UPorto Alumni #14

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Revista dos Antigos Estudantes da Universidade do Porto, Nº 14, II Série, Julho de 2011, 2.5 Euros

A ESCOLA DOS PRITZKER, Pág 14 JOEL CLETO: CONTADOR DE HISTÓRIAS, Pág 06 ISPUP: HOSPITAL DA POPULAÇÃO, Pág 10 ESTUDO DA DELINQUÊNCIA PELA FDUP, Pág 12 EXPOSIÇÕES DE ARMANDA PASSOS, Pág 20 ENTREVISTA A SILVA PENEDA, Pág 34 OLHARES SOBRE A UNIVERSIDADE, Pág 40 COLECÇÃO EGÍPCIA DA U.PORTO, Pág 46


José Carlos Marques dos Santos

Reitor da Universidade do Porto

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motivante verificar que, no ano em que comemora o seu Centenário, a U.Porto continua a fazer história. No início de Junho, o arquitecto Eduardo Souto de Moura, Professor Catedrático Convidado da FAUP, recebeu, em Washington, o mais importante prémio de arquitectura do mundo, o Pritzker. Foi mais um reconhecimento internacional da imensa valia científica, cultural e estética da chamada “Escola do Porto”, cuja pulsão criativa intergeracional tem na nossa Universidade o seu centro nevrálgico unificador e catalizador. Importa recordar, a propósito, que já antes, em 1992, um outro distinto membro da comunidade académica da U.Porto, o arquitecto Álvaro Siza, havia sido laureado com o Pritzker. E muitos outros prémios, distinções e honrarias engrandeceram nas últimas décadas a “Escola do Porto”, tanto no domínio da arquitectura como das artes em geral. Por conseguinte, faz todo o sentido que este número da UPorto Alumni dedique as suas páginas centrais à dinâmica histórica que fez da “Escola do Porto” uma referência internacional e à forma como o seu legado arquitectónico e artístico está a ser perpetuado no presente. Outros sinais de que a U.Porto continua a fazer história foram a assinatura do contrato de financiamento para a construção do I3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde e a constituição, como Laboratório Associado, do consórcio InBio – Rede de Investigação em Biodiversidade e Biologia Evolutiva. Ambos os casos representam progressos importantes na investigação científica da U.Porto, uma vez que consubstanciam estruturas físicas, tecnologia, massa crítica e abertura internacional para a realização de ciência de grande nível dentro do nosso campus universitário. Trata-se, pois, de passos importantes no sentido de reforçar a vocação da U.Porto como universidade de investigação, em conformidade com o seu plano estratégico.

Entretanto, e depois de concluídos dois eventos internacionais – o 340 Congresso Mundial da Vinha e do Vinho e o 290 Congresso Mundial de Biomecânica do Desporto –, as comemorações do Centenário da U.Porto prosseguem com eventos que marcam a agenda cultural da cidade, da região Norte e do país. No Museu Nacional Soares dos Reis está já patente a exposição “Dois Séculos – Instrumentos Científicos na História da Universidade do Porto”, enquanto no Edifício da Reitoria se prepara para inaugurar a exposição “A Colecção Egípcia do Museu de História Natural da Universidade do Porto”. Também a obra a óleo sobre tela e a obra gráfica da artista Armanda Passos serão exibidas em duas exposições, no âmbito do Centenário. Todas estas iniciativas de inegável qualidade vão ao encontro da vontade da U.Porto de se afirmar, cada vez mais, como um dinamizador de manifestações culturais e artísticas na comunidade envolvente. Vontade essa que decorre da importância do sector cultural para o desenvolvimento socioeconómico do país, do cruzamento da arte contemporânea com o conhecimento técnico-científico e da influência da cultura no crescimento intelectual dos cidadãos, na sua preparação para a vida cívica e até na sua capacidade para competir no mercado laboral. Resta lembrar que a U.Porto continua aberta a contribuições externas para financiamento das comemorações do Centenário, contribuições essas que muito nos honram e que configuram um acto de cidadania. A responsabilidade social de cidadãos e empresas passa muito pela colaboração com as universidades, cujo papel no desenvolvimento das sociedades contemporâneas é sobejamente conhecido. Logo, apoiar uma efeméride tão simbólica como o Centenário da U.Porto afigura-se importante para o engrandecimento de uma instituição que tanto tem contribuído para o progresso do país.

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EDITORIAL


DIRECTOR José Carlos Marques dos Santos

PERCURSO A actividade de Joel Cleto cingia-se, até há poucos anos, ao trabalho intenso mas discreto de estudo, investigação, inventariação e divulgação do património histórico/ arqueológico da região Norte. Mas, a partir de 2006, o historiador ganhou protagonismo com uma série de programas televisivos para o Porto Canal, nos quais dá a conhecer o património da área metropolitana portuense.

PORTO, CIDADE, REGIÃO Na casa do Instituto de Saúde Pública da U.Porto (ISPUP) não há pipetas nem ratinhos de laboratório para mostrar aos visitantes. Contudo, ali se desenham as respostas para algumas das maiores problemáticas da saúde nacional. E nos dias que correm, até pode ser uma boa solução para encontrar emprego.

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Vinte e duas personalidades com ligações à U.Porto olham para o horizonte da instituição e tentam perceber de que forma a Universidade pode projectar-se na comunidade académica internacional, bem como reforçar o seu contributo para o crescimento científico, cultural, social e económico do país. As opiniões são díspares, mas existe a convicção geral de que o futuro da U.Porto é auspicioso e que os próximos 100 anos podem ser enfrentados com ambição.

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A “Escola do Porto” consubstancia o ensino da arquitectura e das artes na U.Porto. Nasceu com Carlos Ramos, nos anos 50, e influenciou várias gerações de arquitectos e artistas plásticos, que porfiaram em desafiar a contemporaneidade. Abertura à inovação, procura da diferença, liberdade criativa e diálogo permanente com a cidade e com o país constituem os traços identitários desta Escola que soube renovarse até à actualidade. Muitas são as suas figuras, mas duas delas, os arquitectos Álvaro Siza e Souto de Moura, foram distinguidas com o prémio Pritzker.

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Notícias que marcaram a actualidade da comunidade académica, como a entrada da EGP-UPBS no ranking Financial Times das melhores escolas do mundo na formação para executivos, a cedência do acervo documental de Fernando Távora à Fundação Instituto Arquitecto José Marques da Silva, a criação de um novo laboratório associado na U.Porto – o InBio – e a organização pelo UPTEC e FEUP de uma missão empresarial ao Brasil e Chile.

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OLHARES

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EM FOCO

6 REDACÇÃO Anabela Santos (AS) Catarina Lucas (CL) Cláudia Pereira (CP) Pedro Rocha (PR) Tiago Reis (TR)

SUPERVISÃO REDACTORIAL Ricardo Miguel Gomes (RMG)

EDIÇÃO E PROPRIEDADE Universidade do Porto Gabinete do Antigo Estudante Serviço de Comunicação e Imagem Praça Gomes Teixeira 4099-345 Porto Tel: 220408178 Fax: 223401568 ci@reit.up.pt UPorto Alumni Revista dos Antigos Estudantes da Universidade do Porto Nº 13, II Série

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DEPÓSITO LEGAL 149487/00

PERIODICIDADE Trimestral IMPRESSÃO MultiPonto

TIRAGEM 60.000 DESIGN Rui Guimarães

ICS 5691/100 FOTOGRAFIA Ana Roncha António Chaves Egídio Santos COORDENAÇÃO EDITORIAL Assunção Costa Lima (G-AAUP) Raul Santos (SCI)

COLABORAÇÃO REDACTORIAL Conselho Coordenador de Comunicação: Beatriz Casais (FEP) Carlos Oliveira (FEUP) Cristina Claro (FADEUP) Elisabete Rodrigues (FCUP) Fátima Lisboa (FLUP) Felicidade Lourenço (FMDUP) Joana Cunha (FBAUP) Luís Violante (FPCEUP) Mafalda Ferreira (EGP) Maria Manuela Santos (FDUP) Mariana Pizarro (ICBAS) Sara Ponte (FAUP) Teresa Duarte (FMUP)

NO CAMPUS

INVESTIGAR

CULTURA

FACE-A-FACE

VINTAGE

Um grupo de docentes/ investigadores da Escola de Criminologia da Faculdade de Direito da U.Porto (FDUP) investigou e concluiu que pelo menos 50% dos jovens das áreas metropolitanas do Porto e Lisboa já cometeram algum tipo de acto delinquente, no último ano. O estudo aponta a escola como o local onde os jovens são mais vezes vítimas de crimes.

As comemorações do Centenário da U.Porto têm programadas duas exposições de Armanda Passos: uma da sua obra a óleo sobre tela (22 de Setembro, Casa Andresen) e outra versando a obra gráfica da artista plástica (29 de Outubro, Edifício da Reitoria). Em ambos casos, vai ser possível observar o traço singular e o imaginário muito pessoal de um nome grande da arte contemporânea portuguesa.

Em entrevista, o presidente do CES considera que “sem coesão económica não há moeda única”. Por isso, Silva Peneda defende a reforma institucional da UE num sentido mais federalista. Para o exministro do Emprego e da Segurança Social, a crise dos países periféricos deve ser encarada como “sistémica”, passando a sua resolução por “mais união política e económica” dos 27. O antigo estudante e docente da FEP preconiza ainda a adaptação do modelo social europeu à nova realidade ditada pela globalização.

Uma exposição organizada no âmbito do Centenário da U.Porto vai reunir a centena de peças do núcleo egiptológico da Universidade, um espólio que resultou de uma troca de antiguidades arqueológicas com o governo alemão, em 1926. A história remonta, porém, a 1916, ano em que Portugal apresou navios alemães. Depois de uma negociação diplomática, a U.Porto ganhou um acervo representativo de uma das mais notáveis civilizações humanas.


CAMPUS

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Missão empresarial na América Latina

U.Porto tem novo laboratório associado

EGP entre as melhores business schools do mundo

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EGP – University of Porto Business School (EGP-UPBS) foi recentemente considerada pelo “Financial Times” uma melhores escolas do mundo ção para executivos, figurando na 65.ª posição do ranking elaborado pelo jornal britânico. E isto logo no primeiro ano em que concorreu a esta distinção. Sublinhe-se que, ao entrar no ranking Executive Education/ Custom Programs do Financial Times – um dos mais reputados indicadores internacionais de avaliação das escolas de negócio –, a EGP-UPBS viu ser reconhecida, uma vez mais, a qualidade do seu ensino. De resto, a formação in-company é uma das áreas de negócio da EGP-UPBS que tem registado um maior crescimento, tendo a escola recebido, em 2010, mais de 800 alunos provenientes de cerca de 25 empresas. A liderar o ranking do “Financial Times” pelo 3.º ano consecutivo encontra-se a Duke Corporate Education (Londres), seguindo-se a HEC Paris e a Fundação Dom Cabral (Belo Horizonte, Brasil). Ora esta última escola mantém com a EGP-UPBS um programa em consórcio: a Rede PAEX – Partners for Excellence. Trata-se de uma parceria entre escolas de negócio e 350 PME da América do Sul e Europa, no âmbito da qual se procura incutir nas empresas altos padrões de desempenho e desenvolver os seus factores competitivos de forma sustentável. Sublinhe-se que a Rede PAEX não se limita à formação, pois compreende também consultoria activa através do desenvolvimento de tecnologias de gestão e sua implementação nas empresas, bem com uma grande aposta no networking e na troca de experiências entre parceiros. Integrada no membership commitee do International University Consortium for Executive Education, que reúne as melhores escolas de negócio do mundo, a EGP-UPBS viu, também recentemente, os seus programas The Magellan MBA e MBA Executivo receberem a acreditação EPAS (Programme Accreditation System) da reputada European Foundation for Management Development. Trata-se de um importante sistema

de acreditação internacional de programas de gestão, no qual são avaliadas a excelência académica, a relevância prática e a eficácia dos cursos. Até à data, apenas cerca de 50 programas no mundo receberam esta acreditação. Constituída em 19 de Junho de 2000, embora as suas raízes remontem a 1988, ao ISEE (Instituto Superior de Estudos Empresariais), a business school da U.Porto é reputada pelos seus MBA e ainda por um conjunto de pós-graduações, programas de executivos de curta/ média duração, seminários de alta direcção, acções de incompany training e serviços às empresas (selecção e recrutamento de colaboradores qualificados, bem como actividades de investigação aplicada e aconselhamento). Em 5 de Junho de 2008 deu-se a constituição formal da EGP – University of Porto Business School, que agrega as competências técnicas, o capital humano e a experiência pedagógica/ científica da antiga EGP-UP e do ISFEP (Instituto de Investigação e Serviços da Faculdade de Economia da Universidade do Porto). Actualmente sediada em Ramalde, no Porto, a EGP-UPBS espera, no ano lectivo de 2013-14, concluir as suas novas instalações na Quinta das Sedas, em Matosinhos. As obras do novo edifício (cerca de 10 mil m2 de área bruta e dois andares, além de estacionamento coberto para 400 viaturas) arrancam ainda este ano e implicam um investimento de 13 milhões de euros. Prevê-se que as futuras instalações acolham 1.000 estudantes em simultâneo, mas o novo pólo da EGP-UPBS poderá ainda expandir-se, designadamente com a construção de alojamento para discentes e docentes. RMG

Fundação Marques da Silva acolhe acervo de Fernando Távora

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família de Fernando Távora formalizou, em 18 de Abril, um contrato com a Fundação Instituto Arquitecto José Marques da Silva (FIMS) para entrega, em regime de comodato, da totalidade do acervo documental do reconhecido arquitecto e professor da “Escola do Porto”. O acervo será incorporado no Centro de Documentação e Investigação de Cultura Arquitectónica da FIMS, tendo em vista a sua inventariação, salvaguarda, tratamento, valorização e futura disponibilização para consulta e investigação. Livros, projectos de obras, notas de viagem, maquetes e mobiliário de escritório constituem parte de um acervo que dá a conhecer a obra do antigo professor da Escola Superior de Belas Artes do Porto e da Faculdade de Arquitectura da U.Porto. “Ele sempre se dedicou mais à Universidade do que ao escritório”, recordou a família, justificando a sua decisão. O reitor da U.Porto, Marques dos Santos, e a presidente do Conselho de Administração da FIMS, Maria de Lurdes Correia Fernandes, sublinharam a “grande honra” que significa para a Fundação acolher e promover o legado de um dos “nomes maiores da Escola do Porto”. Uma “confiança” que a FIMS – que já acolhe todo o legado do arquitecto que lhe deu nome e que passa assim a contar com os acervos de dois dos mais importantes nomes da arquitectura portuense e portuguesa do século XX – quer ver retribuída com a criação de um “grande centro de documentação de arquitectura, de grande nível internacional”, sublinhou Marques dos Santos.

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UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da U.Porto em cooperação com a FEUP promoveu, entre 21 de Maio e 1 de Junho, uma missão empresarial ao Brasil e ao Chile. A iniciativa, na qual participaram seis startups do UPTEC, tinha como objectivos a identificação de oportunidades de negócio e de parceiros, o estabelecimento de contactos com incubadoras e centros empresariais locais, bem como a interacção com empresas que inovaram e venceram nos mercados da América Latina. A missão arrancou em Florianópolis, no Brasil, onde as empresas participantes conheceram várias incubadoras: o Parqtec Alfa (maior centro de alta tecnologia do Brasil); o CELTA (maior incubadora da América Latina); e o Midi Tecnológico (eleito a melhor incubadora de base tecnológica do Brasil em 2008). Depois, a missão prosseguiu em São Paulo, na Feira Hospitalar 2011, onde houve a oportunidade de contactar com empresas do Cietec – Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia. A missão terminou em Santiago do Chile, onde se realizaram reuniões com intervenientes no programa Startup Chile – uma iniciativa do governo chileno para promoção da entrada de capital intelectual estrangeiro, através do apoio à criação de empresas. Neste quadro, o UPTEC assegurou, através de um protocolo com o governo chileno, um financiamento total de 200.000$ para que cinco das suas empresas pudessem participar no programa e, assim, apostar na sua internacionalização via Chile. As empresas em causa são a Claan Studio (soluções media e de design à medida), a Tecla Colorida (software e soluções para fins educacionais), a Blip.pt (engenharia web), a Pratical Way Software (desenvolvimento web) e o Nonius Group (comercialização de tecnologias e empreendedorismo tecnológico).

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U.Porto tem um novo laboratório associado: o InBio – Rede de Investigação em Biodiversidade e Biologia Evolutiva. A Universidade passa, assim, a dispor de 18 unidades de investigação integradas em nove laboratórios associados. Como o nome indica, o InBio é uma estrutura multidisciplinar dedicada à investigação básica e aplicada nas três principais componentes da biodiversidade: genes, espécies e ecossistemas. Formam este consórcio o CIBIO (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto) e o CEABN (Centro de Ecologia Aplicada “Prof. Baeta Neves” – Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa). “Julgo que este é um momento único, que traz para a U.Porto mais um laboratório associado numa área tão importante para o país!”, sublinha o director do CIBIO, Nuno Ferrand, acrescentando que o InBio só foi possível “depois de muitos anos de trabalho e dedicação de muitas pessoas”. O InBio tem como principais objectivos desenvolver o conhecimento científico no campo da biodiversidade e da biologia evolutiva; expandir e integrar o conhecimento ecológico, taxonómico e biográfico em diferentes escalas, incidindo sobre a herança biológica ibérica, mediterrânica e também mundial; sugerir às autoridades, nacionais e internacionais, prioridades em matéria de conservação e recuperação de habitats e identificação de espécies crípticas selvagens ou de raças domésticas geneticamente distintas. AS

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RICARDO MIGUEL GOMES

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Devolver à população a sua memória”. A frase encerra a incumbência maior que Joel Cleto atribui a si próprio enquanto historiador, arqueólogo, escritor e comunicador televisivo. Para o antigo estudante da Faculdade de Letras da U.Porto (FLUP), “a História não é uma coisa diletante. A História só faz sentido se tiver aplicação no presente e no futuro. Nomeadamente, fazer com que as pessoas se identifiquem com o lugar onde vivem”. Por isso, Joel Cleto acredita no “papel social do historiador”, que “passa obrigatoriamente pela divulgação”. Senão, diz, “corremos o risco dos conhecimentos ficarem num mundo muito circunscrito”. Para o evitar, “os historiadores têm de dar o primeiro passo: irem ao encontro da comunidade e transmitir-lhe os conhecimentos resultantes da investigação [histórica/ arqueológica]”. Assim se enunciam os princípios que orientam Joel Cleto. A actividade deste historiador cingiase, até há poucos anos, ao trabalho intenso mas discreto de estudo, investigação, inventariação e divulgação do património histórico/ arqueológico da região Norte, em particular do concelho de Matosinhos. Mas, a partir de 2006, Joel Cleto ganhou protagonismo público com uma série de programas televisivos para o Porto Canal, nos quais dá a conhecer o património da área metropolitana portuense e da região envolvente. Devido ao sucesso dos programas já lhe chamam, “por brincadeira”, o “José Hermano Saraiva do

Norte” – epíteto que não abjura. Além disso, é visto como um continuador do esforço de divulgação histórica do Porto empreendido por Germano Silva, Hélder Pacheco e Júlio Couto – legado que assume “com muita honra”, sublinha. Curiosamente, o percurso errante que Joel Cleto conheceu na infância e adolescência ter-lhe-á criado esta apetência pelo património histórico. O historiador nasceu na portuense freguesia da Vitória, em 1 de Fevereiro de 1965. Mas viveu os dois primeiros anos em Lordelo do Ouro, tendo seguidamente passado a residir no Carvalhido, freguesia de Ramalde. Acresce que a instrução primária foi feita em Paranhos, o ensino preparatório em Cedofeita e o liceu no Bonfim. “Graças aos estabelecimentos de ensino que frequentei, fui cruzando várias zonas do Porto e ganhando o gosto de, quando havia ‘furos’, sair da escola para conhecer os recantos da cidade. A minha infância e juventude estão muito ligadas à descoberta do Porto e, de alguma forma, tiveram um papel na minha paixão pelo património”, explica Joel Cleto. Mas já antes, em traquinices de catraio, Joel Cleto dera sinais da sua predisposição para a descoberta e compreensão das origens. “Entre as minhas recordações mais antigas estão andar a esburacar o quintal lá de casa, para desespero da minha mãe, à procura de cacos e de pedras. Partia pedras para ver o interior, o que indiciava já alguma inclinação ou para a arqueologia ou para a geologia”, conta o historiador.

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Ramalde fortalece paixão Em Ramalde, onde viveu a juventude, o interesse pelo património torna-se consequente. Joel Cleto foi fundador e dirigente da Comissão dos Jovens de Ramalde, que, na passagem dos anos 80 para os anos 90, “teve um papel muito importante na defesa e valorização do património da freguesia. Desenvolvíamos campanhas – por exemplo, para a classificação da Quinta do Rio e para a requalificação da Ribeira da Granja –, publicávamos o Jornal de Ramalde, organizávamos os Salões de Banda Desenhada no [Mercado] Ferreira Borges....”. Por outro lado, como Ramalde pertenceu, até

Fotos: Egídio Santos

PERCURSO


Importância do mestrado Entretanto, Joel Cleto regressara à FLUP para concluir, em 1994, o mestrado em Arqueologia, com o qual diz ter “aprofundado os seus conhecimentos e o gosto pela investigação”. “Foi

o corolário de toda a investigação que vinha desenvolvendo no campo arqueológico da Serra da Aboboreira [necrópole megalítica]”, cujos resultados estão plasmados na dissertação de mestrado. Joel Cleto não tem dúvidas de que a pós-graduação potenciou a sua actividade de historiador e arqueólogo, recusando de igual modo a ideia de que uma formação superior em História confere escassas possibilidades de emprego qualificado. “As pessoas que têm paixão pela História não devem desistir, até porque estão a surgir oportunidades. Falando do Porto, os técnicos ligados às questões da História e do património têm, neste momento, uma grande janela de oportunidade: o turismo. Sobretudo, o turismo cultural”. De resto, para Joel Cleto, “História e património são peças cruciais na qualidade de vida das comunidades, tanto quanto o abastecimento de água ou os acessos. Viver anónimo num local anónimo não é qualidade de vida. Qualidade de vida é estarmos num local onde sabemos que partilhamos com os vizinhos uma história comum. E, deste ponto de vista, a História também é factor de democracia”. Daí a importância, já aqui referida, que Joel Cleto dá à sua actividade de comunicador e divulgador. Esta actividade tem vindo a ser materializada na publicação de artigos (colabora, por exemplo, na revista O Tripeiro) e livros (mais de uma dezena de títulos, o último dos quais sobre as “Lendas do Porto”), na organização de eventos abertos à comunidade (como a iniciativa “Visitas Guiadas pela História do Porto”, orientadas por Joel Cleto a convite da reitoria da U.Porto) e na autoria, concepção e apresentação de programas no Porto Canal (“Crónicas”, “Porto de Histórias”, “Viagens na Minha Terra”, “Caminhos da História” e “Verdadeiro ou Falso”). Joel Cleto não tinha qualquer experiência televisiva, mas fez-se valer do seu traquejo na formação de professores e nas visitas ao património que organiza com regularidade. “Sai-me tudo muito naturalmente. Tenho um guião na cabeça, que resulta obviamente de um texto escrito. Mas não há nenhum teleponto à minha frente”, explica a propósito da sua relação com as câmaras. No Porto Canal, Joel Cleto dá azo à sua “veia de jornalista” e completa-se enquanto divulgador de História. Para tanto, procura “compatibilizar o rigor histórico com a comunicação. Se nós queremos de facto que as pessoas valorizem os vestígios históricos, temos de utilizar uma linguagem acessível”, salienta, não escondendo que José Hermano Saraiva é, para si, uma “referência absoluta”.

O CONSUMO PARA OS OUTROS – OS PRESENTES COMO LINGUAGEM DE SOCIABILIDADE

FAZER FALAR A PINTURA ORG. ANTÓNIO QUADROS FERREIRA U.PORTO EDITORIAL

ALICE DUARTE

MARIA DO CÉU AGUIAR DA MOTA FAUP PUBLICAÇÕES

U.PORTO EDITORIAL

A autora aborda neste livro o consumo para os outros na forma de presentes, demonstrando o papel instrumental das mercadorias em termos da sua capacidade para corporizar fluxos de sociabilidade. Perceber como diferentes bens de consumo podem criar ou consolidar diferentes laços sociais entre as pessoas é o principal objectivo da nova obra lançada pela editora da U.Porto. Alice Duarte analisa a relação entre consumo e sociabilidade, tentando compreender a diversidade de relações estabelecidas entre as pessoas através das coisas, considerando os bens de consumo como uma extensão relacional de cada um dos indivíduos. “O consumo para os outros” resulta de um estudo antropológico realizado pela autora, considerando o consumo uma prática cultural. Os resultados desta primeira investigação deram origem ao livro “Experiências de consumo: estudos de caso no interior da idade média”, no qual a autora demonstra que, ao nível do autoconsumo, as mercadorias são personalizadas de diversas formas. Alice Duarte é docente da FLUP desde 1990, onde lecciona nas áreas da Museologia, da Etnografia e Metodologias de Investigação e das Sociedades Contemporâneas e Globalização. Licenciada, mestre e doutorada em Antropologia Social e Cultural, respectivamente pela Universidade Nova de Lisboa, Universidade do Minho e ISCTEC escolheu como ramo de especialização a Antropologia das Sociedades Complexas. É especialista nas áreas científicas de investigação da Antropologia do Consumo e da Museologia e problemáticas do Património.

ARQUITECTURA, MÚSICA E ACÚSTICA NO PORTUGAL CONTEMPORÂNEO

A U.Porto editorial volta a surpreender o seu público com mais um lançamento de um livro único. “Fazer falar a pintura” é um projecto de discurso académico sobre a arte, o ensino da arte e da pintura em particular, realizado na primeira pessoa e em discurso directo pelos próprios académicos (artistas-professores e/ ou artistasinvestigadores). Com 58 testemunhos reais reunidos de professores-pintores de Portugal, Espanha, França e Bélgica, o livro alia a produção artística ao discurso directo, criando uma ligação forte entre a imagem, a pintura e o artista que a concebeu. Cada autor apresenta uma imagem e um texto que incide sobre a especificidade do objecto da pintura, descrevendo-o. Desta forma, pretende-se equacionar o ensino da pintura pela via também do texto de artista e do princípio de se pensar o “fazer a pintura”. Organizado por António Quadros Ferreira, “Fazer falar a pintura” é pensar a pintura e o ensino. António Quadros Ferreira tem um vasto percurso na área académica e artística, sendo actualmente professor catedrático de Pintura da Faculdade de Belas Artes da U.Porto e director do curso de Mestrado de Pintura e de Doutoramento em Arte e Design, também na FBAUP. Preside ainda ao Conselho Científico da Faculdade e, nos últimos anos, publicou duas obras: “Pensar a Arte, Pensar a Escola” e “Depois de 1950”.

