Zaha Redux

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AHAZ Uma publicação dos alunos do Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Senac sob orientação do Professor Nelson Urssi maio de 2016


Classe de 2016-1 Bernardo Zamengo Montich e Silva Bruno Rodrigues da Silva Souza Carolina Picchi Senatore Carolina de Souza Nascimento Elias Fernanda Ito Rubino Filipe Fiaschi Rodrigues Gabrielle Moreira Santana Gustavo Alberto Matsumoto Espirito Santo Henrique de Paula Rosse Jamile Sousa Jaqueline Hinteregger dos Santos Pereira Juliana Costa Correia Julio Venancio Ricardo Karine Andrea Falk Braz Kelvin Leite de Oliveira Maline de Oliveira Ribeiro Mariana da Silva Mariana de Souza Santerini Mariele Macedo Simas Marlucy Marques Campos Murilo Fonseca Marcatto Patricia Vila Nova Satyro Brandao Thais Vanessa Ximenes Mendes Vieira Thammy Tamie Nozaki Thiago Hiroshi Washimi


Zaha Hadid é uma das maiores arquitetas de todos os tempos. Esta é uma pequena homenagem dos alunos de sexto período do Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Senac. A revista foi desenvolvida no outono de 2016 durante o componente curricular Apresentação e Finalização sob orientação do Professor Nelson Urssi.

Ave Zaha! Tua energia reverbera em nossos projetos...

maio de 2016


Quatro em uma.

O edifício que abriga a Evelyn Grace Academy, em Brixton, no sul de Londres, é o primeiro de Zaha Hadid (1950-2016) na Inglaterra. A arquiteta nascida no Iraque é reconhecida internacionalmente, tem obras em várias partes do mundo, foi a primeira mulher a receber o Pritzker, prêmio de arquitetura comparado ao Nobel, mas jamais havia construído no país em que se formou arquiteta (pela prestigiosa Architctural Association) e onde se estabeleceu desde 1980.

O primeiro projeto de famosa arquiteta Zaha Hadid em Londres procura buscar a interação social de jovens da comunidade local de Brixton.


Espantosamente, a escola de segundo grau Evelyn Grace Academy, em Brixton, ĂŠ seu primeiro prĂŠdio permanente na Inglaterra


A Evelyn Grace Academy na verdade reúne quatro escolas, para alunos entre 11 e 18 anos. O projeto de Zaha Hadid dês de o inicio teve como objetivo promover a revitalização urbanística da região Brixton e a inserção social dos jovens da comunidade local, formada principalmente por imigrantes de ex-colônias da África e Caribe, local que hoje é tida como uma das áreas mais violentas da capital. Localizado em um terreno 1,4 hectare onde era usado como garagem para caminhões de lixo, foram gastos cerca 57 milhões de dólares para a construção do prédio de linhas sinuosas e ao mesmo tempo fortes leva a assinatura da arquiteta. Foram usados matérias como o concreto aparente e o vidro em desenhos geométricos que brincam com retas e curvas. A escola lembra um pouco o museuMAXXI, em Roma, pelo qual Hadid ganhou um importante prêmio na Inglaterra, o Stirling Prize. Com 11 mil m², foi projetado para acomodar as quatro escolas e um total de 1.200 alunos: 270 na faixa de 11 a 14 anos em cada uma das Middle Schools; e mais 330 com de 14 a 18 anos em cada Upper Schools.

A escola pertence a um programa que tem como objetivo criar novas escolas e oferecer a jovens a oportunidade de acabar com a disparidade na formação em relação às classes mais abastadas.


As “escolas dentro da escola” estão organizadas horizontalmente para evitar a circulação dos alunos entre os andares com isso a arquiteta opta por trabalhar com uma programação visual distinta, tanto interna quanto externamente, definindo uma identidade para cada uma das escolas. As duas Middle Schools ocupam o primeiro e o segundo pavimentos. As Upper Schools estão no terceiro piso. Instalações esportivas e outras, como laboratórios, ficam no térreo. Cada escola tem acesso independente, embora todas possam ser alcançadas pelo sistema de circulação central, passado pela recepção principal. Os demais espaços de uso coletivo são compartilhados por todos os alunos, o que promove a convivência nos momentos de lazer e de esportes. Já os ambientes internos possuem aberturas que maximizam a entrada de luz natural, como o auditório, refeitório, salas de dança, teatro e ginásio poliesportivo.


Zaha Hadid comemora que seu primeiro projeto na Inglaterra seja uma escola. “Escolas estão entre os primeiros exemplos de arquitetura que as pessoas vivenciam e têm um grande impacto em como as crianças crescem”, diz Hadid.

Zaha Hadid acredita que os primeiros exemplos de arquitetura está na escola onde estudamos e que consequentemente ajudam a formar nosso caráter.


O que é verdade, embora os professores ainda sejam mais importantes, o prédio da escola pode influenciar muito no desempenho acadêmico dos alunos, enquanto estão lá e mais tarde. Devido a isso Zaha nos mostra o bom o uso da arte e o talento a serviço da inserção social.


A casa da Ciencia O superinterativo Phæno Science Centre, no centro de Wolfsburg, parece uma nave espacial que acabou de aterrisar. Apoiada em seus 10 pés em forma de cone, a estrutura de concreto que chega a 154 metros parece pairar no ar. O Centro de Ciências, parece um objeto misterioso, uma caixa de surpresas, que gera curiosidade e vontade de explorà-lo.

P

rojetado pela arquiteta iraquiana Zaha Hadid, a imponente estrutura situa-se acima do nível da rua. O espaço de exposição, sublimemente iluminado, emergiu como o projeto vitorioso de uma competição internacional em 2000. A arquiteta, consolidada em Londres, criou uma casa para Phæno que rompe com muitas convenções, e que libera a área sob ela como uma espécie de paisagem artificial que cria uma cobertura com colinas suavemente onduladas e vales. Desde novembro de 2005, o projeto futurista de fazer “brilhar os olhos” vêm deixando os visitantes boquiabertos. O interior do phæno parece ser de outro mundo: um espaço de fluxo livre emoldurado por concreto moldado, sem quaisquer ângulos retos e entrelaçados em vários níveis. um local ideal para aventureiros e descobridores e mais um projeto fantástico da grande mestra Zaha Hadid


Este edificio não se importa com o status de superstar de seu arquiteto. Nem vai adotar superlativos inadequados que imprecisamente colocam o edifício na vanguarda do estado da arte do progresso arquitetônico: os que fazem alusão às infra-estruturas performativas, fatores de dobra, ou formas futuristas do urbanismo lunar. Ele irá se concentrar sobre a realidade física de uma das maiores peças do mundo de concreto aparente in-situ artesanal, e um dos projetos mais bem-sucedidos da arquiteta Zaha Hadid, o Phaeno Science Centre: um edifício que desafia a convenção formal, comprimindo histórico de construção através da fusão de técnicas antigas e modernas como cofragem artesanal conjugado com o que há de mais avançado em análise de computador. Fundido a partir de mais de 27.000 metros cúbicos de concreto, o fato de que este edifício é um triunfo tecnológico não está em discussão.

Em conclusão, no entanto, o mérito resi de agora na sua coerência global, tanto como um trabalho em seu próprio direito como uma síntese de materialidade, a tomada de espaço e manipulação formais e como um experimento no lugar de tomada; ou, como Hadid definia, mini-urbanismo. Apesar do interesse do City Architect’s em um prédio ilha, colocado no centro do site, a decisão estratégica da ZHA para empurrar o edifício contra a linha do trem ICE foi a chave para o seu sucesso na definição de um espaço público e sua transformação no principal recinto público da cidade. Com preocupações inerentes da proposta da Cardiff Bay Opera House de 1994, Phceno serve como uma crítica ao uso do plano de terra do Movimento Modernista, que na visão de Hadid não conseguiu dar um uso apropriado a terra libertada por pilotis.


Apesar do interesse do City Architect’s em um prédio ilha, colocado no centro do site, a decisão estratégica da ZHA para empurrar o edifício contra a linha do trem ICE foi a chave para o seu sucesso na definição de um espaço público e sua transformação no principal recinto público da cidade. Com preocupações inerentes da proposta da Cardiff Bay Opera House de 1994, Phceno serve como uma crítica ao uso do plano de terra do Movimento Modernista, que na visão de Hadid não conseguiu dar um uso apropriado a terra libertada por pilotis. Na realidade, no entanto, cada um tem qualidades distintas, e qual o espaço público abrigado do Phaeno perde em termos de luz natural e brilho (sem pátios superiores iluminado ou um baixo-ventre metálico reflexiva), ele ganha através de uma integridade do material que se estende a partir do solo para dar-lhe um sentido mais enraizada do lugar.


Sua segunda crítica do Modernismo incide sobre as limitações de produção em massa quando aplicado aos interesses cívicos, que não é somente pertinente à herança industrial de Wolfsburg, mas também para o interesse de Hadid na produção de edifícios cívicos que derivam essencialmente da singularidade; respostas pontuais aos locais e situações que se aplicam que em relação ao Phaeno inclui categorias de assuntos como superfícies contínuas, Espaços esculpidos, escavações e espaços líquidos. Como uma entidade única, estrutural e espacialmente sem emenda, contínuo, esculpido, escavado, e fluido, o edifício é composto por três terrenos principais; um parque de estacionamento 15,000 a seguir, um espaço de exposição 12,000 metros quadrados acima, e uma paisagem pública no meio. Com a exposição realizada 8m acima em 10 pilotis de forma cônica, Phaeno poderia ser visto como um equivalente ao Herzog e ao Fórum de Barcelona como ambos os edifícios compreendem um espaço público entre o solo artificial e uma forma triangular elevada.


Estes edifícios respondem aos programas totalmente distintos e locais, e ao contrário do Forum que fornece espaço flexível para uso misto e múltiplo, o Phaeno fornece uma casa sólida para uma nova instituição cívica; um cliente específico em um lugar específico, com uma missão muito específica - para fornecer uma “paisagem experimental”, em que a abertura de novas abordagens para o mundo das ciências naturais e tecnologia.

Este é um lugar onde centenas de milhares de pessoas podem gravitar para testar a lei natural, verdades físicas e invenções engenhosas, dentro de um edifício que serve como a primeira e definitiva experiência, expressando a eficiência dos materiais de sua estrutura (através da delicadeza de sua casaca ) e respondendo às complexidades da estrutura organizacional do centro da ciência, incentivando os participantes a se mover através do espaço como íons altamente carregados, a navegação de uma nova forma de paisagem interna.


O principal sucesso deste edifício reside na qualidade consistente de ambientes internos e externos; até mesmo o parque de estacionamento subterrâneo expressa a solidez da construção, direito de seu núcleo. Todos os três ambientes se estendem por paisagens dinâmicas que incentivam a livre circulação e o direito de vagar, controlando vistas e vistas ao longo do caminho, seja por baixo do edifício para conectar o norte industrial e o sul cultural, ou de dentro através de uma série de aberturas em forma especifica que assumem curvas excêntricas como elas cortassem a estrutura distorcida do edifício.

A maneira pela qual a forma de concreto se transforma dramaticamente para expressar a noção de continuidade é um sucesso sem precedentes; quando a concepção lógica desvia desta disciplina do edifício que por vezes perde a sua clareza conceitual, como é o caso com os painéis de betão pré-formada sobre a elevação do Sul, e em que um número dos cones internalizados perdem a sua superfície auto-acabada robusta em lugar de um acabamento de gesso tradicional. Na maioria dos casos, no entanto, o edifício mantém a sua integridade robusta, que é uma conquista significativa considerando a qualidade medíocre da maioria dos espaços de exposição em caixa preta.


