Cinema para todos A SÊtima Arte no banco da praça
Sustentabilidade Rio+20
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Revista de Bordo Util | Maio/Junhol 7
Expediente | Editorial
Sua melhor companhia de viagem
Expediente EDITORA-CHEFE Tereza Dalmacio terezadalmacio@utilcd.com.br REPÓRTERES Cristiano Kubis Leandro Lainetti Stephany Muzi REVISORA Tatiana Lopes
A Revista vem especial, leve, amorosa, dinâmica, vitaminada. O amor de mãe, num exemplo mágico, vai emocionar você. A solidariedade sobre ondas mostra que em qualquer lugar é possível fazer o bem. Já a Sétima Arte chegar aos lugares mais longínquos e encanta que nunca viu a telona. A seresta dá o tom numa cidadezinha fluminense, e a Util leva você até lá. O Dia dos Namorados vai arrancar boas risadas, e os festejos juninos colocarão você na estrada, pronto para pular fogueira, se deliciar com quentão e dançar até o dia “raiá”. A paixão nacional ganha espaço na sua Revista de Bordo. O futebol no olhar dos nossos repórteres. E comer bem, se cuidar, manter a boa forma. A saúde nossa de cada dia com a opinião abalizada de diversos especialistas. E quando você pensa que acabou, a bela atriz Heloísa Périssé conta pra gente como é a vida na fama e com muito trabalho. Leia, ria, se emocione, aprenda, descubra, viva a Revista Util, a sua melhor companhia de viagem.
PRODUÇÃO GRÁFICA Ediouro Gráfica e Editora
Wellington Costa wcosta@utilcd.com.br
COMERCIAL Alessandro Aquino aquino@utilcd.com.br
Paola Barbosa paola@utilcd.com.br
Alfredo Oliveira alfredo@utilcd.com.br
PRODUTORA Fabiane Motta
Bruno Faria bruno@utilcd.com.br
DESIGNER Riane Tovar
Daniel Brandão daniel@utilcd.com.br
FOTOGRAFIA Juliana de Castro Natália Moraes
Márcio Ayres marcio@utilcd.com.br
ESTAGIÁRIAS DE DESIGN Maíra Dibe Rachel Sartori
Renato Teixeira renato@utilcd.com.br
COLABORADORES Alexandre Pires Ana Lucia Adriano Beto Galvão Bruno Carrera David Zee Eduardo Cadidé Fabiane Fernandes Fernando Sales Heloisa Rocha Isabella Carneiro Jorge da C. Barbosa Leite José Izai Luciana Drugos Mário de Barros Filho
Patrick de Oliveira Suellen Ribeiro Tammy Luciano Valéria Monção Verônica Nicoletti UTIL COMUNICAÇÃO E DESIGN DIRETORIA Paulo Roberto Jr. ¦ Executivo pmesquita@utilcd.com.br Rebeca Maia ¦ Administrativo rebeca@utilcd.com.br REDAÇÃO & COMERCIAL Avenida Armando Lombardi, 800, Sala 238 Barra da Tijuca ¦ Rio de Janeiro ¦ RJ CEP: 22640-906 21 3471-6799 ¦ 7887-8284 Os textos veiculados são de total responsabilidade dos autores.
Revista de Bordo Util | Maio/Junhol 11
Encontro com
Carlos Vereza,
contato@utilcd.com.br
Saúde em primeiro lugar
A reportagem da Dra. Heloisa Rocha sobre alergia alimentar me ajudou muito. Gostaria de agradecer e encontrar sempre temas sobre a alergia.
@
Ana Flávia Silva, Juiz de Fora (totalmente alérgica)
Grafite é arte?
Acompanho a carreira do Vereza desde o início. Fiquei feliz em saber do livro e também da sua recuperação. Um grande ator, com certeza.
No meu tempo grafiteiro era sinônimo de pichador. Hoje é arte, e com o trabalho do Taz, concordo plenamente. O baiano é porreta. Trabalho lindo. Paulo Henrique (outro baiano perdido no Rio)
Murilo Figueiredo, Juiz de Fora
Síndrome de Down
Comovente a história da Bianca e Maria Helena. Realmente o amor é remédio milagroso. Parabéns. Maura Bendita Santos, Rio de Janeiro (mãe de Pedro, portador de síndrome de Down)
RECEBA EM CASA Se você quiser receber a Revista em casa, envie e-mail para contato@utilcd.com.br, que entraremos em contato. Lembre-se, este espaço é seu. Não deixe de escrever pra gente. Envie uma foto. Conte sua história. Aguardamos a sua participação.
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Revista Util
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Sumário
4º Ano | 23ª Edição
58 UTIL Eu vou e volto
50 16 Dra. Heloisa Rocha
50 Moda
38 CÃibras Que dor é essa?
54 Capa
44 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
58 Util
Sal: verdade e mitos
Sabor e humor
Manequim GG
Heloísa Périssé
Eu vou e volto
62
BEATLES O sonho não acabou
106 78
84
FUTEBOL Paixão nacional
62
Beatles O sonho não acabou
84 Futebol
66 Sustentabilidade Rio+20
92 Cinema
78
106 Responsabilidade Social
Amor de mãe Diário da UTI
Paixão nacional
Um artista sem limites
Na onda da solidariedade
Revista de Bordo Util | Maio/Junho 15
Saúde e Beleza | Dra. Heloisa Rocha
Sal: verdades e mitos
O
sal de cozinha, conhecido como cloreto de sódio, é substância essencial ao homem. A necessidade diária de sal para um adulto de é cerca de 4 a 6 gramas/dia, o que equivale a 2,4 gramas de sódio. O mineral sódio está presente na maioria dos alimentos, logo sódio não é sinônimo de sal. É prudente ter atenção na hora de ler o rótulo dos alimentos, já que mostra a quantidade de sódio e não de sal. Ingerir sódio em excesso pode trazer malefícios ao nosso organismo: leva ao edema (inchaço) no corpo, em especial nas nossas pernas; também participa no controle da transmissão do impulso nervoso celular, para formação de cálculos no rim, na questão pulmonar, gerando crises de broncoespasmo, que resultam em crises de “falta de ar”. Sabe-se que o nosso sistema renal tem capacidade limitada para filtrar e excretar o sal; quando o seu consumo é mais alto, o rim trabalha sob uma pressão maior e pode ter seu funcionamento mais comprometido.
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Estima-se que 75% do sódio consumido sejam provenientes de alimentos processados industrialmente, com destaque para molhos como ketchup, produtos em conservas e embutidos. Seria mais interessante suprirmos a necessidade diária de sal com alimentos naturais, em que o excesso seria evitado – carne, peixe e ovos –, porém um pequena introdução do sal de cozinha se faz necessária, devido à presença de iodo, que é um mineral fundamental à saúde, e sua quantidade é escassa em nossos alimentos. O grau de sensibilidade ao sal varia de pessoa para pessoa. Acredita-se que, por razões genéticas, alguns indivíduos não manipulem bem o excesso de sal no seu corpo, logo são mais sensíveis aos malefícios dele, isso é mais frequente nas pessoas negras. Outro dado importante de citar é que a mulher na menopausa tem uma menor proteção ao excesso de sal. Pessoas normais demoram 1 a 2 dias para eliminar o excesso de sal na alimentação. Em pacientes com maior sensibilidade ao sal, esse processo de eli-
minação pode demorar de 5 a 7 dias, e, com isso, gerar doenças como a hipertensão arterial. Um boa dica para evitar o consumo excessivo é valorizar o sabor de outras ervas e condimentos que acentuam o sabor dos alimentos. Afinal, ser “sem sal” não significa ser “sem graça”. É fundamental também evitar o uso do saleiro à mesa e se acostumar somente com o sal presente e o introduzido quando do preparo dos alimentos.
Quantidade sódio presente em alguns alimentos Azeitona verde (30 g) – 925 mg Picles (30 g) – 440 mg Palmito (50 g) – 281 mg Biscoito salgado (30 g) – 475 mg Bacon (três fatias grelhadas) – 300 g Batata frita (30 g) – 135 mg Salame (50 g) – 575 mg Presunto magro (50 g) – 700 mg
Heloisa Rocha é Cardiologista especializada em Medicina Ortomolecular heloisa_rocha@hotmail.com
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Saúde e Beleza | Lesões da cavidade bucal
Estomatites
e as suas manifestações A s lesões bucais são inchaços, manchas ou feridas em sua boca, nos lábios ou na língua. Há vários tipos de feridas e de enfermidades bucais. As mais comuns são as aftas, o herpes simples, a leucoplasia (placa branca) e a candidíase (sapinho). As irritações e inflamações bucais podem ser muito dolorosas e interferir na fala e na mastigação. Qualquer ferida que persista durante uma semana ou mais deve ser examinada pelo seu dentista. Às vezes, é recomendável que se faça uma biópsia para que se possa detectar a causa da ferida, e também para eliminar a possibilidade de doenças sérias como o câncer e AIDS.
