Revista Península Nº9

Ano I - Nº 9 - março de 2010

Revista

www.peninsulanet.com.br

este exemplar é seu

Páscoa

Simbologia e tradição

Estrada Real

Por aqui passa a nossa história

Saúde

Campanha Nacional de Vacinação

Meio Ambiente

A nossa maior riqueza

EDITORIAL E EXPEDIENTE

Presidente Carlos Felipe Andrade de Carvalho Vice-Presidente Sergio Lopes Diretor-Geral Joelcio Candido Gerente Administrativo-Financeiro Jorge Leone Gerente de Relacionamento Claudia Capitulino www.peninsulanet.com.br revistapeninsula@peninsulanet.com.br (21) 3325-0342 Revista Península é uma publicação

Editorial

A

sua Revista deste mês vem recheada! Descubra que o Brasil Colonial está mais vivo do que nunca.

Que é possível degustar o melhor cardápio para a Semana Santa, elaborado especialmente para você. Que a Península é um verdadeiro porta-retrato, e sua beleza natural emoldura cada foto. Que a arte é presença marcante na vida de nossos moradores. Que o esporte energiza crianças, jovens e adultos. Que a nossa flora desabrocha em tons encantadores. Que a ASSAPE está em total sintonia com cada um dos moradores da Península. Que o bem mais precioso do universo é a água. E que tudo isso foi feito exclusivamente para você.

Aproveite também para se deliciar com o sabor da Páscoa, para conhecer melhor seus vizinhos e para partilhar este espaço fantástico que você escolheu como morada. Escolha, participe, sugira. E boa leitura!

ASSAPE

4 REVISTA PENÍNSULA | MARÇO 2010

Diretor-Executivo Paulo Roberto Mesquita Diretora Administrativa Rebeca Maia Diretor Comercial Marcio Ayres Comercial Victor Bakker | victor@utilcd.com.br Editora Responsável Tereza Dalmacio | terezadalmacio@utilcd.com.br Estagiária Debora Rolim Colaboradores Antônio Félix Cidinha Fernandes Fotografia Bruno Leão Revisão Giselle Martins Diretora de Arte Tati Piqué Rua Jornalista Ricardo Marinho, 360, sala 243 Barra da Tijuca, Rio de Janeiro-RJ contato@utilcd.com.br|u tilcomunicacao.blogspot.com (21) 3471-6799 | (21) 7898-7623

SUMÁRIO

Sumário

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20 07. Turismo | Feriadão 11. Comportamento | Eu quero ser avó 12. Decoração | Pisos frios e quentes 14. Conselheiro Comunitário | Leila Perini 16. Acervo Cultural | Mário Agostinelli 18. Cantinho do Morador | Carlos Alberto 20. Gastronomia | Páscoa 24. Curiosidade | Semana Santa 28. É de Casa | Elma Auday Bcihara Izai 30. Esporte | Ensaio Fotográfico 36. Porta-Retrato | Um dia de sol 38. SAP | Comunicar é resolver 40. Saúde | Campanha de Vacinação

16 REVISTA PENÍNSULA | MARÇO 2010 5

ARMAZÉM

V

ocê sabia que, mais de 500 anos depois do descobrimento do Brasil, a mais antiga das práticas comerciais, o escambo, ganha força novamente no mercado? Segundo o International Reciprocal Trade Association (IRTA), a troca de produtos e serviços movimenta, informalmente, quase 800 milhões de dólares por ano no país. E nós vamos aumentar, mesmo que timidamente, essa cifra.

Este espaço aqui é o seu Armazém, para venda ou troca de objetos entre os moradores da Península e também para os parceiros que prestam serviços aqui.

Armazém

Vamos funcionar como um pequeno classificado. Anuncie o seu produto. Faça um bom negócio sem sair de casa. Maiores informações pelo telefone 3325-0342 ou pelo email revistapeninsula@peninsulanet.com.br.

Salgados by Cris Cristina, moradora do Fit, faz salgadinhos para festas e eventos e oferece degustação. Faça a sua encomenda e delicie-se! Delivery: 3387-4040 ou pelo e-mail jocatn@hotmail.com.

Psicoterapia para todos Moradora da Península, Cidinha Fernandes, psicóloga e gestalt-terapeuta, faz atendimento psicológico social por um valor condizente com as possibilidades financeiras de cada cliente. Nesta modalidade, todas as pessoas podem se beneficiar da psicoterapia. Oferece também atendimento em consultório particular. Marque entrevista pelo telefone 8858-5518.

Play station 3 Pedro Vicente, morador do Quintas do Bosque, vende Playstation 3 completo e em perfeito estado. Entre em contato, o telefone é o 8446 9455.

6 REVISTA PENÍNSULA | MARÇO 2010

Telefones úteis

TELEFONES ÚTEIS

ABAM: 2232-4580

Folha Dirigida: 0800-055 4849

Aeroporto Internacional: 3398-5050 / 0800-999099

Guarda Municipal da Barra da Tijuca: 2431-2851

Aeroporto de Jacarepaguá: 3325-2833

Polícia Civil: 3399-3217

Aeroporto Santos Dumont: 0800-244646

Polícia Federal: 2291-2142

Água e Esgoto: 0800-282 1195

Polícia Militar do Rio de Janeiro: 190

Ambulância – Serviço de Remoção de Doentes: 192 Bombeiros (CBMERJ): 193

Polícia Rodoviária Estadual: 3399-4857

CEG: 0800-24 7766

2625-1530

CET-Rio: 2508-5500 Correios: 0800-570 0100

Receita Federal: 055-78300-78300

Defesa Civil do Município do Rio de Janeiro: 199

Telefonia Fixa - Oi: 103 31

DETRAN – Atendimento ao Cliente: 3460-4042

Telefonia Fixa - Livre (Embratel): 103 21

DETRAN – Disque Habilitação: 3460-4041

Telefonia Fixa - TIM: 0800 7414

DETRAN – Disque Vistoria: 3460-4040

TV por Assinatura – NET: 4004-8844

Disque Denúncia: 2253-1177

TV por Assinatura – SKY: 4004-2884 TV por Assinatura – TVA: 2223-6399

Enfoque – Dite sobre finanças, cotações entre outros: (11) 3957-5800

TV por Assinatura – VIA Embratel: 106 99

TURISMO | ESTRADA REAL

Um belo roteiro

para o seu fim de semana Por T ereza D almacio Fotos Katsuyoshi Tanaka

T

udo começou com a necessidade econômica. A Coroa Portuguesa, no século XVII, precisava ficar de olho na movimentação de riquezas e mercadorias que circulavam entre Minas Gerais e o Rio de Janeiro. O ouro e os diamantes eram embarcados na capital da colônia de onde saíam os navios para Portugal.

A Estrada Real era o trajeto de soldados, imperadores, mercadores, artistas e muitos aventureiros. Com o fim deste ciclo econômico e com a chegada da industrialização, a velha estrada ficou esquecida o que, por um lado, foi muito bom, preservou e contribuiu para criação de diversos projetos turísticos.

“Inicialmente, o caminho ligava a antiga Villa Rica, hoje Ouro Preto, ao porto de Paraty, mas pela necessidade de uma via de escoamento mais segura e mais rápida ao porto do Rio de Janeiro e, também por imposição da Coroa, foi aberto um “caminho novo”. A rota 8 REVISTA PENÍNSULA | MARÇO 2010

de Paraty passou a ser o “caminho velho” a partir do século XVIII. Com a descoberta das pedras preciosas na região do Serro, a estrada se estendeu até o Arraial do Tejuco (atual Diamantina), deixando Ouro Preto como o centro de convergência da Estrada Real”.

Nesses 1600 quilômetros, surgiram vilas, povoados e cidades. Hoje são 177 municípios em Minas, 8 no Rio de Janeiro e 7 em São Paulo. A Estrada Real é a soma de 3 caminhos: Caminho Velho, Caminho Novo e a Rota dos Diamantes.

Pousadas, sítios, fazendas, hotéis 5 estrelas.

Ecoturismo, turismo rural, esporte radical. Turismo de aventura. Cachoeiras, serras, montanha, grutas. Museus, igrejas, casarios. Rica gastronomia.