Galeria fluída Roca London Gallery é um espaço de-

senhado pela arquiteta Zaha Hadid, no qual é possível desfrutar de uma experiência única. Roca é líder mundial em marca de banheiros. Design, inovação, sustentabilidade e bem-estar são marcos da identidade da empresa e da nova galeria. Nela são feitos eventos sociais e culturais, exibições, instalações, e lançamentos de produtos novos da Roca. O desenho fluído do edíficio relata a relação entre a Roca e a Zaha, e suas paixões por arte e inovação. A água em suas diversas formas e fases foi o conceito utilizado para fazer o projeto, criar espaços e expressar a adaptabilidade e a abertura para novidades e mudanças. É o movimento da água que conecta todos os espaços no interior da galeria, ele igualmente criou um espaço mutável; o que se vê num determinado local dentro da galeria não vai ser igual a nenhuma outra parte ali dentro. Zaha desenvolveu um espaço flexível, ao inves de um fixo e sem atrativos. Dentro dele há muito mais do que apenas um showroom

visitantes. A intenção é que eles se sintam num centro de inovação e design. A fachada da galeria é muito importante, pois é ela quem dá ao edifício todo seu caráter único e especial. Nela foi incorporada uma ótima mistura de formas e contornos, criando uma arquitetura inesperada. A galeria em si tem apenas um pavimento e ocupa uma área equivalente a 1100 m². O espaço interior da galeria principal é formado pela lógica contínua de gotas de água que parecem conectar diferentes áreas, nele há pedaços feitos de concreto escuro (cinza) contrastando com o branco da espinha central. O papel da água nesse projeto é, segundo palavras de Zaha Hadid, “de agir como um transformador em movimento, sem interrupção, através da fachada, esculpindo o interior e fluindo através da galeria principal como gotas d’água”. Sua forma foi esculpida para parecer-se como o efeito de erosão pela água, dando-lhe flexibilidade a sua funcionalidade. Imagem ao lado: Vista em diagonal do fachada,


Vista da fachada da galeria, mostrando todas suas curvas e fluĂ­dez, que estarĂĄ presente em todo o interior da


As duas imagens mostram vistas do interior da galeria, mostrando sua entrada e seus showroom, com suas formas flexĂ­veis inspiradas no movimento da ĂĄgua, respectivamente.



Esse espaço é uma experiência sensorial que põe os visitantes um pouco mais para dentro do mundo dos banheiros da Roca, mostrando-lhes desde seus produtos de design até mesmo a importância da água para a sociedade. Aqui o cliente pode conhecer mais sobre os últimos lançamentos e coleções da Roca, criados por designers nacionais e internacionais, como por exemplo David Chipperfield, Jacques Herzog & Pierre de Meuron, Ramón Benedito, Mariscal, Alvaro Siza, Rafael Moneo, Marcello Cuttino, Schmidt & Lackner, Belén, etc. Um dos mais chamativos elementos que compõe toda a galeria é o pavimento azulejado, composto exclusivamente por azulejos de

cerâmica manufaturados pela Roca, formando um mosaico único, de desenho individual e efeito visual impressionante. Informações gerais: Arquitetos: Zaha Hadid Architects Ano: 2011 Área construída: 1100 m² Endereço: Station Court Imperial Wharf Londres Reino Unido Tipo de projeto: Cultural Status: Construído Materialidade: Metal e Vidro Estrutura: Concreto


Interior da galeria, com espaço de leitura e de descobrimento de antigas coleções .

Localização: Station Court Imperial Wharf, Londres, Reino Unido Equipe: Equipe de projeto: Zaha Hadid (Desenho), Patrik Schumacher (Desenho), Woody Yao (Coordenador de Projeto), Maha Kutay (Coordenador de Projeto), Margarita Yordanova Valova (Arquiteto de Projeto); Desenvolvimento de projeto: Gerhild Orthacker, Hannes Schafelner, Jimena Araiza, Mireia, Sala Font, Erhan Patat, Yuxi Fu, Michal Treder, Torsten Broeder; Conceito do Projeto: Dylan Baker-Rice, Melissa Woolford, Matthew Donkersley, Maria Araya

Informação Complementar: Engenharia estrutural e de fachada: Buro Happold MEP e consultores de acústica: Max Fordham Consulting Engineers Projeto de iluminação: ISOMETRIX Lighting + Design Consultor AV: Sono Administrador financeiro: Betlinski Construção: Empty, S.L. Cliente: ROCA


Casa de Ópera Guangzhou A arte que surge de eroções de rochas


O projeto que evoluiu a partir dos conceitos de uma paisagem natural e da fascinante interação entre arquitetura e natureza; interagindo com os princípios da erosão, geologia e topografia.


A volumetria do conjunto é inspirada nos seixos do rio lindeiro ao terreno ocupado

Como pedras num fluxo d’água aplainado pela ero-

são, a Casa de Ópera Guangzhou situa-se em perfeita harmonia com sua localização ribeirinha, conformando o coração do desenvolvimento cultural de Guangzhou. Seu exclusivo desenho twin-boulder* aprimora a cidade, pela abertura para o Rio das Pérolas, unificando os edifícios culturais adjacentes com a as torres da economia internacional. Na época do concurso o júri destacou: “a forma irregular e escultural da edificação, assim como a composição simples de materiais – vidro e concreto, criam um forte contraste visual em relação à paisagem. Os dois elementos da composição, separados porém relacionados, dão um sentimento de força do espaço. O projeto se destaca também pela organização dos fluxos entre a área central da cidade e a edificação e mantém boa relação com o contexto urbano e o rio. O vazio entre os dois elementos da composição arquitetônica não apenas se configura como um espaço para a reunião do público como também valoriza o próprio conjunto edificado. A funcionalidade e a exequibilidade do projeto de Zaha Hadid é superior aos demais concorrentes” “Queríamos realizar uma analogia da paisagem, de forma que as características da natureza pudessem se expressar na arquitetura. Um exemplo são as suaves linhas do terreno inclinado que penetram nos volumes da Ópera como curvas assimétricas, definindo as lajes de transição entre os pavimentos”, revela a autora do projeto. As suaves linhas do terreno inclinado que penetram

nos volumes da Ópera como curvas assimétricas, definindo as lajes de transição entre os pavimentos”, revela a autora.


Suaves linhas do terreno inclinado penetram nos volumes como curvas assimétricas, definindo as lajes de transição entre os pavimentos.

As linhas de dobragem nesta paisagem definem territórios e zonas com a Casa de Ópera, cortando dramáticos “canyons” interiores e exteriores para a circulação, lobbies e cafés, e permitindo que a luz natural entre intensamente no edifício. Transições suaves entre elementos díspares e diferentes níveis continuam esta analogia à paisagem. Unidades personalizadas, moldadas em fibras de vidro reforçado com gesso, têm sido utilizadas para o interior do auditório, continuando a linguagem arquitetônica de fluidez e uniformidade. O projeto evoluiu a partir dos conceitos de uma paisagem natural e da fascinante interação entre arquitetura e natureza; interagindo com os princípios da erosão, geologia e topografia. O desenho da Casa de Ópera Guangzhou foi particularmente influenciado pelos vales fluviais – e a maneira em que eles são transformados pela erosão.

A Casa de Ópera Guangzhou tem sido o catalisador do desenvolvimento de equipamentos culturais na cidade incluindo museus, biblioteca e arquivo. O projeto da Casa de Ópera é a última realização da arquiteta Zaha Hadid, com uma exploração única das relações do contexto urbano, combinando as tradições culturais que moldaram a história de Guangzhou, com a ambição e otimismo de que isto criará o seu futuro.


O exterior dos dois prédios, por sua vez, é revestido com peças triangulares de granito moldadas de acordo com os vãos entre a estrutura. Placas triangulares de tessela ocupam a base dos edifícios, mas no maior deles foi usado granito cor de carvão com textura áspera, enquanto no menor, onde está o salão multiuso, foi aplicado um granito mais claro. “Esses acabamentos texturizados reforçam nosso conceito geral, que remete a pedras erodidas, no caso do granito, e à água de um córrego, no caso das tesselas - é a manutenção da nossa linguagem arquitetônica, baseada na exploração das formas da natureza, na analogia da paisagem”, conclui Zaha.

A prefeitura de Guangzhou pretende atrair turistas com a construção da Ópera.

A estrutura dos edifícios foi garantida por arquitetos de Londres, que definiram previamente todos os detalhes construtivos, como as 59 juntas de aço que compõem o esqueleto do prédio principal. “Esses modelos foram diretamente produzidos a partir dos arquivos 3D de computador que nós fornecemos, assegurando total precisão no produto final”, diz a arquiteta.

Peças triangulares de granito moldadas de acordo com os vãos entre a estrutura revestem o exterior

A Casa de Ópera Guangzhou tem sido o catalisador do desenvolvimento de equipamentos culturais na cidade incluindo museus, biblioteca e arquivo O projeto da Casa de Ópera é a última realização da arquiteta Zaha Hadid, com uma exploração única das relações do contexto urbano, combinando as tradições culturais que moldaram a história de Guangzhou, com a ambição e otimismo de que isto criará o seu futuro. “Como a Ópera seria alocada no centro de uma extensa zona em expansão, cujo plano diretor inclui espaços cívicos e torres comerciais, propusemos uma implantação que inclina suavemente a área livre em direção às duas edificações”, expli- Além de salas de ensaio para ópera e orquestra, o edifício principal conta com áreas para treinamento de grupos de dança. ca a arquiteta Zaha Hadid


O prédio menor tem quatro pavimentos superiores e um subterrâneo, e auditório com 440 assentos. O maior conta com sete pavimentos superiores e quatro inferiores; nele se localiza a sala de concertos principal, com plateia para 1,8 mil pessoas e palco de 300 metros quadrados. e possui a

última tecnologia acústica. A acústica, porém, foi resolvida com o apoio de consultores locais, porque os requisitos de áudio em um espetáculo diferem entre o Ocidente, onde se explora a acústica natural da sala, e a China, onde o foco na dramaticidade permite a utilização de equipamentos de som. Assim, dentro dos auditórios, a solução são painéis de gesso reforçado com fibra de vidro (GRG), que possibilitam a criação de uma superfície única com múltiplas dobras, e a aplicação de placas acústicas pontilhadas por elementos vazados, neste caso com medidas calculadas uma a uma. “Nossa equipe procurou balancear os três parâmetros da acústica: a reverberação, a clareza e a pressão sonora, o volume. Na frente do auditório principal, porém, onde era necessário que a pressão sonora fosse atenuada, descobrimos somente in loco que, quanto mais profundos e próximos os furos, mais efetivos eles seriam em atenuar o volume”, explica Zaha.

No auditório principal, todas as placas são douradas, com acabamento acetinado, padrão que se repete no forro dos assentos, cuja estrutura é feita de cobre, mesmo material usado nas luminárias suspensas. A combinação resulta em um espaço confortável aos olhos, iluminado por minúsculos leds brancos.


O rompimento da paisagem urbana de Baku Um passo em direção a modernização e a independência Texto por Fernanda Ito Rubino

© Iwan Baan


Em meio a paisagem típica de Baku, capital do Azerbaijão, emerge de uma praça uma grande escultura orgânica. A obra de Zaha Hadid é um realce da independência de Azerbaijão, um passo a modernização de uma cidade tipicamente herdada da extinta União Soviética, suas formas curvas quebram com a rigidez da arquitetura ali presente.


© Iwan Baan


Vista do edifício em meio ao skyline da cidade de Baku.

A relação contínua e fluida entre o Centro Heydar Aliyev e a praça que o envolve permite que os visitantes sejam acolhidos, abraçados e direcionados através de seu espaço que é dedicado à celebração da cultura, sendo assim acessível a todos. O centro abriga um audi-

tório, uma grande galeria e um museu, complementando a vida cultural e intelectual da cidade.

As formas curvas da obra de Zaha Hadid quebram com a arquitetura rígida da cidade.

© Hufton+Crow

Integração do edifício com a praça e da praça com a cidade.


