perante a atividade; b) Taxa de emprego; c) Taxa de desemprego; d) Número de inscrições em centros de emprego; e) Grau de adequação/desadequação entre a atividade profissional desenvolvida e o nível de instrução alcançado; f) Grau de adequação/desadequação entre a atividade profissional e a área científica de formação; g) Níveis de remuneração líquida; h) Estatuto jurídico das entidades empregadoras; i) Setores de atividade; j) Continuação de estudos académicos; l) Relação com a emigração; m) Nível de satisfação com o estabelecimento de ensino onde se obteve o grau.
1. Qual a “situação perante a atividade” dos licenciados, mestres e doutores da UNL, um ano após a conclusão do grau? Gráfico 1-‐ Situação perante a atividade -‐ Licenciados 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
100 80
69
60 45,4 41 34,9 33,4
36,3 37,1 32,2 28,5
19,2
11,7 8,5 11,4 6,7
Empregados
Estagiários (remunerados)
3,6 0,5 0,8
5
Bolseiros
3,1 5,4
18,6 15,2 16,4 10,2
Desempregados
40 20
2011/2012 2010/2011 2009/2010 2008/2009 2004/2005
5,9 Inacnvos
0
Licenciados: Um ano após a sua graduação, 34,9% dos licenciados em 2011/12 estão “empregados”; 8,5% desenvolvem “estágios remunerados”; 16,4% são “desempregados”;
37,1% encontram-‐se em situação de “inatividade”; e a percentagem de “bolseiros” de estudos não vai além de 3,1%. Cotejando-‐se estes valores com os de 2004/05, 2008/09, 2009/10 e de 2010/11 destaca-‐se que as tendências para o progressivo decréscimo do “emprego” e crescimento do “desemprego” entre os vários anos letivos foram interrompidas na coorte mais recente (a de 2011/12). Com efeito, os “empregados” representavam 69% do total de licenciados em 2004/05, tendo essa percentagem decrescido para 45,4% em 2008/09, para 41% em 2009/10 e para 33,4% em 2010/11, uma evolução negativa que se interrompe com os licenciados de 2011/12, entre os quais a parcela do “emprego” aumenta para 34,9%. Aumenta também na coorte mais recente a porção de “estágios remunerados” que, após reduzirem continuamente a sua expressão entre 2004/05 e 2010/11 (de 19,2% até 6,7%), ascende a 8,5% em 2011/12. Como resultado, o crescente agravamento do “desemprego” entre as coortes mais recuadas (de 5,4% passa para 10,2%, depois para 15,2%, e para 18,6%) é suspenso na coorte mais recente ao deter-‐se nos 16,4%. Ainda que com algumas oscilações, as situações de “inatividade” entre os licenciados denotam um aumento progressivo ao longo do tempo, tendo conhecido um período de maior crescimento entre as duas coortes mais antigas (de 5,9% em 2004/05 para 32,2% em 2008/09), perdendo alguma da sua expressão em 2009/10 (25,6%) para, nas duas coortes mais recentes, ascenderem a 36,6% em 2010/11 e a 37,1% em 2011/12. Destaque-‐se ainda que o aumento progressivo de licenciados “bolseiros” que se verificou entre 2004/05 (0,5%) e 2010/11 (5%) é contrariado na coorte mais recente (3,1%). O ascenso do número de “inativos” e, sobretudo, o nível elevado de “desemprego” traduz uma efetiva deterioração da situação dos licenciados perante o mercado de trabalho, embora, como se pode constatar no próximo gráfico, a maior parte destes continua a estudar (respetivamente 73% e 47,7%). Também existe uma percentagem assinalável de estudantes entre os que estão “empregados” ou realizam “estágios remunerados” (respetivamente 33% e 42,9%). De facto, mais de 53% dos licenciados em 2011/12 optaram por prolongar os seus estudos académicos independentemente da sua situação profissional, tendo a esmagadora maioria destes optado pela realização de um mestrado.
Gráfico 2-‐ Percentagem de Estudantes entre os licenciados de 2011/12
0
100 27
67
52,3
57,1
80 60
100 73 33 Empregados
47,7
42,9
Estagiários (remunerados)
Bolseiros
Desempregados
40
Não Estudantes Estudantes
20
Inacnvos
0
Gráfico 3-‐ Situação perante a atividade -‐ Mestres 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
100 90 81,1 80,3 80 73 69,8 70 60 50 40 30 15,4 14,3 20 9,3 5,6 8,7 5,9 8 5,3 5,1 4,7 3,3 10 4,6 4,1 1,4 0 2,7 2,8 0,6 0,7 1,4 0
91,8
Empregados
Estagiários (remunerados)
Bolseiros
Desempregados
2011/2012 2010/2011 2009/2010 2008/2009 2004/2005
Inacnvos
Mestres: No caso dos mestres em 2011/12, também um ano após a sua graduação, 69,8% estão “empregados”; 14,3% encontram-‐se a realizar “estágios remunerados”; a percentagem de “desempregados” situa-‐se em 9,3%; a de “inativos” em 5,9%; e os “bolseiros” perfazem 0,7% do total. Em termos comparativos, destaca-‐se de imediato uma quebra notória na percentagem de “empregados” na coorte mais recente (69,8%) face às coortes anteriores, pois este valor atingia os 80,3% no ano letivo de 2010/11, 73% em 2009/10, 81,1% em 2008/09 e 91,8% em 2004/05. O decréscimo da porção de “empregados” em 2011/12 deve-‐se principalmente ao aumento considerável de mestres a realizar “estágios remunerados”, uma vez que o aumento percentual do “desemprego” ou da “inatividade”, ainda que constante ao longo do tempo, é pouco significativo. Com efeito, observa-‐se na coorte mais recente que as situações de