Saúde e Beleza | Lesões da cavidade bucal
Aftas: são inflamações pequenas e brancas cercadas por uma área avermelhada. As aftas não são contagiosas. Elas podem sumir e reaparecer. Podem também ser pequenas ou grandes e aparecer agrupadas ou isoladas. As aftas são comuns e recorrentes. Embora sua causa seja incerta, acredita-se estar ligada a fatores imunológicos, estresse, trauma, alergias, cigarro, deficiências de ferro ou vitaminas. Herpes labial: apresenta-se em grupos de bolhas dolorosas que aparecem ao redor dos lábios e, às vezes, debaixo do nariz e ao redor do queixo. Essas bolhas são causadas por um tipo de vírus e são altamente contagiosas. A primeira infecção muitas vezes aparece quando crianças, às vezes até sem sintomas, e pode ser confundida com um resfriado ou uma gripe. Uma vez que a pessoa é infectada, o vírus permanece no corpo, causando, de tempos em tempos, ataques recorrentes. Em algumas pessoas, porém, o vírus permanece inativo. Leucoplasia ou mancha branca: com uma aparência esbranquiçada, pode aparecer no
lado interno da bochecha, na gengiva ou na língua. Muitas vezes é associada ao fumo, ao uso de tabaco de mascar, embora outras causas incluam também dentaduras mal ajustadas, dentes quebrados e mordidas na bochecha. Se considerarmos que mais ou menos 5% dos casos de leucoplasia se tornam câncer, é possível que seu dentista recomende uma biópsia. Candidíase ou sapinho: é uma infecção causada por fungo. Pode ser reconhecida por sua cor branca, amarelada ou avermelhada nas superfícies úmidas da boca. Os tecidos situados sob a mancha podem ficar muito doloridos ou com ardência. A candidíase é comum em pessoas que usam dentaduras, em recém-nascidos, em pessoas debilitadas por alguma doença. Também são suscetíveis pessoas que se queixam de boca seca que acabaram de fazer, ou estão fazendo, tratamentos com medicamentos. Luciana Drugos é Cirurgiã Oral & maxilofacial CRO-RJ 25932
Saúde e Beleza | Saúde bucal
Tirando as suas dúvidas Quem pode receber implante dentário? O paciente deve ter um volume ósseo mínimo suficiente; caso contrário, ainda há a possibilidade de realizar enxerto ósseo. Sob o ponto de vista médico, deve estar apto a realizar uma pequena cirurgia odontológica comum. Pacientes com osteoporose podem ser submetidos a implantes? A osteoporose não é fator impeditivo, mas é necessário que os implantes sejam realizados antes do início do tratamento para osteoporose, pois os bisfosfonatos (medicamentos geralmente utilizados para o tratamento da osteoporose) podem interferir em qualquer cirurgia odontológica na qual haja manipulação de osso, até mesmo no caso de uma extração dentária simples. Por que devo colocar implantes? Com a perda dos dentes, acelerase o processo de perda óssea, que ocorre de maneira gradual e constante, resultando no aspecto de envelhecimento precoce. Os implantes estimulam a preservação do osso. Dessa forma, eles têm uma dupla função estética: a reposição dos dentes perdidos e a manutenção do contorno facial. É mesmo uma realidade a colocação de implantes com a prótese de maneira imediata, como é veiculado nos meios de comunicação? Sim. Mas necessitamos de alguns requisitos mínimos necessários para que o sucesso do trabalho possa ser previsível, ou seja, não podemos estender essa técnica para todos os casos. O momento cirúrgico é fundamental na tomada final de
Saúde e Beleza | Saúde bucal
decisão. É no ato cirúrgico que o torque de implantação dos pinos de implante e a qualidade do osso recebem o teste final, o que poderá apontar para a possibilidade de carga imediata. Quem perdeu seus dentes por problema de periodontite (doença que acarreta mobilidade dos dentes) pode colocar implante? A periodontite é uma patologia causada por bactérias que colonizam e atacam os ligamentos que prendem o dente ao osso, resultando na mobilidade dentária e sangramento gengival. A extração dos dentes inclui a perda desses ligamentos, sem os quais as bactérias ficam desalojadas. Assim, é possível iniciar uma vida nova, sem essas bactérias e com os implantes dentários.
A idade é fator limitante? Não. O trabalho é justamente aplicado a pessoas que perderam seus dentes, o que coloca os pacientes de maior idade na dianteira da técnica. Realmente, os implantes são a solução para a terceira dentição. A capacidade mastigatória deficiente, por perda dos dentes ou por uso de próteses não funcionais, interfere diretamente na qualidade de vida dos pacientes. Há, ainda, o fator autoestima, que é considerado a mola mestra para que todo um conjunto de medidas prósaúde sejam adotadas. Exemplo: atividades físicas e sociais. Prof. Dr. Alexandre Pires Especialista, Mestre e Doutor em Prótese – UNICAMP Extensão em Implantodontia – USP Especialista em Gestão de Saúde – COPPEAD
Saúde e Beleza | Audição
Perda auditiva
por ruído: fato ou boato? M uito se fala sobre as perdas auditivas induzidas por ruído, mas esse é um conceito errado, que vem sendo perpetuado, inclusive no meio acadêmico. Ruído é uma qualidade subjetiva de determinados sons que consideramos desagradáveis, inoportunos ou indesejáveis. São capazes de atrapalhar a nossa percepção auditiva de algo que desejamos ouvir. Imagine o seu vizinho utilizando uma furadeira elétrica bem na hora daquele filme que você estava esperando para assistir. Ou os sons da festinha no play do prédio, indo além do horário permitido pela convenção do condomínio, que não deixam você dormir. E a pia do banheiro pingando, ou o tique-taque do relógio na mesinha de cabeceira, sons que, embora muito baixos, quando você presta atenção, podem atrapalhar o seu sono. Todos são ruídos, mas nem sempre possuem o atributo necessário para causar perda auditiva em alguém, a qual é decorrente do volume alto, acima dos limites toleráveis pelo ouvido humano. A pressão sonora elevada (volume alto), quando acima de determinados limites sonoros em decibéis e de tempo, pode levar à perda temporária ou mesmo definitiva da audição. Tudo vai depender da frequência com que a exposição ocorre e do tempo de exposição ao som intenso. Por isso, aparelhos de som como o iPhone® possuem meios para se limitar o volume de saída, de modo a impedir que sejam ultrapassados os limites seguros de uso. O mais importante é que tenhamos consciência de que qualquer som com volume alto, ruidoso ou não, é capaz de causar problemas auditivos (mesmo aquelas músicas que adoramos), dependendo do tempo em que se fica exposto. Daí, ou se reduz o tempo ou se usam protetores de ouvido, que devem ter sua utilização orientada por um profissional que conheça os níveis de barulho do ambiente e que saiba indicar o tipo de protetor mais adequado ao caso. Se estiver conversando com alguém distante até um metro de você, em um lugar onde, para ouvir
e ser ouvido, você e seu interlocutor tenham que gritar, evite permanecer nesse local além do tempo mínimo necessário. Ultrapassados os limites seguros, essa exposição desnecessária fará com que você perceba zumbidos quando estiver em um local silencioso ou quando for se deitar para dormir. É uma sensação de abafamento nos ouvidos, como se você os estivesse tampando. E se isso ocorrer com frequência, poderá causar uma lesão auditiva definitiva. Todo cuidado é pouco. Portanto, o vilão da história não é o ruído, e sim a energia sonora, ou melhor, a pressão sonora que, quando acima do tolerável, pode comprometer a sua audição definitivamente. Dr. Jorge da C. Barbosa Leite é Professor de Otorrinolaringologia na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e Médico do Trabalho
Revista de Bordo Util | Maio/Junhol
Saúde e Beleza | Dores nas costas
Hérnia de disco
como tratar G rande parte das dores nas costas desaparece com o tempo ou com alguma ajuda terapêutica. A exceção costuma ser o sofrimento causado por uma hérnia de disco, um mal capaz de impedir tarefas rotineiras. Já existem vários estudos para análise da origem do problema, mas até hoje ninguém sabe por que o disco que fica entre as vértebras sai do seu posicionamento anatômico rumo ao canal da medula ou aos vãos de onde partem as raízes nervosas. Os médicos tentam aliviar a dor com prescrições de anti-inflamatórios e exercícios para fortalecimento e correção da postura. Só que na maioria
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dos casos, o máximo que acontece é um alívio em curto prazo. Até pouco tempo atrás, a saída era recorrer a cirurgias convencionais. Uma operação aberta, com um grande corte e recuperação lenta e dolorosa. Mas, no Brasil, acaba de surgir uma nova técnica de tratamento não cirúrgica que abrevia o tempo de que o paciente precisaria caso optasse por uma cirurgia. Em 2005, no Ceará, o fisioterapeuta e especialista em doenças da coluna vertebral Helder Montenegro, através do ITC Vertebral, criou um método revolucionário voltado para o tratamento da hérnia de disco, denominado Método RMA (Reconstrução Músculo-Articular) da
coluna vertebral. Como especialista e diretor Geral do ITC Vertebral no Rio de Janeiro, explica que esse tratamento, que não necessita de intervenção cirúrgica, apresenta menos tempo de recuperação e também possui um investimento muito menor, se comparado à cirurgia. Já foram mais de 400 pacientes tratados, e com resultados próximos a 90% de sucesso; dentre estes, mais de 200 já tinham indicação cirúrgica. Muita gente desconhece esse novo método de tratamento para hérnia de disco. Hoje, o custo de uma cirurgia pode chegar a R$ 50 mil, e na maioria dos casos sem a certeza de sucesso. O tratamento equivale a um programa de quatro etapas, durante um período de três meses, em que o paciente é submetido a sessões com a mesa de tração eletrônica e descompressão dinâmica (tecnologia americana com certificação internacional), estabilização segmentar, osteopatia e pilates. Com algumas sessões, a dor do paciente já é amenizada. A dona de casa Patrícia Siqueira, que se submeteu ao tratamento no Rio de Janeiro, afirma que está curada. Eduardo Cadidé é Fisioterapeuta Especialista em doenças da coluna vertebral
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Saúde e Beleza | Visão
Tá embaçado? Pode ser ceratocone A visão é preciosa. Por isso, é importante ter atenção a qualquer sinal de irregularidade. Há doenças que comprometem a curvatura da córnea, distorcendo a visão. Uma dessas doenças é a ceratocone, que faz com que a córnea fique em forma de cone. A pessoa fica com a vista embaçada, quando a córnea fica frouxa. Mas como isso acontece? Pessoas com predisposição genética e mania de coçar os olhos acabam afrouxando as córneas. O especialista em córnea do Centro Oftamológico de Ipanema/Barra, Marcus Chiganer, explica: “Existem várias pressões sobre os nossos olhos, a pressão da pálpebra, atmosférica e ainda a pressão intraocular, que tende a empurrar o olho para frente. Se a córnea é
fraca, não tem resistência, ela não vai suportar e vai abaular, formando a ceratocone”, conta. No Brasil, a doença atinge aproximadamente uma em cada 2.000 pessoas, entre homens e mulheres. Normalmente a ceratocone surge na adolescência, aos 15 anos, e evolui até a faixa dos 40. Para o Dr. Marcus Chiganer, o dever do médico é questionar o paciente. “Às vezes, as mães trazem as crianças no consultório, não dizem que elas coçam os olhos, e elas continuam coçando. Quando chegam aos 15 anos, não enxergam bem. Recomendamos óculos, e não adianta. Há casos de ceratocone que são descobertos em decorrência do aumento frequente do grau de astigmatismo, doença que também distorce a visão. Segundo o médico, após os 5 anos de ida-
de, todas as pessoas devem ir regularmente ao oftamologista, pelo menos uma vez por ano. No caso da ceratocone, o acompanhamento é muito importante para evitar a evolução da doença, que em 90% dos casos é bilateral, ou seja, atinge os dois olhos. Como na maioria das doenças, as soluções são mais eficazes quando o diagnóstico é precoce. Para tratar a ceratocone, há cinco tratamentos. Para quem descobriu a doença cedo, os óculos ajudam a enxergar melhor. Mas quando o quadro avança um pouco, há necessidade de usar lentes de contato que ajudam a colocar a córnea na curvatura correta, fazendo com que o paciente enxergue bem. Os casos mais avançados exigem tratamentos mais invasivos, como o Cross-link, o anel de Ferrara ou até mesmo o transplante de córnea. Somente o transplante de córnea cura definitivamente a ceratocone, mas segundo o Dr. Marcus Chiganer, “como toda cirurgia, há riscos”. No caso do anel de Ferrara, os resultados podem não ser os esperados, e segundo o especialista, há muitos pacientes que implantaram o anel e ainda assim evoluíram para transplante de córneas.