São muitas opções para você.

TURISMO | ESTRADA REAL

Caminho Velho, memória do Brasil Colonial Você vai percorrer o mesmo caminho dos Bandeirantes, que desbravaram a região em busca das riquezas de Minas Gerais. Essa parte da Estrada Real começa no porto da cidade de Paraty, no Rio de Janeiro, e segue em direção à região norte do estado de São Paulo, passando por cidades como Cunha, Guaratinguetá e Cruzeiro. Já em terras mineiras, temos Passa-Quatro, Itamonte e Baependi. Um pouco mais à frente as estâncias hidrominerais de Caxambu, São Lourenço e Cambuquira. Caminhando um pouco mais, São Tomé das Letras - conhecida como cidade mística por estar situada em uma imensa jazida mineral - e, logo depois, Três Corações, terra natal do rei Pelé.

Abre a cortina do passado Para quem busca uma viagem pela arte sacra, nada mais apropriado que as cidades de São João Del Rei, Congonhas , Tiradentes e, no Caminho Velho, Ouro Branco e Ouro Preto. São mais de 3 séculos de história.

Em Ouro Preto, não deixe de conhecer a Matriz de Nossa Senhora do Pilar, construída em 1786; a Matriz Nossa Senhora da Conceição, de 1727; a igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, de 1785; a de Nossa Senhora do Carmo, de 1766 e a Matriz de Nossa Senhora de Nazaré, de 1725.

Outra grande atração na cidade é a igreja de São Francisco de Assis, de 1765, uma obra-prima de Aleijadinho. As manifestações culturais, artísticas e religiosas também estão presentes em várias obras e monumentos espalhados pela cidade, assim como é possível perceber que o local é impregnado da história de liberdade do Brasil.

Já em São João Del Rei, além de toda arte sacra, fé do seu povo e das manifestações cristãs, a cidade oferece literalmente uma viagem ao passado. Não deixe de fazer o passeio de maria-fumaça, trem a vapor, que sai da estação ferroviária e percorre 13 km até Tiradentes. São 35 minutos de passeio na única locomotiva de bitola estreita do mundo e ainda funcionando.

A cidade, berço do ex-presidente Tancredo Neves, é retrato da arte barroca mineira e cartão postal da humanidade.

Caminho Novo, bonito como a natureza Construído em 1700 pela Coroa, esse percurso vai do Rio de Janeiro até Ouro Preto. Começa no porto carioca e segue por Petrópolis margeando o rio Paraíba do Sul até alcançar cidades como Juiz de Fora - a mais populosa da Estrada Real - Barbacena e Santos Dummont, depois avança por Carandaí, Conselheiro Lafaiete até chegar em Ouro Branco e Ouro Preto, de que falamos anteriormente.

Na serra de Ouro Branco, nasce a cadeia de montanhas, conhecida como Espinhaço , num cenário de verdes matas, cachoeiras, cascatas, corredeiras e vários mirantes. Por sua localização, é uma das cidades mineiras com maior vocação para o turismo de esportes radicais. No calendário oficial eventos como o Sul-Americano de Rally, o encontro de motociclistas e a Copa Internacional de Mountain Bike.

Na cidade, não deixe de conhecer a igreja de Santo Antônio do Itatiaia, tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional.

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TURISMO | ESTRADA REAL

Rota dos Diamantes, retrato de Minas O último trecho da Estrada Real vai de Ouro Preto a Diamantina. Construído no século XVIII para o escoamento das pedras preciosas até a capital, é o trecho que mais retrata as tradições do povo mineiro. A rica arquitetura se espalha pelas montanhas. Serra da Caraça, Santa Bárbara, Conceição do Mato Dentro e Serro são os principais destinos dessa rota. No passeio, não deixe de conhecer a Serra do Cipó, são inúmeras cachoeiras, trilhas e turismo de aventura. Mais detalhes no site – wwww.serradocipo.com.br.

Diamantina, Patrimônio da Humanidade A terra de Juscelino Kubitschek foi tombada pelo Patrimônio Nacional em 1938. Anos depois, em 1999, recebeu da Unesco o título de Patrimônio Cultural da Humanidade.

Com natureza privilegiada, a região oferece muitas outras cachoeiras, grutas e recantos intocáveis.

Desbrave o Alto do Jequitinhonha. Lá você vai encon-

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trar cachoeiras de até 70 m de queda. E não deixe de conhecer também o museu da Casa de Xica da Silva, a “rainha negra”. História da escrava que, no século XVIII, entrou para a sociedade e se tornou uma das mulheres mais poderosas do Estado.

Comida mineira, “bão de doer”...

A cozinha mineira tem uma pitada do ciclo do ouro e é resultado de toda essa mistura de raças: índios, portugueses, fazendeiros, trabalhadores, gente que trafegava entre Rio, Minas e São Paulo. As receitas vindas de várias regiões foram incorporadas com algumas mudanças.

Pão de queijo, frango ao molho pardo, carne de porco, feijoada, arroz combinando com tutu, quiabo, couve e laranja fatiada. É só uma pequena amostra de um vasto cardápio. E não poderíamos esquecer aquela sobremesa perfeita, Romeu e Julieta, a combinação do queijo fresco de Minas com a goiabada. Hummm!

Andar, nadar, correr, rezar, passear, comer, comer, comer...é isso, gente, um pouco da Estrada Real. Um pouco do Brasil Colonial. Vale a aventura. Vale o passeio. Vale a aula de história ao vivo e em cores.

Informações: http://www.estradareal.org.br/

COMPORTAMENTO | ARTIGO

Quero

ser avó

Por Cidinha Fernandes

N

etos são presentes que Deus nos dá numa fase em que pensávamos que já havíamos experimentado todas as grandes emoções da vida. Quando pensamos que já estamos “pendurando as nossas chuteiras”, eis que dos céus somos agraciados com a bênção de ter um neto.

Ao recebermos a notícia de sua chegada, a alegria é tão grande que não sabemos como lidar com ela. É um misto de euforia e aperto no peito, apreensão e alegria. É algo tão especial que fica difícil avaliar a sua grandeza!

Sabemos que é privilégio, é presente, é bênção, mas como dar conta disso? O que vai mudar a partir daí?

Como será ter nossa vida pacata invadida por uma presença tão frágil e ao mesmo tempo tão poderosa?

Começam os sonhos, as fantasias, os medos, os cuidados exagerados. E nossos netos vêm para fazer de nós as avós mais felizes do mundo! Com seu olhar doce, com suas gracinhas que nos encantam, com as surpresas que nos oferecem a cada etapa de seu desenvolvimento.

Quando o desejo, o tempo e a saúde da vovó comportam isso, tudo bem; caso contrário, é preciso uma conversa franca com os pais da criança para que se encontre uma solução adequada aos dois lados. É bom não confundir prazer com obrigação; ser avó é um prazer que nossos filhos nos concederam e não uma obrigação de nos responsabilizarmos pelo que faz parte da sua escolha e decisão.

Enfim, não é preciso entrar numa batalha; é só falar o que estamos dispostas a fazer, e fazer com amor. Se quisermos ser mães-avós, tudo bem. Se o nosso desejo é sermos apenas avós, com direito a sermos mães de vez em quando, também é válido.

O importante é não nos sentirmos usadas e abusadas.

Afinal, já passou o tempo em que tínhamos uma galerinha pra alimentar, educar, ensinar, curar, transportar. Naquela época, demos o nosso jeito. E hoje, será que ainda temos aquele pique?

E o melhor de tudo isso é poder amá-los sem a obrigação de educá-los. Na casa da vovó, tudo é permitido, salvo o que atente contra a segurança dos pequeninos.

O tempo é todo pra eles: brincar, acariciar, estar juntos.

Filhos queridos, nós já cumprimos a nossa missão e para isso fizemos escolhas que excluíram outros planos de vida. Valeu a pena! Criamos vocês, continuamos participando com alegria de suas conquistas e vitórias e, como recompensa, ganhamos esses lindos netinhos que vocês nos deram. Por tudo isso, somos gratas.

