Revista Saiba Mais Unoeste nº 3

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IS S N 2 359 -58 8 4

DIS T R IB UIÇ Ã O GR AT UI TA | NO 0 3 | A G O S T O/S E T E MB R O 2 0 1 5 | A NO 0 1

Fotos: Mariana Tavares / Arte: Fernanda Lussari

SAIBAMAIS

TRANSFORMANDO VIDAS

Mais do que preparar para o mercado, formação profissional muda a vida das pessoas


CENTRO DE COMPRAS

04 Feira de Profissões será

15 Presidente Prudente

VÁ ALÉM, VIRE MESTRE

É TUDO IGUAL? OU NÃO?

09 Mestrado ajuda quem

17 Remédios de referência,

realizada entre 15 e 19 de setembro e ajuda na escolha profissional

é referência no oeste paulista quando o assunto é comércio

pretende ser professor, pesquisador ou se destacar no mercado de trabalho

genérico e similar ainda geram dúvidas: saiba mais sobre as três classes

EVOLUÇÃO CONSTANTE

BRASIL ALÉM DOS LIVROS

DO PARQUINHO AO TABLET

12 Conheça histórias de

22 Equipe da Unoeste

18 Crianças estão inseridas

pessoas que investiram na carreira em busca da realização profissional

integrou Projeto Rondon em Acorizal (MT), prestando serviços à comunidade

em uma realidade que necessita de atenção especial dos pais

expediente Reitora Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima • Vice-reitora Ana Cristina de Oliveira Lima • Pró-reitora Administrativa Maria Regina de Oliveira Lima • Pró-reitor Acadêmico José Eduardo Creste • Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação Adilson Eduardo Guelfi • Pró-reitora de Extensão e Ação Comunitária Angelita Ibanhes de Almeida Oliveira Lima • Diretor Administrativo Augusto Cesar de Oliveira Lima Departamento de Comunicação | Coordenação Bruno Takikawa • Assessoria de Imprensa Aline Blasechi Mtb 40.055 (Jornalista Responsável e Edição) Gabriela Oliveira Mtb 74.037 (Diagramação) Homéro Ferreira Mtb. 29.054 João Paulo Barbosa Mtb. 74.030 Mariana Tavares Mtb 59.807 Matheus Teixeira Mtb 58.954 • Publicidade/Propaganda Débora André Mtb 49.050 (Projeto Gráfico e Tratamento de Imagens) Dennis Pereira Fernanda Lussari (Projeto Gráfico) Vivian Komatsu Richard Minelli Lariane Palópoli Luiz Eduardo Souza Marcelo Gomes Zé Pacheco • Fotografia Ector Gervasoni Periodicidade: Bimestral • Tiragem: 12 mil exemplares • Distribuição: Gratuita Campus I | Rua José Bongiovani, 700 Cidade Universitária CEP 19050-920 Presidente Prudente (SP) (18) 3229-1000 Campus II | Rodovia Raposo Tavares, km 572 Bairro Limoeiro CEP 19067-175 Presidente Prudente (SP) (18) 3229-2000

w w w. u n o e s t e . b r

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0800 771 5533 /UNOESTE

vem pra cá

MINHA PROFISSÃO SERÁ...

bem-estar

JOÃO PAULO BARBOSA

sumário

cotidiano

especial

c i ênc i a e tec n o l o g ia

mercado

SAIBA MAIS UNOESTE


Gabriela Oliveira

Destaque na região, Encontro Nacional de Ensino, Pesquisa e Extensão (Enepe) reúne milhares de pessoas

Aline Blasechi

Os números crescem a cada edição. O Encontro Nacional de Ensino, Pesquisa e Extensão (Enepe) da Unoeste é o maior evento acadêmico-científico da região de Presidente Prudente (SP). Somando os últimos 5 anos, o aumento foi de 60% em participantes e 40% de trabalhos inscritos. Tudo começou em 1995, com o Encontro de Pesquisa e Iniciação Científica, depois vieram os encontros de Extensão e do Ensino Superior. Confira detalhes na entrevista do coordenador executivo do Enepe, Dr. Jair Rodrigues Garcia Júnior.

1- Por que a escolha do tema “Conhecimento, Inovação e Empreendedorismo” em 2015? Garcia Júnior – O Enepe sempre busca trazer para a discussão temas atuais e relevantes à sociedade. Os desenvolvimentos econômico e social têm sido determinados pela inovação e pelo empreendedorismo. Por isso, os estudantes e profissionais devem cada vez mais relacionar o conhecimento com ambos. 2- Quais são os principais destaques da programação? Garcia Júnior – Podemos citar a conferência de abertura, com o professor doutor Marco Antônio Silveira, vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. Também estão confirmadas as presenças dos professores doutores Sonia Maria Bergamasco (Unicamp) e José Manuel Moran (USP), além do engenheiro Alexandre Norberto Rodrigues, da 3M, uma das empresas mais inovadoras do Brasil. Teremos ainda os prêmios Científico e Unoeste Solidária; e o Simpósio de Iniciação Científica Pibic/CNPq/Unoeste. 3- Qual a expectativa de participantes e trabalhos apresentados? Garcia Júnior – Para a edição deste ano, esperamos que os números de 3,6 mil participantes e mais de 1,3 mil trabalhos de 2014 aumentem em 10%. A participação externa também tem aumentado, com a presença constante de professores e estudantes da Unesp, UEL,

entrevista

MAIOR EVENTO CIENTÍFICO

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GARCIA JÚNIOR Edição 2015 será de 19 a 22 de outubro

UEM, UFMS e outras instituições de Prudente, região e Estados vizinhos, principalmente do Paraná e do Mato Grosso do Sul. 4- Qual a importância institucional e para a comunidade desse evento? Garcia Júnior – O Enepe certamente é o maior evento acadêmico-científico realizado na região, porém sua abrangência pode ser considerada nacional, já que a participação não fica restrita ao público local e regional. Trata-se de um espaço de discussão do tripé Ensino, Pesquisa e Extensão indissociável da Unoeste, de intercâmbio entre pesquisadores e estudantes de diferentes instituições e também de divulgação, por meio de apresentações e publicações, dos conhecimentos que se tornarão úteis à comunidade. 5- Quais os dias de realização? E ainda dá tempo de fazer a inscrição? Garcia Júnior – O Enepe será realizado de 19 a 22 de outubro. Quem quiser participar como ouvinte pode se inscrever até o dia 19 de outubro. Porém, é importante ressaltar que as inscrições antecipadas têm desconto. Consulte os valores, normas e faça sua inscrição em www.unoeste.br/enepe.