O Dr. Marcus Chiganer diz ainda que o único e seguro tratamento para estabilizar a ceratocone é o Cross-link, um procedimento cirúrgico com riboflavina (vitamina B2) e luz ultravioleta, que dura em média uma hora. Após a cirurgia, a curvatura da córnea do paciente será reduzida, e ele poderá continuar a usar lentes de contato ou não. O especialista explica: “A lente é o método menos invasivo, prefiro tentar ao máximo, mas também gosto do Cross-link, é o método ideal para estabilizar a doença e não evoluir para transplante”, conclui.
Dr. Marcus Chiganer
Saúde e beleza | Pilates
Pilates: tire suas dúvidas UTIL: Pra que serve PILATES? Espaço EG Equilíbrio: Esse método gera mais condicionamento físico, melhora consideravelmente a postura, a resistência muscular localizada e proporciona ganho significativo no alongamento muscular e na flexibilidade articular. UTIL: Quem pode fazer PILATES? Espaço EG Equilíbrio: Não existe restrição com relação à faixa etária e sexo do praticante. Uma avaliação clínica é aconselhável. UTIL: Quando se deve fazer PILATES? Espaço EG Equilíbrio: Como qualquer outro método que se propõe a condicionar e melhorar a postura, o PILATES tem indicações e contraindicações. Principais indicações: condicionamento físico, dores nas costas, melhora da postura, gestantes (a partir do quarto mês), recuperação de lesões,
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hérnia de disco. Principais contraindicações: hérnia inguinal, hérnia abdominal, hipertensão arterial não controlada, hérnia de disco em sua fase aguda. Mas lembre-se: procure seu fisioterapeuta. UTIL: Quais os benefícios desse método? Espaço EG Equilíbrio: Melhora a capacidade cardiovascular e respiratória, previne e melhora a osteoporose, tonifica, define e reforça a musculatura sem tirar volume, melhora flexibilidade articular, o equilíbrio e o alongamento muscular, combate o estresse, beneficia o estado geral da saúde, corrige problemas de contraturas e da postura. Propicia um corpo mais harmônico, firme e com maior resistência, fortalece a musculatura abdominal, aperfeiçoa o desempenho de esportistas e bailarinos, previne lesões musculoesqueléticas, trata e melhora deformidades posturais.
Revista de Bordo Util | Setembro/Outubro
Saúde e Beleza | Dr. Mário
Sexualidade
e adolescência A
adolescência é uma fase com muitas transformações biológicas, psicológicas e sociais. É fato que nas últimas duas décadas vem ocorrendo um declínio importante da fertilidade no Brasil, caindo de mais de quatro filhos por mulher, na década de 1970, para dois filhos em média nos tempos atuais. Entretanto, sabe-se que, na faixa etária de 15 a 19 anos, essa taxa aumenta a cada dia, e o aumento é ainda maior entre 10 e 14 anos; mais de 20% dos partos acontecem em mulheres que ainda não completaram 20 anos de idade. A diminuição da idade da primeira menstruação faz com que as mulheres tenham capacidade reprodutiva mais precoce, fato que está associado ao início cada vez mais cedo da atividade sexual. Soma-se a isso também a desinformação sobre os métodos anticoncepcionais, em virtude de fatores sociais, que por um lado estimulam a vida sexual das adolescentes, e por outro as condenam. Além disso, a falta de acesso a serviços adequados para as pessoas nessa faixa etária leva uma grande parte dos adolescentes a praticar sexo sem utilizar métodos contraceptivos,
apesar de não desejarem uma gravidez. Como consequência, um número cada vez maior de adolescentes tem gravidez indesejada, o que as leva à interrupção por meio de aborto, quase sempre praticado sob péssimas condições higiênicas e técnicas, com risco de causar complicações e graves sequelas, inclusive a morte. Os direitos reprodutivos contidos em documentos internacionais sobre direitos humanos foram pela primeira vez reconhecidos na Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, realizada no Cairo, em 1994. Esses direitos baseiam-se no reconhecimento do direito básico de todas as pessoas de decidir livremente sobre o número de filhos, espaçamento dos nascimentos, e a dispor da informação e recursos para exercerem esses direitos e alcançar o nível mais alto possível de saúde sexual e reprodutiva. A Conferência da Mulher, realizada em Pequim, em 1995, ofereceu avanço no sentido de reconhecer o direito das mulheres de decidir sobre sua sexualidade. A Sociedade Brasileira de Obstetrícia e Ginecologia da Infância e Adolescência recomenda que a orientação médica deva começar antes mesmo da primeira menstruação. É o momento de falar sobre medidas de higiene e conhecimento do próprio corpo. Ainda na fase da adolescência, o médico deve falar sobre orientação sexual e contraceptiva. Isso fortalece a relação com o paciente. A família deve ser incluída na consulta, como colaboradora. Cabe aos pais complementar sempre a relação do médico com o paciente, obviamente entendendo os limites de pudor próprio, assim como respeitando o direito do adolescente de privacidade e confidencialidade na consulta médica. Juntamente com a gravidez nessa fase de vida, as doenças sexualmente transmissíveis (DST) na adolescência representam grave problema de saúde pública, pelas repercussões médicas, sociais e econômicas. Os casos de DST vêm au-
mentando em todo o mundo, fato que preocupa a todos que cuidam da saúde. Do ponto de vista médico, a anticoncepção na adolescência não apresenta grandes desafios. Nesse grupo, como em qualquer faixa etária, a escolha do método anticoncepcional deve ser livre e informada, respeitando os critérios de elegibilidade médica. A dupla proteção, contra a gravidez indesejada e DST/Aids, pode ser feita basicamente de duas maneiras: usar um método de eficácia alta ou média (pílula, injetável, DIU) e preservativo em todas as relações; usar camisinha como dupla proteção, tendo como retaguarda a contracepção de emergência, para utilizar quando o preservativo se rompe ou sai do lugar, ou nos casos em que, por esquecimento ou qualquer outra razão, não é usado. Quanto aos métodos hormonais, sabe-se que não há, em geral, restrições ao seu uso na adolescência, até mesmo porque atualmente existem no mercado brasileiro anticoncepcionais de baixa dose voltados a essa fase da vida. O bom esclarecimento com uma boa relação en-
tre pais e filhos, médico e paciente é o primeiro passo para uma boa educação sexual. No Centro Hysteron de Medicina da Mulher, dispomos de atendimento especializado voltado para a infância e adolescência. Dr. Mário de Barros Filho é Ginecologista Obstetra e diretor da Clínica Hysteron – Medicina da Mulher, no RJ contato@hysteron.com.br
Revista de Bordo Util | Maio/Junhol
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Revista de Bordo Util | Setembro/Outubro
Saúde e Beleza | Corpo e mente
Cuide-se
também no inverno O
inverno está chegando, e este é o melhor momento de cuidar dos efeitos que inevitavelmente o sol, o mar e a pis c in a causam no verão. Mas não é apenas o corpo que precisa de cuidado, a mente também. Diminuir o estresse e a ansiedade do dia a dia, melhorar a concentração e o rendimento em todas as áreas (trabalho, família e relações interpessoais) torna a vida muito leve e feliz. Alguns tratamentos estéticos corporais e faciais ajudam a cuidar da sua pele. Dentre eles, podemos destacar: radiofrequência tripolar, peeling australiano, rejuvenecimento facial, lifting facial, clareamento de virilha e axilas, bronzeamento artificial, drenagem linfática, limpeza de pele, Heccus, corrente russa, endermoterapia e ultrassom. Também podemos destacar as terapias corporais, modeladoras, relaxantes, descontraturantes; shiatsu, auriculoterapia e bambuterapia. Temos ainda: aulas de ioga, tai chi chuan, dança árabe e dança indiana e mat pilates. Agora que você já sabe como cuidar da sua pele mesmo nos dias frios, conheça as dicas que vão ajudá-la a manter a saúde do seu corpo: - O uso da bucha é permitido para o corpo, já que elimina as células mortas. Mas a hidratação após a esfoliação deve ser mais cuidadosa. Aposte em hidratantes após o banho ou quando lavar o rosto ou as mãos. - Faça hidratação de dentro para fora. Beba pelo menos dois litros de água diariamente, mesmo se não tiver sede. - Evite banhos muito quentes e prolongados. A água deve ser morna, quase fria. E o banho
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não deve ser muito demorado. - O protetor solar é essencial, independente da estação do ano. - Não se esqueça do protetor labial, os lábios nesta época do ano podem rachar e até criar feridas. - Limpe sempre o rosto antes de dormir, para retirar as impurezas acumuladas durante o dia e desobstruir os poros. A pele vai respirar melhor e estar preparada para a aplicação do hidratante. Sinta na pele a maciez e suavidade desses cuidados.
