UPorto Alumni #04

Page 1

04

Revista dos Antigos Alunos da Universidade do Porto, Nº 04, II Série, Abril de 2008, 2.5 Euros

EMPREENDEDORISMO NO CAMPUS, pág 14 COMO JORGE GUIMARÃES PÔS O MUNDO EM ALERT, pág 10 AQUI HÁ GATO, DIZ A NATIONAL GEOGRAPHIC, pág 18 ENTREVISTA A DIRK ELIAS, pág 20 O NORTE EM DEBATE, pág 34 VI MOSTRA DE CIÊNCIA, ENSINO E INOVAÇÃO, pág 36 AS COORDENADAS DA NDRIVE, pág 38 O ESTRANHO CASO DO “BALLET SHUNGÁRIA”, pág 42 BISTURI: HISTÓRIAS À FLOR DA PELE, pág 44 Esta edição contou com 0 apoio de:



Estamos numa fase do nosso desenvolvimento individual e colectivo em que a necessidade imperiosa de termos educação, instrução e cultura é cada vez mais necessária e raras são as vezes que um só individuo consegue agregar as três. Demasiadas vezes andamos em volta da educação e dos muitos erros que a mesma tem, mais que óbvios e reais, sendo que este termo está muito ligado ao Ministério com o mesmo nome, que porventura talvez devesse chamar-se (...) de Instrução, dado que na maioria das vezes o que se pretende que seja passado nos estabelecimentos sob a tutela do mesmo é o “acto ou efeito de instruir” ou de ensinar, e não o acto ou efeito de “educar” (…). Instrução será então o acto ou efeito de instruir, logo de ensinar, de passar conhecimentos. Por fim, vem a cultura, ou seja, o acto ou efeito de cultivar, de passar saber, de dar a conhecer a História, os historiadores, os inventores, os pintores, os escultores, no mais amplo sentido da palavra (…). Torna-se basilar adquirir estes três conhecimentos e por azar, ou por defeito do sistema, tal não está a acontecer, sendo que convém não seguirmos sempre a via mais fácil que é culpar unicamente os sucessivos governos, os Ministérios da Educação, os ministros (…) e ficarmos de bem connosco (…). Sabemos do esforço da grande maioria dos professores, que no aspecto de instrução tentam dar o seu melhor e muitos até sabem entrar pela área da educação. Muitos conseguem fazêlo e ter bons resultados, outros nem por isso, uns porque só estão preparados para passar instrução, que é a sua obrigação, outros porque apanham educandos sem um mínimo de regras de conduta, logo de educação e nada podem com os mesmo fazer. Será que muitos adultos não têm educação? Não se está a referir instrução. A resposta é afirmativa, logo é impossível passá-la para os mais jovens. Mas será possível assumirem que não têm essa educação? Não é fácil, mas também não é impossível. E tem que ir sendo passada por todos nas relações interpessoais (…), até criando uma certa vontade em que quem não se considere - não é nada fácil, diga-se!!! - educado o [que] tente passar a ser. Segue-se então a instrução e essa cabe sem dúvida em primeira linha aos professores, que têm que estar muito bem preparados para a saber e poder dar. E a grande maioria já o está. Por fim, a cultura, que vai mais para a formação intelectual, virada para conhecimentos que ultrapassam as necessidades primárias de desenvolvimento para a profissão e que, para além de serem uma boa arma também nesta área, são a base para o conhecimento da vivência humana (...). Muito está ainda por fazer e deve por todos ser feito nestas três áreas e talvez seguindo a ordem: Educação, Instrução e Cultura, com o empenho de governos, de Ministérios da Educação e da Cultura, de empresas e envolvendo mais e melhor os nossos jovens, que são quem mais necessidade terá de não se abstrair de todos estes conhecimentos, que não ocupam espaço e são tão importantes, neste século XXI, era do conhecimento e da informação. Augusto Küttner de Magalhães Os e-mails destinados à secção “Opinião do Leitor” devem ser enviados para alumni@reit.up.pt, acompanhados do nome do remetente, da sua idade, do curso que frequentou na U. Porto, do respectivo ano de matrícula e do endereço electrónico pessoal. A revista U.Porto Alumni reserva-se o direito de seleccionar e eventualmente reduzir os textos enviados.

EDITORIAL

N

o presente número da nossa revista, o empreendedorismo é o tema em destaque. A relevância editorial que conferimos à questão mostra bem como a U.Porto está apostada em promover, entre a sua comunidade académica, a chamada “cultura de risco”, a inovação empresarial e a I&D aplicada. A Universidade delineou, aliás, uma estratégia de fomento do empreendedorismo que se encontra plasmada no projecto “Viver a Inovação”. Liderado pelo Prof. Novais Barbosa, o “Viver a Inovação” tem o mérito de coordenar, de forma integrada e transversal, uma série de iniciativas de sensibilização para o empreendedorismo e de incremento da ID&I que, por várias razões, se encontravam desirmanadas dentro do campus universitário e por isso perdiam eficácia. A U.Porto está, portanto, a trabalhar afincadamente para criar um ecossistema favorável ao nascimento de projectos de empreendedorismo entre a sua comunidade académica. De resto, já não faltam exemplos de antigos alunos ou mesmo de estudantes que demonstraram “cultura de risco” e se aventuraram na criação de start-ups, materializando o conhecimento técnico e científico adquirido na U.Porto em projectos empresariais inovadores, tecnologicamente evoluídos e com potencial de internacionalização. Contudo, a intenção da U.Porto é não apenas promover a figura do estudante/empreendedor, mas também a do professor/empreendedor. Queremos que o corpo docente aplique os seus conhecimentos no tecido empresarial, servindo-se do endorsement da U.Porto e formando equipas com estudantes desta instituição universitária. Deste modo, os professores estarão a promover a imagem da Universidade, a contribuir para a economia do nosso país e a criar empregos para jovens qualificados, evitando-se assim a emigração de massa cinzenta. Por outro lado, a U.Porto está a estimular cada vez mais a investigação com impacto exterior e capacidade de valorização económica, ao mesmo tempo que se verifica, da parte das empresas, uma maior vontade de converter em valor empresarial o conhecimento produzido nas universidades. E assim se obtém o melhor de dois mundos. A U.Porto vê o conhecimento gerado pela sua comunidade académica ganhar uma forte aplicabilidade económica, enquanto as empresas passam a incorporar mais inovação, elevam o perfil tecnológico dos seus produtos/serviços, melhoram os seus modelos de gestão e valorizam o capital humano. Graças à proficiência das estruturas de formação, de investigação científica e de promoção do empreendedorismo da U.Porto – com destaque, neste último caso, para a UPIN e para o UPTEC –, tanto a comunidade académica como as empresas em geral têm hoje ao seu dispor bastante mais recursos humanos e materiais para desenvolverem as suas actividades de ID&I. Neste sentido, a nossa Universidade está também a contribuir para a passagem de uma Sociedade Industrial para uma Sociedade do Conhecimento. Importa, aliás, ter presente que a adequação a este novo paradigma de José Marques dos Santos Reitor da desenvolvimento, no qual o saber científico/tecnológico se apresenta Universidade como uma variável empresarial fundamental, é determinante para o do Porto crescimento do nosso país. O tecido produtivo português necessita de subir na cadeia de valor, de forma a reforçar a sua competitividade à escala global. Por conseguinte, a estratégia de desenvolvimento de Portugal passa, inevitavelmente, pelas instituições do ensino superior, pois estas concentram em si recursos humanos altamente qualificados, conhecimento científico/ tecnológico, laboratórios e outros equipamentos de ID&I. A U.Porto está plenamente consciente desta realidade e da responsabilidade acrescida que lhe advém do facto de ser a universidade portuguesa com a maior produção científica – mais de 20% do total nacional. 1

OPINIÃO DO LEITOR


10 REDACÇÃO Anabela Santos Orlando Mota Raul Santos Tiago Reis DIRECTOR José Carlos D. Marques dos Santos

EDIÇÃO E PROPRIEDADE Universidade do Porto Gabinete do Antigo Aluno Serviço de Comunicação e Imagem Praça Gomes Teixeira 4099-345 Porto Tel: 220408178 Fax: 223401568 ci@reit.up.pt

20

12 NO CAMPUS Notícias que marcaram a actualidade da U.Porto, com destaque para a constituição do instituto I3S, para o lançamento de um doutoramento em Nanomedicina e para o aumento do número de estudantes estrangeiros de mobilidade.

18

SUPERVISÃO REDACTORIAL João Correia Ricardo Miguel Gomes

Prémios, distinções e descobertas que valorizam a comunidade académica da U.Porto e são o reconhecimento da excelência em diferentes áreas do conhecimento.

EM FOCO

UPorto Alumni Revista dos Antigos Alunos da Universidade do Porto Nº 04, II Série

COORDENAÇÃO EDITORIAL Assunção Costa Lima (G-AAUP) Vasco Ribeiro (SCI)

FACE-A-FACE

MÉRITO

4 14

DEPÓSITO LEGAL 149487/00

IMPRESSÃO DigiPress

DESIGN Rui Guimarães

TIRAGEM 60.000

PERIODICIDADE Trimestral

Retalhos da vida do médico Jorge Guimarães, que enveredou, primeiro, pela investigação e só depois pelo empreendedorismo, com a bem sucedida Alert Life Sciences.

COLABORAÇÃO REDACTORIAL Conselho Coordenador de Comunicação: Angelina Almeida (FCNAUP) Carlos Oliveira (FEUP) Deolinda Ramos (FADEUP) Elisabete Rodrigues (FCUP) Fátima Lisboa (FLUP) Felicidade Lourenço (FMDUP), Lino Miguel Teixeira (FBAUP) Mafalda Ferreira (EGP) Maria José Araújo (FPCEUP) Maria Manuela Santos (FDUP) Mariana Pizarro (ICBAS) Pedro Quelhas de Brito (FEP) Suzana Figo Araújo (FAUP) Teresa Duarte (FMUP)

FOTOGRAFIA Ana Roncha, António Chaves 1/2 Formato

ICS 5691/100

PERCURSO

O “estado da arte” do empreendedorismo na U.Porto e a estratégia gizada pela Universidade para promover a inovação, o espírito empreendedor, as actividades de I&D e a transferência de tecnologia.

INVESTIGAR Os trabalhos de investigação que o CIBIO vem realizando sobre a genética e a ecologia do gatobravo trouxeram a Vairão uma equipa do National Geographic. As filmagens tiveram contornos “hollywoodescos”.

A decisão de instalar o primeiro centro de investigação Fraunhofer fora da Alemanha motivou a entrevista a Dirk Elias, o director da estrutura que vai integrar o novo complexo do UPTEC, já neste Verão.


42

38

34

PORTO, CIDADE, REGIÃO

EMPREENDER

Fundada por dois antigos alunos da U.Porto, a NDrive Navigation Systems afigurase como uma das mais inovadoras PME portuguesas. É responsável pelo primeiro GPS com imagens reais e pelo primeiro telemóvel com software 100% nacional.

36

O 3º Encontro Porto Cidade Região mobilizou entidades públicas e privadas numa ampla reflexão sobre as estratégias de desenvolvimento para o Norte do país, sua capital e respectiva área metropolitana. .

VIDAS &VOLTAS Em Julho de 1951, o Orfeão Universitário do Porto decidiu parodiar grandes estrelas do showbizz da época. O resultado foi o “Ballet Shungária”, cuja diva mais cintilante era Cyd Chourisso.

40

Entre 10 e 13 de Abril, a VI Mostra de Ciência, Ensino e Inovação vai expor o que de melhor a Universidade apresenta em três grandes áreas: Ciências da Saúde; Ciências e Tecnologias; Ciências Sociais, Artes e Humanidades.

ALMA MATER Foto-reportagem sobre o edifício da FAUP, uma obra de Álvaro Siza Vieira que, pela sua grandeza estética e funcional, serve de inspiração aos estudantes de arquitectura.

44

CULTURA

VINTAGE O bisturi é um dos mais emblemáticos instrumentos cirúrgicos. O Museu de História da Medicina da FMUP ajuda a compreender a sua evolução histórico-científica.


NO CAMPUS

FUTURO DA CIÊNCIA NO IJUP

M

ais de 300 estudantes presentes. Cerca de 200 trabalhos apresentados e 48 horas de debate interdisciplinar em dez áreas científicas diferentes. Foi em jeito de “maratona” da ciência que o auditório da FAUP recebeu, a 20 e 21 de Fevereiro, o I Encontro de Investigação Jovem na Universidade do Porto (IJUP). Dirigido exclusivamente a estudantes do 1º e 2º ciclos do ensino superior, o IJUP foi uma oportunidade para que universitários de todo o mundo apresentassem os resultados dos seus primeiros projectos de investigação. É que aos estudantes nacionais da U.Porto juntaram-se estudantes Erasmus da Universidade, bem como estudantes de três universidades estrangeiras convidadas: São Paulo (Brasil), Austin e Rutgers (ambas dos EUA). Durante dois dias, a Universidade foi então o “centro de incubação” de novos talentos da investigação mundial. No final, Jorge Gonçalves, vice-reitor da U.Porto, falou numa “experiência gratificante”, que “ultrapassou as expectativas quer ao nível da adesão, quer pela maturidade com que os jovens apresentaram os seus projectos”. Abertas ficaram também as portas para a continuação deste “projecto de estímulo à investigação jovem na U.Porto, que permitiu conhecer melhor a riqueza produzida na universidade”. De forma a potenciarem ao máximo esta primeira experiência no mundo “real” da investigação científica, os participantes no IJUP tiveram ainda a oportunidade de interagir com investigadores “seniores” da U.Porto e das universidades convidadas, entidades ligadas à promoção da ciência em Portugal e outros jovens investigadores com trabalho já consagrado.

4

TR (COM JORNALISMOPORTORÁDIO)


PRIMEIRO E-LEARNING CAFÉ DO PAÍS

E

studar, relaxar ao som de um concerto, estar com os amigos ou fazer um trabalho de grupo usufruindo das mais modernas tecnologias. Estas são algumas das propostas do primeiro E-Learning Café da U.Porto, inaugurado a 21 de Janeiro. Instalado no complexo de residências do pólo da Asprela, o E-Learning Café assume-se como um espaço inovador no país, destinado a ir ao encontro das necessidades dos milhares de estudantes das 14 faculdades da U.Porto. Desta forma, convívio e aprendizagem reúnem-se num “espaço acolhedor” que, segundo a pró-reitora Lígia Ribeiro, visa “aproximar e promover a troca de experiências e ideias entre as várias comunidades académicas que povoam o campus da universidade”. Palavras que se articulam nos dois andares de uma edifício (antigo bar do complexo residencial da Asprela) totalmente remodelado pelo arquitecto Pedro Leão Neto (professor da FAUP). O primeiro piso, vocacionado para o convívio, propõe uma refeição saudável na cafetaria, um encontro na zona chillout, um passeio descontraído pelo jardim ou a utilização de uma sala multimédia. Já o segundo andar é dominado por uma sala de trabalho equipada para facilitar o trabalho individual e de grupo dos estudantes. O horário alargado e o acesso às mais recentes tecnologias (computadores fixos e portáteis, câmaras de filmar e acesso à Internet sem fios) são outras das mais-valias de um espaço aberto a toda a população. Nesse sentido, as associações de estudantes da U.Porto dinamizam um intenso programa de actividades culturais, onde se incluem workshops, concertos, sessões de cinema e teatro, exposições, entre outras. Valências que se devem alargar no futuro, com a criação de espaços semelhantes nos restantes pólos da universidade (Campo Alegre e Centro). Para já, o primeiro E-Learning Café da U.Porto pode ser visitado todos os dias da semana, das 10h00 às 2h00.

5

TR (COM JORNALISMOPORTORÁDIO)


NO CAMPUS

RECORDE DE ESTUDANTES ESTRANGEIROS

I3S UNE NA VANGUARDA DA INVESTIGAÇÃO NANOMEDICINA EM SAÚDE

M

ariana trocou o sol do Brasil pela “magia” do Porto e pelo “prestígio da Faculdade de Medicina”. Filipe Alonso deixou a vizinha Espanha para “aprender um novo idioma e uma nova cultura” nos intervalos das aulas da FEUP. Na mesma altura, o belga Tim aventura-se “em busca do sol português”. As palavras espelham apenas algumas das motivações dos cerca de 1120 estudantes da Europa, América Latina e África que, neste ano lectivo, escolheram a U.Porto para estudar no estrangeiro ao abrigo de programas de mobilidade internacional. Trata-se de um novo máximo que representa um aumento de 18% em relação ao ano lectivo de 2006/2007.

C

omprovando uma aposta cada vez mais forte no seio da instituição (ver nº3 da Alumni), a U.Porto deu recentemente dois importantes passos no sentido de se manter na liderança da formação e investigação de ponta na área das nanotecnologias. O primeiro passo foi dado a 16 de Janeiro, com a assinatura de um protocolo que envolve a academia portuense e mais cinco universidades do Norte de Portugal e da Galiza no lançamento, já em 2008, de um programa conjunto de doutoramento em Nanomedicina. Aveiro, Minho, Corunha, Santiago de Compostela e Vigo são as universidades que se juntam à U.Porto num doutoramento inédito que, para além de ser lec-

S

Comprovando a tendência verificada em anos anteriores, o Brasil é o principal país “fornecedor” da U.Porto, com 456 estudantes em 2007/2008. Os estudantes de Espanha, Itália, Polónia, Turquia, Alemanha, República Checa, França, Roménia e Reino Unido completam o “top 10” de uma “Sociedade das Nações” onde não faltam estudantes do Chile e da Tailândia. Nacionalidades que se fizeram representar, a 4 de Março, na sessão de boas-vindas aos 339 estudantes estrangeiros que chegaram à U.Porto no segundo semestre. Responsável por dar as boas-vindas aos novos estudantes, a vice-reitora Maria de Lurdes Correia Fernandes destacou a “qualidade do ensino e o crescente prestígio internacional da U.Porto” como razões para o aumento da procura da Universidade por jovens de todo o mundo. Já Elisabeth Ribeiro, responsável pelo Serviço de Cooperação com os Países Lusófonos e Latino-americanos, destacou uma “aposta onde a Universidade tem tudo a ganhar” e que “mostra que a U.Porto não está fechada ao mundo e quer continuar esta abertura de forma cada vez mais forte”.

cionado em inglês, prevê a mobilidade dos estudantes e professores entre as várias instituições Características que, para o vice-reitor Jorge Gonçalves, completam um “curso com ambição internacional”. Depois de um primeiro ano curricular, os estudantes vão repartir entre Portugal e Galiza três anos de investigação onde trabalharão as aplicações clínicas das nanotecnologias em áreas como a regeneração de tecidos ou a prevenção e tratamento de doenças. Não se ficam por aqui, contudo, as conquistas da Universidade numa área na qual muitos apostam “o futuro da medicina”. Desde o dia 1 de Fevereiro que as instalações do Parque de Ciência e Tecnologia da U.Porto (UPTEC), no pólo do Campo Alegre, passaram também a integrar o primeiro centro de inovação em Portugal da Ablynx, uma das maiores empresas do mundo na área das nanotecnologias aplicadas à farmacêutica A opção pela U.Porto nasce da cooperação já existente entre a biofarmacêutica belga e o Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC). No novo centro de inovação, cerca de 25 investigadores vão procurar desenvolver, em parceria com o IBMC, medicamentos destinados ao combate de doenças como o cancro ou Alzheimer.

maiores concentrações de investigadores em Saúde de Portugal. As doenças genéticas, degenerativas e infecciosas, bem como as questões relacionadas com o envelhecimento e a regeneração, são algumas das áreas de intervenção onde o I3S irá cruzar o que de melhor se faz nos três institutos. Para Mário Barbosa, director do INEB, “não se trata de uma fusão nem da perda de identidade dos institutos. Trata-se, sim, de uma instituição que visa associar esforços” entre IBMC, INEB e IPATIMUP, “potenciando ao mesmo tempo a colaboração com hospitais e instituições de investigação portuguesas e estrangeiras”. À cabeça da superestrutura vai estar então Alberto Amaral, antigo reitor da U.Porto. O director do I3S realça “o grande impacto a nível da competitividade com o exterior” de um projecto que “pode ser um factor de progresso para o país, ao potenciar o aumento do emprego e da produção”. A assinatura do contrato de consórcio que deu origem ao I3S teve lugar a 28 de Janeiro, numa cerimónia presidida pelo primeiro-ministro José Sócrates. As instalações do novo instituto vão ser construídas no pólo universitário da Asprela, perto do Hospital de S. João e do IPO.

TR

TR (COM JORNALISMOPORTORÁDIO)

erá um dos melhores centros mundiais numa área de investigação de ponta e um motivo de prestígio para a Universidade”. As perspectivas são de Alberto Amaral e servem de rampa de lançamento para o Instituto de Inovação e Investigação em Saúde (I3S), o novo organismo nascido do consórcio entre os três principais institutos da U.Porto na área da Saúde Juntar forças de forma a aprofundar a pesquisa nas áreas da Biologia e Bioengenharia para a Saúde é o grande objectivo de um projecto que resulta de uma parceria inédita entre o IBMC, o INEB e o IPATIMUP. Ao todo serão mais de 600 os cientistas reunidos numa das

6

TR (COM JORNALISMOPORTORÁDIO)


COOPERAÇÃO COM A QIMONDA PORTUGAL

INTERCÂMBIO JUNTA ESTUDANTES SENIORES

T

êm mais de 55 anos e são movidos pela vontade de conhecer. Assim se faz o retrato dos cerca de 70 estudantes que, entre 20 de Janeiro e 2 de Fevereiro, partilharam as salas da FLUP, no âmbito do programa de intercâmbio para estudantes seniores promovido pela U.Porto, em parceria com a Universidade Pontificia de Salamanca. A troca de experiências e a actualização de saberes foram os principais motores de uma iniciativa inédita que, durante duas semanas,

proximar as universidades do meio empresarial e abrir as portas do mercado de trabalho aos recém-licenciados. Os objectivos estão na base do acordo de cooperação assinado, a 15 de Janeiro, entre a U.Porto e a Qimonda Portugal. A parceria, que envolve ainda as universidades do Minho, Aveiro, Nova de Lisboa e o Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), vem formalizar uma cooperação antiga entre a U.Porto e a sucursal portuguesa da maior fábrica europeia de produção de memórias para computadores e leitores de mp3. Um mundo novo se abre aos futuros engenheiros através da realização de estágios curriculares e profissionais na empresa, bem como a partir da integração de estudantes e docentes em projectos de I&D da Qimonda. Por tudo isto, o reitor da U.Porto destaca aquele que é “mais um exemplo do empenhamento da Universidade na colaboração com empresas de ponta”. Por outro lado, “significa a abertura de uma via quase certa de emprego para os nossos estudantes. Não é por acaso

TR (COM JORNALISMO PORTORÁDIO)

propôs aos participantes a vivência conjunta nos corredores do ensino superior. Nesse sentido, os estudantes espanhóis juntaram-se aos cerca de 30 estudantes do Programa de Estudos Universitários para Seniores da U.Porto (PEUS) que, ao longo deste ano, mostram que “nunca é tarde demais para aprender” nas salas da FLUP. Entre aulas de Literatura Portuguesa, Inglês, Novas Tecnologias e uma viagem pela Geografia e Gastronomia do Porto, houve ainda espaço para um conjunto de visitas de estudo a várias cidades do Norte do país. Em Maio será a vez dos estudantes portugueses partirem para Salamanca para um segundo intercâmbio ibérico. Criado em 2006, o PEUS conta actualmente com cerca de 40 estudantes distribuídos pelos três anos que compõem o programa curricular do curso. A 2 de Março, foi a vez de 28 dos mais “experientes” estudantes da U.Porto darem início às aulas dos segundo (2ª edição) e terceiro (1ª edição) anos. A 3ª edição do primeiro ano decorre a partir de Outubro. TR

7

A

que dos 80 estagiários que estiveram no ano anterior, 90% ficaram na empresa”, realça José Marques dos Santos. A expressão máxima da ligação já existente entre a U.Porto e a Qimonda Portugal reside na disciplina de Teste de Sistemas Electrónicos do 5º ano do Mestrado Integrado de Engenharia Electrotécnica e de Computadores da FEUP, ministrada conjuntamente com engenheiros da multinacional alemã. “O facto de podermos ajudar a formar engenheiros de acordo com as nossas necessidades aumenta a capacidade deles virem a ser empregados por nós”, realça Armando Tavares, presidente da Qimonda Portugal, no balanço de uma cooperação que, a partir de 2008, prevê ainda a entrega de prémios anuais aos melhores estudantes de Engenharia Informática e de Engenharia Electrotécnica e de Computadores.


NO CAMPUS

ESCOLAS DE NEGÓCIOS “UNEM FORÇAS”

U

ma escola capaz de prestar uma formação de qualidade e de competir no mercado internacional dos MBA. Assim se apresenta a Escola de Gestão do Porto/UPBS – University of Porto Business School, a nova escola de negócios resultante da fusão de todas as actividades de formação avançada em Gestão desenvolvidas pelas duas business schools integradas na Universidade: a Escola de Gestão do Porto (EGP) e o Instituto de Investigação e Serviços da FEP (ISFEP). Apresentada a 4 de Janeiro, aquela que passará a ser a única business school do universo U.Porto está formalmente constituída e arrancará com a sua oferta própria de formação já no ano lectivo de 2008/2009. Até 2012, a EGP/UPBS espera facturar 15 milhões de euros. Para tal, o “segredo” passa por “juntar o prestígio da FEP ao know-how que constitui o principal activo da EGP ao nível da formação avançada em Gestão”, explica Daniel Bessa, director da EGP. Na cerimónia de lançamento da escola, o reitor da U.Porto realçou a “importância que pode ter para o progresso económico do país” um organismo que constitui “um exemplo de cooperação dentro da Universidade”. Uma ideia partilhada por Mário Rui Silva, director do ISFEP, que destacou o “contributo fundamental que a nossa escola pode ter no relançar da economia”, garantindo que “na gestão das empresas nacionais estejam executivos capazes de introduzir inovação e internacionalização nas organizações”. Mais-valias que a EGP e o ISFEP pretendem potenciar, a breve prazo, com a esperada parceria das universidades de Aveiro, Coimbra e Minho e com o Centro Regional do Porto da Universidade Católica. Em desenvolvimento está a oferta conjunta de um MBA inteiramente leccionado em língua inglesa e de um DBA (doutoramento em Business Administration) com relevância internacional.