Este livro de Maria do Céu Aguiar da Mota é o mais recente lançamento da FAUP Publicações. Apesar do título remeter o leitor para uma ligação somente ao Portugal Contemporâneo, a verdade é que a obra aborda as influências e as sinergias existentes entre a arquitectura e a música, da antiguidade até aos nossos dias, com natural enfoque no nosso país. Do século I a.C., quando Vitrúvio fez a primeira referência à música no seu Tratado de Arquitectura, até ao século XXI da Casa da Música como um espaço de simbiose entre a construção e a musicalidade tudo mudou. De Goethe, para quem “a arquitectura é música congelada”, a Raul Lino, um dos primeiros arquitectos musicais, não esquecendo Le Corbusier, que inclui o som como uma das qualidades imateriais do espaços, e Stockhausen, pioneiro a falar na dimensão espacial como um dos parâmetros musicais, a obra de Maria do Céu Aguiar da Mota toca todas as ligações entre estas duas artes tão distintas. No fundo, o livro é uma abordagem de influências recíprocas entre a arquitectura e a música, da antiguidade até aos nossos dias. Maria do Céu Aguiar da Mota é licenciada em Ensino de Música pela Universidade de Aveiro, em 1999, e mestre em História da Arte Contemporânea pela Universidade Nova de Lisboa, em 2005. Neste momento é professora de Piano e de História da Cultura e das Artes no Conservatório de Música da Jobra.

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1895, a Matosinhos, Joel Cleto começou a construir uma forte ligação a este concelho, mais tarde central na sua vida. Durante a licenciatura em História (variante de Arqueologia) na FLUP, concluída em 1987, Joel Cleto realizou vários trabalhos práticos sobre Ramalde, recorrendo ao Arquivo Municipal de Matosinhos. Mas, nesses “anos fantásticos” do curso, o historiador fez ainda outros progressos importantes ao participar nas escavações arqueológicas da Serra da Aboboreira, em Baião. É por esta altura, final dos anos 80 e início dos anos 90, que integra o Grupo de Estudos Arqueológicos do Porto e se envolve em vários projectos: desde a Carta Arqueológica do Concelho de Baião às escavações dos conjuntos megalíticos de Igrejinhas, Chã de Arcas e Mamoa de Outeiro. Poucos meses depois de concluída a licenciatura, Joel Cleto concorre a uma vaga no Arquivo Municipal de Matosinhos, que estava em processo de transferência do antigo edifício dos Paços do Concelho para o actual. O historiador, que já conhecia bem o arquivo, é aceite e será o grande responsável pela evolução deste organismo municipal. Tanto assim que, em 1994, Joel Cleto cria, a partir do arquivo, o Gabinete Municipal de Arqueologia e História, estrutura que dirige até 2009. Neste gabinete, aonde ainda hoje trabalha, o historiador desenvolveu vasta investigação sobre a história e o património de Matosinhos, designadamente para a carta arqueológica do concelho e no âmbito das escavações na fábrica romana de conservas de peixe (Angeiras), no Castro de Guifões e no Mosteiro de Bouças. Em curso está uma investigação sobre as origens da devoção ao Senhor de Matosinhos, “a imagem mais antiga de Cristo crucificado que existe, em tamanho natural, no nosso país”.

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MONTRA

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PEDRO ROCHA

PERCURSO


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O exemplo pode ser multiplicado pelas mais variadas áreas de saber/ faculdades que actuam na órbita da Saúde Pública dentro da U.Porto. “Hoje trabalhamos sobretudo com a epidemiologia, a bioestatística, a psicologia, a nutrição e as ciências sociais. Em termos de tópicos de actuação, estamos muito virados para as doenças cardio-vasculares, para o cancro, para as questões da violência e os estilos de vida”, explica Henrique Barros. Em todos os casos, a intervenção é similar. “Primeiro, procuramos perceber porque é que as pessoas têm um certo comportamento (ex: fumar); depois como é que essa escolha pode influenciar o desenvolvimento de doenças. Finalmente, como responder a isso socialmente e de forma informada”. Resumindo, “a nossa missão passa por fornecer o conhecimento para que as estruturas responsáveis pelas políticas de saúde possam desenhar as intervenções no terreno”. Longe dos artigos científicos que decoram as paredes do instituto, os resultados estão à vista. Apoiadas no trabalho do ISPUP, estão em curso alterações nos menus das cantinas escolares, visando o combate à obesidade nos adolescentes. Os efeitos chegam também às empresas e ao meio hospitalar, onde o instituto actua de forma a “diminuir o erro médico” e a “potenciar os hospitais como estruturas de promoção de saúde”.

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Na casa do Instituto de Saúde Pública da U.Porto (ISPUP) não há pipetas nem ratinhos de laboratório para mostrar aos visitantes. Contudo, ali se desenham as respostas para algumas das maiores problemáticas da saúde nacional. E nos dias que correm, até pode ser uma boa solução para encontrar emprego.

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uem chega ao n0 135 da Rua das Taipas em busca de laboratórios sofisticados e ratinhos de laboratório hiperactivos fica rapidamente desiludido. “Aqui não há pipetas. É a chatice da televisão quando vem cá. Não há nada para filmar…”, avisa Henrique Barros. Habituou-se a repeti-lo desde que, em 2007, liderou a criação do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), um dos mais inovadores centros de ensino e investigação nacionais na área da “medicina das populações”. “Ao longo dos últimos 20, 30 anos, estávamos a pensar bem ao nível do indivíduo, da célula, mas não fizemos o mesmo para as populações. Então, foi-se criando na Universidade, muito em torno da Faculdade de Medicina e do ICBAS, um corpo de investigadores de qualidade, nomeadamente na área da epidemiologia. À volta desse núcleo foram-se agregando pessoas de outras áreas e criaram-se as condições para constituir um ‘hospital da população’”. Contada a primeira parte da história, não se deixe levar pelas ideias feitas. Neste “hospital”, não se curam doenças. Em vez disso, “o que fazemos é medir riscos e criar respostas para esses riscos, numa óptica virada para a prevenção e promoção da saúde”. “Nem um ratinho?”, arriscamos. “O laboratório da Saúde Pública são as pessoas”, remata Henrique Barros. Terminada a aula teórica, vamos às práticas. Quando em Abril de 2003 um grupo de investigadores da U.Porto começou a percorrer as esco-

las da cidade para um primeiro check-up (medição da pressão arterial, do peso e da estatura, etc.) e estudo dos hábitos e comportamentos de 3000 adolescentes nascidos em 1990 (projecto EPITeen), não consta que estes sofressem de qualquer doença. O mesmo acontece com os 8.500 bebés nascidos em 2005, cujo desenvolvimento está a ser acompanhado desde que estavam na barriga da mãe (programa Geração XXI). Ou com os cerca de 2.500 adultos residentes no Porto que, desde 2001, vão construindo o seu historial clínico nas marquesas da FMUP (projecto EPIPorto). Contudo, é nesses três estudos de base populacional – as coortes do Porto – que nasce grande parte da investigação em curso no ISPUP. “É uma riqueza única em Portugal. Mais do que projectos de investigação, são fontes de dados importantíssimas que permitem perceber a evolução das populações”, aponta Henrique Barros, que é também Coordenador Nacional para a Infecção VIH/sida. Na verdade, é do “cartão de saúde” dos portuenses que surgem as respostas para muitas das questões de investigação levantadas nos 120 artigos que o ISPUP assina anualmente em revistas científicas internacionais. “Por exemplo, fizemos um trabalho com Medicina Dentária [FMDUP] que mostrou que é preciso intervir mais cedo ao nível da saúde oral das crianças. Sem um conhecimento evolutivo não teríamos essa evidência”, exemplifica o director do instituto.

Fotos: Egídio Santos

TIAGO REIS

O LABORATÓRIO DAS POPULAÇÕES

Sempre a crescer Ao trabalho dentro de portas, junta-se a crescente competitividade do ISPUP além-fonteiras, traduzida na participação em projectos de combate à mortalidade materna (África) ou à violência doméstica (Europa). “Hoje em dia fazemos parte de vários consórcios internacionais porque temos instrumentos, informação e capacidade de agir sobre outras populações”, destaca Henrique Barros. De regresso ao Porto, o exemplo é dado em “casa”, onde o ISPUP é responsável pela saúde ocupacional dos trabalhadores da Universidade. “Mais uma vez não estamos a falar em tratar doentes, mas de garantir que o local de trabalho promove saúde e não doença”. A verdade é que, ao fim de apenas quatro anos de vida, o ISPUP afirma hoje um estatuto de “referência nacional e internacional no domínio da Saúde Pública”, conforme expressou a ex-ministra da Saúde, Ana Jorge, em Fevereiro deste ano, na inauguração da sede do instituto. Um

ano antes, já ali haviam chegado os 36 investigadores doutorados, 70 estudantes de mestrado e 49 estudantes de doutoramento que integram actualmente a equipa do ISPUP. Entre eles está Raquel Loureiro, licenciada em Farmácia e mestre em epidemiologia pela FMUP. “Temos farmacêuticos, nutricionistas, sociólogos, médicos, psicólogos, enfermeiros, geógrafas”, apresenta a jovem investigadora, cujo trabalho incide na monitorização da implementação do plano nacional contra as doenças reumáticas. Para isso, Raquel conta com parte do bolo de 2 milhões de euros que o ISPUP destina anualmente à investigação, o qual tem permitido à direcção liderada por Henrique Barros manter a contratação regular de investigadores, “não só doutorados, como na fase de doutoramento ou de iniciação à investigação. Se formos para a Biologia, eles estão com 20 anos de produção de pessoas. Já não cabem mais. Nós estamos numa fase em que ainda temos necessidade de absorver pessoas para ganhar massa crítica”. A tesouraria ajuda. “Temos uma estrutura sólida, sustentada em grande parte no financiamento que vem de projectos europeus. Se amanhã o Governo nos disser que no próximo ano não há um tostão para a ciência, garanto que isso não se nota aqui”. Em época de crise, o apelo tem colhido frutos. Ao nível do ensino, são cada vez mais os que procuram os cursos de 2.0 e 3.0 ciclos leccionados no ISPUP. “A maior parte das pessoas vem da U.Porto, mas somos procurados por muita gente de outras universidades portuguesas e estrangeiras”, realça Raquel Loureiro. A ambição não fica por aí. “O objectivo é sempre melhorar o impacto e a qualidade da nossa investigação, que é o que nos distingue a nível nacional e internacional”, aponta Henrique Barros. “Alargar as áreas de influência científica” e investir na “formação de recursos humanos de qualidade em áreas não tradicionais na saúde” são duas das apostas cujo sucesso o professor da FMUP faz depender da intervenção de toda a Universidade. “Hoje, já quase todas as faculdades estão ligadas a projectos do instituto, mas podemos evoluir ainda mais. É um processo em processo”. A abertura à comunidade é outra das prioridades, consubstanciada em seminários de Saúde Pública e num programa de sessões de educação para a saúde com populações vizinhas do instituto (www.ispup.pt).

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01 Henrique Barros 02 ISPUP 03 ISPUP 04 Inauguração da sede do ISPUP: Manuel Pizarro (ex-secretário de Estado da Saúde), Ana Jorge (exministra da Saúde) e Marques dos Santos (reitor da U. Porto)

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PORTO, CIDADE, REGIÃO


Um grupo de docentes/ investigadores da Escola de Criminologia da Faculdade de Direito da U.Porto (FDUP) investigou e concluiu que pelo menos 50% dos jovens das áreas metropolitanas do Porto e Lisboa já cometeram algum tipo de acto delinquente, no último ano. O estudo aponta a escola como o local onde os jovens são mais vezes vítimas de crimes.

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e tempos a tempos, a opinião pública aponta holofotes para a delinquência juvenil. Serão os nossos adolescentes violentos? Consomem mais drogas do que os jovens de gerações anteriores? A escola é ou não um local seguro? Estes são alguns dos temas abordados por Josefina Castro, Carla Cardoso e Ernesto Fonseca, docentes/ investigadores da Escola de Criminologia da U.Porto, no estudo que envolveu cerca de 3.000 adolescentes, dos 12 aos 18 anos. Durante dois anos, os investigadores com a colaboração, entre outros, de estudantes do Curso de Criminologia analisaram a incidência da delinquência juvenil e outros comportamentos desviantes – como o consumo de substâncias ilícitas e o absentismo escolar – entre jovens das zonas metropolitanas do Porto e Lisboa. O projecto coordenado pelo director da Escola de Criminologia, Cândido da Agra, e financiado pelo Ministério da Administração Interna, através do Observatório Nacional de Delinquência Juvenil, concluiu que 50% dos jovens inquiridos já tiveram pelo menos uma vez um comportamento desviante e, por outro lado, 52,4% foram vítimas, no último ano, de algum tipo de acto delinquente. Os resultados do trabalho indicam que o tipo de delinquência mais assumida pelos jovens é a condução ilegal. Cerca de 21,2% dos adolescentes afirmam ter “alguma vez” conduzido sem carta, valor que na opinião de Josefina Castro se destaca “por ser superior aos obtidos em estudos semelhantes feitos noutros países europeus”. A seguir surgem “o furto em loja (18,6%), agressão sem arma (18,4%) e envolvimento em lutas de grupo (15,3%)”. Menos visível é o “dano”, que inclui o vandalismo e a destruição do espaço público, e que não chega aos 14%. Mas se observarmos apenas os últimos doze meses, são os crimes contra a “integridade física frequente” que sobressaem. Dos 35% de jovens que admitem ter praticado pelo menos um acto

delinquente, 26,7% afirmam ter estado envolvidos em lutas de grupo ou agressão sem arma, seguindo-se o dano ou furto em loja, com 25,1%. Aqui, a condução ilegal surge em terceiro lugar, com 21,2%. Crimes mais graves como roubos ou agressões com arma registam valores mais baixos, que rondam os 10%. Por isso, Josefina Castro considera que a maioria dos comportamentos delinquentes confessados pelos jovens “são a chamada pequena delinquência”, normalmente “associada à adolescência”, e que os números estão “dentro ou abaixo dos parâmetros médios encontrados noutros países que usaram o mesmo inquérito”. Já quanto aos jovens que sofreram qualquer tipo de violência no último ano, a investigadora revela que foram sobretudo situações de “vitimação psicológica”. Aproximadamente 30% dos jovens admitem ter sido vítimas de humilhações, boatos ou insultos. Seguem-se as ameaças de agressão, com 20,1% e o furto, com 20%. Também do lado da vitimação, os actos delinquentes graves, como roubos e agressões, ficaram abaixo dos 10%.

Porto com menos delinquência Os resultados encontrados diferiram de acordo com a região estudada. Os jovens do Porto relatam, no geral, níveis mais baixos de delinquência juvenil e de vitimação. Na Invicta, a prevalência da delinquência é de 44,6%, enquanto na área metropolitana de Lisboa os números atingem os 54,3%. Os rapazes continuam a ser mais vezes delinquentes do que as raparigas. Destes, quase 45% afirmam ter praticado pelo menos um acto delinquente, face a 27,2% das raparigas”, refere a docente. No entanto, em alguns crimes, “como o furto em loja, não se verificam diferenças significativas entre os géneros”. As conclusões sugerem que “vitimação e delinquência são duas faces da mesma moeda”. Ou seja, “os jovens que afirmam

ter cometido actos violentos registam duas vezes mais vitimação violenta do que os adolescentes que não relatam esse tipo de delinquência”, sublinha a investigadora. Os autores do projecto compararam os espaços onde os jovens se movem e consideraram “interessante” que a “vitimação na escola seja em geral mais elevada dentro do que fora da escola”. No último ano, 46% dos jovens foram vítimas de actos delinquentes na escola, contra 27% fora do estabelecimento de ensino. As excepções são o “roubo e agressão com arma, em que a prevalência é ligeiramente maior fora da escola”. Relevante também é a relação entre o absentismo escolar e a delinquência. “Não quer dizer que uma cause a outra mas estão associadas”, explica Josefina Castro. Isto é particularmente importante “porque nós temos uma forte taxa de abandono escolar e questionamo-nos sobre o que faz um jovem quando não vai à escola”. Portanto, na análise realizada “a escola parece-nos central e até agora só fizemos uma análise muito global”. De modo geral, 50,5% dos jovens admitem ter ingerido bebidas alcoólicas fortes, sem que tenham sido encontradas diferenças quanto à prevalência do consumo, entre rapazes e raparigas. Mesmo assim, aparentemente os rapazes “bebem com mais frequência e ficam mais vezes embriagados”, assinala a investigadora. Os dados obtidos sobre o consumo de drogas deixaram Josefina Castro “surpreendida”, pois “pensava que houvesse mais consumos”. A cannabis lidera a lista de drogas utilizadas pelos jovens, com 11% dos adolescentes a assumirem terem consumido esta substância pelo menos uma vez no último ano. Já os consumos de cocaína, LSD e heroína são muito residuais. “Ao compararmos com outros países – Espanha, por exemplo – os números são bastante inferiores. E mesmo quando comparamos com o inquérito que foi feito em 1995, os resultados são muito semelhantes”, destaca a docente. O estudo pesquisou igualmente a relação entre a delinquência e dados sócio-demográficos, não tendo sido encontradas diferenças significativas entre classes sociais: baixa, média e alta. “E as poucas que encontrámos, apontaram para mais delinquência na classe alta, por exemplo na questão do pequeno tráfico”, constata Josefina Castro. Do mesmo modo, foi “curioso verificar que quando comparamos o grupo com antecedentes

de imigração e o grupo sem estes antecedentes, não encontramos diferenças significativas nem sequer entre aqueles que chamamos de 2.a e 3.a geração”. Os investigadores consideram o trabalho realizado “uma fotografia da realidade”, em que foram apurados muitos dados mas que agora é necessário aprofundar. “É como se tivéssemos uma série de peças à volta de um fenómeno e quiséssemos ver a importância que têm, como se vão agrupando”, reflecte Carla Cardoso. Por isso, está já prometida uma análise mais “fina dos dados para percebermos como se relacionam uns com os outros”. Deste modo, estão lançadas as bases para a implementação de programas de prevenção da delinquência “com objectivos específicos e avaliáveis, adaptados aos contextos e aos destinatários”. Ao contrário do que acontece com “a grande maioria das acções ditas de prevenção que, apesar do voluntarismo, não obedecem a nenhum destes parâmetros”, conclui Josefina Castro. 13

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CLAÚDIA PEREIRA

INVESTIGAR


EM FOCO

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A ‘Escola do Porto’ não se explica em meia dúzia de páginas de revista. É tema para um seminário e para vários papers, sempre de forma diferente”, avisa Lúcia Almeida Matos, professora da Faculdade de Belas Artes da U.Porto (FBAUP). Ignoramo-lo no momento em que se abrem as portas do auditório Fernando Távora da Faculdade de Arquitectura (FAUP), num início de tarde solarengo. Em poucos minutos todos os lugares são ocupados. A razão está no vulto que se aproxima da mesa, em passo curto e barba presa ao olhar inconfundível. Às primeiras palavras, segue-se o silêncio sepulcral. Às últimas, respondem aplausos e assobios entre as paredes que o orador imaginou no início dos anos 90. “Os aplausos eram para os mestres de antigamente”, interrompe Álvaro Siza. Sem sucesso. Primeira lição: na “Escola do Porto”, os mestres nunca são esquecidos. Há uma aura. Algo de transcendental quando a expressão é proferida. Percebeu-se isso quando, em Fevereiro passado, a Fundação Pritzker anunciou a atribuição do “Nobel da Arquitectura” 2011 a Eduardo Souto de Moura, o segundo arquitecto do Porto distinguido com o mais importante prémio da arquitectura mundial, depois de Álvaro Siza (1992). Logo jornais e televisões rumaram em peso à FAUP à procura dos “segredos” da “Escola dos Pritzker”. Mas terão encontrado tudo? “Esta coisa da ‘Escola do Porto’ não foi inventada por nós”, esclarece Alexandre Alves Costa, professor jubilado da FAUP. “O que a define é a presença ao longo do tempo de personagens com muita importância, não só na obra produzida na cidade, como no ensino”. A resposta não se esgotará nas arestas da arquitectura. Em pleno centro da cidade, buscamo-la entre as estátuas que se erguem dos jardins do Palacete Braguinha, casa das Belas Artes. Ali se “esconde” a outra Escola do Porto. Ou se calhar, a outra parte do todo. “A ‘Escola do Porto’ é uma só e tem origem na partilha de uma estrutura visionária, fundada na Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP) e nos testemunhos de arquitectos e artistas que marcaram a sua evolução”, aponta Francisco Laranjo, director da FBAUP. Assumida a dupla paternidade, vamos à história.

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Inspirou muitos mas faz da liberdade um lema. Inovou na imagem mas privilegia o método. Viveu separações mas vingou pela continuidade. Deu dois Pritzkers de arquitectura ao mundo mas é na cidade que se reencontra. Nas próximas linhas, atravessamos gerações e descobrimos como a “Escola do Porto” se reinventa hoje entre os alçados da FAUP e os jardins da FBAUP.

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“Máxima liberdade com máxima responsabilidade” ... Era o lema que Carlos Ramos (1897-1969) lembrava constantemente aos alunos da ESBAP durante os quase 30 anos em que esteve na instituição, 15 como director (1952-1967). Hoje, é ele o primeiro – e o mais consensual – nome na cadeia de referências que estão na génese da “Escola do Porto”. “Marques da Silva antecipou a modernidade”, lembra Alves Costa, mas, como dirá Álvaro Siza em entrevista à revista “U.PORTO” (n0 9, Outubro/2003), é Carlos Ramos o “introdutor da contemporaneidade na Escola”. “Tem a ver com uma postura na orientação da Escola. Uma atitude de abertura à inovação, à diferença, à liberdade criativa e ao diálogo permanente com a cidade e com o país, que se renova até à actualidade em Arquitectura e nas Belas Artes”, antecipa Lúcia Almeida Matos. No Pavilhão de Arquitectura da ESBAP, Alves Costa (diplomado em 1966) viveu in loco esse “espaço de liberdade, quer a nível comportamental como no plano criativo”. A poucos metros, Alberto Carneiro (1967) gozava-o no Pavilhão de Escultura. Numa época em que “a informação sobre a arte contemporânea era escassa e muitas vezes sonegada”, juntos partilharam “iniciativas culturalmente relevantes, por acção de Carlos Ramos”. Na memória ficaram as Magnas (exposições dos trabalhos de estudantes e professores das várias áreas), as viagens e outras actividades que, segundo o escultor, permitiram “afirmar alternativas sem os constrangimentos de uma censura determinante”. É também Carlos Ramos quem chama para a “família” da ESBAP um grupo de professores que influenciarão todas as gerações seguintes. Ao curso de Arquitectura chegam Mário Bonito, Fernando Távora e, mais tarde, Álvaro Siza. Nas Belas Artes, Barata Feyo ou Júlio Resende juntam-se aos “4 Vintes” (José Rodrigues, Ângelo de Sousa, Armando Alves e Jorge Pinheiro). Em comum, “todos tinham uma actividade criativa regular. Eram pessoas que viajavam muito e que faziam a ponte entre a Escola e o mundo”, lembra Francisco Laranjo. “Eles transformaram a escola no seu atelier, do qual os alunos também participavam”, recorda Alves Costa. O resultado foi “uma grande coerência interna que nunca bloqueou a diversidade. Os professores nunca tentaram impor uma linguagem. A força moral que eles impunham

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era a necessidade de encarar a arte com uma grande consciência social”. Até hoje.

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01 Álvaro Siza 02 Ângelo de Sousa 03 Júlio Resende 04 Eduardo Souto de Moura

“Já não se fazem artistas playboys como antigamente” ... Suspira uma das paredes do Pavilhão Carlos Ramos, na FBAUP. O desabafo anónimo parece ecoar nas palavras de Álvaro Siza. “No tempo dos ‘mestres’, [Fernando] Távora ia lá fora e trazia a informação. Não tínhamos acesso a outra. Hoje não é assim. Muitos se calhar já viajaram mais do que eu”, atira à audiência. É improvável. Mas uma coisa é certa. A “Escola do Porto” está a mudar. Na FAUP, a mudança traduziu-se, nos últimos anos, na jubilação de nomes como Nuno Portas, Domingos Tavares ou Alexandre Alves Costa, todos eles “ícones” da “Escola do Porto”. A crónica de uma morte anunciada? “Desde que me conheço que se diz que a Escola está em crise, mas a verdade é que temos conseguido garantir uma continuidade a partir de uma fortíssima consciência institucional. Por outro lado, vivemos apaixonados por ela”, contraria Alves Costa. Souto de Moura disse-o ao mundo na cerimónia de entrega do Pritzker. “Siza abriu, preparou uma geração que é a minha. Há esta empatia de gerações que vai continuando”, destacou o actual professor da FAUP. Do Olimpo da Arquitectura para a rampa da FAUP, a renovação está em marcha. “A geração que está a tomar conta dos destinos da Faculdade tem uma longa experiência de trabalho com os que saíram, o que garante a continuidade no método de ensino”, avança Carlos Guimarães, director da Faculdade. Por outro lado, “eles continuam a ser referências pelo exemplo que dão ao nível do método, do crivo crítico fortíssimo, da atenção ao contexto, da capacidade de não ceder à tentação do espalhafato. Essa postura de rigor e exigência é a marca do ensino e dos autores da Escola em todo o mundo”. Ao retrato-robô do “arquitecto do Porto”, Alves Costa junta a importância dada à história e ao desenho como “instrumento de trabalho”. Para Francisco Laranjo, o Porto continua a exportar dos “melhores exemplos de criação que o país pode dar ao exterior, pela qualidade do ensino e dos estudantes”. No Palacete Braguinha, o presente também se faz do regresso às origens. Além da “sensibilização” da comunidade para o passado da escola, “temos procurado que anti-

gos professores e artistas continuem a colaborar connosco. É uma ligação intersticial”, defende o director da FBAUP. Quando a Escola não vai aos antigos estudantes, são eles que a procuram. “Eles estão sempre fartos da Escola mas, quando saem, muitos voltam e formam grupos, mais ou menos informais, onde têm o seu espaço de trabalho e de exposição”. Garantido o legado, outros desafios se colocam. “Hoje, há uma nova figura dominante que é o professor que se dedica inteiramente à carreira académica. Mas há uma forma de ensinar – comum a Arquitectura e a Belas Artes – que só se exerce através do exercício do projecto. Arquitectura sem arquitectos é uma coisa trágica”, avisa Alves Costa. Encontrar esse “equilíbrio” é um dos pontos da estratégia desenhada por Carlos Guimarães “para os próximos dez anos”. Outro passa pela criação de “referências com importância mediática, que tragam para a Escola uma forma renovada de ver a arquitectura”. Enquanto novos Pritzkers se desenham na “fábrica” da FAUP, em Belas Artes, Francisco Laranjo abre as portas ao mundo. “Hoje não faz sentido a Escola não ser um interlocutor privilegiado a nível internacional”, diz. Mas o maior desafio de todos está mesmo à porta de casa...