© Hufton+Crow

© Hélène Binet


Suas curvas contínuas e homogêneas se transformam em movimento mantendo a fluidez no edifício. Esta fluidez é também evidenciada através da iluminação, de dia o edifício reflete luz, sua leitura é feita de maneiras diferentes dependendo da perspectiva de visão do observador, despertando

O espaço interno é marcado pela fluidez devido suas formas.

© Hélène Binet

Formas contínuas e homogêneas dão movimento a arquitetura.

Os vidros do Centro Cultual refletem a cidade de Baku.

© Hufton+Crow

a curiosidade por permitir vislumbres do ambiente interno através de seus vidros semi-reflexivos.

As linhas curvas do auditório mantém a fluidez encontrada em toda a arquitetira.



Linhas que definem O desenho do Contemporary Art Museum cria novas linhas de fronteira para os Estados Unidos e Israel.


Primeiros desenhos da Zaha para o projeto do museu.


Fotos dos estudos tridimensionais para o projeto.

D

esde os primeiros traços com linhas marcantes, Zaha Hadid já materializa com seus desenhos as primeiras linhas do que consiste o conceito estético do seu projeto. Na página ao lado vemos quatro imagens do seus esboços que são o ponto de partida conceitual de seu projeto para o Museu de Arte Contemporânea, localizado em Cincinnati, Ohio. Passando para os estudo mais avançados que são os modelos tridimensionais, que vemos em imagens nesta página. Desde os esboços no papel até os estudos de volume da edificação feitos em 3D, observa-se sua obessão pela forma, que passam por diversas etapas de estudos com diferentes tipos de ferramentas, desde o desenho manual até softwares mais avançados para projeto. A forma final de sua obra pode ser indentificada desde o princípio de seus traços. O conceito não se perde. Um projeto enfrenta diversas dificuldades conforme as etapas de sua realização, desde as exigências técnicas para a viabilização de sua execução até as leis e normas de construção vigentes em cada cidade. Tais aspecetos são determinantes na hora de se conceber um projeto. Estes são os desafios que todos arquitetos enfrentam, porém alguns solucionam com maestria, assim como a arquiteta Zaha Hadid, que permeia entre os mais variados tipos de forma em seus projetos e sempre mantém seu conceito estético na obra construída. Sua habilidade artística, a maneira que manuseia a forma, sua bagagem dos números que carrega devidos a história da sua formação acadêmica, faz com que ela harmonize todos os aspectos presentes em seus projetos, atingindo a mais perfeita exploração da forma com os desafios técnicos presentes.


Fotos do interior do museu ainda sem a expografia das obras e ambientação.

O

o piso do salão de entrada, que Hadid concebeu como um “tapete urbano” que se estende da rua para dentro do prédio, foi comprometida por uma renovação inadequada e instalações de arte incompatíveis, que desconfiguram o design original. Esta contravenção curatorial foi cometido pela própria equipe encarregada da administração do museu. Este é um problema similar ao que passou o Museu de Arte de São Paulo - MASP, onde os curadores trabalhavam com um expografia diferente da proposta pela arquiteta do museu e que seguia sua linguagem com o edifício. A instalação e reprogramação do lobby diminui a frequência de pessoas durante o dia, mas a visita de pedestres tem um preço: A falha estética compromete a entrada de um visitante para o edifício e a arte dentro dele. Um espaço com uma aura extraordinária torna-se comum. Acima vemos as imagens do interior do edifício seguindo suas características originais, sem instalações nem mobiliários. Estas caracteristicas deveriam ser mantidas, seguindo os princíios de partido do projeto, porém devido a falta de leitura conceitual isto se perde, mas nada que não possa ser reversível. “Nós não queremos criar apenas mais um armazém grande para a arte. nós queríamos criar um edifício, um pedaço de arquitetura, que iria falar com os mais altos níveis de projeto arquitetônico e teria poder duradouro.” James Fitzgerald, presidente da Conselho de Curadores.

Um pouco sobre Zaha... No final da década de 80 surgia um movimento pós-moderno caracterizado pelo desenvolvimento de uma arquitetura não linear, funcional e extremamente inteligente. Uma linha de raciocínio focada na fragmentação de elementos e estruturas, distorcendo por completo a maior parte dos princípios dessa ciência. Um caos controlado, imprevisível, estimulante e inspirador. Neste ousado cenário está o trabalho de Zaha Hadid. A arquitetura feminina não poderia estar melhor representada. Zaha Hadid nasceu em Bagdá, estudou matemática na AUB, em Beirute, e depois foi direto para a Architectural Association de Londres (onde mais tarde se tornaria professora). Vencedora de diversos concursos internacionais, alguns de seus notórios projetos nunca chegaram a ser construídos, como o The Peak Club (Hong Kong, 1983) e a Cardiff Bay Opera House (Wales, 1994). É a única mulher que recebeu o prêmio máximo da arquitetura – o Pritzker, em 2004 pelo conjunto de sua obra , o que a coloca ao lado de mestres como Frank Gehry, Renzo Piano e Oscar Niemeyer. Anteriormente ela também havia sido premiada pela Ordem do Império Britânico pelos serviços prestados à arquitetura. Realmente, só poderia ser pelo conjunto da obra, porque seus projetos invadem todos os espaços, de ruas, a tetos, pés, automóveis. Muitos dos seus projetos arquitetônicos foram premiados, mas não saíram do papel. Porém, os que foram construídos são reconhecidos como marco, referência da arquitetura denominada “descontrutivista”.


Imagem do Louis & Richard Rosenthal Center for Contemporary Art Museum.



Caminhos Tridimensionais

O ponto de partida para o projeto de Zaha Hadid é gerado através do desenvolvimento de um pano de paisagem em que as pontas soltas do tecido urbano se intercalam com as diferentes direções e movimentos através e ao longo do terreno. Um padrão de movimentos lineares direcionados pelas estruturas circundantes é tecido de forma que a base para um tapete paisagem, a introdução de zonas e superfícies diferentes para a trama e sendo a base para dobrar o volume do Eli e Edythe Broad Art Museum.


“O projeto do Broad convida ao diálogo com a universidade, a comunidade de East Lansing e além.” Zaha Hadid

“Investigações detalhadas e pesquisas sobre a paisagem, topografia e circulação do terreno, permitiu-nos verificar e compreender estas linhas críticas de conexão. Ao utilizar essas linhas para informar o design, o museu é realmente incorporado dentro do seu contexto original de Michigan State University, mantendo a relação mais forte com os seus arredores.” Zaha Hadid Architects


A escolha dos materiais reflete o volume do edifício de forma nítida e cria um fundo harmonioso e claro em paredes de gesso, pisos de concreto e madeira. A neutralidade das paredes brancas permitem que as obras de arte falem por si. As indicações de luz, alterando ligeiramente, indicam mudanças sutis na atmosfera quando se desloca de um ambiente para outro, compondo toda a atmosfera artística própria do museu de arte. Os visitantes entram em um saguão de entrada de três andares inundado com luz diurna natural agradável proveniente de uma claraboia acima da escada, que conecta todos os níveis do museu. Aqui os arquitetos dedicaram atenção especial ao projeto da claraboia, não somente à sua aparência e como difunde a luz, mas também ao alto desempenho de isolamento do envidraçado.


A pele do Eli e Edythe Broad Art Museum, uma estrutura de aço inoxidável com uma perfuração gradual e de vidro, cada sistema de fachada pega numa direção diferente da composição, dando a cada face um carácter opaco ou transparente. A escultura alongada do edifício Eli e Edythe Broad Art Museum inclina-se contra o ocidente em um gesto dramático, conferindo-lhe uma aparência sempre em mudança, ao mesmo tempo que é usado para filtrar e direcionar a luz do dia, dependendo do propósito e orientação de cada galeria.


O Museu de Arte Eli & Edythe Broad, foi construído em 2007, para hospedar a coleção de arte da Universidade Estadual de Michiga, EUA e complementar as várias construções existentes para pesquisa e ensino. Tornou-se possível graças doação do bilionário norte-americano Eli Broad.

“O design e as qualidades enigmáticas do ferro e vidro das dobraduras esculturais do Museu de Arte Eli & Edythe Broad seguem uma lógica coerente, oferecendo a quem o observa a sensação de infinitas possibilidades.” Zaha Hadid


Vitra Fire Station ZAHA HADID







“Zaha Hadid com seu toque diferenciado, conseguiu criar um novo espaço urbano que enriquece a diversidade da vida universitária, e expressa o dinamismo de uma instituição voltada para o futuro”

Zaha Hadid em Jockey Club Innovation Tower, vista de de duas perspectivas que mostram a grandeza e diversidade que o edifício traz a universidade

Diversidade e Interação na Arquitetura


O

s 15000 m², distribuídos em 15 pavimentos, acomodam mais de 1.800 alunos e funcionários, com instalações para o ensino de design e inovação que incluem: estúdios de design, laboratórios, oficinas, áreas de exposições, salas de aula multi-funcionais, auditório e áreas públicas. O campus da Universidade Politécnica de Hong Kong desenvolveu seu tecido urbano ao longo dos últimos 50 anos, as faculdades da universidade são implantadas de uma forma visualmente coerente, apesar da diferença entre os edifícios.

Quando se observa de longe o edifício percebe-se o seu maior diferencial quando comparado com os arredores, isto é, olhando o entorno vemos edifícios antigos e novos em geral com traços ortogonais, fachadas regulares que não extrapolam a percepção de quem observa. Ja o novo edifício projetado por Zaha, tem traços orgânicos e que permeiam a visão de quem observa de forma que pareça algo diferenciado perante a tudo ja visto na universidade. Daí vem a monumentalidade criada com o mesmo, muitos críticos de arquitetura chegaram a compará-lo com um “grande navio no meio da cidade”.


Vista aérea do edifício, que mostra sua localização perante os outros edifícios da universidade

JCIT está conectado ao coração do campus, incentivando várias faculdades e escolas da universidade a desenvolver iniciativas multidisciplinares e engajamento com a comunidade, governo, indústria, ONGs e academias. O projeto da torre promove um ambiente multidisciplinar, ligando a variedade de programas no âmbito da Escola de Design, estabelecendo uma cultura de pesquisa coletiva onde muitas contribuições e inovações podem se alimentar mutuamente. Desta forma, o novo edifício proposto constrói-se com um novo intúito, o da interação, que mesmo tendo uma estética diferenciada dos outros edifícios da universidade, promove a atmosfera acadêmica necessária para se desenvolverem trabalhos e projetos da melhor forma possível, com um desenho renovador que não permite a existência de ambientes monótonos e repetitivos.

Visto de cima percebe-se a conexão com o campus da universidade e sua interação com os outros edifícios. Observando mais profundamente e relacionando-o com a cidade, fica mais fácil entender seu caráter monumental. Como se fosse um “elefante branco” no meio da selva de pedra, o edifício é implantado para não menosprezar os menores que tem ao seu redor, mas sim para interagir e valorizar o campus como um todo, que como dito anteriormente, apesar de serem edifícios muito diferentes, são implantados de uma forma visualmente coerente, trazendo assim novas leituras, interpretações e sensações para aqueles que frequentam o Campus.


As formas orgânicas vistas no exterior do edifício que trazem um caráter monumental e o torna único dentre tudo que se ve nos arredores, também são vistas em seu interior. O desenho de escadas, paredes e sancas segue a mesma linha do desenho visto nas fachadas do edifício, trazendo assim coerência e magia para o projeto. Sendo assim, aqueles que conhecem o edifício pelo seu desenho diferenciado, quando acessam seu interior não tem a sensação de que apenas a casca seja tão bela e chamativa. Para aqueles que desgustam de uma boa arquitetura, o projeto de Zaha hadid obteve êxito em todos os aspectos, e conseguiu atingir o objetivo dos contratantes de remeter a um edifício futurista, e criar um novo marco dentro do campus da universidade. Neste projeto nada foi por acaso, cada curva foi bem planejada para não contrapor interior e exterior. Do ponto de vista de quem passa de carro e observa, com certeza podemos dizer que ele é o edifício mais chamativo da universidade, e que ele zela pela linearidade de raciocínio do projeto, onde o jogo de cores claras (particularmente o branco predominante), as luzes artificiais e naturais que proporcionam um local iluminado em qualquer momento do dia e as formas interiores e exteriores que criam continuidade, contrinuem para a sensação de bem estar no local.