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MINHA PROFISSÃO

SERÁ... mercado

SAIBA MAIS UNOESTE

Matheus Teixeira

Na hora de escolher o futuro profissional, quem dá uma grande ajuda é a Feira de Profissões da Unoeste, a ser realizada de 15 a 19 de setembro de 2015. Nela, o jovem vai mergulhar fundo em todo o ambiente universitário, vivenciar a prática dos cursos de graduação e conhecer o dia a dia da universidade. Escolas e alunos que estão interessados em participar desse megaevento podem fazer as inscrições gratuitas pela internet, no site da Unoeste.

FEIRA DE

PROF

ISSÕE S

CONHEÇA A UNIVERSIDADE Nos cinco dias haverá cerca de 80 oficinas, 50 estandes e várias atividades nos campi I e II da Unoeste. São esperadas 10 mil pessoas! Quem quiser garantir a sua vaga basta acessar o www. unoeste.br/feiradeprofissoes e clicar em “Inscreva sua escola”, no caso de diretor ou coordenador, ou “Inscrição para alunos”, se for estudante de escola já cadastrada. O prazo vai até 31 de agosto para escolas; para estudantes, o término será após esta data. No dia 19 de setembro, a feira estará aberta ao público, também com entrada gratuita, mas sem necessidade de

fazer inscrição prévia. O coordenador de Comunicação da universidade, Bruno Takikawa, destaca que esta “é a possibilidade de entrar nas salas de aula, laboratórios, vivenciar a rotina acadêmica e presenciar, na prática, o dia a dia da universidade”. Vitor Teles, de 17 anos, cursa o último ano do ensino médio no colégio Delta, em Presidente Bernardes (SP), e quer aproveitar essa oportunidade, porque não para de pensar na profissão. “Como na vida não existe manual de instrução, decidi participar da Feira de Profissões da Unoeste para conhecer melhor onde estou me inserindo”, diz ele, que tem

interesse por Direito e Filosofia. “Nos estandes, o aluno vai ter uma prévia de cada profissão, sempre com um professor ou um universitário para passar orientação para ele. E nas oficinas vai ser um momento de contato prático com a profissão, fazendo alguma atividade relacionada ao curso”, declara Takikawa. Outro ponto que o publicitário da Unoeste salienta como importante na Feira de Profissões é a parceria com a empresa Energisa, que deixará um caminhão e funcionários à disposição para demonstrar aspectos relacionados à área de engenharia, especialmente a elétrica.

DIVERSAS ATIVIDADES

O PÚBLICO DO EVENTO

PARTICIPE DA FEIRA!

De 15 a 19 de setembro: cerca de 80 oficinas, 50 estandes e várias atrações durante todo o dia.

São esperadas 10 mil pessoas, a maioria alunos de escolas da região de Presidente Prudente (SP).

Mais informações sobre o evento e inscrições de graça: www.unoeste.br/ feiradeprofissoes

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Fotos: Gabriela Oliveira

EM PREEN DEDOR ESPÍRITO

RISCOS CALCULADOS Empreendedor é capaz de assumir novos projetos e ideias

Seja qual for a profissão, todos podem desenvolver o espírito empreendedor. “Esse comportamento é vivenciado de dentro para fora, por meio de ações proativas, comprometidas e persistentes. Pode-se chamar de empreendedor quem corre riscos calculados, enxerga ou cria oportunidades”, explica Juliana Vioto Machado, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), regional de Presidente Prudente. Como incentivo, a Unoeste firmou parceria com essa instituição para estimular os alunos já na graduação. “A percepção demonstra uma postura inovadora, que contribui para a difusão do empreendedorismo”, completa Juliana. Nos cursos de pós-graduação da Unoeste essa abordagem é contemplada em várias especializações, como os MBAs em Gestão Empresarial, Projetos e Marketing. “Levamos o aluno a desenvolver ou descobrir o seu potencial empreendedor”, revela o professor e consultor Maiko Arantes. Para ele, os profissionais empreendedores se destacam no mercado. “São pessoas capazes de identificar

PESSOAS QUE EMPREENDEM CONSEGUEM SE ADAPTAR ÀS MUDANÇAS

mercado

“Nem todo empresário é empreendedor e nem todo empreendedor é um empresário”. Apesar do trocadilho, essa frase faz todo o sentido, pois o empreendedorismo é muito mais do que abrir o próprio negócio. Esse termo refere-se a um conjunto de características ou habilidades que são importantes requisitos para a vida profissional e pessoal.

SAIBA MAIS UNOESTE

Gabriela Oliveira

CRIATIVIDADE Jonatas Zito e Marcelo Santoro desenvolveram o aplicativo Hora do Busão oportunidades, que conseguem aprimorar as habilidades e assumem riscos para um novo trabalho ou ideia”. Arantes lembra que a adaptação é um dos grandes desafios do momento. “Nos adaptamos realizando mudanças; o empreendedor está preparado para isso”. Os egressos da Faculdade de Informática (Fipp) da Unoeste, Jonatas Ribeiro Zito, 26, e Marcelo de Farias Santoro, 32, têm espírito empreendedor. Curiosos e persistentes, eles desenvolveram um aplicativo que disponibiliza os horários de ônibus de três empresas de transportes municipal e intermunicipal. Com mais de 10 mil downloads, o aplicativo já é um sucesso. “Fizemos a diferença criando uma ferramenta útil à população”, conclui Santoro.

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PÓS-GRADUAÇÃO SEM

ESCALAS SAIBA MAIS UNOESTE

Mercado competitivo, necessidade de atualização constante e demanda de profissionais especialistas em determinadas áreas são alguns dos motivos que levam muitos recém-formados a darem sequência aos estudos em uma pós-graduação lato sensu logo que concluem a graduação. Especialização ou MBA geralmente têm duração de até dois anos.

mercado

DESCONTOS ESPECIAIS A Pós Unoeste oferece 15% de desconto aos ex-alunos da universidade para qualquer curso lato sensu. Pessoas de outras cidades, também podem ter desconto de 6 a 12%, dependendo da distância. Associados e funcionários da 29ª Subseção de Presidente Prudente da OAB também têm 12% de desconto nas mensalidades das especializações na área jurídica. Atualmente, são oferecidos aproximadamente 80 cursos. Saiba mais em www. unoeste.br/pos.

