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Boletim dos Voluntários
Tema • Agenda de desenvolvimento Pós 2015
Posicionamento do programa dos Voluntários das Nações Unidas A nova agenda de desenvolvimento será adotada em menos de 500 dias. A sociedade civil é um ator fundamental na criação e implementação dos novos objetivos de desenvolvimento sustentável, e na definição do futuro que queremos. O programa de Voluntários das Nações Unidas (VNU) tem uma longa história de integrar o voluntariado em estratégias globais e nacionais, em políticas e planos para a paz e o desenvolvimento. A agenda pós -2015 oferece uma oportunidade histórica para o VNU defender o voluntariado e seus valores, como uma componente inerente a qualquer quadro de desenvolvimento global futuro. O VNU defende o voluntariado como uma forma de todas as pessoas participarem e promoverem o desenvolvimento sustentável, a paz e a erradicação da pobreza. O VNU apóia os esforços de consulta em todos os níveis para a construção do novo quadro global e exorta os governos e entidades da ONU a possibilitar que a sociedade civil participe substancialmente na formulação e implementação da próxima geração de objetivos de desenvolvimento acordados internacionalmente. O voluntariado é universal e fortalece a inclusão social, a solidariedade e a apropriação. É um fenômeno global que transcende as fronteiras, religiões e diferenças culturais, que vai por nomes diferentes e encontra diferentes aplicações em diferentes contextos. É uma expressão de participação cívica e da participação dos indivíduos em suas comunidades (sejam elas locais, nacionais ou internacional). Para alcançar o progresso econômico, social e ambiental sustentável, voluntariado e participação cívica são ingredientes fundamentais em toda a programação, qualquer que seja o foco temático - por exemplo, mei-
os de vida sustentáveis, saúde, educação, emprego, meio ambiente, gênero, ou juventude. O voluntariado constitui a espinha dorsal das organizações nacionais e internacionais da sociedade civil, assim como muitos movimentos sociais e políticos. É uma força poderosa no setor público e é cada vez mais uma característica do setor privado. Por isso: 1 . O voluntariado é universal e fortalece o engajamento cívico, a inclusão social, a solidariedade e a apropriação. 2. O voluntariado deve ser parte de um novo quadro de medição que vai além do PIB e demonstra o progresso do bem-estar humano e o desenvolvimento humano sustentável.
Saiba mais sobre o papel do voluntariado na agenda pós 2015 e acompanhe as iniciativas do programa VNU na página http://www.volunteeractioncounts.org/en/post-mdg.html
Leia a íntegra do posicionamento do VNU em: http://www.volunteeractioncounts.org/images/post2015/Downloadcenter/UNV_position_statement_on_post_2015.pdf
Compartilhe sua opinião sobre como o voluntariado pode fazer a diferença para o desenvolvimento pós-2015 contribuindo para o plano de ação de 10 anos do programa VNU! http://www.volunteeractioncounts.org/en/homepage/survey.html
Tema • Agenda de desenvolvimento Pós 2015
Relatório Civicus
Em 2 de junho de 2014, CIVICUS, uma aliança global de líderes da sociedade civil que defende a participação dos cidadãos, lançou o Relatório sobre o Estado da Sociedade Civil 2014: Reimaginando a Governança Global. O programa de Voluntários das Nações Unidas (VNU) contribuiu na publicação com um artigo sobre o engajamento cívico e a agenda pós-2015, numa das mais de 30 contribuições para o relatório das principais especialistas do mundo na sociedade civil, bem como contribuições de membros da aliança global CIVICUS, parceiros e apoiadores. O relatório contém também os resultados de um projeto piloto, com base em pesquisa conduzida com mais de 450 organizações da sociedade civil (OSC), que avalia o quão bem as organizações multilaterais interagem com a sociedade civil. O relatório pode ser acessado aqui: http://civicus.org/index.php/en/socs2014
A consulta Pós-2015 em Cabo Verde Como parte dessa discussão global sobre a agenda de desenvolvimento pós 2015, foi realizada uma série de consultas nacionais visando a informar a discussão sobre a agenda de desenvolvimento na 68ª Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova Iorque, em setembro de 2013. Em maio de 2013, Cabo Verde foi incluído na lista de países a selecionados para participarem em um processo de Consultas Nacionais.