“As formas orgânicas vistas no exterior do edifício que trazem um caráter monumental e o torna único dentre tudo que se ve nos arredores, também são vistas em seu interior.” Interior do edifício, onde as formas orgânicas vistas de fora continuam na parte de dentro trazendo coerência ao projeto e conectividade entre interior e exterior.


Alunos trabalhando em maquetes em um ambiente iluminado pela luz natural

Estudantes, funcionários e visitantes percorrem 15 níveis de estúdios, oficinas, laboratórios, exposições e áreas de eventos dentro da escola. Vidros e vazios interiores fornecem transparência e conectividade, enquanto as rotas de circulação e espaços comunitários são organizadas para incentivar a interação entre os vários grupos de aprendizagem e disciplinas de design. O edifício mantém atividades acadêmicas intensas, e dispõe da infraestrutura necessária para uma faculdade voltada a desenho e design.

Alunos utilizam sala também iluminada por luz natural, que evidencia conectividade e transparência no edifício


As plantas e cortes do edifĂ­cio mostram um programa bem dividido entre os pavimentos e apropriado para uma universidade voltada para o design, e desta forma o projeto mostra-se magnĂ­fico nĂŁo apenas visto de fora, mas dentro do edifĂ­cio tambĂŠm.


O início da Contemporaneidade em Roma Maxxi- Museu de Artes do século XXI


Foto de cima do museu, onde é capaz de ver a volumetria composta por dois volumes que se cruzam.

Do

ponto de vista arquitetônico, Roma já pode se considerar uma cidade contemporânea. Assim como Bilbao, na Espanha, com seu Guggenheim (projeto de Frank Gehry), Londres com a Tate Modern (de Herzog de Meuron), Paris e seu Centro Georges Pompidou (Renzo Piano e Richard Rogers), a milenar capital italiana também conta com uma obra polêmica, midiática e cara – custou 150 milhões de euros.O MAXXI – Museu Nacional das Artes do Século 21 foi, na realidade, planejado no século 20. Em 1999 o Ministério da Cultura da Itália lançou um instigante desafio arquitetônico: um museu de arte contemporânea para ser construído entre as relíquias arquitetônicas da capital. E nessse desafio, Zaha Hadid foi a vencedora.

Esboço desenhado por Zaha Hadid para estudar a volumetria do museu.


Escadas que se interligam, trazendo a sensação que os espaços são contínuos.

Segundo a crítica internacional, a escolha de uma obra tão cara e de difícil execução certamente se baseou no desejo de rejuvenescer a cidade. Não que Roma seja totalmente destituída de edifícios contemporâneos. Existem lá obras de Renzo Piano, Richard Meyer e outros. Mas nenhuma de tamanho impacto. O novo museu ocupa um terreno onde ficavam alojamentos militares, a cerca de 20 minutos do centro histórico. De acordo com a arquiteta, a ideia foi manter o contexto urbano dos alojamentos, compondo um edifício baixo que contrasta com os edifícios residenciais mais altos do entorno, construídos no início do século 20. O projeto sinuoso de Hadid e sua equipe proporcionou permeabilidades ao edifício, que tem vários acessos e transparências. Até uma passagem fechada por cerca de 100 anos pôde ser reaberta graças às linhas sinuosas da construção, que se adaptam ao lote. Assim, com seu formato em L, o prédio cumpre outra função planejada pelos arquitetos: se torna um articulador urbano.


Praรงa na parte interna do terreno do museu, onde hรก bancos e uma รกrea de estar.


Internamente a obra se mostra mais complexa. Planejado para abrigar um centro de artes e um de arquitetura, o museu é formado por dois edifícios que se cruzam. As galerias fluem, não há espaços compartimentados. A circulação é contínua e não existem pontos-chave, mas uma “distribuição de densidades”, como descreve Hadid.

O museu “não é um contentor-objeto, mas sim um campus para a arte”, onde os fluxos e os caminhos se sobrepõem e se conectam de forma a criar um espaço dinâmico e interativo. Embora o programa seja claro e organizado em plano, flexibilidade de uso é o principal objetivo do projeto. Continuidade de espaços faz com que seja um local adequado para qualquer tipo de exposição móvel e temporária, sem divisões de parede redundantes ou interrupções.


Área de exposição, o branco e o preto sempre presente pelo museu.

A arquiteta aponta a necessidade de a arquitetura desafiar a “neutralidade” dos museus e de dar continuidade a “sua relação crítica com a sociedade e a estética”. Com

isso ela impõe um grande desafio aos curadores, que terão de trabalhar com a flexibilidade de divisórias suspensas do forro propostas por Hadid, e a ausência de paredes con-

vencionais onde perdurar suas telas. A arquiteta argumenta que seu projeto permite alterar dimensões e geometria dos espaços de acordo com a necessidade dos curadores.


De tirar o fôlego! Um local de peregrinação para os amantes de desportos de Inverno, a Bergisel viu dois Jogos Olímpicos de Inverno e é o local de inúmeras competições internacionais, atraindo espectadores de todo o mundo. Sua nova instalação salto de esqui, projetado pelo famoso arquiteto Zaha Hadid em 2001, é um triunfo de estilo e estrutura. A forma sinuosa e dinâmica da torre principal acomoda um restaurante, terraço de visualização e a rampa de salto de esqui de partida e oferece uma vista deslumbrante de Innsbruck.


B

ergisel tem sido um centro para esportes de inverno desde 1927 e foi sucessivamente utilizado durante os Jogos Olímpicos de Inverno em 1960 e 1970. Desde então houve um maior clamor por segurança, porém, tornou-se cada vez mais difícil de se encontrar um ligar adequado, e depois de um grave acidente no decurso de um pânico em massa em 1998, levaram ao seu encerramento e uma reforma total. O ski-jump é parte do espetáculo desporto e comunicação social; semelhante ao naipe dos atletas, o equipamento de esqui e do capacete, que é uma peça de equipamento que suporta os melhores resultados. Sob pressão do público, uma competição internacional foi criada que era apropriada para a importância do projeto como um marco para toda a região. Tal como acontece com todas as suas obras, ski-jump de Zaha Hadid é elegante acima de tudo. A estrutura consiste em uma ponte e um 60 m (197 ft) torre; um balanço dinâmico é encimado por uma “cabeça” dominando com vista para a cidade de Innsbruck. Além da área dos atletas, a torre acomoda um terraço e um café para 150 pessoas. Este projeto intrigante é um excelente exemplo da colaboração entre arquitetura e engenharia estrutural.

LOCALIZAÇÃO Bergiselweg 3 6020 Innsbruck Austria 11.3999186,47.2493549 WEBSITE www.bergisel.info AREA 355 m² (3,820 sq ft) CUSTO DA OBRA EM DÓLARES AMERICANOS $4,060,000


Conceito O arquiteto define seu projeto como “uma mistura orgânica híbrido de ponte e torre. “ Como uma cobra , a rampa se desenrola como uma fita de 90 metros de descida . A cabeça da cobra serviços de hospedagem para os turistas. Assim , acompanhar rampa esquiadores combinados que necessitam de conforto para os visitantes que pode subir até o topo do edifício para encontrar um café e um gazebo. A combinação resultou em uma maneira natural, com partes do edifício fundidos e articulados na unidade orgânica. O vigia cafeterñia oferece um vidro panorâmico com vista de 360 graus da paisagem. ​​ Espaços Tem dois elevadores: um para os visitantes e um para os esquiadores. A instalação tem uma capacidade de 28.000 espectadores. No nível 1 é a área começando com plataformas de salto. No nível 2 , o restaurante panorâmico “ Café im Turm “ , elevada a 40 metros acima da altitude da montanha. Na terceira , o acesso ao terraço panorâmico. Em níveis mais baixos -1 e -2 são salas técnicas , armazéns , escritórios de funcionários e uma área de preparação para jumpers. Estrutura Ele é dividido em uma torre vertical de concreto armado e estrutura metálica que integra a rampa dimensional com o restaurante. Torre A estrutura de betão armado é monolítico e o material foi vazada in situ, utilizando uma estrutura de escalada , este material foi utilizado sem qualificação de engenharia , para realizar a composição volumétrica desejada. Com um reforço de aço distribuído no interior do betão, agregado resultante matriz permite que esta qualidade de betão suportar as condições climáticas ambientais adversas. Usada como se fosse uma pedra artificial , o material é ajustada ao longo do tempo à geada. Como a água não afecta a superfície da construção tornou-se uma preocupação crítica . A água é canalizada pelos tímpanos e os sistemas foram adicionados ao “ trickle down” para evitar infiltração sob as Artesão . A Rampa A rampa de lançamento tem um comprimento de 98 metros e uma inclinação de 35 graus. A neve varredura rampa, é exposto a cargas mais leves , o peso do concorrente , e sua forma se assemelha a uma faixa pendurada catenária suspensa entre componentes estruturais sólidas , a fim de formar uma banda muito fina apenas contrasta com o céu. Quase caminho em linha reta que segue exatamente o jumper não é curva estrutural ideal para que foi adicionado à viga principal triangulares catenária forma alguma pequena , para manipular a forma e adicionar força tanto na vertical e horizontal, na tampa de metal.




Uma moderna pista para salto de esqui A cerca de 750 metros do nível do mar, bem em cima da montanha Bergisel, na Áustria, Zaha Hadid ergueu a Bergisel Ski Jump. Inaugurada em 2002, essa pista para competições de salto em esqui substituiu a antiga estrutura, que já não atendia aos padrões internacionais, na cidade de Innsbruck. O projeto começou a virar realidade em 1999, quando a Zaha Hadid Architects ganhou o concurso internacional de projetos para a nova pista. Sua estrutura é a combinação de uma torre e uma ponte, com 90 metros de largura e quase 50 metros de altura. Além de palco de competições, a construção ainda tem um café e um terraço panorâmico, de onde é possível apreciar a vista da cidade e perder o fôlego com os saltos dos esquiadores.

Apesar da Plataforma Bergisel ser uma instalação para os esportes na neve, os turistas sobem até o Restaurante que fica a 50 metros de altura para aproveitar a visão panorâmica de 360º . Um elevador ou teleférico podem ser usados para subir até o topo .



Em Londres os esportes aquáticos encontram os palácios de Namor

Assinado por Zaha Hadid, verdadeiro ícone da arquitetura contemporânea e responsável por alguns dos mais arrojados projetos da atualidade, o London Aquatic Center (LAC) foi especialmente idealizado para abrigar os Jogos Olímpicos de 2012 e tem capacidade para acomodar 17,5 mil espectadores. O centro Aquático custou o dobro do inicialmente estimado. Mas, agora, os preços cobrados para quem for nadar ali são os mesmos de outras piscinas públicas da cidade. O acesso do público foi possível graças a subsídios. Parte dos recursos para manter as piscinas abertas vem do aluguel de outras partes do parque olímpico para torneios esportivos.


Formas fluidas remetendo o movimento da água e paredes envidraçadas com isolamento acústico.

“A piscina de treinamento está localizada sob a ponte e as piscinas de competição e mergulho estão posicionadas dentro de um grande hall fechado por uma cobertura.” Cobertura ondulada eleva-se a partir do solo como uma onda, descrevendo o volume da piscina de natação e de mergulho.