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Mariana Tavares

Mariana Tavares

APRIMORAMENTO PROFISSIONAL Recém-formados optam pela especialização logo após saírem da graduação De acordo com levantamento da Unoeste, feito com ingressantes da pós-graduação, 47% dos alunos iniciaram algum curso – especialização ou MBA – com no máximo dois anos de formados. É o caso de Letícia Taynara Cardoso, 23, que concluiu a graduação em Direito na Unoeste no fim de 2013. Ela esperou apenas um ano para ingressar na especialização em Direito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho, na mesma universidade. “Ter domínio na área de atuação é uma das principais exigências do mercado, por isso, a pós se torna imprescindível”. Atualmente, Letícia trabalha na Procuradoria-Geral de Presidente Venceslau (SP) e conta que suas expectativas para o futuro são conquistar um cargo público e se qualificar ainda mais na área jurídica. Ela acrescenta que a oportunidade de o profissional se aperfeiçoar em um ramo específico é fundamental. “Em minha profissão, isso se reflete numa segurança maior para os clientes, pois quando domina-

mos um assunto e nos atualizamos, com certeza estamos aptos a defender seus interesses”. Diego Cardoso Rojas, 27, também escolheu a Unoeste para fazer a graduação e a pós. Formou-se em Agronomia, em 2012, e em agosto do ano seguinte iniciou a especialização em Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). “Uma pós pode ser o diferencial na hora de concorrer a uma vaga no mercado. Além disso, também oferece a possibilidade de crescimento profissional dentro da empresa, pois agrega novos conhecimentos e permite atualização constante”. Rojas afirma que os conhecimentos adquiridos na pós o ajudaram em suas atividades na empresa que trabalha – a Cocamar – e que pretende continuar os estudos, seja em pós-graduação lato ou stricto sensu. “A busca pelo aprendizado deve ser constante. Quem amplia seus conhecimentos terá mais oportunidades no mercado de trabalho”.

ESPECIALIZE-SE PARA O MERCADO!


Fotos: Matheus Teixeira

BEM PREPARADOS Profissionais formados pela Unoeste carregam desejo de trabalhar com saúde pública e melhorá-la

LADO A LADO Farmacêutica Juliana gosta do contato com a população e vê importância nisso

AJUDA AO PAÍS A Unoeste cumpre as prerrogativas do Ministério da Educação de formar profissionais preparados para atuar no SUS, atendendo demandas do Ministério da Saúde. Os estudantes são estimulados a práticas humanizadas, à cidadania e à compreensão das realidades socioeconômicas. Fonte: Dr. Marcus Vinicius Pimenta Rodrigues – Núcleo Institucional de Pesquisa em Saúde da Unoeste.

FORMAÇÃO COMPLETA Luciene é enfermeira e cursa residência; no procedimento, é observada pela professora Ana Paula Brambilo

ATENÇÃO PRIMÁRIA É PREVENÇÃO Luciene Aparecida de Souza concluiu Enfermagem na Unoeste em 2014 e agora é residente em Urgência/Trauma. Durante a graduação foi preparada para atuar em hospitais, mas também em atendimentos primários e secundários, especialmente na rede de atenção básica. Com toda a vivência que tem, pode afirmar que “a formação especializada, atenta ao avanço tecnológico e com constantes atualizações, é muito importante”, por isso, reforça que os profissionais devem focar-se em saúde pública, já que “estatísticas apontam o adoecimento da população de forma precoce e com complexidades cada vez maiores”. Wagner Rodrigues Caixeta, do 11º termo de Medicina, é mais um exemplo de que estar a serviço da sociedade vale a pena! Tem contato com o Sistema Único de Saúde (SUS) desde o 1º termo e avalia que “a experiência é fundamental, pois a formação médica demanda esse trabalho”. Quando pôde escolher um lugar para estagiar, preferiu ir a uma Unidade Básica de Saúde (UBS) “por ser referência de bom tratamento e gostar da proximidade com os pacientes”. “É algo inexplicável pela alegria que nos transmitem! Eles têm confiança maior em nós, algo que ajuda nos tratamentos”. Formada em Farmácia no ano de 2007 e especialista em Farmacologia desde 2010 – ambos os cursos foram feitos na Unoeste –, Juliana Hiromi Hinoue de Almeida trabalha na UBS do Parque Cedral de Presidente Prudente, atendendo moradores dali e de bairros próximos. Experiente em postos de saúde há sete anos, considera extremamente vital a existência de profissionais tão próximos da população “porque a unidade básica é o primeiro lugar que um paciente procura por atendimento, é o primeiro nível em atenção à saúde, onde os profissionais são responsáveis por promoção e proteção da saúde, prevenção de doenças, diagnóstico e tratamento”.

mercado

A preparação global que os profissionais de saúde recebem quando ainda são universitários faz toda a diferença, pois essa capacitação ampla propicia um melhor atendimento, consequentemente influenciando na qualidade de vida da população. Alguns focos importantes que a Unoeste dá são em prevenção e atendimento pré-hospitalar.

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Matheus Teixeira

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ORQUÍDEAS QUE ENCANTAM CATTLEYA WALKERIANA Espécie está armazenada no Banco de Sementes da Unoeste Fotos: Gabriela Oliveira

Com características singulares, planta é considerada uma das mais belas do mundo Gabriela Oliveira

c i ênc i a e tec nologi a

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Branca, rosa, lilás, vermelha ou amarela. Independentemente de cor, tamanho, textura ou perfume, as orquídeas se destacam pela beleza e autenticidade. A planta, que começou a ser cultivada na China entre os séculos 13 e 14, já ganhou o mundo e, hoje, está cada vez mais presente na casa das pessoas. MACHADO NETO Pesquisador se dedica às orquídeas há 33 anos

DICAS DE CULTIVO Luz natural – coloque a orquídea em ambiente que receba sol pela manhã e à tarde. Água – a espécie não gosta de solo encharcado. Irrigue uma ou duas vezes por semana. Nutrientes - utilize a adubação foliar que é adquirida facilmente nos mercados. Fonte: Dra. Patrícia Reiners Carvalho, professora do curso de Agronomia da Unoeste

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Cultivada há milhares de anos, a orquídea é uma planta que desperta a atenção de estudiosos, principalmente quando se fala das sementes, que são consideradas as menores do planeta. “Precisamos conhecer mais para preservá-las, pois elas são capazes de manter o estoque genético das orquídeas, podendo contribuir para o repovoamento de espécies que estão em extinção em determinado ambiente”, explica o professor de graduação e pós-graduação em Agronomia da Unoeste, Dr. Nelson Barbosa Machado Neto. Há 33 anos se dedicando às orquídeas, o pesquisador conta que existe no mundo um total de 26 mil espécies. “O Brasil possui 10% desse valor, sendo que aproximadamente 5% destas estão guardadas no Banco de Sementes da Unoeste, em Presidente Prudente (SP)”. Ele comenta que essa estocagem contribui para o desenvolvimento de vários estudos sobre a planta. “Mais do que produzir ciência, mantemos uma interação com instituições de todo o mundo”. Machado Neto conta que os estudos de graduação e pós-graduação em Agronomia da universidade contemplam várias abordagens como os princípios básicos de conservação das sementes e a clonagem de orquídeas. “Algumas espécies são muito raras, exigindo esse último procedimento para o armazenamento do material genético”. O professor diz que a Unoeste já manteve uma parceria com o Jardim Botânico Real da Inglaterra (Kew Gardens), por meio do Projeto Armazenamento de Sementes de Orquídeas para Uso Sustentável (OSSSU, na sigla em inglês). “Contribuímos com a preservação das orquídeas e, consequentemente, estreitamos as nossas relações com os parceiros dessa iniciativa”, conclui.