Por isso, ser avó é diferente de ser mãe. Mas o que se vê hoje em dia são as avós-mães, que além de desfrutarem do prazer de serem avós, ainda têm que arcar com a responsabilidade de educar, com o peso de cuidar, com o serviço braçal.

Cidinha Fernandes, moradora da Península, é terapeuta, possui especialização em Clínica Psicológica na abordagem da Gestalt-Terapia, utilizando método fenomenológico e técnicas vivenciais.

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DECORAÇÃO | PISOS

Piso, a melhor escolha para o seu ambiente Por Antonio Félix

C

Vamos tomar como exemplo os pisos ou acabamentos para pequenos halls e salas de estar e de jantar.

O mercado oferece muitas opções que acompanham sempre a tendência atual.

A primeira informação na aquisição do revestimento é diferenciar os pisos internos, (para salas, quartos etc.) dos pisos externos que são bem diferentes.

Nestes casos, poderemos usar pisos “quentes ou frios”, tudo de acordo com os nossos desejos e necessidades. Os pisos “frios” mais procurados no momento são as variedades de granitos e porcelanatos, considerados os mais nobres, resistentes e belos.

om certeza, este tema é um grande gerador de dúvidas. Na hora de escolher o piso do ambiente, as opções são tantas que fica difícil de escolher. Como encontrar algo adequado, funcional, resistente, sem esquecer a beleza e a harmonia com o ambiente que o envolve?

12 REVISTA PENÍNSULA | MARÇO 2010

DECORAÇÃO | PISOS

Já os pisos “quentes” mais utilizados são os laminados de diversos tamanhos e tipos, assim como os carpetes nobres, ainda bem procurados no mercado.

O uso dos tapetes “soltos” tem como atribuição, além da beleza, a função importante de esquentar ambientes, cujos pisos utilizados são os “frios”. É claro que tudo isso é escolhido adequadamente, de preferência com a ajuda de um profissional, que conhece o mercado e a melhor opção para o ambiente que deseja.

Mas não se esqueça de que, ao adquirir um imóvel, além de todas essas preocupações com a estética, temos também que nos informar sobre as normas técnicas. Por exemplo, saber a espessura permitida pelo regulamento do prédio, para não ocasionar problemas na colocação de seu piso. Desta forma, você terá um piso bonito, de boa qualidade, e que atenda a todas as suas expectativas sem desperdiçar seu dinheiro.

Antonio Félix é arquiteto.

CONSELHEIRO COMUNITÁRIO | ENTREVISTA LEILA PERINI

Conselheiro

Comunitário D

ando sequência à apresentação dos conselheiros comunitários da ASSAPE – Associação Amigos da Península –, nesta edição, é a vez da senhora Leila Perini, economista, estudante de Jornalismo, mãe de uma adolescente e moradora do Fit.

Revista Península: Como você conheceu a Península?

Leila Perini: Sou do Rio Grande do Sul, mas ainda na infância, minha família foi transferida para o Rio Janeiro. Após me formar em economia pela UFRJ, fui fazer pós-graduação em Economia Internacional na Europa, onde morei durante 5 anos. Quando voltei para o Brasil, minha família havia sido transferida para Curitiba, lá conheci meu marido e residi durante 15 anos. Quando voltei, depois de 20 anos fora da cidade maravilhosa, visitei diversos empreendimentos, porém nada me agradou. Até que o gerente dos corretores disse que conhecia um lugar que era a minha cara, que tinha o meu perfil. Ele me levou à Península. Chegando aqui, vi a trilha, a organização, a limpeza... parecia um lugar do interior, mas exclusivo. Apaixonei-me. Lembrava muito Curitiba, que é uma cidade ecológica, limpa e organizada.

Revista Península: O que você mais gosta da Península?

Leila Perini: O que me encanta é a tranquilidade, pois só o fato de não haver trânsito e tumulto na porta de 14 REVISTA PENÍNSULA | MARÇO 2010

sua casa é maravilhoso. Ainda tem essa imensa área verde, além da total segurança e da organização.

Revista Península: Tem alguma parte da Península de que você mais goste? Você frequenta este espaço?

Leila Perini: Tenho uma filha adolescente de 13 anos que curte tudo isto aqui. Ela está matriculada nas aulas de tênis e anda de bicicleta pelo condomínio, acompanho quando posso, então frequento o espaço das quadras, a trilha e também a balsa, que tenho utilizado bastante. Não uso muito a churrasqueira, apesar de ser gaucha. Se bem que também nem tomo chimarrão. (risos) Revista Península: Quando e como se tornou conselheira comunitária?

Leila Perini: Fui eleita conselheira comunitária e do Condomínio Fit, durante a assembleia de instalação.

Revista Península: Quais são as funções do conselheiro comunitário?

CONSELHEIRO COMUNITÁRIO | ENTREVISTA LEILA PERINI E INFORME ASSAPE

Leila Perini: A função básica é representar os moradores durante as assembleias do Conselho Comunitário. Porém compreendi durante as reuniões que a definição não se restringe a esta assertiva. Há uma grande troca de experiências entre os conselheiros, e isto enriquece ainda mais nossas funções de cuidar do bem-estar comum. Além disto, tenho oportunidade de conhecer melhor os conselheiros, conheci pessoas muito interessadas e com a intenção de ver a Península como um bairro-condomínio, onde todos se unem para tornar o lugar aprazível.

Revista Península: Como são estas trocas de experiências entre os conselheiros?

Leila Perini: É uma troca de figurinhas entre os conselheiros. Muitos de nós são síndicos e subsíndicos ou participam de outras comissões. Então, a partir da vivência em outros cargos, trocamos experiências boas e ruins a respeito de serviços, atividades, gestão, entre outros.

Revista Península: Como é a relação do conselheiro comunitário com os moradores?

Leila Perini: Cada conselheiro representa os moradores de seu condomínio nas assembleias, transmitindo as sugestões e as reclamações feitas por eles. Porém, mais do que isto, devemos explicar e tirar as dúvidas dos moradores sobre as deliberações tomadas. Não

somente sobre o Conselho Comunitário, mas também sobre as outras comissões como, por exemplo, a de Orçamento, da qual faço parte.

Revista Península: Qual a sua opinião sobre a administração da ASSAPE? Leila Perini: Estou realmente muito satisfeita. Há um cuidado permanente em manter aquilo que a Carvalho Hosken tinha como propósito: tornar a Península um lugar diferenciado. É um trabalho sério. Não há “favorecimentos” de atender a um condomínio em detrimento dos outros ou a um grupo de pessoas em relação às demais. Isto é o papel de uma associação, pensar no todo e em prol do benefício de todos.

Revista Península: Como você vê a participação dos moradores na vida Península, eles contribuem com a sua administração?

Leila Perini: Os moradores em geral têm anseios, desejos particulares, mas isso é normal. E nós (conselheiros) estamos aqui para dar atenção a cada um, tirar dúvidas, ouvir sugestões, para saber se há possibilidade de atender ao desejo dessa minoria ou maioria. Um exemplo é o transporte na Península. Mapeamos as pessoas que querem que o itinerário do ônibus chegue ao Centro do Rio, e agora estamos buscando soluções.

Informe ASSAPE Quebra-Mola contratação O processo de e fará a insda empresa qu fase final. talação está na ratação dos O valor da cont de responquebra-molas, é incorporasabilidade dos o processo dores por isso ais lento. No burocrático é m serviço será mês de abril, o izado. executado e final

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REVISTA PENÍNSULA | MARÇO 2010 15

ACERVO CULTURAL | MARIO AGOSTINELLI

A força da arte

“A mais recente e melhor fase de sua pintura (...) tinha um caráter expressionista. Sua escultura corresponde exatamente a essa pintura; o maçarico tomou o lugar do pincel.

Sem perder a força expressiva (...) o artista se deleita em detalhes abstratos, em pesquisas de matéria, volume e pátina, como em seus óleos de meninos do morro ele cercava as humildes, patéticas figurinhas de manchas de cores suntuosas”.

Rubem Braga

R

ubem Braga desenhou a imagem do artista plástico de forma primorosa. Ele conseguiu, em poucas linhas, imprimir a força e a qualidade de Mario Agostinelli, que morreu em 2000 e deixou um acervo expressivo para a humanidade.