Saúde e Beleza | Cãibras
Que dor é essa? À s vezes, você está praticando alguma atividade física e, de repente, sente fortes dores musculares e não sabe o porquê. São as cãibras. A hiperexcitação dos nervos que estimulam os músculos é uma possível explicação para a causa das dores, mas outros fatores podem ter influência diretamente nas contrações musculares. Anemia, gravidez, desidratação, alterações metabólicas (diabetes), doenças neurológicas, deficiência de vitaminas e hemodiálise estão entre as principais causas de cãibra. O especialista em intervenções de doenças neuromusculares da UNIFESP, Fabiano Moreno, explica que esse tipo de dor pode afetar um músculo isolado ou um grupo muscular. É por esse motivo que muitas vezes um jogador de futebol deixa uma partida em decorrência das cãibras, porque a dor pode não ser ape-
nas local, e sim em toda a perna. As contrações musculares podem acontecer em todo o corpo, mas há locais que são mais sensíveis e, por isso, mais afetados: panturrilha, músculos da coxa, pescoço, abdômen e mãos. É comum ter cãibras vez ou outra, mas é importante estar atento à saúde: as cãibras podem estar sinalizando alguma doença que você desconheça ou ainda carência de alguma vitamina. Por exemplo, a carência de magnésio é um forte ponto a ser observado em pessoas que sofrem com as dores. Além disso, a falta de potássio também causa contrações musculares, por esse motivo é importante se alimentar bem. Vegetais de folhas escuras são ricos em magnésio, e a banana, em potássio. E se você pratica atividades físicas, não pode esquecer de se hidratar. Segundo o médico, é recomendável ingerir
cerca de 100 a 200 ml de água a cada 10 ou 15 minutos enquanto pratica atividades físicas. Bebidas isotônicas também são recomendadas para suprir a quantidade de sódio perdida durante a prática esportiva. Além desses cuidados, Dr. Fabiano recomenda massagear o músculo afetado e colocar bolsas de água quente no local para aumentar o fluxo sanguíneo. Segundo ele, o que diminui a dor local é dar descanso ao músculo dolorido.
Curiosidade
Você deve estar se perguntando: “E aquela história de molhar os pulsos e a nuca antes de entrar na água com temperatura baixa?”. O doutor Fabiano explica: “A água gelada pode causar uma vasoconstrição (contração dos vasos sanguíneos), diminuindo o aporte sanguíneo local, em um determinado agrupamento muscular, causando cãibras”. A dor surge em decorrência da contração forte e involuntária da musculatura, o que pode causar outros tipos de lesão, como estiramentos, distensões e tendinites. Por esse motivo, molhar o corpo aos poucos pode evitar mudanças bruscas de temperatura, o que diminui a chance do aparecimento de cãibras e choque térmico. O doutor alerta que é
sempre importante realizar uma transição gradual de temperatura e ainda deixa um alerta: “Fique atento: se você sofrer de cãibras com um intervalo de tempo muito curto entre uma e outra, é indicado procurar seu médico. Cãibras que acontecem três vezes por semana ou até mesmo diariamente podem sinalizar má circulação ou outros distúrbios”, conclui. Dr. Fabiano Moreno
Onde menos é mais T
Mundial Saúde e Beleza | Cabelos
rabalhando como profissional da beleza, sempre preocupado com a estética, apesar do foco mais específico em forma, cor e brilho dos cabelos, hoje trago em voga o tema da maquiagem. Lendo os olhos como uma força muito forte de expressão e sentimento, em que alegria, mistério, desejo, amor, compaixão, felicidade e tantos outros sentidos se denotam, coloco o olhar em destaque. Busque sempre a naturalidade como seu principal objetivo para atingir um resultado satisfatório. A pele deve ser trabalhada em tom natural e uniforme. Quanto ao blush, tenha o cuidado especial para não pesar no tom, quantidade e distribuição do produto, e sua aplicação deve ser feita sempre de forma circular e para cima. Chegando ao batom, a dica também fica para o uso de cor suave, em tom natural. Finalmente, a vez dos olhos – estes, sim, devem ser o realce da maquiagem, em que a sombra deve ser o ponto de vibração de cor. Para criar textura e aumento dos cílios, faça o uso da máscara, que potencializa o olhar. O delineador faz crescer os olhos e traz para a maquiagem um ar de expressão e beleza. Importante é ter naturalidade, sutileza, sem perder o aspecto saudável e belo. Saiba que esse momento vai ser eternizado, pelas fotografias e filmagens a seu favor. A maquiagem também não deve ficar, por outro lado, fraca demais; tenha nos olhos a força do
sorriso, com intensidade. Se ainda não conhece o profissional para fazer esse serviço, o conselho fica para uma prova prévia, isso lhe dará mais confiança para um momento tão importante. O uso da Internet, como pesquisa e dicas, auxilia, e você pode ver os vários formatos de rosto e o que fica mais adequado ao seu; serve também para tirar dúvidas quanto às cores e tons de pele, isso ajuda a dar confiança na escolha para o dia da festa. Quando a questão for maquiagem, abra o olho. Beto Galvão é Cabeleireiro, Instrutor da Escola Spectaculo e da Associação Saúde e Criança
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Revista de Bordo Util | Maio/Junhol 43
Saúde e Beleza | Alimentação saudável
Sabor e humor A
lgum dia você já imaginou que o mau humor, ansiedade, irritação, desatenção e tristeza possam estar atrelados à má alimentação? Pesquisas científicas vêm demonstrando e comprovando que não somente a saúde física como a mental e a emocional também estão diretamente ligadas aos hábitos alimentares. Consumir alimentos que aumentem os níveis de serotonina, dopamina e noradrenalina – neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem-estar e alegria – promove uma boa comunicação entre as células no cérebro, proporcionando a sensação de disposição, energia e felicidade. Para que você se sinta feliz, disposto e tranquilo, é fundamental que esse grupo desempenhe bem o seu papel e esteja em níveis adequados na massa cinzenta. Para manter o bom humor e um bom desempenho mental, a alimentação deverá ser adequada em qualidade, quantidade e ser realizada no máximo de 3 em 3 horas. Dessa forma, as dietas da moda não devem ser seguidas, porque a maioria delas apresenta deficiência em calorias e/ou restrição de carboidratos, além do fato de o cérebro não apresentar reserva de energia. Alimentos como as proteínas são fornecedores de triptofano, que funciona como os tijolos no processo de montagem molecular do neurotransmissor. O resultado é uma tendência bioquímica a se sentir feliz. Isso porque a sinalização serotonérgica, como os especialistas definem a atuação da substância, tem tudo a ver com a regulação do humor. Além das proteínas, os carboidratos promovem aumento nas taxas de insulina, e essa elevação, por sua vez, está por trás de uma maior captação dos aminoácidos que competem com o triptofano para entrar no cérebro. Assim, com seus rivais derrotados, o triptofano ganha mais es-
paço, o que só colabora para a produção e a atividade da serotonina. A dica é investir no grupo dos cereais integrais, que de quebra oferecem pitadas extras de cromo, mineral que aparece em estudos como outro aliado da disposição. E para quem não pretende viver ranzinza, as doses de vitaminas B, magnésio, selênio e ácido fólico também precisam estar em dia. Principais fontes alimentares que ajudam na produção dos neurotransmissores no corpo: - Peixes (salmão, sardinha, arenque, atum e cavala)
Que tal um drink de frutas com sakê e com o melhor shushi, o Sushi Carioca! Rodízio todos os dias Inaugurado em 2005 o Sushi Carioca se tornou um dos melhores restaurantes especializados em comida japonesa, tendo como seu principal ingrediente "A Qualidade" em seu cardápio. E você também pode degustar nossos pratos no conforto de sua casa com nosso serviço de Delivery.
Eventos (aniversário e casamento) Temos equipe capacitada de sushi mans que leva o Sushi Carioca para a sua casa com toda a infraestrutura necessária (locas, pratos, equipe uniformizada).
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Saúde e Beleza | Alimentação saudável
- Leguminosas (feijões, ervilhas, grão de bico e soja) - Frutas oleaginosas (castanhas, avelã, macadâmia, nozes, amêndoas) - Ovos, leite e derivados - Carnes magras - Brócolis, cogumelo, tomate, rúcula, milho, banana – ricos em vitamina B - Sementes de abóbora – ricas em magnésio - Frutas - Folhosos verde-escuros Aproveite também para praticar regularmente atividade física, pois ajuda na liberação de endorfina, substância que também gera a sensação de prazer e bem-estar!