“estágio remunerado” representam uma parcela de 14,3%, enquanto em 2010/11 essa percentagem era de apenas 5,3%, o que constitui um aumento notável que, em grande medida, explica a diminuição da percentagem de “empregados” neste ano letivo. Devemos notar que, antes de 2010/11, os “estágios remunerados” vinham a ganhar importância de forma consistente e, ainda que inexistentes em 2004/05, em 2008/09 representavam já 8% e em 2009/10 mais de 15%, um valor em linha com o que se obteve na coorte mais recente e que também motivou uma quebra na percentagem de mestres “empregados” nessa coorte. Por seu turno, a percentagem de “desempregados” regista um acréscimo constante ao longo do tempo, assumindo um valor residual de 1,4% entre os mestres no ano letivo de 2004/05, passando para 3,3% em 2008/09, para 5,6% em 2009/10, para 8,7% em 2010/11 e ascendendo a 9,3% na coorte mais recente. Também o peso dos casos de “inatividade” cresce de forma contínua, mas apenas com ligeiros incrementos de ano para ano. Em 2004/05 a parcela de mestres “inativos” era de apenas 2,7%, passando a 2,8% em 2008/09, 4,6% em 2009/10, 5,1% em 2010/11 e 5,9% na coorte mais recente. Em sentido contrário, os mestres com “bolsas de estudos” têm vindo a diminuir e, se nas duas coortes mais recuadas o seu peso rondava os 4%, em 2009/10 era de apenas 1,4% e nas duas coortes mais recentes os “bolseiros” representam menos de um ponto percentual do total de mestres (0,6% em 2010/11 e 0,7% em 2011/12). Gráfico 4-‐ Situação perante a atividade -‐ Doutores 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
96,2 94,2 92,3 89,3 82
100 80
0 Empregados
0 0 0 0
Estagiários (remunerados)
9,8 6 2,9 6,6 3,8 3,1 2,4 2,3 2,3 0 0 0 2,4 2,9 1,6 Bolseiros
Desempregados
Inacnvos
2011/2012
60
2010/2011
40
2009/2010
20
2008/2009 2004/2005
0
Doutores: Entre os doutorados em 2011/12, 82% encontram-‐se “empregados”; o “desemprego” corresponde a uma percentagem de 9,8%; as situações de “inatividade” representam 6,6%; e os doutorados “bolseiros” assumem uma parcela residual de 1,6%.
Face a anos letivos anteriores, os doutorados em 2011/12 experimentam mais situações de “desemprego” e de “inatividade”. Note-‐se que, até à coorte mais recente, a porção de doutorados “empregados”, ainda que tenha conhecido algumas oscilações, foi sempre esmagadora, abeirando-‐se ou ultrapassando os 90%, enquanto na coorte mais recente se queda em 82%. Uma quebra assinalável que se materializa no aumento das situações de “desemprego” e “inatividade”. As primeiras, ainda que já demonstrassem uma tendência de crescimento, representavam contingentes reduzidos de diplomados que se quedavam aquém dos 3,2%, porém, na coorte mais recente, esta percentagem triplica e ascende a 9,8%. As situações de “inatividade” conhecem bastantes oscilações de coorte para coorte, representando sempre uma parcela reduzida de diplomados que, porém, atinge o seu valor mais elevado na coorte mais recente onde se contabilizam 6,6% de doutorados “inativos”. Acrescente-‐se ainda que nunca se registaram casos de doutorados a realizar um ”estágio remunerado” um ano após a sua graduação, e que os “bolseiros” de estudo, maioritariamente a realizar pós-‐doutoramentos, representam sempre uma percentagem residual que oscila entre 0% e 2,4%.
2. Quais as “taxas de emprego” e “desemprego” (calculadas segundo os critérios do INE) e qual o número de inscritos em centros de emprego para procurar um emprego, um ano após a conclusão do grau? Gráfico 5-‐ Taxa Emprego, Desemprego e percentagem de inscritos em Centros de Empregos para procurar um emprego -‐ Licenciados 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
100
88,1
80 56,8 52,7
60
43,5 40,1
5,8 Taxa Emprego
31,7 22,4 27,4 15,2
40 3,9
10,1 9,5 7,5 9,6
20
2011/2012 2010/2011 2009/2010 2008/2009 2004/2005
0 Taxa Desemprego Inscrito em Centro de Emprego
Licenciados: A “taxa de emprego” entre licenciados cifra-‐se em 43,5%. A “taxa de desemprego” atinge os 27,4% ainda que a percentagem de “inscritos em centros de emprego para procurar um emprego” não ultrapasse os 9,5%, sendo pois inferior ao número de desempregados apurados com base na definição do INE. A “taxa de emprego”, que decresceu consistentemente ao longo do tempo, de 88,1% na coorte mais recuada, para 56,8% em 2008/09, 52,7% em 2009/10 e 40,1% em 2010/11, registou uma ligeira inflexão ascendente para 43,5% na coorte mais recente. Por seu lado, o agravamento exponencial da “taxa de desemprego” que se verificou entre 2004/05 (5,8%) e 2010/11 (31,7%) parece ser interrompido na coorte de 2011/12, momento em que recuou para 27,4%. A percentagem de licenciados inscritos em centros de emprego com o objetivo de encontrarem um (primeiro ou novo) emprego revela alguma estabilidade nas três coortes mais recentes, passando a rondar os 10%. O seu valor era ainda assim mais baixo em 2008/09 (7,5%) e em 2004/05, ano que não foi além da percentagem residual de 3,9%.