Peruano de nascença, cidadão carioca e artista do mundo, suas andanças influenciaram seus quadros e esculturas. Na Península, a grandeza de sua obra imprime charme e beleza ao Lagoon Park, onde está exposta a escultura de bronze o “Torso”.

Mario estudou na Escola Nacional de Belas Artes em Lima, onde foi aluno de Daniel Hernandez reconhecido pintor peruano. Aperfeiçoou sua técnica em alguns países como Argentina, Brasil, França e Itália.

Morou na França e nos Estados Unidos, porém foi no Brasil que se sentiu em casa e que obteve cidadania na década de 70. No Rio, foi agraciado com o título de “Carioca Honorário” oferecido pela Prefeitura do Rio de Janeiro.

A primeira exposição de pintura do artista na cidade aconteceu em 1945, no Museu Nacional de Belas Artes. Em 1953, fundou a “Le Petite Galerie”, uma das mais tradicionais da cidade.

Aos 40 anos, um problema na visão fez com que o artista se dedicasse à escultura consagrando- se como referência brasileira e contemporânea nesta modalidade artística. Na madeira, na tela, no bronze e no mármore, Mario Agostinelli deixou a sua marca inconfundível.

As obras do artista podem ser encontradas em coleções particulares do Brasil e do exterior e nos espaços públicos do Rio de Janeiro.

Fonte: Itaú Cultural

16 REVISTA PENÍNSULA | MARÇO 2010

CANTINHO DO MORADOR | ENTREVISTA CARLOS ALBERTO

1001 habilidades de um empreendedor

C

arlos Alberto, morador do Quintas do Sol, é uma daquelas pessoas que aposta, arrisca e investe. É empreendedor. Engenheiro por formação, migrou para informática e hoje trabalha simultaneamente na área de planejamento e na área gastronômica. Vamos conhecer um pouco do seu trabalho, desta trajetória que o conduziu por diversas áreas e de sua nova paixão profissional.

Revista Península: Você morou na Tijuca durante muitos anos da sua vida. Por que quis se mudar para a Barra da Tijuca?

Carlos Alberto: Como todo mundo sabe, o tijucano é muito bairrista, realmente gosta da Tjuca. Porém, quando minha madrinha se mudou para a Barra, percebi como ela ganhou mais qualidade de vida, passou a caminhar na praia, a sair mais, e isso me influenciou. Não que na Tijuca você não tenha qualidade de vida, mas é diferente, porque lá você fica mais dentro de casa. E assim mudei para este lado da cidade, conheci a Península, e é muito bom ter por perto toda esta área verde. A vida aqui é muito mais saudável devido aos espaços para a prática de esporte, a trilha e a ciclovia.

Revista Península: Conte pra gente um pouco de sua trajetória profissional.

Carlos Alberto: Comecei a minha atividade profissional 18 REVISTA PENÍNSULA | MARÇO 2010

como engenheiro na rede ferroviária federal, realizava a manutenção permanente da via e dos trilhos. Um trabalho árduo e de muita responsabilidade. Quando fazíamos a manutenção, normalmente trabalhávamos em um horário alternativo, à noite, para não atrapalhar o fluxo. Mas muitas vezes, tive que medir trechos durante o rush e, pra se ter uma ideia, em uma curva fechada, era necessário que um colega ficasse em uma ponta para avisar quando o trem estivesse chegando. Sem falar das tantas vezes em que acreditávamos que o trem estivesse se aproximando, e era pegadinha de um colega ou de quando era sério e achávamos que era brincadeira. Uma vez, eu e meu chefe estávamos fazendo medição em um trecho de vaivém e havia parede dos dois lados, ou seja, não tinha para onde correr, e os trens passavam muito próximos uns dos outros. O que a gente fez foi pular pelo trilho, e os trens passaram por cima da gente. São histórias emocionantes daquela época em que tudo era

CANTINHO DO MORADOR | ENTREVISTA CARLOS ALBERTO

divertido. Era um lado meu radical, coisas que acontecem na vida da gente, mas era bacana.

Revista Península: Você pulou da engenharia para a informática. Como foi isso?

Carlos Alberto: Trabalhei para um estaleiro comercial privado que fazia graneleiros, navios que transportam grãos. Foi quando migrei para a informática. Trabalhava com programação, exatamente na área de engenharia do estaleiro, até o momento em que a indústria naval entrou em crise e muitos estaleiros fecharam. Agora há crescimento nesta área por causa do mercado de petróleo e até mesmo pela própria indústria naval.

Hoje virei um usuário da informática e a tenho como uma prestação de serviço para minha área, que é a de planejamento, comercial e marketing do Portal Telelista.

Revista Península: Parece que diversificar e empreender é com o senhor mesmo. Hoje está no ramo de gastronomia. Como foi mais esta mudança de rota?

Carlos Alberto: Coisa de família. Minha irmã teve restaurante durante 15 anos, desistiu do negócio por causa da jornada pesada. E esta experiência de uma década e meia comanda um novo projeto hoje. Minha irmã e meu cunhado cuidam do Restaurante Baroa, no centro da cidade, e eu com a minha experiência em planejamento, organização e na análise do retorno do investimento, ajudo na nova empreitada. É uma nova experiência na vida.

Revista Península: Trabalhar com alimentação é muito diferente e requer muitos cuidados. Como o senhor encara isso?

Carlos Alberto: É trabalhar com o prazer da boa mesa.

O ato de comer é um dos prazeres da vida e traz para uma experiência sensorial, porque a comida tem o cheiro, o visual e o sabor. Por isso comer é tão prazeroso, é uma troca de experiências. O ato de comer deixa de ser hábito, instinto de uma necessidade orgânica, para ser um prazer e um hábito cultural. Então se percebe que há uma busca por parte das pessoas em entender um pouco do que o que está por trás daquilo ali, em vivenciar novas experiências. A gastronomia é uma alquimia, todo dia você inventa.

Li em uma pesquisa que os jovens estão preocupados em se alimentar bem, em escolher o alimento. Quando se fala em comida, fala-se em saúde também. Em um restaurante, pode-se conservar a sua dieta, mantendo pratos compatíveis com o público do lugar, como também se pode gerar uma dor de barriga. Um exemplo disso foi aquele cruzeiro em que inúmeros passageiros passaram mal.

No Baroa, usamos produtos de qualidade, profissionais experientes, cardápio variado e saudável. Tudo para que o momento da refeição seja de muito prazer e de total descontração. Estamos atentos à necessidade do nosso cliente.

Restaurante Baroa www.baroa.com.br Rua da Quitanda, 227 – Loja A

“A gastronomia é uma alquimia, todo dia você inventa.”

REVISTA PENÍNSULA | MARÇO 2010 19

GASTRONOMIA PÁSCOA | PRATO PRINCIPAL

Gastronomia

S

ugestão da renomada chef Andréa Tinoco para incrementar o cardápio da Semana Santa: Bacalhau com Legumes Ingredientes:: 1 kg de bacalhau (dessalgue por 48 horas em água, mantendo-o na geladeira) 2 litros de leite 5 dentes de alho confit Pão Saloio picado (pode substituir por Ciabata) 12 ovos de codorna cozidos 12 azeitonas pretas sem caroço 12 tomates-cereja 2 batatas de tamanho médio 4 minicenouras 4 aspargos 2 cebolas médias 2 ovos 4 colheres (sopa) de farinha de trigo Azeite extravirgem Azeite de pimentão 4 folhas de louro frescas

20 REVISTA PENÍNSULA | MARÇO 2010

Modo de preparo: • Cozinhe as batatas e corte-as em fatias grossas.

Regue com azeite.

• Mergulhe as postas de bacalhau no leite e leve ao fogo. Desligue quando iniciar a fervura.

• Passe as postas primeiro na farinha de trigo, retirando o excesso, depois no ovo batido com auxílio de um garfo e, por último, passe um dos lados do bacalhau no pão picado.

• Leve a uma frigideira com azeite quente e deixe dourar os dois lados, colocando primeiro o lado da crosta em contato com a panela.