8

TR (COM JORNALISMOPORTORÁDIO)


ESTÓRIAS

...e só sábios éramos sete!

*

N

o início dos anos sessenta pontificava, na Faculdade de Ciências, o (já) velho e sábio professor Humberto de Almeida que assombrou gerações de estudantes das Físico-Químicas e dos Preparatórios de Engenharia com o seu jeito teatral e excessivo de expor as últimas maravilhas da Química Inorgânica, cujo efeito era meticulosamente amplificado com oportunas alusões a importantes reuniões internacionais em que havia participado e discutido todos esses avanços da química moderna com os mais eminentes e laureados cientistas do pós-guerra, todos sábios como ele, bem entendido... O clímax atingia-se, invariavelmente, nas épocas de exames, em que os alunos assistiam, mais ou menos estarrecidos e angustiados, ao espectáculo de esgares, imprecações (e, às vezes até, elogios) com que o alucinado professor Humberto ia acolhendo as respostas às diferentes perguntas que constituíam as provas orais. E como era longa a espera pela saída da pauta com os resultados finais! O meu momento, naturalmente, também chegou. Era, aliás, o primeiro exame final da minha ainda incipiente carreira universitária... O exame de Química Inorgânica, naquele tempo, começava com um trabalho prático laboratorial, complementado com uma prova escrita muito abreviada cujo ponto principal (e crítico, já se vai ver...) era constituído por uma série de equações químicas de oxidação-redução que o aluno tinha de acertar e que, uma vez corrigidas – no acto! – pelo professor, determinavam a sorte imediata do examinando: ou era admitido à prova oral, ou teria de repetir o exame numa próxima chamada. E a tudo isto o aluno assistia, ao vivo!... Lá concluí, sem aparentes dificuldades, a minha prova e desci, confiante, os degraus do anfiteatro para submetê-la à avaliação

in situ do sábio professor Humberto. Tudo parecia ir bem até que o vejo afivelar uma expressão de sofrimento e logo deixarse cair de borco sobre o tampo negro de ardósia da secretária, enquanto murmurava: “Matou-me! matou-me! Não esperava isto de si, senhor Brochado”; e, riscando um grande traço vermelho sobre uma das tais equações, vociferou: “ Vá já acertar esta equação, ou então só me volte a aparecer aqui em Setembro!”. Retrocedi para o meu lugar com o ritmo cardíaco substancialmente acelerado, mirei e remirei atentamente a bendita equação sem, contudo, descortinar qualquer erro ou omissão e, quando já só havia mais um aluno para terminar a sua prova, decidi-me a arriscar tudo: risquei completamente a equação suspeita e voltei a reescrevê-la, tal e qual, imediatamente a seguir. Nem mais. Cerrei os dentes e, fazendo das tripas coração, esbocei um sorriso vagamente vencedor, desci novamente, com a segurança possível, os degraus do anfiteatro, estendi o papel ao professor e disse: “Aqui está, senhor professor, não sei como pude cometer um erro destes, peço desculpa”. E não é que começo a ver abrir-se o cenho do velho sábio num sorriso manso de genuína felicidade, tudo isto acompanhado de uma música celestial que só eu, naquela sala, conseguia ouvir: “Bravo, senhor Brochado! Eu sabia que o senhor não me ia deixar ficar mal. Cá o espero para a prova oral (!)”. Ainda hoje estou para saber se a tal equação estava ou não errada, mas do que nunca duvidei foi que tinha acabado de superar a primeira grande prova de fogo da minha vida de estudante. Estórias...

Armando Brochado Engenharia Químico-Industrial

1960/67

* Alcunha pela qual era conhecido, entre os alunos, o Professor Humberto de Almeida.


PERCURSO

10

É médico, mas o soletrar dos dias manteve-o caprichosamente apartado da bata branca e do estetoscópio. Da medicina tem uma visão heterodoxa que o empurrou, primeiro, para a complexidade da investigação genética e, mais tarde, para o imprevisível mundo dos negócios. Hoje é, à falta de uma expressão mais feliz, um empresário de sucesso. Aos 41 anos, Jorge Guimarães vê o software clínico que desenvolveu e comercializa ser utilizado em 70% dos hospitais portugueses e em centenas de unidades de saúde espalhadas por quatro continentes: África, América, Ásia e Europa. Não satisfeito, perspectiva para os próximos anos um “crescimento explosivo” da Alert Life Sciences – empresa responsável por ferramentas digitais destinadas à introdução e gestão de informação clínica em serviços de saúde. A vocação empreendedora de Jorge Guimarães explica-se, segundo o próprio, de forma singela: “ganhei muito novo o hábito de trabalhar”. Em Darque, freguesia de Viana do Castelo onde nasceu em 1967, o fundador e actual CEO da Alert Life Sciences repartia o tempo entre os estudos e o trabalho na fábrica de transformação de pedra do pai. Desde os 15 anos e quase até ao final da licenciatura, a austeridade paterna fê-lo experimentar o duro trabalho braçal. Uma lição de vida que hoje agradece e aconselha às novas gerações. De resto, acartar pedra não o impediu de concluir o secundário com média suficiente para ingressar, em 1985, na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. “O que me levou para Medicina foi achar, tal como Descartes, que era a ciência mais útil”, esclarece. Contudo, não se adaptou a Coimbra e, por isso, estudou com afinco na esperança de poder ser transferido para o Porto, o que aconteceria no ano lectivo de 1986/87. Na capital nortenha, ingressou então na respectiva Faculdade de Medicina (FMUP) e a sua “vida acelerou imenso”. “Para mim, o Porto foi a cidade que me fez. Cheguei e adorei o espírito do Hospital de S. João”, diz. Na FMUP percebeu que queria dedicar-se exclusivamente à investigação – “a minha ideia era descobrir, criar conhecimento” – e logo tratou de arrumar a sua vida nesse sentido. Primeiro passou pelo Centro de Citologia Experimental da Universidade Porto (hoje IBMC/INEB), onde trabalhou com os professores Manuel Teixeira da Silva e Maria de Sousa. Mais tarde, enquanto realizava o internato geral no Hospital de S. João, concluiu vários cursos avançados no Instituto Gulbenkian de Ciência, já com o fito de prosseguir uma carreira de investigador no estrangeiro. Foi num desses cursos que conheceu os investiga-

dores Paulo Vieira e Anne O’Gara, ambos a trabalhar no DNAX Research Institute, sedeado em Palo Alto, na Califórnia. Por sugestão dos dois cientistas candidatou-se a um lugar no referido instituto norte-americano, tendo, para tanto, obtido uma bolsa da JNICT – Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica (actual FCT). É assim, na condição de bolseiro, que ingressa, em Setembro de 1993, no DNAX para fazer um doutoramento em Biologia Molecular da Hematopoese. De seguida, concluiu dois pós-docs: um em Biologia do RNA, na Universidade da Califórnia (Santa Cruz); e um outro em Terapêutica Genética, na Universidade de Stanford. O sucesso científico contrastava, porém, com as agruras financeiras da vida de bolseiro. Daí que começasse a fermentar na sua cabeça a ideia de abraçar a actividade empresarial. “À época, vivia com a minha ex-mulher e as minhas duas filhas. Tinha dívidas para pagar e queria mudar de vida. Além disso, achei que já não ia conseguir ser Prémio Nobel da Medicina como pretendia”, esclarece Jorge Guimarães.

O mundo em estado de Alert Na mesma altura, toma conhecimento do Grande Prémio Bial de Medicina, que em 1996 havia distinguido Maria de Sousa. Decide então concorrer ao galardão, tendo, para tanto, reescrito a sua tese de doutoramento. E é com o estudo sobre a Hematopoese que conquista a edição de 1998 do prémio, arrecadando assim os 75 mil euros de gratificação pecuniária. Deste montante retirou 20 mil euros para pagamento das dívidas pessoais e investiu o remanescente na criação da empresa MNI – Médicos na Internet. “O propósito era fornecer serviços de saúde via Internet, nomeadamente aconselhamento médico e um ficheiro electrónico individual de saúde. Mas rapidamente percebi que não estávamos em condições de pôr em prática um ficheiro electrónico individual de saúde, porque nos hospitais, nos centros de saúde e nos consultórios a informação era toda registada em papel”, recorda Jorge Guimarães. Houve, portanto, necessidade de reorientar o negócio que, em 1999, havia arrancado num exíguo T1 no centro do Porto. Contudo, a aposta nas novas tecnologias era para continuar, tanto mais que se vivia então a “bolha” da Economia Digital. De resto, Jorge Guimarães tinha, nos últimos anos de investigação, adquirido vasta experiência em bioinformática. E é neste contexto que, observando o bulício de uma urgência hospitalar, o médico/empresário tem a ideia de criar um software clínico que garantisse o fluxo de trabalho nas unidades de saúde


Observando o bulício de uma urgência hospitalar, o médico/ empresário tem a ideia de criar um software clínico

e as libertasse das montanhas de papel que empancavam os seus serviços. Nasce assim o produto Alert que, entre outras valências, permite documentar, em tempo real, as actividades dos profissionais que se relacionam com os utentes dos serviços de saúde, através de um ergonómico sistema de monitores sensíveis ao tacto. A concepção tecnológica e o design do Alert são 100% nacionais, tendo o seu desenvolvimento sido concluído em Fevereiro de 2001. Mais tarde, em Maio de 2003, o produto entra em funcionamento no Hospital de Chaves, com o apoio financeiro da Agência para a Inovação. Vencidas algumas resistências, designadamente por parte dos médicos, o Alert foi sendo sucessivamente adoptado em unidades de saúde um pouco por todo o país. Na passagem de 2004 para 2005, o mesmo software clínico passa a equipar hospitais norte-americanos, forçando Jorge Guimarães a repartir a sua residência entre o Porto e a Virgínia, nos EUA. A entretanto rebaptizada Alert Life Sciences tinha, então, o mundo a seus pés. Seguiram-se contratos em Espanha, Itália, Holanda, França, Brasil, Médio Oriente, Malásia, Singapura, Canadá, Norte de África, entre outros países e regiões. Hoje, o grupo conta com seis subsidiárias e 31 distribuidores espalhados pelo mundo. Com um ritmo de crescimento anual de cerca de 100%, a Alert Life Sciences facturou, em 2007, 23,2 milhões de euros (20% deste valor foi investido em I&D) e emprega actualmente cerca de 400 pessoas (rondam as 300 só no Porto). Em 2007, a empresa conquistou o Prémio PME Inovação COTEC-BPI. Agora, o grande desafio de Jorge Guimarães é a criação da Fundação Alert, já aprovada em assembleia-geral. Ainda na gaveta dos sonhos está o projecto de fundar a Alert Biotech, uma empresa de investigação científica na área do envelhecimento. “Se a Alert vier a facturar, como eu espero, um bilião de euros dentro de quatro a cinco anos, com certeza que haverá a Alert Biotech”, garante Jorge Guimarães.


“BOXES” VENCE CONCURSO

FÍSICOS DESCOBREM

SEMICONDUTOR INOVADOR

SECOND LIFE

PRÉMIO PARA ESTUDO SOBRE CANCRO DA TIRÓIDE

D

orothy Maggs, DaniUP Freenote e Benzinho Radek. Ou melhor, Ana Dias Gomes, Diogo Franco e Fernando Melo, todos eles estudantes do Mestrado em Multimédia da FEUP, foram os vencedores do Concurso de Ideias para a “ilha” da U.Porto no famoso mundo virtual Second Life.

12

A votação decorreu durante o mês de Janeiro e envolveu 19 propostas da autoria de cerca de 60 estudantes. No final, a escolha dos visitantes da ilha recaiu sobre “Boxes”, um projecto onde 14 caixas transparentes se dispõem, em quadrado, à volta de um anfiteatro central, e onde não faltam espaços para investigação, ensino e convívio. A verdade é que qualquer semelhança com a realidade não é pura coincidência no renovado “pólo” virtual da U.Porto. Entre espaços para debater trabalhos de investigação ou aceder a ofertas de emprego, zonas de lazer e salas de conferências, o visitante é convidado a teleportar-se para um “espaço interactivo que aproxime as 14 faculdades da Universidade”, explica Ana Gomes/Dorothy Maggs. Ana Dias Gomes é licenciada em Design de Comunicação pela FBAUP. Fernando Melo tem licenciatura em Matemática pela FCUP. Já Diogo Franco é licenciado em Produção e Tecnologias da Música pela ESMAE/IPP.

U

ma proposta de investigação na área do cancro da tiróide apresentada por uma equipa do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da U.Porto (IPATIMUP) foi distinguida com o Prémio Prof. Eduard Limbert SPEDM/GENZYME 2008. Liderado pelos investigadores Catarina Eloy e Manuel Sobrinho Simões (supervisão), o estudo analisa a associação de determinadas proteínas – nomeadamente a TFG-beta – ao nível da estimulação ou inibição do crescimento daquele tipo de tumor. O trabalho de investigação, premiado com cinco mil euros pela GENZYME e pela Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM), terá a duração de um ano. Em caso de sucesso, e de acordo com Catarina Eloy, o estudo pode “abrir portas para futuros tratamentos” mais adequados a cada caso de cancro da tiróide – que em Portugal afecta cerca de 500 pessoas por ano e é um dos cancros com maior taxa de cura – permitindo “poupar os doentes com bom prognóstico a tratamentos agressivos e tratar mais agressivamente os tumores com elevado potencial de malignidade”. Licenciada em Medicina e estudante de doutoramento na FMUP, Catarina Eloy é médica interna de Anatomia Patológica no Hospital de S. João e professora convidada da FMDUP. Sobrinho Simões é professor catedrático da FMUP e director do IPATIMUP.

E

duardo Castro e João Lopes dos Santos, ambos investigadores do Departamento de Física da FCUP, integram a equipa internacional de físicos que anunciou recentemente a descoberta de um semicondutor que permite variar com maior facilidade a frequência de uma fonte de radiação. A descoberta, que pode abrir novas possibilidades de aplicação na área da electrónica, mereceu destaque no boletim electrónico do prestigiado Institute of Physics (IOP). Base de toda a indústria electrónica, os materiais semicondutores possuem uma gama de energias – energia proibida – que só era possível variar através de um novo dispositivo ou modificando a composição do próprio material. No semicondutor desenvolvido em parceria com a FCUP – a partir da sobreposição de duas camadas de grafeno – tal variação torna-se possível colocando o dispositivo dentro de um condensador e aplicando a voltagem desejada. O semicondutor foi preparado no Laboratório de Andre Geim, na Universidade de Manchester. Eduardo Castro e João Lopes dos Santos, respectivamente estudante de doutoramento (e primeiro autor do artigo no IOP) e professor da FCUP, fazem parte da equipa de teóricos que colaborou na modelização do material.


IBMC

DESENVOLVE NOVO ANTICOAGULANTE

GALARDÃO PARA MATEMÁTICO

DA FCUP

EX-ALUNO DA FEUP VENCE PRÉMIO INTERNACIONAL artiram de uma proteína existente na carraça do gado para descobrir o que pode ser uma nova arma no combate contra doenças cardiovasculares. Foi esse o caminho percorrido por Sandra Macedo-Ribeiro e Pedro Pereira, investigadores do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) da U.Porto e autores de um estudo que resultou na descoberta de um novo anticoagulante. Publicado na revista norte-americana PLoS ONE, o trabalho tem como ponto de partida o facto de a carraça bovina se alimentar de sangue e, como tal, possuir um sistema de anticoagulaçao mais eficaz. É nesse processo que participa a boofilina, uma enzima que, segundo Sandra Ribeiro, se distingue de outras proteínas inibidoras por “bloquear simultaneamente duas proteínas formadoras do coágulo, num sistema 2 em 1”. Comprovando-se a eficácia do novo anticoagulante, podem abrir-se as portas ao desenvolvimento de medicamentos mais eficazes na prevenção e tratamento das doenças cardiovasculares, principal causa de morte não acidental nos países desenvolvidos. Licenciados em Bioquímica pela FCUP, Pedro Pereira e Sandra Macedo-Ribeiro são investigadores auxiliares no IBMC. O primeiro é doutorado em Ciências Biomédicas pelo ICBAS, enquanto a cientista tem doutoramento em Química, pela Universidade Técnica de Munique (Alemanha).

J

orge Miguel Milhazes de Freitas, professor do Departamento de Matemática Pura da FCUP e membro do Centro de Matemática da U.Porto, foi o vencedor da terceira edição do Prémio José Anastácio da Cunha. Este galardão distingue, anualmente, as melhores dissertações de doutoramento em Matemática que tenham sido orientadas por investigadores ou professores de instituições portuguesas. Intitulado “Statistical Stability for Chaotic Dynamical Systems”, o estudo premiado – com 20 mil euros – procura determinar o comportamento futuro das órbitas de um sistema. Demonstrar a estabilidade desse comportamento é o objectivo de uma dissertação realizada sob a orientação de José Ferreira Alves e Maria de Fátima Pires de Carvalho, ambos professores da FCUP. O júri do prémio atribuído a Jorge Freitas foi composto por professores da Universidade de Lisboa, Instituto Superior Técnico e Universidade de Coimbra, destacando-se ainda a presença de Peter Gothen, também professor e investigador do Departamento de Matemática Pura da FCUP.

R

ui Pinho, licenciado em Engenharia Civil pela FEUP, acaba de vencer a edição 2007 do prémio internacional para Inovação em Engenharia Sísmica. Trata-se de um galardão atribuído pelo Instituto Internacional de Investigação em Engenharia Sísmica (Califórnia, EUA), que reconheceu a este antigo aluno da FEUP “excepcional capacidade de desenvolvimento e liderança de iniciativas destinadas à redução do risco sísmico mundial”. Com doutoramento em Engenharia Sísmica obtido no Imperial College de Londres, Rui Pinho foi premiado pelo seu papel no desenvolvimento da ROSE School (Pavia, Itália), uma escola dedicada exclusivamente à formação de mestres e doutorados em engenharia sísmica, hoje amplamente reconhecida como líder internacional no sector. O cargo de director operativo do maior projecto europeu em engenharia sísmica (LESSLOSS, uma rede de investigação de 50 instituições europeias), assim como a criação e direcção técnica da SeismoSoft (empresa dedicada à distribuição gratuita de aplicativos software), contribuíram também de forma decisiva para a atribuição deste prémio. Actualmente docente da Universidade de Pavia, Rui Pinho é coordenador do sector de Risco Sísmico do Centro Europeu para Investigação e Formação em Engenharia Sísmica.

13

P


EM FOCO

14

As instituições de ensino superior já não se diferenciam apenas pela qualidade pedagógica e pela investigação científica. Hoje, o mérito das universidades mede-se também pela capacidade de converter o conhecimento em valor empresarial. Daqui resulta um esforço cada vez mais notório na promoção da inovação e da cultura de risco. Neste domínio, a U.Porto gizou uma estratégia que começa a dar os primeiros frutos. Aqui fica o retrato possível do empreendedorismo na comunidade académica portuense.

novação e empreendedorismo são as buzzwords do momento, sendo recorrente a sua utilização no espaço público. Mas mais do que uma moda, a vulgarização dos dois termos resulta de um consenso alargado sobre a importância das empresas para a criação de riqueza, expansão da oferta de emprego e incremento da competitividade do país. Contudo, Portugal apresenta uma taxa de actividade empreendedora que se estima ser metade da média europeia e muito do seu empreendedorismo não é qualificado, resultando bastantes vezes da necessidade de contornar as dificuldades de integração no mercado de trabalho. Esta última conclusão é corroborada pelo Observatório da Criação de Empresas do IAPMEI, a partir de inquéritos recolhidos pelos Centros de Formalidades das Empresas, em 2006, respeitantes a 1084 sociedades e 1748 empresários. O estudo publicado em Maio de 2007 indicava que 71,3% dos empreendedores portugueses contam apenas com o ensino secundário entre as suas habilitações literárias. Só 22,6% dos empreendedores são licenciados e mais 6,1% têm, para além disso, uma pós-graduação, mestrado ou doutoramento. A situação tende, contudo, a melhorar ligeiramente com a diminuição da idade dos empreendedores: no escalão entre os 26 e os 35 anos, o peso dos licenciados ou pós-graduados é superior a 37%, ao mesmo tempo que a percentagem de indivíduos com o ensino secundário, ou menos, desce para os 42%. À semelhança das restantes instituições de ensino superior portuguesas, a U.Porto só nos últimos anos passou efectivamente a investir na inovação e no empreendedorismo enquanto factores de valorização académica. Todavia, não faltam exemplos de empreendedores de sucesso que passaram pelos bancos da U.Porto e aí absorveram um conhecimento essencial para as suas acti-


Potencial empreendedor De resto, dados não oficiais apontam para um número de spinoffs da U.Porto ligeiramente superior às três dezenas, dos quais 17 teriam origem na FEUP e instituições afectas a esta faculdade, como o INESC/Porto. Mais concreto é o número de processos de spin-off que estão a ser apoiados pela UPIN – Universidade do Porto Inovação: 15, na sua maioria referentes a projectos seed capital (ideias/protótipos que se podem tornar empresas). Quanto ao registo de patentes em nome da Universidade (até 15 de Fevereiro), a UPIN aponta para 30 patentes portuguesas,

RICARDO MIGUEL GOMES 15

vidades empresariais. Entre os empresários do pós-25 de Abril ligados à U.Porto figuram, por exemplo, António Mota (Mota-Engil), Armando Tavares (Qimonda), Artur Duarte (Aerosoles), Belmiro de Azevedo (Sonae), Carlos Martins (Martifer), Carlos Moreira da Silva (BA Vidro), João Serrenho (CIN), Jorge Armindo (Amorim Turismo), Jorge Jardim Gonçalves (ex-BCP), Ludgero Marques (Cifial), Luís Portela (Bial), Manuel Ferreira de Oliveira (Galp), Manuela Tavares de Sousa (Imperial) e Vasco Teixeira (Porto Editora). Dos projectos empresariais mais recentes merecem destaque a Alert Life Sciences, a Biocodex, a Bioskin, a BLB Engenharia, a CentralCasa, a FiberSensing, a Fluidinova, a Genetest, a ImunoStar, a iPortalmais, a NDrive Navigation Systems, a Neoscopio, a Nonius Software ou a Shortcut, entre outros.

18 extensões PCT (Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes), uma patente francesa e uma outra norteamericana. Outro dado importante para aferir o “estado da arte” do empreendedorismo na U.Porto é a procura dos serviços de incubação do UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (ver pág. 17). Apesar de funcionar ainda em instalações provisórias, a incubadora do UPTEC acolhia, até Março último, 16 projectos de base tecnológica (start-ups e seed capital), cobrindo áreas de negócio tão variadas como as TIC, a automação e robótica, a indústria cimenteira, a monitorização de estruturas, os dispositivos para diagnóstico humano e veterinário, a ecoeficiência energética e os compósitos. E se já não faltam exemplos concretos de empreendedorismo a partir da U.Porto, também é verdade que muitos outros projectos empresariais podem, em breve, ver a luz do dia. É esta a conclusão que se retira do número de atendimentos personalizados realizados pela UPIN (pessoalmente ou via telefone e email), que rondou, em 2007, os 980. Como o apoio da UPIN se centra nas actividades de I&D, na transferência de tecnologia e no empreendedorismo de base tecnológica, deduz-se que todos os membros da comunidade académica que solicitaram os atendimentos personalizados têm interesse nestas áreas vitais para o desenvolvimento económico. Há, portanto, um potencial empreendedor latente na comunidade académica da U.Porto, como se pode constatar igualmente pelos resultados da investigação conduzida, no ano transacto, por Aurora Teixeira. O estudo da docente da FEP analisou a


EM FOCO

propensão para o empreendedorismo dos estudantes finalistas da U.Porto, a partir de um inquérito realizado entre Setembro de 2006 e Março de 2007. Foram sondados os 3761 finalistas dos 62 cursos da Universidade (65% dos inquiridos responderam), tendo-se apurado que cerca de 27% dos estudantes tencionavam, depois de concluído o curso, montar um negócio ou trabalhar por conta própria. Este potencial empreendedor não difere muito dos valores obtidos por estudos similares em países como a Alemanha ou a França (25%), embora esteja bastante distante dos resultados registados na Áustria (36%) ou nos EUA (50%).

16

“Viver a Inovação” Neste contexto, a U.Porto gizou uma estratégia de promoção do empreendedorismo que tem como principal esteio o “Viver a Inovação”. Este projecto, que arrancou no início do ano lectivo de 2007/2008 e se estenderá por três anos, veio articular uma série de iniciativas da U.Porto na área do empreendedorismo. Já distinguido com o Prémio Fomento do Empreendedorismo 2007, da COTEC Portugal, o “‘Viver a Inovação’ tem por objectivo cobrir uma lacuna que a Universidade do Porto tinha, e ainda tem: o desenvolvimento de uma cultura empreendedora entre a sua comunidade académica. Só muito recentemente, a Universidade começou a preocupar-se em tirar partido do potencial económico da investigação que realiza no seu interior”, confessa José Novais Barbosa, gestor do projecto e antigo reitor da U.Porto. Com base nestas premissas, o “Viver a Inovação” cobre toda a cadeia de valor do empreendedorismo. O projecto comporta a sensibilização para a inovação, a formação em empreendedorismo, a investigação e desenvolvimento tecnológico dos projectos, a transferência de tecnologia, o financiamento/investimento, o registo de patentes e a incubação de empresas. Tudo isto tendo em vista a vivência do processo real de inovação e empreendedorismo entre a comunidade académica da U.Porto (estudantes, antigos alunos,

docentes e investigadores), combinando a constituição de redes sociais com uma formação catalisadora de oportunidades. Com um orçamento global que ultrapassa os 700 mil euros, o “Viver a Inovação” inclui formação creditada para estudantes do 1º e 2º ciclos, leccionada com base na experiência acumulada ao longo dos últimos anos no Mestrado em Inovação e Empreendedorismo Tecnológico (MIETE). No 1º ciclo, as disciplinas propostas são ministradas extracurricularmente, mas integram o MIETE e, por isso, permitem aos estudantes realizar créditos já acreditados pela Direcção Geral do Ensino Superior. Ao longo do 2º ciclo, os estudantes têm a possibilidade de continuar a sua formação em inovação e empreendedorismo tecnológico frequentando três disciplinas mais avançadas. Esta formação pode, igualmente, ser realizada extracurricularmente ou, em alternativa, sob a forma de um minor, que consiste numa especialização menor com base na obtenção de créditos noutros cursos. O projecto abarca ainda uma formação em “janela deslizante”, formação essa dividida em 14 módulos. Os módulos iniciais visam a sensibilização para o empreendedorismo e o conhecimento do processo. Já os módulos seguintes são apenas abertos às equipas que entretanto avancem no seu trabalho e cumpram os objectivos traçados no final das sessões. Com este modo de funcionamento, cada equipa impõe o seu próprio ritmo de trabalho e é encorajada a criar o seu negócio no mais curto espaço de tempo. O “Viver a Inovação” integra ainda os projectos LIDERA, que se baseiam num programa inovador lançado, em 2004, pela FEUP, com a sigla PESC (Projectar, Empreender. Saber Concretizar). A ideia agora é estender este programa a toda a U.Porto, promovendo a realização de projectos multidisciplinares entre estudantes das várias faculdades. Cada projecto deve ser realizado por uma equipa de cinco a 12 estudantes, tendo como objectivo final o lançamento de spin-offs empresariais. Para Novais Barbosa, os projectos LIDERA são “o grande desafio do ‘Viver a Inovação’”, pois “é preciso que as faculdades acolham bem a iniciativa” cujo arranque está previsto para Setembro. Por ora, o gestor do projecto está optimista quanto à adesão das unidades orgânicas, tendo já a indicação de que a Faculdade de Medicina vai avançar com os LIDERA.