Gráfico 6-‐ Taxa Emprego, Desemprego e percentagem de inscritos em Centros de Empregos para procurar um emprego -‐ Mestres 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
91,8
100
89,1 88,4 85,6 84,1
80 60 40
1,5 Taxa Emprego
3,6
9,9 6 9,2
Taxa Desemprego
2
4,2
13,8 10,9 8
Inscrito em Centro de Emprego
20
2011/2012 2010/2011 2009/2010 2008/2009 2004/2005
0
Mestres: No caso dos mestres, a “taxa de emprego” eleva-‐se a 84,1%, enquanto a “taxa de desemprego” se cifra em 9,9%. A percentagem de mestres “inscritos em centros de emprego para procurar um emprego” é de 13,8%. Ainda que diminua ao longo do tempo, a “taxa de emprego” estimada para os mestres mantêm-‐se sempre elevada: assume o valor de 91,8% em 2004/05, 89,1% em 2008/09, 88,4% em 2009/10, 85,6% em 2010/11 e 84,1% em 2011/12. O decréscimo progressivo dos níveis de emprego contrasta com o aumento constante da “taxa de desemprego” e da percentagem de inscritos em centros de emprego para procurar trabalho”.
De facto, na coorte de mestres de 2004/05 o valor da “taxa de desemprego” não ultrapassava os 1,5%, tendo depois crescido para 3,6% em 2008/09, 6% em 2009/10, 9,2% em 2010/11 e 9,9% em 2011/12. Note-‐se, porém, que o aumento verificado na última coorte representa um abrandamento do ritmo de crescimento da referida taxa. Já a proporção de mestres inscritos em centros de emprego com o intuito de encontrarem um emprego, que em 2004/05 não ultrapassava 2%, aumenta para 4,2% em 2008/09, aumenta para 8% em 2009/10 e ultrapassa a barreira dos dois dígitos, tanto em 2010/11, como em 2011/12, ao cifrar-‐se, respetivamente, em 10,9% e 13,8%.
Gráfico 7-‐ Taxa Emprego, Desemprego e percentagem de inscritos em Centros de Empregos para procurar um emprego -‐ Doutores 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
96,2
94,2 92,3 89,3 82
100 80 60 40 3,8
Taxa Emprego
10,7 2,6 3 3,2
0
4,6 6,5 0 0,9
20
2011/2012 2010/2011 2009/2010 2008/2009 2004/2005
0 Taxa Desemprego Inscrito em Centro de Emprego
Doutores: Verifica-‐se uma clara degradação dos níveis de emprego entre os doutorados da coorte de 2011/12 face a coortes anteriores. Por um lado, a “taxa de emprego” decresce para 82% quando atingia 92,3% em 2010/11, 94,2% em 2009/10, 89,3% em 2008/09 e 96,2% em 2004/05. Por outro lado, na coorte mais recente regista-‐se um agravamento notório da “taxa de desemprego” que atinge os 10,7% enquanto nas quatro coortes mais recuadas se situava na casa dos 3%. Só se encontram doutorados “inscritos em centros de emprego para procurar emprego”, e em número residual (0,9%), a partir de 2009/10. Esta situação tornou-‐se mais frequente nos dois anos letivos mais próximos, representando uma parcela de 4,6% em 2010/11 e de 6,5% em 2011/12.
3. Qual o grau de adequação/inadequação entre a atividade profissional e o nível de instrução dos licenciados, mestres e doutores da UNL, que se encontram empregados, um ano após a conclusão do grau? Para a aferição do grau de adequação/desadequação entre a atividade profissional e o nível de instrução dos diplomados adotou-‐se o critério do EUROSTAT, no qual se considera que os indivíduos classificados nos grupos profissionais 1, 2 e 3 (“Representantes do poder legislativo e de órgãos executivos, dirigentes, diretores e gestores executivos”; “Especialistas das Profissões Intelectuais e Científicas” e os “Técnicos e Profissionais de Nível Intermédio”) se encontram numa posição profissional adequada ao nível de instrução alcançado1. Gráfico 8-‐ Grau de Adequação/Inadequação entre profissão e nível de ensino – Licenciados 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2004/2005
79,2
20,8
2008/2009
22,8
2009/2010
77,2 82,5
17,5
2010/2011
71,3
28,7
2011/2012
72,5 Adequado
100
27,5 Inadequado
Licenciados: A adequação entre a atividade profissional dos licenciados e o seu nível de instrução é de 72,5%, valor mais favorável do que o obtido no ano letivo transato (71,3%) mas aquém dos 82,5% atingidos entre os licenciados de 2009/10, dos 77% alcançados na coorte de 2008/09 ou dos 79,2% registados em 2004/05. 1
As três primeiras categorias da International Standard Classification of Occupations (ISCO), que integra a Classificação Portuguesa das Profissões de 2010 (CPP/2010), são reconhecidas como aquelas que “include posts to be typically occupied by tertiary education graduates”. Cf: Eurostat (2009), Bologna Process in Higher Education in Europe. Key Indicators on the Social Dimension and Mobility, Luxemburgo: Office for the Official Publications of the European Communities, pp. 131-‐137.
Gráfico 9-‐ Grau de Adequação/Inadequação entre profissão e nível de ensino – Mestres 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2004/2005
99,2
0,8
2008/2009 2009/2010
97,5 97,3
2010/2011
94,9
2,5 2,7 5,1
2011/2012
94,9
5,1
Adequado
Inadequado
Mestres: A adequação entre as atividades profissionais dos mestres e o seu nível de instrução é extremamente elevada, verificando-‐se em 94,9% das situações referentes ao ano letivo de 2011/12. Note-‐se que este valor é idêntico ao obtido na coorte anterior (2010/11) e representa um recuo, embora muito ligeiro, face às coortes anteriores. Gráfico 10-‐ Grau de Adequação/Inadequação entre profissão e nível de ensino – Doutores 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2004/2005
98
2
2008/2009
100
2009/2010 2010/2011
100 100
0 0 0
2011/2012
100
0
Adequado
Inadequado
Doutores: A adequação da atividade profissional ao nível de estudos atinge os 100% entre os doutores, igualando assim a marca obtida nas três coortes anteriores.