• Arrume o bacalhau no centro do prato, em cima de duas fatias de batata. Ao lado, coloque cebolas fritas em azeite, ovos de codorna partidos ao meio, azeitonas, uma cenourinha por prato, um dente de alho confit, uma folha de louro e um aspargo. www.andreatinoco.com.br

GASTRONOMIA PÁSCOA | SOBREMESA

E

a tradicional Confeitaria Colombo nos presenteia com uma deliciosa receita para a Páscoa: o bolo Lebrão.

Ingredientes: 100 g de amêndoas sem casca torradas 100 g de castanha-de-caju torrada (em banda) 100 g de xerém de castanha-de-caju 100 g de nozes picadas 100 g de avelãs sem casca 100 g de figo seco 100 g de tâmaras sem caroço 150 g de uva-passa 150 g de damasco seco 100 g de frutas cristalizadas 100 g de ameixa em calda sem caroço 150 g de farinha de trigo 250 g de açúcar refinado 150 g de mel 100 ml de água 1 pitada de cravo em pó 1 colher (chá) de canela em pó 1 colher (chá) de gengibre em pó

1 colher (sopa) de semente de coentro torradas e trituradas Modo de preparo: • Picar grosseiramente a metade das amêndoas, das nozes, das avelãs e das bandas de castanhade-caju, deixar as outras metades inteiras; • Passar a uva-passa, o damasco, as frutas cristalizadas, a tâmara e o figo seco na máquina de moer; • Levar ao fogo o açúcar, o mel, a calda das ameixas e a água. Deixar ferver por 3 minutos; • Levar à batedeira todos os ingredientes (separar algumas amêndoas e avelãs para decorar) e misturar bem, juntando a calda quente aos poucos; • Untar a forma redonda com um pouco de margarina, colocar por cima um disco de papel-manteiga e untar novamente. Distribuir colocando 550 g de massa em cada lata, cobrir com farinha de trigo e assar em forno fraco (140 graus) por cerca de 30 minutos. Retirar do forno e deixar esfriar. Tirar toda farinha e cobrir com açúcar de confeiteiro. www.confeitariacolombo.com.br

REVISTA PENÍNSULA | MARÇO 2010 21

PÁSCOA PENÍNSULA

Páscoa Península Participe da festa!

Dia 03 de abril, às 15 horas, no Green Park.

Páscoa, Tempo de renovação.

Fotos de arquivo/Páscoa Península 2009 22 REVISTA PENÍNSULA | MARÇO 2010

PÁSCOA PENÍNSULA

Traga sua família e vamos todos brincar, dançar, nos divertir e celebrar.

O coelhinho da Páscoa vai marcar presença com uma trupe da alegria.

Esperamos você!

Fotos de arquivo/Páscoa Península 2009 REVISTA PENÍNSULA | MARÇO 2010 23

CURIOSIDADE | SIMBOLOGIA

A Páscoa

e seus símbolos

O

nome Páscoa surgiu a partir da palavra hebraica pessach (passagem) que, para os hebreus, significava o fim da escravidão no Egito e o início da libertação do povo judeu marcada pela travessia do Mar Vermelho, aberto para “a passagem” dos filhos de Israel que Moisés conduziria até a Terra Prometida.

Ainda hoje, a família judaica se reúne para o “Seder”, um jantar especial que é feito em família e dura 8 dias. Além do jantar, há leituras nas sinagogas.

Para os cristãos, a Páscoa é a passagem de Jesus Cristo da morte para a vida: a Ressurreição. A pas24 REVISTA PENÍNSULA | MARÇO 2010

sagem de Deus entre nós e a nossa passagem para Deus. É considerada a festa das festas, a solenidade das solenidades, e não se celebra dignamente senão na alegria.

Em tempos antigos, no hemisfério norte, a celebração da Páscoa era marcada pelo fim do inverno e pelo início da primavera. Tempo este em que animais e plantas aparecem novamente, em que os pastores e camponeses presenteavam-se uns aos outros com ovos.

CURIOSIDADE | SIMBOLOGIA

Eu só quero chocolate De todos os símbolos, o ovo de Páscoa é o mais esperado pelas crianças.

Nas culturas pagãs, o ovo trazia a ideia de começo de vida. Os povos costumavam presentear os amigos com ovos, desejando-lhes boa sorte. Na primavera, os chineses já costumavam distribuir ovos coloridos entre amigos como referência à renovação da vida.

Existem muitas lendas sobre os ovos, a mais conhecida é a dos persas: eles acreditavam que a terra havia saído de um ovo gigante e, por este motivo, os ovos tornaram-se sagrados.

Os cristãos primitivos do oriente foram os primeiros a dar ovos coloridos na Páscoa simbolizando a ressurreição, o nascimento para uma nova vida.

Nos países da Europa, costumavam-se escrever mensagens e datas nos ovos e doá-los aos amigos. Em outros como na Alemanha, o costume era presentear as crianças.

Pintar ovos com cores da primavera para celebrar a Páscoa foi um hábito adotado pelos cristãos no século XVIII, a igreja doava aos fiéis os ovos bentos.

A substituição dos ovos cozidos e pintados por ovos de chocolate pode ser justificada pela proibição do consumo de carne animal no período da quaresma por alguns cristãos.

A versão mais aceita é a de que o surgimento da indústria do chocolate, em 1830, na Inglaterra, fez o consumo de ovos de chocolate aumentar.

Fonte: Portal da Família

PENÍNSULA | ESTRANGEIROS

Cidadão

do Mundo N

a edição passada, abordamos a questão do grande número de estrangeiros que reside na Península. Gente dos quatro cantos do planeta, brasileiros de coração que somam com a nossa cultura e com o nosso jeito de viver.

Fomos conhecer o holandês Hans van Deursen, que mora há 2 anos e meio na Península, casado com uma brasileira, pai de 2 filhos, uma menina de 8 anos e um menino de 5. Trabalha no setor farmacêutico, como diretor administrativo-financeiro da Ratiopharm, empresa produtora de medicamentos genéricos.

Revista Península: Como o Brasil entrou na sua vida?

Hans: Minha esposa é brasileira, estava na Inglaterra fazendo intercâmbio e foi passar um fim de semana na Holanda. Nos conhecemos e trocamos endereços.

No ano seguinte, ela foi para Holanda fazer um curso de inglês durante 3 meses, nos encontramos e nos apaixonamos de vez. Ela voltou ao Brasil, e logo depois, eu resolvi me estabelecer no país. Nos casamos, e neste ano, faz 18 anos que resido no país. Posso dizer que formei minha família aqui.

26 REVISTA PENÍNSULA | MARÇO 2010

Revista Península: Depois de tanto tempo aqui no Brasil, você se sente mais brasileiro ou mais holandês?

Hans: Continuo tendo muito orgulho das minhas raízes. Jamais deixei de ser holandês, porém é claro que recebi influências e também adaptei alguns costumes brasileiros, afinal metade da minha vida foi aqui no Brasil. Não sei o que eu sou mais, é difícil definir. Em certas ocasiões, transparecem mais os valores das minhas raízes, demonstrando que sou holandês. Por exemplo, na educação dos meus filhos trago muitas conceitos que foram transmitidas pelos meus pais,

PENÍNSULA | ESTRANGEIROS

sou um pouco mais rigoroso na forma de tratar meus filhos... Antes de perguntar se torço pelo Brasil ou pela Holanda durante os jogos das seleções, vou responder: torço pela Holanda. Está na minha veia, no meu sangue. Saí do meu país e quis morar aqui no Brasil por opção.

Revista Península: Como é o contato com o seu país, com suas raízes depois de tanto tempo ausente?

Hans: Meus pais e meu irmão ainda moram lá e falo com eles pelo Skype. Porém minha família está aqui na verdade, são meus filhos e minha esposa. Durante um período tive contato, mesmo que por pouco tempo, com a comunidade holandesa. Creio ser uma característica do povo holandês ter facilidade de integrar-se à comunidade local.

Revista Península: Há alguma possibilidade de voltar a morar na Holanda?

Hans: Acredito ser pouco provável. Não está nos meus planos nem de longe voltar para Holanda. Embora tenha muito carinho pelo país, meu projeto de vida é realmente no Brasil. Gosto muito de morar aqui, mais do que lá.