Desde a Declaração do Milênio, aprovada por unanimidade pelos Estados-Membros das Nações Unidas, em 2000, os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – ODM têm definido um quadro comum de prioridades e orientando os parceiros em desenvolvimento. O sistema das Nações Unidas continuará a prestar apoio aos países para acelerar a concretização dos ODM até a data acordada, entretanto, a discussão sobre a agenda de desenvolvimento que irá se debruçar sobre os ODM a partir de 2015 já teve início em todo o globo.
O processo de consulta de Cabo Verde ocorreu durante os meses de junho e julho de 2013, tendo sido consultadas por volta de 563 pessoas, por meio de consultas presenciais e utilização de pesquisa em linha. Foram colhidas manifestações de diversos segmentos da sociedade civil, incluindo líderes juvenis, líderes para igualdade de gênero, jovens urbanos e rurais, crianças em contextos acadêmicos e em instituições de acolhimento e crianças do Parlamento Infantil 2012, Grupos Sociais em Situação de Pobreza, representados por mulheres, jovens e crianças, Organizações Privadas, representadas por líderes de associações profissionais de mulheres empresárias, Redes Parlamentares e segmentos diversificados da sociedade.
Tema • Agenda de desenvolvimento Pós 2015
Consulta em Santo Antão Carlos Fonseca, animador social do Corpo Nacional de Voluntários de Cabo em Santo Antão e ex-Voluntário das Nações Unidas fala sobre a consulta em Santo Antão “Durante dois dias, estivemos reunidos no salão Nobre da Câmara Municipal do Paúl num espaço de muita reflexão relativamente à consecução dos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio. Nesse espaço foram apresentados e analisados os ODM, à volta dos que podem ser atingidos até 2015, assim como os que se por ventura não vierem a ser atingidos quais as estratégias para se conseguir chegar aos resultados pretendidos. Na minha opinião, o trabalho foi produtivo e extraordinário, porque, através das diferentes opiniões dos presentes, foi possível identificar as suas reais necessidades e prioridades e é onde temos vindo a intervir através do voluntariado no sentido de procurar atenuar ou mesmo erradicar aquilo que as comunidades consideram potenciais problemas. Logicamente que isso vai repercutir diretamente no meu campo de atuação, uma vez que tendo conhecimento dos problemas comunitários, assim como daquilo que as comunidades identificam como prioridades, é possível atacar de frente esses problemas tendo como foco principal a sua resolução.”
Tema • Agenda de desenvolvimento Pós 2015
Pesquisa MEU Mundo MEU Mundo é uma pesquisa global formulada pelas Nações Unidas e parceiros para que as pessoas possam participar do processo de construção da agenda de desenvolvimento pós-2015 dizendo qual a mudança que faria mais diferença em suas vidas. O objetivo desta iniciativa não é criar uma resposta definitiva sobre o que seriam as prioridades do mundo, mas garantir que os tomadores de decisão considerem a opinião do maior número de pessoas sobre a agenda pós-2015. Esta iniciativa será complementada por outras ações com o objetivo é trazer a voz dos cidadãos para o debate sobre pós-2015 e os resultados serão compartilhados com líderes mundiais na definição da próxima agenda de desenvolvimento global. A pesquisa está disponível em desde janeiro de 2013 e até o final de 2014 no sítio www.myworld2015.org , em português e outros quinze idiomas. Os participantes devem informar seus dados pessoais como sexo, idade e país e autorizar a desagregação dos dados para que os tomadores de decisão tenham uma visão geral do que pensam os cidadãos. O programa de Voluntários das Nações Unidas (VNU) incentiva também parceiros e interessados em divulgar a pesquisa a registrar suas organizações como parceiras mundiais para assegurar que a sua contribuição seja refletida na agenda global. O programa VNU em Cabo Verde tem apoiado a divulgação da pesquisa, disponibilizando questionários e esclarecendo a população em eventos públicos.
Se a sua organização quiser realizar a pesquisa online, pode utilizar o link dos Voluntários das Nações Unidas para permitir que os esforços dos voluntários sejam contabilizados. Participe! http://vote.myworld2015.org/unv/# Se quiser contribuir e levar a pesquisa para zonas sem equipamento de TI ou internet, em comunidades rurais ou urbanas, entre em contato com a unidade de terreno do programa VNU em Cabo Verde para que possamos enviar os formulários de pesquisa impressos e cartazes.