Inspirado pelas geometrias fluídas da água em movimento, criando espaços e um ambiente ao redor que refletem as paisagens da orla do Parque Olímpico. Uma cobertura ondulada eleva-se a partir do solo como uma onda – enclausurando as piscinas do Centro com um gesto unificador de fluidez, enquanto também descrevendo o volume das piscinas de natação e de mergulho. O Centro Aquático irá direcionar os espaços públicos principais implícitos dentro do Parque Olímpico e as estratégias de planejamento urbano de Startford: a conexão leste-oeste da Stratford City Bridge, criando um eixo ortogonal. Todas as três piscinas são alinhadas a este eixo. A piscina de treinamento está localizada sob a ponte e as piscinas de competição e mergulho estão posicionadas dentro de um grande hall fechado por uma cobertura.


Uma membrana capaz de acompanhar o movimento da cobertura.” Os vidros também estão presentes em um vestíbulo ou passagem entre o hall de entrada e o interior do edifício, localizado no centro da fachada inclinada.

Presentes tanto nas fachadas quanto nas paredes internas do complexo, os vidros foram fornecidos pela austríaca Seele, especializada na concepção de estruturas customizadas que conjuguem claridade, precisão e iluminação natural. O material foi aplicado em conjunto com alumínio e aço. “As fachadas externas receberão unidades insuladas para isolamento acústico, com vidros instalados sobre uma estrutura de aço e cobertos por placas de alumínio pressurizado”, descrevem os arquitetos da Seele. Segundo eles, a deflexão da ampla e extensa cobertura de aço é tão grande que impossibilitou uma conexão estrutural entre a fachada e a cobertura. “Por isso

a opção foi por uma estrutura com vigas em balanço (conhecidas como cantilevers), ancoradas em apenas uma extremidade”, explica o engenheiro Elmar Hartje, da Seele. “A tensão da fachada, por sua vez, é feita por uma membrana capaz de acompanhar o movimento da cobertura.” Os vidros também estão presentes em um vestíbulo ou passagem entre o hall de entrada e o interior do edifício, localizado no centro da fachada inclinada. Com altura de 3 m, suas portas deslizam suavemente, embora cheguem a pesar mais de 150 kg. Uma outra fachada envidraçada interna separa o foyer da área onde estão as piscinas. “Inclinada a um ângulo de 28 graus, foi projetada de modo a delinear um grande arco”, informa Hartje. Os largos espaçamentos entre os ambientes e as grandes áreas envidraçadas ajudam a garantir uma vista desimpedida das piscinas assim que os espectadores adentram o foyer. Os desafios relacionados ao vidro foram muitos. “A aplicação exigiu cuidados especiais, especialmente nos saguões integralmente envidraçados, compostos por grandes panos de vidro, que tiveram de ser instalados sob um grau mínimo de variação, em estruturas que também incorporam as portas de correr, projetadas sob medida”.

Inclinada a um ângulo de 28 graus, foi projetada de modo a delinear um grande arco.


O hall das piscinas é expresso acima do pódio por uma grande cobertura que se curva ao longo do mesmo eixo das piscinas. Sua forma é gerada pela linha de visão dos 17.500 espectadores em seu modo olímpico. A geometria de dupla curvatura foi usada para criar uma estrutura em arco parabólico que proporciona a característica singular da cobertura. Esta ondula para diferenciar os volumes de competição dos volumes da piscina de mergulho.Projetando-se além do envelope do hall das piscinas, a cobertura se estende para as áreas externas e para a entrada principal na ponte que será o acesso primário para o centro após os Jogos. Estruturalmente, a cobertura é fixada ao solo nas três primeiras posições com a abertura entre a cobertura e o pódio utilizada para assentos adicionais para o público durante os Jogos Olímpicos, e então fechada com vidro na fachada para uso após o evento.

Estruturalmente, a cobertura é fixada ao solo nas três primeiras posições com a abertura entre a cobertura e o pódio utilizada para assentos adicionais para o público.


As instalações serão palco de modalidades como natação, nado sincronizado, saltos ornamentais e polo aquático. Iniciada em 2008, a construção teve cerca de 3,6 mil pessoas envolvidas. Ficha técnica: Arquitetos: Zaha Hadid Architects Ano: 2011 Tipo de projeto: Esportivo Status:Construído Materialidade: Concreto e Vidro Estrutura: Concreto e Aço Localização: Londres, Reino Unido Implantação no terreno: Isolado

O hall das piscinas é expresso acima do pódio por uma grande cobertura que se curva ao longo do mesmo eixo das piscinas.

Equipe: Arquitetos: Zaha Hadid Architects Equipe de projeto: Alex Bilton, Alex Marcoulides, Barbara Bochnak, Carlos Garijo, Clay Shorthall, Ertu Erbay, George King, Giorgia Cannici, Hannes Schafelner, Hee Seung Lee, Kasia Townend, Nannette Jackowski, Nicolas Gdalewitch, Seth Handley, Thomas Soo, Tom Locke, Torsten Broeder, Tristan Job, Yamac Korfali, Yeena Yoon.


A ideia de fluidez que alude ao rio e à essência do movimento inerente aos meios de transporte encerra-se não apenas na impressão dinâmica da enorme cobertura, mas também no interior livre: justaposição que constitui o êxito fundamental da engenharia desse edifício

Transportando tempo



O

Museu de Transporte Riverside, de Zaha Hadid Architects,

emerge da ideia de ruptura com a ideia do icônico - ideia que, aliás, começa a ser criticada e revisada no contexto europeu. Esta afirmação, a princípio, pode parecer um paradoxo, afinal esse edifício já foi chamaas expectativas são de que o edifício se converta em um referente emblemático dessa cidade escocesa, e que também atue como um elemento de força para dotar a identidade urbana de um renovado vigor com vistas para o futuro.

“É a mistura perfeita entra o antigo – com seus ítens expostos – e o novo, representado pela tecnologia e pelo estilo industrial de suas formas. “

A importâcia da bagagem da revolução industrial de Glasgow e de Bilbao, assim como a relação dos dois edifícios com a presença de um rio, são outros fatores que incitaram as comparações. No caso do Museo Riverside, estamos diante de um edifício que se levanta sobre um terreno abandonado em uma zona de Glasgow que se encontrava deteriorada, na confluência dos rios Clyde e Kelvin, exposto por um lado a uma paisagem de águas pluviais sombrias e, do outro lado, a uma estrada. A estratégia para regenerar essa zona foi implantar um novo edifício, que abrigaria um dos principais atrativos turísticos da Escócia: o Museu de Transporte de Glasgow, que até então podia ser visitado no Kelvin Hall (um edifício de 1927), com uma coleção de mais de 21 mil peças relacionadas com a história do transporte e que atrai mais de 400 mil visitas anuais. A estratégia contava, simultaneamente, com o valor de um edifício assinado por um arquiteto de prestígio internacional, e que permitiria incrementar a já remarcável popularidade do museu.


O desenho é uma extrusão seccional, aberta nos dois extremos por um percurso linear desviado, no qual o elemento protagonista é, sem dúvida, a cobertura de pregas: um elemento que dá à estrutura uma impressão de movimento e a converte em uma espécie de "forma suave, fundida", que metaforicamente alude a uma imagem aquática que vincula o edifício ao ponto de confluência dos dois rios - "como se se transformasse em um terceiro rio". Mas mesmo assim, como um recipiente, não perde de vista a imagem de depósito de locomotivas ou de estaleiro. A ideia da fluidez fundamenta a articulação conceitual desta proposta, que pode ser interpretada em diversos níveis como um elemento de integração e costura, tanto para a superfície do território urbano presente, quanto, de forma secundária e mais simbolicamente, entre a relação do passado, presente e futuro da cidade.

“Do lado de fora, uma construção que impressiona e do lado de dentro, uma arquitetura que fascina”

O desenho é uma extrusão seccional, aberta nos dois extremos por um percurso linear desviado, no qual o elemento protagonista é, sem dúvida, a cobertura de pregas: um elemento que dá à estrutura uma impressão de movimento e a converte em uma espécie de "forma suave, fundida", que metaforicamente alude a uma imagem aquática que vincula o edifício ao ponto de confluência dos dois rios - "como se se transformasse em um terceiro rio". Mas mesmo assim, como um recipiente, não perde de vista a imagem de depósito de locomotivas ou de estaleiro.


“A ideia da fluidez fundamenta a articulação conceitual desta proposta, que pode ser interpretada em diversos níveis como um elemento de integração e costura, tanto para a superfície do território urbano presente, quanto, de forma secundária e mais simbolicamente, entre a relação do passado, presente e futuro da cidade.”

A imagem do edifício como terceiro rio evidencia a intenção de que a estrutura cria, de forma fluida, um leito de transição e união entre a margem do rio e o tecido urbano, atuando como um túnel mediador dos dois. Essa ideia de fluidez, que alude ao rio e também à essência do movimento inerente aos meios de transporte, encerra-se não apenas na impressão dinâmica da enorme cobertura que define o exterior, mas também no interior livre de qualquer elemento que obstrua a vista, uma justaposição que constitui o êxito fundamental da engenharia desse edifício. Conseguiu-se um sistema de apoio estrutural contido nos muros do edifício, e os esbeltos elementos estruturais são instalados nas fachadas de vidro - suficientemente fortes para sustentar as 2,5 mil toneladas do peso da cobertura, e evitar colunas no interior com a solução de trabalho com o aço, que utiliza a geometria de dobras e pregras da cobertura e a traduz em um sistema de entramados individuais. Tomando apoio nas fachadas, nas paredes laterais e nas zonas estruturalmente rígidas nas quais a sala muda de direção, foi possível minimizar a profundidade da estrutura em 700 milímetros, que se encontra ocultada dentro da armação do edifício. Recoberta por 24 mil painéis de zinco, em seção, a cobertura aparece como uma série de contínuos vales e cumes, que variam em altura e em largura, de forma que nenhuma linha seja idêntica.


As fachadas contribuem para permitir uma baixa infiltração de ar e altos níveis de penetração de luz solar, reduzindo as necessidades de ventilação e de calefação artificiais, e garantindo níveis de temperatura ótimos não apenas para os visitantes, mas também para a conservação das peças em exibição.

“A fluidez interior foi maximizada fazendo com que as 'dobras' do edifício acomodem serviços e a caixa preta das exposições, de forma que o espaço central - colorido em intenso verde pistache - seja o mais amplo possível.”

O Riverside Museum of Transport é o primeiro grande edifício que Zaha Hadid constrói no Reino Unido. Uma sede para a rede de edifícios de apoio a pessoas com câncer, o Maggie's Centre em Fife (Escócia), e um colégio em Brixton (Londres) eram os únicos projetos construídos pela arquiteta no país em que reside e no qual tem seu escritório há mais de 30 anos. Para 2012, aguarda-se a inauguração do grande centro aquático dos próximos jogos olímpicos em Londres, enquanto, diante da abertura do Museu em Glasgow, Hadid insiste na necessidade de persistir em um trabalho de vanguarda radical, com o objetivo de que "essas ideias se integrem na linha central da cultura, para poder fazê-las possível. Não se trata de tornar trivial ou de embrutecer, mas de conseguir fazer possível o novo. Por isso, é crucial construir edifícios que proporcionem aos cidadãos um sentido de fascinação dentro de seu próprio âmbito". Este edifício que, em síntese, trata-se de um grande contentor com pregas, característica que lhe dota de seu atrativo formal e lhe permite gerar um diálogo com seu contexto, supõe um ponto de inflexão positiva entre as propostas grandiloquentes mais recentes do estúdio de Zaha Hadid. Propostas com obsessão pelo parametricismo, afetadas de hiperformalismo, e a obsessão também por traduzir literalmente gráficos produzidos a modelos em escala 1:1. No caso do Riverside Museum, detecta-se uma aposta pela eficiência e pela racionalização dos recursos que não cai em contradição na hora de servir a uma proposta formalmente potente. Uma decisão seguramente sugerida pela engenharia, e que fez com que este edifício se ajuste a esses tempos que, na Europa, demandam propostas mais sensatas e de orçamentos mais contidos, contribuindo para apaziguar os excessos de vaidade que fizeram fracassar outros edifícios.