4. Qual o grau de adequação/inadequação entre a atividade profissional e à área científica de formação dos licenciados, mestres e doutores da UNL, um ano após a conclusão do grau? Os graus de adequação/desadequação são aqui aferidos com base na percepção que os indivíduos veiculam acerca dessa matéria. Para tal recorreu-‐se a uma escala ampla de 10
pontos, em que 1 significa que a atividade profissional se encontra “Totalmente desadequada à área de formação” e 10 “Totalmente adequada”. Considera-‐se que uma pontuação igual ou superior a 6 pontos configura uma perceção positiva da adequação.
Gráfico 11-‐ Grau de Adequação/Inadequação declarado entre profissão e área de formação – Licenciados 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2004/2005
77,3
22,7
2008/2009
67
2009/2010
82 64,2
33 18
2010/2011
35,8
61
2011/2012
100
39 Adequado
Inadequado
Licenciados: Através deste exercício avaliativo, podemos verificar que 61% dos licenciados em 2011/12 declararam uma adequação positiva entre a sua profissão e a área científica de formação. Este valor representa uma redução do número daqueles que têm esse tipo de perceção face a anos anteriores, pois em 2010/11 esta alcançava os 64,2% e em 2009/10 os 82%. Note-‐se, porém, que em 2008/09 também não ultrapassava a fasquia dos 70%, situando-‐se, mais exatamente, em 67%. Gráfico 12-‐ Grau de Adequação/Inadequação declarado entre profissão e área de formação – Mestres 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2004/2005
65,4
34,6
2008/2009
22,8
2009/2010
77,2 81
2010/2011
84,7
15,3
2011/2012
100
19
80,3
19,7
Adequado
Inadequado
Mestres: A proclamação de uma adequação positiva entre profissão e área científica de formação cifrava-‐se em 80,3% no caso dos mestres, um valor elevado mas que ainda assim representa uma ligeira inversão da tendência de crescimento registada ao longo dos últimos anos.
. Gráfico 13-‐ Grau de Adequação/Inadequação declarado entre profissão e área de formação – Doutores 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
2004/2005
81,6
18,4
2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012
87,9 82,7 84,1
12,1 17,3 15,9
93 Adequado
100
7
Inadequado
Doutores: A percepção de adequação positiva entre atividade profissional e área de formação científica dos doutores em 2011/12 atinge os 93%, o que representa um aumento notório face às coortes mais recuadas quando o indicador se quedava por valores na casa dos 80%.
5. Quais os níveis de remuneração líquida dos licenciados, mestres e doutores da UNL, um ano após a conclusão do grau? Gráfico 14-‐ Remuneração média líquida – Licenciados 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
0
100
200
300
400
2004/2005
939
2008/2009
895
2009/2010 2010/2011
921 812
2011/2012
777
500
600
700
800
900 1000 1100
Remuneração média líquida (€)
Licenciados: A remuneração mensal líquida dos licenciados cifra-‐se, em média, nos €777. Este valor é o mais reduzido entre as cinco coortes inquiridas, que têm vindo a registar perdas sucessivas. Comparando a coorte mais recente com a mais recuada, verifica-‐se que os salários auferidos pelos licenciados baixaram, nominalmente, cerca de 20%.
Gráfico 15-‐ Remuneração média líquida – Mestres 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 1200 1300 1400 1500 2004/2005
1394
2008/2009 2009/2010
1246 1192
2010/2011
1257 1179
2011/2012
Remuneração média líquida (€)
Mestres: Em termos evolutivos, o rendimento médio dos mestres com o trabalho atingiu o seu ponto mais elevado na coorte mais recuada (2004/05), registando-‐se, a partir daí, uma certa oscilação anual, marcada no entanto por uma tendência de decréscimo, que acabou por o conduzir ao seu valor mais baixo (€1179) na coorte mais recente. À semelhança do que sucede com os licenciados, o salário mensal dos mestres reduziu-‐se, em média, cerca de 18% desde 2004/05. Gráfico 16-‐ Remuneração média líquida – Doutores 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
0
200
400
600
800
1000
2004/2005
1883
2008/2009
1764
2009/2010
1716
2010/2011
1643
2011/2012
1745
1200
1400
1600
1800
2000
Remuneração média líquida (€)
Doutores: A remuneração média mensal líquida dos doutores aumenta consideravelmente quando confrontada com a dos mestres e licenciados, cifrando-‐se em €1745, valor que supera o da coorte anterior e que assim interrompe o processo de degradação remuneratória que se verificava entre as coortes mais recuadas. Em 2004/05 a remuneração média dos doutores situava-‐se em €1883, tendo diminuído progressivamente nos três anos letivos subsequentes: caiu para €1764 em 2008/09, para €1716 em 2009/10 e para €1643 na coorte de 2010/11.