Revista Península: Como foi chegar a um país diferente e sem falar o idioma? Conta um pouco desta experiência?

Hans: Na verdade antes de vir, comprei um livro de português na Holanda, mas era de Portugal, então nem sempre funcionava (Risos). A dificuldade de se expressar em outro idioma no Brasil faz com que você se esforce para aprender a língua. Como tenho facilidade de aprender idiomas, depois de 3 meses, conseguia me comunicar sem grandes problemas. Os brasileiros ajudaram também, são pacientes e tolerantes com os estrangeiros. Lembro-me de que não conseguia pronunciar o número 10 então comprava ou 9 ou 11 pães (Risos). Mesmo assim, quando não era entendido, buscava outra forma de dialogar e as pessoas eram compreensivas. Isto é muito bacana, uma qualidade do brasileiro. O estrangeiro não é discriminado, marginalizado aqui, independente do país.

Este carinho, aceitação e compreensão do brasileiro foi outro motivo para me estabelecer aqui. Não há país no mundo que receba tão bem o estrangeiro e o imigrante como o Brasil. É absolutamente incontestável, pode perguntar para qualquer outro estrangeiro que eles irão atestar.

Revista Península: Como conheceu Revista Península: O que te encantou a Península? em morar no Brasil?

“Gosto da mistura perfeita Hans: Vimos alguns empreenHans: A primeira razão que se da natureza, é algo diferen- dimentos, minha mulher tinha tem em mente é a praia, o sol. gostado de outro, mas adorei a te, do astral da cidade, do Realmente isto encanta muito no Península, então nos mudamos. início, porém com o tempo, é um Identifiquei-me com o lugar, e pela humor do carioca.” pensamento pouco consistente. primeira vez, me sinto numa comuMorar no Brasil é um desafio, não nidade. Tanto que me envolvi com somente no aspecto da segurança. Há muitas oporas questões do prédio e de administração. Nunca tinha tunidades e bastante trabalho para ser realizado. Há feito isto, participado de reunião de condomínio. É um muito que construir em vários sentidos. As dificuldalugar especial, não tenho vontade de morar em outro des que encontramos no país, seja pela burocracia lugar que não seja a Península. seja pelo problema estrutural, permitem explorar habilidades dentro de você que não sabe que é capaz.

Revista Península: Do que você mais gosta na Península?

Quando está em um ambiente onde tudo é perfeito, Hans: A tranquilidade, não há barulho à noite, é um você não é desafiado a explorar suas habilidades, a oásis de tranquilidade. Espero que consigamos preenfrentar as dificuldades e superá-las? Isto me atrai servar, já que a tendência é o condomínio crescer. muito no Brasil, pois estes obstáculos superados torAdoro a natureza também, acho que sou um dos nam-se grandes vitórias. Acredito que cresci e aprendi poucos moradores que conhecem a trilha do início muito, descobri habilidades que provavelmente não ao fim, porque para se chegar ao final dela é preciso saberia que tinha, caso estivesse em meu país, onde caminhar pela lama. Voltei com o tênis todo sujo e me tudo é certinho e bem feito. É claro que, às vezes, senti realizado. mesmo depois de 18 anos, as questões burocráticas ainda me irritam profundamente.

Revista Península: Como é seu relacionamento com os outros estrangeiros?

Revista Península: Do que você mais gosta no Rio de Janeiro?

Hans: Tenho contato com poucos. Não faço questão Hans: Gosto da mistura perfeita da natureza, é algo difede fazer parte de um grupo de estrangeiros. Pelo conrente, do astral da cidade, do humor do carioca. De satrário, quero sempre estar integrado ao todo. De modo ber que estou perto da praia, mesmo não frequentando. geral, acredito que os estrangeiros têm os mesmos Um conjunto de elementos da cidade que me encantou sentimentos de querer fazer parte da comunidade da e continua a encantar. Sei que a cidade tem seus problePenínsula junto com os brasileiros. mas como tantas outras, mas aprendemos a conviver.

REVISTA PENÍNSULA | MARÇO 2010 27

É DE CASA | ENTREVISTA ELMA AUDAY

É de

casa N

este espaço, você vai sempre encontrar uma cara conhecida, pode ser o seu vizinho, alguém que tenha um trabalho relevante, que se destaque em sua atividade e que resida aqui na Península.

Nesta edição, a psicanalista Elma Auday Bichara Izai, moradora do Smart, casada, mãe de 6 filhos, uma pessoa muito curiosa, criativa e apaixonada pela vida. Entre tantas atribuições, Elma também é escritora, lançou diversos livros, o último, “Gordas e Gostosas”, é dedicado às mulheres que estão sempre acima do peso. Numa tarde ensolarada, ela nos recebeu para um papo leve, descontraído em que o universo feminino foi a pauta principal.

Revista Península: Rita Lee já dizia: “É cor de rosa choque, não provoque”. Você diria que a mulher do século XXI já venceu preconceitos e conquistou o seu espaço?

Elma Auday: As mulheres estão vivendo um momento de grande plenitude intelectual, cultural e profissional, porém por outro lado, estão muito confusas, perdidas e assustadas. É como se estivessem usando uma sandália muito alta com o salto de um dos pés quebrado, um pé lá em cima e outro aqui embaixo. Tentam viver seus amores, levar adiante seus projetos e seus sonhos, e enfrentam dificuldades. Tem sido difícil para elas. Mas em contrapartida, também tem sido para os homens acompanharem e aturarem essas novas mulheres. Eles não identificam seu lugar.

Revista Península: A mulher brasileira já foi escrava de 28 REVISTA PENÍNSULA | MARÇO 2010

preconceitos, prepotência masculina, mas lutou e mudou principalmente nas grandes capitais. No entanto, hoje a mulher é muito escrava de si mesma: moda, balança, o desejo permanente de ser jovem. Isto é apenas coisa de mulher ou é uma cobrança, mesmo que velada, do homem?

Elma Auday: Além de tudo isso que foi dito, impor às mulheres um modelo físico desse ou daquele jeito é de uma crueldade atroz. Isso tudo é uma judiação. Tenho ideias muito particulares a respeito da obesidade.

Acredito que não há nenhuma possibilidade de ninguém perder um quilo se não tiver absolutamente feliz consigo mesmo. Perde-se peso quando se está em paz consigo e entende que seria melhor PARA VOCÊ, deve-se ficar bonita para você e não para os outros.

Acredito que as gordas são gostosas sim.

É DE CASA | ENTREVISTA ELMA AUDAY

vínculos e desentendimentos.

Revista Península: A senhora tem uma longa estrada Abordo a temática da mulher e suas relações, mas na Psicanálise. Atua desde 1975 em consultório. Além também outros tipos de relações sociais. Tenho oude clinicar, também é professora universitária. Com tro livro, que está no forno, sobre a homossexualidade toda esta bagagem, como vê a trajetória da mulher masculina na adolescência e na fase adulta. frente à vida nas últimas décadas. O que a deixa inquieta? O que a faz ferver?

Revista Península: A rotina do consultório deve ser peElma Auday: A mulher cresceu muito, porém o seu entorsada em alguns momentos. A Península é um oásis no não se desenvolveu na mesma velocidade. Elas têm para recarregar as baterias? diversas oportunidades de trabalho, porém continuam Elma Auday: A rotina é atribulada, ainda mais quando sem ter onde deixar o filho, sem ter com quem contar, se tem uma filha adolescente. Leva para o colégio, vai sem ter o mínimo de infraestrutura de sustentação para para o consultório, depois vem para Península e sai o seu desenvolvimento. As mulheres têm grande capade novo para buscar o filho no colégio. É uma loucucidade, porém a vida lhes impõe dificuldades. Mesmo ra... Porém sou apaixonada pela Península. Morava no que sejam pequenas, elas se tornam grandiosas, como Paradiso, depois mudei para o Smart. Quando entro por exemplo, ficar no trânsito e não conseguir chegar na aqui, é um sonho, uma paz. hora para pegar o filho na creche. Surge então aquela culpa de não conseguir dar conta do filho da maneira Revista Península: O que você destacaria na Penínsucomo gostaria. Isto depois de um dia inteiro de trabala? O que mais lhe agrada? lho. O mundo está muito ambíguo e complicado para Elma Auday: A natureza, a segurança, a trilha. Camia mulher, em relação ao seu posicionamento social. nho pelo menos 2 vezes por semana com os cachorPorém, a sua luta para suplantar essa diversidade é ros. A sensação que tenho é de estar nutrida de um muita bonita. É encantador ver a força que a mulher bem-estar. De vez em quando, saio e vejo o anoitecer. faz para, todo dia, acordar e continuar acreditando e Acho um privilégio morar aqui. sonhando. É a ideia do universo mágico da mulher que se mantém. Por mais objetiva que Revista Península: E antes de moseja a sua vida, ela continua uma “A sensação que tenho é de rar na Península? princesa encantada querendo ser Elma Auday: Passei 7 anos moranchamada para dançar, isso não estar nutrida de um do em Nova Friburgo. Trabalhei em muda. E como ela vai administrar bem-estar.

