O DOCUMENTO MAIS TRADUZIDO DO MUNDO Desde as seis línguas oficiais das Nações Unidas - árabe, chinês, inglês, russo e espanhol - faladas por milhares de milhão de pessoas, até ao dialecto pipil, falado por cerca de 50 pessoas em El Salvador e nas Honduras, a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) é o documento mais traduzido do mundo. Durante a Década das Nações Unidas para a Educação em matéria de Direitos Humanos (1995-2004) e por ocasião do 50º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACDH), o Departamento de Informação Pública das Nações Unidas (DPI), a União Internacional das Telecomunicações (UIT), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e vários governos, universidades e organizações de base da sociedade civil internacional e regional, elaboraram um projecto para traduzir a Declaração em tantas línguas e dialectos quanto possível.
distribuiu o documento a mulheres que viviam em campos de deslocados. Foram também distribuídas gravações áudio da Declaração. Estas suscitaram tanto interesse, que foi organizada uma série de debates em que participaram 200 mulheres. Algumas dessas mulheres encontraram a sua vocação e decidiram tornar-se coordenadoras de actividades relativas aos direitos humanos, passando a informar periodicamente os directores dos campos sobre as violações de direitos humanos ou as necessidades de protecção. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos detém o recorde mundial do Guinness do documento mais traduzido do mundo. É possível encontrar todas as traduções da Declaração Universal dos Direitos Humanos em: http://www.ohchr.org/english/issues/education/training/udhr.htm.
O ACDH recebeu mais de 360 traduções, incluindo uma realizada por Ali K. Phiri, um professor do Malavi com uma vasta experiência em educação em matéria de direitos humanos, em prisões, escolas e comunidades isoladas, que traduziu a DUDH e a Constituição do Malavi para yao, a terceira língua mais falada no país. Phiri distribuiu 1500 panfletos contendo a DUDH e 500 cópias da Constituição por várias aldeias. Neste contexto, foram organizados debates com membros da população, que aprenderam também como proteger os seus próprios direitos. Arcade Bacanamwo, um professor universitário de Bujumbura, no Burundi, traduziu a DUDH para Kirundi e
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