6. Qual o estatuto jurídico da entidade empregadora dos licenciados, mestres e doutores da UNL, um ano após a conclusão do grau? Gráfico 17-‐ Natureza Jurídica da entidade empregadora – Licenciados 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
100 80
69,8 70,2 73,9 64,1 65
60
6,8 7,5 8,4 5,5 7,3 Empresa privada em geral
Empresa pública ou mista
40
26,6 26,7 21,9 20,2 15,6
20 2,7 1,4 1,8 1 2,1 0
Organismo da administração pública
ONG/IPSS
0,6 0,5 0 0,3 Ns/Nr
2011/2012 2010/2011 2009/2010 2008/2009 2004/2005
0
Licenciados: Os licenciados “empregados” da coorte de 2011/12 exerciam maioritariamente a sua atividade no “setor privado” (73,9%) e cerca de 22% encontram-‐se empregados em “Organismos da administração pública” (15,6%) ou em “Empresas públicas ou mistas” (7,3%). A importância das ONG agregada à das IPPS não ia além de 2,7%. Do ponto de vista comparativo, constata-‐se que o peso do emprego nas “empresas privadas”, ainda que revele algumas oscilações, assume-‐se claramente como maioritário em qualquer das coortes, observando-‐se inclusive o seu reforço na coorte mais recente. Gráfico 18-‐ Natureza Jurídica da entidade empregadora – Mestres 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
100 90 80 70
64,7
52,3
40
60
51,9
48 47
50
41,5 43,2
38,5
30,1
Empresa pública ou mista
2010/2011 2009/2010
40
2008/2009
30
2004/2005
20
8,8 7,9 3,8 6,9 7,6 Empresa privada em geral
2011/2012
10 1,8 1,5 1,3 1,7 1,2 Organismo da administração pública
ONG/IPSS
0
Mestres: Verifica-‐se um ascendente do setor privado no emprego dos mestres do ano letivo 2011/12. O “setor privado” assume um peso de 52,3%, enquanto o “setor público” representa 46,4% do emprego (38,5% em “Organismos da administração pública” e 7,9% em “Empresas públicas ou mistas”). O emprego em ONG/IPSS não vai além de 1,2%. Em termos evolutivos, destaque-‐se o assinalável aumento da importância relativa das empresas privadas: de um peso de apenas 30,1% na coorte de 2004/05, passam a 40% em 2008/09 e a 48% em 2009/10, decrescem ligeiramente para 47% em 2010/11, mas voltam a ascender a 52,3% em 2011/12, atingindo aí o seu valor máximo.
Gráfico 19-‐ Natureza Jurídica da entidade empregadora – Doutores 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
100
87,8 85,3 83,5 76,3 74,5
80 60
2011/2012 2010/2011 2009/2010
40 18,4 13,9 16,3 13,3 10,2 Empresa privada em geral
2
3,1 1,3 2,5 0,9
Empresa pública ou mista
0 Organismo da administração pública
4,4 6,1 0 0 ONG/IPSS
20
2008/2009 2004/2005
0
Doutores: Ao invés dos restantes ciclos, no caso dos doutores o “setor público” acolhe a maioria dos empregados. Este setor absorve cerca de 77,6% destes graduados, cabendo ao “setor privado” pouco mais de 16% do emprego. Importa além disso notar que, depois de um promissor crescimento das empresas privadas em 2010/11, ano em que absorvem já 18,4% do total, parece voltar a registar-‐se uma redução do seu peso relativo no ano de 2011/12. Vale a pena acrescentar que, ao contrário do que sucede com os licenciados e mestres, o peso dos doutores empregados em ONG e IPSS começa fazer-‐se notar, ultrapassando o patamar dos 6%.
7. Qual a situação dos licenciados, mestres e doutores da UNL na sua profissão, um ano após a conclusão do grau? Gráfico 20-‐ Situação na Profissão – Licenciados 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
0
10
20
30
40
50
60
2004/2005
9,4
90,6
2008/2009
10,1
89,9
2009/2010
6,7
93,3
80
90
100
94,1
2010/2011 5,9 7,3
2011/2012
70
92,7 Trabalhador por conta própria
Trabalhador por conta de outrem
Licenciados: Constata-‐se uma clara supremacia dos licenciados que trabalham “por conta de outrem”, face aos que declaram trabalhar “por conta própria”. O valor global dos primeiros atinge os 92,7% em 2011/12. As flutuações registadas ao longo dos anos são muito pouco significativas. Gráfico 21-‐ Situação na Profissão – Mestres 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
0
10
20
30
40
50
60
7,4
92,6
2008/2009 4,9
95,1
2004/2005
2009/2010
4
80
90
100
96
2010/2011 3,5 2011/2012
70
96,5
5,7
94,3 Trabalhador por conta própria
Trabalhador por conta de outrem
Mestres: O peso relativo dos “trabalhadores por conta de outrem” ascende, no caso dos mestres, a 94,3%. Este cenário é, em grande medida, idêntico em todas as coortes, ainda que se detete um ligeiro aumento do trabalho “por conta de outrem” desde a coorte de 2004/05.
Gráfico 22-‐ Situação na Profissão – Doutores 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
0
10
20
30
40
50
60
2004/2005 2
98
2008/2009 2,7
97,3
2009/2010 2,1
97,9
2010/2011 6,7
93,3
4
2011/2012
70
80
90
100
96 Trabalhador por conta própria
Trabalhador por conta de outrem
Doutores: O peso dos trabalhadores “por conta de outrem” é também aqui esmagador, fixando-‐se em 96% na coorte mais recente. Porém, ao invés da situação entre licenciados e mestres, regista-‐se aqui uma ligeira diminuição deste valor face à coorte mais recuada, na qual ascendia a 98%.