“A Escola tem que estar presente na cidade” A sentença de Álvaro Siza parece contraditória se cruzada com uma viagem em modo “A ‘Escola do Porto’ num dia”. Chegando à cidade pela Estação de São Bento (Marques da Silva), faça uma visita à Avenida dos Aliados (Siza e Souto de Moura), seguida de almoço junto ao Cubo da Ribeira (José Rodrigues). De tarde, rumamos de Metro (Souto de Moura) à Boavista e daí ao Museu de Serralves (Siza). Quem se perder pode esperar junto à escultura (Ângelo de Sousa) do Edifício Burgo (Souto de Moura). Termine o dia na renovada Pousada do Palácio do Freixo (Távora)... Longe da obra visível, o alarme soa. “A Escola cristalizou-se nos últimos anos. Hoje discutimos a cidade entre nós, com os estudantes, mas não com os cidadãos, com as autoridades”, lança Alexandre Alves Costa. O afastamento da Escola do Porto coloca em causa mais do que o nome. “Esta ligação está-nos no ADN. Foi a sociedade que exigiu a Escola há mais de 200 anos”, lembra Lúcia Almeida Matos. Carlos Ramos soube interpretálo, reivindicando a participação de professores

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e estudantes em projectos reais. Seria essa “visão relacionada com o real”, detectada por Alves Costa, a marcar o período de maior intervenção da Escola, correspondente ao SAAL (Serviço de Apoio Ambulatório Local às Populações) – o amplo projecto de habitação social que, no pós-25 de Abril, envolveu arquitectos, artistas e movimentos de moradores. De regresso ao presente, Carlos Guimarães reconhece a problemática. “Neste momento não temos relações institucionais com a Câmara do Porto e com outras entidades que administram os territórios à volta da cidade”. Em compensação, “há intervenções pontuais” e “os alunos não terminam o curso sem fazerem exercícios de reflexão sobre a cidade. As preocupações sempre estiveram cá”, defende o docente. Levá-las para o terreno é mais “uma das linhas para os próximos anos”. O aviso parece ter chegado mais cedo à FBAUP. Finda a era das estátuas, a Faculdade mantém uma intervenção regular ao nível da animação de espaços na cidade. A isto junta-se um centro de serviços à comunidade (Centro de Estudos em Arte e Design) e a organização de exposições que levam o trabalho dos estudantes para fora da escola. O exemplo é ainda dado pelos “professores e alunos que todos os anos fazem a imagem gráfica de lojas vizinhas da Faculdade e a sinalética do Jardim de S. Lázaro”, refere Lúcia Almeida Matos. Ela própria tem um papel de relevo como directora do Museu da FBAUP, estrutura responsável pela divulgação do extenso espólio da Faculdade. “O que temos é valioso para compreender como a Escola foi evoluindo, mas o nosso legado está nas pessoas que estão lá fora a praticar arte. Esse foi e é o cartão de visita da ‘Escola do Porto’”. E isso, definitivamente, não cabe em meia dúzia de páginas.

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04 05 01 Carlos Ramos rodeado de estudantes 02 Escultura de Ângelo de Sousa no Edifício Burgo (Souto de Moura) 03 Estação de S. Bento (Marques da Silva) 04 Pavilhão da ESBAP 05 Museu de Serralves (Siza)

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Vivem em busca de uma identidade própria mas não esquecem a herança dos mestres. Eis o retrato na primeira pessoa das gerações formadas nos últimos 20 anos nas faculdades de Arquitectura e de Belas Artes da U.Porto.

ARQUITECTURA Filipa Castro Guerreiro habituou-se a ignorar os flashes que lhe batem todos os dias à porta de casa. Convive com eles desde 2008, ano em que fundou o atelier da Bouça e passou a morar no coração do complexo habitacional desenhado por Álvaro Siza no período do SAAL. A relação com o primeiro Pritzker português não fica por aí. Licenciada pela FAUP (2000), foi aluna de Siza, trabalhou com ele e, hoje, regressa diariamente ao edifício da FAUP como professora de Projecto, disciplina que aprendeu com… Siza. “Não é uma obsessão”, diz. Mas também não é pura coincidência. “Vir morar e trabalhar para cá foi uma opção quase política. Crescemos na escola a ouvir as histórias sobre o SAAL e também queríamos fazer as nossas revoluções. Mas não tínhamos motivo para as fazer…”. Se as palavras marcam a diferença para o passado, traduzem também a ligação umbilical que as novas gerações de arquitectos do Porto mantêm à escola. “É algo que passa naturalmente, quase de forma cultural”, diz Nuno Brandão Costa, diplomado pela FAUP em 1994. Bastou uma aula com Siza para descobrir que “aquilo que queria fazer tinha que ser feito com desenhos”. Hoje é professor de Projecto de “uma escola em permanente crise, fruto de um sentido crítico forte”, associado a “uma pedagogia que não obedece a sebentas”. Ao programa da escola, que “funciona para qualquer pessoa”, Filipa Guerreiro junta o “ambiente familiar entre professores e alunos”. Mesmo quando surgem pela frente alguns dos mais importantes nomes da arquitectura mundial. “O que distingue pessoas como Siza ou Souto Moura é o facto de não serem ‘estrelas’. Têm uma relação com os alunos de igual para igual. Isto faz com que os entendamos, não como o pai a matar, mas a interpretar e a reinterpretar”.

Nuno Grande sabe o que é trabalhar com os mestres da “Escola do Porto”. Entre 1987 e 1992, foi aluno de Nuno Portas, Alves Costa e Fernando Távora. Quase 20 anos depois, o actual professor de Urbanística assume que “o paradigma do mestre que traz a novidade para a escola acabou. Hoje, somos um irmão mais velho dos alunos. O desafio é: como é que a nossa geração vai reinventar o que eles nos legaram?”. A resistência à imitação cumpre parte da resposta. “Nos anos 80, 90, fazer ‘à Porto’ era fazer uns esquissos à Siza e usar planos à Souto Moura. Felizmente mostrou-se que é possível reactualizar as linguagens sem seguir um estilo. O que partilhamos é uma metodologia de aproximação à realidade que inclui ensinar os alunos que não há uma só verdade”, destaca Nuno Grande. O desafio atravessa a sala do professor e chega ao gabinete de Nuno Valentim, diplomado (1994) e professor de Construção da “melhor escola de Arquitectura do país”. “O nosso escritório é o nosso laboratório e a nossa prática de investigação e docência é contaminada por isso. É impressionante ver os alunos abrirem os olhos quando se mostra obra. Mesmo com Bolonha…”. Alerta: “Hoje temos que fazer doutoramentos, apresentar artigos. Mas como se faz isso quando o laboratório está lá fora, na obra?”, questiona Nuno Grande. As dores geracionais extravasam as fronteiras da Escola. “Hoje é bastante claro o que nos une cá dentro mas não é claro aquilo que nos une perante a cidade”, lança Filipa Guerreiro. Nuno Brandão Costa lamenta o “afastamento da escola face à gestão urbana. Não vejo a Câmara [do Porto] vir à FAUP solicitar uma intervenção, nem a Faculdade tem tido a dinâmica de ir à cidade”. O que fazer? “O problema é saber quem é o inimigo”, nota Nuno Grande. Sem cravos para erguer, novas revoluções estão em marcha. “Se algo nos une

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é a crença de que a cidade não se pode reabilitar a qualquer custo e que a arquitectura não pode estar nas mãos da tecnocracia”, ressalva o docente. O resto é História. “A Escola é como o FC Porto. Tem uma forma de jogar com a realidade que se reinventa de treinador para treinador, de professor para professor, mas tem sempre sucesso!”.

BELAS ARTES Entre noites em branco a terminar trabalhos, regadas por litros de café, amontoados de esquissos, óleos e pastéis, são muitos os jovens aspirantes a artistas que continuam a crescer no palacete Braguinha. Domingos Loureiro foi um desses casos. Licenciado em Artes Plásticas / Pintura em 2001, não mais deixou os cavaletes da FBAUP, onde é hoje professor de Pintura. “Continuo a ser influenciado pela escola e desde que dou cá aulas sinto que também faço parte deste historial que se foi construindo ao longo do tempo”. Para o docente, a FBAUP “foi evoluindo numa ideia de inovação e de unidade com a cidade do Porto” que se reflecte no trabalho dos estudantes. Ao seu lado, Sofia Torres, também docente de Pintura, destaca a “liberdade criativa” sentida por todos os que passam pela escola. “Dadas as técnicas e uma base teórica nos primeiros anos, quando chegamos ao final do curso temos liberdade para criar o que quisermos”, explica a jovem artista diplomada em 2008. Na mesma linha, Joana Rêgo, pintora diplomada em 1995, associa a liberdade à partilha que se vivia na Faculdade. “Sempre foi transmitida uma noção de liberdade, quer pelo ambiente que lá se vivia na partilha de informação, opinião e trabalho, quer pela liberdade de criação”. Com um currículo onde se contam mais de vinte exposições individuais e um mestrado no San Francisco Art Institute, a artista não esquece os anos passados na FBAUP. “Foi na escola que despertei a minha curiosidade pelo mundo, por viajar, por conhecer o que se fazia lá fora, o que se via noutros museus, o que se lia em publicações estrangeiras, sempre para aprender mais e mais”. Joana Pimentel, contemporânea de Joana Rêgo na FBAUP, concorda que existe “uma cultura, gostos e hábitos comuns a quem passou pela escola”. A escultora e professora da Universidade Lusíada aponta “o desenho, a obstinação pelo rigor, o respeito pela prática oficinal, um certo horror ao artifício e a seriedade no trabalho” como traços de uma tradição transmitida aos estudantes e construída “à volta do universo de cada professor”.

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06 01 Nuno Valentim, Nuno Brandão Costa e Nuno Grande 02 Sofia Torres 03 Domingos Loureiro 04 Joana Pimentel 05 Filipa Guerreiro 06 Joano Rêgo

Nomes como Dordio Gomes, Júlio Resende, Ângelo de Sousa, José Rodrigues ou Álvaro Lapa são ainda hoje referências no trabalho dos artistas formados na FBAUP. “Há sempre marcas que ficam de quem aprendeu com um Eduardo Batarda, um Pedro Rocha, uma Maria José Aguiar, um Álvaro Lapa ou um Francisco Laranjo. Ainda agora, enquanto trabalho, lembro-me de comentários deles”, reforça Joana Rêgo. “Não é uma influência directa mas acaba por ser latente”, diz Sofia Torres. É para dar continuidade ao ciclo que os actuais professores da escola tentam passar aos estudantes um legado de liberdade responsável. “As únicas bases que tentamos incutir é que sejam rigorosos e autênticos. Não tentamos incutir-lhes ideias, orientações limitativas”, assegura Domingos Loureiro. Longe dos jardins da FBAUP, impulsionar a divulgação da arte desenvolvida na Escola é outro dos desafios abraçados pelas novas gerações das Belas Artes. Um esforço que se traduz na promoção regular de exposições que levam os trabalhos dos estudantes até espaços públicos, fora da Faculdade. “Não só os alunos têm a possibilidade de mostrar os trabalhos como o público que normalmente não vai a museus tem a oportunidade de estar em contacto com a arte que sai da Faculdade”, conclui Sofia Torres. Mas, para que o prestígio da FBAUP se consolide, Joana Pimentel aconselha a envolvência de todos os níveis de produção artística desde o “mercado galerístico, passando pela produção histórica até à crítica”. A escola e os artistas há muitas gerações que já lá estão. 19

EM FOCO


CULTURA

U . P O RT O A L U M N I 1 4

Um dia, gastos, voltaremos A viver livres como os animais (…) O vento levará os mil cansaços Dos gestos agitados irreais E há-de voltar aos nossos membros lassos A leve rapidez dos animais. (“Um dia”, Sophia de Mello Breyner Andresen)

Reservas imaginárias de Armanda Passos

Antiga estudante da ESBAP Armanda Passos nasceu no Peso da Régua, em 1944, mas sempre viveu no Porto, cidade onde concluiu o curso de Artes Plásticas. Sobre a Casa Armanda Passos (uma encomenda da própria a Álvaro Siza Vieira), no Porto, o arquitecto confessa que, enquanto desenhava o projecto, foi imaginando a pintora a movimentar-se pela casa “em torno de grandes painéis, povoando as superfícies brancas, confundindo-se com as figuras que se agitam, que as preenchem quase derrubando as molduras doiradas”2. Foi na ESBAP que Armanda Passos estudou (e foi monitora de Gravura, de 1977 a 79), e de onde Vasco Graça Moura diz terem resultado “um estilo e uma técnica” próprios “de uma certa linha de artistas”. O escritor aponta semelhanças no “tipo de traço, no tratamento das figuras” e “na inscrição das formas na superfície da tela”. Uma “genealogia” que remonta “até Augusto Gomes e passa por Júlio Resende, António Quadros, Armando Alves, Jorge Pinheiro e vários outros, cujas propostas plásticas procuravam, de algum modo,

Fotos gentilmente cedidas por Fabíola Valença

AS COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO DA U.PORTO TÊM PROGRAMADAS DUAS EXPOSIÇÕES DE ARMANDA PASSOS: UMA DA SUA OBRA A ÓLEO SOBRE TELA (22 DE SETEMBRO, CASA ANDRESEN) E OUTRA VERSANDO A OBRA GRÁFICA DA ARTISTA PLÁSTICA (29 DE OUTUBRO, EDIFÍCIO DA REITORIA). EM AMBOS CASOS,VAI SER POSSÍVEL OBSERVAR O TRAÇO SINGULAR E O IMAGINÁRIO MUITO PESSOAL DE UM NOME GRANDE DA ARTE CONTEMPORÂNEA PORTUGUESA. LOGO, TRATA-SE AQUI DE DOIS ACONTECIMENTOS QUE VÃO MARCAR A AGENDA CULTURAL DO PORTO E DO PAÍS.

Por enquanto, propomos-lhe a experiência de um território inédito: a incursão pela obra gráfica de Armanda Passos. É uma faceta pouco conhecida da pintora, já que esta é a primeira exposição de trabalhos gráficos. A “Exposição: Obra gráfica de Armanda Passos” acontece no Edifício da Reitoria da U.Porto, à Praça Gomes Teixeira. Inaugura a 20 de Outubro, às 21h30, e irá manterse até 31 de Dezembro de 2011. São serigrafias efectuadas desde o período da ESBAP – Escola Superior de Belas Artes do Porto (precursora da actual Faculdade de Belas Artes da U.Porto) até à altura em que a pintora se instala no seu atelier (1976-1992).

conciliar nessa fase a figuração e a abstracção”. A exploração de possibilidades que enformam um “bloco impositivo”, com uma estruturação poderosa da figura. O poeta identifica um desenho “bem marcado nos seus contornos e na sua arquitectura”, com cores que “registam uma violência e uma veemência de matriz expressionista”. Vasco Graça Moura aponta ainda, nestes trabalhos, “modalidades de uma tradição representativa que vem desaguar ainda na pintura de Armanda Passos, embora com o acento pessoal e a especificidade temática que a tornam inconfundível”3. Enquanto estudante, Armanda Passos já fazia trabalhos em gravura e serigrafia. Num depoimento escrito, em 1980, Nuno Barreto, que foi seu professor na ESBAP, afirmava que, na serigrafia, a pintora se distinguiu “por ter desenvolvido um processo de trabalho muito pessoal perfeitamente adequado ao seu temperamento, à grande margem de improviso em que evolui e ao resultado final de superfícies muito ricas de texturas e matizes preciosos”4. Até ao início dos anos 90, Armanda Passos executou mais de 40 colecções de pequenas tiragens (com, aproximadamente, 30 exemplares cada) e em muitas delas fez intervenção directa, numa aproximação à pintura. Nas duas salas do Edifício da Reitoria vão estar serigrafias, gravuras e matrizes. Sobre a abordagem da técnica da serigrafia, Fabíola Valença, comissária da exposição, realça que a pintora “transfere o seu processo de improvisação obsessivo de cunho plástico para o processo de série, reformulando cada exemplar numa obra gráfica de amplitude expressiva” e criando um “processo próprio de criação gráfica”. Trata-se de “uma técnica brilhantemente praticada pela artista”, considera Luís de Moura Sobral, professor de História da Arte da Universidade de Montreal e

1, SARAMAGO, José – “Armanda Passos” in Armanda Passos desenhos, guaches e 3 telas. Estoril: Arcada Galeria de Arte, 1990. (Excerto incluído no Livro Armanda Passos Centenário U.P. – Uma retrospectiva). 2, SIZA, Álvaro – “Armanda Passos” in Casa Armanda Passos. Porto: Casa Armanda Passos, 2006, pp. 7-9. (Excerto incluído no Livro Armanda Passos Centenário U.P. – Uma retrospectiva). 3, MOURA, Vasco Graça – “O Gineceu das estranhezas” in Armanda Passos 25 Anos de pintura. Porto: Cooperativa Árvore, 2001, pp. 19-20. (Excerto incluído no Livro Armanda Passos Centenário U.P. – Uma retrospectiva). 4, BARRETO, Nuno – Depoimento escrito sobre Armanda Passos. 1980. Colecção particular da autora. (Excerto incluído no livro Armanda Passos: Obra Gráfica).

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A N A B E L A S A N TO S

O

uvir o traço da sua mão é seguir uma fome de céu que quer ir para lá da tela. Como uma golfada de ar maior do que o peito. É a aprendizagem do imprevisível a lançar a percepção para conceitos como a abrangência e a plenitude. É o desassossego de um imaginário entre a candura e o monstruoso, o grotesco e o ameaçador, entre o mítico, o onírico e o real, que surpreende e congela os corpos em movimento, deixando-os em suspenso. “Mais do que olhar”, disse-o José Saramago, “somos olhados”. É como se, afinal, acrescenta o Prémio Nobel da Literatura, “fôssemos também nós outras crisálidas, elaborando por detrás da carapaça algo que nos recusamos mostrar, aquilo que sempre se retrai diante do mais insistente de todos os olhares: o da pintura”1. Tudo o que em nós já foi território de experimentação face à pintura de Armanda Passos é o que levaremos na bagagem, quando estivermos a subir as escadas da Casa Andresen, no Porto. A este real imagético, onde cabe a pluralidade do que somos, entre o que revelamos e o que não, vamos acrescentar a sensação de uma espécie de unidade orgânica e animal a unir os universos de Sophia de Mello Breyner Andresen e de Armanda Passos. Foi na Casa Andresen e no Jardim Botânico do Porto que a autora da “Menina do Mar” cresceu e conheceu “a leve rapidez dos animais”. No mesmo local onde, até há pouco tempo, esteve em exposição “A evolução de Darwin”, passam a estar disponíveis aos trabalhos do olhar “vestígios de anatomias e comportamentos animais” e “cápsulas para biologias”. Tudo isto reunido na “Exposição Armanda Passos: RESERVAS”, que incide sobre a obra a óleo sobre tela da artista plástica. Vai inaugurar a 22 de Setembro. Mas já lá voltaremos.


CULTURA

AGENDA

U . P O RT O A L U M N I 1 4

C E N T E N Á R I O D A U N I V E R S I D A D E D O P O RT O

PROGRAMA DE COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO Memória e Património

Identidade e Comunidade

Conhecimento e Horizontes

Cinco Séculos de Desenho na Colecção da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.

Mostra Coral da Universidade

MESA – Evento comemorativo dos 30 anos de carreira do arquitecto Eduardo Souto de Moura

As Preciosidades Bibliográficas da Universidade do Porto

Biblioteca Almeida Garrett, Setembro 2011 Exposição de obras bibliográficas raras que integram o acervo da Universidade e são testemunhos da produção de conhecimento da instituição ao longo dos seus 100 anos. COMISSÁRIO: José Adriano de Freitas Carvalho — UNIVERSIDADE DO PORTO

A Colecção Egípcia do Museu de História Natural da Universidade do Porto

titular da Cátedra da Cultura Portuguesa. Importa referir, por fim, que vai ser lançado um livro com o mesmo título da exposição.

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Singular imaginário figurativo Já aqui se falou do traço forte. Sem hesitações. De monstros à espreita (quiçá desdobramentos de nós próprios). De formas animalescas. Há uma “zoologia larval” na senda do “bestiário fantástico”5 de Bosch, diz-nos Vasco Graça Moura. Mas há também “peixes que respiram ar”, aponta José Saramago, e “golfinhos sorridentes”, “lagartos sem veneno”, “dragões sem fogo nas goelas”, um bestiário que encontrou “no planeta de Armanda Passos (…) um tempo em que a paz miraculosamente existe”6. Já Luís de Moura Sobral, autor de um extenso estudo científico para o “Livro Armanda Passos Centenário U.P. – Uma retrospectiva”, escreve, nesta obra lançada a propósito da exposição “RESERVAS”, que os trabalhos de Armanda Passos criam “um universo paralelo ao nosso, que connosco tem algumas semelhanças, mas que não pertence totalmente ao nosso mundo”. Retoma o mito dos “Animais dos Espelhos” que invadiram a terra, como no texto de Jorge Luis Borges, “El Libro de los Seres Imaginarios” (1967), para nos falar das histórias que chegam do “outro lado do espelho” e que, “quem sabe, talvez ao fim e ao cabo não possuam significados precisos mas que, precisamente por isso, se nos tornaram indispensáveis”7. Perante a exposição que vai estar patente na Casa Andresen, os significados serão aqueles que o olhar ditar. Daí que Fabíola Valença nos fale em anular qualquer tentativa de “identificação metafórica”, fazendo a defesa da “imagem pela imagem, como se de um ser autónomo se tratasse”, obedecendo a um “modus operandi” que é “sua

equação desde há quarenta anos”. A comissária da “Exposição Armanda Passos: RESERVAS” refere ainda que a obra “privilegia a possibilidade de que as coisas existam sem nome, sem data e sem história como brecha de uma série cavalgante de explorações para um protagonismo de arquétipos visuais que a pintora maturou, segregou e deformou”. Armanda Passos tem “o malicioso bom gosto de intitular as suas telas só pelo que fisicamente são, a óleo”, observa José-Augusto França. É, no entanto, um convite ao espectador para que o faça, “pondo-lhe em cena dramática as personagens necessárias para isso”8, acrescenta o historiador e crítico de arte, num texto escrito propositadamente para o “Livro Armanda Passos Centenário U.P. – Uma retrospectiva”. Raquel Henriques da Silva, professora de História da Arte da Universidade Nova de Lisboa, defende, até, que nas pinturas de Armanda Passos “não há história porque não há tempo”. As enigmáticas figuras “parecem pertencer a outro mundo que se dispõe à margem do nosso, sem sequer ser a sua metáfora”9. Analisando a trajectória de Armanda Passos, Luís de Moura Sobral sublinha a “constante fidelidade a uma disciplina artística, a pintura, a uma atitude estética, a figuração, e a uma temática, a figura feminina”10. “Queres figuração, queres?” A pergunta é de José-Augusto França. E a resposta também: “Ora toma!.. Em matéria de figuração, só a grotesca e caricatural mais conta, na realidade que refaz e na verdade que comprova, semântica, social, mítica e poeticamente. Como nas personagens de Hieronimus Bosch”. Quanto às mulheres… Porquê mulheres? Ora a “Mulher Invasiva”, aponta José-Augusto França, “nasceu uma vez numa tela de não sei que data, para nunca mais a deixar”. Mas porquê? “Porque sim, como suficiente razão”11.

Reitoria da Universidade do Porto, Setembro 2011 Colecção de cem peças oferecidas à Universidade no início do século XX e que, para além da sua raridade e valor, permitem conhecer melhor a história de tão importante civilização antiga. COMISSÁRIO: Luís Manuel de Araújo — UNIVERSIDADE DE LISBOA

Dois Séculos: Instrumentos Científicos na História da Universidade do Porto

5, MOURA, Vasco Graça – “O Gineceu das Estranhezas” in Armanda Passos: 25 anos de pintura. Porto: Árvore Cooperativa de Actividades Artísticas, 2001, pp. 19-23. (Excerto incluído no Livro Armanda Passos Centenário U.P. – Uma retrospectiva). 6, SARAMAGO, José – In Armanda Passos: sessenta anos. Gondomar: Fundação Júlio Resende, Casa do Desenho, 2004, p. 23. (Excerto incluído no Livro Armanda Passos Centenário U.P. – Uma retrospectiva). 7, Texto incluído no Livro Armanda Passos Centenário U.P. – Uma retrospectiva. 8, Texto incluído no Livro Armanda Passos Centenário U.P. – Uma retrospectiva. 9, SILVA, Raquel Henriques da – “Armanda Passos” in Arte Partilhada Millennium BCP. Lisboa: Fundação Millennium BCP, 2009, p. 86. (Excerto incluído no Livro Armanda Passos Centenário U.P. – Uma retrospectiva). 10, Texto incluído no Livro Armanda Passos Centenário U.P. – Uma retrospectiva. 11, Texto incluído no Livro Armanda Passos Centenário U.P. – Uma retrospectiva.

Museu Nacional de Soares dos Reis, 18/05 - 30/10 2011 Exposição de peças do acervo da Universidade, através da qual se compreenderá melhor a história do ensino da ciência na instituição e a evolução que conheceram os respectivos instrumentos. COMISSÁRIO: Luís Miguel Bernardo — UNIVERSIDADE DO PORTO

Gravuras de Bartolozzi

Novembro 2011 Exposição de gravuras de Bartolozzi, que pertencem ao acervo da Universidade. Uma oportunidade para apreciar o trabalho do artista italiano (1727—1815), bem como um conjunto de óleos e desenhos de Vieira Portuense, alguns deles gravados por Bartolozzi. COMISSÁRIA: Lúcia Almeida Matos — UNIVERSIDADE DO PORTO

Encontro-Festa dos Antigos Estudantes

Edifício da Reitoria e espaço envolvente. 30 de Setembro de 2011 Iniciativa que visa reunir várias gerações de membros da comunidade académica, tendo em vista não apenas o convívio mas também, e sobretudo, o reforço do sentimento de pertença à Universidade.

Festival de Tunas da Universidade do Porto XXV FITU — Cidade do Porto Coliseu do Porto 13, 14 e 15 de Outubro de 2011

Tradições à Letra

Janeiro 2012 Espectáculo de músicas, cantares e danças tradicionais de Portugal, tendo por base textos de alguns dos mais distintos antigos estudantes da U.Porto (Júlio Diniz, Camilo Castelo Branco, Raul Brandão, Manuel Laranjeira, Adolfo Casais Monteiro, António Gedeão e Jorge de Sena). COORDENAÇÃO: NEFUP

A Varanda

Peça de teatro a levar à cena pelo TUP sobre texto de Jean Genet. “A Varanda” mostra a feira de vaidades do mundo, contando a história de um bordel que não é senão uma metáfora do tecido social que nesta peça é, através do riso, alvo de uma acutilante crítica. Encenação de António Júlio. COORDENAÇÃO: TUP

Litografia

Francisco Laranjo 99 exemplares numerados e assinados pelo autor

CD — 24 Cadernos e Cantatas de Natal

Fernando Lopes Graça CD com peças extraídas dos “24 Cadernos” e das “Cantatas de Natal”. Coral da Faculdade de Letras da Universidade do Porto dirigido pelo maestro Borges Coelho COORDENAÇÃO: Borges Coelho

Exposições Armanda Passos Exposição Armanda Passos: RESERVAS Casa Andresen, 22/09 - 30/10 2011

MESA – Workshop de Arquitectura

Pavilhão Carlos Ramos, 11 a 16 de Setembro 2011

MESA – Exposição Monográfica Eduardo Souto de Moura Casa da Música, Foyer Poente, 17/09 – 09/10 2011

MESA – Talks

Casa da Música, Sala Suggia, 19, 20 e 21 de Setembro 2011

Centro de Cultura Financeira

Metodologias e instrumentos para uma literacia financeira. COORDENAÇÃO: João Loureiro — UNIVERSIDADE DO PORTO

Cem anos – Cem palavras

Aberto até 30/09 2011 Um concurso literário de micro-contos de ficção, aberto a todos os membros da Universidade. Os melhores contos serão reunidos num volume a publicar posteriormente. COORDENAÇÃO: Francisco Ribeiro da Silva — UNIVERSIDADE DO PORTO

Cem anos – Cem imagens

Aberto até 31/10 2011 Concurso fotográfico aberto a toda a comunidade universitária. As fotografias seleccionadas integrarão automaticamente o “banco de imagens”. O regulamento será publicado em breve. COORDENAÇÃO: Manuel Janeira — UNIVERSIDADE DO PORTO Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar Faculdade de Farmácia Rua D. Manuel II Faculdade de Medicina — Ciências Básicas Pólo da Asprela Inauguração destes novos edifícios do campus universitário, no âmbito do processo de expansão, ampliação, requalificação e modernização dos equipamentos educativos e científicos da U.Porto. COORDENAÇÃO: António Cardoso — UNIVERSIDADE DO PORTO

Obra Gráfica de Armanda Passos Edifício da Reitoria, 20/10 - 31/12 2011

Edições do Centenário

Armanda Passos articula aspectos oníricos em matérias simbólicas da figuração do ser, numa exigência psicológica voltada para si. Mulheres como eixo, numa preocupação de referência sólida, organizam espaços bidimensionais e excluem a presença do tempo, adquirindo uma constante identificável. COMISSÁRIA: Fabíola Valença — UNIVERSIDADE DO PORTO

A História da Universidade do Porto Actas do Senado da Universidade do Porto (Outubro 1911—1931). Vol. I

Dias Abertos

Visitas às faculdades por alunos de escolas básicas e secundárias, entre outras iniciativas dirigidas à comunidade académica.