Com o mestrado, que tem que ser iniciado se o aluno já tiver diploma de curso superior, adquire-se mais conhecimento e aprofunda-se em determinada área. Além disso, de acordo com o Dr. Adilson Eduardo Guelfi, pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação da Unoeste, o título de mestre obtido no fim do programa é extremamente valorizado acadêmica e profissionalmente. “Quem é mestre organiza melhor as ideias, sabe muito bem definir objetivos e é mais experiente para propor soluções. Sabe experimentar para tornar essas soluções viáveis e mais adequadas ao ambiente de trabalho”, declara Guelfi. Há duas formas de o interessado entrar no mestrado: como aluno regular ou como aluno especial. “No caso do regular, precisa passar pelo processo seletivo, estar em conversa com o possível orientador e já terá um prazo definido para cursar as disciplinas e fazer a sua pesquisa”, diferencia Dr. Fabio Fernando de Araújo, coor-

denador do mestrado e do doutorado em Agronomia da Unoeste. “O aluno especial pode fazer de uma a duas disciplinas por semestre. No futuro, caso seja regular, poderá aproveitá-las como créditos para o programa de mestrado”. Lucas Prado Osco formou-se em Engenharia Ambiental na Unoeste em 2012 e atualmente é bolsista no mestrado em Meio Ambiente e Desenvolvimento Regional da mesma universidade. Decidiu fazer esta pós-graduação, pois quer lecionar e dar continuidade a projetos e pesquisas. “No campo profissional são muitas as vantagens de fazer mestrado, é um diferencial positivo para quem busca espaço no mercado de trabalho, dentro ou fora das universidades”. O mestrando também acredita que essa experiência “contribui para a aprendizagem e o amadurecimento do aluno, que passa a encarar uma série de responsabilidades, preparando-o para a vida profissional”.

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Fazer mestrado ajuda quem pretende ser professor, pesquisador ou se destacar no mercado de trabalho

Quer ser professor universitário, pesquisador, ou quem sabe ter um grande diferencial competitivo no mercado? Em tais casos, chegou a hora de fazer mestrado! Ah, sabemos que ao ler “fazer mestrado” já bate uma insegurança, mas, relaxe, vamos mostrar que não é um bicho de sete cabeças e traz vantagens incríveis.

c i ênc i a e tec nologi a

VÁ ALÉM, VIRE MESTRE

Matheus Teixeira

Matheus Teixeira

O QUE SABER O mestrando pode ser bolsista: receberá auxílio financeiro para dedicar-se exclusivamente. O não bolsista tem aulas de 2 a 3 dias na semana, podendo desenvolver atividades paralelas. Todos os pré-requisitos para tornar-se aluno regular ou especial são apontados em editais. LUCAS OSCO Engenheiro ambiental cursa mestrado para continuar pesquisas que faz e com objetivo de, no futuro, poder dar aula

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especial

Gabriela Oliveira

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SAMARA NOGUEIRA COELHO Aluna aprova a metodologia da EAD Unoeste

TRANSFORMANDO

VIDAS Mariana Tavares

A formação profissional prepara para o mercado de trabalho e principalmente transforma a vida das pessoas! E esse é um dos compromissos da Unoeste. Por isso, a maior universidade da região oeste do Estado de São Paulo busca, constantemente, alternativas que viabilizem a profissionalização, pois sabe que a educação tem uma atuação decisiva, abrindo novos horizontes.

Desde a sua fundação, em 1972, a então Associação Prudentina de Educação e Cultura (Apec), mantenedora da Unoeste, já iniciava seus trabalhos com a missão de formar professores, contribuindo para a expansão regional. Na década de 80, inovou com a oferta de cursos nas áreas da saúde, informática, agrárias, entre outras e conquistou o status de universidade – sendo a única particular da região até hoje. O crescimento e a qualidade se multiplicaram com os mestrados e doutorados. Agora expande as possibilidades de formação profissional com a oferta de cursos técnicos gratuitos e, em breve, de graduação a distância.

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Neste primeiro momento, são seis cursos oferecidos pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do governo federal. O pró-reitor Acadêmico da Unoeste, Dr. José Eduardo Creste, pontua que todos são ligados às graduações, “que, inclusive, têm ótimos conceitos pelo Ministério da Educação [MEC]”. Trata-se de uma oportunidade para o ingresso imediato no mercado de trabalho, além de gerar outras oportunidades. Wesley Fernando Gimenes, 29, antes mesmo de concluir o técnico em Enfermagem, em 2005, já estava trabalhando num hospital. Empregado, seguiu para a graduação e, este ano, termina a especialização, com planos para o mestrado. “O ensino técnico foi a base, pois consegui um emprego, ad-


“Com o técnico em Enfermagem conquistei um emprego e consegui pagar a graduação”

“A partir do curso técnico me interessei pela graduação em Farmácia e consegui um estágio”

“Eu tinha receio de estudar a distância, mas com o tempo percebi que o suporte da Unoeste é muito bom!”