Galaxy Soho, Pequim, China.

Coerência formal e continuidade curvilínea em cada traço.


Os planetas de Zaha Uma galĂĄxia de edifĂ­cios inspirado na arquitetura chinesa, torna-se parte integral da vida na cidade de Beijing.


“Aqui, a arquitetura não é mais composta por blocos rígidos, mas sim por volumes que se aglutinam para virar um mundo de adaptações mútuas e continuas e uma movimentação natural entre cada edifício” (Zaha Hadid)


O

incrível complexo projetado por Zaha Hadid, com sua forma curiosa e aparência vinda de uma grande viagem de seus idealizadores, recebe o nome de Galaxy Soho que faz jus ao espaço criado no coração de Beijing em contraponto a uma arquitetura tradicional existente na “cidade do dragão”. A regularidade das formas curvilíneas e continuas, acolhe a cidade, em seus grandiosos pátios abertos inspirados nas tradicionais construções chinesas, sem restrições de circulação e barreiras ao visitante é uma grande inspiração para a arquitetura de espaços públicos do mundo inteiro. Galaxy Soho. Recorda as principais paisagens chinesas.

Restaurante, recepções e passarelas. O estilo externo permanace em seu interior nos cafés, restaurantes e recepções de cada escritório transmitindo a eterna senssão de estar em um outro planeta.


O

Galaxy Soho, torna o intimo parte do ato de explorar e adentrar o espaço, onde ao chegar o visitante se depara com um imenso universo de lojas e espaços de entretenimento. Composto de quatro volumes grandiosos e separados que se fundem por uma serie de pontes e passagem suspensas, foi inspirado na imagem dos jardins de plantio chineses, onde o parapeito de cada andar simula um banco de arroz. Assim como nas plantações que por falta de um relevo plano se construiu em morros, os edifícios são os quatro morros de Zaha, uniformes e contínuos, sem esquinas e cantos, permitem observar o entorno em seus completos 360 graus. A seda e os jardins chineses são as paixões de Hadid desde sua primeira viagem a China em 1981, segundo ela foi inspirada por todas suas viagens e conhecimento histórico e não somente pela país, “Sou não só inspirada pelas paisagens, mas também pela história”, diz Zaha. O projeto começou em 2009 quando uma das mulheres mais ricas da China, dona de uma construtora convidou Zaha e sua equipe para projetar em um espaço público. Após sua conclusão em 2012 ganhou quatro prêmios de arquitetura, dois locais, sendo um deles de melhor espaço público, e dois internacionais entre eles o importantíssimo RIBA Awards 2013.

“É principalmente em matéria

de edifícios culturais que essas cidades estão competindo umas com as outras.Elas são grandes, em termos de tamanho e população, se comparadas com as do Ocidente, e têm um desenvolvimento muito ambicioso”

(Zaha Hadid)

Vista do último andar. Os rooftops abrigam restaurantes, café e espaços de convivo permitindo a todos a possibili-

dade de uma vista panorâmica da cidade.


Galaxy Soho

Arquiteto: Zaha Hadid Architects Projeto: Zaha Hadid e Patrick Schumacher Área: 332.857m² / 4 torres de 15 andares Altura máxima do edifício: 67 metros Ano do projeto: 2009 Ano de conclusão/inauguração: 2012 Cliente: SOHO China Ltd. Tipologia: uso misto (comércio, escritórios, restaurantes, bares e entretenimento) Estacionamento: 1.275 vagas (2 andares) Local: Soho Pequim, China Materiais: Concreto, alumínio e vidro. Prêmios: RIBA awards (2013), RIBA Lubetkin Prize (2013), Best Public Space CIDA China (2014), Silver CASC awards (2014). O conjunto inclui em sua composição quatro andares de comércio, 12 de escritórios, restaurantes, bares e cafés e um enorme estacionamento subterrâneo de dois andares em 332.000m². Em seu último andar com uma vista única para as grandes avenidas de Beijing, encontra-se o um enorme rooftop com restaurantes, bares e cafés e espaços para passar ou ficar; Aqueles que optam por trabalhar fora de seus escritórios são bem vindos e acolhidos pelo espaço. Além destes, há também átrios em todos os blocos em diferentes andares que permitem a passagem e ou permanência dos visitantes, assim como vistas incríveis. Um grande espaço central, como na arquitetura tradicinal chinesa é desconstruido por Hadid e sua equipe. Assim como construções tipicas onde casas distintas dividem um mesmo pátio, o espaço descoberto atua com núcleo de ligação dos 4 prédios em um nivel único. Segundo o escritório Hadid Architects o objetivo era criar um grande espaço de complexidade visual e de múltiplas possibildades de circulação ao visitante, onde o ato de explorar faz parte do dia-a-dia de quem vive o ambiente.

Comércio. Os três andares

de lojas e entretenimento constituem um verdadeiro shopping galeria.

Os quatro volumes. Sem curvas e esquinas.




Ficha técnica: • • • • • •

Arquitetos: Zaha Hadid Architects Ano: 2010 Tipo de projeto: Infraestrutura Status: Construído Materialidade: Concreto Estrutura: Concreto

Equipe: Projeto: Zaha Hadid Arquiteto Projetista: Graham Modlen Equipe de Projeto: Garin O’Aivazian, Zahira Nazer, Christos Passas, Sara Klomps, Steve Power

ponte Sheikh Zayed é a complementação do sistema de rodovias que interliga a nova ilha de Abu Dhabi ao continente. Projetada pelo escritório de Zaha Hadid, a obra por sua grandiosidade em si, torna-se um catalizador em potencial no futuro crescimento urbano de Abu Dhabi, concebida para ser uma nova rota ao longo da Costa Sul do Golfo, de maneira que conecte os três Emirados junto à ponte Maqta construída em 1967 ao centro e a ponte Al Khaleej erguida nos anos 70 ao sul, para suprir a necessidade de locomoção de uma sociedade predominantemente automobilizada.

A

Vencedora do Prêmio Pritzker, esta incrível ponte, de 842 metros de comprimento e 64 metros de altura, é considerada a mais complexa já construída. O desenho de seus arcos curvos representam as ondulações das dunas de areia, um design sutil e dinâmico que percorre o longo de sua extensão de maneira continua suspendendo suas pistas, com cores suaves que se intercalam com o decorrer do tempo. A conjunção dessas características transmite a sensação de leveza e movimento à obra.





EFÊMERIDADE

Reflexões sobre a cidade de Chicago


© Thomas Gray

Texto Maline Ribeiro


The Burnham Pavilion, projetado por Zaha Hadid Arquitetos, foi realizado com o objetivo de homegear o centenário do Plano de Burnham, o qual reformulou a área central de Chicago. A intenção de um pavilhão efêmero que abrigasse projeções do plano, consistia em conscientizar as pessoas da figura de Daniel Burnham e sua importância para a cidade, assim como induzir as pessoas ao pensamento de passado, presente e futuro da cidade de Chicago.

texto Zaha Hadid Arquitetos, 2009.

Os cidadãos de Chicago vivenciam sua história e refletem nas mudanças que ocorreram, na efemeridade existente na cidade e na concretização do futuro que desejam. Um pavilhão cheio de significados que abriga a memória coletiva da cidade e seus habitantes.

Na imagem abaixo pode ser visto as projeções citadas no texto, com o própostio de induzir à reflexão sobre a cidade de Chicago.

© Michelle Litvin

O Pavilhão oferece durante a noite um show de cores projetados em seu tecido, se destacando no parque.

© Michelle Litvin

“The Burnham Pavilion por Zaha Hadid arquitetos aguça a curiosidade do visitante e os encoraja a considerar o futuro de Chicago. O design traz novos conceitos formais com a memória do histórico planejamento urbano de Burnham. Sobreposições de estruturas espaciais com traços escondidos do plano de Burnham são sobrepostos e inscritos na estrutura para criar resultados inusitados”


“A figura de Daniel Burnham tem sido muito importante para a cidade de Chicago como sabemos atualmente, afinal ele foi um dos autores do Plano de Chicago, também conhecido como Burnham Plan, o qual reformulou a área central de Chicago começando em 1909.”

Vista diurna do Pavilhão mostrando o skyline da cidade de Chicago, promovendo a relação entre obra e intervenção.

© Michelle Litvin

Zaha Hadid, 2009.


Render © Zaha Hadid Archtects

“Nosso projeto continua a famosa tradição de arquitetura de ponta e engenharia de Chicago, na escala de um pavilhão temporário, referenciando os sistemas organizacionais do plano de Burnham de Chicago. A estrutura foi alinhada com uma diagonal do Plano de Burnham de Chicago, do inicio do século 20. Nós então sobrepomos um tecido usando técnicas contemporâneas do século 21, gerando fluidez e uma forma orgânica, enquanto a estrutura é sempre articulada através da tensão do tecido como um lembrete das idéias originais de Burnham. Tecido é tanto um material tradicional quanto um material de alta tecnologia , cuja forma está diretamente relacionada com as forças aplicadas a ele - criando belas geometrias que nunca são arbitrárias . Eu acho isso muito excitante. “

A imagem retrata a mandeira de c onstrução com a estrutura efêmera, reflexo da própria proposta do pavilhão

© Michelle Litvin

Zaha Hadid, 2009.


© Michelle Litvin

Vista Noturna do Pavilhão com o skyline, contrapondo as luzes dos edifícios e do pavilhão


Hoenheim Nord Terminus and Car Park Zaha Hadid


Hoenheim

Nord Terminus and Car Park Durante a década de 1990 a cidade de Estrasburgo na França, criou uma nova rede de elétricos para

incentivar as pessoas a deixarem seus carros fora da cidade nos parques de estacionamento especialmente concebidos, e completar a sua viajem para o centro de transporte público.

Artistas foram convidados a criar instalações específicas em pontos-chave. Zaha Hadid Architects foram convidados para projetar a estação terminal de elétrico e um parque de estacionamento para 800 carros.


‘‘Nosso conceito de terminal e parque de estacionamento foi baseado na noção de campos e linhas, que tecem sobrepostas para formar uma constante de mudança geral - cada campo ecoando o movimento de carros, bondes, bicicletas e pedestres, o parque de estacionamento e a paisagem circundante. Em essência, as transições - entre carro e elétrico, elétrico e elétrico, elétrico e bicicletas e outras permutações - foram utilizados para definir transições materiais e espaciais do projeto.’’


O terminal compreende espaços de espera, armazenamento de bicicletas, banheiros e uma loja, todos marcados pelo jogo de linhas- no chão, nos móveis, nos tira-luzes no teto- a criação de um espaço acolhedor energético, com função e circulação claramente definidas.

O projeto de parque de estacionamento composto por duas seções explora a noção de carros como efêmera e elementos em constante mutação- usando marcas no asfalto preto e 800 lâmpadas para demarcar as vagas, consequentemente criando um campo magnético, alinhando de acordo com a posição geográfica, a localização Norte e Sul.


‘‘Em ambos tanto no edifício terminal quanto no parque de estacionamento, nossa intenção mais ampla foi a de esbater as fronteiras entre elementos naturais e artificiais, articulando as transições-chave entre a paisagem aberta e o espaço interior, com a finalidade de oferecer uma ‘natureza artificial’ para todos através da construção.’’



SOLUÇÃO E INOVAÇÃO Arquitetura Industrial


BMW BUILDING CENTER Zaha Hadid


O BMW Building Center localizado em Leipzig, Alemanha. Foi o projeto vencedor apresentado para o Prémio Pritzker. O objetivo da BMW era traduzir uma arquitetura industrial funcional em uma nova “estética” – para usar o novo edifício central como zona de transição entre salas de produção e espaços públicos. O Central Building foi posicionado entre outras estruturas existentes e previstas, como um orientador e campo de força que anima, uma câmara de compressão através do qual todo o movimento convergente, desde os ciclos e trajetórias de trabalhadores para a própria linha de produção, que atravessou este ponto central.