Jogos do Centenário

Competição de diferentes modalidades disputada ao longo de 2011 por equipas das faculdades constituídas por estudantes, funcionários, investigadores e antigos estudantes. COORDENAÇÃO: GADUP e Associações de Estudantes Olimpíadas do Centenário da U.Porto Competição de diferentes modalidades concentrada em dois fins-de-semana (só para estudantes), com equipas das diferentes faculdades. COORDENAÇÃO: GADUP e Associações de Estudantes

Congresso da Tradição Académica

Encontro de diferentes academias do país. 2011/2012. COORDENAÇÃO: GADUP, AAEE’s, Comissão de Praxe para as Actividades Académicas e outras organizações de estudantes da U.Porto

Memória Histórica da Academia Polythecnica do Porto Artur Magalhães de Basto A Real Escola de Cirurgia e a Escola Médico-Cirúrgica do Porto Um contributo para a História da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto A Primeira Faculdade de Letras do Porto (1919—1931) O Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar: passado, presente e futuro de uma escola paradigmática Os Reitores da Universidade do Porto Retratos e notas biográficas A República na Universidade. A Universidade na República Francisco Gomes Teixeira O homem, o cientista, o pedagogo Francisco Gomes Teixeira. Curso de Analyse Infinitesimal – Calculo Differencial. Análise de alguns conteúdos Ferreira da Silva. Biografia A Universidade e a cidade. Imagens para o futuro António Cardoso – Coordenação O novo modelo de governação da U.Porto Cândido da Agra – Coordenação Percursos da Internacionalização na Universidade do Porto – Uma panorâmica centenária Pedro Teixeira – Coordenação 23

Museu Faculdade Belas Artes, Novembro/Dezembro 2011 Cento e vinte desenhos do acervo da Universidade, onde avultam obras de artistas credenciados e se podem conhecer diferentes expressões estéticas. COMISSÁRIO: Francisco Laranjo — UNIVERSIDADE DO PORTO

25 de Novembro de 2011 COORDENAÇÃO: AAOUP, NEFUP e OUP


FORMAÇÃO NÃO CONFERENTE DE GRAU - PÓS - GRADUADA E CONTÍNUA, DA UNIVERSIDADE DO PORTO CANDIDATURAS ENTRE JULHO E DEZEMBRO 2011

Atenção A presente lista não dispensa a consulta do site do Catálogo de Formação Contínua da U.Porto 2010, em http:// formacaocontinua.up.pt, bem como as páginas das Unidades Orgânicas/ Escolas responsáveis pela organização desta oferta. Poderá ainda consultar a listagem das Unidades Curriculares Singulares constantes dos planos de estudos dos cursos e ciclos de estudos das várias Unidades Orgânicas, em www.up.pt - estudar na U. Porto Documentos - Unidades Curriculares Singulares. NOTA: (*) Cursos que aguardam aprovação por parte do órgão competente.

Faculdade de Arquitectura (FAUP)

Via Panorâmica S/N • 4150-755 Porto • Tlf: +351 226 057 100 • Fax: +351 226 057 199 • http://www.fa.up.pt Curso de Estudos Avançados em Património Arquitectónico Duração: 1215 horas • Calendário: Setembro de 2011 a Julho de 2012 • Candidaturas: até 15 de Julho de 2011 • Créditos: 45 ECTS • Mais informações: +351 226057100 / formacao.continua@ arq.up.pt • Propina: 2200 € Curso Urbanismo e Sustentabilidade Ecológica. Sistemas Urbanos de baixo custo em carbono Duração: 514 horas • Calendário: Setembro de 2011 a Julho de 2012 • Candidaturas: até 15 de Julho de 2011 • Créditos: 19 ECTS • Mais informações: +351 226057100 / formacao.continua@ arq.up.pt • Propina: 2250 €

Faculdade de Belas Artes (FBAUP)

Av. Rodrigues de Freitas, 265 • 4049-021 Porto • Tlf: +351 225 192 400 • Fax: +351 225 367 036 • http://www.fba.up.pt Rhino 3D e V-Ray Duração: 150 horas • Calendário: 21 de Setembro a 14 de Dezembro de 2011 • Candidaturas: até 12 de Setembro de 2011 • Créditos: 5,5 ECTS • Mais informações: +351 225192411/6 / formcontinua@ fba.up.pt | ibarroso@fba.up.pt • Propina: 220 € (Estudantes, Docentes e Funcionários da FBAUP); 275 € (Público em Geral) + Seguro escolar - 1,80€ Desenho de Composição com Figura Humana [Avançado] Duração: 204 horas • Calendário: 17 de Outubro de 2011 a 7 de Maio de 2012 • Candidaturas: até 10 de Outubro de 2011 • Créditos: 7,5 ECTS • Mais informações: +351 225192411/6 / formcontinua@fba. up.pt | ibarroso@fba.up.pt • Propina: 410 € (Estudantes, Docentes e Funcionários da FBAUP); 465 € (Público em Geral) + Seguro escolar - 1,80€

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Desenho de Figura Humana [Iniciado] Duração: 204 horas • Calendário: 19 de Outubro de 2011 a 9 de Maio de 2012 • Candidaturas: até 10 de Outubro de 2011 Créditos: 7,5 ECTS • Mais informações: +351 225192411/6 / formcontinua@fba. up.pt | ibarroso@fba.up.pt • Propina: 410 € (Estudantes, Docentes e Funcionários da FBAUP); 465 € (Público em Geral) + Seguro escolar - 1,80€

Rua do Campo Alegre • 4169 - 007 PORTO • Tlf: +351 22 340 14 00 • Fax: +351 22 200 86 28 • www.fc.up.pt

preenchimento da totalidade das vagas • Créditos: 1 U.C. (CCPFC) • Mais informações: +351 220402082 / www.fc.up. pt/foco; formacao.continua@fc.up.pt • Propina: 100 €

Culinária Saudável - 24.ª edição Duração: 12 horas • Calendário: Novembro a Dezembro de 2011 • Candidaturas: até 15 de Outubro de 2011 • Créditos: N/A • Mais informações: +351 225074320 / ceciliamorais@fcna.up.pt • Propina: 108 €

Plataformas e experiências de e-learning em Química (2ª Edição) Duração: 25 horas • Calendário: 12 de Setembro a 7 de Outubro 2011 • Candidaturas: Até preenchimento da totalidade das vagas • Créditos: 1 U.C. (CCPFC) • Mais informações: +351 220 402 082 / www.fc.up.pt/foco; formacao.continua@ fc.up.pt • Propina: 100 €

Segurança Química Duração: 25 horas • Calendário: 12 a 16 Setembro de 2011 • Candidaturas: Até preenchimento da totalidade das vagas • Créditos: 1 U.C. (CCPFC) • Mais informações: +351 220402082 / www.fc.up. pt/foco; formacao.continua@fc.up.pt • Propina: 100 €

Plataformas e experiências de e-learning em Química (3ª Edição) Duração: 25 horas • Calendário: 28 de Outubro a 25 de Novembro 2011 • Can-

Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação (FCNAUP)

Interpretação de análises microbiológicas Duração: 3 horas • Calendário: Dezembro de 2011 • Candidaturas: até 30 de Novembro de 2011 • Créditos: N/A • Mais informações: +351 225074320 / ceciliamorais@fcna.up.pt • Propina: 27 € (Geral); 26 € (Estudantes da U.Porto)

Perturbações do comportamento alimentar Duração: 121,5 horas • Calendário: Outubro a Dezembro de 2011 • Candidaturas: até 30 de Setembro de 2011 • Créditos: 4,5 ECTS • Mais informações: +351 225074320 / ceciliamorais@fcna.up.pt • Propina: 275 € (Geral); 250 € (Estudantes da U.Porto)

Os vírus presentes nos alimentos Duração: 2 horas • Calendário: Dezembro de 2011 • Candidaturas: até 30 de Novembro de 2011 • Créditos: N/A • Mais informações: +351 225074320 / ceciliamorais@fcna.up.pt • Propina: 18 € (Geral); 17 € (Estudantes da U.Porto)

didaturas: Até preenchimento da totalidade das vagas • Créditos: 1 U.C. (CCPFC) • Mais informações: +351 220 402 082 / www.fc.up.pt/foco; formacao.continua@ fc.up.pt • Propina: 100 € Multimédia no Ensino da Química (2ª Ed.) Duração: 25 horas • Calendário: 5 a 9 de Setembro 2011 • Candidaturas: Até preenchimento da totalidade das vagas • Créditos: 1 U.C. (CCPFC) • Mais informações: +351 220 402 082 / www.fc.up. pt/foco; formacao.continua@fc.up.pt • Propina: 100 € Multimédia no Ensino da Química (3ª Edição) Duração: 25 horas • Calendário: 23 de Setembro a 21 de Outubro 2011 • Candidaturas: Até preenchimento da totalidade das vagas • Créditos: 1 U.C. (CCPFC) • Mais informações: +351 220 402 082 / www.fc.up.pt/foco; formacao.continua@ fc.up.pt • Propina: 100 € Actividades Laboratoriais para o 12º ano Duração: 25 horas • Calendário: 5 a 10 de Setembro 2011 • Candidaturas: Até preenchimento da totalidade das vagas • Créditos: 1 U.C. (CCPFC) • Mais informações: +351 220 402 082 / www.fc.up. pt/foco; formacao.continua@fc.up.pt • Propina: 100 € Tópicos de Química Física para Compreensão do Mundo Actual Duração: 25 horas • Calendário: 7 de Setembro a 6 de Outubro 2011 (Quartas feiras de tarde) • Candidaturas: Até preenchimento da totalidade das vagas • Créditos: 1 U.C. (CCPFC) • Mais informações: +351 220 402 082 / www.fc.up. pt/foco; formacao.continua@fc.up.pt • Propina: 100 € Comunicação de informação a curtas e longas distâncias Duração: 25 horas • Calendário: 18 de Outubro a 24 de Novembro 2011 • Candidaturas: Até preenchimento da totalidade das vagas • Créditos: 1 U.C. (CCPFC) • Mais informações: +351 220 402 082 / www.fc.up.pt/foco; formacao.continua@ fc.up.pt • Propina: 100 € Actividades de sala de aula com a calculadora gráfica e sensores, para o 3º ciclo do Ensino Básico e Ensino Secundário Duração: 25 horas • Calendário: Setembro e Outubro 2011 • Candidaturas: Até

Rua Dr. Roberto Frias • 4200-465 Porto • Tlf: +351 225 074 320 • Fax: + 351 225 074 329 • www.fcna.up.pt

Oficina das sopas Duração: 3 horas • Calendário: Outubro de 2011 • Candidaturas: até 30 de Setembro de 2011 • Créditos: N/A • Mais informações: +351 225074320 / ceciliamorais@fcna.up.pt • Propina: 27 € Cook-chill Duração: 4 horas • Calendário: Outubro de 2011 • Candidaturas: Até 30 de Setembro de 2011 • Créditos: N/A • Mais informações: +351 225074320 / ceciliamorais@fcna.up.pt • Propina: 36 € (Geral); 34 € (Estudantes da U.Porto) Cook-freeze Duração: 4 horas • Calendário: Outubro de 2011 • Candidaturas: até 30 de Setembro de 2011 • Créditos: N/A • Mais informações: +351 225074320 / ceciliamorais@fcna.up.pt • Propina: 36 € (Geral); 34 € (Estudantes da U.Porto) Cook-serve Duração: 4 horas • Calendário: Outubro de 2011 • Candidaturas: até 30 de Setembro de 2011 • Créditos: N/A • Mais informações: +351 225074320 / ceciliamorais@fcna.up.pt • Propina: 36 € (Geral); 34 € (Estudantes da U.Porto) SPARE - Sistema de planeamento e avaliação de refeições escolares Duração: 4 horas • Calendário: Outubro de 2011 • Candidaturas: Até 30 de Setembro de 2011 • Créditos: N/A • Mais informações: +351 225074320 / ceciliamorais@fcna.up.pt • Propina: 36 € (Geral); 34 € (Estudantes da U.Porto) Embalagens inteligentes Duração: 2 horas • Calendário: Outubro de 2011 • Candidaturas: até 30 de Setembro de 2011 • Créditos: N/A • Mais informações: +351 225074320 / ceciliamorais@fcna.up.pt • Propina: 18 € (Geral); 17 € (Estudantes da U.Porto)

Nutrição em Geriatria Duração: 67,5 horas • Calendário: Novembro a Dezembro de 2011 • Candidaturas: até 15 de Novembro de 2011 • Créditos: em processo de creditação • Mais informações: +351 225074320 / ceciliamorais@fcna.up.pt • Propina: 216 € (Geral); 204 € (Estudantes da U.Porto)

Faculdade de Desporto (FADEUP)

Rua Dr. Plácido Costa, 91 • 4200-450 Porto • Tlf: +351 225 074 700 • Fax: +351 225 500 689 • http://www.fade.up.pt Desempenho na Supervisão de Professores Reflexivos - Da Teoria à Prática de Supervisão em Situação de Estágio Profissional. Duração: 50 horas • Calendário: Janeiro de 2012 • Candidaturas: até Dezembro de 2011 • Créditos: 2 U.C. (CCPFC) • Mais informações: + 351 2250747 / 33 / otiliapereira@fade.up.pt • Propina: 100 € O Ensino do Andebol na Escola Duração: 25 horas • Calendário: Setembro de 2011 • Candidaturas: Setembro de 2011 • Créditos: 1 U.C. (CCPFC) • Mais informações: + 351 2250747 / 33 / otiliapereira@fade.up.pt • Propina: 75 € Actividades Físicas e Desportivas no Contexto das Actividades de Enriquecimento Curricular e da Educação e Expressão Físico-Motora do 1º CEB Duração: 50 horas • Créditos: 2 U.C. (CCPFC) • Calendário: Janeiro, Fevereiro e Março de 2012 • Candidaturas: Dezembro de 2011 • Mais informações: + 351 2250747 / 33 / otiliapereira@fade.up.pt • Propina: 100 € Mais Desporto na Escola Duração: 25 horas • Calendário: Fevereiro de 2012 • Candidaturas: até Dezembro de 2011 • Créditos: 1 U.C. (CCPFC) • Mais informações: + 351 2250747 / 33 / otiliapereira@fade.up.pt • Propina: 75 € O Ensino da Natação em Contexto Escolar. Da Aula de Educação Física ao Desporto Escolar Duração: 25 horas • Calendário: Outubro de 2011 • Candidaturas: Setembro de 2011 • Créditos: 1 U.C. (CCPFC) • Mais informações: + 351 2250747 / 33 / otiliapereira@fade.up.pt • Propina: 75 €

O Ensino de Dança de Salão (LatinoAmericanas) em Contexto Escolar. Da Aula de Educação Física ao Desporto Escolar Duração: 50 horas • Calendário: Outubro de 2011 • Candidaturas: Setembro de 2011 • Créditos: 2 U.C. (CCPFC) • Mais informações: + 351 2250747 / 33 / otiliapereira@fade.up.pt • Propina: 150 €

Formação para Projectistas - Aplicação do RCCTE Duração: 22,5 horas • Calendário: 18 a 20 de Outubro 2011 (1ª edição); 8 a 10 de Maio 2012 (2ª edição) • Candidaturas: até 22 de Setembro 2011 (1ª edição); 23 de Setembro 2011 a 15 de Abril 2012 (2ª edição) • Créditos: N/A • Mais informações: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 700 €

O Ensino da Educação Física em Transformação/Renovação - Ensinar a Educação Física e Desporto na Escola através do Modelo de Educação Desportiva Duração: 50 horas • Calendário: Fevereiro de 2012 • Candidaturas: Dezembro de 2011 • Créditos: 2 U.C. (CCPFC) • Mais informações: + 351 2250747 / 33 / otiliapereira@fade.up.pt • Propina: 100 €

Formação para Peritos Qualificados no âmbito do SCE - Novo RCCTE Duração: 93 horas • Calendário: 22 de Setembro 2011 (1ª edição); 23 de Setembro a 15 de Abril 2012 (2ª edição) • Candidaturas: até 5 de Setembro 2011 (1ª edição); 6 de Setembro 2011 a 11 de Junho 2012 (2ª edição) • Créditos: 3 ECTS • Mais informações: +351 225081977 / sposgrad@ fe.up.pt • Propina: 850 €

Faculdade de Direito (FDUP)

Gestão da Emergência: Abordagem ao Problema por Protocolos Duração: 81 horas • Calendário: 26 de Outubro a 11 de Novembro 2011 • Candidaturas: até 6 de Outubro 2011 • Créditos: 3 ECTS • Mais informações: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 400 €

Rua dos Bragas, 223 • 4050-123 Porto Tlf: +351 222 041 609 • Fax: +351 222 041 614 • http://www.direito.up.pt Especialização em Direito Fiscal Duração: 1620 Horas • Calendário: Outubro de 2011 • Candidaturas: Setembro de 2011 • Créditos: 60 ECTS • Mais informações: +351 222041602/09 / posgrad@ direito.up.pt • Propina: a definir Especialização em Direito das Autarquias Locais e Urbanismo Duração: 1620 Horas • Calendário: Outubro de 2011 • Candidaturas: Setembro de 2011 • Créditos: 60 ECTS • Mais informações: +351 222041602/09 / posgrad@ direito.up.pt • Propina: a definir Práticas Processuais em Direito Civil Duração: 99 Horas • Calendário: Setembro a Dezembro de 2011 • Candidaturas: Setembro de 2011 • Créditos: 3,5 ECTS • Mais informações: +351 222041602/09 / posgrad@direito.up.pt • Propina: a definir Direito à Informação Duração: 10 Horas • Calendário: 14 a 18 de Novembro de 2011 • Candidaturas: Outubro de 2011 • Créditos: N/A • Mais informações: +351 222041602/09 / posgrad@direito.up.pt • Propina: a definir Inglês Jurídico Duração: 112,5 Horas • Calendário: Outubro de 2011 • Candidaturas: Setembro de 2011 • Créditos: 4 ECTS • Mais informações: +351 222041602/09 - posgrad@ direito.up.pt • Propina: a definir

Faculdade de Engenharia (FEUP)

Rua Dr. Roberto Frias, s/n • 4200-465 Porto • Tlf: +351 22 508 14 00 • Fax: +351 22 508 14 40 • www.fe.up.pt Formação para Peritos Qualificados no âmbito do SCE - RSECE (Energia e QAI) Duração: 146 horas • Calendário: 26 de Setembro a 21 de Outubro de 2011 (1ª edição); 2 a 27 de Julho de 2012 (2ª edição) • Candidaturas: até 5 de Setembro de 2011 (1ª edição); 6 de Setembro 2011 a 11 de Junho 2012 (2ª edição) • Créditos: 5 ECTS • Mais informações: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 1000 €

Beneficiação – Reabilitação de Estradas Duração: 94,5 horas • Calendário: 13 de Abril a 18 de Maio 2012 • Candidaturas: até 22 de Março 2012 • Créditos: 3,5 ECTS • Mais informações: +351 22508977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 650€ Estudos Avançados em Design e Desenvolvimento de Produto Duração: 1620 horas • Calendário: 12 de Setembro 2011 a 1 de Junho 2012 • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase) • Créditos: 60 ECTS • Mais informações: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 3000 € Especialização em Design e Desenvolvimento de Produto Duração: 1620 horas • Calendário: 12 de Setembro 2011 a 1 de Junho 2012 • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase) • Créditos: 60 ECTS • Mais informações: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 999 €

Faculdade de Letras (FLUP)

Via Panorâmica, s/n • 4150-564 Porto Tlf: +351 226 077 100 • Fax: + 351 226 091 610 • www.letras.up.pt

Hidráulica e Reabilitação Fluvial Duração: 24 horas • Calendário: 8 a 10 de Novembro 2011 • Candidaturas: até 17 de Outubro 2011 • Créditos: N/A • Mais informações: +351 225081977 / sposgrad@ fe.up.pt • Propina: 600€ Geometria do traçado de estradas Duração: 94,5 horas • Calendário: 7 de Outubro a 11 de Novembro 2011 • Candidaturas: até 16 de Setembro de 2011 • Créditos: 3,5 ECTS • Mais informações: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 650 €

Teoria da Literatura: questões basilares na abordagem literária Duração: 25 horas • Calendário: Outubro a Dezembro 2011 • Candidaturas: até Setembro 2011 • Créditos: 1 UC (CCPFC) • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 120 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €) Dilemas Éticos Contemporâneos: contributos para o ensino da filosofia Duração: 67,5horas • Calendário: 29 de Outubro a 10 de Dezembro 2011 • Candidaturas: até 30 de Setembro 2011 • Créditos: 1 UC (CCPFC) • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras. up.pt • Propina: 120 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €)

Pavimentos Rodoviários Duração: 94,5 horas • Calendário: 18 de Novembro 2011 a 20 de Janeiro 2012 • Candidaturas: até 1 de Novembro 2011 • Créditos: 3,5 ECTS • Mais informações: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 650 €

Curso Intensivo de língua e cultura espanhola - níveis A1 e A2 Duração: 81 horas • Calendário: 9 de Setembro a 9 de Outubro 2011 • Candidaturas: até 22 de Agosto 2011 • Créditos: 3 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 240 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €)

Concepção dos Locais de Trabalho Prevenção dos Riscos Profissionais Duração: 94,5 horas • Calendário: 8 a 24 de Fevereiro 2012 • Candidaturas: até 16 de Janeiro 2012 • Créditos: 3,5 ECTS • Mais informações: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 400 €

Curso Intensivo de Francês Duração: 81 horas • Calendário: 5 a 30 de Setembro 2011 • Candidaturas: até 22 de Agosto 2011 • Créditos: 3 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@ letras.up.pt • Propina: 240 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €)

Engenharia e Gestão de Processos de Negócio Duração: 162 horas • Calendário: 4 de Outubro a 13 de Dezembro 2011 (1ª Unid. de Formação); 10 de Janeiro a 13 de Março 2012 (2ª Unid. de Formação) • Candidaturas: até 12 de Setembro de 2011 (1ª Unid. de Formação); até 5 de Dezembro de 2011 (2ª Unid. de Formação) • Créditos: 6 ECTS • Mais informações: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 750€ - no caso de inscrição no curso (2 unid. de formação) 450€ - por unidade de formação

Curso Intensivo de Língua e Cultura Italiana - Nível intermédio Calendário: 3 de Setembro a 22 de Outubro 2011 (1ª edição); 2 de Novembro a 13 de Dezembro 2011 (2ª edição); 4 de Novembro a 23 de Dezembro 2011 (3ª edição) • Candidaturas: até 22 de Agosto (1ª edição); até 10 de Outubro (2ª edição); até 24 de Outubro 2011 (3ª edição) • Créditos: 3 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 240 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €)

Sistemas de Protecções e Automação Duração: 14 horas • Calendário: 15 a 16 de Dezembro 2011 • Candidaturas: até 18 de Novembro 2011 • Créditos: N/A • Mais informações: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 650 € 25

FORMAÇÃO

NÃO CONFERENTE DE GRAU PÓS-GRADUADA E CONTÍNUA

Faculdade de Ciências (FCUP)


Chinês níveis I, II e III Duração: 81 horas • Calendário: 17 de Outubro 2011 a Junho 2012 • Candidaturas: Julho a Setembro 2011 • Créditos: 3 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 240 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €) Língua e cultura Espanhola - níveis A2; B1 e B2 Duração: 150 horas • Calendário: 17 de Outubro 2011 a Junho 2012 • Candidaturas: Julho a Setembro 2011 • Créditos: 5,5 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 480 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €) Língua e Culturas Francesas e Francófonas - níveis A1; A2 e B1 Duração: 150 horas • Calendário: 17 de Outubro 2011 a Junho 2012 • Candidaturas: Julho a Setembro 2011 • Créditos: 5,5 ECTS • Mais informações: Tel: 226077152 Email: gfec@letras.up.pt • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 360 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €)

Filosofia Prática e Pensamento Critico Duração: 67,5 horas • Calendário: 15 de Outubro a 10 de Dezembro 2011 • Candidaturas: até 3 de Outubro 2011 • Créditos: 1 UC (CCPFC) e 2,5 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 125 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €) Literatura Infanto-Juvenil: biblioterapia e sexualidade na escola Duração: 25 horas • Calendário: 8 a 29 de Outubro (1ª edição); 5 a 25 de Novembro de 2011 (2ª edição) • Candidaturas: até 19 de Setembro 2011 (1ª edição); até 24 de Outubro 2011 (2ª edição) • Créditos: 1 UC (CCPFC) • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 120 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €)

Curso de Finlandês - níveis 1, 2 e 3 Duração: 81 horas • Calendário: 17 de Outubro 2011 a Junho 2012 • Candidaturas: Julho a Setembro 2011 • Créditos: 3 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 240 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €)

O Cinema no Ensino da Filosofia Duração: 67,5horas • Calendário: 8 de Outubro a 26 de Novembro 2011 • Candidaturas: até 30 de Setembro 2011 • Créditos: 1 UC (CCPFC) e 2,5 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 120 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €)

Língua Hindi 1 Duração: 60 horas • Calendário: 17 de Outubro 2011 a Fevereiro 2012 • Candidaturas: Julho a Setembro 2011 • Créditos: 3 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 240 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €)

As Civilizações da Antiguidade: uma história cultural Duração: 81 horas • Calendário: 2 a 30 de Novembro 2011 • Candidaturas: até 30 de Setembro 2011 • Créditos: 3 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@ letras.up.pt • Propina: 130 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €)

Curso de Húngaro - níveis I e II Duração: 81 horas • Calendário: 17 de Outubro 2011 a Junho 2012 • Candidaturas: Julho a Setembro 2011 • Créditos: 3 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 240 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €)

Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores Duração: 25 horas • Calendário: 2 a 23 de Setembro 2011 • Candidaturas: até 22 de Agosto 2011 • Créditos: 1 UC (CCPFC) • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 125 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €)

Língua inglesa - níveis A1; A2; B1; B2.1; B2.2 e C1 Calendário: 17 de Outubro 2011 a Junho 2012 • Candidaturas: Julho a Setembro de 2011 • Créditos: 5,5 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 480 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €)

SIG de apoio aos planos de defesa na floresta contra incêndios Duração: 81 horas • Calendário: 03, 10 e 17 de Dezembro 2011 • Candidaturas: até 21 de Novembro 2011 • Créditos: 3 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 125 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €)