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Mariana Tavares

AUGUSTO RIBEIRO

Mariana Tavares

DÉBORA BANCI

Mariana Tavares

WESLEY GIMENES

Pelo Pronatec, os cursos ofertados são: Agropecuária, Cuidados de Idosos, Enfermagem, Farmácia, Informática e Massoterapia. Todos gratuitos e as inscrições são semestrais, confira no site www.unoeste.br/ pronatec. Para quem pretende ingressar na graduação a distância, a Unoeste oferecerá o bacharelado em Administração, licenciatura em Pedagogia e os tecnólogos em Processos Gerenciais e em Recursos Humanos. Fique atento para a data do processo seletivo em www.eadunoeste. com.br.

quiri experiência e dei continuidade aos estudos”, lembra o enfermeiro dos hospitais Regional (HR) e Iamada. GRADUAÇÃO EAD O Núcleo de Educação a Distância (Nead) da Unoeste, que oferece cursos de especialização e aperfeiçoamento, disponibilizará também graduações nesta modalidade. Inicialmente elas serão oferecidas nos polos paulistas de Presidente Prudente, Martinópolis e Dracena. Conforme a coordenadora do núcleo, Sônia Sato, nestes locais haverá plantões semanais com tutor presencial, caso o aluno queira tirar dúvidas. “Com o objetivo de proporcionar o aprendizado completo, a metodologia visa atender as necessidades apresentadas pelos alunos”. Augusto Paulucci Ribeiro, 21, concluiu Música em dezembro passado e em janeiro iniciou a pós EAD em Psicomotricidade, Educação e Aprendizagem. “A experiência está sendo muito boa. Quando pensamos no ensino a distância, imaginamos o risco de não receber a devida atenção, mas o suporte da Unoeste é ótimo! A dica é se esforçar da mesma maneira que no presencial”, frisa o estudante. Samara Nogueira Coelho, 23, também aprova a metodologia adotada na universidade. “É bem dinâmica, temos videoaulas, fóruns, webconferências e os professores estão sempre à disposição. O melhor é que consigo adequar as aulas com meus horários, assim, não tem desculpa, basta ter um computador com internet”, relata a aluna da especialização em Comunicação Empresarial e Marketing Digital, afirmando que faria graduação a distância na Unoeste.

ENSINO TÉCNICO DÁ ACESSO AO EMPREGO

especial

OPORTUNIDADES

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Fotos: Gabriela Oliveira

CENTRO DE

COMPRAS Gabriela Oliveira

vem pra cá

A mais recente pesquisa de consumo, PRUDENSHOPPING realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio Inaugurado há 25 às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), anos, shopping conta aponta que existem em Presidente Prucom 210 lojas dente (SP) 9.107 unidades de empresas atuantes, que empregam 63.406 profissionais e envolvem 75.571 pessoas. Na região central estão aproximadamente 600 empresas, sendo cerca de 300 classificadas como lojas de varejo. É nessa área que se encontra o calçadão da Rua Tenente Nicolau Maffei, que se estende da Avenida Brasil até a Avenida Coronel José Soares Marcondes. Esse shopping a céu aberto foi fundado em 1979 e é um dos cartões-postais da cidade. Para quem busca variedade de compras e entretenimento, a cidade oferece três shopping centers. O primeiro foi fundado em 1986 com o nome de Shopping Center Americanas. A partir de 2007, passou a ser denominado Parque Shopping Prudente, tendo atualmente 80 operações, entre lojas e quiosques. Inaugurado em 1990, o Prudenshopping completa 25 anos em 2015 e é considerado o maior da cidade, com 210 lojas. O mais novo desse segmento é o Shopping Villa Romana, inaugurado em 2014, com capacidade para 100 lojas. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 875 mil pessoas de 53 cidades do oeste paulista movimentam a economia de Prudente. Entretanto, esse número pode ser maior, pois a informação não considera o fluxo de pessoas gerado pelas instituições de ensino superior, rede hoteleira, restaurantes e aluguéis de carros.

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Presidente Prudente é referência no oeste paulista quando o assunto é comércio. Seja na área central ou em shopping centers, é comum encontrar moradores de municípios vizinhos ou de Estados próximos que vêm pra cá fazer compras. Os universitários que estudam na cidade também contribuem para a movimentação e aquecimento da economia local.

CALÇADÃO Cartão-postal da cidade, foi fundado em 1979

VILLA ROMANA Inaugurado em 2014, ambiente tem capacidade para 100 lojas

PARQUE SHOPPING PRUDENTE Funciona desde 1986 e tem 80 estabelecimentos, entre lojas e quiosques

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Débora André

PROGRESSO EM SAÚDE Pesquisadores da Faculdade de Informática propõem mecanismo que auxilia diagnóstico de Parkinson MAIS SEGURO Médico dá o diagnóstico e quadro clínico será confirmado pelo método computacional

Matheus Teixeira

bem-estar

Matheus Teixeira

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Pesquisa da Faculdade de Informática (Fipp) da Unoeste é uma alternativa para confirmar diagnósticos de Parkinson! Hoje em dia, o médico informa a existência da doença ao paciente e pode reafirmá-la com uma caneta tecnológica cara; a proposta do estudo, portanto, é tornar essa comprovação de diagnóstico mais acessível.

HIGH-TECH Software lê exames de detecção primária de Parkinson; depois, diz se o paciente tem a doença

ÊNFASE MUNDIAL A pesquisa é feita com Unesp, UFSCar e a universidade alemã Ostbayerische Technische. Apresentada no Simpósio Internacional de Sistemas Médicos Informatizados, será submetida ao jornal internacional de Métodos e Programas Computacionais em Biomedicina.

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O professor doutor Danillo Roberto Pereira, docente da Fipp e um dos autores do estudo, explica que o método foi aplicado em pessoas com e sem Parkinson. Ao fim, os resultados computacionais foram comparados com os diagnósticos médicos e o acerto do quadro clínico alcançou até 98,4%. Pela Unoeste, Pereira conta com apoio do Dr. Francisco Assis Da Silva e do aluno João Paulo de Oliveira Masiero, do 5º termo de Ciência da Computação. Os pesquisadores não tiveram acesso aos diagnósticos médicos antes de aplicarem os testes computacionais – apenas obtiveram imagens de exames de detecção primária de Parkinson, nos quais os pacientes contornam figuras geométricas. Elas foram analisadas por um programa de inteligência artificial e, após cada pessoa ser apontada pelo software, com ou sem a doença, aí sim os pesquisadores souberam quais eram os reais diagnósticos. Foram investigadas 814 imagens, para verificar – com visão computacional – se os contornos feitos pelos pacientes estavam fiéis (e quanto) aos desenhos inicialmente propostos. “O principal objetivo da pesquisa é dar um diagnóstico automatizado de Parkinson para, principalmente, reduzir a subjetividade no processo de diagnóstico médico”, diz Pereira. Assim, usar o computador evita um possível diagnóstico médico equivocado. “Pretendemos aumentar ainda mais essa taxa, quem sabe chegar a 100%”, prospecta Pereira. TRATAMENTO Um dos lugares onde há atendimento gratuito a pacientes com doença de Parkinson é a Clínica Escola de Fisioterapia da Unoeste, que há mais de 15 anos presta esse serviço para a população da região de Presidente Prudente (SP). Segundo a Associação Brasil Parkinson, esta é uma doença neurológica que afeta os movimentos, causa tremores, lentidão de movimentos, rigidez muscular, desequilíbrio e alterações na fala e na escrita.