Dentro do prédio, seguindo uma estratégia de “seção tesoura”, duas sequências de placas intensificadas como escadas gigantes de norte a sul e de sul a norte, criando uma conexão contínua. Na parte inferior do espaço vazio entre os andares é a área de auditoria – um foco central de atenção. Acima do vazio, carros semi-acabados estão abertos para se ver ao longo de suas trilhas as unidades de produção ao redor. Diferente de escritórios convencionais, os funcionários são integrados através de uma transparente organização interna que mistura funções, desde a engenharia à administração.

A fábrica da BMW antes da construção do Central Building existiu como três edifícios desconectados, cada um desempenhando um papel essencial na produção de BMW Série 3 veículos. A competição foi realizada para a concepção de um edifício central funcionar como a ligação física das três unidades. Também foi necessário para abrigar a área administrativa e os funcionários, que precisariam de espaços. O projeto da Zaha tomou esta ideia de conectividade e usou isso para informar todos os aspectos do novo edifício. Ele serve como uma conexão para as etapas do processo de montagem e os empregados. Concebido como uma série de sobreposição e interligando níveis e espaços, ele confunde a separação entre partes do complexo e cria um terreno plano para os empregados, visitantes e os carros. “Uma tipologia completamente nova”(Juri prêmio Pritzker)



Planta Térreo

Do saguão de entrada é possivel ver as correcerias, que são transportadas de maneira aberta e possível de serem vistas através do edíficio central.


Planta Primeiro Pavimento


BEETHOVEN CONCERT HALL

Beethoven Concert Hall in Bonn - Alemanha


O farol sinuoso de zaha A musica e a arquitetura em um diรกlogo permanente


L

igando a cidade para o passeio marítimo

um senso de translucidez através do uso de

do rio, o novo Beethoven Symphony Hall,

painéis de vidro, que permite que a luz do dia

Sobe como um Farol de luz A nova estrutura

possa inundar o espaço interno. A forma do

surge como uma massa cristalina porosa,

volume de acentua a continuidade entre o rio

multifacetado, que cresce para fora da terra,

ea cidade com dobras e vincos que sublinham

parecendo flutuar na água. Apresenta um

o aumento da frente ribeirinha ao nível

átrio que acolhe e emociona visitantes em

urbano. O resultado é “um sentido de fluxo,

antecipação de uma experiência musical e

continuidade, leveza e movimento” abertura

arquitetônica única.

como uma boca, o edifício acolhe os clientes das

Os visitantes circulam dentro e ao redor do

margens do Rio, levando para auditório central

prédio em muitos níveis, movendo-se através

via uma grande escadaria. criando um diálogo

de uma paisagem artificial tipificada por

constante entre o espaço interior e exterior, a

terraços, foyers elevados e planaltos exteriores.

concha curvilínea abre e fecha, acentuando

Ostentando

tão

a continuidade entre o rio e a cidade.Através

frequentemente associados com o trabalho

tanto a forma e disposição dos volumes e

de Zaha Hadid, a estrutura é emprestado

a utilização de materiais na construção, o

as

formas

sinuosas


desenho do teatro reflecte a justaposição do robusta e luz na obra de Beethoven. Volumes fechados

concretas

sólidas

de

tamanho

e forma diferentes são intercaladas com fachadas vidrados transparentes, emulando a disposição das diferentes chaves musicais e as notas inesperadas que as unem. A organização e concretização dos elementos que compõem o volume do edifício criar uma composição com base em flutuações tons, ritmos e modulações. No interior a composição é ainda mais expandido ao contrastar a solidez dos volumes de concreto flutuantes com a transparência e a leveza de acabamentos em madeira variadas.


Beethoven Concert Hall

Arquiteto: Zaha Hadid Architects Projeto: Zaha Hadid Área: Ano do projeto: 2009 Ano de conclusão/inauguração: 2009 Cliente: concurso - investigação Obra: em estudo Local: Bonn, Alemanha Materias: Concreto armado, aço e vidro.

O auditório principal é projetado com a mesma sensação de fluidez como o design exterior. O relevo das paredes externas invadem o espaço marcando ainda mais a integração de externo e interno.


A topografia do piso no Reno convida moradores de Bonn e visitantes para apreciar informalmente performances ao ar livre


DESENVOLVIMENTO E SUSTENTABILIDADE Água, Recurso Único


L

ocalizado acima do nível de inundação, o Pavilhão Ponte conecta com a margem do rio Edro através de um terreno suavemente inclinado. Este pavilhão funciona como uma ponte pedonal sobre o rio, com isto o edifício desempenha um papel essencial na definição de sua relação com o meio ambiente. O Zaragoza Pavilhão Ponte possui uma área de exposição interativa, com foco na sustentabilidade da água, com isto a ponte funciona como porta de entrada para a Expo 2008 em Saragoça (Espanha), desempenhan-

do um dos seus principais marcos histórico. A estrutura que cobre o rio incorpora quatro espaços de exposições fechados e combina os aspectos estruturais de uma ponte com os requisitos espaciais de um pavilhão. Possui 280 metros de comprimento (919 pés) e cerca de 10.000 visitantes por hora eram esperados para freqüentar o Pa-

vilhão durante a exposição mundial. O corpo do edifício resulta da extrusão de uma secção em forma de diamante, projectada diagonalmente sobre as margens do Rio Ebro, A sua forma dinâmica está envolta por uma pele peculiar em escamas sobrepostas, uma membrana permeável que dá origem a um microclima interno baseado no fluxo natural do ar. A base de betão do torso articulado assenta parcialmente numa pequena ilha no meio do rio, reforçando a natureza viva, híbrida, dos seus volumes curvilíneos. Zaragoza Bridge Pavillion - Vista para o rio Edro


Interior de exposição e circulação


No interior, os visitantes são confrontados com um olhar prospectivo sobre a escassez dos recursos hídricos, com base nos padrões contemporâneos de consumo global de água.

A entreda em tons metálicos trazem a sofisticação e harmonia do ambiente

Zaha Hadid escolheu a fibra de vidro e concreto reforçado para o revestimento da pele do exterios do edifício, com 29.000 mil triângulos de fibra C, em diferentes tons de cinza. Esta pele de escamas de tubarão é gerada por um complexo padrão de lâminas sobrepostas. Algumas lâminas podem rodar sobre um sistema pivotante, permitindo a abertu?Z

Detalhe do revestimento de fibra


Cada zona do edifício tem a sua própria identidade espacial; a sua natureza varia entre espaços completamente interiorizados focados na exposição, a espaços abertos com fortes ligações visuais com o Rio Ebro e a Expo. O desenho das superfícies exteriores do Pavilhão deu origem a uma investigação sobre superfícies naturais. As escamas de tubarão são um paradigma fascinante tanto pela sua aparência visual como pela performance. O seu padrão permite envolver curvaturas

Rampa de acesso ao primeiro pavimento

Espaço de exposição, vista para o rio Edro

complexas com um sistema simples de módulos rectilíneos. Para o Pavilhão Ponte, este conceito revelou-se funcional, visualmente apelativo e economicamente adequado. A textura do edifício assume um papel essencial na definição da sua relação com o território e as variações externas. O projeto foi concebido para permitir a permeabi-


Entrada de iluminação natural do segundo pavimento

lidade do interior ao efeito dos agentes atmosféricos, como o vento Tramontana que sopra através do Ebro e a força da luz solar em Saragoça. O padrão de peças justapostas confere ao Pavilhão Ponte uma grande variedade de aproveitamentos de luz natural através dos diversos graus de abertura possíveis: de raios de luz penetrando por pequenas aberturas a intensos poços de luz. As aberturas de maior dimensão localizam-

-se no nível inferior, em correspondência com o final da ponte, permitindo um maior grau de contacto visual com o Rio e o recinto da exposição.


VIVENDO COM ESTILO Este

residencial em

M ilĂŁo

traz toda contemporaneidade do

design da arquiteta

Zaha Hadid


PĂĄtio central entre os sete edifĂ­cios do residencial sĂŁo dedicados somente aos pedestres e bicicletas.


O

Citylife Milano Residential Complex faz parte de um grande e ousado projeto que abrange centros comerciais e residenciais além de praças e parques. Envolve um grupo de arquitetos, em vez de um único designer; Zaha Hadid, Arata Isozaki e Daniel Libeskind. O projeto Citylife, localizado a noroeste do centro de Milão e no coração da cidade, foi implantado numa ampla área de 366.000m² que foi criada quando o histórico centro de exposições Fiera Milano mudou-se para os arredores da cidade em 2005. A construção do complexo residencial começou em agosto de 2009, com a entrega dos primeiros apartamentos em 2013 e com conclusão total em 2015. Além do complexo residencial, a arquiteta Zaha Hadid também projetou um dos três prédios comerciais do empreendimento - Hadid Tower -, sendo que o arquiteto de renome mundial Daniel Libeskind contribuiu igualmente com o projeto de um complexo residencial - Residence Libeskind - e um comercial Residence Libeskind - e Arata Isozaki com um edifício comercial - Isozaki Tower. Os prédios comerciais se localizam ao centro da implantação, na ‘Piazza delletretorri’ e são capazes de acomodar 10.000 pessoas. O complexo também possui um museu de arte contemporânea , uma área comercial com bares e restaurantes, um pavilhão para shows e exposições. Esportes, entretenimento e moda também fazem parte do empreendimento.

O projeto Citylife traz para o contexto urbano um novo modelo de vida, onde residência, trabalho e lazer estão imersos em um parque de aproximadamente 168.000m²,sendo uma das maiores zonas para pedestres e bicicletas da Europa,fazendo com que o tráfego de automóveis seja somente subterrâneo. O Residencial Hadid é composto por sete edifícios, estabelecidos ao longo de um percurso contínuo, envolvendo um pátio central e dividido por uma faixa de parque público. Abriga 230 apartamentos de luxo e os edifícios variam suas alturas de 5 a 13 andares, se caracterizando por uma linha horizontal fluida e sinuosa. Os elementos arquitetônicos incluem um movimento de serpentina das varandas curvas e o perfil dos telhados, que fornecem uma forma suave e elegante para todos os apartamentos no piso superior, completando-os com terraços cobertos. Os materiais que compõe a fachada – painéis de fibrocimento e painéis de madeira natural – ajudam a enfatizar as curvas e volumes notáveis na arquitetura de Zaha. Grande cuidado foi dado às orientações da construção que levou em conta as exigências ambientais e de conforto. A maioria dos apartamentos estão virados para sul-leste para explorar a luz solar e a vista a partir do outro lado da cidade e do parque. No piso térreo, os saguões de entrada com pé direito duplo incorporam grandes aberturas e criam uma forte continuidade visual com o parque.

“Embora grande consideração tem sido dada ao design e morfologia do piso térreo, o projeto é formalmente definida principalmente pelo perfil do telhado e o horizonte urbano intenso que gera” Zaha Hadid


Varandas sinuosas e fachadas de madeira e fibrocimento complementam as curvas dos edifĂ­cios


Eficiência energética dentro das exigências ambientais e design até mesmo no guardacorpo da escada.

As curvas se inserem nos apartamentos, os quais possuem plantas diferentes um do outro.


As curvas das janelas emolduram a paisagem.

Lobbies que trazem o design nos mobiliários, desenhos de piso e teto. Todos mobiliários, externos e internos têm o design da arquiteta.

Detalhe do reflexo criado na fachada de fibrocimento e vidro ao pôr do sol.


O sonho em exoesqueleto. Em meio a terra da cidade proibida, nasce a cidade dos sonhos.