Curso de língua e cultura italiana Duração: 112,5 horas • Calendário: 17 de Outubro 2011 a Junho 2012 • Candidaturas: Julho a Setembro 2011 • Créditos: 4 ECTS • Mais informações: Tel: 226077152 Email: gfec@letras.up.pt • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 360 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €)

Curso de Alemão Duração: 112,5 horas • Calendário: 17 de Outubro 2011 a Junho 2012 • Candidaturas: Julho a Setembro 2011 • Créditos: 4 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 360 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €)

Japonês - níveis I, II e III Duração: 112,5 horas • Calendário: 17 de Outubro 2011 a Junho 2012 • Candidaturas: Julho a Setembro 2011 • Créditos: 5,5 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 360 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €) 26

Língua e cultura árabe níveis I, II e III Duração: 81 horas • Calendário: 17 de Outubro 2011 a Junho 2012 • Candidaturas: Julho a Setembro 2011 • Créditos: 3 ECTS • Mais informações: +351 226077152 /

Latim, língua e cultura Duração: 108 horas • Calendário: 17 de Outubro 2011 a Junho 2012 • Candidaturas: Julho a Setembro 2011 • Créditos: 4ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 240 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €) Curso de Neerlandês Duração: 81 horas • Calendário: 17 de Outubro de 2011 a Junho 2012 • Candidaturas: Julho a Setembro 2011 • Créditos: 3 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 240 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €) Língua e Cultura Persa 1 Duração: 81 horas • Calendário: 17 de Outubro 2011 a Junho 2012 • Candidaturas: Julho a Setembro 2011 • Créditos: 3 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 240 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €) Língua e cultura polaca - níveis I e II Duração: 81 horas • Calendário: 17 de Outubro 2011 a Junho 2012 • Candidaturas: Julho a Setembro 2011 • Créditos: 3 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 240 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €) Língua Romena - níveis 1 e 2 Duração: 81 horas • Calendário: 17 de Outubro 2011 a Junho 2012 • Candidaturas: Julho a Setembro 2011 • Créditos: 3 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 240 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €) Língua russa - níveis 1 e 2 Duração: 81 horas • Calendário: 17 de Outubro 2011 a Junho 2012 • Candidaturas: Julho a Setembro 2011 • Créditos: 3 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 240 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €) Língua russa - avançada 1 Duração: 81 horas • Calendário: 17 de Outubro 2011 a Junho 2012 • Candidaturas: Julho a Setembro 2011 • Créditos: 3 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 240 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €) Curso de Sueco Duração: 81 horas • Calendário: 17 de Outubro 2011 a Junho 2012 • Candidaturas: Julho a Setembro 2011 • Créditos: 3 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 240 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €) Língua e cultura turca – níveis I, II e III Duração: 81 horas • Calendário: 17 de Outubro 2011 a Junho 2012 • Candidaturas: Julho a Setembro 2011 • Créditos: 3 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 240 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €) Gerir referências bibliográficas com endnote Duração: 10 horas • Calendário: 17 de Outubro 2011 a Junho 2012 • Candidaturas: até 22 de Agosto 2011 • Créditos: N/A • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 55 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €)

Organizar e Gerir Informação nos Media Duração: 1620 horas • Calendário: inicia a 12 de Setembro 2011 • Candidaturas: até 22 de Agosto 2011 • Créditos: 60 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 986 € + Seguro Escolar (1,80 €) Especialização em Estudos Anglo-Americanos (tradução literária) Duração: 1620 horas • Calendário: inicia a 19 de Setembro 2011 • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Créditos: 60 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 1250 € + Seguro Escolar (1,80 €) Especialização em Estudos Anglo-Americanos (estudos sobre mulheres) Duração: 1620 horas • Calendário: inicia a 19 de Setembro 2011 • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Créditos: 60 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 1250 € + Seguro Escolar (1,80 €) Especialização em Estudos Anglo-Americanos (Literaturas e Culturas) Duração: 1620 horas • Calendário: inicia a 19 de Setembro 2011 • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Créditos: 60 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 1250 € + Seguro Escolar (1,80 €) Especialização em Geografia Física e Riscos Duração: 810 horas • Calendário: inicia a 19 de Setembro 2011 • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Créditos: 30 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 1250 € + Seguro Escolar (1,80 €) Especialização em Ordenamento do Território Duração: 810 horas • Calendário: inicia a 19 de Setembro 2011 • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro de 2011 (2ª fase) • Créditos: 30 ECTS • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 1250 € + Seguro Escolar (1,80 €)

Faculdade de Medicina (FMUP)

Rua Prof. Hernâni Monteiro, s/n • 4200319 Porto • Tlf: +351 225513604 • Fax: + 351 225513605 • www.med.up.pt • servacad@med.up.pt Curso de Actualização em Medicina Legal e Ciências Forenses para Peritos Médico-Legais Duração: 108 horas • Calendário: inicia a 10 Setembro 2011 • Candidaturas: Setembro 2011 • Créditos: 4 ECTS • Mais informações: educacaocontinua@med. up.pt • Propina: 125 € Medicina Preventiva em Cuidados de Saúde Primários: Inovações Duração: 40,5 horas • Calendário 22 de Outubro 2011 • Candidaturas: até 22 de Outubro 2011 • Créditos: 1,5 ECTS • Mais informações: educacaocontinua@med. up.pt • Propina: 50 €

Anestesiologia Duração: 405 horas • Calendário: 1 Janeiro 2012 • Candidaturas: 1 de Outubro a 2 de Novembro 2011 • Créditos: 15 ECTS • Mais informações: educacaocontinua@ med.up.pt • Propina: 200 € Climatologia e Hidrologia Duração: 1 ano lectivo • Calendário: inicia a Novembro 2011 • Candidaturas: 1 de Setembro a 15 de Outubro 2011 • Créditos: 24 ECTS • Mais informações: educacaocontinua@med.up.pt • Propina: 500 € Formação Pedagógica para Docentes do Ensino Superior da Área da Saúde Duração: 110 horas (10 módulos) • Calendário: inicia a Setembro 2011 • Candidaturas: 15 dias antes da realização de cada módulo • Créditos: 4 ECTS • Mais informações: educacaocontinua@med.up.pt • Propina: 50€ por módulo para cada formando (grátis para docentes da FMUP) Medicina do Trabalho Duração: 2430 horas • Calendário: inicia a Outubro 2011 • Candidaturas: 5 a 9 de Setembro 2011 • Créditos: 90 ECTS • Mais informações: educacaocontinua@ med.up.pt • Propina: 4000 € Curso Internacional e Pós-Graduação em Saúde Global e Envelhecimento Duração: 405 horas • Calendário: inicia a Outubro 2011 • Candidaturas: até 3 de Outubro 2011 • Créditos: 13 ECTS • Mais informações: educacaocontinua@med. up.pt • Propina: 500 €

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação (FPCEUP)

Rua do Dr. Manuel Pereira da Silva • 4200392 Porto • Telf: +351 226 079 700 • Fax: +351 226 079 725 • www.fpce.up.pt A Assertividade e a Gestão de Conflitos Duração: 75 horas • Calendário: 5 a 28 de Setembro 2011 • Candidaturas: até 2 de Setembro 2011 (online) • Créditos: 2,5 ECTS • Mais informações: sec@fpce.up.pt / www.fpce.up.pt/sec/ • Propina: 140 € Coaching, Empowerment e Liderança de Equipas de Trabalho Duração: 90 horas • Calendário: 1 de Setembro a 1 de Outubro 2011 • Candidaturas: online - até 29 de Julho 2011 (online) • Créditos: 3 ECTS • Mais informações: sec@fpce.up.pt / www.fpce.up.pt/sec/ • Propina: 150€ Educação Sexual em Contexto Escolar Duração: 90 horas • Calendário: 24 de Setembro a 12 de Novembro 2011 • Candidaturas: até 21 de Setembro 2011 (online) • Créditos: 3 ECTS • Mais informações: sec@fpce.up.pt / www.fpce.up.pt/ sec/ • Propina: 160 € Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho: a problemática dos acidentes e das doenças profissionais Duração: 60 horas • Calendário: inicia em Setembro 2011 • Candidaturas: até 1 de Setembro (online) • Créditos: 2 ECTS • Mais informações: sec@fpce.up.pt / www. fpce.up.pt/sec/ • Propina: 120 €

Orientação Vocacional: A Exigência de Novas Práticas. Como intervir face ao declínio de expectativas dos cidadãos, às novas formas de (des)emprego e exclusão social, à aprendizagem ao longo da vida e ao desinvestimento na Educação/Formação? Duração: 117 horas • Calendário: 8 de Setembro a 22 de Outubro 2011 • Candidaturas: até 5 de Setembro 2011 (online) • Créditos: 4 ECTS • Mais informações: sec@fpce.up.pt / www.fpce.up.pt/sec/ • Propina: 160€ Tratamento documental: a organização da biblioteca escolar Duração: 75 horas • Calendário: 24 de Setembro a 29 de Outubro 2011 • Candidaturas: até 22 de Setembro 2011 (online) • Créditos: 2,5 ECTS • Mais informações: sec@fpce.up.pt / www.fpce.up.pt/sec/ • Propina: 140 €

Gestão e Concepção da Formação II Duração: 75 horas • Calendário: 8 de Outubro a 10 de Novembro 2011 • Candidaturas: até 1 de Setembro a 5 de Outubro 2011 (online) • Créditos: 2,5 ECTS • Mais informações: sec@fpce.up.pt / www.fpce. up.pt/sec/ • Propina: 150 €

Pós-Graduação em Finanças e Fiscalidade Duração: 1248 horas • Calendário: Setembro de 2011 a Junho 2012 • Candidaturas: Até 16 de Julho 2011 • Créditos: 45 ECTS • Mais informações: +351 226 153 270 / pgff@egp-upbs-up.pt • Propina: 5400 €

A avaliação psicológica no âmbito dos procedimentos concursais Duração: 18 horas • Calendário: 2 a 10 de Novembro 2011 • Candidaturas: 1 a 30 de Outubro 2011 (online) • Créditos: 2 ECTS • Mais informações: sec@fpce.up.pt / www. fpce.up.pt/sec/ • Propina: 120 €

Pós-Graduação em Gestão de Pessoas Duração: 1280 horas • Calendário: Setembro de 2011 a Julho 2012 • Candidaturas: Até 15 de Julho 2011 • Créditos: 45 ECTS • Mais informações: +351 226153270 / pggp@egp-upbs-up.pt • Propina: 5400 €

Aprendizagem Criativa Duração: 81 horas • Calendário: 11 de Outubro a 6 de Dezembro 2011 • Candidaturas: até 1 de Setembro a 8 de Outubro 2011 (online) • Créditos: 3 ECTS • Mais informações: sec@fpce.up.pt / www.fpce. up.pt/sec/ • Propina: 140 €

Psicologia Criminal Duração: 75 horas • Calendário: Novembro de 2011 (datas a anunciar) • Candidaturas: a partir de Outubro (online) • Créditos: 2,5 ECTS • Mais informações: sec@fpce.up.pt / www.fpce.up.pt/sec/ • Propina: 120 €

A Avaliação de Desempenho e Gestão por Objectivos Duração: 45 horas • Calendário: 17 a 31 de Outubro 2011 • Candidaturas: até 1 de Setembro a 14 de Outubro 2011 (online) • Créditos: 1,5 ECTS • Mais informações: sec@fpce.up.pt / www.fpce.up.pt/sec/ • Propina: 100 €

A Assertividade e a Gestão de Conflitos Duração: 75 horas • Calendário: de 5 a 20 de Dezembro 2011 • Candidaturas: 1 de Setembro a 8 de Outubro 2011 (online) • Créditos: 2,5 ECTS • Mais informações: sec@fpce.up.pt / www.fpce.up.pt/sec/ • Propina: 140 €

Avaliação da Formação Duração: 76 horas • Calendário: 1 de Outubro a 3 de Dezembro 2011 • Créditos: 2,5 ECTS • Mais informações: sec@fpce. up.pt / www.fpce.up.pt/sec/ • Propina: 150 €

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS)

Como preparar e conduzir entrevista de avaliação de competências Duração: 45 horas • Calendário: 3 a 12 de Outubro 2011 • Candidaturas: até 1 a 29 de Setembro 2011 (online) • Créditos: 1,5 ECTS • Mais informações: sec@fpce.up.pt / www.fpce.up.pt/sec/ • Propina: 100 €

Dificuldades de aprendizagem e Leitura e da Escrita Duração: 27 horas • Calendário: 3 a 12 de Outubro 2011 • Candidaturas: até 1 a 29 de Setembro 2011 (online) • Créditos: 1 ECTS • Mais informações: sec@fpce.up.pt / www.fpce.up.pt/sec/ • Propina: 90 € Educação Sexual, Género e Diversidade Duração: 126 horas • Calendário: 8 de Outubro a 25 de Novembro 2011 • Candidaturas: até 2 de Outubro 2011 (online) • Créditos: 3 ECTS • Mais informações: sec@fpce.up.pt / www.fpce.up.pt/sec/ • Propina: 200€ Gestão de Inteligência Emocional Duração: 75 horas • Calendário: 4 a 27 de Outubro 2011 • Candidaturas: até 1 de Setembro a 1 de Outubro 2011 (online) • Créditos: 2,5 ECTS • Mais informações: sec@fpce.up.pt / www.fpce.up.pt/sec/ • Propina: 120 €

Treino Comportamental em Negociação Duração: 16 horas • Calendário: 26 e 27 de Outubro 2011 • Mais informações: +351 226 153270 / @egp-upbs.up.pt • Propina: 1100 €

Recrutamento e Selecção de Pessoal Duração: 54 horas • Calendário: 14 a 23 de Novembro 2011 • Candidaturas: até 1 de Outubro a 11 de Novembro 2011 (online) • Créditos: 1,5 ECTS • Mais informações: sec@fpce.up.pt / www.fpce. up.pt/sec/ • Propina: 120 €

International Business Duração: 18 horas • Calendário: 19, 20 e 26 de Setembro 2011 • Créditos: N/A • Mais informações: +351 226153270 / ib@ egp-upbs.up.pt • Propina: 1100 € Gestão Logística Duração: 120 horas • Calendário: 23 de Setembro a 26 de Novembro 2011 • Créditos: N/A • Mais informações: +351 226153270 / cgl@egp-upbs.up.pt • Propina: 3500 € Gestão de Compras Duração: 40 horas • Calendário: 12 a 27 de Setembro 2011 • Créditos: N/A • Mais informações: +351 226153270 / cgc@ egp-upbs.up.pt • Propina: 1600€

Largo Prof. Abel Salazar, 2 • 4099-003 Porto • Telf: +351 222 062 200 • Fax: +351 222 062 232 • www.icbas.up.pt

Acupunctura e Moxibustão Duração: 810 horas • Calendário: 2ª quinzena de Outubro 2011 • Candidaturas: até 5 de Setembro 2011 • Créditos: 30 ECTS • Mais informações: +351 222062221 / zmlopes@icbas.up.pt • Propina: 2400 €

Escola de Gestão do Porto University of Porto Business School (EGP-UPBS)

Rua de Salazares, 842 (sede) • 4149-002 Porto • Tlf: +351 22 615 32 70 • Fax: +351 22 610 08 61 • e-mail: geral@egpupbs.up.pt • www.egp-upbs.up.pt Pós-Graduação em Comunicação Empresarial Duração: 810 horas • Calendário: Outubro de 2011 a Julho 2012 • Candidaturas: até 15 de Julho 2011 • Créditos: 45 ECTS • Mais informações: +351 226153270 / pgce@egp-upbs-up.pt • Propina: 5400 € Pós-Graduação em Gestão do Turismo e Hotelaria Duração: 810 horas • Calendário: Setembro de 2011 a Junho 2012 • Candidaturas: Até 15 de Julho 2011 • Créditos: 45 ECTS • Horário: Pós-laboral • Mais informações: +351 226153270 / pggth@egp-upbs-up.pt • Propina: 5400 € 27

gfec@letras.up.pt • Propina: 240 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €)

Literatura Infanto-Juvenil: biblioterapia e sexualidade na escola Duração: 25 horas • Calendário: 8 a 29 de Outubro 2011 (1ª edição); 5 a 25 de Novembro 2011 (2ª edição) • Candidaturas: até 19 de Setembro 2011 (1ª edição); até 24 de Outubro 2011 (2ª edição) • Créditos: 1 UC (CCPFC) • Mais informações: +351 226077152 / gfec@letras.up.pt • Propina: 120 € (Comunidade U.Porto) + Seguro Escolar (1,80 €)


Faculdade de Ciências (FCUP)

FORMAÇÃO PÓSGRADUADA DA UNIVERSIDADE DO PORTO CANDIDATURAS ENTRE JULHO E DEZEMBRO 2011

Rua do Campo Alegre, s/n • 4169-007 Porto Tlf: +351 220 402 000 • Fax: +351 220 402 009 • http://www.fc.up.pt 2º Ciclo / Mestrado

Arquitectura Paisagista Duração: 4 semestres • Candidaturas: 25 de Julho a 27 de Agosto 2011 • Vagas: 25 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 2204020 30/31/32 / pos.graduacao@fc.up. pt • Propina: 999€

Atenção Nalguns cursos, o período de candidaturas e o número de vagas estarão sujeitos a alterações, podendo ainda ser criadas novas fases de candidaturas. Para mais informações, aconselha-se a consulta das páginas das Unidades Orgânicas/Escolas responsáveis pela organização desta oferta.

Astronomia Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 20 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 22 0402030/31/32 / pos.graduacao@fc.up.pt • Propina: 999€ Biodiversidade, Genética e Evolução Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 20 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 220402030/31/32 / pos.graduacao@ fc.up.pt • Propina: 999€ Biologia Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 10 (2º ano) • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 220402030/31/32 / pos.graduacao@fc.up.pt • Propina: 999€ Biologia e Gestão da Qualidade da Água Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 15 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 220402030/31/32 / pos.graduacao@ fc.up.pt • Propina: 999€ Bioquímica Organização: FCUP e ICBAS • Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 29 de Julho 2011 • Vagas: 25 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 220402030/31/32 / pos.graduacao@fc.up.pt • Propina: 999€ Ciência de Computadores Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 40 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 220402030/31/32 / pos.graduacao@ fc.up.pt • Propina: 999€

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Ciências do Consumo e Nutrição Organização: FCUP e FCNAUP • Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 20 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 2204020 30/31/32 / pos.graduacao@fc.up. pt • Propina: 999€

Desenvolvimento Curricular pela Astronomia Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 10 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 2204020 30/31/32 / pos.graduacao@fc.up.pt • Propina: 999€ Ecologia, Ambiente e Território Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 25 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 220402030/31/32 Engenharia Agronómica Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 25 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 220402030/31/32 / pos.graduacao@ fc.up.pt • Propina: 999€ Engenharia Geográfica Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 20 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 220402030/31/32 / pos.graduacao@ fc.up.pt • Propina: 999€ Engenharia Matemática Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 33 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 220402030/31/32 / pos.graduacao@ fc.up.pt • Propina: 999€ Ensino da Biologia e da Geologia no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 30 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 220402030/31/32 / pos.graduacao@ fc.up.pt • Propina: 999€ Ensino da Física e da Química no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 30 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 220402030/31/32 / pos.graduacao@ fc.up.pt • Propina: 999€ Ensino da Matemática no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 25 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 220402030/31/32 / pos.graduacao@ fc.up.pt • Propina: 999€ Física Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 25 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 220402030/31/32 / pos.graduacao@ fc.up.pt • Propina: 999€ Física e Química em Contexto Escolar Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 15 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 220402030/31/32 / pos.graduacao@ fc.up.pt • Propina: 999€

Física Médica Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 12 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 22 040 20 30/31/32 / pos.graduacao@fc.up.pt • Propina: 999€ Genética Forense Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 10 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 220402030/31/32 / pos.graduacao@ fc.up.pt • Propina: 999€ Geologia Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 20 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 220402030/31/32 / pos.graduacao@ fc.up.pt • Propina: 999€ Geomateriais e Recursos Geológicos Organização: FCUP e Universidade de Aveiro Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 25 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 220402030/31/32 / pos.graduacao@ fc.up.pt • Propina: 999€ Matemática Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 20 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 220402030/31/32 / pos.graduacao@ fc.up.pt • Propina: 999€ Matemática para Professores Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 8 de Julho 2011 (1ª fase); 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 30 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 2204020 30/31/32 / pos.graduacao@fc.up.pt • Propina: 999€ Química Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 45 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 220402030/31/32 / pos.graduacao@ fc.up.pt • Propina: 999€ Recursos Biológicos Aquáticos Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 15 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 220402030/31/32 / pos.graduacao@ fc.up.pt • Propina: 999€

Sistemas de Informação Geográfica Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 15 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 220402030/31/32 / pos.graduacao@ fc.up.pt • Propina: 999€ 3º Ciclo / Doutoramento Arquitectura Paisagista e Ecologia Urbana Organização: FCUP, Universidade de Coimbra e Universidade Técnica de Lisboa Duração: 6 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 12 • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 22 0402746; 96 7178860 / carmencita.lino@fc.up.pt • Propina: 3000 € Astronomia Duração: 6 semestres • Candidaturas: Abertas em permanência • Vagas: 10 • Créditos: 180 ECTS • Info: +351

220402030/31/32 / pos.graduacao@fc.up. pt • Propina: 2750 € Biologia Duração: 6 semestres • Candidaturas: Abertas em permanência • Vagas: 50 • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 220402009/ pd.bio.director@fc.up • Propina: 2750 € Biologia de Plantas (MAP) * Organização: FCUP, Universidade de Aveiro e Universidade do Minho (edição de 2011/2012 a decorrer na UA) Duração: 8 semestres • Candidaturas: 15 de Julho a 31 de Agosto 2011 (2ª fase); 1 de Novembro de 2011 a 12 de Janeiro 2012 (3.ª Fase) • Vagas: 15 (O número de vagas é o total. Para as fases apresentadas, serão disponibilizadas as vagas sobrantes) • Créditos: 240 ECTS • Propina: 2750 € Ciências Agrárias Duração: 6 semestres • Candidaturas: Abertas em permanência • Vagas: 8 • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 252660402 / enunes@fc.up.pt • Propina: 2750 € Ciências e Tecnologia do Ambiente Duração: 6 semestres • Candidaturas: Abertas em permanência • Vagas: 10 • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 220402468/ dflores@fc.up.pt • Propina: 2750 € Engenharia Geográfica Duração: 6 semestres • Candidaturas: Abertas em permanência • Vagas: 10 • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 220402452 / mjfernan@fc.up.pt • Propina: 2750 € Ensino e Divulgação das Ciências Duração: 6 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 9 de Setembro 2011 (3ª fase) • Vagas: 15 (O número de vagas é o total. Para as fases apresentadas, serão disponibilizadas as vagas sobrantes) • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 220402030/31/32 / pos.graduacao@fc.up.pt • Propina: 2750 €

Física (MAP) Organização: FCUP, Universidade de Aveiro e Universidade do Minho Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 16 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 30 • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 2204020 30/31/32 / pos.graduacao@fc.up. pt • Propina: 2750 € Geociências Organização: FCUP e Univers. de Aveiro (edição de 2011/2012 a decorrer na UA) Duração: 6 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 20 • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 220402030/31/32 / pos.graduacao@ fc.up.pt • Propina: Sem informação Informática (MAP) Organização: FCUP, Universidade de Aveiro e Universidade do Minho Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 7 de Setembro 2011 (3ª fase) • Vagas: 50 (O número de vagas é o total. Para as fases apresentadas, serão disponibilizadas as vagas sobrantes) • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 225082134 / mapi@map.edu.pt; secdei@fe.up.pt • Propina: 2750 €

Matemática Aplicada Organização: FCUP, FEP, FEUP e ICBAS Duração: 6 semestres • Candidaturas: 18 de Julho a 19 de Agosto de 2011 (2ª fase) • Vagas: 15 (O número de vagas é o total. Para as fases apresentadas, serão disponibilizadas as vagas sobrantes) • Créditos: 180 ECTS Info: +351 220402030/31/32 / pos.graduacao@fc.up.pt • Propina: 2750 €

Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação (FCNAUP) Rua Dr. Roberto Frias • 4200-465 Porto • Tlf: +351 225 074 320 • Fax: + 351 225 074 329 • www.fcna.up.pt 2º Ciclo / Mestrado Alimentação Colectiva Duração: 3 semestres • Candidaturas: 6 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase); 19 a 23 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 24 • Horário: 6.ª feira e Sábado das 9h00 às 19h00 • Créditos: 90 ECTS • Info: +351 225073220 / barbarapereira@fcna.up.pt • Propina: 1250 € Nutrição Clínica Duração: 3 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 9 de Setembro 2011 (2ª fase); 26 de Setembro a 3 de Outubro 2011 (2ª fase) • Vagas: 35 • Horário: 6.ª feira e Sábado das 9h00 às 19h00 • Créditos: 90 ECTS • Info: +351 225073220 / barbarapereira@fcna.up.pt • Propina: 1250 € 3º Ciclo / Doutoramento Ciências do Consumo Alimentar e Nutrição Organização: FCNAUP e FCUP Duração: 6 semestres • Candidaturas: 7 a 12 de Setembro 2011 (1ª fase) • Vagas: 8 • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 225074320/ scalunos@fcna.up.pt • Propina: 2750 €

Faculdade de Desporto (FADEUP)

Rua Dr. Plácido Costa, 91 • 4200-450 Porto • Tlf: +351 225 074 700 • Fax: +351 225 500 689 • http://www.fade.up.pt 2º Ciclo / Mestrado Actividade Física Adaptada Duração: 4 Semestres • Candidaturas: 5 a 7 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 25 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 225074782 / rcorredeira@fade.up.pt • Propina: 1500 € Actividade Física e Saúde Duração: 4 Semestres • Candidaturas: 5 a 7 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 25 Créditos: 120 ECTS • Info: +351 225074784 / jarduarte@fade.up.pt • Propina: 1500 € Actividade Física para a Terceira Idade Duração: 4 Semestres • Candidaturas: 5 a 7 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 25 Créditos: 120 ECTS • Info: +351 225074785 / jcarvalho@fade.up.pt • Propina: 1500 € Desporto para Crianças e Jovens Duração: 4 Semestres • Candidaturas: 5 a 7 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas:

25 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 225074700/79 / botgomes@fade.up.pt • Propina: 1500 €

zadas as vagas sobrantes.) • Créditos: 90 ECTS • Info: +351 225571170 / faraujo@ fep.up.pt • Propina: 1250 €

Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário Duração: 4 Semestres • Candidaturas: 5 a 7 de Setembro de 2011 (2ª fase) • Vagas: 159 Créditos: 120 ECTS • Info: +351 2250747 24/25; +351 22 507 47 00 / alunos@fade. up.pt • Propina: 999 €

Economia Duração: 4 semestres • Candidaturas: 16 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 60 (O número de vagas é o total. Para a fase apresentada, serão disponibilizadas as vagas sobrantes.) • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 225571299 / ssampaio@fep.up.pt • Propina: 1250 €

Gestão Desportiva Duração: 4 Semestres • Candidaturas: 5 a 7 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 27 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 225074700/16 / psarmento@fade.up.pt • Propina: 1500 €

Economia e Administração de Empresas Duração: 4 semestres • Candidaturas: 16 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 60 (O número de vagas é o total. Para a fase apresentada, serão disponibilizadas as vagas sobrantes.) • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 225571275 / mfsilva@ fep.up.pt • Propina: 1250 €

Treino e Alto Rendimento Desportivo Duração: 4 Semestres • Candidaturas: 5 a 7 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 25 Créditos: 120 ECTS • Info: +351 22 507 47 00 / elebre@fade.up.pt • Propina: 1500 €