Mariana Tavares

Remédios de referência, genérico e similar ainda geram dúvidas: saiba mais sobre as três classes

Na compra de um remédio, o farmacêutico oferece várias opções que têm o mesmo princípio ativo, mas com preços bem diferentes: qual você escolhe? A indústria farmacêutica disponibiliza os medicamentos de referência, genérico e similar, mas na hora da compra o consumidor quer saber se terão o mesmo efeito.

Especialização na Unoeste está em sua 14ª turma. Disciplinas tratam do medicamento, destacando o tratamento, reações medicamentosas e adversas, grupos farmacológicos, entre outros assuntos.

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A coordenadora da especialização em Farmacologia da Unoeste, também docente na graduação em Farmácia e diretora regional em Presidente Prudente do conselho da área (CRF-SP), Rosilene Martins, explica que o de referência é aquele inovador, disponibilizado no mercado pela primeira vez e que passou por estudos clínicos comprovando eficácia, segurança e qualidade. O genérico e o similar são como “cópias”. Para o registro do genérico, há obrigatoriedade de apresentação dos estudos de biodisponibilidade e bioequivalência; desde o ano passado, os similares também apresentam comprovação da biodisponibilidade relativa. Para a professora, as três classes são confiáveis. “Esses medicamentos podem custar até 30% mais barato, pois a proposta é

PÓS EM FARMACOLOGIA

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É TUDO IGUAL? OU NÃO?

que sejam acessíveis à população. Além disso, os genéricos têm que ser equivalentes aos de referência, ou seja, funcionar da mesma maneira”, diz Rosilene, lembrando que na embalagem dessa classe consta o nome do princípio ativo e não o comercial, como nos outros casos. Ela reforça que o valor reduzido dessas “cópias” é justamente porque os laboratórios não investiram em estudos clínicos tão aprofundados quanto os de referência. Com novas regras, os similares passaram a ser chamados de similares intercambiáveis, sendo que na bula deve conter a seguinte informação: “Medicamento similar equivalente ao medicamento de referência”. A docente destaca que os estudos clínicos são imprescindíveis, pois, além de dar mais confiança, mostram que o laboratório comprovou as mesmas propriedades que os inovadores. Na prescrição, conforme Rosilene, o médico deve colocar o nome do princípio ativo, podendo o paciente escolher a classe que irá comprar, de acordo com as opções apresentadas pelo farmacêutico. É importante frisar que existe uma lista dos similares intercambiáveis; já os genéricos são apresentados com a letra G nas embalagens.

MEDICAMENTOS Apesar de terem o mesmo princípio ativo, preços são bem diferentes

QUEM ESCOLHE É O CLIENTE 17


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cotidiano

DO PARQUINHO AO TABLET Crianças estão inseridas em uma realidade que necessita de atenção especial dos pais Gabriela Oliveira

Nativos digitais ou geração net são algumas das denominações usadas para quem nasce imerso às tecnologias. Essa realidade merece uma atenção especial dos pais, pois é preciso moderar e acompanhar a exploração dessas ferramentas da mesma forma que numa brincadeira no parque ou na casa dos amigos.

ACESSO ÀS TECNOLOGIAS REQUER LIMITES 18

Não tem como negar, a tecnologia está presente em todos os ambientes! “A cada dia surge uma novidade, que chama a atenção e desperta a curiosidade das crianças. Geralmente, esses contatos iniciais são lúdicos, já que os pequenos acabam imitando as ações dos pais quando utilizam essas ferramentas”, explica a Dra. Adriana Aparecida de Lima Terçariol, do Programa de Mestrado em Educação da Unoeste. Pesquisadora na área de educação, currículos e tecnologias, ela revela que as crianças, entre 4 e 7 anos, devem estar acompanhadas por um adulto quando usarem tablets, celulares, notebooks e computadores, principalmente se acessarem a internet. “Os pais podem aproveitar esses instrumentos para baixar aplicativos educacionais, que divertem, ajudam na alfabetização e no desenvolvimento da coordenação motora”, completa. Adriana alerta que o uso exagerado da tecnologia pode ser prejudicial. “Deve existir uma negociação com os filhos para estabelecer limites e horários, levando em conta outras atividades, que são saudáveis e possibilitam uma convivência com os amigos”. Ela considera, ainda, que todas as atitudes dos adultos se transformam em exemplos para as crianças. “Os pais precisam ter uma postura coerente, entre o que dizem e fazem, especialmente quanto ao acesso às ferramentas tecnológicas”. A acadêmica de Gestão em Recursos Humanos da Unoeste, Juliane Rodrigues Bertasso, 28, conta que o filho Joaquim Antonio, 5, mantém contato diário com celular, notebook e computador. “Mas estabeleci algumas regras para a utilização desses aparelhos: deixo no máximo uma hora por dia, sempre sob o acompanhamento de um adulto. Assim como toda criança, ele é muito curioso e gosta de explorar a internet, por isso, ficamos sempre atentos. Como ele adora brincar no parque ou jogar futebol com os amigos, também incentivo essas atividades saudáveis”.

Gabriela Oliveira

DIVERSÃO GARANTIDA No parque ou no notebook, Joaquim se diverte sob os olhares da mãe Juliane


Fotos: Matheus Teixeira

AMPLIE HORIZONTES

Matheus Teixeira

Se está lendo esta reportagem, claro que gosta de ler! E, ao contrário do que se possa imaginar, você não está sozinho, há muitos leitores hoje em dia – mesmo com o mundo tão virtual. Afinal, a leitura é prazerosa e muito importante para manter estudantes e profissionais bem informados e aprofundar conhecimentos.

É LAZER! Leitura é obrigatória para estudos desde a infância, mas serve como diversão

na Gomes Vieira Silva, estudante do 6º termo de Jornalismo da Unoeste, que é uma leitora apaixonada e adora principalmente conteúdos voltados ao jornalismo investigativo. Melina assina duas revistas e lê de dois a três livros por mês, é fã de carteirinha da Rede de Bibliotecas – e como ela pondera, “a leitura constante, além de ajudar na ortografia – o que é muito importante – ajuda no raciocínio lógico e na criatividade que muitas profissões necessitam”. A Dra. Maria de Lourdes Zizi Trevizan Perez, docente do mestrado em Educação da Unoeste, contextualiza que “ler permite o diálogo e o compartilhamento de representações sociais, princípios éticos, valores morais e experiências entre dois seres histórico-culturais – autor e leitor. Essas relações afloradas no ato social da leitura fazem diferença na formação da identidade profissional, em todas as áreas do conhecimento”. Após tantos motivos, fica uma proposta: que tal você convidar alguém para também ler esta revista?