8. Quais os setores de atividade em que os licenciados, mestres e doutores da UNL exercem a sua profissão, um ano após a conclusão do grau? Gráfico 23-‐ Setor de atividade da entidade empregadora – Licenciados 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
2011/2012
2010/2011
2009/2010
2008/2009
2004/2005
30
28,1
27,7
24,4 21,9 21,5
25
20,8
20
18,5 17
15,6
15 11,9
10
9,4 9,3 7,5 7,2 6,5 6,7
Ns/Nr
Organismos Internacionais e outras insntuições extraterritório
2,9 2,3 1,5 1,1 0,7 2 1,1 1,4 0,5 0 0 0,2 1 0 0 Serviços arssncos e culturais
Administração pública, central e local
Jusnça
Educação
Serviços prestados às empresas
Saúde e Acção Social
4,4 4,6 3,4 2,8 2,7 2,5 2,5 2,6 2,3 1,1 1,1
10
Defesa Nacional
5,5
3,7
Bancos e Seguros
Indústrias transformadoras, elect., água, gás e construção
Agricultura, pesca e indústrias extracnvas
1,2 1 0,6 0,4 0,5
3 2,5 2
Comércio, Restaurantes e Hotéis
6,2
11,9 11,6 11,5 10,9 9,7 9,5 8,4 8,1 8,2 8,2 7,4 7,8 8,1
Transportes e comunicações
12,4
16,5 14,4
5 0
Licenciados: Os licenciados em 2011/12 encontram-‐se, em termos gerais, concentrados em torno de quatro setores de atividade que congregam, no seu conjunto, mais de dois terços do total (67,4%): os “Serviços prestados às empresas” (28,1%); a “Educação (16,5%); os “Serviços artísticos e culturais” (11,9%); e o “Comércio, restaurantes e hotéis” (10,9%). Destaque ainda para os setores dos “Transportes e comunicações” e dos “Bancos e seguros” que representam, cada um, 8,1% do emprego. Importa ainda salientar, que o peso relativo de cada área de atividade varia de forma muito considerável entre as diferentes unidades orgânicas. Em termos diacrónicos, interessa sublinhar que as alterações encontradas entre períodos podem estar relacionadas, em grande medida, com a diminuição ou total desaparecimento de algumas áreas de formação entre os licenciados, em virtude da institucionalização dos “mestrados integrados”. Gráfico 24-‐ Setor de atividade da entidade empregadora – Mestres 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
2011/2012
2010/2011
2009/2010
2008/2009
2004/2005
60
53,8
50 40 30
26,6 26,3
Ns/Nr
Organismos Internacionais e outras insntuições extraterritório
Defesa Nacional
Saúde e Acção Social
Educação
Serviços prestados às empresas
Bancos e Seguros
Comércio, Restaurantes e Hotéis
8,4 8,5 10 6,2 5,6 5,4 4,4 5 4,7 3,9 1,6 2,4 2,7 2,7 0,9 1,4 0,4 0,4 0,3 0,9 1,8 1,7 0,4 0,8 0,7 0,9 0 0 0 0 0 Serviços arssncos e culturais
10,8
5,9 4,6 4,1 5,5 3,3 2,9 4,8 4,4 1,5 3,2 0,8 2,6 2,3 0,8 2,8 Transportes e comunicações
Indústrias transformadoras, elect., água, gás e construção
Agricultura, pesca e indústrias extracnvas
11,5
20
Administração pública, central e local
11,9 11,4
Jusnça
15,6 7,4 3,8 1,5 0,5 0,7 0,2 0,5
22,8 21,6 20 19,7 18,3 17,9
19,6 21,2 18,5 16,3
0
Mestres: Ainda que nenhum setor de atividade se assuma como predominante, encontramos três que agregam uma larga maioria dos mestres (61,1%): “Saúde e ação social” (21,6%), os “Serviços prestados às empresas” (21,2%); e o setor educativo (18,3%). Note-‐se ainda que as
“Indústrias transformadoras, eletricidade, água, gás e construção” representam também uma importante parcela do emprego entre os mestres (11,4%). Em termos evolutivos, destaca-‐se o declínio acentuado da “Educação” que em 2004/05 reunia mais de 53% dos mestres, enquanto na coorte mais recente não representa mais que 18,3% do emprego. Importa igualmente notar o aumento do emprego no setor das “Indústrias transformadoras, eletricidade, água, gás e construção” que acolhe apenas 3,8% dos mestres em 2004/05, enquanto na coorte mais recente representa uma fatia de mais de 11% do emprego. De forma menos enfática e com oscilações, também os setores dos “Serviços prestados às empresas” e da “Saúde e Ação Social” têm vindo a reforçar a sua importância ao longo dos anos. Gráfico 25-‐ Setor de atividade da entidade empregadora – Doutores 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
2011/2012
2010/2011
2009/2010
2008/2009
2004/2005 100
86,7 81,3
90 76,7
80
71,7 71
70 60 50 40 30 20
Ns/Nr
Serviços arssncos e culturais
Administração pública, central e local
6,3 4,2 4,2 5 2,1 2 1,3 1 1 2,7 4,1 2,1 3,1 0,8 4 0 0 0 0 0 Jusnça
Saúde e Acção Social
6,2 7 4,2 4 5 Educação
Serviços prestados às empresas
Bancos e Seguros
8,2 5,3 3,3 4,2 4 4,2 2,1 1 3 0 0 1 1,7 0 0 0 1 0 0 0 Comércio, Restaurantes e Hotéis
3
Indústrias transformadoras, electricidade, água, gás e construção
Agricultura, pesca e indústrias extracnvas
1 0 0 0
10 0
Doutores: É absolutamente notória a proeminência do setor da “Educação” no emprego dos doutorados. Em 2011/12 o setor “educativo” acolhe 71% destes diplomados e nenhum dos restantes setores de atividade ultrapassa a fasquia percentual dos dois dígitos. Em termos evolutivos, devemos destacar que o setor da “educação”, ainda que dominante em todas as coortes, tem perdido algum do seu peso relativo ao longo dos anos. Com efeito, superava os
80% em 2004/05 e 2008/09, enquanto nos anos letivos subsequentes oscila entre 71% e 76,7%.