O papel das universidades Para Armindo Monteiro, presidente da ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários, “o esforço da Universidade do Porto [na promoção do empreendedorismo] é meritório e deve


SPIE UP 2008

O “Campus/Empresa UPTEC” – programa que disponibiliza aos empreendedores recursos humanos (professores, investigadores, outros colaboradores e estudantes, designadamente de pós-graduações) e materiais (equipamentos afectos às unidades de investigação, laboratórios e estruturas do Parque de C&T) da U. Porto – apresenta, agora, duas novas vertentes: o “eCampus” e o “iCampus”. O subprograma “eCampus” é dirigido especialmente aos antigos alunos da U.Porto que, já dotados de experiência profissional relevante e conhecimento do mercado, pretendam desenvolver os seus projectos de empreendedorismo. Com o apoio do UPTEC, o risco inerente ao abandono dos seus empregos para a concretização das respectivas ideias de negócio é grandemente minimizado. Já o subprograma “iCampus” propõe às empresas a constituição de estruturas de I&D em parceria com as unidades orgânicas e centros de investigação da U.Porto. Trata-se de uma iniciativa dotada de grande flexibilidade, quer quanto ao modelo de parceria, quer quanto ao tempo de duração, quer quanto aos objectivos a atingir, quer ainda quanto à intervenção de pessoas e equipamentos. Neste contexto, o UPTEC disponibiliza espaços e serviços de apoio em áreas da sua competência, prevendo-se que os projectos de maior dimensão venham a ocupar instalações próprias nos pólos universitários. Criado em Fevereiro de 2007, o UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto é, para o seu presidente, Novais Barbosa, “mais do que uma simples incubadora”, uma vez que, “para além dos serviços habituais, disponibiliza um conjunto de serviços que não se encontram em infraestruturas semelhantes”. Serviços esses “só possíveis pela proximidade à Universidade, mais concretamente aos seus laboratórios e institutos de investigação”. Não é por isso de estranhar que, com mais de uma dezena de projectos incubados, a procura do parque tenha já “superado as expectativas”. A incubadora do UPTEC está a funcionar em pavilhões pré-fabricados, na Asprela. Mas no próximo Verão a maioria dos projectos incubados vai transferir-se para instalações construídas de raiz, também no mesmo campus universitário. No primeiro módulo a ser erguido ficará instalado o centro de investigação Fraunhofer (ver págs. 20 a 23), havendo, contudo, a perspectiva de acolhimento de mais unidades de I&D (nacionais e estrangeiras) num futuro próximo. Perfazendo um investimento total de 15 milhões de euros, o novo complexo do UPTEC (constituído por três edifícios) só estará totalmente concluído em 2010. “Será uma coisa mista entre uma incubadora e um centro de inovação empresarial”, estando ainda previstos “espaços para formação e realização de eventos”, adianta Novais Barbosa. O antigo reitor da U.Porto tem a esperança de que o parque “sirva de alavanca para o desenvolvimento da região Norte”.

O Clube de Empreendedorismo da U.Porto (CEdUP) organiza, entre 7 e 11 de Abril, a SPIE UP 2008 – Semana de Promoção da Inovação e Empreendedorismo da Universidade do Porto. O evento decorrerá em diferentes faculdades e prevê quatro grandes conferências (Empreendedorismo em Português; E depois da Gestão; Empreendedorismo Feminino; Das Grandes Ideias aos Grandes Negócios) e um igual número de workshops temáticos (Empreendedorismo no Desporto; Empreendedorismo Jovem; Empreendedorismo Social; Empreendedorismo e Criatividade). Entre os oradores convidados constam António Câmara (YDreams), Carlos Coelho (Ivity Brand Corp), Dimantino Costa (Critical Software), Diogo Vaz Guedes (Aquapura), Luís Portela (Bial) e Pedro Norton de Matos (My Change). Com a SPIE UP 2008, o CEdUP “quer, para além de tentar mudar a mentalidade dos estudantes e outros agentes da Universidade, mostrar à cidade e ao país que a U.Porto está na vanguarda da promoção do empreendedorismo”, diz Roberto Leão, um dos fundadores do clube. De resto, o evento realiza-se em parceria com os organismos promotores da inovação e do empreendedorismo na U.Porto, como o UPTEC e a UPIN. Prosseguindo a experiência bem sucedida com a Semana de Empreendedorismo AEFLUP, a SPIE UP 2008 pretende, em próximas edições, ganhar dimensão internacional, sendo de esperar, já em 2009, a presença de gurus mundiais da gestão. O CEdUP foi fundado em Setembro de 2007, graças ao espírito empreendedor, pois então, dos estudantes da U.Porto Gonçalo Cruz (entretanto já licenciado em Gestão e Engenharia Industrial), Roberto Leão (Sociologia) e Tiago Gomes (Economia) e do antigo aluno de Ciências Marcus Dahlem (hoje no MIT). Com cerca de 130 sócios (estudantes, antigos alunos, docentes e funcionários da U.Porto), o CEdUP “nasce da identificação de uma necessidade. Apesar da Universidade do Porto ter uma série de projectos e entidades ligadas ao empreendedorismo, faltava do lado dos estudantes, daqueles que devem empreender, uma plataforma onde as pessoas se encontrassem e se conhecessem”, explica Roberto Leão. A iniciativa é pioneira em Portugal e insere-se na estratégia de promoção do empreendedorismo da U.Porto. Neste quadro, o CEdUP está a liderar a candidatura da Universidade à organização, em 2009, do GSW – Global Startup Workshop, um evento do MIT que envolve figuras de proa do empreendedorismo mundial.

17

ser seguido por outras universidades”. Isto porque “cabe ao ensino superior, não só a sensibilização das novas gerações para uma cultura de risco, como a expansão do empreendedorismo qualificado. Estamos em transição para um paradigma económico que valoriza o conhecimento em detrimento de outras variáveis de negócio, como a mão-de-obra barata, os recursos naturais ou o capital financeiro. Ora, o conhecimento é, em larga medida, produzido nas universidades, dado que estas possuem massa crítica e centros de I&D”. Neste sentido, “as universidades reúnem, à partida, óptimas condições para o desenvolvimento de projectos empresariais inovadores”, conclui. Também Eduardo Carqueja, CEO da NDrive Navigation Systems, considera que “as universidades devem cativar os alunos para uma lógica empreendedora”, até porque “os portugueses não são formatados para empreender, mas sim para obedecer”. Neste contexto, lamenta que haja “cursos desadequados à realidade empresarial” e que alguns professores vivam “fechados nas universidades a estudar coisas sem utilidade só para produzir papers”. Este jovem empreendedor enaltece o facto de a sua licenciatura na FEP ter sido maioritariamente leccionada por “professores que trabalhavam em grandes grupos económicos e traziam para as aulas casos reais”, algo que, garante, “hoje é a excepção e não a regra” nas universidades portuguesas. Já Jorge Guimarães considera que “as universidades têm de educar e fazer investigação, mas não devem prestar serviços”. Para o CEO da Alert Life Sciences, existe o risco das universidades “fazerem concorrência desleal às empresas” em projectos de ID&I. “Quem está dentro das universidades não tem os custos nem as responsabilidades de um empresário, pelo que não deve prestar serviços à comunidade. Se há um problema de financiamento das universidades, esse problema deve ser resolvido de outra maneira”, acrescenta.

UPTEC LANÇA “ECAMPUS” E ICAMPUS”


INVESTIGAR

Ciência do D

“Vocês foram fantásticos! Vamos repetir a cena”. A expressão ouviuse inúmeras vezes, com ligeiras variações, durante os dois dias de trabalho intensivo da equipa de filmagens do National Geographic Channel com os investigadores do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO), em Vairão, que nesses primeiro dias de Fevereiro arriscaram uma “perninha” no trabalho de actor. Durante os dias 3 e 4, o inglês e o português emparelharam como línguas oficiais nos laboratórios deste centro de investigação da U.Porto, a funcionarem no distinto e muito contemporâneo edifício do LNIV (Laboratório Nacional de Investigação Veterinária), servido pelo já apelidado “maior corredor da investigação da Europa”. O quadro dir-se-ia retirado de um Portugal do século XXI que existe em certos recantos de excelência.

urante esses dois dias, a produção de ciência e o entretenimento andaram de braço dado. Sem percalços de maior, porque todos percebiam onde estavam os limites de um e de outro. Os cientistas explicavam a sua ciência e a equipa de reportagem procurava as melhores formas de fazer passar a mensagem num documentário televisivo que se pretende apelativo. Não sem antes, logo à chegada dos Estados Unidos, haver um briefing em que a equipa do CIBIO, coordenada por Paulo Célio Alves, discutiu as suas propostas para filmagem com a equipa americana. No dia seguinte de manhã, já o vasto equipamento que vinha nos dois furgões se distribuía pelo corredor dos laboratórios. Estava em plena laboração a equipa da produtora Dana Kemp, do operador de câmara James Ball, do técnico de som Edi e do luminotécnico Ben.

18

Documentário com sabor a Hollywood Todos parecem ter gostado desta parceria impulsionada pela equipa de filmagens norte-americana, apesar do cansaço patente na face de todos, investigadores e profissionais de televisão, ao final do dia. Foram horas de filmagens nos laboratórios, com entrevistas e simulações de passos da investigação. Dezenas de takes a explicar os avanços, as fases de evolução dos trabalhos. A equipa de filmagens almoçava em dez minutos e seguia para a preparação da cena seguinte – um hábito comum nos Estados Unidos, mas estranho num país mediterrânico de almoços mais demorados. Vezes sem conta o jipe do CIBIO, com quatro jovens investigadores, desceu e subiu a tentar a melhor tirada, a simular a descoberta de um gato morto na estrada ladeada por carvalhos

– resquício da original floresta portuguesa – e perto da quase milenar Ponte do Ave. Simpatia, piadas e sorrisos de parte a parte. A boa disposição geral imperava, apesar do desconforto dos movimentos repetidos uma e outra vez. “Sendo um documentário sobre ciência, há aproximações a um filme de Hollywood”, dizia a produtora Dana Kemp no meio das várias tentativas para captar a melhor cena. Embora sem intenção de o fazer, resumia assim dois dias de trabalhos e marcava as diferenças entre fazer ciência, filmar uma reportagem e preparar um documentário para o canal National Geographic.


JOÃO CORREIA

Origem estará em Chipre? Estes trabalhos sobre o cruzamento entre as duas subespécies poderão levar à prova de que a domesticação do gato-bravo continua nos dias de hoje, explicando também, eventualmente, a origem histórica do gato doméstico. Daí o interesse da equipa de reportagem do canal National Geographic. As filmagens passaram também por outros países europeus, como Espanha, onde decorreram as filmagens do gato-bravo simulando o seu habitat, num cercado perto de Madrid. Em França estuda-se o esqueleto de um gato encontrado em Chipre, junto aos restos mortais de um humano, esqueleto esse que poderá constituir a prova mais antiga de aproximação deste felino ao homem. Se vierem a confirmar-se as suspeitas, a origem do gato doméstico deixará de estar no Egipto antigo como se pensa ainda hoje. Depois das filmagens em França, a equipa regressará à sede da National Geographic, em Washington DC. Em princípio, se tudo correr como prevê a produtora Dana Kemp, o documentário poderá ser visto durante o Verão no canal internacional da National Geographic Society, disponível em cerca de 200 países. Talvez na sua casa ou noutra perto de si.

19

Gato-bravo mais ameaçado no Norte da Europa “A Ciência do Gato”, um documentário sobre a origem do gato doméstico, através da genética, foi o tema que motivou a vinda da equipa norte-americana a Vairão. Ali, no CIBIO, decorrem trabalhos de investigação que detectaram a presença de ratos domésticos na dieta de certos gatos-bravos, o que pressupõe aproximações a habitações, pelo menos às mais afastadas de aglomerados populacionais. Por outro lado, em estudos genéticos com gatos domésticos e gatos-bravos foram encontrados alguns híbridos, o que prova o cruzamento entre as duas subespécies e centra as preocupações dos investigadores na conservação do gato-bravo que, portanto, poderá estar em risco, sobretudo em zonas de populações dispersas, de habitat muito fragmentado e com poucos efectivos. A situação, segundo a investigadora Rita Oliveira, de 26 anos, que estuda dados de vários países europeus (tese de doutoramento em curso com orientação de Paulo Célio Alves e do italiano Ettore Randi, da Universidade de Bolonha), será contudo mais grave na Escócia e na Hungria, onde as diferenças genéticas entre as duas subespécies são menos marcadas do que em Espanha e Portugal. Ou seja, o gato-bravo estará mais ameaçado naqueles primeiros países, o que não elimina, de todo, as preocupações pela conservação desta espécie em Portugal. O cruzamento continuado com o gato doméstico e a ausência de descendência pura levam à extinção das populações de gato-bravo geneticamente puro. No Sul do país, em princípio, a situação não deverá ser tão grave em termos de conservação, porque o habitat não está tão fragmentado. Um contributo importante para estas conclusões terá decorrido dos trabalhos de Pedro Monterroso, investigador do CIBIO, de 28 anos, que estudou a ecologia do gato-bravo na zona do Parque Natural do Guadiana – investigação para a qual terá sido determinante a sua experiência em trabalhos sobre o lince ibérico coordenados por Pedro Sarmento, do Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB). Também no CIBIO, Raquel Godinho já reuniu uma equipa para iniciar outro projecto que pretende chegar a um novo conjunto de marcadores genéticos que permitam uma distinção mais rápida, simples e precisa entre o gato doméstico e o gato-bravo, bem como entre o lobo e o cão.


“OSPORTUGUESES ESTÃO INTERESSADOS EMEXPERIMENTAR NOVASTECNOLOGIAS”

“AJUDAMOS AS EMPRESAS NO DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS E DE PROTÓTIPOS DE PRODUTOS.”

20

SOCIEDADEFRAUNHOFER OCURA,PRECISAMENTE,SERVIR ELODELIGAÇÃOENTREAS VERSIDADESEASEMPRESAS.”


FACE-A-FACE

O alemão Dirk Elias, director do Fraunhofer Portugal Research, que se prepara para entrar em actividade, considera que o centro de investigação instalado na U.Porto vai “promover a transferência de tecnologia e de resultados de I&D das universidades para a indústria”. Trabalhando na área dos ambientes tecnologicamente assistidos, o novo centro, cujo orçamento para os primeiros cinco anos ronda os 9 milhões de euros, vai desenvolver pré-produtos ou protótipos vocacionados para a prestação de cuidados de saúde. As expectativas para a primeira unidade Fraunhofer fora da Alemanha são grandes, até porque “os portugueses estão interessados em experimentar novas tecnologias”.

Por que foi escolhido Portugal para instalar o primeiro Instituto Fraunhofer fora da Alemanha? Houve negociações com a FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia e a UMIC – Agência para a Sociedade do Conhecimento, em que foi referida a necessidade de adoptar em Portugal o modelo da Sociedade Fraunhofer. Para estas instituições, o que é feito hoje em Portugal pelas universidades não satisfaz totalmente as necessidades das empresas. Ora, a Sociedade Fraunhofer procura, precisamente, servir de elo de ligação entre as universidades e as empresas, através da chamada investigação aplicada. Por outro lado, a Sociedade Fraunhofer, que é a maior instituição de investigação aplicada da Europa, necessita de se expandir. Actualmente, trabalha apenas na Alemanha. Mas quem deu o primeiro passo: a Sociedade Fraunhofer ou as instituições portuguesas? Foi, em boa medida, uma questão de oportunidade. A passagem da presidência da UE da Alemanha para Portugal motivou um conjunto de conversas, em que se considerou que isto [a criação de um centro de investigação] seria uma boa ideia. Portugal será o primeiro país, mas provavelmente outros se seguirão. E mesmo em Portugal poderá haver mais do que um centro de investigação. Vai ser criada a entidade Fraunhofer Portugal Research e, depois, esta vai gerir centros de investigação. Este é o primeiro, mas estou convicto de que haverá mais.

“UMAGRAN DOFINANC DOCENTRO INVESTIGA DOLADOPO

Qual foi a intervenção do Governo português em todo este processo? A FCT é nossa parceira financeira e a nossa ligação com o vosso Governo. Uma grande parte do financiamento do centro de investigação provém do lado português. E de quanto é esse financiamento público português? Dois terços do financiamento que foi calculado para os cinco primeiros anos [9 milhões de euros de investimento total]. Depois desses cinco anos, 60 a 70% do financiamento virá directamente da indústria e de projectos da UE. Portanto, o financiamento público português não será muito elevado, a não ser nesta fase de arranque. Isto porque nós partimos do zero, sem projectos ou staff. E se passados os primeiros cinco anos o centro não conseguir comercializar os seus serviços? Passados os cinco anos, haverá uma avaliação dos resultados. E se essa avaliação for positiva, o centro tornar-se-á um verdadeiro Instituto Fraunhofer. Não é uma norma específica para Portugal. Também acontece assim na Alemanha. É uma mudança de nome, mas também uma prova da continuidade do projecto. Quais são os critérios dessa avaliação? O centro tem objectivos comerciais, pelo que a avaliação se centrará nos contratos estabelecidos com empresas. Mas o centro não vai competir com empresas que comercializam produtos acabados. Nós não fazemos produtos! Ajudamos as empresas no desenvolvimento de produtos e de protótipos de produtos. Se porventura um dia desenvolvermos um protótipo em que acreditamos bastante e não encontrarmos uma empresa interessada em produzi-lo, talvez se possa pensar num spin-off.

ENTREVISTA A

DIRK ELIAS

“APASSAGEMDAPRESIDÊNCIA DAUEDAALEMANHAPARA PORTUGALMOTIVOUUM CONJUNTODECONVERSAS

21

DIRECTOR DO FRAUNHOFER PORTUGAL RESEARCH


DAPRESIDÊNCIA MANHAPARA OTIVOUUM CONVERSAS

FACE-A-FACE

“AIDEIAÉREUNIR EMPRESASQUENÃO CONCORRAMNO MESMOMERCADO, PARAQUEPOSSAM DESENVOLVER CONJUNTAMENTEUM PRÉ-PRODUTO.” Ambientes de Vida Assistidos Em que áreas vai operar o centro de investigação? Vamos operar numa área que, no âmbito da UE, é designada por “Ambient Assisted Living” (Ambientes de Vida Assistidos). Trata-se de um conjunto de actividades para ajudar pessoas com necessidades especiais a usar ou a tirar maior proveito das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), de forma a integrar essas mesmas pessoas na Sociedade do Conhecimento. Isto significa, não só aumentar a capacidade de comunicação das pessoas através de meios tecnológicos, como também prestar assistência na área dos cuidados de saúde. O projecto está extremamente focado neste tópico. Por isso, o que se vai fazer no Porto é um centro que se deverá chamar AICOME – Assisted Information and Communication Environments. Não se dirige apenas a pessoas idosas, pois há outros grupos que necessitam de ambientes assistidos para comunicar, incluindo eu próprio que não gosto de actualizar o software do meu computador. Isto é um exemplo do que eu gostaria de ver realizado automaticamente, para que não precisasse de me preocupar. Há, portanto, uma preocupação social nesta actividade da Sociedade Fraunhofer. É preciso ver que o resultado daquilo que fazemos tem sempre de ser comercialmente interessante. Não fazemos investigação em áreas onde não temos clientes. São os nossos clientes a determinar exactamente aquilo em que vamos trabalhar. A vossa actividade circunscreve-se, então, à I&D e à transferência de conhecimento… Há uma transferência de conhecimento, mas também de pessoas. Para além do staff fixo do centro, nós convidamos muitos estudantes para trabalharem connosco, de modo a que ganhem experiência com projectos reais e assim se preparem para o seu futuro trabalho. É uma boa oportunidade para os estudantes, uma vez que acabam, habitualmente, por ficar a trabalhar para as empresas que solicitam o desenvolvimento dos projectos.

O vosso trabalho em Portugal vai ser totalmente desenvolvido em parceria com empresas? Vamos criar um fórum industrial, em que convidamos as empresas a participar na investigação, mediante o pagamento anual de uma determinada quantia em dinheiro. Nesse fórum, explicamos às empresas em que áreas vamos trabalhar, qual a nossa reputação científica e o que podem ganhar connosco. Isto é algo que vulgarmente se faz na Alemanha, por isso vamos começar com empresas alemãs, que estão prestes a assinar um acordo deste tipo. Mas também contactámos empresas portuguesas para as tentar convencer a investir. A ideia é reunir empresas que não concorram no mesmo mercado, para que possam desenvolver conjuntamente um pré-produto. Assim podem partilhar o produto e os custos. Com o fórum, vamos ajudar a reduzir os custos de I&D das empresas. Em Portugal, a cooperação entre universidades e empresas é ainda tímida. Acha que o centro Fraunhofer pode contribuir para o fomento da inovação e do empreendedorismo? Sim, de certeza. Foi precisamente por isso que o Governo português considerou interessante a implantação aqui de um centro destes. Queremos promover a transferência de tecnologia e de resultados de I&D das universidades para a indústria. Na Alemanha, a Sociedade Fraunhofer tem uma ligação muito estreita com as universidades, porque os seus directores são igualmente professores universitários. Mas, por outro lado, esses directores conhecem muito bem a realidade industrial e, por isso, vão ao encontro das necessidades das empresas. Quando contactamos os empresários, não apresentamos apenas ideias técnicas. Também apresentamos casos de negócio, para que percebam como vão lucrar. Foi-nos dito que a realidade portuguesa era tal qual a que vocês me acabaram de descrever. Por isso, é também um desafio para nós convencer as empresas portuguesas a trabalhar segundo o nosso modelo. Como vai decorrer o processo de instalação do centro Fraunhofer em Portugal? Se tudo correr bem, durante este ano assumimos uma nova entidade legal, a Fraunhofer Portugal Research, sob a qual o centro vai operar. Arrancámos com um centro de investigação a funcionar na U.Porto, no Departamento de Ciências de Computadores [FCUP]. Aí o espaço é limitado. Mas, em Agosto, está previsto instalarmo-nos no campus da Asprela. Ainda este ano, vamos ter dez pessoas a trabalhar a tempo integral, número que deverá crescer para 40 em cinco anos. O orçamento para 2008 é de cerca de um milhão de euros. Quais são as suas expectativas em relação à intervenção da U.Porto no processo de instalação e desenvolvimento do instituto em Portugal? Acha que a Universidade vai desempenhar um papel importante? Espero que sim! Estou convencido de que a U.Porto – que é a maior universidade portuguesa – pode facultar as pessoas com quem eu estou interessado em trabalhar. Claro que também vamos olhar para outras universidades, ver o que elas estão a fazer. Podemos igualmente estabelecer relações com spin-offs ou free lancers saídos da U.Porto, subcontratando essas empresas para desenvolver parte dos projectos.


“ESTOUCONVENCIDODEQUE AU.PORTO–QUEÉAMAIOR UNIVERSIDADEPORTUGUESA –PODEFACULTARAS PESSOASCOMQUEMEUESTOU INTERESSADOEMTRABALHAR.”

Considera que Portugal tem capacidade para atrair investimento de base tecnológica? Quais são, a este nível, as vantagens competitivas do país? Isso é muito difícil de dizer com exactidão. Mas uma coisa posso dizer-lhe: os portugueses estão mais interessados do que os alemães, por exemplo, em experimentar novas tecnologias. Os alemães são difíceis de convencer a gastar dinheiro em algo novo. Já os portugueses são líderes europeus em termos de densidade de telemóveis, o que mostra que facilmente podem adoptar novas tecnologias. Uma outra vantagem de Portugal é a sua reduzida dimensão. Instalando aqui uma infra-estrutura conseguimos cobrir Porto e Lisboa – ou seja, cerca de 50% da população portuguesa – e assim realizar pesquisas de campo com pouco dinheiro. O que é que motivou a sua vinda para Portugal como director do centro de investigação Fraunhofer? Olhem para a janela [estava um radioso dia de sol] e imaginem como está o tempo em Berlim [risos]. Claro que houve razões pessoais. A minha mulher é portuguesa e, para nós, era certo que um dia iríamos mudar para Portugal. Não sabíamos quando, pois eu tinha a minha empresa. E, como sabem, é sempre difícil encontrar alguém para suceder na liderança de uma empresa.