ESCOLHA ALGO DO SEU INTERESSE

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Ler é muito mais do que receber aprendizados sobre determinado tema, este ato representa a conquista de autonomia, a ampliação de horizontes e o entendimento melhor do que rodeia o leitor, define Luciane Cachefo Ribeiro, coordenadora da graduação em Letras da Unoeste. “A leitura produz sentido, surge da vivência de cada um, é posta como prática na compreensão do mundo no qual o sujeito está inserido. Quanto mais se lê, mais aumenta a capacidade de compreensão do mundo, lembrando que isso vale para qualquer tipo de leitura, desde os célebres e clássicos romances, como a leitura diária de uma crônica”. Para tomar gosto cada vez maior pela leitura, Luciane indica optar-se por textos que tenham a ver com quem os lê. Ou seja, ainda que ótimo, ninguém é obrigado a ler Machado de Assis todo dia. Isso é feito por Meli-

MIL PÁGINAS Obras ajudam na formação profissional

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Livros, jornais e outros textos dão aos leitores atualização, cultura e vivência de mundo

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POSTAR OU NÃO POSTAR?

Gabriela Oliveira

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É moda! Hoje em dia, 91% dos brasileiros, de todas as faixas etárias, estão nas redes sociais, sendo que a maioria (71%) faz o acesso por meio de algum dispositivo móvel (smartphone ou tablet). Muitas dessas pessoas postam tudo o que pensam nas redes sociais. Mas, será que essa atitude pode ter reflexo na vida pessoal e profissional?

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COMO AGIR? No perfil profissional poste somente o que é relevante a esse universo (piadas, memes e charges são desaconselháveis). Tenha critério e bom senso nas postagens e fotos disponibilizadas. Nunca, em hipótese alguma, use palavrões. Se beber, estiver nervoso ou irritado, não entre nas redes sociais. Cuidado com a frequência. Postar o dia todo pode cansar as pessoas que fazem parte da sua rede de relacionamentos e demonstrar ociosidade. Fonte: Dr. Marcelo Plens, coaching organizacional e professor da Unoeste

REDES SOCIAIS Você é aquilo que posta

Uma pesquisa divulgada no site americano Social Media Today demonstra que o acesso às redes sociais não tem limite de idade: 89% dos jovens, de 18 a 29 anos, utilizam as redes sociais; na faixa etária entre 30 e 49 anos, o índice é de 72%; entre 50 e 60 anos, é de 60%; e acima de 65 anos, a estatística chega a 43%. “Essa diversidade gera um grande número de publicações. Fotos, mensagens, relacionamentos estabelecidos e hábitos estão entre as postagens, que levam a uma exposição inevitável”, explica o coaching organizacional e professor dos cursos de MBA da Unoeste, Dr. Marcelo Plens. Ele destaca que, nas redes sociais, nem sempre é fácil separar o lado pessoal do profissional. “Deixe on-line somente aquilo que você colocaria em um outdoor com a sua foto ao lado. Lembre-se, o que postou agora ficará na internet para sempre e, principalmente, com domínio público”. Apesar das empresas visualizarem diferenças entre os dois tipos de perfis (pessoal e profissional), é importante evitar exageros. “As redes sociais funcionam como uma grande vitrine e podem ser uma fonte de referência para os recrutadores. Você é aquilo que posta. Antes de fazer qualquer declaração, pense como o seu chefe ou seus amigos receberiam essa informação. Se na vida pessoal houver um excesso de exposição, isso certamente será incorporado à sua marca pessoal (personal brand)”. Para o coaching, as pessoas estão conectadas durante todo o dia. “No trabalho, a regra é bem simples: se a rede da qual faz parte for composta por colegas de trabalho e as postagens forem direcionadas à execução das tarefas e o cumprimento dos objetivos da equipe, deve ser utilizada. Por outro lado, desaconselho o uso durante o expediente para fins pessoais, pois além de causar a perda de foco e de produtividade, não é bem vista pelas empresas. O ideal é esperar pelos momentos de intervalo e lazer”.

TENHA BOM SENSO NAS POSTAGENS 20

Gabriela Oliveira

EIS A QUESTÃO


A Unoeste está aberta a diferentes experiências culturais, uma delas envolve a descoberta de talentos – é o concurso musical Mais Bela Voz. Quem participa garante que é uma experiência incrível! E a final da 8ª edição já tem data e local: 18 de setembro, às 19h30, no Teatro César Cava, campus I, em Presidente Prudente (SP). O vencedor mais recente está acostumado com o microfone! Locutor, William Henoch Alves Pereira, 31, do 4º termo de Letras, toca violão e canta na igreja. Mesmo assim, não “cantava vitória antes do tempo”, afinal em 2014 foi o primeiro concurso que participou. Além de ter sido fantástico enfrentar uma plateia, lembra com carinho dos bastidores. “Foi muito bacana, encontrei pessoas muito bem preparadas! Fico satisfeito pela oportunidade que a universidade dá de interação com quem tem a música como afinidade”. Lá em 2004, à época em que cantava em casamentos e na igreja, estava, no 1º Mais Bela Voz da Unoeste, a estudante Sandra Renolfi, hoje com 32 anos. Lembra-se claramente do friozinho na barriga! “Fiquei muito nervosa e minha sorte é que as luzes fortes me impediram de enxergar a plateia”, brinca a fisioterapeuta. Acalmou-se e mandou muito bem, venceu a competição! “Não espera-

va vencer, havia concorrentes muito bons. Foi uma experiência maravilhosa e marcou minha vida!”. Não é só quem ganha que conquista coisas boas! Di Gasparoto, 27, formado em Produção Fonográfica, participou duas vezes: em 2009, quando foi vice, e em 2010, quando alcançou o 3º lugar. “O concurso em si é muito divertido! A competição não é o mais importante, mas sim a vivência que somamos na nossa experiência musical”, declara Gasparoto, atualmente saxofonista e professor de música. A cantora Be Ogata, 20, aluna do 5º termo de Música, pretende participar novamente, após dois anos consecutivos – 3º lugar em 2013 e 4º em 2014. “Aprendemos a aceitar as críticas, algo que não é fácil para muitas pessoas. No meu caso, aguento a pressão de já ter a profissão de cantora e cursar Música, fatores que levam as pessoas a acreditarem que vou ganhar”.