Tema • Gênero e Voluntariado
Gênero e Voluntariado segundo o programa VNU O programa de Voluntários das Nações Unidas acredita que o voluntariado pode ajudar as mulheres a ter uma voz real e papel na formação de suas condições de vida e de suas comunidades, contribuindo para acelerar o desenvolvimento para todas e todos. O voluntariado ao feminino é uma forma de combater a pobreza, contribuir para a economia, ampliar o apoio mútuo e responsabilização e atingir um maior nível de inclusão. O VNU está empenhado em apoiar o engajamento das mulheres nos processos participativos, aumentando o seu envolvimento e impacto sobre a tomada de decisão local e reforçar a responsabilidade nacional e regional local. Em comunidades de todos os países do mundo, mulheres estão engajadas e realizam trabalho voluntário para atingir seus objetivos. Organizações locais de base voluntária dirigidas por mulheres são encontradas em todo o mundo em desenvolvimento. Ao mesmo tempo, temos de continuar a fazer mais para alavancar o poder do trabalho voluntário para abrir espaços para a participação das mulheres além de papéis de gênero estereotipados. Já é perceptível que as mulheres estão aproveitando as oportunidades: o voluntariado ativo de mulheres nos movimentos sociais e políticos em diferentes regiões contribui para que tenham voz nas questões que afetam suas vidas, criem redes sociais e gerem capital social, tão necessário. Com seu engajamento, as mulheres estão quebrando estereótipos sobre seus papéis e potencial. Sabemos que o desenvolvimento não pode nem ser eqüitativo nem sustentável enquanto as mulheres forem desproporcionalmente afetadas pela pobreza, tiverem menos acesso à educação e a cuidados de saúde, e continuarem a sofrer restrições sociais, culturais e políticas. Voluntariado pode capacitar mulheres e meninas. Pode oferecer-lhes oportunidades para usarem seus conhecimentos para servirem suas comunidades. Através do voluntariado, as mulheres podem aprender e praticar novas habilidades, assumir novos papéis (por exemplo, como líderes e gestores), demonstrar novas possibilidades para sua participação na comunidade. O voluntariado permite que as mulheres e meninas: Assumam com sucesso cargos de responsabilidade Atinjam domínios de acesso geralmente reservado para os homens Atuem como modelos e inspirem outras Demonstrem as suas capacidades e habilidades como gerentes e líderes
Tema • Gênero e Voluntariado
Marcha contra a violência sexual Juntos por uma causa comum. Numa iniciativa conjunta entre varias instituições nacionais, organizações da sociedade civil e parceiros internacionais, Cabo Verde, sob a liderança do Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e equidade de Género (ICIEG), realizou uma marcha pedindo o fim da violência sexual contra as meninas e mulheres. Esta iniciativa, que teve lugar no dia 27 de Março de 2014, Dia da Mulher Caboverdiana, percorreu as principais artérias da capital, aglomerando milhares de pessoas - crianças, jovens, adultos - envolveu igualmente responsáveis e autoridades nacionais de vários setores. A marcha começou em frente ao liceu Domingo Ramos e terminou no Parque 5 de Julho, com paragens na Presidência da República e no Palácio do Governo. Antes de finalizar a actividade, vários grupos de batucadeiras da ilha de Santiago fizeram as suas apresentações com letras alusivas à temática. No ato de encerramento, a Coordenadora do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, Ulrika Richardson, declarou que a violência sexual, nas suas formas de abuso e de exploração sexual, são de tolerância zero e que ações como esta marcha representam uma ótima ocasião para chamar atenção para situações de violação e discriminação que ainda persistem, e que é necessário combater para a defesa e promoção dos Direitos Humanos e Igualdade de Género. Antes de terminar, Ulrika Richardson considerou ainda que “todos nós sabemos que a solidariedade entre homens e mulheres, o respeito de um pelo outro é a afirmação de uma sociedade moderna e que oferece a todos e todas as mesmas oportunidades.Ulrika Richardson aceitou ser a madrinha da campanha contra a VBG, Homem que é Homem não bate em mulher”. Os funcionários e Voluntários das Nações Unidas participaram na marcha, carregando cartazes com dizeres pedindo o fim da violência sexual das meninas e mulheres.
Tema • Gênero e Voluntariado
Des Construção de masculinidades Como parte das atividades alusivas ao mês da mulher, o Escritório das Nações Unidas, em parceria com a organização Laço Branco, organizou uma formação com o tema “Des Construção de masculinidades”, dirigida aos profissionais do sexo masculino. Durante as sessões, os participantes puderam abordar uma ampla gama de temas sobre as questões de gênero, com um particular enfoque nos novos conceitos de masculinidade. Os participantes assumiram compromisso pelo combate à Violência Baseada no Gênero, e manifestaram seu engajamento participando de uma campanha.