Economia e Gestão da Inovação Duração: 4 semestres • Candidaturas: 16 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) Vagas: 30 (O número de vagas é o total. Para a fase apresentada, serão disponibilizadas as vagas sobrantes.) • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 225571270 / faraujo@ fep.up.pt • Propina: 1250 €

3º Ciclo / Doutoramento Ciências do Desporto Duração: 6 semestres • Candidaturas: 19 a 23 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 20 • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 225074700 / afonseca@fade.up.pt • Propina 2750 €

Economia e Gestão de Recursos Humanos Duração: 4 semestres • Candidaturas: 16 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 30 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 225571291 / spereira@fep.up.pt • Propina: 1250 €

Faculdade de Direito (FDUP)

Rua dos Bragas, 223 • 4050-123 Porto Tlf: +351 222 041 609 • Fax: +351 222 041 614 • http://www.direito.up.pt

Economia e Gestão do Ambiente Duração: 4 semestres • Candidaturas: 16 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 30 (O número de vagas é o total. Para a fase apresentada, serão disponibilizadas as vagas sobrantes.) • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 225571275 / mfsilva@ fep.up.pt • Propina: 1250 €

2º Ciclo / Mestrado Direito Duração: 4 semestres • Candidaturas: 18 de Julho a 19 de Agosto 2011 • Vagas: 141 • Horário: Segunda a Sexta-Feira das 18h às 20h • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 22204 16 02/09 / posgrad@direito. up.pt • Propina: 999 €

Economia e Gestão Internacional Duração: 4 semestres • Candidaturas: 16 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 30 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 225571270 / faraujo@fep.up.pt • Propina: 1250 €

Criminologia Duração: 3 semestres • Candidaturas: até 27 de Julho 2011 • Vagas: 40 • Horário: Quarta a Sexta-feira das 17h às 21h; Sábado das 9h às 13h • Créditos: 90 ECTS • Info: +351 222041602 / 09 / posgrad@ direito.up.pt • Propina: 1250 €

Finanças Duração: 3 semestres • Candidaturas: 16 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 60 (O número de vagas é o total. Para a fase apresentada, serão disponibilizadas as vagas sobrantes.) • Créditos: 90 ECTS • Info: +351 225571299 / ssampaio@fep.up.pt • Propina: 1250 €

Faculdade de Economia (FEP)

Rua Dr. Roberto Frias, s/n • 4200-464 Porto • Tlf: +351 225 571 100 • Fax: +351 225 505 050 • http://www.fep.up.pt

Finanças e Fiscalidade Duração: 3 semestres • Candidaturas: 16 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 30 • Créditos: 90 ECTS • Info: +351 225571270 / faraujo@fep.up.pt • Propina: 1250 €

2º Ciclo / Mestrado Análise de Dados e Sistemas de Apoio à Decisão Duração: 3 semestres • Candidaturas: 16 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) Vagas: 30 (O número de vagas é o total. Para a fase apresentada, serão disponibilizadas as vagas sobrantes.) • Créditos: 90 ECTS • Info: +351 225571275 / mfsilva@ fep.up.pt • Propina: 1250 €

Gestão Comercial Duração: 3 semestres • Candidaturas: 16 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 30 (O número de vagas é o total. Para a fase apresentada, serão disponibilizadas as vagas sobrantes.) • Créditos: 90 ECTS • Info: +35122 5571291 / spereira@ fep.up.pt • Propina: 1250 €

Contabilidade Duração: 3 semestres • Candidaturas: 16 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) Vagas: 40 (O número de vagas é o total. Para a fase apresentada, serão disponibili-

Gestão de Serviços Duração: 3 semestres • Candidaturas: 16 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) 29

FORMAÇÃO

PÓS-GRADUADA DA UNIVERSIDADE DO PORTO

Ciências e Tecnologia do Ambiente Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 44 (40 + 4 vagas Erasmus Mundus) • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 2204020 30/31/32 / pos.graduacao@fc.up. pt • Propina: 999€


Mestrado Integrado em Engenharia Informática e Computação (para inscrição no 4º ano do ciclo de estudos)

Duração: 10 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 6 a 20 de Outubro (3ª fase) • Vagas: 22 + sobrantes (2ª fase); vagas sobrantes (3ª fase) • Créditos: 300 ECTS • Info: + 351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 999 €

Gestão e Economia de Serviços de Saúde Duração: 4 semestres • Candidaturas: 16 de Agosto a 2 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 30 (O número de vagas é o total. Para a fase apresentada, serão disponibilizadas as vagas sobrantes.) • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 225571270 / faraujo@ fep.up.pt • Propina: 1250 €

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica (para inscrição no 4º ano do ciclo de estudos)

Duração: 10 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 6 a 20 de Outubro (3ª fase) • Vagas: 68 + sobrantes (2ª fase); vagas sobrantes (3ª fase) • Créditos: 300 ECTS • Info: + 351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 999 €

Marketing Duração: 3 semestres • Candidaturas: 16 de Agosto a 2 de Setembro de 2011 (2ª fase) • Vagas: 30 (O número de vagas é o total. Para a fase apresentada, serão disponibilizadas as vagas sobrantes.) • Créditos: 90 ECTS • Info: +351 225571270 / faraujo@fep.up.pt • Propina: 1250 €

Mestrado Integrado em Engenharia Metalúrgica e de Materiais (para inscrição no 4º ano do ciclo de estudos)

Duração: 10 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 6 a 20 de Outubro (3ª fase) • Vagas: 9 + sobrantes (2ª fase); vagas sobrantes (3ª fase) • Créditos: 300 ECTS • Info: + 351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 999 €

Faculdade de Engenharia (FEUP)

Rua Dr. Roberto Frias • 4200-465 Porto Tlf: +351 225 081 400 • Fax: + 351 225 081 440 • http://www.fe.up.pt

Mestrado Integrado em Engenharia Química

Mestrado Integrado em Bioengenharia

(para inscrição no 4º ano do ciclo de estudos)

(para inscrição no 4º ano do ciclo de estudos)

Duração: 10 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 6 a 20 de Outubro (3ª fase) • Vagas: 22 + sobrantes (2ª fase); vagas sobrantes (3ª fase) • Créditos: 300 ECTS • Info: + 351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 999 €

Organização: FEUP e ICBAS Duração: 10 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 6 a 20 de Outubro (3ª fase) • Vagas: 8 + sobrantes (2ª fase); vagas sobrantes (3ª fase) • Créditos: 300 ECTS • Info: + 351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 999 €

2º Ciclo / Mestrado

Mestrado Integrado em Engenharia Civil

Ciência da Informação Organização: FEUP e FLUP Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 6 a 20 de Outubro 2011 (3ª fase) • Vagas: 20 + sobrantes (2ª fase); vagas sobrantes (3ª fase) • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 999 €

(para inscrição no 4º ano do ciclo de estudos)

Duração: 10 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 6 a 20 de Outubro (3ª fase) • Vagas: 70 + sobrantes (2ª fase); vagas sobrantes (3ª fase) • Créditos: 300 ECTS • Info: + 351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 999 € Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente

Design Industrial Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 6 a 20 de Outubro 2011 (3ª fase) • Vagas: 20 + sobrantes (2ª fase); vagas sobrantes (3ª fase) • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 999 €

(para inscrição no 4º ano do ciclo de estudos)

Duração: 10 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 6 a 20 de Outubro (3ª fase) • Vagas: 5 + sobrantes (2ª fase); vagas sobrantes (3ª fase) • Créditos: 300 ECTS • Info: + 351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 999 €

Engenharia Biomédica Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 6 a 20 de Outubro 2011 (3ª fase) • Vagas: 10 + sobrantes (2ª fase); vagas sobrantes (3ª fase) • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 999 €

Mestrado Integrado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores (para inscrição no 4º ano do ciclo de estudos)

Duração: 10 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 6 a 20 de Outubro (3ª fase) • Vagas: 31 + sobrantes (2ª fase); vagas sobrantes (3ª fase) • Créditos: 300 ECTS • Info: + 351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 999 €

Engenharia de Minas e Geo-Ambiente Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 6 a 20 de Outubro 2011 (3ª fase) • Vagas: 15 + sobrantes (2ª fase); vagas sobrantes (3ª fase) Créditos: 120 ECTS • Info: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 999 €

Mestrado Integrado em Engenharia Industrial e Gestão (para inscrição no 4º ano do ciclo de estudos)

Duração: 10 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 6 a 20 de Outubro (3ª fase) • Vagas: 14 + sobrantes (2ª fase); vagas sobrantes (3ª fase) • Créditos: 300 ECTS • Info: + 351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 999 € 30

Engenharia de Segurança e Higiene Ocupacionais Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 6 a 20

de Outubro 2011 (3ª fase) • Vagas: 20 + sobrantes (2ª fase); vagas sobrantes (3ª fase) • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 999 € Engenharia de Serviços e Gestão Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 6 a 20 de Outubro 2011 (3ª fase) • Vagas: 15 + sobrantes (2ª fase); vagas sobrantes (3ª fase) • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 999 € Inovação e Empreendedorismo Tecnológico Organização: FEUP e FEP Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 6 a 20 de Outubro 2011 (3ª fase) • Vagas: 14 + sobrantes (2ª fase); vagas sobrantes (3ª fase) • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 999 € Multimédia Organização: FEUP, FBAUP, FCUP, FEP e FLUP Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 6 a 20 de Outubro 2011 (3ª fase) • Vagas: 20 + sobrantes (2ª fase); vagas sobrantes (3ª fase) • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 999 € 3º Ciclo / Programa Doutoral Engenharia Biomédica Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 6 a 20 de Outubro 2011 (3ª fase) • Vagas: 5 + sobrantes (2ª fase); vagas sobrantes (3ª fase) • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 3000 € Engenharia Civil Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 6 a 20 de Outubro 2011 (3ª fase); 21 de Novembro a 19 de Dezembro 2011 (4ª fase) • Vagas: 25 + sobrantes (2ª fase); vagas sobrantes (3ª e 4ª fases) • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 3000 € Engenharia de Minas e Geo-Recursos Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 6 a 20 de Outubro 2011 (3ª fase) • Vagas: 1 + sobrantes (2ª fase); vagas sobrantes (3ª fase) • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 3000 € Engenharia do Ambiente Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 6 a 20 de Outubro 2011 (3ª fase) • Vagas: 2 + sobrantes (2ª fase); vagas sobrantes (3ª fase) • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 3000 €

Engenharia Electrotécnica e de Computadores Duração: 6 semestres • Candidaturas: 3 de Outubro a 2 de Dezembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 10 + sobrantes (2ª fase); vagas sobrantes • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 3000 €

Engenharia Física Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 6 a 20 de Outubro 2011 (3ª fase) • Vagas: 1 + sobrantes (2ª fase); vagas sobrantes (3ª fase) • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 3000 € Engenharia Industrial e Gestão Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 2 a 19 de Dezembro 2011 (3ª fase) • Vagas: 20 + sobrantes (2ª fase); vagas sobrantes (3ª fase) • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 3000 € Engenharia Informática Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 6 a 20 de Outubro 2011 (3ª fase) • Vagas: 10 + sobrantes (2ª fase); 10 + sobrantes (3ª fase) • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 3000 € Engenharia Mecânica Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 2 a 19 de Dezembro 2011 (3ª fase) • Vagas: 20 + sobrantes (2ª fase); 10 + sobrantes (3ª fase) • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 3000 € Engenharia Metalúrgica e de Materiais Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 6 a 20 de Outubro 2011 (3ª fase) • Vagas: 3 + sobrantes (2ª fase); vagas sobrantes (3ª fase) • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 3000 € Engenharia Química e Biológica Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 2 a 19 de Dezembro 2011 (3ª fase) • Vagas: 5 + sobrantes (2ª fase); 5 + sobrantes (3ª fase) • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 3000 € Media Digitais Organização: FEUP, em colaboração com FAUP, FBAUP, FCUP, FEP, FLUP e UNL Duração: 8 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 6 a 20 de Outubro 2011 (3ª fase) • Vagas: 1 + sobrantes (2ª fase); 2 + sobrantes (3ª fase) • Créditos: 240 ECTS • Info: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 2750 €

Segurança e Saúde Ocupacionais Organização: FEUP, FAUP, FBAUP, FCNAUP, FCUP, FADEUP, FFUP, FLUP, FMUP, FPCEUP e ICBAS Duração: 6 semestres • Candidaturas: Até 26 de Agosto 2010 (2ª fase); 6 a 20 de Outubro 2011 (3ª fase); 2 a 19 de Dezembro 2011 (4ª fase) • Vagas: 1 + sobrantes (2ª fase); 2 + sobrantes (3ª fase) • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 3000 € / ano Sistemas de Transportes Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 26 de Agosto 2011 (2ª fase); 6 a 20 de Outubro 2011 (3ª fase); 2 a 19 de Dezembro 2011 (4ª fase) • Vagas: 3 + sobrantes (2ª fase); 2 + sobrantes (3ª fase); 4 + sobrantes (4ª fase) • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 225081977 / sposgrad@fe.up.pt • Propina: 3000 €

Faculdade de Farmácia (FFUP)

R. Aníbal Cunha, 164 • 4050-047 Porto Tlf: +351 222 078 900/01 • Fax: +351 222 003 977 • http://www.ff.up.pt

Duração: 4 semestres • Candidaturas: 1 a 11 de Setembro 2011 • Vagas: 30 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 999 €

Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas (para inscrição no 4º ano do ciclo de estudos) Duração: 10 semestres • Candidaturas: até Setembro 2011 • Vagas: 60 • Créditos: 300 ECTS • Info: +351 222078903 / expediente@ff.up.pt • Propina: 999 €

Ensino de Inglês e de Alemão/Francês/ Espanhol no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário Duração: 4 semestres • Candidaturas: 1 a 11 de Setembro 2011 • Vagas: 42 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 999 €

2º Ciclo / Mestrado

Ensino de Inglês e de Alemão/Francês/ Espanhol no Ensino Básico Duração: 4 semestres • Candidaturas: 1 a 11 de Setembro 2011 • Vagas: 15 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 999 €

Controlo de Qualidade Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 19 de Agosto 2011 • Vagas: 18 • Créditos: 120 ECTS • Horário: Preferencialmente, durante a semana das 17h às 20h; Sábado das 10h às 17h • Info: +351 2220789 02 / expediente@ff.up.pt • Propina: 1250 € Tecnologia Farmacêutica Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 19 de Agosto 2011 • Vagas: 18 • Créditos: 120 ECTS • Horário: Sexta-feira e Sábado • Info: +351 222078902 / expediente@ ff.up.pt • Propina: 1250 € 3º Ciclo / Programa Doutoral Ciências Farmacêuticas Duração: 8 semestres • Candidaturas: 1 a 19 de Agosto 2011 (1ª fase); 3 de Outubro a 18 de Novembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 25 • Créditos: 240 ECTS • Info: +351 222078902 / expediente@ff.up.pt • Propina: 2750 €

Faculdade de Letras (FLUP)

Via Panorâmica, s/n • 4150-077 Porto • Tlf: +351 226 077 100 • Fax: +351 226 091 610 • http://www.letras.up.pt 2º Ciclo / Mestrado Arqueologia Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 30 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 1250 €

Ciências da Comunicação Organização: FLUP, FBAUP, FEUP e FEP Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 60 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 1250 € Didáctica das Línguas Materna ou Estrangeiras e Supervisão Pedagógica em Línguas Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 12 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 1250 € Ensino de Filosofia no Ensino Secundário Duração: 4 semestres • Candidaturas: 1 a 11 de Setembro 2011 • Vagas: 15 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 999 € Ensino de História e de Geografia no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário

Ensino de Português e de Línguas Clássicas no 3º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário Duração: 4 semestres • Candidaturas: 1 a 11 de Setembro 2011 • Vagas: 37 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 999 € Ensino do Português no 3º Ciclo do Ensino Básico e Secundário e de Alemão/ Espanhol/Francês nos Ensinos Básico e Secundário Duração: 4 semestres • Candidaturas: 1 a 11 de Setembro 2011 • Vagas: 47 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 999 € Estudos Alemães Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 25 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 1250 € Estudos Anglo-Americanos Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 40 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 1250 € Estudos de Teatro Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 17 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 1250 € Estudos Literários, Culturais e Interartes Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 45 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 1250 € Filosofia Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 35 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 1250 € História Contemporânea Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 30 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 1250 € História da Arte Portuguesa Duração: 4 semestres • o 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 25 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351

226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 1250 €

até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 35 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 1250 €

História e Património Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 25 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 1250 €

3º Ciclo / Programa Doutoral Arqueologia Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 15 • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 22 6077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 2750 €

História Medieval e do Renascimento Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 20 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 1250 €

Didáctica de Línguas Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 12 • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 2750 €

História, Relações Internacionais e Cooperação Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 30 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 1250 €

Estudos Africanos Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 20 • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 2750 €

Linguística Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 18 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 1250 €

Estudos Alemães Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 17 Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 10 • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 2750 €

Museologia Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 5 (2º ano) • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 1250 €

Estudos Anglo-Americanos Duração: 6 semestres Candidaturas: até 17 de Julho de 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro de 2011 (2ª fase) Vagas: 15 Créditos: 180 ECTS Info: +351 22 607 71 57 / raquelm@letras. up.pt Propina: 2750 €

Português - Língua Segunda / Língua Estrangeira Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 20 (5 vagas destinadas a professores de Português no ensino superior estrangeiro) • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@ letras.up.pt • Propina: 1250 €

Filosofia Duração: 6 semestres Candidaturas: até 17 de Julho de 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro de 2011 (2ª fase) Vagas: 20 • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 2750 €

Riscos, Cidades e Ordenamento do Território Duração: 4 semestres •

Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 40 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 1250 €

Geografia Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 20 • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 2750 €

Sistemas de Informação Geográfica e Ordenamento do Território Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 35 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 1875 €

História Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 30 • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 2750 €

Sociologia Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 40 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 1250 €

História da Arte Portuguesa Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 10 • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 2750 €

Tradução e Serviços Linguísticos Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 30 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 1250 €

Informação e Comunicação em Plataformas Organização: FLUP e Universidade de Aveiro Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 20 • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 2750 €

Turismo Duração: 4 semestres • Candidaturas: 31

• Vagas: 30 (O número de vagas é o total. Para a fase apresentada, serão disponibilizadas as vagas sobrantes.) • Créditos: 90 ECTS • Info: +351 225571291 / spereira@ fep.up.pt • Propina: 1250 €


Linguística Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 10 • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 2750 € Literaturas e Culturas Românicas Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 30 • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 2750 € Museologia Organização: FLUP e FBAUP Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 10 • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 2750 € Sociologia Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 20 • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 2750 € Tradução Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 10 • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 2750 € Estudos Sobre a Utopia Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 15 • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 2750 € Tecnologias da Linguagem Humana Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 17 de Julho 2011 (1ª fase); 1 a 11 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 20 • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 226077157 / raquelm@letras.up.pt • Propina: 2750 €

Faculdade de Medicina (FMUP)

Rua Prof. Hernâni Monteiro, s/n • 4200319 Porto • Tlf: +351 225 513 604 • Fax: + 351 225 513 605 • http://www.med.up.pt 2º Ciclo / Mestrado Fisiopatologia Cardiovascular Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 19 de Agosto 2011 • Vagas: 10 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 225513676 / ipg@ med.up.pt • Propina: 1500 € Informática Médica Organização: FMUP e FCUP Duração: 4 semestres • Candidaturas: até 9 de Julho 2011 (1ª fase); 11 a 15 de Julho 2011 (2ª fase) • Vagas: 30 • Créditos: 120 ECTS • Horário: 5.ª feira das 16h às 20h; 6.ª feira das 14h às 20h; Sábados das 8h30 às12h30 • Info: +351 225513676 / ipg@med.up.pt • Propina: 1750 € 3º Ciclo / Programa Doutoral Biomedicina Duração: 8 semestres • Candidaturas: 18 a 24 de Julho 2011 (2ª fase) • Vagas: 8 (O número de vagas é o total. Para a fase apresentada, serão disponibilizadas as vagas sobrantes) • Créditos: 240 ECTS •

Info: +351 225513676 / ipg@med.up.pt • Propina: 2750 € Ciências Cardiovasculares Duração: 8 semestres • Candidaturas: 18 a 24 de Julho de 2011 (2ª fase) • Vagas: 10 O número de vagas é o total. Para a fase apresentada, serão disponibilizadas as vagas sobrantes) • Créditos: 240 ECTS • Info: +351 225513676 / ipg@med.up.pt • Propina: 2750 € Ciências Forenses Organização: FMUP, FCUP, FDUP, FFUP, FMDUP, FPCEUP e ICBAS Duração: 8 semestres • Candidaturas: 18 a 24 de Julho 2011 (2ª fase) • Vagas: 10 O número de vagas é o total. Para a fase apresentada, serão disponibilizadas as vagas sobrantes) • Créditos: 240 ECTS • Horário: 6.ª feira das 16h às 20h; Sábados das 9h às 13h • Info: +351 225513676 / ipg@med.up.pt • Propina: 2750 € Investigação Clínica e em Serviços de Saúde Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 4 de Setembro 2011 (1ª fase); 27 de Setembro a 2 de Novembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 13 • Créditos: 180 ECTS • Horário: 5.ª feira das 16h às 20h; 6.ª feira das 14h às 20h; Sábados das 9h às13h • Info: +351 225513676 / ipg@med.up.pt • Propina: 2750 €

3º Ciclo / Programa Doutoral Medicina Dentária Duração: 6 semestres • Candidaturas: 1 a 9 de Setembro 2011 (2ª fase) • Vagas: 12 (O número de vagas é o total. Para a fase apresentada, serão disponibilizadas as vagas sobrantes) • Créditos: 180 ECTS • Horário: Misto • Info: +351 220801197 / cpinto@fmd.up.pt • Propina: 3750 €

Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação (FPCEUP)

Rua do Dr. Manuel Pereira da Silva • 4200392 Porto • Telf: +351 226 079 700 • Fax: +351 226 079 725 • www.fpce.up.pt Mestrado Integrado em Psicologia (para inscrição no 4º ano do ciclo de estudos) Duração: 10 semestres • Candidaturas: até 12 de Agosto 2011 • Vagas: 50 • Créditos: 300 ECTS • Info: +351 226079739 / s_academico@fpce.up.pt • Propina: 999 € 2º Ciclo / Mestrado Ciências da Educação Duração: 4 semestres • Candidaturas: a propor se não forem preenchidas as vagas na 1.ª fase • Vagas: 60 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226079739 / s_academico@fpce.up.pt • Propina: 1250 €

Medicina Duração: 6 semestres • Candidaturas: até 4 de Setembro de 2011 (1ª fase) • Vagas: Sem limite • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 225 513676 / ipg@med.up.pt • Propina: 2750 €

Educação e Formação de Adultos Duração: 4 semestres • Candidaturas: a propor se não forem preenchidas as vagas na 1.ª fase • Vagas: 20 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226079739 / s_academico@fpce.up.pt • Propina: 1250 €

Neurociências Organização: FMUP e ICBAS Duração: 8 semestres • Candidaturas: até 11 de Setembro 2011 • Vagas: 10 (Ramo de Neurociências Experimentais) + 12 (Ramos de Neurociências Clínicas, Neuropsiquiatria e Saúde Mental) • Créditos: 240 ECTS • Horário: das 9h às 18h (Ramo de Neurociências Experimentais); Sexta-feira e Sábado (Ramos de Neurociências Clínicas, Neuropsiquiatria e Saúde Mental) • Info: +351 225 513676 / ipg@med.up.pt • Propina: 2750 €

Ensino de Artes Visuais no 3.º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário Organização: FPCEUP e FBAUP Duração: 4 semestres • Candidaturas: a propor se não forem preenchidas as vagas na 1.ª fase • Vagas: 27 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226079739 / s_academico@fpce.up.pt • Propina: 999 €

Metabolismo - Clínica e Experimentação Duração: 8 semestres • Candidaturas: até 4 de Setembro 2011 (1ª fase); 27 de Setembro a 2 de Outubro 2011 (2ª fase) • Vagas: 12 • Créditos: 240 ECTS • Horário: das 17h às 20h (1º ano) • Info: +351 225513676 / ipg@med.up.pt • Propina: 2750 € Saúde Pública Duração: 6 semestres • Candidaturas: 18 a 24 de Julho 2011 (2ª fase) • Vagas: 12 (O número de vagas é o total. Para a fase apresentada, serão disponibilizadas as vagas sobrantes) • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 225513676 / ipg@med.up.pt • Propina: 2750 € / ano

Faculdade de Medicina Dentária (FMDUP)

Rua Dr. Manuel Pereira da Silva, s/n • 4200-393 Porto • Tlf: +351 220 901 100 • Fax: +351 220 901 100 • www.fmd.up.pt • webmaster@fmd.up.pt

Temas de Psicologia Duração: 4 semestres • Candidaturas: a propor se não forem preenchidas as vagas na 1.ª fase • Vagas: 58 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 226079739 / s_academico@fpce.up.pt • Propina: 1250 €

3º Ciclo / Programa Doutoral Psicologia Duração: 6 semestres • Candidaturas: A propor se não forem preenchidas as vagas na 1.ª fase • Vagas: 40 • Créditos: 180 ECTS • Info: +351 226079739 / s_academico@fpce.up.pt • Propina: 2750 € / ano Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) Largo Prof. Abel Salazar, 2 • 4099-003 Porto Telf: +351 222 062 200 • Fax: +351 222 062 232 • www.icbas.up.pt 2º Ciclo / Mestrado Ciências de Enfermagem Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 a 26 de Agosto 2011 (2ª fase) • Vagas: 25 (O número de vagas é o total. Para a

fase apresentada, serão disponibilizadas as vagas sobrantes) • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 222062221 / secposgrad@ icbas.up.pt; appereira@icbas.up.pt • Propina: 1250 € Ciências do Mar - Recursos Marinhos Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 a 31 de Agosto 2011 (2ª fase) • Vagas: 20 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 222062221 / secposgrad@icbas.up.pt; zmlopes@icbas.up • Propina: 1500 € Contaminação e Toxicologia Ambientais Organização: ICBAS e FCUP Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 a 26 de Agosto 2011 (2ª fase) • Vagas: 20 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 223401814 | 220402738 / vmvascon@ fc.up.pt • Propina: 999 € Medicina Legal Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 a 26 de Agosto 2011 (2ª fase) • Vagas: 25 Créditos: 120 ECTS • Info: +351 222062221 / secposgrad@icbas.up.pt • Propina: 1500 € Medicina Tradicional Chinesa Duração: 4 semestres • Candidaturas: 23 a 29 de Agosto 2011 (2ª fase) • Vagas: 14 Créditos: 120 ECTS • Info: +351 222062221 / secposgrad@icbas.up.pt • Propina: 1750 € Oncologia Duração: 4 semestres • Candidaturas: 22 a 26 de Agosto de 2011 (2ª fase) • Vagas: 25 • Créditos: 120 ECTS • Info: +351 222062221 / secposgrad@icbas.up.pt; calopes@icbas.up.pt; llarasantos@gmail.com • Propina: 1750 € 3º Ciclo / Programa Doutoral Ciência Animal Duração: 8 semestres • Candidaturas: até 29 de Julho de 2011 (1ª fase); 3 a 31 de Outubro de 2011 (3ª fase) • Vagas: 6 (1ª fase); 2 + sobrantes (2ª fase) • Créditos: 240 ECTS • Info: +351 222 062 249 / appereira@icbas.up.pt; amira@icav.up.pt • Propina: 2750 € Ciências Biomédicas Duração: 8 semestres • Candidaturas: 1 de Dezembro de 2011 a 27 de Janeiro de 2012 (1ª fase) • Vagas: 15 (1ª fase) • Créditos: 240 ECTS • Info: +351 222 062 249 / appereira@icbas.up.pt • Propina: 2750 € Ciências de Enfermagem Duração: 8 semestres • Candidaturas: até 29 de Julho 2011 (1ª fase); 12 a 30 de Dezembro 2011 (3ª fase) • Vagas: 12 (1ª fase); 12 + sobrantes (2ª fase) • Créditos: 240 ECTS • Info: +351 222062249 / appereira@icbas.up.pt • Propina: 2750 € Ciências Médicas Duração: 8 semestres • Candidaturas: 10 de Outubro a 10 de Novembro de 2011 • Vagas: 10 • Créditos: 240 ECTS • Info: +351 222 062 249 / aguas@icbas.up.pt; appereira@icbas.up.pt • Propina: 2750 € Ciências Veterinárias Duração: 8 semestres • Candidaturas: 1 a 22 de Setembro de 2011 (2ª fase) • Vagas: 4 + sobrantes (2ª fase) • Créditos: 240 ECTS • Info: +351 222 062 249 / fatima. gartner@icbas.up.pt; appereira@icbas.up.pt • Propina: 2750 €


FACE-A-FACE

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Que opinião tem sobre o programa de assistência financeira a Portugal elaborado pela troika (BCE/ CE/FMI)? Face à situação do país, o programa é um mal necessário. Mas ficámos, perante os nossos credores, numa posição de extrema fragilidade. Há coisas evidentes: a primeira é que a política financeira vai condicionar todo o nosso futuro. A expressão “ditadura financeira” é apropriada para caracterizar o que se vai passar nos próximos anos porque, por mais justas que possam ser uma ou outra medida sectorial, a componente financeira vai sobrepor-se a tudo o resto.