WILLIAM HENOCH Ganhador de 2014 é locutor e toca violão desde os 9 anos de idade

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VOZ MÚSICA NA VEIA Di Gasparoto e Be Ogata, ex-participantes do concurso, são músicos “na vida real”

VENCEDORES 2004 | Sandra Renolfi.

cotidiano

Matheus Teixeira

Fotos: Matheus Teixeira

SOLTE SUA

2009 | Lésli Coutinho Silva. 2010 | Jéssica da Silva. 2011 | Rafael da Costa. 2012 | Évelyn Nascimento. 2013 | Stephanie Aurelio. 2014 | William Henoch.

EDIÇÃO DE 2015 8ª Mais Bela Voz da Unoeste tem a final marcada para 18 de setembro, 19h30, no Teatro César Cava

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BRASIL ALÉM DOS

LIVROS

Após 10 anos, a retomada do Projeto Rondon ocorre num momento histórico de comemoração dos 150 anos do patrono das comunicações no Brasil. No fim do século 19 e começo do seguinte, o marechal Cândido da Silva Rondon conduziu mata a dentro a interligação do país por linhas telegráficas. Mato-grossense de Mimoso, nascido em 1865, o matemático e físico – pela escola do Exército no Rio de Janeiro – iniciou a missão de integração nacional implantando a linha Mato Grosso/Amazonas. Perto de Cuiabá, instalou o posto telegráfico de Brotas, numa região habitada por índios Bororos. Homéro Ferreira

panorama

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O lugarejo consagrado à Nossa Senhora de Brotas acabou sendo Acorizal (pela abundância do coco acori) e emancipado da capital no fim de 1953. Perto de fazer 63 anos, o município é contemplado pelo Ministério da Defesa – Exército, Marinha e Força Aérea – com a Operação Bororos; mobilizando universitários em serviços voluntários para melhoria da qualidade de vida da população. Com proposta selecionada para integrar o Rondon, a equipe da Unoeste fez ações extensivas de disseminação do conhecimento, formando agentes multiplicadores. Avaliada pelo Ministério da Educação como a 16ª entre as instituições particulares e ocupando a posição 72 no universo de 228 universidades brasileiras, ao se inserir no projeto 2015, a Unoeste ratifica seu comprometimento nacional de contribuir na construção de um país melhor e teve como parceira a PUC de Curitiba (PR). A operação ocorreu em 15 cidades mato-grossenses, de 10 a 26 de julho, e envolveu 30 instituições de ensino superior, as quais atuaram em dupla. Cada equipe teve oito estudantes, dois professores e um representante do Exército, de tal forma que foram 315 envolvidos diretamente. Foram dias de intensas atividades: cedo, tarde e noite, num regime de dedicação to-

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TESTE DE GLICEMIA Ação foi realizada durante a feira de saúde

OFICINA Adolescentes receberam informações sobre formas de violência

UNOESTE NO PROJETO RONDON tal ao projeto. Os serviços prestados, sendo a maioria em forma de oficinas, ocorreram em áreas como as de direitos humanos e justiça, saúde, educação e cultura. Para o prefeito Arcílio Jesus de Cruz “Chindo”, os universitários deixaram expressiva contribuição, com ensinamentos a serem multiplicados por gestores públicos e pelos moradores participantes. Também apontou como ganho a visibilidade proporcionada ao município em relação à história, à cultura e, principalmente, à realidade que vai além dos livros. “Deixar as férias para prestar serviços comunitários a quem nem conhece, isso é de Deus. Se todos fossem assim, o mundo seria outro”, comentou o morador João Roberto da Silva, na feira de saúde feita pelos rondonistas nesse município de 1 médico para 2 mil habitantes. No país, a média é de 2 para 1 mil. O padre Wellingthon Jonny de Oliveira avaliou a atividade cidadã como ajuda na formação de “gente

CENTRO HISTÓRICO O centro histórico de Acorizal é preservado à margem do Rio Cuiabá: casas geminadas com portas e janelas para a rua (sem calçada e nem recuo), igreja, praça com cruzeiro e marco do posto telegráfico; 500m abaixo da avenida principal da cidade, 85% asfaltada, abastecida com água do rio e desprovida de rede de esgoto. São 5.396 habitantes, incluindo os distritos Baús e Aldeia. A economia está centrada na produção agrícola, comércio, olarias e indústria multinacional de gelatina.


FIM DE TARDE Equipe da Unoeste à margem do Rio Cuiabá

EXPERIÊNCIA GRATIFICANTE

panorama

do bem”, como devem ser os cristãos. Natural de Acorizal e o 7º de 15 prefeitos, Theonilo Ramos de Arruda disse que o primeiro Rondon, de 1978, deixou como herança um povo mais receptivo, já que a população não aceitava quem vinha de fora; e agora ocorreu uma reafirmação. O chefe de gabinete da reitoria da PUC, professor de economia e matemática Masimo Della Justina, compartilhou com os professores da Unoeste, Raquel Camargo e Willys Tristão, a alegria de terem formado uma equipe, com a plena integração de todos. Dentre suas experiências fora do país, por dois anos e meio morou numa favela de 30 mil habitantes, em Zâmbia/ África. Para ele, a África está no estágio brasileiro do começo do Rondon (1970), sem saneamento. Porém, entende que o Brasil parou num estágio, sem ter dado o próximo salto de qualidade, no qual poderia aproveitar a energia natural, já que as universidades estão aptas para contribuir. A coordenadora Raquel, o adjunto Tristão e os alunos Ana Flávia Mello Tamioso Figueiró, Bianca Gonçalves Orbolato, Caio Lucas Zuntini Diamante, Fernanda Akemi Takabatake, Lorena de Carvalho Santos, Regina Rafael Teixeira, Thiago Constantino Barbosa e Valéria Caldeira dos Santos são unânimes em classificar o Projeto Rondon como experiência única e gratificante.

durante caminhada pelo centro histórico de Acorizal

EMPENHO TOTAL

ALIMENTAÇÃO Estudantes faziam as refeições no alojamento da escola

MÃO NA MASSA Lavar roupa fez parte do cotidiano dos rondonistas

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Fotos: João Paulo Barobsa

ROTINA Bianca, Raquel e Tristão

Nem de longe o Projeto Rondon tem algum aspecto turístico. Não é passeio, é trabalho. Há um cronograma de atividades previamente estabelecido, no qual conforto é segundo plano. Os rondonistas ficaram alojados numa escola estadual, dormindo em colchões, tomando banho frio, lavando roupa, suportando calor e pernilongos. Para as refeições havia ajuda de cozinheira da prefeitura. Andar a pé fez parte da rotina e a maioria das oficinas foi realizada na escola do município.

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