“City of dreams”, não teria nome mais apropriado para esse hotel de luxo localizado em Macau, China. Além das funções óbvias de um hotel, o mesmo ainda abriga um cassino e outras mega funções incríveis, sem contar com a arquitetura que torna tudo ainda mais sublime e surreal. Empreendimento único, assinado pelo escritório da arquiteta Zaha Hadid, se destaca não só por ser o primeiro desse tipo na região mas também pela sua estética singular e seu tamanho -40 pavimentos de unidades de acomodação, divididos em duas torres-. Caracterizados pela sua personalidade escultórica, já que é estruturado pela malha estrutural externa que une a mesma torres que o compõe. A junção é constituída pelas duas pontes orgânicas, na base e na cobertura, que destacam o vazio central. Além do encantamento que o empreendimento quer propor ao usuário, não podemos esquecer que o mesmo será extremamente funcional: Diversas salas de reuniões e encontros de trabalho ou palestras foram planejadas e alocadas nos edifícios, trazendo usos além do entretenimento e lazer, trabalho e demonstrando a importância que o hotel traz à região.

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“ Expressiva e poderosa, a estrutura externa otimiza os desenhos internos e envolve o edifício, definindo seu desenho formal e comunicando com a cidade de Cotai.” HADID, Z.


A Melco Crown Entertainment, desenvolvedora e proprietária de instalações de jogos de cassino e resort de entretenimento da Ásia, é a cliente do projeto das novas torres da rede de hotéis. Em 150 mil m², torre foi implantada no terreno dramaticamente , com diversos pontos de angulação e proporcionando experiências incríveis para seu usuário, ligando externo e interno com a sutileza que Zaha Hadid domina. Com o início das construções em 2013, os edifícios ainda não se encontram prontos e com previsão apenas para 2017. Assim que inaugurado, o hotel abrigará uma variedade de comércios, área de jogos e um grande átrio -responsável pelas instalações de recepção, bar e um espaço flexível no térreo-. além das 780 unidades de acomodação, o próprio cassino, um lounge, um restaurante e a “super piscina”, localizada na cobertura.

Entrada principal do hotel e seu hall. Suas angularidades se mostram com maestria.

O design dinâmico combina engenharia inovadora e coesão com a dramaticidade dos espaços públicos e quartos generosos.


Vista d ca (a etalhada cima ). Vis da facha d ão d a ren a cobert a da d e de pela lind ntro do e a renda m difício e (à dir tálieita).

O d e s i g n combina espaços públicos dramáticos e quartos generosos em coesão formal com a engenheria inovadora. Aepsar de lembrar um grande bloco monolítico, o fato de ter sua estrutura externa torna as duas torres detalhadas com essas espécies de cavidades formada pelos cheios e vazios texturizados pela mesma, incrívelmente singulares. O desenho não é por acaso também: A angulações trazem ao hotel emolurações da paisagem extremamente subjetivas e dramáticas e, do ponto externo, sutileza e suavidade com comunicação urbana eficiente. A materialidade também é uma forte característica para o conceito do projeto: Metal e vidro. Com a junção desses detalhes construtivos, não há dúvidas de que, as angulações somadas com a materialidade do empreendimento, traz à City of Dreams a digna definição de fascinante e singular, com uma série de vazios que cortam o centro da torre, mesclando elementos arquitetônicos tradicionais de teto, parede e teto para criar uma forma escultural.

Macau, que assim como Hong Kong, é uma grnade área administrativa da China, é uma ex-colônia portuguesa, conhecida por seus cassinos e que agora, deriva grande parte de sua renda do turismo. O hotel projetado pelo escritório de Zaha Hadid deve fornecer à área a opção mais luxuosa no ramo e a sofisticação em acomodação para milhões de pessoas que visitam Macau anualmente. O que traz ainda mais certeza para o sucesso do hotel é que não é o primeiro da arquiteta no ramo hoteleiro . O ME Hadid , construído em Dubai que está previsto inaugurar em 2016 e o andar do Madrid Hotel Puerta America -em parceria com Jean Nouvel, John Parow e Ron Arad- se encontram entre os melhores projetos do mundo. A herança deixada pelo City of Dreams passa de Macau, e influencia toda a China. Atualmente, já pode ser observado outras obras para aumentar os níveis de turismo pela China , permitindo o aumento da prosperidade do país e a construção de outros vários hotéis extravagantes mas não tão incrível quanto a nossa cidade dos sonhos.




City of Dreams, Macau, China. Zaha Hadid Architects, 2017.


Galaxy Soho, Pequim, China. Coerência formal e continuidade curvilínea em cada traço.


Os planetas de Zaha Uma galĂĄxia de edifĂ­cios inspirado na arquitetura chinesa, torna-se parte integral da vida na cidade de Pequim.

As conexĂľes de Zaha o compromisso da cidade com a arquitetura


A estrada de ferro reflete o contínuo compromisso da cidade com os mais altos padrþes de arquitetura e empurra os limites do design e tecnologia de construção.


Zaha Hadid explica que o projeto para cada estação se adapta às condições específicas do local em várias altitudes, mantendo a linguagem arquitetônica global e coerente de fluidez.

A 1,8 km de comprimento a Nordpark Railway Station é composta por quatro novas estações e uma ponte suspensa estaiada sobre o rio Inn. O projeto para cada estação adapta-se às condições específicas do local em várias altitudes, mantendo a linguagem arquitetônica global e coerente de fluidez. Esta abordagem foi fundamental para o projeto para a estrada de ferro, e demonstra a morfologia perfeita de arquitetura mais recente de Hadid. Um alto grau de flexibilidade dentro desta linguagem permite que as estruturas de cascas de se ajustar a estes vários parâmetros, mantendo uma lógica formal coerente. Dois elementos contrastantes “Shell & Shadow” gerar qualidade espacial de cada estação, com estruturas de telhado orgânicos leves de vidro duplo-curvatura “flutuante” no topo de plintos concretas, criando uma paisagem artificial que descreve o movimento e

Estrutura de cascas, que contém alto grau de flexibilidade

circulação dentro.


Durante a concepção fase, as condições do local que precisavam de atenção específica, onde os usuários a mudança de altitudes, topografia, o contexto e a forma como irá circular por todo o espaço. Considerando estes quatro parâmetros, deu o desenho das estações um resultado único, que cada uma diferindo um do outro. O desenho do telhado faz referência ao movimento glacial, o que permite uma abordagem de fluido para a forma que dá ao design uma suavidade orgânico, tal como o de gelo

Ponte estaiada e suspensa


Nordpark Cable Railway Arquiteto: Zaha Hadid Architects Projeto: Zaha Hadid Área: 2500m2/ Ano do projeto: 2004 Ano de conclusão/inauguração: 2007 Cliente: S INKB (Innsbrucker Nordkettenbahnen GmbH) Parceria Público-PrivadaLocal: SInnsbruck Buildings, Áustria Materias: Concreto armado, aço e vidro.

Linguagem fluida de formações de gelo natural, como um rio congelado na montanha.


DINร MICA

|

espaรงo

&

l u z

Complexo cultural instalado no bairro histรณrico de Seul, possui elementos que permitem o visitante a interagir com o espaรงo e integrar a ele TEXTO THAMMY NOZAKI | FOTOS GUILHERME MISSUMI


Dongdaemun Design Plaza (DDP), projetado por Zaha Hadid Architects, em Seul – Coréia do Sul, é um Centro de arte, design e tecnologia, além de um parque paisagístico e uma praça pública, atriando turistas, trabalharadores, moradores da região para apreciar suas paisagens, instalado no bairro histórico que hoje é famoso por abrigar lojas e cafés 24 hrs.

O edifício é composto por oito andares, sendo quatro acima do nível do solo e quadro abaixo da praça, que nesta possui aberturas na laje oferecendo um olhar para dentro do edifício e permitindo a entrada de luz natural. Seu programa possui galerias de exposições, convenções, Museu de Design, Biblioteca e um Centro de Educação.

Espaço aberto para descanço e contemplação, a escadaria além de servir como acesso,

é

aproveitada para admirar as diversas paisagens proporcionada pelos ângulos do complexo.


“O projeto integra o parque e a praça como um, confundindo os limites entre arquitetura e natureza em uma paisagem contínua e fluida.” Zaha Hadid


As

fotos

comtemplam

a

praça,

mostrando a interação das pessoas com o espaço, a preservação do histórico monumentalizado e os painéis luminosos; e na foto abaixo o volume do edíficio parecendo um grande elemento maciço durante o dia.


Instalada em torno da muralha da cidade antiga e artefatos culturais que foram destruídos no governo japonês, tornaram este o elemento central da composição do DDP, a criação de um novo espaço cívico para a cidade com lembranças da história e cultura local com a experiência espacial, utilizando ideias inovadoras na arquitetura para combinar a cidade e paisagem. Fachada composta por 45 mil painéis de aço de diversos tamanhos e curvaturas, projetados a partir de softwares de modelagem paramétrica, tornando o DDP o primeiro edifício público da Coréia a utilizar tal tecnologia. Estes painéis incorporam um campo de padronagens de pixelização e perfuração, que criam um efeito visual dinâmico permitindo a construção de se transformar ao longo do dia, dependendo das condições de luz e variações das estações do ano; e no período da noite, o edifício reflete todas as luzes de led e painéis de neon dos edifícios circundantes, gerando uma interação e integração das pessoas com o espaço.


Os painéis perfurados permitem transparecer o fluxo da luz ao longo do dia, criando dinâmica e

diálogo com o novo centro. Proporciona

experiências singulares nos variados eventos que ali ocorrem como mostra na projeção feita nos painéis.


Reflexão e Reconciliação Em memória de todos que perderam suas vidas no genocídio em Camboja, Zaha Hadid ergue o símbolo do fim de um dos capítulos mais obscuros do país.


Localizado em Youk Chan, capital de Camboja, o Rith Sleuk Institute é um monumento em respeito a todos os mortos e desaparecidos durante o Regime do Khmer Vermelho, liderado por Pol Pot. Inspirando-se na antiga arquitetura Angkoriana, o projeto se define em cinco torres de madeira,abrigando biblioteca,centro de pesquisa, centro de graduação e um museu e seus arquivos. Mesmo que o tema abordado pelo insituto seja terriivel,sua intenção vai alén de ser

uma lápide para um passado enegrecido. Zaha procurou uma arquitetura que evocase a reflexão e a memória. É uma edificação que participa do cotidiano das pessoas. indo além de um mero marco turístico. O acesso ao edifício se dá por passarelas,onde um espelho d’água reflete e distorce a construção,e ajuda a adentrar luz no recinto. Chegando ao átrio, pode-se escolher seu destino, entre os cinco usos do edifício, que se entrelaçam em seus andares superiores



Detalhe da estrutura em madeira.A base de casa uma se sustenta em um nível diferente, e sua relaçao passa a existir conforme a arquitetura se eleva.


Dentro do Instituto, podemos perceber que a construção é uma aglutinação de formas que se completam e criam desenhos ainda mais complexos. A estrutura de madeira renovável, forma novos fluxos conforme se eleva, guiando o visitante a través das diferentes áreas de contemplação, educação, engajamento e discussão. A própria forma do edifício sombrea seus pavimentos inferiores, e são instaladas grelhas visando bloquear a insidência solar intensa. Em seu interior, as divisórias possuem a mesma materialidade que a estrutura principal,buscando proporcionar uma escala natural e aconchegante para os visitantes. Construído entre os rios Mekong e Tonlé, o prédio se solidifica em plataformas elevadas,visando evitar danos de eventuais enchentes.

Internamente percebemos como a estrutura se ramifica,usando dessa estratégia para vincular os usos do edifício e desenhar a entrada de luz. A madeira confere marerialidade e aconchego para os visitantes.



ZAHA sod oãçacilbup amU me odalerahcaB od sonula omsinabrU e arutetiuqrA oirátisrevinU ortneC od od oãçatneiro bos caneS issrU nosleN rosseforP 6102 ed oiam


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