Tema • Gênero e Voluntariado
A Plataforma de Ação de Beijing completa 20 anos quase todo o mundo. Um terço de todas as mulheres sofre violência física ou sexual em sua vida. Cuidados de saúde insuficientes levam 800 mulheres a morrerem no ato de parto diariamente.
Annina Gonzenbach, Jovem Voluntária das Nações Unidas em Comunicação e Gênero na ONU Mulheres Cabo Verde, resume as questões a volta dos 20 Anos da Conferência de Beijing Em setembro de 1995, mais de 47 mil participantes e ativistas de todo o mundo convergiram a Beijing, China, para participar da IV Conferência Mundial sobre a Mulher. Eles vieram de todos os lugares do mundo, mas estavam unidos a volta de uma causa comum: a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres. Enquanto representantes de 189 governos discutiram e elaboraram compromissos históricos, 30.000 ativistas não-governamentais realizaram um Fórum em paralelo para manter a pressão viva. Após duas semanas de intensos debates a Declaração de Beijing e a Plataforma de Ação foram produzidas. A plataforma contém compromissos sobre 12 áreas críticas de preocupação que visam à igualdade de gênero em todas as dimensões da vida. Desde então, os governos, a sociedade civil e o público em geral traduziram as promessas da Plataforma em mudanças concretas em cada país, trazendo enormes melhorias para a vida das mulheres. Os resultados obtidos evidenciam que o empoderamento das mulheres capacita a humanidade: as economias crescem mais rápido, por exemplo, e as famílias são mais saudáveis e mais bem-educadas, só para mencionar alguns resultados. Mas ainda há muito a fazer para que a realização plena da Plataforma de Beijing se efective. Até o momento, nenhum país esgotou a Agenda. As disparidades salariais entre homens e mulheres ainda existem em
Em 2015, a Plataforma de Ação de Beijing completará 20 anos. A ONU Mulheres faz deste aniversário uma oportunidade de reconectar e reativar o compromisso para cobrar a vontade política e mobilizar a opinião pública através de uma campanha global chamada: EMPODERAR AS MULHER. EMPODERAR A HUMANIDADE. IMAGINE. Todos os meses, e a partir de junho deste ano, uma área crítica de preocupação é apresentada e discutida em todo o mundo. Para mais informações, visite http://beijing20.unwomen.org/ Cabo Verde apresentou o seu relatório Beijing +20 a 30 de junho deste ano. Para discutir os primeiros resultados com parceiros nacionais e agências da ONU, a ONU Mulheres organizou, em parceria com o Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Gênero(ICIEG) uma reunião de consulta. Em suma, esta reunião de consulta foi uma excelente oportunidade para a sociedade civil e as partes interessadas falarem em voz alta e clara, compartilhar suas experiências, observações críticas e sugestões. Não era apenas uma possibilidade para discutir os processos em curso e resultados relatados, mas também, uma oportunidade para refletir sobre as persistentes desigualdades que impedem a coesão e a justiça sociais. As principais áreas de preocupação em Cabo Verde são os estereótipos de gênero, liderança e participação política das mulheres, o acesso ao trabalho remunerado, trabalho decente e a erradicação da violência contra as mulheres.
Tema • Gênero e Voluntariado
Ponto de vista: Empoderamento das Mulheres
Ines Ayari, Voluntária das Nações Unidas Especialista de Programa em Empoderamento Econômico das Mulheres na ONU Mulheres Cabo Verde, responde a questões sobre seu trabalho para empoderer mulheres em Cabo Verde.
1. Você pode descrever o seu trabalho e os principais desafios que enfrenta? Eu trabalho em estreita colaboração com o Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade de Gênero (ICIEG), bem como com os parceiros governamentais e da sociedade civil visando implementar uma abordagem de programa para o empoderamento econômico das mulheres focada em:
i) melhorar o conhecimento e estatísticas sobre as oportunidades e restrições econômicas das mulheres, ii) reforçar as capacidades de integração do gênero nas políticas e serviços de promoção do setor privado, iii) melhorar o acesso das mulheres rurais aos serviços integrados de apoio para o melhoramento da sua produtividade e renda e iv) aumentar a participação de mulheres empresárias e sua associação em locais-chave na definição da política econômica nacional.