Pode dar-nos um exemplo de um produto desenvolvido com preocupações sociais? Como disse, a Sociedade Fraunhofer tem vindo a desenvolver pré-produtos na área dos ambientes tecnologicamente assistidos. Tanto ao nível das interfaces como da microelectrónica, já foram desenvolvidos projectos relacionados com os cuidados de saúde. Por exemplo, colocar set-top-boxes em casa, com sensores e organizadores pessoais que não necessitam de gesNascido em Frankfurt em 1966, Dirk Elias concluiu tão. A comunicação estabelece-se por a sua licenciatura em Engenharia Electrotécnica na si própria, sem configuração. Por isso, Universidade Técnica de Munique, tendo no final do é boa para ser usada por pessoas sem curso apresentado uma tese sobre FTDI (chips e drivers conhecimentos técnicos. Nesta área, teUSB). Depois rumou a Berlim para integrar o GMD, um mos os In House Projects, em que são instituto de investigação especializado em Ciências instalados os chamados “living labs”. da Computação. Na altura, trabalhou no protocolo de São projectos-piloto desenvolvidos em comunicações de alta velocidade ATM (Asynchronous parceria com empresas, em que é coTransfer Mode). Ainda em Berlim, vai liderar um deparlocada tecnologia em casas arrendadas, tamento de investigação no Instituto Fraunhofer FOKUS, de forma a perceber se essa tecnologia no qual desenvolve software e hardware de gestão de resulta e está bem desenhada. Assim, ambientes de trabalho. Curiosamente, em ambos os em cada laboratório [living lab] são os institutos, Dirk Elias colaborou com o grupo Siemens, grupos alvo que testam as tecnologias, daí resultando uma estreita proximidade com o mundo e não técnicos especializados. empresarial. “Fiz sempre investigação com resultados

“TEMOSDE DESENVOLVER PRODUTOSESPECÍFICOS PARACADAGRUPO EFAZERDISSOUMA OPORTUNIDADEDE NEGÓCIO.”

de interesse comercial para as empresas”, salienta. Já doutorado em Ciências da Computação, Dirk Elias vive no Instituto Fraunhofer a sua grande desilusão profissional. O projecto na área do ATM que estava a desenvolver para a Siemens é abruptamente interrompido, já depois de apresentado na CeBit. Tudo porque o departamento de I&D da Siemens responsável pelo projecto fora entretanto adquirido por outra empresa, a qual não se mostrou interessada em comercializar produtos ATM. “Foi difícil de aceitar”, confessa. Desapon-

JOÃO CORREIA / RIC ARDO MIGUEL GOMES

Não acha que as TIC estão a acentuar a exclusão social, agravando as diferenças entre os que possuem conhecimentos para as usar e os que não os possuem? É um tópico muito interessante, mas que não se aplica apenas a Portugal. Nós temos situações similares noutros países, até na Alemanha. Também existem problemas semelhantes em África, mas com diferentes grupos alvo. Aliás, o instituto pretende tirar partido da boa relação entre Portugal e África. A promoção da literacia digital é, de facto, um assunto importante para nós. Mas, para promover essa literacia, temos de desenvolver produtos específicos para cada grupo e fazer disso uma oportunidade de negócio. Vamos, por isso, ver se encontramos aqui empresas interessadas em colaborar connosco. Nomeadamente da área do cabo, pois em Portugal toda a gente tem televisão. Podemos, por exemplo, criar um aparelho que funcione como uma set-top-box para televisão, em vez de desenvolver PDA’s ou computadores. No fim, é uma questão de investimento das empresas nestes produtos.

tado, Dirk Elias abandona a Sociedade Fraunhofer – a maior instituição europeia de investigação, envolvendo mais de 12.500 pessoas em 56 institutos e dispondo de um orçamento anual global de cerca de 1,2 mil milhões de euros. É então que, em Fevereiro de 2000, decide fundar a Ivistar AG, um spin-off do Instituto Fraunhofer criado para desenvolver e comercializar a tecnologia IPcom. A empresa mantém a colaboração com o Instituto Fraunhofer, mas, ainda assim, a aterragem de Dirk Elias no mundo empresarial não foi isenta de contrariedades. “Negócios e questões comerciais são difíceis de lidar, se não tivermos estado envolvidos nisso antes”, reconhece. Por outro lado, o esvaziar da “bolha dotcom” e a consequente queda bolsista levaram muitas empresas a suspender os seus investimentos em tecnologia. Ultrapassadas as dificuldades iniciais, a Ivistar AG consolida a sua posição no mercado do software e hardware de gestão de ambientes de trabalho flexíveis. Até que, em 2007, Dirk Elias é sobressaltado por um anúncio para recrutamento do director do primeiro centro de investigação Fraunhofer em Portugal. Era a oportunidade de se instalar no país natal da sua esposa, conforme desejo de ambos. No Porto, para além da direcção do centro, Dirk Elias vai leccionar na FEUP.

23

Promover a literacia digital

“AINDAESTEANO,VAMOS TERDEZPESSOASA TRABALHARATEMPO INTEGRAL,NÚMEROQUE DEVERÁCRESCERPARA40 EMCINCOANOS.”


24


25


FORMAÇÃO CONTÍNUA DA UNIVERSIDADE DO PORTO

FORMAÇÃO CONTÍNUA DA UNIVERSIDADE DO PORTO CANDIDATURAS ENTRE ABRIL E JUNHO DE 2008

Atenção A presente lista não dispensa a consulta da página do Catálogo de Formação Contínua da U.Porto 2008, em http://www.up.pt > Ensino > Educação > Contínua > Catálogos, através da qual poderá aceder a todas informações (em constante actualização) sobre os vários cursos que compõem a oferta da U.Porto. *** Cursos a aguardar creditação por parte da Secção Permanente do Senado da U.Porto

Faculdade de Belas Artes (FBAUP)

Av. Rodrigues de Freitas • 265 4049-021 Porto • Tlf: +351 225 192 400 • Fax: +351 225 367 036 • www.fba.up.pt Desenhos do Corpo Duração: 30 horas (10 sessões) • Data: A definir • Inscrições: 1 a 31 de Maio • Vagas: 20 • Horário: das 17h às 20h • Coordenador: Prof. Mário Bismarck • Info: expediente@fba.up.pt • Propina: 350€ Composição pictórica em traços largos: psicologia, geometria e história Duração: 15 horas (5 sessões) • Data: 3 a 31 de Julho • Inscrições: 1 a 31 de Maio • Vagas: 30 • Horário: das 17h às 20h (quintas-feiras) • Coordenador: Prof. José Vaz • Info: expediente@fba.up.pt • Propina: 180€ Imagem Digital e Fotografia Duração: 20 horas (10 sessões) • Data: A definir • Inscrições: 1 a 31 de Maio • Vagas: 15 • Horário: a determinar • Coordenador: Profa. Sílvia Simões • Info: expediente@fba.up.pt • Propina: 180€ Técnicas de Desenho Duração: 30 horas (10 sessões) • Data: A definir • Inscrições: 1 a 31 de Maio • Vagas: 20 • Horário: das 17h às 20h • Coordenador: Prof. Jorge Marques • Info: expediente@fba.up.pt • Propina: 180€

Faculdade de Ciências (FCUP)

Rua do Campo Alegre • 4169 - 007 PORTO • Tlf: +351 22 340 14 00 • Fax: +351 22 200 86 28 • www.fc.up.pt As rochas e as estruturas geológicas: do campo ao laboratório Duração: 25 horas • Data: 9 a 24 de Maio ou 12 a 27 de Setembro • Créditos: 1UC • Coordenador: Profª Maria dos Anjos Marques Ribeiro • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /sssantos@fc. up.pt • Propina: 80€

26

Tecnologias de informação e comunicação (TIC) Duração: 25 horas • Data: 30 de Junho a 7 de Julho • Créditos: 1 UC • Coordena-

dor: Prof. André Melo • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /sssantos@fc. up.pt • Propina: 80€

tembro • Créditos: 1 UC • Coordenador: Prof. Joaquim Esteves da Silva • Info: Dra. Sandra Santos / Tel.: 220 402 505 / sssantos@fc.up.pt • Propina: 80€

Modelação Gráfica ao Serviço do Ensino Duração: 25 horas • Data: 30 de Junho a 7 de Julho • Créditos: 1 UC • Coordenador: Prof. André Melo • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /sssantos@fc. up.pt • Propina: 80€

Gestão Sustentável dos recursos Duração: 25 horas • Data: Junho a Setembro • Créditos: 1UC • Coordenador: Prof. Joaquim Esteves da Silva • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /sssantos@fc.up.pt • Propina: 80€

A Drosophila no ensino da Genética Duração: 25 horas • Data: Junho e Julho ou Setembro e Outubro • Créditos: 1UC • Coordenador: Prof. José Pissarra • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /sssantos@fc.up.pt • Propina: 100€*

Elementos de Criptografia Contemporânea Duração: 25 horas • Data: 30 de Junho a 11 de Julho • Créditos: 1UC • Coordenador: Prof. António Machiavelo • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /sssantos@fc.up.pt • Propina: 100€

Perfis de DNA” – Técnicas e aplicações Duração: 25 horas • Data: Junho e Julho ou Setembro e Outubro • Créditos: 1UC • Coordenador: Prof. José Pissarra • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /sssantos@fc.up.pt • Propina: 100€*

Conhecer os Elementos de Euclides Duração: 25 horas • Data: 16 de Junho a 27 de Julho • Créditos: 1UC • Coordenador: Prof. Carlos Correia de Sá • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /sssantos@fc.up.pt • Propina: 100€

Laboratório Virtual de Biotecnologia: transpondo a Biologia Molecular do laboratório de investigação para a sala de aula Duração: 25 horas • Data: Junho e Julho ou Setembro e Outubro • Créditos: 1UC • Coordenador: Prof. José Pissarra • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /sssantos@fc.up.pt • Propina: 100€* Tópicos de Química-Física para compreensão do mundo actual Duração: 25 horas • Data: 16 a 21 de Junho • Créditos: 1 UC • Coordenador: Prof. Mª Dores Ribeiro da Silva • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /sssantos@fc.up.pt • Propina: 80€ Actividades Laboratoriais de Química para o 12º Ano Duração: 25 horas • Data: 23 a 28 de Junho • Créditos: 1 UC • Coordenador: Prof. Mª Dores Ribeiro da Silva • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /sssantos@fc.up.pt • Propina: 80€ Química e história dos elementos químicos representativos Duração: 25 horas • Data: Junho a Setembro • Créditos: 1UC • Coordenador: Prof. Joaquim Esteves da Silva • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /sssantos@fc.up.pt • Propina: 80€ Ligação Química Duração: 25 horas • Data: Junho a Setembro • Créditos: 1 UC • Coordenador: Prof. Joaquim Esteves da Silva • Info: Dra. Sandra Santos / Tel.: 220 402 505 / sssantos@fc.up.pt • Propina: 80€ Qualidade da água Duração: 25 horas • Data: Junho a Se-

Utilização de Computadores no Ensino da Matemática Duração: 25 horas • Data: 30 de Junho a 11 de Julho • Créditos: 1UC • Coordenador: Prof. José Carlos Santos • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /sssantos@fc.up.pt • Propina: 100€ Os fungos e o Homem Duração: 25 horas • Data: 26 de Junho a 01 de Julho • Créditos: 1UC • Coordenador: Prof. João Cabral • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /sssantos@fc. up.pt O Ensino das Ciências em ambientes construtivistas de aprendizagem Duração: 25 horas • Data: 25 de Junho a 01 de Julho • Créditos: 1UC • Coordenador: Duarte Costa Pereira • Info: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /sssantos@fc.up.pt • Propina: 80€ Multimédia no Ensino da Química Duração: 25 horas • Data: 7 a 11 de Julho • Inscrições: A definir • Créditos: 1UC • Info.: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /sssantos@fc.up.pt • Propina: 100€ Os professores de Ciências e a língua portuguesa Duração: 25 horas • Data: 7 a 11 de Julho • Inscrições: A definir • Créditos: 1UC • Info.: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /sssantos@fc.up.pt • Propina: 100€ “Blogs”, Fóruns e outras plataformas virtuais colaborativas para o Ensino da Química. Duração: 25 horas • Data: 7 a 11 de Julho • Inscrições: A definir • Créditos: 1UC • Info.: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /sssantos@fc.up.pt • Propina: 80€


Supervisão Pedagógica na Formação Inicial de Professores Duração: 30 horas • Data: 3 a 19 de Maio • Horário: Pós-Laboral (pós 19h) • Inscrições: Até 28 de Abril • Vagas: 30 • Créditos: 1 ECTS *** • Info.: Otília Pereira /225074700 • Propina: a definir

e-learning no ensino da Química Duração: 50 horas • Data: 8 a 18 de Julho • Inscrições: A definir • Créditos: 2 UC • Info.: Dra. Sandra Santos / Tel.: 220 402 505 / sssantos@fc.up.pt • Propina: 80€ O Computador no Ensino da Química Duração: 25 horas • Data: 14 a 18 de Julho • Inscrições: A definir • Créditos: 1 UC • Info.: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /sssantos@fc.up.pt • Propina: 80€

Ensinar e Aprender o Jogo de Voleibol Duração: 30 horas • Data: 13 a 31 de Maio • Horário: Pós-Laboral (pós 19h) • Inscrições: Até 7 de Maio • Vagas: 40 • Créditos: 1 ECTS *** • Info.: Otília Pereira /225074700 • Propina: a definir

Modelação Computacional do Efeito de estufa Duração: 25 horas • Data: 14 a 18 de Julho • Inscrições: A definir • Créditos: 1 UC • Info.: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /sssantos@fc.up.pt • Propina: 80€ O Computador como Ferramenta de Ensino Duração: 25 horas • Data: 21 a 25 de Julho • Inscrições: A definir • Créditos: 1UC • Info.: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /sssantos@fc.up.pt • Propina: 80€

Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação (FCNAUP)

Rua Dr. Roberto Frias • 4200-465 Porto • Tlf: +351 225 074 320 • Fax: + 351 225 074 329 • www.fcna.up.pt Perturbações do Comportamento Alimentar (2.ª edição) Duração: 40.5 horas • Data: 2 de Maio a 13 de Junho • Inscrições: * • Horário: 6.ª feira (das 16h às 19h) e Sábado (9h30 às12h30) • Créditos: 4.5 ECTS *** • Coordenadores: Prof. Doutor Victor Viana e Dr. António Roma Torres • Info: Dr.ª Cecília Morais /Tel. 225074320 /Fax: 225074329 /ceciliamorais@fcna.up.pt • Propina: 300€ Culinária Saudável (16.ª edição) Duração: 12 horas • Data: 10 de Maio a 7 de Junho • Inscrições: * • Horário: Sábados de manhã • Coordenadoras: Dr.ª Patrícia Padrão e Dr.ª Cláudia Afonso • Info: Dr.ª Cecília Morais /Tel. 225074320 /Fax: 225074329 /ceciliamorais@fcna. up.pt • Propina: 100€ * até 10 dias antes do início do curso, desde que existam vagas disponíveis.

Faculdade de Desporto (FADEUP)

Rua Dr. Plácido Costa, 91 • 4200-450 Porto • Tlf: +351 225 074 700 • Fax: +351 225 500 689 • www.fade.up.pt

Escola, Desporto e Necessidades Especiais Duração: 27 horas • Data: 2 a 11 de Junho • Horário: Pós-Laboral (pós 19h) • Inscrições: Até 27 de Maio • Vagas: 25 • Créditos: 1 ECTS *** • Info.: Otília Pereira /225074700 • Propina: a definir Hidroginástica “de rendimento” – em favor da Saúde Duração: 30 horas • Data: 4 a 25 de Junho • Horário: Pós-Laboral (pós 19h) • Inscrições: Até 28 de Maio • Vagas: 25 • Créditos: 1 ECTS *** • Info.: Otília Pereira /225074700 • Propina: a definir Actividade Física e Educação para a Saúde Duração: 54 horas • Data: 1 a 12 de Julho • Horário: 9h30 às 12h30 • Inscrições: Até 25 de Junho • Vagas: 25 • Créditos: 2 ECTS *** • Info.: Otília Pereira /225074700 • Propina: a definir Competência Profissional do Professor Duração: 30 horas • Data: 7 a 12 de Julho • Inscrições: Até 1 de Julho • Horário: Pós-Laboral (pós 19h) • Vagas: 30 • Créditos: 1 ECTS *** • Info: Otília Pereira /225074700 • Propina: a definir Corpo, Estética e Desporto Duração: 40 horas • Data: 7 a 15 de Julho • Horário: Pós-Laboral (pós 19h) • Inscrições: Até 1 de Julho • Vagas: 30 • Créditos: 1,5 ECTS *** • Info.: Otília Pereira /225074700 • Propina: a definir

Faculdade de Direito (FDUP)

Rua dos Bragas, 223 • 4050-123 Porto • Tlf: + 351 222 041 600 • Fax: + 351 222 041 614 • www.direito.up.pt Direito e Bioética Duração: 13 horas • Data: 5 a 9 de Maio • Candidatura: Até 23 de Abril • Vagas: 40 • Horário: Pós-Laboral (das 18h30 às 20h30) • Coordenador: Prof.ª Doutora Luísa Neto • Info: Eng.º Filipe de Jesus /Gabinete de Apoio à Formação Contínua, Mestrados e Doutoramentos /Tel.: 22 2041609 /Fax: 22 2041614 /fjesus@direito.up.pt • Propinas: 125€

Faculdade de Economia (FEP) Rua Dr. Roberto Frias, s/n • 4200-464 Porto • Tlf: +351 225 571 100 • Fax: +351 225 505 050 • www.fe.up.pt

tor Rui Alves • Info: Dra. Sónia Santos /Tel. 225 571 289 /Fax: 225 505 050 /pggi@fep.up.pt • Propina: A definir * Informações meramente indicativas. Não dispensam a

Pós-Graduação em Finanças e Fiscalidade (10.ª Edição) * Duração: 270 horas • Data: Outubro de 2008 a Julho de 2009 • Inscrições: Até de 12 de Julho (1ª fase) • Horário: 6.ª feira (Pós-Laboral) e sábados de manhã • Créditos: 30 ECTS • Organização: ISFEP/FEP • Coordenação: Prof. Doutor Elísio Brandão • Info: Sr. Carlos Pinto /Tel. 225 571 288 /Fax: 225 505 050 /financasefiscalidade@fep.up.pt • Propina: A definir Pós-Graduação em Gestão e Direcção de Serviços de Saúde (7.ª Edição) * Duração: 270 horas • Data: Outubro de 2008 a Julho de 2009 • Inscrições: Até Julho (1ª fase) • Vagas: 30 • Horário: 6.ª feira (Pós-Laboral) e sábados de manhã • Créditos: 30 ECTS • Organização: ISFEP/FEP • Coordenação: Prof. Doutor José Fernando Gonçalves e Prof. Doutor Luís Mota de Castro • Info: Sr. Carlos Pinto /Tel. 225 571 288 /Fax: 225 505 050 /carlospinto@fep.up.pt • Propina: A definir Pós-Graduação em Gestão e Economia do Turismo e Hotelaria (3.ªEdição) * Duração: 270 horas • Data: Setembro de 2008 a Julho de 2009 • Inscrições: Até Julho (1ª fase) • Vagas: 30 • Horário: 6.ª feira das (das 14h às 22h) e sábados de manhã • Créditos: 30 ECTS • Organização: ISFEP/FEP • Coordenação: Prof. Doutor Pedro Quelhas Brito e Prof. Doutor Mário Rui Silva • Info: Sr. Carlos Pinto /Tel. 225 571 288 /Fax: 225 505 050 /pggeth@fep.up.pt • Propina: A definir Pós-Graduação em Gestão de Fraude – detecção, controlo, prevenção e acção (2.ªedição) * Duração: 270 horas • Data: Setembro de 2008 a Julho de 2009 • Inscrições: Até Julho • Vagas: 30 • Horário: 6.ª feira (Pós-Laboral) e sábados de manhã • Créditos: 30 ECTS • Organização: ISFEP/FEP • Coordenação: Prof. Doutor Carlos Pimenta, Prof. Fernando da Costa Lima e Eng.º José Golegã Andrade • Info: Dra. Sónia Santos /Tel. 225 571 289 /Fax: 225 505 050 /gfraude@fep.up.pt • Propina: A definir Pós-Graduação em Gestão Imobiliária (6.ª Edição) * Duração: 270 horas • Data: Setembro de 2008 a Julho de 2009 • Inscrições: Até Julho • Vagas: 30 • Horário: 6.ª feira (pós-laboral) e sábados de manhã • Créditos: 30 ECTS • Organização: ISFEP/FEP/FEP • Coordenação: Prof. ª Doutora Ana Paula Serra e Prof. Dou-

consulta dos serviços

Faculdade de Engenharia (FEUP)

Rua Dr. Roberto Frias, s/n • 4200-465 Porto • Tlf: +351 22 508 14 00 • Fax: +351 22 508 14 40 • www.fe.up.pt Gestão de Operações em Transporte Aéreo Duração: 35 horas lectivas • Data: 5 a 9 de Maio • Vagas: 20 • Horário: das 09h00 às 17h30 • Coordenador: Prof. Álvaro Costa • Info.: Serviços Académicos /225081412 /fcont@fe.up.pt • Propina: 1500€ * Formação para Peritos Qualificados no Âmbito do SCE – RSECE (Energia e QAI) Duração: 78 • Data: 5 de Maio a 6 de Junho (2.ª acção) • Horário: Laboral • Coordenador: Prof. Eduardo Maldonado • Créditos: 2,5 créditos ECTS (aguarda creditação UP) • Info: Serviços Académicos /22 508 14 12/ fcont@fe.up.pt • Propina: 1000€ * Formação para Projectistas – Aplicação do RCCTE Duração: 15 horas • Data: 26 e 27 de Maio (2.ª acção) • Vagas: 30 • Horário: das 9h às 18h • Coordenador: Prof. Eduardo Maldonado e Prof. Vasco Peixoto de Freitas • Info: Serviços Académicos /22 508 14 12/ fcont@fe.up.pt • Propina: 500€ * Formação para Peritos Qualificados no Âmbito do SCE – Novo RCCTE Duração: 29 horas lectivas mais 8 horas de trabalho individual • Data: 26 de Maio a 20 de Junho (2.ª acção) • Vagas: 20 • Horário: Laboral • Coordenador: Prof. Eduardo Maldonado e Prof. Vasco Peixoto de Freitas • Créditos: 1 ECTS • Info: Serviços Académicos /22 508 14 12/ fcont@fe.up.pt • Propina: 850€ * Visual Basic para Excel para Engenheiros Duração: 30 horas lectivas (+ 45 horas de trabalho individual) • Data: 26 a 30 de Maio • Vagas: 16 • Horário: das 9h30 às 17h00 • Coordenador: Prof. Fernando Gomes Martins • Créditos: 2,5 ECTS (aguarda creditação UP) • Info.: Serviços Académicos /225081412 /fcont@fe.up.pt • Propina: 750€ * CICLO DE FORMAÇÃO EM ENGENHARIA ACÚSTICA 2 - Unidade de Formação em Projecto de Acústica de Edifícios Duração: 30 horas lectivas mais 45 horas 27

WebQuests em Química desafios contextualizados e motivantes na Web Duração: 25 horas • Data: 8 a 18 de Julho • Inscrições: A definir • Créditos: 1UC • Info.: Dra. Sandra Santos /Tel.: 220 402 505 /sssantos@fc.up.pt • Propina: 8 €


de trabalho individual • Data: 11 de Abril a 10 de Maio • Vagas: 25 • Horário: 6.ª feira (das 18h às 22h) e sábados (das 9h às 13h) • Coordenador: Prof. Diamantino Freitas • Créditos: 2.5 ECTS (aguarda creditação UP) • Info.: Serviços Académicos /225081412 /fcont@fe.up.pt • Propina: 650€ 3 - Unidade de Formação em Projecto de Sonorização e Electroacústica Duração: 20 horas lectivas (+ 30 horas de trabalho individual) • Data: 16 a 30 de Maio • Vagas: 25 • Horário: 6.ª feira (das 18h às 22h) e sábados (das 9h às 13h) • Coordenador: Prof. Diamantino Freitas • Créditos: 2 ECTS (aguarda creditação UP) • Info.: Serviços Académicos / 225081412 /fcont@fe.up.pt • Propina: 550€ * 4 - Unidade de Formação em Projecto de Controlo de Vibrações em Sistemas Mecânicos Duração: 20 horas lectivas (+ 30 horas de trabalho individual) • Data: 6 a 20 de Junho • Vagas: 25 • Horário: 6.ª feira (das 18h às 22h) e sábados (das 9h às 13h) • Coordenador: Prof. Diamantino Freitas • Créditos: 2 ECTS (aguarda creditação UP) • Info.: Serviços Académicos /225081412 /fcont@fe.up.pt • Propina: 550€ * 5 - Unidade de Formação de Processos de Acústica Ambiental Duração: 20 horas lectivas (+ 30 horas de trabalho individual) • Data: 27 de Junho a 11 de Julho • Vagas: 25 • Horário: 6.ª feira (das 18h às 22h) e sábados (das 9h às 13h) • Coordenador: Prof. Diamantino Freitas • Créditos: 2 ECTS (aguarda creditação UP) • Info.: Serviços Académicos /225081412 /fcont@fe.up.pt • Propina: 550€ * Juntas Adesivas Estruturais Duração: 27 horas lectivas (+ 54 horas de trabalho individual) • Data: 2 a 6 de Junho de 2008 • Vagas: 20 • Horário:: das 9h30 às 17h30 (dias 2 a 5); das 9h30 às 12h30 (dia 6) • Coordenador: Prof. Lucas Filipe Silva • Créditos: 3 ECTS (aguarda creditação UP) • Info.: Serviços Académicos /225081412 / fcont@fe.up.pt • Propina: 550€ * Gang-Of-Four Design Patterns Duração: 24 horas lectivas (+ 36 horas de trabalho individual) • Data: 23 a 27 de Junho • Vagas: 24 • Horário: das 9h30 às 17h00 • Coordenador: Prof. Ademar Aguiar • Créditos: 2 ECTS (aguarda creditação UP) • Info.: Serviços Académicos /225081412 /fcont@fe.up.pt • Propina: 1200€ * * Desconto 10% para membros da Ordem do Engenhei-

28

ros, no caso de pagamento a título individual

Faculdade de Letras (FLUP)