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Vão ser necessários entendimentos políticos e sociais alargados para cumprir o memorando da troika? Vão certamente ser necessários entendimentos políticos e sociais para que as coisas corram bem. Nenhuma instituição por si só resolve os problemas do país. Portugal precisa de convergência de esforços. Mas, para que haja convergência de esforços entre forças políticas e parceiros sociais, é preciso que as pessoas entendam o memorando. E o memorando, apesar de curto, carece de muitas explicações. Esse é o primeiro grande desafio. A execução do memorando vai depender muito da existência, no nosso país, de um clima ou de uma cultura de compromisso. Num ambiente de conflitualidade será muito difícil atingir as metas propostas. E, portanto, isto reclama que haja inteligência na aplicação das medidas, e não apenas a sua mera imposição. Julgo por isso que a componente de concertação social é decisiva.

Neste contexto, qual é o papel do Conselho Económico e Social (CES)? No que se refere à concertação social, o presidente do CES tem direito a participar e a intervir nas reuniões... Mas são os parceiros sociais que tomam as decisões e assumem o papel principal. Eu disse, no meu discurso de posse, que queria ser um agente facilitador de compromissos. Não é fácil. Mas, até agora, os parceiros sociais têm dado mostras de que é possível chegar a acordos. Têm tido uma postura que está para além dos seus próprios interesses. E isso é uma esperança. Voltando à troika, o programa de assistência financeira consegue um equilíbrio entre consolidação orçamental e crescimento económico? O grande problema do nosso país é, de facto, a falta de crescimento económico. Mas, no acordo, o que é claro é a contenção orçamental. Há, no entanto, alguns sinais de uma preocupação com o crescimento económico. Considera que se podia ter ido mais longe nas políticas de crescimento económico? Acho que sim. Em termos de controlo orçamental, os métodos quantitativos são muito precisos, quase ao euro. Tudo o resto que tem a ver com a competitividade, com a produtividade, com as reformas estruturais está mais vago. Espero que a consolidação orçamental seja cumprida – o que não vai ser fácil –, mas espero também que haja empenho de todos no crescimento económico. Porque, se não crescermos economicamente, nem sei como se vai pagar este juro...

RICARDO MIGUEL GOMES

O PRESIDENTE DO CONSELHO ECONÓMICO E SOCIAL (CES) CONSIDERA QUE “SEM COESÃO ECONÓMICA NÃO HÁ MOEDA ÚNICA”. POR ISSO, SILVA PENEDA (N. 1950) DEFENDE A REFORMA INSTITUCIONAL DA UE NUM SENTIDO MAIS FEDERALISTA. PARA O EX-MINISTRO DO EMPREGO E DA SEGURANÇA SOCIAL (1987-93) E EX-DEPUTADO EUROPEU (200409), A CRISE DOS PAÍSES PERIFÉRICOS DEVE SER ENCARADA COMO “SISTÉMICA”, PASSANDO A SUA RESOLUÇÃO POR “MAIS UNIÃO POLÍTICA E ECONÓMICA” DOS 27. ESPECIALISTA EM QUESTÕES SOCIAIS, O ANTIGO ESTUDANTE E DOCENTE DA FACULDADE DE ECONOMIA DA U.PORTO PRECONIZA A ADAPTAÇÃO DO MODELO SOCIAL EUROPEU À NOVA REALIDADE DITADA PELA GLOBALIZAÇÃO. CONCORDA COM O MEMORANDO DA TROIKA, MAS COLOCA RETICÊNCIAS À “DITADURA FINANCEIRA” E À FLEXIBILIZAÇÃO LABORAL.


FACE-A-FACE

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“Nos últimos dez anos, o Norte deixou de ser uma das regiões mais industrializadas da Europa para ser uma das mais pobres”. Está a falar da taxa de juro de 5,7% sobre os 78 mil milhões de euros do empréstimo a Portugal. É possível comportar esta taxa de juro? Não, não é possível. Só se o país crescesse a 7, a 8 ou a 9%, o que não é previsível. Mas há outras coisas [no acordo] que eu acho que não devem ser prosseguidas. Por exemplo, basear a estratégia na redução da procura interna.

Fotos: Egídio Santos

Mas não foi a procura interna que conduziu à actual situação de endividamento? É um erro pensar assim. Se a procura interna baixa, a economia portuguesa sofre com isso e a recessão vai ser muito maior. E há também quem pense que a redução dos salários pode ser uma panaceia. Eu acho que não. As famílias já estão tão endividadas no nosso país que, com uma nova redução de salários, os problemas complicar-se-iam ainda mais e a economia não ia crescer. No que estamos todos de acordo é que o crescimento económico tem de se basear no sector dos bens transaccionáveis, naquilo que compete com o exterior. Acha que o memorando devia contemplar apoios ao investimento em bens transaccionáveis? O memorando aponta algumas medidas. Nos últimos anos, as pessoas aplicaram capitais sobretudo em bens não transaccionáveis, como a energia e as telecomunicações. E para trás ficaram os bens transaccionáveis. O que acontece é que os sectores dos bens não transaccionáveis podem aumentar salários ou até ter despesas sumptuosas porque fun“O crescimento económico cionam em quase monopólio, repertem de se basear no sector cutindo os seus custos nos preços ao dos bens transaccionáveis, consumidor. Ora grande parte dos naquilo que compete com o seus consumidores são as empresas exterior”. exportadoras, que têm de aguentar a factura da energia, por exemplo. Os bens não transaccionáveis foram protegidos, enquanto os bens transaccionáveis, pelo contrário, estão a competir com o mercado exterior e não têm como repercutir os custos nos preços. Portanto, têm de ter imaginação para atingir níveis de competitividade que lhes permitam concorrer com o exterior. Sendo a base económica do Norte assente, praticamente, nos produtos transaccionáveis, isto explica muito das crises da região. Nos últimos dez anos, o Norte deixou de ser uma das regiões mais industrializadas da Europa para ser uma das mais pobres.

Ainda assim, o Norte continua com alguma dinâmica exportadora. Mesmo assim ainda continua, o que significa que temos potencialidades no sector exportador. E há outra agravante: as regiões [europeias] que ainda estão abaixo do Norte em termos de pobreza – na Polónia, na Roménia, na Bulgária... – crescem a ritmos brutais. Enquanto o Norte está numa tendência decrescente, as regiões do Leste registam uma tendência crescente. Isso significa que, daqui por uns anos, vão passar por nós. E o que é que podemos fazer para inverter esta tendência e ganhar competitividade? Para já ter uma intervenção na produção dos bens transaccionáveis, diminuindo aquilo a que se chama – foi Miguel Cadilhe, outro antigo aluno da Faculdade de Economia do Porto, que inventou – os “custos de contexto”: factura energética mais barata, Justiça a funcionar, taxas municipais mais reduzidas... Enfim, todo um conjunto de “custos de contexto” que deviam ser diminuídos a favor dos bens transaccionáveis. Até digo mais: em termos europeus, acho que devíamos lutar para termos uma espécie de discriminação positiva a favor dos bens transaccionáveis. Também se podia lutar para que a UE tivesse uma política regional diferente. Hoje, os fundos comunitários são distribuídos de acordo com o nível de rendimento das regiões. E eu acho que valia a pena introduzir na política regional europeia um novo critério de distribuição de fundos, tendo em conta o efeito da globalização sobre as regiões. Houve regiões que sofreram com a globalização, como é o caso do Norte, e outras que beneficiaram. Mas não há, na política europeia, nenhum instrumento que permita corrigir estes choques assimétricos. No actual contexto recessivo, o que podemos esperar do Norte? No Norte, as exportações estão a crescer. Mas espero que o Norte seja visto com olhos mais específicos e que as políticas nacionais tenham uma atenção muito especial àquilo que se passa na região, o que não tem acontecido. O Norte pode ter um papel importante na recuperação económica do país? Sempre teve. Nas últimas grandes crises económicas foi o Norte que resolveu os problemas do país. Através da desvalorização do escudo, na altura, foi o Norte que melhorou as coisas. Eu cos-

tumo dizer que Lisboa não percebe uma coisa: quando o Norte está bem, o país está melhor; e quando o Norte está mal, o país está péssimo. Pôr bem o Norte é pôr bem o país. O Norte está tradicionalmente virado para o exterior e tem iniciativa empresarial. Portanto, se derem condições ao Norte, a região pode arrancar para uma onda de desenvolvimento.

Repensar a segurança social A redução da Taxa Social Única (TSU) pode ser, de facto, um estímulo à nossa competitividade externa? As outras crises foram resolvidas com a desvalorização da moeda, coisa que já não podemos fazer. Por isso, temos de nos agarrar a tudo o que nos torne mais competitivos e nos faça exportar, porque a única solução para o país é o crescimento económico. Ora a descida da TSU é um factor que tem a ver com os custos de produção. Portanto, os produtos vão ficar mais baratos. Mas um ponto, dois pontos [de descida] é marginal; acho que devia ser mais. Só que isto já devia ter sido feito. Ando a chamar a atenção, há muitos anos, para a necessidade de repensarmos o modelo de financiamento da segurança social. Há países em que já não é o factor trabalho que financia a segurança social. Na Dinamarca, por exemplo, é o IVA. Quando foi inventado o desconto para a segurança social das empresas, a mão-de-obra era muito intensiva. Agora, na mesma rua, podemos ter uma empresa têxtil com mil empre“Há países em gados, que se vê aflita que já não é o ao fim do mês para ter factor trabalho lucro, e ao lado uma que financia a empresa tecnologicasegurança social”. mente avançada, só com três ou quatro engenheiros, que ganha balúrdios. A empresa dos engenheiros contribui para a segurança social muito menos do que a outra, apesar de ser mais lucrativa. Por isso, vejo isto [a TSU] não só na perspectiva de tornar os produtos mais competitivos, mas também de repensar o modelo de financiamento da segurança social. Outro ponto importante do memorando é a flexibilização laboral. Que efeitos terá esta medida no tecido empresarial? A experiência da vida diz-me que há clichés que aparecem mas não têm aderência à realidade.

Nós temos uma legislação laboral – aprovada há poucos anos e até com uma concertação social alargada – que dá imensa flexibilidade. A OCDE diz que somos dos países mais flexíveis em termos de mercado laboral. É uma falsa questão? Para mim, é uma falsa questão. Temos um dos despedimentos colectivos mais liberais da Europa, o período experimental é enorme, estão previstos bancos de horas... Não vejo razões para alterar a legislação laboral, sobretudo se levar a uma conflitualidade social. A actual legislação remete para os parceiros sociais um manancial enorme de possibilidades de entendimento para flexibilizarem as suas relações laborais, e que estão longe de esgotadas! Depois, as leis que fixam as relações na sociedade não devem estar sempre a ser mudadas. Devemos dar um período de estabilidade a uma legislação que foi revista há tão pouco tempo. De resto, o emprego não se cria por via administrativa e as nossas exportações não vão ser mais competitivas por causa da flexibilização. O desemprego em Portugal está quase a atingir uma taxa recorde de 13%, cerca de 700 mil desempregados. Como é que podemos inverter esta tendência? Com crescimento económico. Se as empresas não investirem não se cria emprego. Há também as políticas activas de emprego e o último acordo social tem um capítulo muito preciso sobre esta matéria. Portanto, é aplicar o que já está acordado: estágios profissionais, qualificação dos desempregados, programas de inserção laboral para os mais desfavorecidos... Há uma preocupação muito grande com os jovens, cuja taxa de desemprego está a crescer mais.


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“Esta crise é sistémica. Não é uma crise nem da Grécia, nem de Portugal, nem da Irlanda”.

Mas nesse emagrecimento estão a ser incluídas as prestações sociais.... Porque é o mais fácil. Preferia que o emagrecimento fosse feito pela extinção de serviços e institutos públicos, mas também compreendo que o mais fácil é aumentar impostos e reduzir o que está mais à mão, como os vencimentos dos funcionários públicos. Agora, o que o Estado está a pedir à sociedade não está a fazer ele mesmo. O Estado não corta nas suas despesas. A reforma tem que ir, nesta fase, no sentido de diminuir de uma forma brutal as despesas do Estado. Para isso, tenho defendido, por exemplo, que se devem tirar alguns serviços públicos de Lisboa – direcções-gerais, inspecções-gerais, tribunais superiores, INE, Arquivo Central de Identificação... – e espalhá-los por outras cidades do país. Hoje, com a facilidade de comunicações, não faz sentido estar tudo concentrado em Lisboa. Já imaginou o que significaria de animação económica, social e cultural para as cidades que receberiam esses serviços? E Lisboa também melhoraria muito em termos de qualidade de vida.

Mais federalismo na UE

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A crise da divida na Europa veio relançar a questão dos eurobonds, ou seja, da emissão de divida pública europeia. Continua a acreditar nesta solução? Quando o euro fez 10 anos, chamei a atenção de que existe moeda única mas não existe uma política económica e financeira europeia. E também disse que uma moeda única não pode existir quando há fortes desequilíbrios regionais. Sem coesão económica não há moeda única. JeanClaude Juncker, presidente do Eurogrupo, disseme na altura: “Tens toda a razão, mas o que dizes é tão utópico que não vejo condições políticas

para ser aplicado”. E foi com muito gosto que ouvi, este ano, Juncker propor formalmente no Eurogrupo a criação de eurobonds. Ou melhor, a criação de uma única entidade emitente de dívida pública [na UE]. É isso que eu defendo! Assim haveria o mesmo rating em toda a zona euro. Isto obrigava a mais federalismo fiscal? Com certeza. A criação do Fundo Europeu de Estabilização Financeira e, em 2013, do Mecanismo Europeu de Estabilidade parece-lhe suficiente para resolver as crises de dívida soberana e evitar os ataques ao euro? Não digo que estas medidas não são positivas... Mas vejo que a zona euro não está a encarar uma coisa que é inevitável: esta crise é sistémica. Não é uma crise nem da Grécia, nem de Portugal, nem da Irlanda. Estão a actuar caso a caso? Sim, mas quando chegar a vez da Espanha não vão poder actuar caso a caso. Vão ter de encarar a crise como sistémica. Portanto, a minha dose de optimismo vem pela “Preferia que o emagrecimento desgraça que vai acontecer [risos]. fosse feito pela extinção de A Europa é muito diferente: 3% de serviços e institutos públicos, défice orçamental para Portugal não mas também compreendo significam o mesmo que para a Suque o mais fácil é aumentar écia. Foi tudo muito quantificado e impostos”. simplificado, quando as coisas são muito mais profundas. E continuo a dizer que não é possível manter uma moeda única numa zona sem coesão económica. Isto passa por disciplina financeira dos Estados-membros, não digo que não. Mas também passa por instrumentos de política económica, que tem de ser muito mais coordenada. Passa, no fundo, por um aprofundamento institucional da UE. Passa por mais federalismo, não tenhamos medo de usar as palavras. Mas isso é consequência da moeda única. Para a moeda única sobreviver, tem de haver mais união política e económica na Europa. Não é possível, por exemplo, ter uma moeda única com o actual orçamento [comunitário]. Estes instrumentos [Fundo Europeu de Estabilização Financeira e Mecanismo Europeu de Estabilidade] são, digamos, de salvação para acudir quando a desgraça aparece. Mas a solução definitiva passa por uma grande reforma institucional da Europa, em que a componente federal vai ter de ter um papel decisivo.

E há hoje, na Europa, um clima político que favoreça essa reforma institucional? Não, não há. A tendência tem sido a contrária. Há dois anos tive a oportunidade de falar, em privado, com o ex-chanceler [alemão] Helmut Kohl e ele disse-me: “Sabe, português simpático, eu fui o último chanceler que viveu a guerra”. Isto diz tudo. A Europa nasceu com um objectivo: a consolidação da paz. E o projecto europeu não só conseguiu consolidar a paz como trouxe prosperidade e bem-estar, mas com todos juntos! Se cada um puxar a brasa à sua sardinha, o projecto europeu soçobra. Estamos, portanto, num período muito complicado. Espero que não seja de conflitos armados... Mas não nos podemos esquecer de que a história da Europa foi, ao longo de séculos, feita na base de uma conflitualidade entre povos. Esta geração tem de pensar nisso. Não tem o direito de matar um projecto que é das coisas mais nobres e mais bonitas criadas pela humanidade. A Europa fez um caminho invejável e no respeito por valores essenciais, como a liberdade, a paz, os direitos humanos... Há pouco falou do bem-estar na Europa. É possível manter o modelo social europeu com a actual evolução demográfica e sem perder competitividade para as economias emergentes? Há quatro grandes modelos sociais na Europa: o nórdico, o continental, o mediterrânico e anglosaxónico. Com as evoluções que têm acontecido no mundo, estes modelos não podem ficar incólumes à mudança. Tem de ser adaptados a uma nova realidade. Agora, o que é importante é que os valores que estão na base do modelo não sejam atingidos.

Não devemos baixar a bitola para nos tornarmos mais competitivos? Baixar a bitola, não. Temos, sim, de reformar os modelos sem alterar os valores que estão na sua base, pois isso seria o fim do projecto europeu. Julgo também que a Europa não tem sabido conviver com a globalização. Os países emergentes foram-se desenvolvendo e a Europa cuidou pouco das suas fronteiras, deixando entrar produtos em violação dos acordos, como os têxteis da China. Há aqui um problema de fundo: quando a Europa faz esses acordos comerciais, devia impor outro tipo de cláusulas, que não apenas as que têm a ver com o comércio. Sabemos que temos de competir com países com salários mais baratos. Mas é impossível competir com quem não amortiza os investimentos, não protege o ambiente, não tem protecção social de espécie nenhuma... A Europa tem por isso a obrigação, nos acordos comerciais que faz, de impor aos países emergentes cláusulas de regulação social interna. Condeno os acordos comer“Mas é impossível competir ciais feitos sem uma componente com quem não amortiza os de natureza social que leve esses investimentos, não protege o países [emergentes] a adoptarem, de ambiente, não tem protecção forma progressiva, práticas que, emsocial de espécie nenhuma”. bora com custos, contribuem para o bem-estar das populações. Mas Portugal não é exemplo nesta matéria, pois há grandes desigualdades sociais. Como é que se pode promover a redistribuição da riqueza no nosso país? Desde logo combatendo a economia paralela. Segundo vários estudos, a economia paralela representa quase 25% do PIB. E os principais beneficiários não são os desgraçadinhos, embora haja muitos biscateiros, mas sim as pessoas de mais altos rendimentos. Esta é uma matéria em que os parceiros sociais estão todos de acordo. Também temos de pensar na componente fiscal, que é mais complexa. À medida que se aumentam os impostos indirectos, mais se cavam as desigualdades sociais. A subida do IVA é um exemplo. Quando resolvermos os problemas actuais, seria de pensar em modificações na política fiscal no sentido dos impostos indirectos não serem tão pesados e serem compensados por outros. E depois a fuga fiscal. O desgraçadinho não foge aos impostos. Quem foge aos impostos são os outros. A máquina fiscal deve ser afinada no sentido de combater as desigualdades sociais.

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A pobreza atinge, em Portugal, cerca de dois milhões de pessoas. Que esperança há de diminuir estes números no actual contexto económico? Só se houver crescimento económico e equilíbrio nas finanças públicas. Por muito que custe, tem de ser esta a nossa base. O Estado tem de definir muito bem o seu papel na sociedade e ser menos gastador naquilo que faz. Tem de emagrecer e, se calhar, a dieta vai ser à bruta, porque é muito urgente fazê-la. Vai ter consequências sociais? Sim, mas enquanto o Estado consumir os recursos do país há pouco espaço para o crescimento económico.


ALEXANDRE ALVES COSTA

ANA TERESA LEHMANN

ANTÓNIO FERREIRA

ARNALDO SARAIVA

ARTUR SANTOS SILVA

“É preciso inovar, criar sinergias entre a comunidade e a Universidade”

“Unidade e solidariedade são condições para a sobrevivência da inestimável autonomia”

“Estar nas 100 melhores do mundo em 2020 é uma meta inspiradora e realista”

“A U.Porto deve posicionarse como o grande pólo do conhecimento do noroeste da Península Ibérica”

“A Universidade será cada vez menos um lugar de privilegiados”

“As universidades têm que ser hoje o que foram os nossos Descobridores no século XVI”

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* (Ver testemunhos completos no site do Centenário: http://centenario. up.pt/100olhares)

A Universidade tem hoje um papel relevante na comunidade em todos os sectores de actividade e investigação, artística ou outras. No entanto, há um longo caminho a percorrer. É preciso inovar, criar sinergias entre as pessoas da comunidade e as da Universidade. É o caminho da interacção que implica a criação e discussão de ideias e resoluções. Um estar e um ser criativos permanentes, de investigação e de busca de algo mais numa lógica de rigor e de verdade. Mantendo-se a U.Porto com os objectivos hoje expressos e alargados os âmbitos e propósitos das suas acções de formação e intervenção social, científica e cultural, com a autoridade dos seus relevantes 100 anos de actividade, poderemos esperar que nos próximos 100 anos ela seja ainda mais fundamental para a nossa vida num reconhecimento universal das nossas ciências e das nossas artes.

Arquitecto | Professor catedrático jubilado da FAUP | Antigo estudante da ESBAP | Professor Emérito da U.Porto

O caminho está traçado e, aparentemente, bem. Tanto assim que a nossa Universidade se tem substancialmente afirmado. O perigo que encontro é o de uma subtil mas inexorável escalada no sentido da perda da sua autonomia científica, didáctica e administrativa. Prevejo que tenhamos que resistir, Humanidades e Artes, ao domínio previsível de uma rentabilidade mais imediata a que correspondem certas áreas disciplinares mais permeáveis às tentações do compromisso que pensamos bem redutor, até para elas e para a sua dignidade, diríamos, científica. Independentemente disso, a U.Porto tem sabido manter uma unidade e uma solidariedade interna que são as condições básicas para a sobrevivência da sua inestimável autonomia, condição para uma afirmação cada vez mais útil e profunda nos contextos regional, nacional e internacional. Conhecendo os autores que constituem a sua principal genuinidade, (...) estou profundamente confiante no futuro.

Gestora | Vice-presidente da CCDR-N | Professora associada e antiga estudante da FEP

Cada vez mais me apercebo do enorme impacto que a U.Porto tem na cidade, no Norte e em Portugal. E como dá cartas a nível internacional, tendo alguns centros que representam o estado da arte mundial. Hoje, a U.Porto é, sem dúvida, muito melhor que há 20 anos. Abriu-se e está-se a globalizar. A meta traçada para 2020 é inspiradora e é, na minha opinião, realista: estar nas 100 melhores universidades do mundo. Assim saibamos todos, dentro da Universidade, e fora, nas instituições parceiras, trabalhar juntos para tornarmos uma realidade, colectivamente, essa grande conquista. Que a excelência e a relevância sejam os leitmotiv de todas as acções e projectos desta grande Universidade. Que todos os que nela estudam, trabalham e que com ela convivem saibam avançar o seu prestígio e projectá-lo, quer na comunidade mais próxima, quer internacionalmente.

Presidente do Conselho de Administração do Hospital São João | Professor e antigo estudante da FMUP

Professor catedrático jubilado da FLUP | Presidente da Fundação Eugénio de Andrade | Antigo estudante da FLUP

Gestor e jurista | Presidente do BPI | Doutor Honoris Causa pela U. Porto / FBAUP (2010)

O impacto científico, cultural, artístico, económico e humano da U.Porto no seio da cidade, da região e do país, ao longo de muitos anos, faz dela uma das mais notáveis instituições nacionais. A meu ver, tal como a cidade onde se localiza, a Universidade deve posicionar-se como o grande pólo pedagógico, científico, cultural e do conhecimento do noroeste da Península Ibérica e fazer deste posicionamento alavanca para a excelência entre as congéneres europeias. A abertura à cidade, a interligação com o mercado do trabalho, a aposta, por via da investigação, na produção de conhecimento e produto que acrescente valor e possa ser comercializado, a capacidade para desenvolver pólos de produção de serviços, a interacção com o mundo empresarial e a aparentemente simples atracção de estudantes, doutorandos e investigadores estrangeiros, são, seguramente, outras apostas que permitirão à Universidade projectar-se na região e na Europa e, principalmente, fazê-lo com autonomia.

Não me preocupam as celebrações que se façam daqui a cem anos, mas o que se deve fazer agora para que possamos garantir um ensino verdadeiramente superior. E parece que não há receitas milagrosas, salvo as da qualidade da docência e da atenção permanente ao particular e ao universal, ao nacional e ao internacional. Na medida dos recursos económicos de que disponha, a U.Porto deve ter docentes tão qualificados como os das melhores universidades do mundo, deve criar condições de investigação exemplares, deve estreitar relações com os mais criativos centros de investigação e deve desempenhar um papel decisivo no progresso e no bem-estar das comunidades que nela confiam. A história recente da Universidade parece garantir que ela será cada vez menos um lugar de privilegiados que promovem outros privilegiados e será cada vez mais um lugar de trabalho a favor da melhor cidadania e da melhor qualidade de vida, um lugar de promoção do saber – e da sabedoria de viver.

[No futuro] a Universidade deve ser mais proactiva junto das empresas, do Estado e das autarquias, bem como no plano internacional. Deverá atrair mais estudantes e professores estrangeiros, dar mais atenção ao fomento do empreendedorismo qualificado – Portugal precisa de uma nova geração de empresários preparados para os exigentes desafios da globalização – e deverá fazer uma maior aposta na afirmação da sua marca e da sua identidade. Neste último plano, a cultura e o desporto deviam ser mais acarinhados. Espero que a U.Porto consiga afirmar o modelo fundacional que escolheu, permitindolhe enfrentar melhor os complexos desafios que temos que vencer. Que se afirme como um grande pólo de formação e de investigação capaz de criar uma onda que ajude Portugal a encontrar um caminho de sucesso digno dos melhores momentos da nossa História. As universidades têm que ser, nos dias de hoje, o que foram os nossos Descobridores no século XVI.