RECEITA DO BOM HUMOR: CAJUZINHO DE SEMENTE DE ABÓBORA INGREDIENTES
- 3/4 xícara de chá de sementes de abóbora sem sal torradas, moídas e peneiradas - Sementes de abóboras inteiras torradas sem sal - 1 lata de leite condensado - 2 colheres bem cheias de chocolate em pó - 1 colher de sopa de margarina - Forminhas de papel para docinhos
MODO DE FAZER
- Despeje tudo em uma tigela. Em seguida, misture bem todos os ingredientes e leve ao fogo até criar consistência e desgrudar da panela. Faça os cajuzinhos, passe pelo açúcar e decore com uma semente de abóbora inteira torrada. Isabella Carneiro é Nutricionista e atua na empresa Hortigil Hortifruti S.A.
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Gastronomia | Japonesa
Teppan de salmão com yasai-itame O restaurante Sushi Carioca, localizado no Rio de Janeiro, nos presenteou com receita deliciosa e fácil de preparar. Aproveite. Ingredientes: 1 pedaço médio de filé de salmão (200g); 1 pitada de sal; 1 pitada de ajinomoto; 1 pitada de pimenta-do-reino preta; 2 colheres de sopa de farinha de trigo. Modo de preparo: temperar o salmão com o sal, o ajinomoto e a pimenta-do-reino preta. Passar na farinha de trigo e grelhar com óleo no fogo alto por no máximo 5 minutos.
Yasai-itame (legumes refogados) Ingredientes: 1 cenoura; 1 punhado de ervilhas; ¼ de repolho; ¼ repolho roxo; 1 punhado de brócolis; 2 colheres de sopa de saquê; 2 col de sopa de molho shoyu. Modo de preparo: higienizar e cortar todos os legumes à julienne (tiras finas). Colocar todos os legumes em um recipiente e misturar. Refogar na panela quente temperar com saquê e shoyu por 2 minutos.
Revista de Bordo Util | Maio/Junhol 47
Coluna | Tammy Luciano
“Mudamos quando
menos esperamos” A
gente muda. Quem diz que não muda ainda não teve a oportunidade de viver o suficiente. Estava ontem deitada na sala de casa, escutando música, olhando o céu, aproveitando o silêncio da madrugada e pensando que em algum lugar de ontem ficou a menina que fui, a menina cheia de sonhos que pensava um dia estar deitada no sofá do seu próprio apartamento, escutando as músicas que quisesse. O passado era presente ali na minha cara. Eu futuro de mim, me olhando, vendo que o tempo passou, e muita coisa aconteceu para eu estar ali, deitada no sofá, no lugar que um dia desejei, tendo muito do que um dia quis. De alguma forma, chegar até aqui, mesmo que
eu ainda queira muito da vida, é perceber que tive que mudar e ser alguém até diferente do que achei ser o certo. E eu era do tipo que ninguém ia ser mais forte que eu, minha palavra ia ser sempre a mais importante e eu ia sempre ter o poder de controlar tudo. Ahahahahah... é, a vida me mostrou que ou mudava ou morria viva em algum acontecimento idiota de convivência. Mudei sem sentir. Deixei de ser tensa, de achar que o mundo inteiro era meu. Não é fácil a gente entender que nem sempre seremos as protagonistas das histórias. Entendi que, quando não sou protagonista, mudo de filme porque estou na comédia romântica errada. Estou falando isso porque tenho uma amiga,
que adoro, mas mais nova que eu, e que me faz lembrar de mim. Esta semana, ela me disse: “Cada um tem um jeito de ser. E eu não vou mudar por ninguém. Posso me lapidar, mas mudar nuncaaaaaaaa!”. Eu tenho certeza de que se ela não mudar por si, a vida fará e vai tirar dela o jeito de levar tudo até o limite, brigando demais por coisas que vão dar em nada. Falei que eu era igualzinha. Briguenta. O tempo, as perdas, as crises, as m..., as dores, tudo isso me fez mudar. Mudamos porque o mundo não nos quer igualzinho. Mudamos porque nunca é para pior. Mudamos porque a vida mostra a realidade. Mudamos porque aprendemos nas decepções. Mudamos porque fazemos isso no amor ou na dor. Mudamos para crescer. Mudamos para ser mais felizes. Mudamos quando estamos sozinhos. Mudamos quando mudamos porque mudamos. Mudamos porque seria chato se tudo continuasse o mesmo. Mudamos porque é o melhor a fazer. Mudamos para um dia dizer: “Eu achava que nunca ia mudar, mas mudei”. Mudamos para mudar, porque só assim seremos um ser em evolução.
Tammy Luciano é Atriz, Jornalista e Escritora www.tammyluciano.com.br Twitter: @tammyluciano
Moda | Plus size
Manequim GG
ganha espaço no mundo fashion
A
moda plus size vem ganhando espaço difundido por ícones brasileiros e internacionais. Entusiastas da quebra do tabu da “magreza” exibida nas passarelas, as modelos plus size vêm causando furor na Internet e nas revistas mais conceituadas de moda, conquistando capas e ensaios pra lá de sensuais. Exemplo disso são as fotos da edição de junho (2011) da Vogue Itália, que traz na capa as tops plus size Tara Lynn, Candice Huffine e Robyn Lawley. Numa tradução literal, plus size significa tamanho maior. No Brasil, embarcando no sucesso das páginas da Internet, Juliana Ricci, autora do
blog “Hoje Vou Assim Plus Size”, conta que sua inspiração para a criação da página, que completa dois anos, veio após uma entrevista a que assistiu na TV com Cris Guerra, do blog Hoje Vou Assim. “Fiquei encantada e me inspirei totalmente na ideia de moda como arte e forma de expressão. Logo quis criar uma versão GG, para que, de uma maneira despretensiosa e informal, pudesse trocar experiências e falar sobre o assunto com mulheres que, como eu, gostam de moda e são consideradas ‘fora dos padrões’”, revela. O blog HojeVouAssimPlusSize.com é um canal direto com as leitoras e, em média, conta com
oito mil visitas mensais. A blogueira acredita que a maior queixa de uma gordinha seja a dificuldade de encontrar roupas atuais e com estilo em lojas que não sejam especializadas em moda grande. “As leitoras não querem somente roupas que lhes sirvam. Elas querem, sobretudo, igualdade na hora de fazer compras e roupas que valorizem o corpo da mulher com curvas”, defende. No ano passado, foi criado o Fashion Weekend Plus Size. Inspirado na Full Figured Plus Size, a semana de moda para mulheres que usam manequim GG, realizada em Nova Iorque, a Fashion Weekend Plus Size, hoje faz parte do calendário da moda brasileira e conta com duas edições anuais. “Nada mais justo termos mulheres lindas e talentosas, para nos inspirarmos. Como consumidora, toda vez que as vejo nas passarelas ou nos editoriais, projeto minhas expectativas na conquista da beleza em todos os tamanhos”, afirma Juliana.
Capa | Heloísa Périssé
Mulher brasileira e vencedora V
encer na vida e dar a volta por cima é o sonho da maioria, num país onde existem 95,9 homens para cada 100 mulheres. Somos mais de 97 milhões de mulheres. Gente guerreira, que corre atrás, que mudou o perfil da nação e faz a diferença em milhares de lares. Assim, a personagem Monalisa, da novela Avenida Brasil, já caiu no gosto popular. A atriz Heloísa Périssé dá show todas as noites na telinha. Ela representa esse contingente de batalhadoras, gente que acorda cedo para ganhar o pão de cada dia e à noite senta em frente à TV para se divertir com a dona de salão: pimenta, elétrica, do bem e gente boa. Vamos conhecer mais da atriz, que tem uma história de vida similar, um pouco mais também da personagem, enfim, se deliciar com esse talento jovem e também vencedor. UTIL: Você começou a carreira em 1991, no programa Você Decide, da Rede Globo. Trabalhou também na Escolinha do Professor Raimundo, Sai de Baixo, Zorra Total, Sob Nova Direção e vários quadros do Fantástico. Participou das novelas Cama de Gato e Cordel Encantado, e recentemente atuou na minissérie Dercy de Verdade, dando show de interpretação. Encenou o espetáculo Cócegas, de sua autoria, juntamente com sua amiga, Ingrid Guimarães. Atualmente está no ar em
Avenida Brasil, sua primeira novela do horário nobre. Qual foi o seu trabalho mais marcante? Heloísa Périssé: É difícil escolher um trabalho mais marcante, porque todos são importantes de alguma forma. Sempre amei tudo que faço, me empenho, vivo aquilo de forma inteira. Cama de Gato foi minha primeira novela, Dercy foi um sonho realizado, o Cócegas me mostrou “geral”, e agora Avenida Brasil, que eu não tenho nem palavras pra dizer o quanto me faz feliz. Foi a coroação de tudo! UTIL: Como foi receber um papel tão expressivo e forte, no horário nobre da TV brasileira, e em tão pouco tempo ter conquistado o carinho do telespectador? Heloísa Périssé: Um sonho, um presente de Deus, um certificado de que a aposta que fiz na minha vida foi certeira!