Tema • Gênero e Voluntariado
2. Como você descreveria a situação atual das mulheres caboverdianas em relação ao empoderamento econômico? Apesar da existência de instrumentos jurídicos de governança e de promoção da igualdade de gênero, os investimentos e os resultados alcançados ao longo dos últimos anos em termos do reforço da capacidade institucional, apropriação e compromisso social com as questões de gênero, as mulheres em Cabo Verde ainda vivem em situação de desigualdade em termos de carga de trabalho e renda. Cerca de um quarto (26%) do total de trabalho feito em Cabo Verde é remunerado. A carga horária total das mulheres (68%) – incluíndo tanto o trabalho remunerado como o não remunerado - é mais de duas vezes a carga horária de trabalho dos homens (32%). No entanto, quase 42% das mulheres entre 15-65 anos de idade são dependentes de suas famílias. As responsabilidades familiares são um fator limitador para a entrada das mulheres no mercado de trabalho (23%). O comércio é o principal nicho de emprego das mulheres (25%) -principalmente no setor informal, seguido pelo setor público (12%) e trabalho doméstico (12%). Além disso, de acordo com os números mais recentes disponíveis sobre a pobreza (2007), 27% da população vive abaixo do limiar da pobreza, 21% dessa população é de agregados familiares chefiados por homens e 33% de agregados familiares chefiados pró mulheres.
3. O que você sugere para melhorar o empoderamento econômico das mulheres caboverdianas? Continuar a fortalecer a capacidade institucional para garantir a sustentabilidade e promover o empreendedorismo feminino em micro e pequenas empresas através de um maior acesso à formação de competências e ao micro-crédito.
Participação das Mulheres na Vida Pública O programa VNU organizou um evento paralelo à 58 ª sessão da Comissão para o Estatuto das Mulheres, em 18 de março de 2014, onde palestrantes de Agências da ONU e organismos da sociedade civil discutiram sobre formas de garantir que a participação das mulheres na vida pública, através do voluntariado, rompa as barreiras dos estereótipos de gênero e promova sociedades mais equitativas.
Da Sede do Programa VNU
Quadro estratégico UNV 2014 -2017 Em abril de 2014, o programa de Voluntários das Nações Unidas lançou o seu Quadro Estratégico 2014-2017, que tem como objetivo canalizar o poder de voluntários e do voluntariado para apoiar a realização de objetivos acordados internacionalmente. O Quadro Estratégico vai orientar o trabalho do VNU ao longo dos próximos quatro anos, e reflete um foco em trabalhar de forma mais sistemática com os parceiros da ONU para entregar conjuntamente mais impacto na paz e no desenvolvimento. Ele direciona esforços e recursos do programa VNU em cinco áreas prioritárias em que o voluntariado tem um impacto transformacional e cumulativo sobre a vida das pessoas: (i) assegurar o acesso a serviços sociais básicos; (ii) a resiliência da comunidade para o meio-ambiente e a redução do risco de desastres; (iii) consolidação da paz; (iv) a juventude; e (v) o desenvolvimento da capacidade nacional por meio de estruturas de voluntariado. A visão do VNU é um mundo onde o voluntariado é reconhecido, dentro das sociedades, como um caminho para todos os povos e países para alcançar a paz e o desenvolvimento através da erradicação da pobreza simultaneamente a uma significativa redução das desigualdades e da exclusão. Para saber mais sobre Estratégia do Programa VNU para o período 2014 – 2017 visite: http://www.unv.org/en/about-us/strategy.html
Estratégia de voluntariado jovem A Estratégia de voluntariado jovem do programa dos Voluntários das Nações Unidas, Empoderando a Juventude através do voluntariado, reflete o apelo da Agenda de Ação Qüinqüenal do Secretário-Geral das Nações Unidas (anunciada 25 de janeiro de 2012) para a criação de um programa de voluntariado jovem, adequado e bem estruturado. A estratégia do VNU leva em conta a energia positiva, a criatividade e o potencial multi-dimensional dos jovens, enfrentando os desafios que possam entravar suas iniciativas (elevadas taxas de desemprego, a desigualdade, a pobreza, etc).