9. Um ano após a conclusão do grau, licenciados, mestres e doutores já haviam continuado os seus estudos académicos? Os dados apresentados referem-‐se à inscrição (ou não) em novas pós-‐graduações, licenciaturas, mestrados, doutoramentos ou pós-‐doutoramentos, um ano após a obtenção do diploma de licenciatura, mestrado ou doutoramento. Gráfico 26-‐ Continuação de estudos académicos -‐ Licenciados 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
0 2004/2005
2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012
10
20
30
40
50
60
16
70
80
90
100
84
35,8
64,2 52,2
47,8 40,6
59,4 53,3
46,7 Sim
Não
Licenciados: Após a implementação das alterações curriculares associadas ao processo de Bolonha verifica-‐se que a maioria dos licenciados se encontra inscrita numa nova formação académica um ano depois da sua graduação. Desde o ano letivo de 2008/09, a primeira coorte inquirida após a implementação das mudanças associadas ao processo de Bolonha, que a parcela dos que optaram por dar continuidade aos estudos académicos é maioritária, colocando-‐se entre os 52,2% e os 64,2%, enquanto em 2004/05 essa opção havia sido tomada por apenas 16% dos licenciados.
Gráfico 27-‐ Continuação de estudos académicos -‐ Mestres 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
0
10
20
30
40
50
60
15
2004/2005
2008/2009
10,5
2011/2012
9,1
90
100
80
14,1
2010/2011
80
85
20
2009/2010
70
85,9 89,5 Sim
90,9 Não
Mestres: A percentagem de mestres que, um ano após a sua graduação, já iniciou uma nova formação académica é bastante reduzida e, em termos evolutivos, tem vindo a decrescer. Depois da implementação do processo de Bolonha observa-‐se um ligeiro crescimento na parcela de mestres que prosseguem estudos académicos, de 15% em 2004/05 para 20% em 2008/09, porém, nos anos mais recentes o peso desse grupo tem vindo a recuar sistematicamente e, na coorte mais recente, não ultrapassa os 9,1%. Gráfico 28-‐ Continuação de estudos académicos -‐ Doutores 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
0
10
20
30
40
2004/2005 1,9
2008/2009
50
60
80
90
100
98,1
77,4
22,6
2009/2010
14,6
85,4
2010/2011
16,9
83,1
2011/2012
70
27
73 Sim
Não
Doutores: O grupo de doutorados que prossegue atividades académicas, a maioria através de um pós-‐doutoramento, apenas assume um peso significativo depois das mudanças curriculares associadas ao processo de Bolonha. Em 2004/05 a percentagem de doutorados que optaram por dar continuidade aos seus estudos coloca-‐se aquém dos 2%, enquanto em 2008/09 ultrapassa os 22%. Esta opção é menos frequente entre os doutorados em 2009/10 (14,6%) mas surge em claro crescimento nos anos mais recentes ao incluir 16,9% destes graduados em 2010/11 e 27% em 2011/12.
10. No momento da inquirição, qual a relação dos licenciados, mestres e doutores da coorte de 2011/12 com a possibilidade de emigrar?
Os dados referentes à relação com a emigração da coorte de 2011/12 reportam ao momento
da inquirição, ou seja, entre dois e dois anos e meio após a graduação, sendo que não se dispõe do mesmo tipo de informações sobre as coortes mais recuadas. Importa também destacar que, não obstante as elevadas taxas de resposta obtidas nos vários ciclos de estudos (Cf. Quadro 1), existe um grupo graduados com os quais não foi possível estabelecer contacto ao longo da inquirição, apesar das várias tentativas em dias e horários distintos. Não podemos deixar de colocar a hipótese de que, entre os que não foram inquiridos, exista uma parcela significativa de graduados que resida fora do país e que não se disponha dos respectivoscontactos atualizados. Existe, portanto, a possibilidade dos graduados emigrantes se encontrarem subrepresentados na amostra e, portanto, subavaliados nos dados apresentadas no gráfico seguinte. Gráfico 29-‐ Relação com a emigração -‐ Graduados 2011/12
0 Licenciados
10
20
30 57,5
Mestres
69,7
Doutores
68,8
40
50
60
70
80
90
100 1,4
40,6
27,8
21,4
2,2
9,8
Não considerou essa hipotese ou só a considerou de forma vaga Têm essa hipotese como provável ou já tem planos para emigrar Já é emigrante
Cerca de dois anos depois da sua graduação, verifica-‐se que a maioria dos licenciados (57,2%), mas também de mestres (69,7%) e doutores (68,8%) nunca consideraram a hipótese de emigrar ou só a consideraram de forma vaga. A parcela de graduados que declara já possuir planos para emigrar, ou que considera essa hipótese como provável assume maior expressão entre licenciados (40,6%) do que entre mestres (27,8%) ou doutores (21,4%).
Em paralelo, o grupo de diplomados que já são emigrantes tem um peso residual entre os licenciados e entre os mestres, respetivamente 1,4% e 2,2%, mas é claramente mais alargado entre os doutores correspondendo a 9,8%.
11. Licenciados, mestres e doutores voltariam a escolher o mesmo curso que concluíram na UNL? E voltariam a escolher o mesmo estabelecimento de ensino?