UTIL: No desenrolar da trama, vêm muitas surpresas para a Monalisa, o que o telespectador pode esperar? Heloísa Périssé: Muitas surpresas, como você mesmo disse! Só digo uma coisa... assistam! (risos) UTIL: O universo feminino brasileiro vem mudando: a mulher está à frente da presidência do país, também preside o Supremo Tribunal Eleitoral e muitos outros cargos importantes que em toda a história foram chefiados por homens. Essa realidade vista isoladamente nos dá a sensação de que conseguimos. Mas quando olhamos o outro lado da moeda, ainda percebemos a violência doméstica forte e mulheres reprimidas e sofridas. Você acha que esse equilíbrio será possível? E como contribuir para essa melhoria? Heloísa Périssé: Acredito que sim, a mulher é o sexo frágil, no sentido de que um homem forte será sempre mais forte que uma mulher forte! Não tem jeito, é nossa constituição física. Mas isso é uma coisa. Em compensação, o nosso interno é uma loucura, vivemos mais, somos mais rápidas no pensar, conseguimos fazer muitas coisas ao mesmo tempo, enfim, não sei se algum dia esse equilíbrio existirá de uma forma, como eu vou dizer, totalmente equilibrada. Mas espero, de coração, que a violência em geral no mundo acabe e que as pessoas se respeitem mais em todos os sentidos. Desejo Deus no coração de todo ser humano. UTIL: Recentemente o Brasil perdeu o mestre Chico Anysio. Você contracenou com ele em vários momentos. Localizamos um quadro seu maravilhoso com o Bozó, de 1996, que fala dessa mulher em busca de um trabalho. Pergunto: como foi contracenar com essa fera, o que mais aprendeu com ele e o que Chico representa, não só para o meio artístico, mas para o Brasil? Vídeo: www.youtube.com/ watch?v=sPG6WNgbYMk Heloísa Périssé: Eu amo o Chico. Ele foi como um pai pra mim. Um amigo, um ouvido, um coração. Tinha com ele uma relação linda, ele amava minhas filhas, e sempre me
“Eu amo o Chico. Ele foi como um pai pra mim. Um amigo, um ouvido, um coração. Tinha com ele uma relação linda, ele amava minhas filhas, e sempre me aconselhou muito. Acreditava em mim. Trabalhar com ele foi uma escola, um profissional de primeira linha e um ser humano insubstituível. Como ele mesmo disse: Somos todos insubstituíveis.” aconselhou muito. Acreditava em mim. Trabalhar com ele foi uma escola, um profissional de primeira linha e um ser humano insubstituível. Como ele mesmo disse: “Somos todos insubstituíveis”. UTIL: Você é casada, mãe de duas filhas, Luiza e Antônia, trabalha muito, está sempre de agenda cheia, como é conciliar todas essas funções? Heloísa Périssé: Todo mundo hoje trabalha muito, somos todos muito ocupados, os filhos já nascem nesse caos. Minha vida não deve ser diferente da vida de qualquer mulher hoje em dia. Eu faço como me disse Regina Duarte um dia: “passo a vida equilibrando pratos”! UTIL: Heloísa Périssé por Heloísa Périssé? Heloísa Périssé: Sou uma pessoa em paz com a vida! Procuro domar meu bicho todos os dias e dar ao mundo e a tudo que faço sempre o meu melhor. UTIL: Pingue-pongue: Um amor? No topo, Deus; minha família, meu trabalho, meus amigos. A vida é: algo paradoxal, que deve ser vivida com toda intensidade, até porque sua única certeza é a morte. Para educar é preciso: saber dizer não. O melhor do Brasil: o Brasil, sem os governantes. Amo meu país.
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Revista de Bordo Util | Maio/Junhol 57
UTIL | Embarque e Desembarque
Eu vou e volto
Viajar com a Util é viajar bem. O comprometimento com o cliente é visível, e muita gente escolhe a empresa por ter certeza da preocupação com a segurança, conforto e comodidade.
Priscila Teixeira é estudante de direito da Universidade Federal Fluminense e é natural de Barbacena. A jovem de 21 anos, que viaja duas vezes por mês pela UTIL, entende que a estrutura é muito boa. “Supre muito bem as minhas necessidades”, disse.
Flávio Monteiro e sua esposa, Eliana Mirandola, aproveitaram o final de semana para conhecer Paty do Alferes. “Estamos indo pela UTIL para curtir uma pousada da cidade”, explicaram.
Formada em Biologia, Carolina Cardoso vai a Juiz de Fora visitar o namorado. “A expectativa é que a viagem seja boa e segura”, comentou a carioca de 23 anos.
WWW.UTIL.COM.BR | 0800 886 1000 | WWW.TWITTER.COM/VIAJEUTIL 58
Maurina Castro, de 23 anos, trabalha no Rio e utiliza a empresa três vezes por semana. “Eu gosto muito do ônibus executivo. É bem confortável”, disse com empolgação.
Indo para Miguel Pereira, Luiz Guilherme Fonseca é estudante de Letras. Carioca da gema, sempre procura visitar os pais no interior do Rio de Janeiro. Ele informou que nunca teve problema com a UTIL. “O Espaço Cliente é muito bom e confortável. A gente pode chegar mais cedo, que é supertranquilo”, opinou.
Marcelo Henriques e Fernanda Fava foram passar o feriado em Juiz de Fora com sua cachorrinha, Shitara. “Ela vai dormindo a viagem toda. Já se acostumou”, afirmou o casal, que ainda completou dizendo que a empresa atende a necessidade da família. João Paulo Nunes, 27 anos, mineiro de Juiz de Fora, é militar e serve no Rio de Janeiro. Ele confidenciou que sente muita falta da família, e uma vez por mês viaja para a terra natal. Revista de Bordo Util | Maio/Junhol 59
UTIL COMUNICAÇÃO
O sonho não acabou... Q Diversão e Arte | Beatles
uem cresceu ouvindo Beatles sabe muito bem o significado dessa frase. A separação foi golpe forte para os fãs da banda que reinventou o pop nos anos 60. Os quatro garotos de Liverpool – John, Paul, George e Ringo – fizeram história e conquistaram o mundo. Os fãs estão aí, antigos, novos, nos quatro cantos do planeta. Este ano, o primeiro álbum do Beatles, “Love me do”, completa 50 anos. Os apaixonados e estudiosos garimpam obras, recordações, acessórios, enfim, qualquer fato ou objeto que remeta à banda. Até porque ouvir, falar, recordar, quando se trata da dessa banda inglesa, é sempre grande prazer. Aqui no Rio de Janeiro, na PUC (Pontifícia Universidade Católica), o assunto é mais que paixão de admirador: virou curso. É que Luiz Otávio Pinheiro, pesquisador da banda de Liverpool, criou, ao lado de outros especialistas, o primeiro curso sobre a banda no país: “Beatles: História, Arte e Legado”. Além de eterno apaixonado pela banda, ele é engenheiro, músico e agora professor da PUC.
Luiz Otávio Pinheiro
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Decoração | Futon
O conforto que veio do Oriente O futon é conforto. De origem japonesa, é um tipo de colchão usado na tradicional cama japonesa e chegou ao Brasil na década de 1970 em forma de colchão, o shikibuton. Eles são baixos, com cerca de 7 cm de altura, e têm no interior algodão, lã ou material sintético. Geralmente são colocado em uma madeira ou armação de metal, e sua estrutura lembra a de um sofá. Dobrável e versátil, cru ou colorido, de vários tamanhos, o futon se acomoda bem em pequenos ou grandes espaços. Ele pode ser dobrado e guardado durante o dia e utilizado
à noite, com o objetivo de se poupar espaço. “Dormir num sofá-cama com futon é uma experiência nova que muda totalmente o seu conceito sobre o antigo sofá-cama”, diz Bénédicte, responsável marketing da Futon Company. A versatilidade dos futons permite criar ambientes descontraídos, aconchegantes e agrada a qualquer pessoa de qualquer idade. Onde encontrar? Futon Company Città America: Av. das Américas, 700 1º Piso – Setor Verde – Lj 117 J
Decoração | Outono-Inverno
Casa quentinha O
UTIL COMUNICAÇÃO
clima começa a mudar, os dias estão mais frios, ficam mais curtos... o inverno está chegando. Quando voltamos do trabalho, a noite já caiu. Ao entrarmos em casa, um suspiro de alívio é inevitável: missão cumprida, vamos descansar. Ainda mais gostoso é chegarmos em casa e pequenos mimos de conforto nos esperarem. A mudança de estação pode ser refletida na decoração da casa sem muitos gastos, com pequenos truques, tornando-a mais aconchegante para a nova estação. A troca das capas de almofadas claras e coloridas, que usamos no verão, por outras com estampas mais quentes, como os xadrezes com cores escuras (sempre associados ao inverno) e as caxemiras. Uma bonita manta, jogada displicentemente sobre o sofá ou sua poltrona fa-
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vorita, é um convite ao relaxamento. No quarto, uma cama convidativa, com lençóis cheirosos, bem passados, um edredom fofinho (nas lojas de enxovais, encontramos capas para os edredons, o que nos permite essa renovação sem gastar muito). Flores. Sempre. Elas nos dão boas-vindas no momento em que abrimos nossa porta, alegrando a casa com suas cores e aromas. Ah! Aromas. Um detalhe importantíssimo: nossa memória olfativa é muito aguçada. Quantas vezes sentimos um aroma e lembramos de uma ocasião ou lugar, ou sentimos um perfume, e nos lembramos de uma determinada pessoa? Várias lojas vendem aromatizantes de ambientes, é só escolher aquele que mais nos agrada. Nossa casa deve ter um aroma que nos remeta a aconchego, relaxamento. Ao lugar especial, onde possamos nos refazer da correria do dia a dia, acolher nossos familiares e amigos com carinho e conforto. O lugar para sermos felizes.