O documento estabelece princípios e abordagens consistentes para melhorar o voluntariado juvenil. A estratégia foi desenvolvida em estreita coordenação com Quadro Estratégico 2014-2017 do programa VNU e apresenta resultados específicos a serem alcançados. Acesse o documento em: http://www.unv.org/fileadmin/docdb/pdf/2014/corporate/ UNV_Youth_Volunteering_Strategy_web.pdf
Voluntariado em Foco
Serviço de voluntariado Online O avanço tecnológico permitiu que novas formas de voluntariado se desenvolvessem nos últimos anos. Telefones móveis, convergência tecnológica e tecnologia da informação e comunicação baseada na Internet revolucionam o “quem, como e onde” da ação voluntária, expandindo algumas fronteiras. O Serviço de Voluntariado Online do programa de Voluntários das Nações Unidas é uma plataforma que conecta voluntários com organizações comprometidas com o desenvolvimento humano sustentável. Através desse serviço, voluntários online de qualquer parte do mundo colaboram com Organizações através da Internet e contribuem para reforçar o impacto de seus esforços de desenvolvimento.
Como funciona o serviço: • O serviço de Voluntariado Online conecta organizações sem fins lucrativos ou não-governamentais, governos e agências das Nações Unidas que trabalham para o desenvolvimento humano sustentável com voluntários. • Através do site www.onlinevolunteering.org , UNV fornece uma plataforma global para as organizações anunciarem suas oportunidades de voluntariado em linha. • Voluntários online são profissionais, estudantes ou aposentados de diversas origens e de todo o mundo. Eles contribuem com suas habilidades através da Internet para ajudar as organizações a paz endereço e os desafios do desenvolvimento. Os próprios interessados identificam as oportunidades que correspondam ao seu perfil e interesses, e apresentam as suas candidaturas, através do site do Serviço de Voluntariado Online do programa VNU, diretamente para as organizações. • As organizações colaboram através da Internet com voluntários online para reforçar o impacto de suas ações de desenvolvimento. Que tipos de tarefas os voluntários em linha podem executar? Em princípio podem ser propostas quaisquer atividades que não demandem a presença física do/a voluntário/a.
Como exemplos comuns, podemos citar: - Tradução, releitura e redação de textos - Design (inclusive webdesign) - Desenvolvimento de TI - Pesquisas - Desenvolvimento e gestão de projetos (em toda a fase do ciclo) - Consultorias técnicas - Treinamento e Coaching - Coordenação, articulação e facilitação de grupos (por exemplo de voluntários)
Que organizações podem utilizar os serviços? Podem utilizar as organizações sem fins lucrativos ou não-governamentais, governos e agências das Nações Unidas que trabalham para o desenvolvimento humano sustentável. Os requisitos básicos (critérios de elegibilidade) são: - Ter existência legal - Ser sem fins lucrativos - Ser ativo no campo do desenvolvimento humano sustentável - Aplicar uma política não discriminatória
Voluntariado em Foco
Peter Barr Peter Barr é um experiente gestor da área de serviços públicos de saúde da Inglaterra, licenciado em Política Social e Sociologia, com mestrado em Tradução e Lingüística, que, juntamente com mais outrxs quatro voluntárixs mobilizados pelo Serviço de Voluntariado Online do programa VNU, traduz para a língua inglesa conteúdos do site das Nações Unidas em Cabo Verde (www.un.cv).
“Faz uns dezesseis meses que atuo como tradutor voluntário para as Nações Unidas em Cabo Verde. Para mim, tem sido um privilégio aprender tanto sobre a sociedade caboverdiana através deste trabalho, e poder colaborar um pouquinho no trabalho que faz a ONU aí.”
foto acervo pessoal Peter Barr
Relatório sobre estado do Voluntariado Mundial (SWVR) No dia 5 de dezembro de 2013, o programa VNU em Cabo Verde disponibilizou a íntegra da versão em português do1º Relatório sobre os estado do Voluntariado Mundial (SWVR). A versão em português foi fruto do trabalho coletivo de um grupo de voluntários em linha de diversas partes do mundo, que traduziram, revisaram e editaram o texto, e de um grupo de voluntários da Universidade de Santiago (Assomada) que formatou o documento. Para ler o relatório acesse: http://issuu.com/unvcv/ docs/swvr_portuguese_interactive
Voluntariado em Foco
Fórum sobre o Voluntariado na África Francófona
Numa iniciativa conjunta entre a Organisation internationale de la Francophonie (OIF) e o programa Voluntários das Nações Unidas, e com a colaboração do Ministério da Juventude do Togo e da Conferência dos Ministros da Juventude e Desporto da Francofonia - CONFEJES, realizou-se, nos dia 2 e 3 de julho em Lomé, Togo, o Fórum sobreVoluntariado na África Francófona: balanço e perspectivas. O Fórum de Lomé reuniu representantes de programas nacionais de voluntariado de 17 países do espaço da francofonia, além de representantes da União Africana e do programa de Voluntários da CEDEAO e organizações como France Volontaires e LOJIQ (Les Offices jeunesse internacionaux du Québec) et jeunes Volontaires pour l’Environement, que puderam trocar experiências, refletir sobre os meios de reforçar as capacidades dos Estados para a organização de programas de Voluntariado jovem, visando a encorajar e aumentar a participação da juventude no desenvolvimento, e na busca e consolidação da paz, além de favorecer a sua inserção sócio-profissional. Os trabalhos em grupo permitiram identificar estratégias, determinar pistas de ação e formular recomendações visando fortalecer os programas de voluntariado atualmente em curso, de maneira a ampliar seu impacto e assegurar-lhes a sustentabilidade.