De vez em quanuma clínica social, voltada para a essa confusão toda? Como ser uma executiva e abdicar do sonho do, saio e vejo o anoitecer.” comunidade, escrevia para uma coluna no jornal de Friburgo “Diáde princesa? Não abdicará, porque rio da Serra” e tinha um programa se alguém lhe convida para dançar, na televisão local Zoom, onde buscava responder aos ela vai abrir um sorriso imenso. anseios da comunidade. Mas antes de parar em Friburgo, morei durante 10 anos em Mato grosso do Sul. Revista Península: A senhora é autora de vários trabaMeu marido foi convidado para coordenar o núcleo de lhos apresentados e publicados em Congressos Braformação de psiquiatria. Durante este período, sentia sileiros e Latino-Americanos de Psicanálise. Escreveu falta do cheiro de maresia, sentia muita falta do Rio, “Minhas Mulheres”, “Pequenas Histórias dos Homens afinal minha família estava aqui. Resolvemos voltar, das Minhas Mulheres” e mais recentemente, “Gordas mas meu marido queria morar em uma cidade mais e Gostosas”. A temática feminina é inspiradora? tranquila, então decidimos morar em Nova Friburgo.

Elma Auday: As mulheres são personagem principal Até o momento em que a minha filha necessitou de das últimas décadas. Criaram, produziram e construuma escola melhor. íram neste período grandes mudanças no universo mental. E assim surgiram os impasses decorrentes Revista Península: Você se sente uma mulher contemdesta transformação, como a sua relação com os hoporânea? mens, por exemplo. Este desencontro, esta temática Elma Auday: Vou fazer 60 anos daqui a um mês e teme apaixona. Tanto que estou escrevendo outro livro nho pensado muito nisto: que mulher eu sou? Sinto que é um “manual de instrução” sobre o relacionaque ainda não consegui tirar meu vestido de Cindemento entre homens e mulheres. rela. O encantamento ainda faz parte da minha vida.

O que as mulheres querem? Do que elas precisam?

Tudo que fiz eu quis fazer, foi porque precisava. Não São inquietações que me fazem pensar, estudar e proque eu achasse que iria ganhar benefícios, por exemcurar. São mais de 30 anos clinicando, acompanhanplo, por ser uma excelente profissional ou por ser uma do as pessoas, participando do processo delas, de boa mãe. Ainda sou uma sonhadora. suas crises. Portanto tenho interesse pelas relações entre as pessoas, pelas trocas das pessoas, pela maneira como se encontram uma com as outras, criam REVISTA PENÍNSULA | MARÇO 2010 29

ESPORTE | ENSAIO FOTOGRÁFICO

Tênis

“Corram atrás dos seus sonhos, acreditem que podem chegar, trabalhem duro para isso, e se as pessoas falam que vocês não vão conseguir, trabalhem o dobro para mostrar que é possível.

Treinem mais e melhor.”

Fininho _ Fernando Meligeni.

F

ininho tem história escrita no tênis nacional e sabe o que diz. A frase acima serve de incentivo para amadores e futuros atletas da Península. Aqui não há adversário, mas sim parceiros de jogo. No individual ou em dupla, a troca de bolas contagia o jogo. Essa turma dá voleio na preguiça, em qualquer horário, tem sempre um tenista pronto para jogar. Para aqueles que não sabem nem pegar na raquete, a escolinha de tênis da Península é o ponto de partida. Neste início, o que vale é a diversão do aluno, que geralmente desperta o atleta.

Uri, de 9 Atmosfera o d r voltura o d e s O mora demonstra de n . anos, já ra definir o ponto pa

João, em sua se aula, treina com gunda o am o rebater da bola. igo

30 REVISTA PENÍNSULA | MARÇO 2010

ESPORTE | ENSAIO FOTOGRÁFICO

Júlia, d e 15 desde e anos, aprend e ntão nã o parouu a jogar com op mais de treinar. ai e

sinando as Wanderlei en O professordo esporte aos alunos. técnicas

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já dem 3 aulas r. Com linha. ti e p m r a co rebater a bo começa a para ica e força ao in e tr o n téc Marc

REVISTA PENÍNSULA | MARÇO 2010 31

MEIO AMBIENTE | ECONOMIA DE ÁGUA

O dia mundial da

J

á falamos aqui que a água não vem da parede.

E não vem mesmo! Tanto é verdade que, a partir da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento durante a ECO92, realizada no Rio de janeiro, passamos a comemorar o Dia Mundial da Água.

A partir de 1993, a Assembleia Geral da ONU designou o dia 22 de março de cada ano para que esse tema fosse refletido e fossem buscadas, em todo o mundo, resoluções para os problemas relativos à água, conforme as recomendações daquela conferência contidas no capítulo 18 (Fresh Water Resources) da Agenda 21.

Os países membros foram convidados a dedicar este dia ao implemento das recomendações da ONU e à criação de atividades concretas apropriadas ao contexto da realidade local.

Década internacional para ação: água para a vida 2005-2015 O mais comum na vida quotidiana de grande parte da população mundial, principalmente da América do Norte e da Europa, é abrir a torneira e receber água potável. No entanto, mais de 1 bilhão de habitantes da Terra não têm escolha, eles usam água potencial32 REVISTA PENÍNSULA | MARÇO 2010

água

mente nociva à saúde, isso quando têm acesso.

O dia 22 de março marca, anualmente, um esforço permanente para promover o acesso à água segura e potável. É uma forma de sensibilização e de estímulo ao debate sobre os perigos que derivam do acesso inadequado à água potável e ao saneamento básico.

De 2005 a 2015, estes são os 10 anos em que se devem intensificar os esforços, focar mais as questões relacionadas à água, à cooperação em todos os níveis e ao desenvolvimento em geral. A Assembleia Geral da ONU proclamou este período como a Década Internacional das Nações Unidas da Água para Vida.

Esta década oferece uma oportunidade para se reavaliar o compromisso político e para se iniciar em todo mundo uma forma de catalisar a maior participação de toda a população mundial.

Segundo a ONU, 50% das taxas de doenças e de mortes nos países em desenvolvimento ocorrem por falta de água ou por sua contaminação. Assim sendo, o rápido crescimento da população mundial e a crescente poluição, causada também pela industrialização, torna a água no recurso natural mais estratégico de qualquer país do mundo.

Para cada 1.000 litros de água utilizados, outros 10

MEIO AMBIENTE | ECONOMIA DE ÁGUA

mil são poluídos. De acordo com a ONU, parece estar cada vez mais difícil se conseguir água para todos, principalmente nos países em desenvolvimento.

Dados do International Water Management Institute (IWMI) mostram que, no ano de 2025, 1.8 bilhão de pessoas de diversos países deverá viver em absoluta falta de água, o que equivale a mais de 30% da população mundial. Diante desta constatação, cabe lembrar que a água limpa e acessível é um elemento indispensável para a vida humana e que, para tê-la no futuro, é preciso protegê-la para evitar o caos previsto para a humanidade quando homens de todos os continentes travarem guerras em busca deste elemento antes tão abundante.