Ana Lúcia Adriano www.anaadriano.com
Sustentabilidade | Rio+20
Sustentabilidade urbana A luz amarela da preocupação pela qualidade de vida urbana no mundo acendeu quando mais de 50% da população da China passou a morar nas cidades. Os Estados Unidos têm quase 80% da sua população concentrada no meio urbano. O Brasil já tem 85% do seu contingente populacional habitando nos aglomerados urbanos. A visita do Presidente Obama ao Brasil, em março de 2011, rendeu, além de muitos acordos políticos e comerciais, a formação de um programa binacional chamado de JIUS – Joint Initiative on Urban Sustainability – visando o desenvolvimento e aplicação de mecanismos de sustentabilidade nas cidades brasileiras. No início de janeiro de 2012, uma delegação brasileira conduzida pela Ministra do Meio Am-
biente, Isabela Teixeira, esteve em Nova Iorque e Philadelphia desenvolvendo parcerias e avaliando possíveis projetos aplicados de sustentabilidade urbana. A cidade escolhida para iniciar esse programa foi o Rio de Janeiro, tendo em vista o Fórum Mundial de Meio Ambiente e Sustentabilidade (RIO+20), que será realizado em junho de 2012 na cidade. Até lá, existe todo um empenho para efetivar as propostas de três temáticas escolhidas para a sustentabilidade urbana do programa JIUS. Particularmente, estou acompanhando o manejo e o uso sustentável das águas urbanas para duas regiões cariocas: a Baixada de Jacarepaguá e a Baixada de Sepetiba. Na Baixada de Jacarepaguá, o foco será na qualidade e no manejo do Complexo Lagunar da região e nas áreas baixas circunvizinhas. Na Baixada de Sepetiba, a preocupação será com a drenagem e a qualidade das águas das bacias hidrográficas e da faixa marginal de proteção. Essa oportunidade fará com que a nossa região seja uma vitrine para a mostra de um protótipo de aplicação das melhores tecnologias de sustentabilidade adaptadas às nossas necessidades. Até a véspera da Rio+20, será realizado um esforço concentrado para definir, planejar, fechar acordos bilaterais entre Brasil e EUA, além de se tentar operacionalizar a engenharia financeira desses acordos. O objetivo será anunciar projetos fechados pelo JIUS no Fórum Governamental da RIO+20 com mecanismos de sustentabilidade urbana, além de políticas de sustentabilidade inovadoras para as cidades do futuro. Para a comunidade da Baixada de Jacarepaguá, fica a certeza de
que a sustentabilidade urbana da região passa pela recuperação do complexo lagunar. Nela se refletem todas as consequências de um meio urbano que se desenvolveu sem planejamento e infraestrutura adequada, com os padrões mínimos de sustentabilidade. Cabe à sociedade identificar os problemas que afligem a região, hierarquizá-los, discutilos e propor alternativas para que o governo possa implementar, juntamente com as possíveis parcerias público-privadas (as PPPs) e a classe empresarial. Talvez esse seja o melhor modelo de mobilização social que possa ser experimentado, visando o desenvolvimento da sustentabilidade urbana para o Rio de Janeiro. Se conseguirmos promover essa mobilização, já teremos muito que mostrar no Fórum Social da RIO+20. Por fim, vale sempre lembrar que a sustentabilidade se baseia em três princípios: participação social, inclusão e meio ambiente equilibrado. David Zee Ambientalista e professor da Universidade Veiga de Almeida
Comportamento | Casamento
Brasileiros estão casando mais O s mais modernos dizem que “casamento é coisa do passado”, é “brega” e que hoje “pouquíssimas pessoas estariam dispostas a assumir um compromisso sério”. Mas as informações divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são contrárias a todas essas afirmações. Dados divulgados pelo IBGE mostram um crescimento significativo no número de casamentos realizados no Brasil nos últimos anos. Cerca de um milhão de matrimônios foram registrados no ano de 2010, em todo o país, o que, segundo o Instituto, representa um aumento de 4,5% em relação ao ano de 2009. Grande
Por Fabiane Fernandes
parte dos noivos estava casando pela primeira vez, enquanto uma parcela menor está em seu segundo matrimônio. A idade média para o enlace matrimonial para as mulheres era de 20 a 24 anos, enquanto que para os homens, esse momento se dava a partir dos 30 anos. Mas o novo perfil aponta as mudanças, as mulheres estão casando cada vez mais tarde, e os homens, querendo casar cada vez mais cedo. Hoje, para ambos, a faixa dos 25 a 29 anos tem sido o momento perfeito para a união. Segundo a socióloga Ofélia Ferraz, a tendência de união entre pessoas muito jovens estava fortemente
ligada às tendências culturais e religiosas dos nossos antepassados, e hoje essa tradição já não é mais mantida. A supervisora de call center Juliana Rezende, 23 anos, já foi casada. A jovem se casou aos 16 anos e se divorciou aos 22. “Eu casei muito jovem e me arrependi. Acredito que o casamento poderia ter dado certo se nós fôssemos mais maduros”, confessa. Questionada sobre um segundo casamento, ela é enfática: “Pretendo me casar novamente, mas não agora”. Juliana acredita que o casamento após os 25 anos é mais interessante: “Hoje já estou mais madura. Acredito que daqui a alguns anos vou conseguir lidar melhor com o dia a dia de uma vida a dois”. A socióloga Ofélia Ferraz acredita que “a tendência de casamentos entre pessoas cada vez mais maduras demonstra um desenvolvimento
socioeconômico entre as partes envolvidas”. Dentro da realidade apontada pelo IBGE, está o gerente de frota Vinícius Weyll, 29 anos. Ele se casou há quase um ano e confessou que gostaria de ter se casado antes. Vinícius acredita que, para o sucesso de um casamento, além do amor, “o casal deve respeitar a individualidade do outro, ser cúmplice, amigo e conhecer bem um ao outro”. Ainda segundo o gerente, maturidade é fundamental para ter um relacionamento saudável. A estabilidade financeira também é outro fator determinante. A estudante de Psicologia Karina Kascher, 24 anos, namora há quase quatro anos e só pensa em se casar após o término do curso de graduação. “Preciso estar estabilizada financeiramente. Acredito que seja a base para se viver bem e com tranquilidade”, diz.
Revista de Bordo Util | Maio/Junhol 69
Kids | Colônia de férias
O que fazer com os pequenos nas férias escolares?
F
érias escolares. O período mais aguardado pela garotada pode significar um período de angústia para a maioria dos pais. Cientes dessa realidade, alguns colégios organizam atividades recreativas oferecidas no próprio ambiente escolar e, na maioria das vezes, orientadas pelos professores da instituição. Essa prática também se tornou comum em condomínios, que fazem uso das suas áreas de lazer para entreter os pequenos. Maria Beatriz Nunes, mãe de Nathan, de 6 anos, inscreveu o pequeno na Colônia de Férias do condomínio onde mora, na Barra da Tijuca. “Saber que o Nathan estava praticamente em casa foi uma segurança para nós, mas ao mesmo tempo ficamos tristes por ver que nosso filho estava de férias e acabou não vivenciando nada de novo”, conta. Depois de trocar experiências com outros pais, Maria Beatriz recebeu a indicação de uma Colônia de Férias realizada em um clube na Barra da Tijuca. “Depois que visitei o espaço, fiquei encantada. Não sabia que encontraria tanta área verde e tantas opções para as crianças perto de casa e em um local seguro. Conversei com o coordenador, que me apresentou as atividades, o espaço onde ficam os cavalos, a tirolesa, a fazendinha. Adorei!”. “Brincar no play do prédio é válido, mas não pode ser só isso”, reforça a pedagoga Maria Elizabeth Diniz. “A criança descobre o mundo através do brincar e da experiência. Os espaços abertos e o contato com a natureza dão maiores condições para que ela desenvolva a criatividade, a coordenação motora e o raciocínio”. Coisas simples como brincar na terra, subir em árvores e tomar banho de mangueira contribuem para ampliar a experiência infantil de contato com o mundo. Permitir que as crianças participem de atividades externas em novos ambientes também traz inúmeros benefícios para o seu desenvolvimento emocional. Atividades coletivas estimulam a socialização e a con-
quista de novos amigos, permitindo que a criança aprenda a conviver em grupo – compartilhar, ganhar, perder – e a solucionar eventuais questões que surgirem. O fato de estar distante dos pais ou da professora torna a criança menos dependente, faz com que tome algumas decisões por conta própria e adquira segurança. Mas os pais não precisam se sentir culpados se não conseguirem proporcionar tudo isso aos seus filhos. O mais importante é a criança não se sentir abandonada, sem tarefas, entediada, sem saber como aproveitar seu tempo de modo saudável e construtivo. Brincadeiras, jogos e até tarefas domésticas poderão ser orientados, e muita experiência boa vai acontecer com certeza. Assim, os pais trabalharão mais sossegados, e as crianças terão muita coisa para contar na volta às aulas.