Voluntariado em Foco
A unidade de terreno do programa Voluntários das Nações Unidas em Cabo Verde foi representada no Fórum através da Encarregada de Programa, que partilhou um pouco da experiência do projeto de apoio à criação de um programa nacional de Voluntariado em Cabo Verde, que está na origem da criação do Corpo Nacional de Voluntários de Cabo Verde. Durante a missão em Lomé, também foi possível visitar as instalações e conhecer a experiência do PROVONAT – o Programa de Voluntariado do Togo. Desde a sua criação em 2011, o PROVONAT já mobilizou mais de 4800 voluntários para mais de 700 estruturas de acolhimento, dentre organizações governamentais e não governamentais. http://www.lojiq.org www.confejes.org www.francophonie.org http://www.france-volontaires.org
Carta Africana da Juventude O artigo 26 da Carta Africana da Juventude, adotada pelos Estados-membros da União Africana em Banjul em 2006 e em vigência desde Agosto de 2009, elenca as responsabilidades dos jovens. Dentre os deveres para com a família, a sociedade, o Estado e a comunidade internacional está o de engajar-se em atividades voluntárias. Cabo Verde encontra-se entre os 36 Estados – membros que assinaram e ratificaram a Carta. http://africa-youth.org/
Organizações em Destaque
A Cruz Vermelha completa 39 anos a serviço de Cabo Verde
No último dia 19 de julho, a Cruz Vermelha de Cabo Verde comemorou 39 anos de existência a serviço do país. Primeira organização de cariz humanitária legalmente constituída em Cabo Verde, sua história e seu percurso estão profundamente conectados à própria história do Estado de cabo Verde. A instituição da Associação da Cruz Vermelha de Cabo Verde deu-se através do decreto-lei nº 2/75, publicado no Boletim Oficial nº 3, no dia 19 de Julho de 1975, duas semanas após a independência nacional. Membro do Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho e da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho desde 1985, estatutariamente, a Cruz Vermelha de Cabo Verde é uma instituição de socorros voluntários, dotada de personalidade jurídica, auxiliar dos poderes públicos, em particular dos serviços militares de saúde. A Cruz Vermelha tem por missão prevenir e atenuar o sofrimento humano com imparcialidade e sem qualquer discriminação, nomeadamente de nacionalidade, raça, sexo, classe, religião ou ideias políticas. Organização de base voluntária, a Cruz Vermelha tem o Voluntariado entre seus princípios fundamentais e advoga por uma diplomacia humanitária. Em Cabo Verde, organiza-se em 19 Conselhos locais, que desenvolvem intervenções nas áreas da saúde, educação, juventude, terceira idade, apoio comunitário, apoio aos reclusos, dentre outros. Durante o evento de celebração do aniversário da Cruz Vermelha de Cabo Verde — “39 Anos Servindo Voluntariamente Cabo Verde e a Humanidade”- realizado não Salão de Banquetes da Assembleia Nacional no dia 18 de julho de 2014, foi feito um balanço da presença no país e a apresentação da Estratégia 2020. Para saber mais sobre a organização, acesse: www.cruzvermelha.org.cv
Para Ler
Relatório UNV 2013 O Relatório Anual do programa VNU: Voluntariado para o mundo que queremos retrata o trabalho e as realizações de Voluntários das Nações Unidas para enfrentar os desafios da paz e do desenvolvimento humano sustentável. Em 2013, 6.351 Voluntários das Nações Unidas foram enviados para 129 países e contribuíram para as intervenções para a paz e o desenvolvimento de 34 parceiros do sistema das Nações Unidas. O relatório destaca as parcerias e os resultados do VNU, e atesta o comprometimento, a criatividade e o talento dos nossos Voluntários das Nações Unidas, Jovens Voluntários das Nações Unidas e Voluntários online da ONU. A íntegra do Relatório em inglês está disponível para leitura aqui: http://issuu.com/unvolunteers/docs/unv-ra2013-web
Também é possível baixar o relatório aqui: http://www.unv.org/news-resources/resources/annual-report-2013. html
Sites
Agenda
1 a 4 de Setembro Decorre em Samoa a Conferência sobre os Pequenos Estados Insulares SIDS 2014 http://www.sids2014.org/index.php?menu=1568
21 e 22 de Setembro
3 e 4 / 9 e 10 de Setembro O Corpo Nacional de voluntários de Cabo Verde organiza uma série de Worshops sobre Voluntariado, para as pessoas interessadas em noções básicas de Voluntariado. As formações acontecem na sede do Corpo Nacional de Voluntários na cidade da Praia (Plateau, ao lado da Igreja do Nazareno), nos dias 3 e 4 de setembro das 10h00 às 12h00 e dias 9 e 10 de setembro das 15h00 às 17h00.