Via Panorâmica, s/n • 4150-564 Porto • Tlf: +351 226 077 100 • Fax: + 351 226 091 610 • www.letras.up.pt Políticas Sociais e Estratégias de Inserção: instrumentos de planeamento estratégico Duração: 22 horas presenciais • Data: 14 de Abril a 5 de Maio • Horário: Pós-Laboral • Inscrições: Até 7 de Abril • Créditos: 1 ECTS • Organização: Departamento de Sociologia • Info.: Sector de Atendimento dos Serviços Académicos da FLUP /226077148 /gfec@letras.up.pt • Propina: 106€ + 2,02€ (seguro escolar) Sociedade Portuguesa Contemporânea: estrutura social, modelo(s) de desenvolvimento e mudança social Duração: 27 horas • Data: 12 de Maio a 11 Junho • Horário: Pós-Laboral • Inscrições: Abril • Créditos: 2 ECTS • Organização: Departamento de Sociologia • Info.: Sector de Atendimento dos Serviços • Académicos da FLUP /226077148 /gfec@letras.up.pt • Propina: 128€ + 2,02€ (seguro escolar) Iniciação ao NVivo7: ferramenta informática de tratamento de informação de cariz qualitativo Duração: 9 horas • Data: 11 a 13 Junho • Horário: Pós-Laboral • Inscrições: 26 Maio a 4 Junho • Organização: Departamento de Sociologia • Info.: Sector de Atendimento dos Serviços Académicos da FLUP /226077148 /gfec@letras.up.pt • Propina: 51€ + 2,02€ (seguro escolar) Entrevistas Qualitativas: fundamentos e prática Duração: 9 horas presenciais • Data: 3, 4 e 5 Junho • Horário: Pós-Laboral • Inscrições: Maio • Créditos: 1 ECTS • Organização: Departamento de Sociologia • Info.: Sector de Atendimento dos Serviços Académicos da FLUP / 226077148 /gfec@letras.up.pt • Propina: 51€ + 2,02€ (seguro escolar) Metodologias de Avaliação de Projectos de Intervenção Duração: 27 horas presenciais • Data: 6 e 13 Junho • Horário: Pós-Laboral • Inscrições: Maio • Organização: Departamento de Sociologia • Info.: Sector de Atendimento dos Serviços Académicos da FLUP /226077148 /gfec@letras.up.pt • Propina: 203 € + 2,02€ (seguro escolar) Gestão Construtiva de Conflitos Duração: 12 horas • Data: 2 a 12 de Junho • Horário: Pós-Laboral • Inscrições: Até Junho • Créditos: 1 ECTS • Organização: Departamento de Sociologia • Info.: Sector de Atendimento dos Serviços Académicos da FLUP /226077148 /gfec@letras.up.pt • Propina: 64€ + 2,02€ (seguro escolar)

Geografia de Portugal revisitada - Águas Doces Duração: 27 horas presenciais • Data: 25 de Junho a 3 de Julho • Horário: Sábados (das 9h às 13h) • Inscrições: 2 a 16 de Junho • Créditos: 1,1 UC-CCPFC e 2,5 ECTS • Organização: Departamento de Geografia • Info.: Sector de Atendimento dos Serviços Académicos da FLUP /226077148 /gfec@letras.up.pt • Propina: 115€ + 2,02€ (seguro escolar) Geografia de Portugal revisitada - Migrações e questões sócio–demográficas Duração: 27 horas presenciais • Data: 25 Junho a 3 Julho • Horário: das 9h às 13h • Inscrições: 2 a 16 Junho • Créditos: 1,1 UC-CCPFC e 2,5 ECTS • Organização: Departamento de Geografia • Info.: Sector de Atendimento dos Serviços Académicos da FLUP /226077148 /gfec@letras.up.pt • Propina: 115€ + 2,02€ (seguro escolar) Inglês para Serviços Públicos Julho 2008 Duração: 28 horas • Data: Julho • Horário: Pós-Laboral • Inscrições: Junho • Créditos: 1 ECTS • Organização: Departamento de Estudos Anglo-Americanos • Info.: Sector de Atendimento dos Serviços Académicos da FLUP /226077148 /gfec@letras.up.pt • Propina: 120€ + 2,02€ (seguro escolar) Curso Intensivo de Francês Duração: 60 horas • Data: 21de Junho a 22 de Julho • Horário: de 3.ª a 6.ª feiras (Pós-Laboral) • Inscrições: Maio • Créditos: 3 ECTS • Info.: Sector de Atendimento dos Serviços Académicos da FLUP /226077148 /gfec@letras.up.pt • Propina: 300€ + 2,02€ (seguro escolar) Práticas de Campo - Escavação Arqueológica (Castanheiro do Vento) Duração: 40,5 horas • Data: Julho de 2008 • Horário: de 2.ª. e 6.ª feira, das 9h às 18h00 • Inscrições: de 16 a 30 de Junho • Créditos: 1,5 ECTS • Organização: Departamento de Ciências e Técnicas do Património - Secção Arqueologia • Info.: Sector de Atendimento dos Serviços Académicos da FLUP /226077148 / gfec@letras.up.pt • Propina: 25€ a pagar à FLUP (inscrição) + Seguro Escolar: 2,02€ e 200€ a pagar à ACDR (estadia) Core Concerns in Contemporary Britain Duração: 25 horas • Data: 7 a 18 de Julho • Horário: Pós-Laboral • Inscrições: 16 a 20 Junho • Créditos: 1 UC -CCPFC (a presente acção releva para a progressão na carreira de Professores dos Grupos 110, 220 e 330) • Organização: Departamento de Estudos Anglo-Americanos • Info.: Sector de Atendimento dos Serviços Académicos da FLUP / 226077148 /gfec@letras.up.pt • Propina: 105€ + 2,02€ (seguro escolar)

Curso de Actualização para Professores de Português como Língua Estrangeira Duração: 30 horas • Data: 7 a 19 de Julho • Créditos: 3 ECTS • Info.: Sector de Atendimento dos Serviços Académicos da FLUP / 226077148 / gfec@letras.up.pt • Propina: 250€ + 2,02€ (seguro escolar)

Faculdade de Medicina (FMUP) Al. Prof. Hernâni Monteiro • 4200 - 319 Porto • Tlf: +351 22 551 3600 • Fax: +351 22 551 3601 • www.med.up.pt

Métodos Qualitativos em Epidemiologia Duração: 81 horas • Data: 4 a 26 de Abril • Inscrições: * • Horário: 6.ª feira (das 16h às 20h) e Sábado (das 9h às 18h) • Créditos: 3 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP /225513676 / ipg@med.up.pt Neuroendocrinia digestiva, microbioma e metabolismo Duração: 67,5 horas • Data: 7 a 24 de Abril • Inscrições: * • Horário: das 17h às 20h • Créditos: 2,5 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP/ 225513676 /ipg@med.up.pt • Propina: 350€ Genética Humana e Doença Duração: 67,5 horas • Data: 14 a 24 de Abril • Inscrições: * • Horário: das 17h às 20h • Créditos: 2,5 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP/ 225513676 /ipg@med.up.pt • Propina: 150€ Metodologia de Investigação em Saúde Duração: 108 horas • Data: 28 de Abril a 3 de Maio • Inscrições: * • Horário:das 8h às 18h • Créditos: 4 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP/ 225513676 /ipg@med.up.pt • Propina: 400€ Sistemas de Informação Geográfica em Saúde Duração: 81 horas • Data: 5 de Maio a 5 de Julho • Inscrições: * • Horário: Manhã • Créditos: 3 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP /225513676/ ipg@med.up.pt • Propina: Investigação em Doenças Oncológicas Duração: 81 horas • Data: 5 de Maio a 16 de Julho • Inscrições: * • Horário: das 14h às 17h/18h • Créditos: 3 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP /225513676 /ipg@med.up.pt • Propina: 300€ Stresse Oxidativo e Anti-oxidantes Duração: 67,5 horas • Data: 5 a 12 de Maio • Inscrições: * • Horário: das 17h às 20h • Créditos: 2,5 ECTS *** • Info:


Farcogenómica e Epidemiologia Molecular Duração: 67,5 horas • Data: 5 a 14 de Maio • Inscrições: * • Horário: das 17h às 20h • Créditos: 2,5 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP/ 225513676 /ipg@med.up.pt Propina: 150€ Revisão Sistemática e Meta-Análise Duração: 108 horas • Data: 10 de Maio a 28 de Julho • Inscrições: * • Horário: das 14h às 19h/19h30 • Créditos: 4 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP /225513676 /ipg@med.up.pt Propina: 400€ Epidemiologia Clínica Duração: 81 horas • Data: 16 de Maio a 15 de Julho • Inscrições: * • Horário: das 8h às 18h (Maio) / das 15h às 20h (Julho) • Créditos: 3 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP /225513676/ ipg@med.up.pt • Propina: 300€ Bioquímica Nutricional Duração: 67,5 horas • Data: 16 a 30 de Maio • Inscrições: * • Horário: das 17h às 20h • Créditos: 2,5 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP/ 225513676 /ipg@med.up.pt • Propina: 350€ Nutrição e Saúde Pública Duração: 81 horas • Data: 23 de Maio a 12 de Julho • Inscrições: * • Horário: Das 8h às 18h (Maio); Das 9h às 11h (Julho) • Créditos: 3 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP /225513676/ ipg@med.up.pt • Propina: 300€ Determinação de actividades enzímicas Duração: 67,5 horas • Data: 2 a 9 de Junho • Inscrições: * • Horário: das 17h às 20h • Créditos: 2,5 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP/ 225513676 /ipg@med.up.pt Propina: 350€

Investigação em Doenças Cardiovasculares Duração: 81 horas • Data: 14 de Junho a 19 de Setembro • Inscrições: * • Horário: Das 9h às 13h (Junho); das 14h às 18h (Julho); das 16h às 20h (Setembro) • Créditos: 3 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP /225513676/ ipg@med.up.pt • Propina: 300€ Métodos Instrumentais de Análise Duração: 27 horas • Data: 16 a 20 de Junho • Inscrições: * • Horário: das 17h às 20h • Créditos: 1 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP/ 225513676 /ipg@med.up.pt • Propina: 200€ Cultura de Células Animais Duração: 67,5 horas • Data: 30 de Junho a 4 de Julho • Inscrições: * • Horário: das 17h às 20h • Créditos: 2,5 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP /225513676 /ipg@med.up.pt • Propina: 350€ Epigenética e Cancro Duração: 67,5 horas • Data: 7 a 17 de Julho • Inscrições: * • Horário: das 17h às 20h • Créditos: 2,5 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP/ 225513676 /ipg@med.up.pt • Propina: 150€ * até 15 dias antes do início do módulo

Faculdade de Medicina Dentária (FMDUP)

Rua Dr. Manuel Pereira da Silva • 4200392 Porto • Tlf: +351 220 901 100 • Fax: +351 220 901 101 • www.fmd.up.pt Medicina Dentária Conservadora (curso teórico) Duração: 27 horas (9 sessões presenciais) • Data: 7 a 21 Abril • Candidatura: * • Vagas: 25 • Horário: das 9h30 às 12h30 • Créditos: 1 ECTS *** • Coordenação: Guerra Capelas • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /cec@fmd.up.pt • Propina: 50€

Demografia e Saúde Duração: 81 horas • Data: 4 de Junho a 31 de Julho • Inscrições: * • Horário: das 15h às 19h • Créditos: 3 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP/ 225513676 /ipg@med.up.pt • Propina: 300€

Infecção Cruzada em Medicina Dentária (curso teórico-prático com componente laboratorial) Duração: 27 horas (9 sessões presenciais) • Data: 09 a 14 de Abril • Candidatura: ** • Vagas: 100 • Horário: Pós-Laboral • Coordenação: Benedita Sampaio Maia • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /cec@fmd.up.pt • Propina: 60€

Angiogénese Duração: 67,5 horas • Data: 11 a 27 de Junho • Inscrições: * • Horário: das 17h às 20h • Créditos: 2,5 ECTS *** • Info: Instituto de Pós-Graduação da FMUP/ 225513676 /ipg@med.up.pt • Propina: 350€

Imagiologia Digital, Imagem por Ressonância Magnética e Imagiologia em Reabilitação Oral (curso teórico) Duração: 27 horas (9 sessões presenciais) • Data: 10 a 17 de Abril • Candidatura: * • Vagas: 50 • Horário: das 8h30 às 13h30 • Créditos: 1 ECTS • Coor-

denação: Teixeira Koch • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /cec@fmd. up.pt • Propina: 50€ Biomecânica aplicada à Reabilitação Oral protética (curso teórico-prático) Duração: 27 horas (9 sessões presenciais) • Data: 12 de Abril • Candidatura: * • Vagas: 60 • Horário: das 9h às 19h • Créditos: 1 ECTS *** • Coordenação: Reis Campos • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /cec@fmd.up.pt • Propina: 50€ Biomateriais na Regeneração Óssea em Medicina Dentária (curso teórico) Duração: 27 horas (9 sessões presenciais) • Data: 18 de de Abril • Candidatura: * • Vagas: 200 • Horário: das 8h30 às 18h • Créditos: 1 ECTS *** • Coordenação: Mário Vasconcelos • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /cec@fmd.up.pt • Propina: 50€ Anestesia em Medicina Dentária (curso teórico-prático) Duração: 27 horas (9 sessões presenciais) • Data: 19 de Abril • Candidatura: * • Vagas: 60 • Horário: das 9h às 19h • Créditos: 1 ECTS • Coordenação: João F. C. Carvalho e António Reis • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197/ cec@fmd.up.pt • Propina: 50€ Estética e Cosmética Dentária (curso teórico-prático) Duração: 27 horas (9 sessões presenciais) • Data: 05 a 19 de Maio • Candidatura: * • Vagas: 200 • Horário: das 9h30 às 12h30 • Créditos: 1 ECTS *** • Coordenação: Mário Jorge Silva • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 / cec@fmd.up.pt • Propina: 100€ Diagnóstico e Plano de Tratamento em Ortodontia II (curso teórico) Duração: 27 horas (9 sessões presenciais) • Data: 10 a de 31 Maio • Candidatura: * • Vagas: 25 • Horário: das 8h30 às 13h • Créditos: 1 ECTS *** • Coordenação: Jorge Dias Lopes • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /cec@fmd.up.pt • Propina: 100€ Infecção Orodentária: Etiologia, Resposta Imunitária, Diagnóstico e Terapêutica Farmacológica (curso teórico) Duração: 27 horas (9 sessões presenciais) • Data: 13 a 23 de Maio • Candidatura: ** • Vagas: 150 • Horário: Pós-Laboral • Créditos: 1 ECTS *** • Coordenação: Maria Helena Fernandes • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /cec@fmd.up.pt • Propina: 60€ Radiografia Intra-oral Digital, Radiografia Panorâmica Digital e Tomografia Computorizada – BTI Scan

(curso teórico-prático) Duração: 27 horas (9 sessões presenciais) • Data: 13 a 20 de Maio • Candidatura: * • Vagas: 5 • Horário: das 9h às 13h30 • Créditos: 1 ECTS *** • Coordenação: Teixeira Koch • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /cec@fmd. up.pt • Propina: 100€ Cirurgia e Patologia Oral em Odontopediatria (curso teórico) Duração: 54 horas • Data: 14 a 21 de Maio • Candidatura: * • Vagas: 150 • Horário: das 9h às 19h30 • Créditos: 2 ECTS • Coordenação: António Felino • Informações: Carla Pinto / Tel.: 220901197 / cec@fmd.up.pt • Propina: 100€ Dúvidas e Dilemas em Materiais Dentários (curso teórico livre) Duração: 4 horas • Data: 17 de Maio • Candidatura: * • Vagas: 200 • Horário: das 9h às 13h • Coordenação: Mário Vasconcelos • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /cec@fmd.up.pt • Propina: 50€ Halitose, Higiene Oral e seu Controlo Químico (curso teórico) Duração: 27 horas (9 sessões presenciais) • Data: 27 de Maio • Candidatura: * • Vagas: 200 • Horário: das 8h30 às 19h • Créditos: 1 ECTS • Coordenação: Miguel Pinto • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /cec@fmd.up.pt • Propina: 50€ Enceramento em Medicina Dentária (curso teórico-prático) Duração: 27 horas (9 sessões presenciais) • Data: 3 a 17 de Junho • Candidatura: * • Vagas: 10 • Horário: das 9h às 13h30 • Créditos: 1 ECTS *** • Coordenação: Sampaio Fernandes • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 / cec@fmd.up.pt • Propina: 100€ Traumatismos Dento-Alveolares (curso teórico-prático) Duração: 27 horas (9 sessões presenciais) • Data: 4 de Junho • Candidatura: * • Vagas: 150 • Horário: das 9h às 19h30 • Créditos: 1 ECTS • Coordenação: António Felino • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /cec@fmd.up.pt • Propina: 50€ Novas Tecnologias em Prótese Dentária e Oclusão (curso teórico com demonstração prática) Duração: 27 horas • Data: 11 e 25 de Junho • Candidatura: * • Vagas: 10 • Horário: das 9h às 13h30 • Créditos: 1 ECTS • Coordenação: João Carlos Pinho e Sampaio Fernandes • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /cec@fmd. up.pt • Propina: 200€ Laser Er:YAG na Cirurgia Oral (curso teórico-prático) 29

Instituto de Pós-Graduação da FMUP/ 225513676 /ipg@med.up.pt • Propina: 350€


Duração: 27 horas (9 sessões presenciais) • Data: 18 Junho • Candidatura: * • Vagas: 150 • Horário: das 9h às 19h30 • Créditos: 1 ECTS • Coordenação: António Felino • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /cec@fmd.up.pt • Propina: 50€ Insucessos em Endodontia (curso teórico) Duração: 27 horas (9 sessões presenciais) • Data: 6 a 13 de Junho • Candidatura: * • Vagas: 25 • Horário: das 14h às 18h30 • Créditos: 1 ECTS • Coordenação: Irene Pina Vaz • Informações: Carla Pinto /Tel.: 220901197 /cec@fmd. up.pt • Propina: 75€ * Até 8 dias antes da realização do curso ** Até 15 dias antes da realização do curso

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação (FPCEUP) Rua do Dr. Manuel Pereira da Silva • 4200-392 Porto • Telf: +351 226 079 700 • Fax: +351 226 079 725 • www. fpce.up.pt

Teatro do Oprimido (1ª Ed.) Duração: 36 horas • Data: 6 de Maio a 1 de Julho • Inscrições: até 1 de Abril • Horário: Pós-Laboral • Numerus Clausus: 20 • Coordenador(a) /Info: Prof. Dra. Emília Costa /226 061 890; educacaocontinua@fpce.up.pt • Propina: 180€ Processo de Diagnóstico de Necessidades Formativas Duração: 24 horas presenciais • Data: 24 de Abril a 22 de Maio • Inscrições: até 14 de Abril (previsão) • Horário: 3.ª feira (das 18h45 às 21h45) e sábados (das 10h às 13h) • Créditos: 1 ECTS *** • Numerus Clausus: 20 • Coordenador(a) /Info: Prof. Dra. Filomena Jordão /226 061890; educacaocontinua@fpce.up.pt • Propina: 150€ Recrutamento e Selecção de Pessoal (4.ª Ed.) Duração: 15 horas presenciais • Data: 14 a 23 de Abril • Inscrições: até 4 de Abril (previsão) • Horário: Pós-Laboral • Créditos: 1,5 ECTS *** • Numerus Clausus: 20 • Coordenador(a) /Info: Prof. Dra. Filomena Jordão /226 061890; educacaocontinua@fpce.up.pt • Propina: 120€

30

A Prova Projectiva de Rorschach III Crianças: a expressão do desenvolvimento infantil e das suas vicissitudes através dos dados Rorschach Duração: 18 horas presenciais • Data: 14 a 21 de Maio • Inscrições: até 4 de Maio (previsão) • Horário: Pós-Laboral • Créditos: 2 ECTS *** • Numerus Clausus: 25 • Coordenador(a) /Info: Prof. Dr. Victor Moita /226 061 890; educacaocontinua@fpce. up.pt • Propina: 120€

A Prova Projectiva de Rorschach II - Adultos: a expressão da maturidade e das suas vicissitudes através dos dados Rorschach Duração: 18 horas presenciais • Data. 21 de Abril a 8 de Maio • Inscrições: até 11 de Abril (previsão) • Horário: Pós-Laboral • Créditos: 2 ECTS *** • Numerus Clausus: 25 • Coordenador(a)/ Info: Prof. Dr. Victor Moita /226 061 890; educacaocontinua@fpce.up.pt • Propina: 120€

Formação no âmbito da Prestação de Serviços e do Atendimento à População com Surdez/Comunidade Surda Duração: 15 horas presenciais • Data: 7 a 11 de Julho • Inscrições: até 30 de Junho (previsão) • Horário: das 14h30 às 17h30 • Créditos: 1,5 ECTS *** • Numerus Clausus: 20 • Coordenador(a) /Info: Prof. Dra. Orquídea Coelho /226 061890; educacaocontinua@fpce.up.pt • Propina: 120€

Atendimento ao Público: um serviço de referência em unidades documentais Duração: 15 horas presenciais • Data: 16 a 30 de Maio • Inscrições: até 9 de Maio (previsão) • Horário: 6.ª feira (das 18h30 às 21h30) e sábado (das 10h às 13h) • Créditos: 1,5 ECTS *** • Numerus Clausus: 20 • Coordenador(a) /Info: Prof. Dra. Filomena Jordão /226 061890; educacaocontinua@fpce.up.pt • Propina: 75€

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS)

A Prova Projectiva de Rorschach IV Adolescentes/jovens: a expressão da adolescência e do desenvolvimento juvenil, e das suas vicissitudes através dos dados Rorschach Duração: 18 horas presenciais • Data: 22 a 29 de Maio • Inscrições: até 12 de Maio (previsão) • Horário: Pós-Laboral • Créditos: 2 ECTS *** • Numerus Clausus: 25 • Coordenador(a) /Info: Prof. Dr. Victor Moita /226 061 890; educacaocontinua@fpce.up.pt • Propina: 120€ (Per)cursos de educação e formação de adultos: - formação avançada (2.ª Ed.) Duração: 30 horas presenciais • Data: 6 de Maio a 26 de Junho • Inscrições: até 24 de Abril (previsão) • Horário: Pós-Laboral • Créditos: 3 ECTS *** • Numerus Clausus: 21 • Coordenador(a) /Info: Prof. Dra. Isabel Menezes /226 061 890; educacaocontinua@fpce.up.pt • Propina: 150€ Análise Qualitativa de Dados através do Nvivo7 (1ª Ed.) Duração: 21 horas • Data: Maio • Numerus Clausus: 25 • Coordenador(a) / Info: Prof. Dr. José Alberto Correia/ 226 061890; educacaocontinua@fpce.up.pt • Propina: A definir Recrutamento e Selecção de Pessoal (5.ª Ed.) Duração: 15 horas presenciais • Data: 2 a 13 de Junho • Inscrições: até 26 de Maio (previsão) • Horário: Pós-Laboral • Créditos: 1,5 ECTS • Numerus Clausus: 20 • Coordenador(a) /Info: Prof. Dra. Filomena Jordão /226 061890; educacaocontinua@fpce.up.pt • Propina: 120€

Largo Prof. Abel Salazar, 2 • 4099-003 Porto • Tlf.: +351 222 062 200 • Fax: +351 222 062 232 • www.icbas.up.pt Medicina Laboratorial de Animais de Companhia Data: 1 de Maio a 1 de Junho • Inscrições: até 15 de Abril • Vagas: 10 (Sessões teóricas sem limite de número de participantes) • Créditos: 8,5 ECTS • Informações: Tel.: 252660400 (A/C Goretti Lobo) /mjvieira@clinicao.pt • Propina: 1500€ (inclui os almoços dos dias de trabalho, o jantar de encerramento, o material de apoio pedagógico, o exame final e a avaliação) Biologia dos organelos celulares Duração: 13 horas e meia presenciais • Data: 16 a 28 de Junho • Inscrições: Até 15 de Maio • Vagas: 10 participantes (Sessões teóricas sem limite de número de participantes) • Horário: pós-laboral (6 aulas teóricas de 1h e 30 min. e duas sessões laboratoriais práticas) • Créditos: 1,5 ECTS • Coordenação: Prof. Doutor Alexandre Lobo da Cunha • Informações: alcunha@icbas.up.pt (Prof. Doutor Alexandre Lobo da Cunha) • Propina: 125 € (Curso completo, incluindo sessões teóricas e laboratoriais) /50€ (sessões teóricas) PÓS-GRADUAÇÃO /CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO Especialização em Ciências MédicoLegais (*) Duração: 2 Semestres • Data: Início a 26 de Setembro • Inscrições: de 2 de Junho a 18 de Julho (1ª fase) • Vagas: 60 • Horário: 6.ª feira (14h às 20h) e sábados (das 9h às 18h) • Créditos: 60 ECTS • Director: Profª Doutora Maria José Pinto da Costa • Info: Secretariado Pós-Graduações - 222062221 /secposgrad@icbas. up.pt • Propina: 600€ Pós-Graduação em Acupunctura e Moxibustão(*) Duração 2 Semestres • Data: Início a 9 de Outubro • Inscrições: de 02 de Junho a 18 de Julho (1ª fase) • Vagas: 25 • Horário: 6.ª feira (das 16 às 20 horas), sábados (das 9h às 19h) e domingos (das 9h às 13h) Créditos: 30 ECTS •

Director: Dr. Asdrubal Pinto • Info: Secretariado Pós-Graduações – 222062221 /secposgrad@icbas.up.pt • Propina: 2400€ Pós-Graduação em Enfermagem de Anestesiologia (*) Duração: 2 Semestres • Data. Início a 11 de Outubro • Inscrições: de 2 de Junho a 18 de Julho (1ª fase) • Vagas: 40 • Horário: 2.ª feira e sábados (das 9h às 18h30) • Créditos: 40 ECTS • Director: Dra. Maria Eduarda Amadeu • Info: D. Cláudia 222077549 ou secretariado. anestesia@hgsa.min-saude.pt /Secretariado Pós-Graduações – 222062221 /secposgrad@icbas.up.pt • Propina: 1750€ Especialização em Medicina Tradicional Chinesa (*) Duração: 3 Semestres • Data: A definir • Inscrições: de 2 de Junho a 18 de Julho (1ª fase) • Vagas: 30 • Horário: PósLaboral • Créditos: 70 ECTS • Director: Prof. Doutor Henry Greten • Info: Secretariado Pós-Graduações - 222062221 ou secposgrad@icbas.up.pt • Propina: 3000€ (*) Curso em fase de Acreditação e creditação.