C ATA R I N A L U C A S / T I A G O R E I S

ALBERTO CARNEIRO

Artista plástico | Antigo estudante e professor da Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP), antecessora da FAUP e da FBAUP | Antigo professor da FAUP

Das salas de aula à liderança das principais instituições da região e do país, vestindo a capa e batina ou a bata branca dos mais conceituados centros de investigação portugueses, o legado da U.Porto repousa hoje nas mãos dos actuais e antigos estudantes, docentes, investigadores e outras figuras da academia e da região. São pessoas que por mérito próprio simbolizam o passado, o presente e o futuro da maior universidade portuguesa. Neste espaço reúnem-se alguns destes nomes*, em cuja primeira pessoa se projecta a herança histórica da U.Porto, mas sobretudo os caminhos, desejos e desafios a abraçar pela Universidade neste século.

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OLHARES


U . P O RT O A L U M N I 1 4

CARLOS RESENDE

CARLOS TAVARES

CARLOS TÊ

EDUARDO OLIVEIRA FERNANDES

HENRIQUE BARROS

ILDA FIGUEIREDO

JOSÉ SILVA PENEDA

JOSÉ NOVAIS BARBOSA

“A Universidade deve percorrer o caminho da excelência e do alto rendimento”

“A Universidade terá de ter a capacidade de ‘ver’ o futuro”

“Que a U.Porto reflicta o que de melhor tem a cidade”

“Que a Universidade se afirme como agente decisivo do desenvolvimento”

“A função da Universidade é respeitar o passado, para assim inventar o futuro”

“Cada vez mais, a Universidade estará aberta ao mundo”

“O papel da Universidade na região e no país é insubstituível”

“Será necessário perseverar na melhoria da qualidade”

Antigo andebolista | Estudante e professor assistente convidado da FADEUP

Economista e político | Presidente da CMVM | Antigo estudante e docente da FEP | Membro do Conselho de Curadores da U.Porto

Engenheiro | Professor catedrático e antigo estudante da FEUP | Presidente da Agência de Energia do Porto

Médico e investigador | Professor catedrático e antigo estudante da FMUP | Coordenador Nacional da Infecção VIH/sida | Director do ISPUP

Política e economista | Deputada no Parlamento Europeu pela CDU | Antiga estudante da FEP

Economista e político | Presidente do Conselho Económico e Social (CES) | Antigo estudante e docente da FEP

As universidades devem ser o expoente máximo do conhecimento e para que tal objectivo seja alcançado é necessário possuírem um rumo estratégico perfeitamente delineado, produzirem conhecimento científico e possuírem conhecimento empírico de sucesso empresarial. Nesse sentido, o caminho que a Universidade deve percorrer é o caminho da excelência e do alto rendimento, ou seja, recrutando aqueles que têm maior potencial de crescimento e “adicionar” muito trabalho. No entanto, para que tal se verifique, a carreira académica deve ser aliciante, para que seja possível investir na mesma. O mundo está em permanente mudança e a uma velocidade cada vez superior. Contudo, poderemos estabelecer metas para horizontes mais reduzidos. No caso da U.Porto, se puder “amanhã ser um pouco melhor do que é hoje” já constituiria um bom princípio.

Destaco a necessidade de um investimento claro e inequívoco em projectos de investigação aplicada; um diagnóstico permanente de contextos exteriores passíveis de beneficiarem de colaboração com a Universidade; um reforço de visões de múltipla escala, articulando a perspectiva local com a perspectiva global de formas dinâmicas; um enfoque prioritário em parcerias com outras universidades da região, traduzidas em projectos que investem nas maisvalias da produção industrial e cultural específicas da região; a potenciação de uma cultura bilingue (português/ inglês), recusando o modelo polarizado, substituindo-o pela simultaneidade linguística.

A U.Porto está a seguir trilhos de modernidade que a colocarão em excelente patamar na cena internacional no domínio científico e pedagógico. No entanto, um crescimento demasiado rápido, em professores e em escolas, a dispersão pelo tecido urbano e uma algo aleatória clusterização territorial das escolas constituem obstáculos a uma maior vivência da instituição, explorando as sinergias e complementaridades das diversas disciplinas. Resta desejar que a U.Porto encontre as vias para se consolidar no terreno do progresso científico, da inovação e eficácia pedagógicas e que se afirme como agente decisivo do desenvolvimento de uma cidade e de uma Área Metropolitana que dela esperam um desabrochar em fermento de cosmopolitismo, em criatividade, em cultura e em competência, qual farol de saber e de solidariedade.

A Universidade tem que ser a referência da região, mais do que da cidade, e até do país mais do que da região. A Universidade é uma instituição. Não devemos seguir o canto dos profetas das soluções miraculosas – sempre os há. A função da Universidade é respeitar o passado, o passado enquanto o melhor do que foi feito, para assim inventar o futuro. Por isso, como a Presidente de Harvard escreveu no seu discurso de posse, é muito provável que esteja em conflito com o seu presente. Se for capaz de atravessar os saberes, não esquecer as Humanidades e fugir da instrumentalização – ser uma universidade de investigação ao serviço do conhecimento, da aventura de descobrir e não dos interesses de empresas que se deslocam ao sabor da cobiça – será uma grande, grande universidade em 100 anos! Que no sossego discreto que a Universidade sempre necessitará fluam definitivamente livres as pessoas e as ideias.

A U.Porto deve orgulhar-se dos 100 anos que comemora. Viveu fases muito diversas, naturalmente influenciada pela evolução política de Portugal, para a qual também contribuiu com a formação de muitas gerações de jovens, os quais, por sua vez, influenciaram a evolução da própria Universidade e do país. É nesta mútua influência que está o papel fundamental e estruturante da Universidade, sendo certo que um futuro de desenvolvimento e progresso social de Portugal e da Europa exige um ensino de grande qualidade teórica, de investigação e inovação, de uma cada vez mais estreita ligação à sociedade, numa visão que, partindo da realidade local e regional, não deve perder a perspectiva nacional e internacional. Cada vez mais, a Universidade estará aberta ao mundo e às mudanças que se adivinham.

O papel da Universidade na região e no país é hoje muito maior do que no meu tempo de estudante. Diria que se trata de um papel insubstituível, a que se associa uma grande responsabilidade, porque um país competitivo só o pode ser como resultado de uma acção conjugada em que a componente do ensino superior e da investigação é fundamental. O caminho do futuro vai assentar numa sociedade que evolui para uma maior diversidade e uma maior mobilidade, que tende a ser também mais complexa e mais fragmentada. Esta evolução obrigará à adopção de estratégias pró-activas que comprometam poderes públicos e os diversos agentes económicos e sociais. Por isso, gostaria que daqui a 100 anos a U.Porto tivesse reforçado o seu papel de liderança na preparação de excelentes quadros e assumisse, cada vez com mais força, a sua importância na interacção com os agentes económicos e sociais da região.

Letrista, compositor e escritor | Antigo estudante da FLUP

Num contexto de circulação de ideias e saberes a um nível global, a U.Porto passou a ser definitivamente aquilo que traz subjacente no nome, ou seja, um espaço de saberes universais que podem por fim circular a outra velocidade tornando o conhecimento humano mais acessível à vida prática e comum. Nesse sentido, gostava que se celebrasse, daqui a 100 anos, uma universidade de portas abertas à sociedade, ou seja, a verdadeira escola magna empenhada em melhorar o conhecimento, mas sem nunca perder de vista o questionar desse conhecimento, ou seja, vigiando a sua aplicação sob uma perspectiva Humanista. Que a Universidade reflicta o que de melhor tem a cidade do Porto, a sua abnegação e a sua proverbial tendência para empreender e produzir, e que despeça de si mesmo o que de pior tem a cidade, ou seja, um certo atavismo lamuriento quando é preciso contornar a falta de meios e é preciso inventar novas formas de agir.

Engenheiro | Ex-reitor da U.Porto (1998 -2006) | Professor jubilado e antigo estudante da FEUP | Professor Emérito da U.Porto

O caminho a percorrer é o que a Universidade foi traçando ao longo da sua história. Será necessário perseverar na melhoria da qualidade: perseverança dos estudantes, através não só do estudo e aprendizagem, mas também de todos os aspectos de cultura geral, éticos e de apetências para a inovação e empreendedorismo; perseverança dos professores, procurando melhorar a sua intervenção nos processos de ensino e aprendizagem, aprofundando a investigação e transmitindo aos estudantes o gosto pela cultura empreendedora. Aos que têm a seu cargo a gestão universitária competirá criar condições para que docentes e discentes disponham dos meios que potenciem a sua valorização, solidificar as estruturas de que são responsáveis e contribuir para que estas e as suas congéneres se congreguem num movimento de unidade de toda a Universidade.

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OLHARES


U . P O RT O A L U M N I 1 4

JOSÉ SOEIRO

LUDGERO MARQUES

LUÍS OLIVEIRA RAMOS

NUNO FERRAND DE ALMEIDA

NUNO SOUSA PEREIRA

ORLANDO MONTEIRO DA SILVA

PURIFICAÇÃO TAVARES

RAQUEL SERUCA

“Gosto de pensar a U.Porto daqui a 100 anos como um grande pólo de pensamento crítico”

“Gostaria que a Universidade continuasse a desenvolver as suas boas relações com as empresas”

“Urge implementar a investigação pura e estimular o relacionamento com outros povos”

“A U.Porto deve ser capaz de apoiar e enaltecer o mérito”

“Antevejo a U.Porto como uma instituição líder no mundo de expressão portuguesa”

“Que a Universidade se afirme como uma referência mundial, mais uma, a partir da cidade do Porto”

“O capital humano e a expansão do conhecimento são indispensáveis para encontrar soluções”

“A U.Porto em que ser geradora de novas passos para o conhecimento”

Sociólogo e político | Ex-deputado na Assembleia da República pelo BE | Antigo estudante da FLUP

Empresário | Presidente do Conselho de Administração da Cifial | Ex-presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP) | Antigo estudante da FEUP

Historiador | Ex-reitor da U.Porto (1982 -1985) | Professor catedrático aposentado e antigo estudante da FLUP

Economista | Presidente da Direcção da EGP – University of Porto Business School (EGP-UPBS) | Antigo estudante da FEP

Médico dentista | Bastonário da Ordem dos Médicos Dentistas | Antigo estudante da FMDUP

Geneticista | Directora e fundadora do Centro de Genética Clínica | Professora catedrática da FMDUP | Antiga estudante da FMUP

Provavelmente, o grande desafio da Universidade passa por reforçar a sua ligação com a sociedade em que se insere. Gosto de pensar a Universidade daqui a 100 anos como um grande pólo de conhecimento e de pensamento crítico, que é o fundamento de uma universidade de ideias. Em que a produção do conhecimento tem uma relação com a emancipação. Uma universidade mais cidadã e mais democrática, em que públicos que hoje tendem a ficar de fora – por razões económicas, por serem portadores de deficiência, imigrantes… – possam ter lugar e ver ali um espaço de discussão do mundo e de acesso à experiência acumulada da humanidade nas mais diversas áreas, um espaço de inovação e criatividade. Uma universidade que, pelo conhecimento que produz, nos permite também tomar decisões informadas sobre o futuro e ter uma vida mais justa.

Quando iniciei a minha carreira formal de engenheiro, não havia mais nenhum engenheiro, ou qualquer coisa que se parecesse. A percentagem de trabalhadores com o antigo 7.0 ano era inferior a 7%. Hoje tudo está muito melhor, apesar da cadeia de competência técnica nas empresas precisar de ser melhorada. A U.Porto e a Faculdade de Engenharia estão muito mais ligadas às empresas. A Universidade tem muito mais competências. Tem melhores receptores e sabe entrar nas fábricas. Nesse sentido, gostaria que a Universidade do Porto e, particularmente a FEUP, continuasse a desenvolver as suas boas relações com as empresas, e que se encontrassem maneiras de os formados exercerem as funções que escolheram. Também eu gostava de celebrar cem anos, ou mais... Mas a U.Porto é ETERNA!

Nestes 100 anos, a U.Porto preparou quadros, sobretudo para a cidade, para as regiões do Norte e para o país, e cresceu sucessivamente, não apenas na melhoria do seu ensino, mas também na valia da investigação. As relações, no plano nacional e com o estrangeiro, acentuaram-se passo a passo, pois começaram por existir no plano pessoal entre professores ou escolas. Mas apesar das conquistas desde há trinta anos e mais recentemente, urge implementar a investigação pura e estimular o relacionamento com outros povos, sobretudo perceber que há outras humanidades além daquela que experimentamos. Daqui a 100 anos, seria útil celebrar uma instituição onde os laços entre os seus componentes se desenvolvam num clima alheio ao chauvinismo, à clausura, e postulem o espírito criativo, o livre exame, a compreensão do outro e a paz.

As principais vertentes de afirmação da U.Porto em Portugal e no mundo e que deverão constituir apostas reforçadas são a produção de conhecimento, uma maior aproximação ao tecido empresarial e a internacionalização do corpo docente e discente. Adicionalmente, a U.Porto deve assumir-se como uma plataforma de ligação do mundo de língua portuguesa, contribuindo para a capacitação dos países mais necessitados e para o reforço da ligação da Europa com o Brasil e África. Daqui a 100 anos antevejo a U.Porto como uma instituição líder no mundo de expressão portuguesa e como uma das principais universidades europeias no ensino, na produção científica e na inovação empresarial.

A U.Porto, com alguma responsabilidade própria, não tem sido o referencial que a cidade, o Norte, o país, a diáspora portuguesa esperariam. De futuro, deverá, pela sua dimensão, procurar a projecção a que saudavelmente se propõe de uma forma mais vincada, na internacionalização, na ligação à vanguarda da sociedade civil, na maior flexibilidade no estabelecimento dos corpos docentes; apostando nas pósgraduações e especializações (em língua inglesa) e intensificando a componente de e-learning. Daqui a 100 anos gostaria que se celebrasse uma Universidade aberta, onde a formatura seria, apenas, o mínimo denominador comum. Um campo do saber com uma marca – Universidade do Porto –, que seja uma referência nos países de língua e expressão portuguesa, na Europa e no mundo. Que a U.Porto se afirme como uma referência mundial, mais uma, a partir da cidade do Porto.

O conhecimento e inovação não são exclusivos das universidades, mas são sem dúvida um aditivo enzimático para uma sociedade produtiva e animada. A U.Porto, indiscutivelmente reconhecida como um marco de conhecimento e inovação nas suas diferentes faculdades, tem uma capacidade e espaço para gerar ideias, e lançar novas perspectivas. Todos os ingredientes são necessários para o impulso determinado e consistente que o país precisa. O caminho é a contribuição e interacção de todos, com o propósito firme do desenvolvimento científico e da inovação em todas as áreas. Não estamos isolados dos eventos globais, sejam científicos, económicos ou mesmo políticos. O capital humano altamente qualificado e a expansão do conhecimento são indispensáveis para procurar e encontrar soluções.

Biólogo | Director e investigador do CIBIO – Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da U.Porto | Professor associado e antigo estudante da FCUP

A plena afirmação da U.Porto deve passar pelo aprofundamento da internacionalização e pela acérrima promoção do mérito. A internacionalização porque a investigação e o conhecimento estão no coração daquilo a que hoje chamamos mundo globalizado. A promoção do mérito porque só assim conseguirá a Universidade fazer mais e melhor ciência, mais e melhor ensino, e dessa forma competir com as melhores instituições a nível europeu e mundial. No futuro, a U.Porto deverá ser uma instituição dinâmica e aberta, promotora do conhecimento, da investigação e do ensino, capaz de estimular permanentemente em cada um dos seus membros um sobressalto de inquietação e de inconformismo perante as dificuldades, e capaz de apoiar e enaltecer o mérito de todos os que procuram torná-la melhor.

Investigadora do IPATIMUP | Antiga estudante da FMUP

A U.Porto deve inserir os seus melhores investigadores como membros activos da Universidade. Deve preocupar-se em estabelecer diálogos entre áreas disciplinares diversas. Deve estar preocupada com a ciência que se faz com a participação de estudantes e professores, onde ambos estejam envolvidos desde o minuto zero. Tem que ser muito mais experimental. Deve ter coragem para realmente fazer mudanças e não ter mais “cadeiras de perna coxa” a ocupar o espaço que podia ser vivo e vibrante. Deve cativar realmente os melhores DENTRO dela e FORA dela. Tem que se preocupar em produzir novidades e não apenas produtos interessantes. Tem que ser geradora de novas passos para o conhecimento. No dia em que a Universidade se preocupar apenas em servir os interesses do país, da região ou da cidade, MORREU!

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OLHARES


VINTAGE

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A colecção egípcia

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A

I Grande Guerra (1914-18) estava em curso e, apanhado no meio do turbilhão bélico, o navio alemão “Cheruskia” (Hamburg-Amerika Linie) foi forçado a fundear-se no aparentemente neutral porto de Lisboa, tal como outras 70 embarcações da mesma nacionalidade e também austríacas. Acontece que, numa eficaz operação militar, o Governo português apresou, em Fevereiro de 1916, todos estes barcos e confiscou as respectivas mercadorias. A acção contou com a conivência da Inglaterra e levou a Alemanha a uma declaração formal de guerra ao nosso país, em Março do mesmo ano. Ora o “Cheruskia” provinha de Bassorá, na costa iraquiana do Golfo Pérsico (território da antiga Mesopotâmia), e, entre outra carga, transportava um valioso espólio de objectos arqueológicos, que tinham sido encontrados nas escavações realizadas pelos assiriólogos alemães em Assur, antiga capital imperial da Assíria. As preciosas antiguidades assírias – descobertas, entre 1903 e 1914, na Mesopotâmia, pela Deutsche Orientgesellschaft – permaneceram armazenadas num barracão alfandegário durante alguns anos, apesar de datarem de 1916 as primeiras, e inconsequentes, diligências alemãs para reaverem a carga do “Cheruskia” (hoje “Leixões”).

01

Importa recordar que a Alemanha integrava a coligação formada pelas Potências Centrais (juntamente com o Império Austro-Húngaro e o Império Otomano), às quais se opunham as forças do Triplo Entendimento (Império Britânico, França, Império Russo, até 1917, e Estados Unidos, a partir de 1917), das quais Portugal se tornou formalmente aliado em 1916. Mas já antes, no final de 1914, o nosso país viveu uma guerra não declarada com a Alemanha no Sul de Angola e no Norte de Moçambique. Em Junho de 1921, um despacho do então ministro da Instrução Pública, Augusto Nobre (18651946), cede à U.Porto o espólio mesopotâmico do “Cheruskia”. O governante, que era também biólogo e reitor da U.Porto (1919-26), decidiu inclusivamente criar um museu de arqueologia na Universidade, de forma a acolher as antiguidades assírias. Neste contexto, as primeiras 140 caixas contendo o espólio foram expedidas para a U.Porto em 1922, para figurarem nas galerias da instituição. Entretanto, os esforços do governo alemão para reaver as antiguidades intensificamse após o término do conflito, mas contaram com a forte oposição de Augusto Nobre. O próprio governo inglês se mostrou interessado no acervo, invocando um “pedido da Mesopotâmia”. Ora a

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01 Estatueta funerária de Horiretaá

(proveniente de Sakara) Época Baixa (664 a 332 a. C.) (comprimento de 16,8 cm) N0 inv. 41.01.015

02 Estatueta funerária de Horudja

(proveniente de Guiza, túmulo 64d.) Época Baixa, XXVI dinastia (reinado de Apriés), século VI a. C. Faiança (comprimento de 17 cm) N0 inv. 41.01.014

03 Estatueta funerária de Psametek

Época Baixa, XXVI dinastia Faiança vidrada (comprimento de 6,5 cm) N0 inv. 41.01.009

04 Amuleto: Deusa Ísis com Hórus Criança

Época Baixa (664 a 332 a. C.) ou Época Greco-Romana Faiança (comprimento de 3,5 cm) N0 inv. 41.01.029

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Inglaterra era, após a derrota do Império Otomano, a potência dominante desta zona do Golfo Pérsico, pelo que os objectos arqueológicos teriam provavelmente como destino o British Museum. Mas a Alemanha não esmoreceu a batalha diplomática. Tanto assim que, em 1925, veio a Portugal o assiriólogo alemão responsável pela descoberta dos objectos, Walter Andrae. E foi então acordado com a U.Porto a troca das antiguidades assírias por antiguidades egípcias, entre outras peças provenientes do Museu de Berlim. O processo ficaria concluído cerca de um ano depois, tendo as preciosidades egípcias e de outras culturas, em especial da Melanésia, sido entregues à Faculdade de Letras da U.Porto (FLUP) no início de 1927. Com 134 peças, o núcleo egiptológico que resultou da permuta esteve exposto na Galeria de História da Arte do Museu de Arqueologia Histórica da FLUP. Só que esta faculdade viria a ser encerrada, em 1935, pelo regime do Estado Novo e o espólio egípcio teve de ser transferido para a Faculdade de Ciências, em 1940. Aqui, o núcleo egiptológico foi acondicionado na Sala de Arqueologia e Pré-História Professor Mendes Corrêa, integrando-se no Museu de História Natural da

Fotos gentilmente cedidas por Alexandre Lourenço (Reitoria da U.Porto)

NO ÂMBITO DAS COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO VAI ESTAR PATENTE, A PARTIR DE SETEMBRO, NA REITORIA, A EXPOSIÇÃO “A COLECÇÃO EGÍPCIA DO MUSEU DE HISTÓRIA NATURAL DA UNIVERSIDADE DO PORTO”. TRATA-SE DE REUNIR A CENTENA DE PEÇAS DO NÚCLEO EGIPTOLÓGICO DA U.PORTO, UM ESPÓLIO QUE RESULTOU DA TROCA DE ANTIGUIDADES ARQUEOLÓGICAS ENTRE A UNIVERSIDADE E O GOVERNO ALEMÃO, EM 1926. A HISTÓRIA REMONTA, PORÉM, A 1916, ANO EM QUE PORTUGAL APRESOU NAVIOS ALEMÃES, ENTRANDO ASSIM NA I GRANDE GUERRA. DEPOIS DE UMA NEGOCIAÇÃO DIPLOMÁTICA, A U.PORTO GANHOU UM ACERVO REPRESENTATIVO DE UMA DAS MAIS NOTÁVEIS CIVILIZAÇÕES HUMANAS.

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RICARDO MIGUEL GOMES

que a Alemanha permutou no pós-guerra


VINTAGE

U . P O RT O A L U M N I 1 4

Universidade do Porto A maior instituição de ensino e investigação científica de Portugal e uma das 100 melhores universidades da Europa. 3 14 1 2 366 1 654 U.Porto. Contudo, o processo de transferência implicou a perda de 30 peças, pelo que, hoje, já só constam do acervo 104 objectos. Por fim, na sequência do incêndio que deflagrou, em 1974, na Faculdade de Ciências (hoje Edifício da Reitoria), o espólio egípcio foi guardado e manteve-se pouco acessível ao público (embora tenha sido visto por muitos alunos de vários graus de ensino). 01

01 Estatueta funerária

Império Novo, XIX dinastia (?) Madeira (comprimento de 19,7 cm) N0 inv. 41.01.020

02 Amuleto: Deus Bés bifronte

Época Baixa (664 a 332 a. C.) Faiança (comprimento de 4,1 cm) N0 inv. 41.01.027

30 898 22 405 5 406 258 2 829

02

Acontecimento cultural e científico Ciente da importância do acervo, a Comissão das Comemorações do Centenário solicitou ao egiptologista Luís Manuel de Araújo, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, a organização da exposição “A Colecção Egípcia do Museu de História Natural da Universidade do Porto”, que vai estar patente a partir de Setembro, no Edifício da Reitoria. À U.Porto Alumni, Luís Manuel de Araújo disse ter aceitado ser o comissário científico da exposição e redigir o respectivo catálogo “com gratidão e entusiasmo”, não só por considerar “esta acção um momento de grande valor e dignidade no âmbito das comemorações [do Centenário], como também pelo facto de o convite poder ser interpretado como uma participação solidária e fraterna da Universidade de Lisboa no evento”. Do espólio que compõe a exposição constam objectos evocativos dos hábitos funerários do antigo Egipto, alguns deles de uso quotidiano, como os adornos e os amuletos. Também não faltam objectos relacionados com o ritual fúnebre: desde as máscaras funerárias, múmias e um sarcófago, que são representativos do culto dos mortos (um aspecto fulcral para a cultura egípcia), até vasos para guardar as vísceras dos defuntos, os típicos escaravelhos (com relevo para os escaravelhos do coração) e estatuetas funerárias. Segundo Luís

Manuel de Araújo, estão representadas no espólio da U.Porto praticamente todas as grandes épocas da história do antigo Egipto, começando pela longa fase pré-histórica, correspondente às culturas de Badari e de Nagada. Para o comissário da exposição, a colecção egípcia da U.Porto “testemunha bem a variada produção artística e utilitária de uma das mais notáveis civilizações que a humanidade conheceu, fazendo do acervo portuense um importante núcleo didáctico à disposição do público”. Já o reitor da U.Porto, Marques dos Santos, sublinha, a propósito, que “a exposição é um acontecimento maior quer da programação das Comemorações do Centenário, quer da própria oferta cultural da cidade do Porto durante o ano em curso. Neste sentido, trata-se de uma iniciativa que vai ao encontro da vontade da Universidade de se afirmar cada vez mais no roteiro de manifestações culturais e criativas do Porto, da região Norte e do país”.

3 550 1 488 576 535 524 61 427 91 701 35 18 135 36 85 392

Docentes e Investigadores (1920,8 ETI) (76% doutorados) Não docentes (1648,1 ETI) Estudantes Estudantes de 1º Ciclo e de Mestrado Integrado Estudantes de 2º Ciclo / Mestrado Estudantes de Especialização Estudantes de 3º Ciclo / Doutoramento Estudantes e investigadores estrangeiros em 2010 (11,49% do total) em programas de mobilidade internacional em cursos de 1º Ciclo / Licenciatura em cursos de 2º Ciclo / Mestrado em cursos de 3º Ciclo / Doutoramento em cursos de especialização Investigadores Nacionalidades Programas de Formação em 2009/10 Cursos de 1º Ciclo / Licenciatura Cursos de Mestrado Integrado Cursos de 2º Ciclo / Mestrado Especialização Cursos de 3º Ciclo / Doutoramento Cursos de Formação Contínua

4 050 4 052 155

Vagas disponíveis em 2009/10 (15,2% das vagas nacionais) Vagas preenchidas na 1ª fase do concurso nacional 2009/10 (100% das vagas preenchidas) Mais alta classificação média do último colocado das universidades públicas

61 31 14 2 122 52 32

Unidades de investigação Unidades avaliadas com “Excelente” e “Muito Bom” Unidades integradas em Laboratórios Associados ao Estado Papers indexados na ISI Web of Science em 2008 Patentes portuguesas submetidas (até Dezembro de 2009) Spin-offs (empresas desenvolvidas na Universidade)

30 663 216 53 321 2 647 633 9 1 220 18 2 270 3 495

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Campus universitários Faculdades Business school

Bibliotecas Títulos de Monografias Publicações periódicas disponíveis on-line Downloads de artigos científicos Residências Universitárias Camas (87% ocupação) Unidades de alimentação (cantinas, bares, etc) Lotação das cantinas Refeições servidas por dia

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