A conferência Social Good Summit reúne líderes mundiais e ativistas locais em Nova Iorque para discutir sobre o impacto das tecnologias e novas mídias no desenvolvimento. O tema dessa edição é # 2030NOW, e indaga: “Que tipo de mundo que eu quero viver no ano de 2030?”. Além da conferência central, encontros e discussões ao redor do tema ocorrem em todo o mundo.
Inscrições: Facebook: envie mensagem (indicar a pagina do facebook) E-mail: pnv@voluntariadocv.org Telefone: 260.5120 / 333.7096
23 de Setembro
Saiba mais em http://mashable.com/sgs/
30 de Setembro e 1 de Outubro O Fórum de Parcerias do VNU 2014 será realizado em Bonn, Alemanha. Organizado pelo programa VNU, em colaboração com o Ministério Federal Alemão para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ) e da cidade de Bonn, este é o primeiro evento do gênero. O tema do Fórum é “Inovação na Ação Voluntária”. O objetivo geral é o de fortalecer as parcerias com antigos e novos parceiros, de acordo com o Quadro Estratégico 2014-2017 do programa VNU.
21 a 24 de Novembro CIVICUS organiza a Semana da Sociedade Civil em Joanesburgo, África do Sul. Inscrições em http://civicus.org/ICSW/
A Cúpula de Mudança Climática da ONU acontece em Nova Iorque. É possível participar e enviar perguntas aos líderes mundiais através do site Ask Why Why Not: http://www.askwhywhynot.org/
28 a 30 Outubro As Nações Unidas realizarão em Baku, no Azerbaidjão, o 1º Fórum Global sobre Políticas de Juventude. O evento reunirá ativistas, organizações da sociedade civil, agências da instituição, tomadores de decisão e acadêmicos. Será uma oportunidade para avaliar o atual cenário das políticas de juventude no mundo, em especial, depois de 20 anos da adoção do Programa Mundial de Ação para Jovens, de 1995. O Fórum é organizado pelo escritório do enviado especial do Secretário-geral da ONU para a Juventude e o Ministério de Juventude do Azerbaidjão, juntamente com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a UNESCO e o Conselho da Europa. As inscrições encerraram-se em 27 de agosto. Saiba mais em: http://www.youthpolicyforum.org/
Expediente
O Boletim é uma publicação da Unidade de Terreno do programa dos Voluntários das Nações Unidas em Cabo Verde. Escritório das Nações Unidas, Avenida OUA, Largo das Nações Unidas, Achada Santo Antonio, CP 62, Praia, Cabo Verde. Telefone: (238) 260 9600 Email: unvolunteers.cv@gmail.com Facebook: www.facebook.com/UNVCV Flickr: www.flickr.com/photos/unvcaboverde/ Textos: Annina Gonzenbach, Ines Ayari, Isaura Lopes Ramos, Renata Farias Tradução: Paulo Lopes Fotos: Annina Gonzenbach; Anita Pinto, Isaura Lopes Ramos, Renata Farias, Omar Camilo, Pauline Deneufbourg e Cruz Vermeha de Cabo Verde Design Editorial: Tâmara Alves da Nóbrega (Voluntária Online para as Nações Unidas) — www.iam-tan.com / gday@iam-tan.com
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