UNIDADE DE INVESTIGAÇÃO E FORMAÇÃO SOBRE ADULTOS E IDOSOS (UNIFAI) Intervenção Comunicacional no Envelhecimento Duração: 16 horas • Data: 19 a 24 de Abril (Porto) / 4 a 5 de Julho (Lisboa) • Inscrições: Até 1 de Abril (Porto) /Até 13 de Junho (Lisboa) • Info: Dr.ª Maria João Azevedo /Dr.ª Joana Portugal /Tel.222062280 /Fax:222062232 / mjoao@unifai.eu /jportugal@unifai.eu • Propina: Professores - 130€ • Estudantes - 90€ Metodologias e Instrumentos de Gestão em Equipamentos Gerontológicos Duração: 64 horas • Data: 3 de Maio a 28 de Junho • Inscrições: Até 11 de Abril • Info: Dr.ª Maria João Azevedo /Dr.ª Joana Portugal /Tel.222062280 /Fax: 222062232 /mjoao@unifai.eu / jportugal@unifai.eu • Propina: 600€ Gerontotecnologia Duração: 7 horas • Data: 18 de Abril (Porto) / 9 de Maio (Lisboa) • Inscrições: Até 1 de Abril (Porto) /Até 18 de Abril (Lisboa) • Info: Dr.ª Maria João Azevedo /Dr.ª Joana Portugal /Tel.222062280 /Fax:222062232 /mjoao@unifai.eu / jportugal@unifai.eu • Propina: Professores - 75€ • Estudantes - 60€ Análise de Dados Qualitativos (NUD*IST) Duração: 15 horas (8 de Maio a 12 de Junho de 2008) • Inscrições: Até 18 de


Envelhecer Activamente: Nova Perspectiva de Cuidados Duração: 7 horas • Data: 30 de Maio • Inscrições: Até 9 de Maio • Info: Dr.ª Maria João Azevedo /Dr.ª Joana Portugal /Tel.222062280 /Fax:222062232 / mjoao@unifai.eu /jportugal@unifai.eu • Propina: Professores - 75€ • Estudantes - 60€ Intervenção Neuropsicológica no Envelhecimento Duração: 14 horas • Data: 15 a 16 de Maio (Porto) /29 a 30 de Maio (Lisboa) • Inscrições: Até 24 de Abril (Porto) /Até 9 de Maio (Lisboa) • Info: Dr.ª Maria João Azevedo /Dr.ª Joana Portugal /Tel.222062280 /Fax:222062232 /mjoao@unifai.eu /jportugal@unifai.eu • Propina: Professores - 130€ • Estudantes - 90€ Reabilitação em Pessoas Idosas - Treino Funcional em AVD´s Duração: 7 horas • Data: 12 de Julho (Porto) /11 de Julho (Lisboa) • Inscrições: Até 20 de Junho • Info: Dr.ª Maria João Azevedo /Dr.ª Joana Portugal /Tel.222062280 /Fax:222062232 /mjoao@unifai.eu /jportugal@unifai.eu • Propina: Professores - 75€ • Estudantes - 60€ Intervenção Ambiental no Envelhecimento Duração: 16 horas • Data: 13 a 20 de Junho (Porto) /21 a 28 de Julho (Lisboa) • Inscrições: Até 23 de Maio (Porto) /Até 2 de Junho (Lisboa) • Info: Dr.ª Maria João Azevedo /Dr.ª Joana Portugal /Tel.222062280 /Fax:222062232/ mjoao@unifai.eu /jportugal@unifai.eu • Propina: Professores - 130€ • Estudantes - 90€ Demência de tipo Alzheimer Duração: 8 horas • Data: 5 de Julho (Porto) / 12 de Julho(Lisboa) • Inscrições: Até 13 de Junho (Porto) /Até 20 de Junho (Lisboa) • Info: Dr.ª Maria João Azevedo /Dr.ª Joana Portugal /Tel.222062280 /Fax:222062232/ mjoao@unifai.eu /jportugal@unifai.eu • Propina: Professores - 80€ • Estudantes - 65€

Escola de Gestão do Porto (EGP) Rua de Salazares, 842 • 4149-002 Porto • Tlf: +351 22 615 32 70 • Fax: +351 22 610 08 61 • www.egp.up.pt

SEMINÁRIOS DE ALTA DIRECÇÃO: Supply Chain Management Duração: 8 horas • Data: 13 de Maio • Candidatura: Até 30 de Abril • Vagas: 20 • Horário: das 9h às 18h • Coordenador: Alcibíades Paulo Guedes • Informações / contactos: Antonieta Silva/Carla Mendes; 22 615 32 72/6 fexecutivos@egp.up.pt • Propinas: 750€ (450€ para inscrições confirmadas até 15 de Abril) Re-starting “top-line” Growth in Mature Industries Duração: 8 horas • Data: 27 de Maio • Candidatura: Até 13 de Maio • Vagas: 20 • Horário: das 9h às 18h • Coordenador: William Werther • Informações / contactos: Antonieta Silva/Carla Mendes; 22 615 32 72/6 fexecutivos@egp.up.pt • Propinas: 1000€ (600€ para inscrições confirmadas até 29 de Abril) Marketing Relacional Duração: 8 horas • Data: 5 de Junho • Candidatura: Até 21 de Maio • Vagas: 20 • Horário: das 9h às 18h • Coordenador: Carlos Melo Brito • Informações / contactos: Antonieta Silva/Carla Mendes; 22 615 32 72/6 fexecutivos@egp.up.pt • Propinas: 750€ (450€ para inscrições confirmadas até 5 de Maio) The Negotiations Masterclass Seminar Duração: 8 horas • Data: 18 de Junho • Candidatura: Até 4 de Junho • Vagas: 20 • Horário: das 9h às 18h • Coordenador: Steven Sonsino • Informações / contactos: Antonieta Silva/Carla Mendes; 22 615 32 72/6 fexecutivos@egp.up.pt • Propinas: 1000€ (600€ para inscrições confirmadas até 21 de Maio) The Inspirational Leadership Seminar Duração: 8 horas (19 de Junho de 2008) • Candidatura: Até 5 de Junho • Vagas: 20 • Horário: das 9h às 18h • Coordenador: Steven Sonsino • Informações / contactos: Antonieta Silva/Carla Mendes; 22 615 32 72/6 fexecutivos@egp.up.pt • Propinas: 1000€ (600€ para inscrições confirmadas até 21 de Maio) Comunicação Efectiva Duração: 16 horas • Data: 1 e 2 de Julho • Candidatura: Até 17 de Junho • Vagas: 20 • Horário: das 9h às 18h • Coordenador: Maria João Costa • Informações / contactos: Antonieta Silva/Carla Mendes; 22 615 32 72/6 fexecutivos@egp.up.pt • Propinas: 1600€ (1100€ para inscrições confirmadas até 3 de Junho) Brands that Make Sense & Making Sense Communicating Brands Duração: 16 horas • Data: 8 e 9 de Julho • Candidatura: Até 22 de Junho • Vagas: 20 • Horário: das 9h às 18h • Coordenador: Luís Reis / Pedro Pina • Informações / contactos: Antonieta Silva/Carla Mendes; 22 615 32 72/6 fexecutivos@egp. up.pt • Propinas: 1500€ (1050€ para inscrições confirmadas até 9 de Junho)

CURSOS DE CURTA E MÉDIA DURAÇÃO: O Papel dos RH no Sucesso Estratégico Sustentável Duração: 40 horas • Data: 14 de Abril a 12 de Maio • Candidatura: Até 1 de Abril • Vagas: 20 • Horário: das 9h00 às 18h • Coordenador: Cândida Santos • Informações /contactos: Antonieta Silva/Carla Mendes; 22 615 32 72/6 fexecutivos@egp.up.pt • Propinas: 1400€ Curso de Comércio Internacional Duração: 54 horas (12 manhãs) • Data: 7 a 31 de Maio • Candidatura: Até 24 de Abril • Vagas: 20 • Horário: 12 manhãs, em 3 semanas consecutivas, de 4.ª a Sábado, das 8h30 às 13h00 • Coordenador: José Rijo • Informações / contactos: Antonieta Silva/Carla Mendes; 22 615 32 72/6 fexecutivos@egp.up.pt • Propinas: 1800€ Curso de Gestão de Projectos Duração: 40 horas • Data: 26 de Maio a 4 de Junho • Candidatura: Até 16 de Maio • Vagas: 20 • Horário: das 9h às 18h (4 sessões) / das 9h às 13h (2 sessões) • Coordenador: Eduardo Santos • Informações /contactos: Antonieta Silva/Carla Mendes; 22 615 32 72/6 fexecutivos@egp.up.pt • Propinas: 1500€ Curso de Valor Acrescentado para o Accionista e Value Based Management 8,ª Ed. Duração: 30 horas • Data: 6 a 21 de Maio • Horário: das 8h30 às 13h30 • Máximo: 20 participantes • Info: Tel: 22 6153270 /vaavbm@egp.up.pt • Propina: 1250€ (incluindo material de apoio às aulas e coffee-breaks) Como escolher KPIs Duração: 12 horas • Data: 16 a 18 de Junho • Candidatura: Até 30 de Maio • Vagas: 20 • Horário: 9h às 13h • Coordenador: Joaquim Barreiros/Vasco Viana • Informações /contactos: Antonieta Silva/Carla Mendes; 22 615 32 72/6 fexecutivos@egp.up.pt • Propinas: 700€ Análise Financeira de Empresas Duração: 40 horas • Data: 25 de Junho a 17 de Julho • Candidatura: Até 11 de Junho • Vagas: 20 • Horário: das 8h30 às13h30 • Coordenador: Jorge Farinha • Informações /contactos: Antonieta Silva/Carla Mendes; 22 615 32 72/6 fexecutivos@egp.up.pt • Propinas: 1400€ Criatividade Prática para a Inovação Duração: 24 Horas • Data: 3, 4 e 11 de Julho • Candidatura: Até 23 de Junho • Vagas: 20 • Horário: 3 dias, das 9h às 18h • Coordenador: Francisco Teixeira e Melo • Informações /contactos: Antonieta Silva/Carla Mendes; 22 615 32 72/6 fexecutivos@egp.up.pt • Propinas: 1300€

PROGRAMAS DE LONGA DURAÇÃO: MBA Executivo Duração: 1 mês (período de homogeneização) + 3 trimestres • Candidatura: Até 30 de Junho • Vagas: 50 • Horário: 6.ª feira (das 8h30 às 20h) e sábados (das 8h30 às 13h30) • Coordenador: Luís Reis Informações /contactos: Carla Lima; 22 615 32 73; clima@egp.up.pt • Propinas: 14000€ MBA/DFA em logística Duração: 1mês (período de homogeneização) + 3 trimestres • Candidatura: Até 30 de Junho • Vagas: 20 • Horário: Full-time: das 8h30 às 13h (4 vezes por semana) /Part-time: das 8h30 às 13h (2 vezes por semana) • Coordenador: Alcibíades Paulo Guedes (ed. Porto) • Informações /contactos: Carla Lima; 22 615 32 73; clima@egp.up.pt • Propinas: 7200€ MBA - Master of Business Administration* Duração: 1mês (período de homogeneização) + 3 trimestres* • Candidatura: Até 30 de Junho • Vagas: 20 • Horário: Full-time: das 8h30 às 13h (4 vezes por semana) /Part-time: das 8h30 às 13h (2 vezes por semana) • Coordenador: Jorge Farinha* • Informações /contactos: Isabel Pinho; 22 615 32 71; ipinho@egp.up.pt • Propinas: * * Informações sujeitas a alteração, uma vez que o programa de MBA se encontra em reformulação

Reitoria da U.Porto /Instituto de Recursos e Iniciativas Comuns Praça Gomes Teixeira • 4099-002 Porto • Tlf: +351 220 408 000 /043 • Fax: +351 220 408 186/7 /4 • www.reit.up.pt Universidade de Verão Duração: 3 semanas • Data. 7 a 26 de Julho • Inscrições: A decorrer • Horário: de Segunda a Sábado todo dia • Créditos: 6 ECTS (1 ECTS cada módulo) • Organização: U.Porto, com a colaboração da Câmara Municipal de Arouca • Info: Joana Coutinho / educacao. continua@reit.up.pt / tel: 220408053 • Propina *(inclui alimentação): 270€ (2 módulos) /410€ (3 módulos) /530€ (4 módulos) /670€ (5 módulos) / 700€ (6 módulos) * Alojamento não incluído no valor da propina

Curso Protecção Integrada Da Vinha U.Porto - Curso On-Line Duração: 37 horas • Data: 6 de Junho a 4 de Julho • Inscrições: até 16 de Maio • Créditos: 1 ECTS • Coordenação científica: Profa. Doutora Ana Aguiar • Organização: U.Porto • Info: Joana Coutinho /educacao.continua@reit.up.pt /tel: 220408053 • Propina: 150€ 31

Abril • Info: Dr.ª Maria João Azevedo /Dr.ª Joana Portugal /Tel.222062280 /Fax: 222062232 /mjoao@unifai.eu /jportugal@unifai.eu • Propina: Professores - 130€ • Estudantes - 90€


FORMAÇÃO

PÓS-GRADUADA (2º e 3º CICLO) DA UNIVERSIDADE DO PORTO

Recursos Geológicos (Em leccionação conjunta com o ICBAS e as universidades de Aveiro e do Minho) •

Matemática • Matemática para Professores • Modelação, Análise e Optimização de Processos Industriais • Química • Recursos Biológicos Aquáticos • Sistemas de Informação Geográfica • Tecnologia, Ciência e Segurança Alimentar (Em leccionação conjunta com a Universidade do Minho) • Viticultura e Enologia (Em leccionação conjunta com a Universidade Técnica de Lisboa)

CURSOS E CICLOS DE ESTUDO ANO LECTIVO 2008/2009

Faculdade de Arquitectura (FAUP)

Informações: Serviços Académicos • Telef: +351 226 057 185 • mestrado. mipa@arq.up.pt • www.fa.up.pt A 2.º Ciclo / Mestrado

Metodologias de Intervenção no Património Arquitectónico * Atenção A presente lista não dispensa a consulta da página dos cursos nas páginas das respectivas faculdades. * Curso Não Adequado a Bolonha

Faculdade de Belas Artes (FBAUP)

Informações: Gabinete de Apoio ao Estudante - Serviço de Expediente e Alunos • Telef: +351 225 192 402 • expediente@fba.up.pt • www.fba.up.pt 2.º Ciclo /Mestrado Arte e Design para o Espaço Público • Desenho e Técnicas de Impressão • Design de Imagem • Design Gráfico e Projectos Editoriais • Escultura • Estudos Artísticos • Pintura • Prática e Teoria do Desenho • Práticas Artísticas Contemporâneas

Faculdade de Ciências (FCUP) Informações: Gabinete de Pós-Graduação • Telef: +351 220 402 030 • pos. graduacao@fc.up.pt • www.fc.up.pt 2.º Ciclo /Mestrado

32

Astronomia • Biodiversidade, Genética e Evolução • Biologia • Biologia e Geologia em Contexto Escolar • Biologia e Gestão da Qualidade da Água • Ciência de Computadores • Ciências do Consumo e Nutrição (Em leccionação conjunta com a FCNAUP) • Ciências e Tecnologia do Ambiente • Desenvolvimento Curricular pela Astronomia • Ecologia, Ambiente e Território • Engenharia Agronómica • Engenharia Geográfica • Engenharia Matemática • Ensino da Biologia e da Geologia no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário • Ensino da Física e da Química no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário • Ensino da Matemática no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário • Física • Física Médica • Física e Química em Contexto Escolar • Fisiologia Molecular de Plantas (Em

3º Ciclo / Doutoramento

Astronomia • Biodiversidade, Genética e Evolução (Em leccionação conjunta com a Universidade de Lisboa) • Biologia de Plantas (Em leccionação conjunta com as universidades de Aveiro e do Minho) • Consumo

Alimentar e Nutrição

Faculdade de Economia (FEP)

Informações: Secção de Alunos de PósGraduação • Telef: +351 225 571 100 • faraujo@fep.up.pt • www.fep.up.pt 2.º Ciclo / Mestrado

Análise de Dados e Sistemas de Apoio à Decisão • Contabilidade • Economia • Economia e Administração de Empresas • Economia e Gestão da Inovação • Economia e Gestão das Cidades • Economia e Gestão Internacional • Economia e Gestão de Recursos Humanos • Economia e Gestão do Ambiente Finanças • Finanças e Fiscalidade • Gestão e Economia de Serviços de Saúde • Gestão Comercial • Marketing • Métodos Quantitativos em Economia e Gestão • Modelação e Simulação Económica

(Em leccionação conjunta com a FCNAUP) • Ciência

de Computadores • Matemática Aplicada (Em leccionação conjunta com o ICBAS, a FEP e a FEUP) • Física (Em leccionação conjunta com as universidades de Aveiro e do Minho) • Geociências (Em leccionação conjunta com a Universidade de Aveiro) • Matemática (Programa Inter-Universitário em leccionação conjunta com a Universidade de Coimbra) •

Química

Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação (FCNAUP) Informações: Secção de Alunos e Expediente • Telef: +351 225 074 323 • scalunos@fcna.up.pt • www.fcna.up.pt 2.º Ciclo / Mestrado

Alimentação Colectiva • Nutrição Clínica

Faculdade de Desporto (FADEUP) Informações: Sector de Alunos • Telef: +351 225 074 724 • alunos@fade.up.pt zereis@fade.up.pt • www.fade.up.pt 2.º Ciclo / Mestrado

Actividade Física Adaptada • Actividade Física e Saúde • Actividade Física para a Terceira Idade • Desenvolvimento Motor • Desporto para Crianças e Jovens • Ensino da Educação Física e Desporto (Aguarda registo pela DGES) • Gestão Desportiva • Treino de Alto Rendimento Desportivo 3.º Ciclo / Doutoramento

Actividade Física e Saúde

Faculdade de Direito (FDUP) Informações: Secção de Alunos • Telef: +351 220 041 603 • salunos@direito. up.pt • www.fd.up.pt

3.º Ciclo / Doutoramento

Ciências Empresariais • Economia

Faculdade de Engenharia (FEUP)

Informações: Divisão de Pós-Graduação e Educação Contínua • Telef: +351 225 081 977 / 412 • sposgrad@fe.up.pt • www.fe.up.pt 2.º Ciclo / Mestrado

Automação, Instrumentação e Controlo * • Ciências da Informação (Em leccionação conjunta com a FLUP) • Construção • Design Industrial • Engenharia Biomédica • Engenharia de Minas e Geo-Ambiente • Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais • Engenharia de Serviços e Gestão • Inovação e Empreendedorismo Tecnológico (Em leccionação conjunta com a FEP) • Métodos Computacionais (Em leccionação conjunta com a FCUP, em Ciências de Engenharia) •

Multimédia (Em leccionação conjunta com a FBAUP, FCUP e FLUP) • Transportes * 3.º Ciclo / Doutoramento

Bioengenharia (Em leccionação conjunta com a FMUP e o ICBAS) • Engenharia Biomédica • Engenharia Civil • Engenharia de Minas e Geo-recursos * • Engenharia e Gestão de Transportes • Engenharia Electrotécnica e de Computadores • Engenharia Industrial e Gestão • Engenharia Informática • Engenharia Mecânica • Engenharia Química e Biológica • Engenharia do Ambiente * • Engenharia Física * • Engenharia Metalúrgica e de Materiais* • Informática (Em leccionação conjunta com a FCUP e as universidades de Aveiro e do Minho) • Líderes para Indústrias Tecnológicas (Em leccionação conjunta com as universidades do Minho e Técnica de Lisboa) • Sistemas

Sustentáveis de Energia

(Em leccionação conjunta com as universidades de Lisboa e Técnica de Lisboa, no âmbito do Programa MIT/ Portugal) • Telecomunicações

leccionação conjunta com a Universidade do Minho)

2.º Ciclo / Mestrado

(Em leccionação conjunta com a FCUP e as universidades

• Genética

Direito

de Aveiro e do Minho)

Forense • Geomateriais e


Informações: Secção de Pós-Graduação e de Expediente • Telef: +351 222 078 981 • s.alunos@ff.up.pt • www.ff.up.pt 2.º Ciclo / Mestrado

Análises Clínicas • Controlo de Qualidade • Química Analítica Ambiental • Tecnologia Farmacêutica • Toxicologia Analítica Clínica e Forense

Faculdade de Letras (FLUP)

Informações: Secção de Pós-Graduação Telef: +351 226 077 171 • flspg@letras. up.pt • www.letras.up.pt 2.º Ciclo / Mestrado

Arqueologia • Didáctica das Línguas Maternas ou Estrangeiras e Supervisão Pedagógica em Línguas • Ensino de Português e de Línguas Clássicas no 3º Ciclo no Ensino Básico e no Secundário • Ensino de Português e de Língua Estrangeira no 3º Ciclo do Ensino Básico e Ensino Secundário • Ensino de Inglês e de Alemão/Francês/Espanhol no Ensino Básico • Ensino de Filosofia no Ensino Secundário • Ensino de História e Geografia no 3º Ciclo no Ensino Básico e no Ensino Secundário • Ensino de Inglês e de Alemão/Francês/Espanhol no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário • Ensino do Português Língua Segunda / Língua Estrangeira • Estudos Alemães • Estudos Anglo-Americanos • Estudos Literários, Culturais e Interartes • Filosofia • História Contemporânea • História da Arte Portuguesa • História e Educação • História e Património • História Medieval e do Renascimento • História, Relações Internacionais e Cooperação • Linguística • Riscos, Cidades e Ordenamento do Território • Sistemas de Informação Geográfica e Ordenamento do Território • Sociologia • Tradução e Serviços Linguísticos

3.º Ciclo / Doutoramento

Investigação Clínica e em Serviços de Saúde • Medicina e Oncologia Molecular (Em leccionação conjunta com o ICBAS) • Metabolismo - Clínica e Experimentação • Neurociências (Em leccionação conjunta com o ICBAS) • Saúde Pública (Em leccionação conjunta com o ICBAS) • Programa Graduado em Áreas da Biologia Básica e Aplicada (GABBA) (Em leccionação conjunta com a FCUP e

Arqueologia • Crítica Textual e Crítica Genética • Estudos Alemães • Estudos Anglo-Americanos • Filosofia • Geografia • História • História da Arte Portuguesa • Linguística • Literaturas e Culturas Românicas • Sociologia

Faculdade de Medicina (FMUP)

Informações: Instituto de Pós-Graduação Telef: +351 225 513 676 • ipg@med. up.pt • www.med.up.pt 2.º Ciclo / Mestrado

Bioética • Ciências Forenses (Em leccionação conjunta com a FCUP, FDUP, FFUP, FMDUP, FPCEUP e

• Cirurgia Ortognática e Ortodontia • Epidemiologia • Evidência e Decisão em Saúde • Informática Médica (Em leccionação conjunta com a FCUP) • Medicina e Oncologia Molecular • Microcirurgia (Em leccionação conjunta com o ICBAS) • Psiquiatria e Saúde Mental • Saúde Pública (Em leccionaICBAS)

ção conjunta com o ICBAS)

DE VERÃO DA U. PORTO

o ICBAS)

Faculdade de Medicina Dentária (FMDUP)

Informações: Secção de Alunos • Telef: +351 220 901 100 • seccaoalunos@fmd. up.pt • www.fmd.up.pt 2.º Ciclo / Mestrado

Cirurgia Oral • Implantologia • Medicina Dentária Conservadora • Oclusão, ATM e Dor Orofacial • Odontopediatria • Ortodontia • Periodontologia • Prótese Fixa Implantar e Convencional • Reabilitação Oral Saúde Oral Comunitária

Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação (FPCEUP)

Informações: Serviço Académico • Telef: +351 226 079 700 / 226 061 887 • dacademica@fpce.up.pt • www.fpce. up.pt 2.º Ciclo / Mestrado

Ciências da Educação (este ciclo de estudos suporta um Mestrado Erasmus Mundus) • Ensino das Artes Visuais no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário (Em leccionação conjunta com a a FBAUP) • Estudos de Desenvolvimento em Ciências Sociais e Educacionais • Temas de Psicologia 3.º Ciclo / Doutoramento

3.º Ciclo / Doutoramento

PRIMEIRA UNIVERSIDADE

Ciências da Educação • Psicologia

Instituto de Ciênicas Biomédicas de Abel Salazar (ICBAS) Informações: Secretaria de Pós-Graduação • Telef: +351 222 062 221 • secposgrad@icbas.up.pt • www.icbas. up.pt 2.º Ciclo / Mestrado

Ciências do Mar - Recursos Marinhos • Ciências da Enfermagem • Contaminação e Toxicologia Ambientais (Em leccionação conjunta com a FCUP) • Medicina Legal • Oncologia • Medicina Tradicional Chinesa (aguarda registo pela DGES)

3º Ciclo / Doutoramento

Bioquímica (Em leccionação conjunta com a FCUP) • Ciências do Mar e do Ambiente (Em leccionação conjunta com a FCUP e as universidades de

• Patologia e Genética Molecular (Em leccionação conjunta com a FMUP) Aveiro e do Minho)