Devido à grande expansão urbanística, à industrialização, à agricultura, à pecuária e à produção de energia elétrica – que estão estreitamente associadas à elevação do nível de vida e ao crescimento populacional –, crescentes quantidades de água passaram a ser exigidas.

A crescente necessidade de água, a limitação dos recursos hídricos, os conflitos entre alguns usos e os prejuízos causados pelo desperdício de água exigem

Guardiões da Natureza A água nos dá a vida, é o bem mais precioso da humanidade. E é muito bom sentir que moramos num lugar privilegiado, sustentável, um recanto da natureza, no qual, de certa forma, cada morador da Península se tornou um guardião, um protetor do planeta. Temos uma variedade de plantas de restinga, ornamentais, exóticas e nativas. O nosso projeto de arborização de ruas e parques foi criado com espécies nativas, como o pau-brasil, aroeira salva, Jacarandá mimoso, entre outras, árvores frondosas. A nossa fauna também é

um planejamento bem elaborado pelos órgãos governamentais, estaduais e municipais, visando à criação de técnicas para melhor aproveitamento dos recursos hídricos. Além das responsabilidades públicas, cada cidadão tem o direito de usufruir da água, mas também tem o dever de preservá-la, utilizando-a de maneira consciente, sem desperdícios, dando a esta o seu real valor.

Mas como devemos comemorar esta importante data? Não só neste dia, mas também nos outros 364 dias do ano, precisamos tomar atitudes em nosso diaa-dia que colaborem para a preservação e economia deste bem natural. Sugestões não faltam: não jogar lixo nos rios e lagos; economizar água nas atividades cotidianas (banho, escovação de dentes, lavagem de louças etc); reutilizar a água em diversas situações; respeitar as regiões de mananciais e divulgar ideias ecológicas para amigos, parentes e outras pessoas.

Vamos todos cuidar desse pequeno planeta azul, nossa casa, nossa morada.

Fontes de pesquisa: www.worldwaterday2010.info/ www.ambientebrasil.com.br

rica, encontramos desde minúsculos insetos até o maior roedor das Américas, a capivara. Ainda temos bandos de aves, como as garças brancas, biguás e marrecos, além de pica-paus, quero-queros e diversas outras espécies de aves. Passeando pela trilha: micos, gambás, répteis e tantos outros pequenos animais.

A natureza em harmonia, crescendo, seguindo seu curso natural. Aqui homem e ambiente, estão integrados, protegidos, em sintonia. E como disse um dia, Leonardo da Vinci, nunca o homem inventará nada mais simples nem mais belo do que uma manifestação da natureza.

REVISTA PENÍNSULA | MARÇO 2010 33

Sergio Lopes é empresário da área de Meio Ambiente, pai de 3 filhos, vice-presidente da ASSAPE e um apaixonado pela Península.

Sergio Lopes Vice-Presidente

Blog da Vice-Presidência

EDUCAÇÃO, A BAGAGEM MAIS PRECIOSA Educação é uma daquelas ferramentas que carregamos ao longo da vida. Ninguém nos tira, e ainda podemos dividir com o outro, ensinar aos mais novos, multiplicar.

Ser educado é ser cidadão, é fazer a vida mais leve para você, para o outro, para o todo.

Mas quando ela falta!?! O caos.

ram carrinhos com bebês, idosos caminham, enfim a vida flui naturalmente. Portanto, há limite de velocidade, ele é de 30 km/h.

Muitas vezes o aprendizado precisa de um empurrão, por isso as lombadas estão sendo instaladas, para que o motorista fique atento à velocidade e evite acidentes.

Por que escolhi este tema? Porque moramos num espaço em que circulam pessoas de todas as idades, com ritmos e vidas diferentes. Porque tenho certeza de que o meu direito termina onde começa o do outro. E viver em comunidade é isso, é convivência harmoniosa, respeito, parceria.

Vamos cuidar de nós mesmos sem nos esquecer do outro. Vamos fazer a nossa parte para que ninguém se machuque, para que não haja sobressaltos. Para que as ruas se tornem cada dia mais seguras para você, para mim, para nossas crianças, nossos jovens e idosos, enfim, para nossas famílias. Respeite o limite de velocidade. Garanta a vida.

Nas mesmas avenidas onde circulam carros, crianças andam de bicicletas, de triciclos, babás empur-

Forte abraço.

Acesse meu blog: www.osergiolopes.com.br, clique no link Península.

34 REVISTA PENÍNSULA | MARÇO 2010

PORTA-RETRATO | TARDE DE SÁBADO

Porta-Retrato Fotos Bruno Leão

“São as águas de março fechando o verão. É a promessa de vida no teu coração...”

O

verão se despediu, a chuva veio, mas o astro rei não desapontou essa gente bonita da Península. Céu azul, sol alto e a alegria marcaram o dia.

el, que já já vai estar passeando A família vai crescer, vem aí o Rafacom toda a família: Fabiane, nsula Pení da edas alam s pela ta mora no Privilege.

Cristiano e Vinicius. Esta turma boni

Luiza e A ndressa, morad do Q Cumpliciduintas. Mãe e filh oras a d e n o afeto e c olhar, ca a. a sábado. lor de uma manhrinho, Foto pra vida, da viã de da.

as três e se diverte com , de 3. A andra vira criança A psicóloga Aless anos, e as gêmeas, Júlia e Gabriela nínsula.

12 e se divertir na Pe filhas: Beatriz de rar no Atmosfera mo ora ad a nh mi tur

36 REVISTA PENÍNSULA | MARÇO 2010

PORTA-RETRATO | TARDE DE SÁBADO

meas Julia , as irmãs gê ra Isabella e suoradoras do Atmosfe com a m e Isadora, o espaço Café Green frequentamamãe e com o papai. m

Moradores do Green Bay, a família LeiLei tão: Alexandre, Flávia, Maria Eduarda e Ana Carolina, aproveitam a sombra para uma pequena pausa do passeio ciclístico.

Que sabe o esporte . no Mas pa gera sa tamb Aquarela ra André úde todo , vai Gust ém tr m av mund a há umz novos aais além. o, que m o já ano e migos. O espo ora rt E bate um b le joga tê e nis olão.

Pedro, mor e Vitor. A seador do Excelence, se leção divert aproveitanddo futuro está em ca e com os amigos Tiag mpo o o a infância solta, livre , rindo, brincando, e protegida.

A pequen Aquarela, a Geovana, que resi de no brinca, click mágicse diverte e encara o o da câmer a.

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SAÚDE | CAMPANHA DE VACINAÇÃO H1N1

Vacinação contra a gripe influenza H1N1

A

campanha que começou no dia 8 de março segue até 21 de maio. De acordo com o Ministério da Saúde, o objetivo da campanha não é conter o vírus, mas sim priorizar os grupos de riscos. Portanto, estão excluídos da campanha, bebês de até 6 meses de idade, crianças e jovens entre 2 e 20 anos e adultos na faixa etária de 40 a 59 anos. O Ministério informou ainda que essa forma de procedimento foi orientação da OMS – Organização Mundial de Saúde.

Tire as suas dúvidas: DISQUE SAÚDE | 0800-61 1997 | Ministério da Saúde

Até dia 19 de março Imunização para os trabalhadores de serviços de saúde (funcionários das áreas de limpeza, recepcionistas, motoristas, médicos e enfermeiros) e toda a população indígena.

De 22 de março a 2 de abril Portadores de doenças crônicas como diabetes, obesidade mórbida, doenças respiratórias e cardíacas e acometidos por doenças hepáticas e renais.

Crianças de 6 meses a 2 anos receberão 2 meias doses, a segunda pelo menos 21 dias após a primeira aplicação.

Gestantes, mulheres que engravidarem após esta fase serão vacinadas nas demais etapas da campanha.

De 5 a 23 de abril

Calendário Nacional de

Vacinação

40 REVISTA PENÍNSULA | MARÇO 2010

Adultos saudáveis, de 20 a 29 anos.

De 24 de abril a 7 de maio Imunização para gripe comum de pessoas com mais de 60 anos. Somente idosos com doenças crônicas serão vacinados contra a gripe pandêmica.

De 10 a 21 de maio População de 30 a 39 anos.