Os dados que a seguir se apresentam funcionam como um indicador indireto da avaliação que os graduados produzem, tanto acerca do curso como do estabelecimento de ensino em que se formaram. Foram obtidos questionando-‐se os indivíduos se, no momento da inquirição, voltariam a escolher o mesmo curso e estabelecimento de ensino. Importa contudo alertar para que o indicador conhece importantes limites, pois se a resposta afirmativa traduz um balanço positivo, a resposta negativa não expressa necessariamente uma apreciação desfavorável – poderá apenas significar que outros cursos ou estabelecimentos nacionais ou estrangeiros são preferidos sem que isso signifique a retratação da escolha efetivamente realizada. Acresce ainda que os resultados obtidos para cada uma das coortes de graduados não devem ser diretamente confrontados, uma vez que, como foi referido, o instante em que estas questões foram colocadas varia face ao momento da graduação (dois anos e meio em 2011/12 e 2010/11, dois anos em 2009/10, um ano em 2008/09 e cinco anos em 2004/05), não se sabendo em que moldes, ou com que intensidade, a avaliação emitida pelos diplomados é afetada pela extensão do afastamento temporal entre o momento de conclusão do grau e aquele em que estas questões foram colocadas.
Gráfico 30-‐ Escolheriam o mesmo curso – Licenciados 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
0
10
20
30
40
2004/2005
69
2008/2009
81,5
2009/2010
79,5
2010/2011
79,5
2011/2012
79,2
50
60
70
80
90
100 Sim
Gráfico 31-‐ Escolheriam o mesmo curso – Mestres 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
80
2004/2005
Sim 2008/2009
87,4
2009/2010
85
2010/2011
83,2
2011/2012
83,4
Gráfico 32-‐ Escolheriam o mesmo curso – Doutores 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
0
10
20
30
40
50
2004/2005
92
2008/2009
90,5
2009/2010
84,5
2010/2011
86,2
2011/2012
60
70
80
90
100 Sim
91
A relação dos diplomados com os estudos académicos em que se graduaram na UNL aparenta ser, de um modo geral, bastante positiva nas várias coortes, revelando-‐se tanto mais favorável quanto mais elevado o grau académico concluído. Coorte de 2011/12: mais de 79% dos licenciados afirmou que voltaria a escolher o mesmo curso no momento da inquirição, valor que ascende a 83,4% entre mestres e a 91% entre doutores. Coorte de 2010/11: a percentagem de licenciados que declarou, no momento da inquirição, que voltaria a escolher o mesmo curso ronda os 79%, atinge os 83,2% no caso dos mestres, e eleva-‐se a 86,2% no dos doutores. Coorte de 2009/10: observa-‐se que cerca de 79,5% dos licenciados, 85% dos mestres, e 84,5% dos doutores escolheriam novamente o mesmo curso que concluíram nesse ano letivo. Coorte de 2008/09: mais de 81% de licenciados e de 87% dos mestres declararam que escolheriam o mesmo curso em que se formaram, uma afirmação partilhada por mais 90% de doutores. Coorte de 2004/05: 69% do total de licenciados, 80% do de mestres e 92% no caso dos doutores afirmam que voltariam a escolher o mesmo curso.
Gráfico 33-‐ Escolheriam o mesmo estabelecimento de ensino – Licenciados 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
88
2004/2005
Sim 2008/2009
87,9
2009/2010
88,8
2010/2011
88,1 90,3
2011/2012
Gráfico 34-‐ Escolheriam o mesmo estabelecimento de ensino – Mestres 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
94,6
2004/2005
Sim 2008/2009
91,3
2009/2010
90,8
2010/2011
91,7
2011/2012
90,7
Gráfico 35-‐ Escolheriam o mesmo estabelecimento de ensino – Doutores 2004/2005, 2008/2009, 2009/10, 2010/11 e 2011/12
0
10
20
30
2004/2005
40
50
60
70
80
90
100
84,6 Sim
2008/2009
92,9
2009/2010
92,2
2010/2011
93,1
2011/2012
91,8
A relação dos diplomados com o estabelecimento de ensino em que se graduaram na UNL parece, de um modo geral, ser ainda mais positiva. Em qualquer uma das coortes, o grupo daqueles que escolheriam de novo o mesmo estabelecimento de ensino é igual ou superior a 88% no caso dos licenciados, eleva-‐se a mais de 90% dos mestres e, apenas com exceção da coorte de 2004/05, ronda os 92% entre doutores. Estes resultados não variam significativamente entre as várias unidades orgânicas, podendo constituir um indício de que os níveis de satisfação dos diplomados com a frequência académica nas várias unidades orgânicas da UNL são elevados.
Quadro 1 – Universo, amostra, erro amostral e taxa de resposta por ciclo de ensino e unidade orgânica Unidade Orgânica FCSH FCT FD 1º Ciclo ISEGI NSBE Total 1º Ciclo ENSP FCM FCSH FCT 2º Ciclo FD IHMT ISEGI NSBE Total 2º Ciclo FCM FCSH FCT FD 3º Ciclo IHMT ISEGI ITQB NSBE Total 3º Ciclo
Universo 593 286 80 60 311 1330 43 225 426 685 60 57 66 284 1846 6 52 69 6 4 2 51 2 192
* - Calculado para um intervalo de confiança de 95%.
Amostra 392 203 57 42 215 909 32 174 265 495 46 25 30 153 1220 5 37 50 3 1 1 24 1 122
Tx. resposta (%) Erro Amostral (%)* 66,1 2,9 71,0 3,7 71,3 7,0 70,0 8,3 69,1 3,7 68,3 1,8 74,4 8,8 77,3 3,5 62,2 3,7 72,3 2,3 76,7 7,0 43,9 14,7 45,5 13,2 53,9 5,4 66,1 1,6 83,3 17,9 71,2 8,7 72,5 7,3 50,0 40,0 25,0 84,9 50,0 69,3 47,1 14,6 50,0 69,3 63,5 5,4