Em vez de salas de aula vão estar os espaços de um convento. O trânsito na VCI será trocado por caminhadas solarengas na montanha, os apartamentos, transformados em hotel rural e, à noite, o “Piolho” e a Ribeira não passarão de memórias perdidas ao som de um sarau conventual. Em moldes idílicos se constrói o cenário que aguarda todos os alumni, licenciados ou estudantes de pós-graduações, nacionais e estrangeiros, que se candidatarem (as inscrições foram já abertas) à primeira Universidade de Verão da U.Porto. É em “versão Verão” que a U.Porto e o concelho de Arouca vão dar as boas-vindas aos 90 participantes (30 por semana) esperados numa iniciativa inédita em Portugal e que, de 7 a 26 de Julho, vai levar ao distrito de Aveiro os saberes gerados na maior universidade do país. Isto através de cursos semanais de curta duração, devidamente certificados (com um máximo de 6 créditos ECTS) e centrados em temáticas integradas no contexto regional em que vão ter lugar. Aproximar a Universidade da região envolvente e reforçar a oferta da U.Porto ao nível da formação “fora de horas” são os principais objectivos de um projecto que segue o exemplo de outras grandes universidades europeias. “Já temos cursos de Verão mas são coisas pouco estruturadas. O que quisemos foi organizar uma Universidade de Verão com carácter residencial”, explica a vice-reitora Maria de Lurdes Correia Fernandes. “Arouca tem um envolvimento regional, nomeadamente pela existência da Serra da Freita, do maciço da Gralheira e do convento, que proporciona fenómenos interessantes em várias áreas. São

essas condições especiais que este curso multidisciplinar vai explorar”, acrescenta. Da teoria para o topo da Serra da Arada, passando pelas “pedras parideiras” até às profundezas das minas de volfrâmio de Regoufe e com intervalos para um doce conventual num mosteiro do século X, são muitos os atractivos que conduzirão os participantes ao “laboratório” de Arouca. Estruturados em seis módulos temáticos e privilegiando uma forte componente prática, os cursos vão cruzar as áreas da História da Arte e Botânica (1ª semana), Geologia e Saúde (2ª semana) e Literatura e Desenvolvimento Regional e Local (3ª semana). Todos os módulos serão leccionados e avaliados - através de relatórios orais ou escritos - por professores da U.Porto. Caberá a estes liderar os estudantes num quotidiano dividido entre aulas nas salas do convento de Arouca, visitas de estudo, saídas de campo e conferências por especialistas convidados. Antes do descanso - opcional - num hotel local, os participantes vão ainda usufruir de um programa cultural que inclui concertos e um sarau. Actividades que, para Maria de Lurdes Correia Fernandes, vão potenciar “a partilha de experiências” numa iniciativa que, no futuro, “pode alargar-se a outras regiões do país, dependendo do impacto desta primeira edição”. Para que nada falhe na Universidade de Verão, a U.Porto conta com o apoio da autarquia de Arouca, que garante apoio logístico e os transportes no interior do concelho. Benefícios incluídos numa propina que variar entre os 270 euros (dois módulos) e os 700 euros (programa completo), estando previstos benefícios para os alumni. Em opção de alojamento, aos valores referidos acresce, por noite, 33 euros (quarto duplo partilhado) ou 50 euros (quarto individual). Para mais informações, deve contactar Joana Coutinho, da Unidade de Educação Contínua da Reitoria da U.Porto, pelo telefone 220408053, ou consultar o site do evento em www.reit.up.pt. TR 33

Faculdade de Farmácia (FFUP)


PORTO, CIDADE, REGIÃO

U.Porto impulsiona parceria regional com

O

tema geral do 3º Encontro Porto Cidade Região promovido pela Universidade e pela Junta Metropolitana do Porto, “Porto Região de Conhecimento”, assumia como determinante o capital de conhecimento da região. O debate foi dividido em seis áreas estratégicas: Ambiente, Energia e Sustentabilidade; Saúde; Educação/Formação; Mar; Conteúdos; Manufactoring (indústria transformadora), envolvendo sempre elementos de dentro e fora da U.Porto. Os trabalhos decorreram a 28 e 29 de Janeiro, no Palácio da Bolsa, em parte à porta fechada para facilitar um contacto mais estreito entre as entidades e para promover a troca e conciliação de ideias. Segundo o programa definido, Março terá sido o mês da validação e elaboração das conclusões sectoriais e Abril o mês

da apresentação do relatório final. Entretanto, constituiu-se um grupo de trabalho acompanhante e, sobretudo, “facilitador” deste processo, nas palavras de Jorge Gonçalves, vice-Reitor da U.Porto. Houve igualmente a intenção de evitar excesso de protagonismos de cada uma das partes envolvidas, acrescentou o vice-Reitor. Não obstante, como afirmava Rui Rio, presidente da Câmara Municipal do Porto, na sessão de abertura da iniciativa, “a Universidade do Porto é e sempre será a cabeça desta vasta região”, enquanto o Reitor, José Marques dos Santos, salientava o simbolismo da iniciativa: “A U.Porto afirma-se, uma vez mais, como actor decisivo na definição de estratégias de desenvolvimento da região Norte”.

34

Momento de união À pergunta como pode a U.Porto contribuir para o desenvolvimento da região, a resposta foi dividida em duas: contributos para melhoria dos vários níveis de ensino e formação e contributos para incentivar a inovação e competitividade no tecido produtivo. Quanto à relação da Universidade com as empresas e agentes económicos, entendeu-se ser crucial alargar o âmbito das iniciativas de transferência de conhecimento e tecnologia para evitar que se restrinjam apenas às grandes empresas, contribuindo

assim para que se construa uma nova imagem da indústria no Norte. As empresas precisam que a U.Porto as mantenha ao corrente das tecnologias e do conhecimento (aplicados) mais recentes, para não perderem o comboio do futuro. Este aspecto tornar-se ainda mais pertinente na indústria transformadora (Manufactoring) e já se mostrou útil nos sectores dos têxteis e calçado, tantas vezes com morte anunciada mas sempre adiada. O grande objectivo é criar e fabricar aqui e vender no mundo, sabendo que a diferença está nas pessoas e no conhecimento que se transfere para a economia e se desenvolve, repensando os modelos de organização da indústria e incentivando as empresas a contribuir para as soluções de formação. Implicará ainda a construção de uma estratégia regional, com a participação da Universidade, da CCDRN, da Junta Metropolitana e de associações empresariais. Propõe-se a criação de um grupo de reflexão para definir áreas de I&D estratégicas e indicar um encarregado de negócios para Bruxelas.

Educação e formação são um todo A montante da transferência de conhecimento para as empresas, o Ensino e a Formação será outra grande área para a qual a U.Porto poderá dar o seu contributo. Na vasta produção de saber na área das ciências da educação, das didácticas das ciências e no diverso grupo de investigadores com experiência na preparação de conteúdos e metodologias para o ensino, ganham as escolas, nomeadamente as do ensino básico, e a formação de recursos humanos. Sabe-se que existem distorções na igualdade de acesso à universidade e a U.Porto, assumindo este desafio, salientava o vice-Reitor Jorge Gonçalves, pode apoiar os estudantes e a comunidade escolar na criação de meios que apoiem a aprendizagem, o ensino e o auto-estudo. A ideia-chave é conceber a educação e formação como um todo, articulando o ensino básico, secundário e superior, bem como a formação contínua. Aqui, mais do que pontes entre os subsistemas, existe um só palco onde se movimentam vários actores. Entre as acções a estabelecer estão: a criação de um grupo de trabalho para definir o espaço de actuação de um cluster e quem nele irá participar; a actuação da U.Porto na sua zona de acção para apoiar um ensino básico e secundário que sejam de excelência e reforçar a formação contínua; a organização de uma campanha para melhorar a imagem e o valor social da aprendizagem.


Cluster na saúde avança Apesar do acerto de posições para medidas de médio e longo prazo continuar, o Encontro Porto Cidade Região não foi falho em medidas mais imediatas. Na área da Saúde, fortalece-se o pólo competitividade e produção de conhecimento aplicado com a recente criação do I3S que congrega dois laboratórios associados, IPATIMUP e IBMC/INEB, adicionada ao saber de topo que tem vindo a ser produzido noutros campos da saúde, às pontes existentes com grandes empresas da região e ao empenho das diversas entidades (faculdades, hospitais, centros de I&D e empresas). Já foi avançado um nome para este cluster que envolverá também entidades de Coimbra, Braga e Lisboa, para além do Porto: “Health Cluster Região Norte”. Todas as entidades participantes neste grupo de debate validaram os objectivos e missão deste pólo de competitividade e mostraram vontade de nele participar, ainda antes da sua criação formal. O pólo será fundado nos princípios da “cooptição”, que significa um misto de cooperação e competição, da dinamização de projectos e facilitação de serviços state of de art aos associados.

tribuindo nomeadamente para estudar o uso de sistemas alternativos de produção de energia. O objectivo acordado neste sector é, no entanto, bem mais vasto: criar, no Norte, um pólo de referência internacional para o mar. Para tal, contribuirão não só as acções que estão em curso, mas também a elaboração de um “plano estratégico operacional para o mar”, articulando outros planos mais específicos, já existentes ou a elaborar, e ainda as aconselhadas criações de um observatório, de um congresso anual e de projectos-piloto.

O pólo será orientado para as necessidades do mercado global, usando as verbas disponibilizadas segundo as orientações do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN).

Desde logo, passa pela crucial área dos transportes e mobilidade. As acções definidas no encontro envolvem a elaboração de um “plano metropolitano de transportes escolares”; a substituição dos combustíveis tradicionais por gás natural; a promoção do transporte colectivo; a criação de parques de estacionamento periféricos; de mais corredores “BUS” e de faixas pedonais e dedicadas a veículos de duas rodas. A diminuição do nível de “electrização” da cidade, que se mantém acima da média por razões históricas, será outra área de intervenção. Numa terceira área, será preciso diminuir o fosso entre arquitectura e engenharia, promovendo as boas práticas na Universidade, incentivando o aproveitamento da luz solar, a micro-geração e a cogeração. A água é um bem escasso, por isso é preciso usá-lo racionalmente, assinala a quarta área fundamental para melhoria da qualidade de vida urbana, o que implica também a educação, um plano de recurso para uso racional e a recuperação de uma linha de água para servir de exemplo a actuações futuras. A quinta área, intervenção na envolvente, inclui a criação de uma área de paisagem protegida, a sustentabilidade no que toca a fogos, o aproveitamento energético da biomassa, a criação de áreas de lazer e a elaboração de dois planos: de intervenção em solos e para enfrentar as alterações climáticas na Área Metropolitana.

JOÃO CORREIA 35

Conteúdos e estação marítima no Norte Também na área dos Conteúdos, a receita de sucesso envolve parcerias e é baseada nas indústrias/empresas de conteúdos da região, de escala nacional e internacional, implicando também centros de investigação e produção de conhecimento (universidades) e governo. Os clusters de Austin e Barcelona são exemplos citados nesta área. Neste sentido, considerou-se necessário criar uma estrutura de governação, constituir um grupo de trabalho com representantes das diversas sensibilidades, criar um centro de investigação e formação em indústrias criativas e organizar um festival/mostra. Será necessário ainda procurar novas formas de financiamento do sector; actuar ao longo de toda a cadeia de conteúdos digitais (concepção, produção e disponibilização); facilitar o acesso do sector a arquivos nacionais, assim como alargar a presença de operadores regionais e de conteúdos de ciência e cultura nos canais nacionais. No sector Mar, está prevista, para este ano, a criação de uma estação de monitorização de vários parâmetros costeiros, con-

Porto, exemplo na qualidade de vida No sector do Ambiente, Energia e Sustentabilidade, a missão é tornar a Área Metropolitana do Porto exemplar do ponto de vista da qualidade de vida urbana. O caminho passa pela intervenção em cinco áreas fundamentais.


CULTURA

A VI Mostra de Ciência, Ensino e Inovação tem, na presente edição, um especial sabor desportivo. O centro nevrálgico desta verdadeira festa do conhecimento é a Faculdade de Desporto, na Asprela, onde vai decorrer, de 10 a 13 de Abril, um vasto leque de actividades. Neste âmbito, destacam-se naturalmente as comemorações do Dia da Universidade, cuja sessão solene está marcada para 9 de Abril.

A

36

pós uma primeira edição no Mercado Ferreira Borges e as seguintes no Palácio de Cristal, a Mostra de Ciência, Ensino e Inovação da Universidade do Porto muda-se este ano para as instalações da Faculdade de Desporto (FADEUP), por detrás do Hospital de São João. Assim o obrigam as obras no Palácio de Cristal. A data foi também deslocada para a frente no calendário. Em vez de Março, a VI Mostra decorrerá de 10 a 13 de Abril. O desporto vai marcar de forma especial esta edição da Mostra, não só porque acolhe o evento, mas também porque decorrerá, em paralelo, um vasto conjunto de actividades desportivas. Como explica Paulo Jorge Colaço, coordenador do programa paralelo FADEUPsport, “pretende-se que exista uma forte animação desportiva da Faculdade, que envolva toda a comunidade da U.Porto e visitantes da Mostra, já que algumas destas actividades poderão ser participadas por todos”. Estas iniciativas envolvem a Associação de Estudantes da FADEUP que, em estreita articulação com diversos gabinetes, nomeadamente através dos centros de treino, será responsável pela sua realização. Os gabinetes mais directamente envolvidos são: Atletismo, Educação Física Especial, Ginástica, Natação, Recreação e Tempos Livres e Voleibol. Entre as actividades previstas estão: Aulas de Step; Street Soccer; Escalada; Animação Desportiva; Orientação; Hip-hop; UPSwim; Torneio de Voleibol; Sarau de Ginástica; Boccia; Goalball; Atletismo para Deficiência Visual; Basquetebol em Cadeira de Rodas. Como habitualmente, foram contactadas as escolas do Norte e Centro Norte do país, assim como 111 câmaras municipais, algumas a apoiar directamente a organização na divulgação da Mostra. Será, de resto, montado um sistema de avaliação da eficácia de comunicação na Mostra, tendo em vista a sua melhoria.


Clarificar ideias sobre o futuro Para os jovens estudantes do ensino básico e secundário que ambicionam entrar no ensino superior, a Mostra de Ciência, Ensino e Inovação assume-se como um privilegiado momento de esclarecimento. Só aqui será possível percorrer, num mesmo local, as mais diversas carreiras e cursos superiores disponíveis nas 14 faculdades da

O Dia da Universidade do Porto será assinalado com um conjunto de iniciativas que incluem a Sessão Solene a 9 de Abril, a apresentação do “Livro de Francisco Rodrigues: Primeiro Atlas do Mundo Moderno”, pela Editora UP (17h00, Sala do Fundo Antigo, Reitoria), os Cumprimentos da Academia ao Reitor (18h00, Salão Nobre da Reitoria) e um concerto de Jazz ao ar livre (18h00, Praça Gomes Teixeira). As comemorações integram ainda um Concerto Comemorativo do 97º Aniversário da U.Porto (21h00, 5 de Abril, Casa da Música), a SPIE UP 2008 (7 a 11 de Abril) e a Mostra de Ciência, Ensino e Inovação.

U.Porto. Além disso, o contacto pessoal com a comunidade académica permite-lhes obter resposta directa a dúvidas sobre o conteúdo, organização e abrangência dos cursos da U.Porto, as relações da Universidade com o mundo profissional, o quotidiano académico na cidade do Porto, as alterações provocadas pelo Processo de Bolonha, entre outras questões. A Mostra não é, contudo, um evento exclusivo para futuros estudantes universitários. Só no ano passado, 12.000 pessoas participaram nesta festa do conhecimento, onde é possível compreender o impacto que a Universidade tem na comunidade e no desenvolvimento científico e tecnológico do país. A VI Mostra de Ciência, Ensino e Inovação estará aberta entre as 10 e as 19h00 dos dias 10, 11 e 13 de Abril – no sábado, dia 12, as portas mantêm-se abertas até às 23h00. Em qualquer dos dias, a entrada é gratuita. Os grupos, nomeadamente de escolas, podem solicitar marcação de visita através do telefone 22 040 80 68.

Programa 9h30 Abertura da Sessão Solene José Carlos Marques dos Santos – Reitor da Universidade do Porto Orador convidado: Emilio Botín – Presidente do Grupo Santander “El papel y la responsabilidad social de las empresas en el apoyo a las Universidades”. Intervenções: António Pinho Vargas – Em representação dos antigos alunos. Ana Raquel Teixeira – Em representação dos estudantes. Rui Gouveia – Em representação dos funcionários não docentes.

Entrega de Prémios 2008 – Entrega de diplomas aos estudantes contemplados com o Prémio Incentivo – Entrega de diploma aos docentes galardoados com o Prémio “Excelência E-Learning U.Porto” Proclamação de Professores Eméritos da U.Porto Prof. Arquitecto Nuno Portas Prof. Arquitecto Sérgio Fernandez

37

Três grandes áreas A área expositiva organiza-se em três grandes áreas: Ciências da Saúde; Ciências e Tecnologias; Ciências Sociais, Artes e Humanidades. No interior destas grandes áreas, os stands de departamentos das faculdades e as unidades de investigação da U.Porto estão organizados em núcleos temáticos, ou clusters, de acordo com a proximidade das relações que mantêm na actividade científica. Durante quatro dias, centenas de professores, investigadores e estudantes das 14 faculdades e de 12 dos mais importantes centros de investigação da U.Porto vão transferir as actividades mais apelativas dos seus laboratórios e salas de aulas para os pavilhões da Faculdade de Desporto (junto ao Hospital de São João e à estação de metro do IPO) para dar a conhecer e experimentar as actividades de ensino, investigação e prestação de serviços que quotidianamente se realizam na maior universidade do país. O visitante da Mostra tem a possibilidade de assistir a várias dezenas de demonstrações de Ciência e Tecnologia produzidas na U.Porto e participar pessoalmente em outras tantas experiências, testes e ensaios.

J O Ã O CO R R E I A / R AU L S A N TO S

A área expositiva organiza-se em três grandes áreas: Ciências da Saúde; Ciências e Tecnologias; Ciências Sociais, Artes e Humanidades.


EMPREENDER

Muitos portugueses estão longe de imaginar que neste país se desenvolvem sistemas GPS tecnologicamente pioneiros e telemóveis com software 100% nacional. Pois bem: do Porto para o mundo, a NDrive Navigation Systems bate-se com os gigantes das telecomunicações estribada na relação preço/qualidade e no carácter inovador dos seus produtos. Formados na U.Porto, Eduardo Carqueja e João Neto assumem sem rebuço o risco de navegarem na vanguarda da tecnologia e do empreendedorismo.

S

38

e calhar é uma fatalidade nacional. Com os Descobrimentos quinhentistas, Portugal contribuiu decisivamente para o aperfeiçoamento da cartografia e da orientação náutica. Cinco séculos decorridos, há novos portugueses a querer provar que a História se repete. Eduardo Carqueja e João Neto, os dois fundadores e administradores da NDrive Navigation Systems, estão empenhados em facilitar a orientação já não de marinheiros, mas sim dos cidadãos em geral na sua vida quotidiana. Para tanto, encontram-se hoje a desenvolver e a comercializar com sucesso produtos GPS (Global Position System) e smartphones equipados com sistemas de navegação. Mas a travessia desta dupla de empreendedores também conheceu o seu “Cabo das Tormentas”, sem que, contudo, tenha havido cedências à tentação pessimista dos “velhos do Restelo”. A epopeia teve início em 2001, no Porto. E a caravela que levava a bordo Eduardo Carqueja e um outro sócio, que entretanto abandonou o projecto, chamava-se InfoPortugal, empresa que se propunha desenvolver software de navegação para instalação em telemóveis. Mas a embarcação rapidamente sofre um rombo no casco, obrigando à reorientação do negócio. “Na altura falava-se muito da 3ª geração de telefones móveis e esperava-se que as pessoas fossem utilizar muitos mais serviços nos telemóveis. Por isso, achei que os serviços baseados na localização constituíam uma boa oportunidade empresarial”, explica Eduardo Carqueja. Acon-


1º telemóvel português Também no final de 2007, a empresa lançou o primeiro telemóvel de tecnologia inteiramente portuguesa: o NDrive Phone 300, aparelho que incorpora um sistema GPS, entre outras valências (Windows móvel, sistema operativo Microsoft, HiFi, bluetooth, etc.). Para Eduardo Carqueja, foi “uma evolução natural”, dado que “há cada vez mais pessoas a querem que os sistemas de navegação venham incorporados nos telemóveis”. Este smartphone está a ser comercializado em Portugal (mais de 5 mil unidades vendidas) e Espanha, devendo sê-lo igualmente em França e Itália. Em 2008 esperam-se vendas da ordem dos 100 mil aparelhos. De resto, 50% da produção da NDrive destina-se ao mercado externo. E para ser competitiva, designadamente face aos gigantes das telecomunicações, a empresa escora-se na “boa relação preço/qualidade” dos seus produtos. Por outro lado, há uma aposta constante na inovação (em 2007, o investimento em I&D rondou os 400 mil euros) e uma “grande confiança” na produtividade da equipa de engenheiros. A principal desvantagem é, naturalmente, o “desconhecimento da marca lá fora”, factor crucial num sector em que “as compras são muito emotivas”. Daí que Eduardo Carqueja reconheça ser “um desafio complicado” ombrear com a concorrência internacional. A NDrive gerou, em 2007, um volume de negócios de 11,4 milhões de euros, valor que espera triplicar este ano. Para tanto, prevê comercializar mais de 400 mil aparelhos (GPS e telemóvel) e investir 500 mil euros no desenvolvimento de novos produtos, designadamente um primeiro sistema de navegação com comunicações e um GPS com medidor de alcoolemia. Além de Eduardo Carqueja, licenciado em Economia pela FEP e antigo docente de Marketing desta faculdade, e de João Neto, licenciado em Engenharia Electrónica pela FEUP e ex-investigador do INESC/Porto, a empresa conta com mais de 50 colaboradores, na sua maioria qualificados.

RICARDO MIGUEL GOMES

Bênção presidencial Em 2005, os responsáveis da InfoPortugal sentiram que “o mercado, tecnologicamente falando, estava a atingir a maturidade, o que permitia voltar a pôr de pé o sonho inicial de resolver os problemas de localização das pessoas”. Neste sentido, tornaram a concertar esforços no desenvolvimento de uma solução de navegação que, um ano depois, entraria no mercado sob a marca NDrive. Tratou-se do primeiro software para GPS totalmente desenvolvido nosso país e único na Península Ibérica, embora o hardware fosse de outras marcas. Ainda assim, em 2006, Cavaco Silva presenteou o Rei Juan Carlos de Espanha com um GPS NDrive, procurando, deste modo, transmitir a ideia de um Portugal moderno e inovador. “[O Presidente da República] foi o nosso melhor relações públicas, porque criou um primeiro awareness da marca”, garante Eduardo Carqueja. Em Julho de 2007 dá-se a cisão da InfoPortugal – que passa a dedicar-se apenas aos conteúdos cartográficos e é adquirida maioritariamente pelo grupo Impresa – e a subsequente criação da NDrive Navigation Systems, empresa que centra a sua actividade nas soluções de navegação pessoais e portáteis NDrive Go (software e hardware da marca). Esta gama de produtos foi recentemente enriquecida com o G800: o primeiro sistema GPS do mundo com fotografias aéreas, sendo estas fornecidas

pela multinacional norueguesa Blom. “Para nós era evidente que a lógica do Google Earth cativava muita gente. As fotografias reais dão mais precisão e facilitam a interpretação das ruas”, defende Eduardo Carqueja, justificando assim a pertinência de um produto no qual investiram 200 mil euros. O G800 é comercializado em Portugal, Espanha, França e Itália, mas será ainda lançado em Inglaterra, Benelux, Alemanha e países escandinavos, prevendo-se a venda, em 2008, de 200 mil destes aparelhos.

39

tece que “os telemóveis de 3ª geração foram o maior logro da tecnologia dos últimos tempos, pois não havia aparelhos. Só serviu para vender licenças aos governos. Eu fui dos que acreditei que ia acontecer uma revolução tecnológica. Só que essa revolução não aconteceu e, passados dois anos, estávamos praticamente falidos. Tínhamos produtos interessantes, mas não havia aparelhos onde os aplicar”. Todavia, não regressaram à estaca zero. Entretanto a empresa, para a qual haviam canalizado 2 milhões de euros de investimento e contratado 20 pessoas, já se tinha abalançado na tarefa hercúlea de produzir mapas do país inteiro. “Tornámo-nos muito bons geograficamente falando, pois coligíamos grandes bases de dados geográficos. E acabámos por vender serviços baseados nesse know-how a entidades públicas, sobretudo autarquias, que têm uma enorme actividade na área do ordenamento do território”, recorda Eduardo Carqueja. Não tendo cão, caçaram com gato. Por outras palavras, não havendo telemóveis 3G, a InfoPortugal passou a comercializar telefones móveis QTek, fabricados em Taiwan. “Não eram da última geração, mas permitiam programar e colocar aplicações com mapas nossos”, explica Eduardo Carqueja. O sucesso levou mesmo à criação de um spin-off para a comercialização desses telemóveis (HTC/ QTek), os quais “têm hoje uma quota interessante no segmento da telefonia”.


40


ALMA MATER

UM EXCESSO DE SIZA

Em cima dos estiradores repousam plantas ou simples esquissos de projectos que, na esmagadora maioria das vezes, se quedam pela simples condição de exercícios académicos. A arquitectura é assim: oscila entre a especulação própria da arte e o pragmatismo da construção. Como demiurgos, os estudantes da FAUP tentam dar um princípio organizador aos seus pequenos mundos. O traço é ainda periclitante como o voo inaugural das aves, mas no papel desfilam já as primeiras propostas de ocupação do espaço e de definição de um tempo. Neste tumulto criativo, o edifício da FAUP insinua-se com a lascívia de uma musa. A obra de Álvaro Siza Vieira abre-se em luz coada e faz soltar a geometria dos objectos, lembrando aos estudantes que a arquitectura resulta da tensão entre a estética e a funcionalidade. Nas salas, corredores e biblioteca da “mais bela escola do mundo”, como lhe chamou o arquitecto Alexandre Alves Costa, acontece o excesso. Esse tanto, esse imenso tanto que só os mestres conseguem emprestar as suas obras.

41

RMG


VIDAS & VOLTAS

A NECESSIDADE AGUÇA O ENGENHO. ASSIM ACONTECEU EM JULHO DE 1951, QUANDO O ORFEÃO UNIVERSITÁRIO DO PORTO, CARENTE DE VERBAS PARA CUSTEAR A SUA DIGRESSÃO DE PÁSCOA, DECIDIU PARODIAR GRANDES ESTRELAS DO SHOWBIZZ DA ÉPOCA. O RESULTADO FOI O “BALLET SHUNGÁRIA”, CUJA ESTRELA MAIS RUTILANTE ERA CYD CHOURISSO. NA BAIXA PORTUENSE, A CHEGADA DA SUPOSTA DIVA FOI DEVIDAMENTE SAUDADA E NO COLISEU A PANTOMINA REDUNDOU NUM SUCESSO DE PÚBLICO.

42

JOÃO CORREIA

E

ra ano de eleições para a Presidência da República, mas Portugal habituara-se a viver friamente esses momentos porque o resultado era conhecido. Nada a assinalar, portanto, excepto que, nessas eleições de 21 de Julho de 1951, se apresentaria Ruy Luís Gomes, matemático e professor da Universidade do Porto, depois considerado “sem idoneidade”, portanto não elegível, pelo Supremo Tribunal, mais uma manigância “de secretaria” do regime salazarista. Apesar da oposição democrática e republicana candidatar o almirante Quintão Meireles, as eleições seriam ganhas por Craveiro Lopes – indicado pelo partido do poder, a União Nacional –, que sucedia assim a Óscar Carmona. As atenções viravam-se então para assuntos mais prosaicos do dia-a-dia. A televisão ainda não chegara aos lares portugueses. Entre os vários concertos e espectáculos de teatro que havia na cidade, a memória das gentes do Por-

to guardava, em particular, um de ballet contemporâneo, “Hungaria” de Miklós Rózsa, que tinha acontecido uns meses antes. Na manhã de 15 de Março de 1951, a cidade acordou com uma notícia na rádio e jornais que apelava, vagamente, a essa memória e parecia prometer a presença de uma grande estrela no Coliseu: “O célebre ‘Ballet Shungária’, proveniente do A-lasca, tendo como primeira bailarina a conhecida Cyd Chourisso, chega hoje ao fim da tarde à Estação de S. Bento donde seguirá em cortejo até ao Coliseu para actuar, logo à noite, no sarau do Orfeão Universitário do Porto”.

A Chourisso do “Ballet Shungária” Com providenciais toques de magia ortográfica, a fórmula infalível do anúncio juntava referências ao ballet “Hungária” e a Cyd Sharisse, a famosa e formosa partnair de Fred Astaire e Gene Kelly nos musicais dos estúdios da MGM, nomeadamente em “Singin’in the Rain”. E ainda o Orfeão Universitário do Porto, cujos saraus eram habitual fonte de bons momentos de diversão. Apesar de muitos desconfiarem da associação de todos os elementos, a proposta parecia imperdível. Pela raridade do momento, para uns, ou pela estranheza e o caricato da proposta, para outros. O anúncio referia ainda a chegada da estrela Chourisso e do seu “Ballet Shungária” à Estação de S. Bento e a deslocação, em cortejo, em direcção ao Coliseu. A foto atesta o sucesso da fórmula, com os assistentes a acumularem-se nos passeios para assistir ao distinto cortejo que


Da esq. para a dta. e de cima para baixo: Lino Mendes, Licínio Cardoso (“manager” de Cyd Chourisso), Rui Vaz Osório (Cyd Chourisso), Herbert Sequeira; Américo Marques; Tavares Fortuna; Manuel Vasconcelos; António Ramalhão; José Cruchinho Leitão; Agostinho Sena Esteves.

incluía as estrelas em “dona Elvira” – emprestada, claro, porque não havia dinheiro para alugar –, saudando a populaça, e batedores engalanados a abrir caminho à frente. Nem mais. O facto de ser sábado e muitas famílias passearem nas ruas da Baixa ajudou. Vistas ao vivo, as estrelas eram dotadas de feições mais duras do que a delicadeza dos passos dançantes da verdadeira Cyd Sharisse faria supor. Nem do Alasca, quanto mais do “A-lasca”! Na realidade, estas “lascas” tinham entrado no comboio em Campanhã para saírem em S. Bento.

Da esq. para a dta.: Rui Vaz Osório, Manuel Figueiredo e Licínio Cardoso.

O Orfeão arranjou, assim, receita suficiente para a uma boa digressão de Páscoa – porque era isso que estava em causa – pela Galiza. “Boa casa” no Coliseu significava dinheiro para suportar uma bem sucedida digressão na Páscoa desse ano. Antes, através de uma janela aberta na montra do Café Palladium, onde hoje está instalada a loja FNAC de Santa Catarina e que na época era muito frequentado por estudantes, foram vendidos também alguns bilhetes para o sarau. Os orfeonistas da época salientam a imaginação, coragem e a capacidade de mobilização da população, em comparação com a actividade actual destes grupos… Os tempos mudam, as solicitações de cultura, lazer e diversão são hoje imensas. Fruto do tempo?

43

Saiotes, rendas e pernas peludas Certo é que, para além do sucesso nas ruas, o Coliseu estava “à pinha”. E o espectáculo esteve à altura. Tudo cuidadosamente ensaiado, porque a galeria não perdoava falhas! Uma vez chegou a cair no palco uma galinha viva atirada de pára-quedas da galeria. Após as actuações musicais do Orfeão, começaram as variedades. Bailarinas com saiotes rendados a preceito, elegantíssimo o de Cyd Chourisso, interpretariam a “Dança das Horas”, de Ponchieli. Mas os pêlos das pernas não enganavam, até porque não estava suficientemente estudado o efeito das hormonas masculinas na performance das atletas. A surpresa inicial deu rapidamente lugar à gargalhada. Ainda mais desbragada com a falhada entrada em palco da famosa Chourisso que se chamava afinal Rui Vaz Osório e, apesar do cuidadoso ensaio, se estatelou no chão ao tentar um acrobático, digamos, “grand jeté”. Mas até a queda tinha aspecto de ter sido ensaiada!


VINTAGE

DESCOBRIR O PASSADO DA ACTIVIDADE CLÍNICA ATRAVÉS DA LEITURA DO INSTRUMENTO É A ABORDAGEM QUE SE PRETENDE INCENTIVAR NA HISTÓRIA DA MEDICINA DA FMUP. EIS UM POUCO DE MEMÓRIA DA CIRURGIA, NUM OLHAR BREVE POR PEÇAS ESCOLHIDAS DO MUSEU DE HISTÓRIA DA MEDICINA MAXIMIANO LEMOS. A VIAGEM COMEÇA NO EMBLEMÁTICO BISTURI.

EXTRAIR HISTÓRIA DO

E

mblemático na cirurgia. Nada é mais cortante e preciso do que um bisturi. Lâmina pequena e ligeira como o seu nome, de um metal para abrir tecidos sem esforço. A evolução do bisturi, tal como os restantes instrumentos médicos, acompanhou a evolução da ciência, técnica e tecnologia, a eficácia e a progressiva preocupação com o bem-estar do doente e, genericamente, a evolução da sociedade. Na disciplina de História da Medicina e no museu respectivo da Faculdade de Medicina da U.Porto (FMUP), a regente da disciplina tenta desenvolver a abordagem da história a partir da observação do instrumento. Amélia Ricon Ferraz, também directora do Museu de História da Medicina Maximiano Lemos, explica como a leitura do objecto leva ao contexto históricocientífico em que foi produzido e utilizado. Assim se tentará fazer, neste texto, uma espécie de cirurgia histórica básica do instrumento cirúrgico. Os avanços da ciência e técnica não se reflectiram, contudo, de modo imediato e homogéneo nas práticas cirúrgicas e nos instrumentos que lhe estão associados. As influências exerceram-se progressivamente.

44

Artistas de cutelaria Não recuaremos muito para além da Era Moderna. Um dos momentos marcantes no avanço dos instrumentos cirúrgicos foi o início do uso de armas de fogo no Renascimento. A extracção de projécteis, a amputação de membros severamente lesados, o controlo das hemorragias e o reequilíbrio da circulação sanguínea obrigaram a encontrar novos instrumentos. Foi o que fez Ambroise Paré ((1510-1590), com a ligadura e a pinça em bico de corvo. “Les oeuvres de Chirurgie”, de Jacques Guillemeau, publicado em 1594, incluía pela primeira vez na história da Medicina desenhos graduados de instrumentos


Estojo de Carlos Lima

Instituto Pasteur de Lisboa

45

para informação de fabricantes que, até aí, eram habitualmente armeiros, ferreiros, ou fabricantes de agulhas e navalhas. A decoração dos instrumentos, antes com madeira, osso e chifre, passou a ser feita com materiais orgânicos mais dispendiosos, sinal do estatuto social e económico do cirurgião que os usava, como ébano, marfim e carapaça de tartaruga. É o caso dos dois primeiros bisturis que surgem na fotografia organizados evolutivamente de baixo para cima (pág. 44). O bisturi curvo, em marfim e latão, foi usado na cirurgia da hérnia inguinal, curvo e boleado na ponta para não ferir os intestinos. O bisturi recto e articulado que surge logo a seguir é feito em tartaruga, latão e aço, e apresenta marcas de aproximação à chama, na linha das descobertas de Pasteur e Lister sobre anti-sepsia na prática cirúrgica. Ambos os bisturis datam do século XIX, mas correspondem ao contexto científico referido antes. O século XVII inicia um período de extraordinárias evoluções nas ciências e também na Medicina. Foi o século de Galileu, Bacon e Descartes que fundaram as bases da ciência moderna, o trabalho metódico e sistemático baseado na dúvida e na prova empírica. Surgem o microscópio e o termómetro que muito influenciaram as evoluções seguintes. Os primeiros catálogos conhecidos de instrumentos cirúrgicos foram publicados no século XVIII. O primeiro foi elaborado por um cuteleiro de Paris, J.J. Perret, mas o primeiro catálogo publicado por um fabricante de instrumentos cirúrgicos saiu das mãos de J.H. Savigny. Como a amputação era a intervenção mais praticada, os cuteleiros dominavam a produção. Havia três tipos de instrumentos: os cortantes (serras, facas, bisturis e trépanos); os não cortantes (sondas, tenáculos, ganchos e cautérios); e as pinças articuladas e de dissecação, que exigiam a fundição de metal, a concepção de encaixes, afiação, polimento e, quando necessário, adaptação de cabos. Cada cirurgião tinha os seus próprios instrumentos, guardados em estojos e organizados por funções. Havia os estojos de litotomia (para eliminação de cálculos no sistema urinário, por exemplo), de amputação e trepanação (intervenção com incisão craniana). O estojo do cirurgião Carlos Lima (1866-1958), em pele e metal, é um destes exemplos. Foi, contudo, no século XIX que os hospitais começaram a ter instrumentos disponíveis.


46

ANTÓNIO POLYCARPO BAPTISTA (POLYCARPO) No século XIX, destacou-se a oficina de António Polycarpo Baptista, provavelmente natural da Benedita, que funcionou na Travessa de S. Nicolau, em Lisboa, a partir de 1822. A qualidade das peças deste fabricante de cutelaria e instrumentos cirúrgicos foi reconhecida com as mais altas distinções. A antiga fábrica passou por vários proprietários e surgiu a Cutelaria Polycarpo, em 1910, propriedade de Xavier da Gama e Artur Neves Teles. Em 1912, estes proprietários construíram uma nova fábrica em Arroios e fecharam a antiga oficina na Rua de S. Nicolau, mantendo-se aquela em actividade até 1921.

INSTITUTO PASTEUR DE LISBOA A produção de instrumentos cirúrgicos no Instituto Pasteur de Lisboa, situado na Rua Nova do Almada, terá começado na década de 1930, apesar do negócio de compra e venda de instrumentos ser anterior. Os seus serviços estavam divididos em quatro secções, sendo a 4ª ligada a produtos e equipamentos de laboratório, farmácia e instalações médicas e ainda a instrumentos cirúrgicos. No Porto, o Instituto Pasteur de Lisboa era representado pela Casa A. Magalhães, no Largo dos Lóios.

MANUEL VALENTE DOS SANTOS (MAVAS) Foi funcionário do Instituto Pasteur de Lisboa. Algum tempo depois, começou a trabalhar na zona onde nasceu, Soutelo da Branca (Albergaria-a-Velha), montando aí oficina. Mais do que um fabricante, Manuel Valente dos Santos foi um criador e inventor, com patentes e instrumentos vendidos em vários países. Mantinha contacto com cirurgiões e assistia às suas tarefas, controlando a funcionalidade dos objectos produzidos. Depois de uma apresentação paralela a um Congresso de Urologia em Miami, abriu uma oficina, em 1968, em Newark, Nova Jersey. Nos EUA, trabalhou para a Weck, onde também formou outros técnicos e, já regressado a Portugal, produziu para a Stryker Surgical International Company, entre 1981 e 1989.

EUROCITEL (CITEL) Criada em 1973/74, na Benedita (Alcobaça), a partir da empresa Eugénio Pereira, que antes laborava na zona de Lisboa. A Eurocitel produz instrumentos para o mercado nacional e internacional, com uma forte componente de formação, nomeadamente em articulação com o Centro de Formação para a Indústria Metalúrgica e Metalomecânica (CENFIM) e com escolas. Dispõe de 18 funcionários e é gerida por Eugénio Pereira e sua irmã, Maria Armanda Coelho Pereira Grant.

MANUEL NUNES ANTÃO (ANTÃO) Foi um dos discípulos de Manuel Valente dos Santos e seu conterrâneo. Iniciou a produção de instrumentos cirúrgicos na sua casa, também em Soutelo da Branca, no final da década de 1940. Após 1956, criou a sua própria oficina. Antão produziu instrumentos para vários hospitais e instituições privadas e elaborou catálogos em várias áreas cirúrgicas. Por exemplo na área da Ginecologia, o catálogo era dominado pela Electrocirurgia e Cirurgia a Laser. Apesar do equipamento diverso de que dispõe, a produção é fundamentalmente manual e, em muitos casos, a pedido do cliente e produzida especificamente para responder a cada pedido.

JOÃO CORREIA

A revolução esterilizadora Entre o século anterior e a primeira metade do século XIX, os avanços na Química, Física e Engenharia permitiram o desenvolvimento do trabalho e da aplicação dos metais e da sua diversificação. A prata é dos metais não ferrosos mais utilizados na manufactura dos instrumentos cirúrgicos pela sua maleabilidade e elevada resistência à oxidação e corrosão pelos fluidos corporais (o terceiro bisturi, na foto da pág. 44, de cima para baixo, é de prata alemã e aço). As descobertas de Pasteur sobre microorganismos patogénicos e a sua eliminação por acção térmica, bem como as descobertas de Joseph Lister sobre a desinfecção com fenol na prática cirúrgica, revolucionaram realmente a Medicina e a Cirurgia, assim como a concepção dos instrumentos. Desde logo, o aquecimento preconizado por Pasteur e os métodos anti-sépticos de Lister provocavam uma degradação mais acelerada dos materiais orgânicos. Estes começaram então a ser abolidos dos instrumentos cirúrgicos, assim como as articulações fixas e as formas complexas, onde se alojam mais facilmente microorganismos. Embora a electro-laminação (com níquel e crómio) fosse utilizada desde as primeiras décadas do século XIX, somente nos finais deste século passa a ser largamente aplicada, desta vez sem objectivos estéticos, mas porque parecia proteger o aço dos sucessivos desgastes (no quarto bisturi, na foto da pág. 44, de cima para baixo, entra o aço cromado). Ter-se-ia de aguardar a introdução do aço inoxidável a partir da década de 20 do século XX para se obter a resistência do material desejada. O alumínio (o quinto bisturi, na foto da pág. 44, de cima para baixo, é de aço e alumínio) foi outro metal não ferroso introduzido na manufactura dos instrumentos pela sua leveza, apesar da sua exígua durabilidade e dureza. As peças finais da fotografia terminam com dois instrumentos contemporâneos, de formas mais simples, primando pela funcionalidade e não pelo aspecto, garantindo a facilidade de esterilização. Primeiro um bisturi em aço inoxidável facilmente esterilizável de duas peças separáveis. A lâmina é construída numa liga com uma percentagem de carbono que a torna mais cortante. O último é constituído com cabo em plástico, material que inundou as sociedades contemporâneas nas últimas décadas, e é descartável.

A manufactura de cutelaria em Portugal surgiu à boleia da industrialização impulsionada pelo Marquês de Pombal, após o terramoto de 1755. Entre os fabricantes e vendedores portugueses em actividade a partir do início do século seguinte, estão António Polycarpo Baptista, o Instituto Pasteur de Lisboa, Constantino da Costa Lopes; A.J. Costa Lopes, Eugénio Pereira e Eurocitel, Manuel Valente dos Santos e Manuel Nunes Antão. Destes, destacaram-se cinco.


MONTRA

NOVA EDUCAÇÃO NA NOVA CIÊNCIA PARA A NOVA SOCIEDADE

FUNDAMENTOS DE UMA PEDAGOGIA CIENTÍFICA CONTEMPORÂNEA, VOLUME I

OS FANTASMAS DE SERRALVES ANDRÉ TAVARES

DIREITO E DESPORTO

ESTUDOS FISCAIS E DE GESTÃO

DAFNE EDITORA

GLÓRIA TEIXEIRA (COORDENAÇÃO)

A Casa de Serralves é uma obra singular no contexto português e uma das expressões melhor conservadas de um certo modo de construir e pensar a arquitectura que marcou a Europa, no período entre guerras. Conduzido pelo industrial têxtil Carlos Alberto Cabral, o processo de desenho e construção da casa foi acompanhado pelo arquitecto Marques da Silva e contou com contributos dos arquitectos parisienses Charles Siclis, Jacques-Émile Ruhlmann e Jacques Gréber. “Exemplar notável das práticas de construção de luxo entre as exposições de Paris de 1925 e 1937, Serralves sintetiza uma ambição de liderança social e espiritual que acompanhou o debate das vanguardas europeias”, explica o autor. Este livro apresenta a biografia dos arquitectos parisienses e desvenda as peripécias de construção da casa e dos jardins, através da leitura e interpretação de materiais originais existentes em arquivos do Porto e Paris. O autor, André Tavares (Porto, 1976), é arquitecto pela Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (2000). Em 2005 publicou o livro Arquitectura antituberculose, trocas e tráficos na construção terapêutica. O livro, edição da Dafne Editora, foi apresentado numa sessão a 27 de Novembro de 2007, com o apoio da Fundação de Serralves e do Instituto Marques da Silva.

Esta “breve apresentação” do tema “Fiscalidade e Desporto”, como designa a coordenadora desta edição, Glória Teixeira, investigadora do Centro de Investigação Jurídico-Económica (CIJE) e professora da Faculdade de Direito da Universidade do Porto, baseia-se na Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto e correspondente legislação fiscal. Os textos são a versão escrita de apresentações orais numa conferência sobre o tema que decorreu em Abril de 2007, na Faculdade de Direito da Universidade do Porto. O volume inclui textos sobre: fiscalidade e desporto; o regime fiscal dos clubes desportivos de utilidade pública; o perfil do gestor desportivo; a tributação do rendimento dos praticantes desportivos; o regime jurídico do desporto profissional; as taxas de IVA e a prática de actividades desportivas. Dos anexos, constam a Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto (Lei nº 5/2007) e o Livro Branco Sobre o Desporto, publicado pela Comissão das Comunidades Europeias. No texto “Fiscalidade e Desporto”, Glória Teixeira considera de “duvidosa constitucionalidade nacional e europeia” o estabelecido nos números 2 e 3 do artigo 18º da Lei nº 5/2007: “Não são susceptíveis de recurso fora das instâncias competentes na ordem desportiva as decisões e deliberações sobre questões estritamente desportivas” (nº2, artº18).

EDIÇÕES ALMEDINA

DUARTE COSTA PEREIRA

A explicação de como a Educação influi sobre as nossas mentes e a procura da melhor maneira de o fazer tem evoluído, no mínimo, como a Psicologia, sujeita pelo menos a três revoluções desde o começo do século XX: a comportamental, a cognitiva e a discursiva. Enfim, os conteúdos de que a Educação se serve, particularmente o que é abordado neste livro – a Ciência –, evoluíram desde o iluminismo do século XVIII até ao construtivismo actual, passando pelas diferentes formas de positivismo dos séculos XIX e XX. A optimização da Educação Científica terá que passar pela consideração de todas estas características, não só para facilitar a inserção na Sociedade do Conhecimento como também para contrariar os aspectos negativos dessa sociedade. É isso que o autor deste livro despretensiosamente pretende fazer, socorrendo-se da vasta experiência da sua longa carreira. O autor é docente da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Os seus interesses de investigação têm estado relacionados com a actividade docente e têm coberto aspectos relacionados com a epistemologia, a sociologia, a psicologia e a potenciação da Didáctica das Ciências pelas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).

47

EDITORA UP


48

O

Departamento de Matemática da Faculdade de Ciências da U.Porto (FCUP) pretende estabelecer uma relação mais próxima com os antigos alunos, para ajustar a respectiva formação e melhor servir o mercado de trabalho. Neste sentido, será necessário aumentar a actual base de dados e criar um primeiro observatório de emprego, contribuindo assim para conhecer o potencial de empregabilidade das formações em Matemática. O objectivo passa ainda, explica o coordenador do projecto, João Nuno Tavares, também professor no Departamento de Matemática, por recolher depoimentos sobre a relevância da formação matemática nas várias actividades profissionais que actualmente os antigos alunos desempenham, ajudando a dirigir os conteúdos e metodologias para um ensino mais eficaz e com maior potencial de atracção no mercado de trabalho. Os depoimentos poderão também ser usados para suportes de divulgação dos cursos e saídas profissionais, inspirando novos estudantes. Alguns depoimentos recolhidos já estão disponíveis no sítio http://www.fc.up.pt/mat/index.php?id=3. Para deixar um depoimento basta preencher o respectivo formulário, em http://www.fc.up.pt/mat/, podendo sempre contactar o coordenador do projecto através do e-mail: jntavar@fc.up.pt. Está, no entanto, em vias de adjudicação um estudo a uma empresa da especialidade que faça uma recolha mais sistemática, rigorosa e completa através de inquéritos a antigos alunos e de entrevistas a instituições empregadoras, como instituições de ensino, empresas do sector industrial, seguradoras, Instituto Nacional de Estatística, Rede Eléctrica Nacional, Bolsa, entre outras. Entretanto, reiniciaram-se as actividades de formação contínua, creditadas pelo Conselho Científico e Pedagógico da Formação Contínua, dirigidas a professores do ensino secundário, o que contribuirá para uma mais estreita ligação aos antigos alunos e para a melhoria do ensino.

JOÃO CORREIA

A

pós um jantar/debate com o Ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, antigo aluno de Economia na U.Porto, que decorreu no final de Janeiro no Casino da Figueira da Foz, a Associação dos Antigos Alunos da Faculdade de Economia (AAAFEP) inaugura um programa de iniciativas em articulação com a Associação de Estudantes da mesma faculdade. O primeiro momento desse programa conjunto será uma iniciativa inédita designada “Jantar de Vocações”. O “Jantar de Vocações” decorrerá em Abril e juntará antigos e actuais estudantes em debate à volta de um conjunto de 12 temas, a que corresponde igual número de mesas: 1. Gestão Autárquica; 2. Gestão Internacional; 3. Gestão Cultural; 4. Gestão Social; 5. Gestão Bancária; 6. Gestão de Saúde; 7. Marketing; 8. Auditoria e Consultoria; 9. Comunicação Social; 10. Construção Civil; 11. Finanças; 12. Mercados Financeiros. A cada uma das mesas/tema corresponderá um conjunto de 10 pessoas, sendo oito estudantes e dois antigos alunos que lançarão o tema. O jantar decorrerá a 10 de Abril, no Bessa Hotel, no Porto, prevendo-se mais de 100 presenças entre antigos e actuais estudantes. Informações actualizadas poderão ser consultadas na sítio da AAAFEP (http://www.fep.up.pt/aaafep/). O jantar/debate com o ministro Teixeira dos Santos, a 26 de Janeiro, reuniu mais de 100 pessoas, entre associados da AAAFEP, acompanhantes e convidados da Delegação Regional do Norte da Ordem dos Economistas, que se associou à iniciativa. O convidado discursou sobre a situação macroeconómica actual, nomeadamente sobre a conjuntura económica internacional, o défice orçamental e a política de investimento. A escolha da Figueira da Foz, segundo Joaquim Branco, presidente da AAAFEP, enquadra-se na necessidade de descentralizar as iniciativas da associação, que, de resto, tem associados por todo o país.


U.PORTO EM NÚMEROS

3 14 1

Pólos universitários Faculdades Escola de Gestão

2 265 1 522

Docentes (1860 ETI - 1312 doutores) Docentes com doutoramento

1 693

Funcionários

27 690 17 275 8 061 1 612 742 1 913 921 465 259 177 59 61 514 502 36 17 106 43 300 3 968 3 947 149,3

69 31 13 1 721 21 30 634 449 30 607 709 465 9 1 214 20 2 270 13 600 1,95 € 81

Estudantes Estudantes de 1º Ciclo e Mestrado Integrado Estudantes de 2º Ciclo (mestrado) Estudantes de 3º Ciclo (doutoramento) Estudantes Post-Doc Estudantes estrangeiros (7% do total) em programas de mobilidade em cursos de 1º Ciclo (licenciatura) em cursos de 2º Ciclo (mestrado) em cursos de 3º Ciclo (doutoramento) investigadores Post-Doc Nacionalidades diferentes Universidades estrangeiras com protocolo de cooperação Programas de Formação Cursos do 1º Ciclo Cursos de Mestrado Integrado Cursos de 2º Ciclo (mestrado) Cursos de 3º Ciclo (doutoramento) Cursos de Formação Contínua Vagas disponíveis em 2007/08 (15,1% das vagas nacionais) Vagas preenchidas na 1ª fase do concurso nacional 2007/08 (99,5% das vagas preenchidas) Mais alta média ponderada do último colocado das universidades públicas Unidades de investigação Unidades com classificação “Excelente” e “Muito Bom” Laboratórios Associados ao Estado Artigos científicos indexados na ISI Web of Science em 2006 (20,3% da produção nacional) Patentes (das quais 12 foram criadas entre 2005-2006) Bibliotecas Títulos de Monografias Revistas científicas disponíveis on-line Downloads de artigos científicos Residências Universitárias Camas Unidades de alimentação (cantinas, bares, etc) Lotação das cantinas Refeições servidas por dia Preço de refeição em cantina de aluno de 1º ciclo Prémios e distinções científicas, de ensino e promoção cultural só no ano de 2006



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.