Segurança | Compras on-line
Caiu na rede... A
Internet hoje é instrumento cotidiano para maioria das pessoas. No trabalho, na vida pessoal, está lá, sempre presente. Com isso, o número de compras online cresceu assustadoramente: em oito anos, o comércio virtual aumentou cerca de 2.000% contra aproximadamente 200% das vendas tradicionais. Segundo pesquisa realizada pela consultoria e-bit, do grupo Buscapé, as vendas virtuais moveram cerca de R$ 18,7 bilhões, com crescimento de 26% em relação ao ano anterior. As cifras são altas, a pesquisa estima ainda que, em 2012, as vendas pela Web devem aumentar cerca de 25%, movimentando R$ 23,4 bilhões. Apesar de as compras on-line movimentarem o mercado e aquecerem a economia, é importante saber quando vale a pena e onde é seguro comprar no mundo virtual. Para o Presidente de Crimes de Alta Tecnologia da OAB/ SP, Dr. Coriolano Almeida Camargo, é preciso analisar alguns requisitos básicos, como “verificar se a empresa possui endereço e telefone, e ainda confirmar se o número realmente é válido. Além disso, deve-se conferir se o portal tem canal para reclamações e uma política de troca. Verifique também se há boa estrutura de pagamento (vários cartões, boleto, depósito on-line)”, orienta. Segundo Dr. Coriolano, um canal direto de comunicação entre o consumidor e a loja demonstra comprometimento com o cliente. Uma boa dica para quem quer confirmar números telefônicos e endereços é o site Telelistas (www. telelistas.net). E para consultar boas ou más
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referências de uma loja, marca ou produto, o Reclame Aqui (www.reclameaqui.com.br) é a dica dele. Dr. Coriolano diz ainda que, quando as pessoas são vítimas de fraudes ou são lesadas pelo “vendedor”, devem registar queixa no Procon e ainda no site Reclame Aqui, pois as empresas se sentem pressionadas e, por vezes, resolvem a questão. Um dos grandes problemas enfrentados por quem compra on-line é o atraso na entrega. Para você ter uma ideia, no período de dezembro de 2010 a janeiro de 2011, foram registradas 45.000 reclamações de 13 grandes empresas no site Reclame Aqui. “O problema mais frequente são lojas virtuais e os seus atrasos. O e-commerce brasileiro vai entrar em colapso”, exclama. Com as vendas on-line em constante crescimento, surgiram também novidades para “demonstrar” a segurança dos sites, mas segundo Dr. Coriolano, que também autor do livro As múltiplas faces dos crimes eletrônicos, selos de segurança não garantem 100% a integridade ou eficiência do portal. “Mesmo portais com esses selos podem oferecer problemas. Não sabemos quais os critérios para
oferecimento de selos e outros problemas na logística. Acidentes ou roubo de carga podem ocorrer”, explica. Mesmo com tantos casos de fraudes e problemas com produtos e entrega, as vendas não param de crescer, e um dos fatores que contribuem para isso é o fato de que produtos comprados on-line saem muito mais em conta do que em lojas físicas. Mas atenção, não se deixe levar pela oferta, e fique atento aos portais de compra. Para você entender melhor o funcionamento de um site seguro, o Dr. Coriolano explica: “O ideal é que o site seja equipado com uma tecnologia SSL, que exige que haja uma conexão segura entre o navegador do cliente e o servidor da Web. Após a negociação, todas as comunicações de dados são criptografadas com as chaves de 56 bits (alta) ou 128 bits (muito alta), assim não havendo possibilidade de roubo ou captação das informações do cliente por terceiros”, conclui.
Dr. Coriolano
Revista de Bordo Util | Maio/Junhol 73
Economia| Mercado imobiliário
Aplicação em imóveis:
opção boa e segura O
financiamento de imóveis virou uma ótima opção de aplicação. Isso acontece porque, normalmente, para quem deseja comprar um imóvel e recorre ao banco para um empréstimo, este tira o dinheiro da caderneta de poupança de outro cliente, e lhe paga com um juro pequeno. Só que o financiamento de imóveis dobra a cada dois anos, e os depósitos na caderneta crescem a 10% ao ano. Daqui a alguns anos, a poupança não será mais suficiente para carregar todo o crédito imobiliário sozinha, e a solução será apelar ao conjunto de investidores – fundos de pensão, gestores de investimento, seguradores e o investidor pessoa física.
Esse interesse surgiu porque os juros do governo caíram muito, e quase nenhuma aplicação atrelada a juros rende 12% – taxa paga por títulos de dívida que representam empréstimos feitos pelos bancos ou construtoras que têm imóveis como garantia. Enquanto a poupança trouxe R$ 71,68 bilhões para financiar a casa própria em 2011, os investidores do mercado de capitais foram responsáveis por comprar R$ 13,61 bilhões em títulos de dívida imobiliária – aumento de 60% em relação a 2010. Portanto, aproveite que o setor da construção e compra de imóveis nunca esteve tão aquecido, para escolher a sua forma de investimento de maneira segura e com retorno garantido.
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Revista de Bordo Util | Maio/Junhol 75
Arte | Cerâmica
Cerâmica
em baixo vidrado A
cerâmica é uma belíssima forma de arte que pode ser realizada em dois tipos: em alta temperatura – que é mais complexo e passa pela etapa de modelagem – e o baixo vidrado – uma técnica mais voltada para a pintura. Cecília Newlands e Flávia Tiedemann são artistas de baixo vidrado. Flávia gosta da técnica por contar com uma enorme variedade de cores. Segundo ela, com uma só cor misturada à água, dá para alcançar vários tons. Já Cecília adora criar desenhos para as peças. As duas são sócias em um ateliê de baixo vidrado e ensinam a técnica passo a passo: “Primeiramente compramos o biscoito
(como chamam as peças preparadas para receber a pintura). Em seguida, pintamos a peça, misturando a tinta com água conforme o tom que desejamos. Depois de pintada, a peça recebe um acabamento, que pode ser brilhoso, fosco, craquelado, dentre muitos outros. Após o término da peça, será necessário colocá-la para queimar. O forno deve estar a uma temperatura de aproximadamente 1.020 ºC”. Se você quiser mais detalhes, entre em contato com a artista de baixo vidrado (atelierceramika@globo.com). Ela vai tirar as suas dúvidas.
Especial | Dia das Mães
Diário da UTI
M
ãe significa gerar ou criar uma vida. Mas a do século XXI é mais do que isso. A mulher atual não só cria seu filho, mas também, na maioria das vezes, cuida da casa e ainda trabalha fora. Essa verdadeira batalhadora do dia a dia aquece nosso coração desde a infância, mas também causa o mesmo aquecimento em todo o mercado brasileiro na época que antecede o Dias das Mães. Sendo homenageada em aproximadamente mais outros 70 países, exemplos de grandes figuras maternas são o que não falta no Brasil. Uma dessas mulheres aplicadas é a jornalista, professora há 15 nos e mãe, de 45 anos, Maristela Fittipaldi. Ela, que tinha miomas no útero, ciclo menstrual sem ovulação e ainda possuía útero retrovertido teve muita dificuldade para engravidar, mas aconteceu. Mãe de Clara, de 10 anos, viveu uma experiência transformadora. A gravidez foi de risco, por causa dos problemas citados e por uma cirurgia plástica realizada dez meses antes, no abdômen. “Eu liguei para dar a notícia para o meu médico. Ele brincou dizendo que o ‘trabalho’ dele iria
Por Cristiano Kubis
por água abaixo, disse que não seria fácil, mas se colocou ao meu lado”, disse ela. Durante a gestação, a jornalista deu entrada pelo menos duas vezes em emergências, tomava remédios e fazia repouso. Seu ginecologista achava que daria para levar a gravidez até uns oito meses, mas isso não aconteceu. “Infelizmente com seis meses e meio, passei mal, fui novamente para o hospital, naquele momento entrando em trabalho de parto. Inicialmente, tentaram evitar o nascimento. Só que um exame de urina revelou que eu estava com infecção urinária e que seria preciso fazer o parto às pressas, para tentar salvar o bebê”, narrou. Agora ela, já como mãe, e a pequena Clara
Especial | Dia das Mães
teriam ainda mais batalhas pela frente. A pequena nasceu com infecção generalizada, com o cordão enrolado no pescoço e sofreu com falta de oxigênio, o que ocasionou um coágulo no cérebro. Segundo a professora, ela mal conseguiu ver o rostinho da sua filha, pelo fato de o estado clínico ser de UTI. “Temi perdê-la. Seu estado era muito grave, e não me esconderam isso”, confessou.
“Não fico triste quase nunca, mas acho que se um dia me sentir desanimada, vou lá e lerei todo o esforço que fiz para viver” Mas como boa brasileira, o seu sexto sentido de mãe a convenceu de que Clara iria sobreviver. “Eu acreditava, e a luta dela passou a ser a minha também. Ela ficou na UTI do dia 27 de abril de 2002, quando nasceu, até dia 21 de junho de 2002, quando teve alta. Eu ia para a UTI todos os dias às 10h da manhã, desde quando era permitido que as mães entrassem, até às 22h, quando nos ‘colocavam para fora’”, explicou com descontração. “Fazíamos lá também o Projeto Canguru, em que os bebês são amarrados às mães para se sentirem como se ainda estivessem no útero. Era o melhor momento do dia. Clara me dava força e a certeza de que venceria. Houve momentos difíceis na UTI, mas eu olhava para ela e tinha certeza de que viveria”, revelou. Mais um capítulo nessa linda história é o Diário da UTI. Por ser jornalista e, consequentemente, gostar de escrever, Maristela fez anotações, relatando todas as conquistas e dificuldades encaradas por sua filha. “Eu anotava desde a quantidade de leite que ela bebia por dia até seu peso
diário”, informou a mãe apaixonada. A mãe queria relatar a bravura daquela pequenininha e mostrar pra ela que nasceu uma guerreira. “Pensava e ainda penso que, se um dia ela se sentir infeliz, triste, sem razões para continuar, talvez possa encontrar neste relato sua incansável batalha para nascer e viver um motivo para seguir adiante”, completou. Clara entende que toda atenção da mãe exemplificada no Diário da UTI é maravilhosa. “Não fico triste quase nunca, mas acho que se um dia me sentir desanimada, vou lá e lerei todo o esforço que fiz para viver”, afirmou a menina, revelando que gosta de ver as coisas que a mãe escreveu. Como toda boa mãe, Maristela encerrou o bate-papo falando mais sobre o significado e deixando uma bonita prova de amor. “Penso que ela seja o milagre a que tive direito nesta vida. E ela é uma criança feliz, de bom coração, incapaz de fazer mal a quem quer que seja”, concluiu com orgulho a jornalista, professora, mãe, dona do Diário da UTI e também principal estrela do Dia das Mães, Maristela Fittipaldi.
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Coluna | Futebol
Paixão nacional
O
brasileiro é apaixonado pela gorduchinha. Em todos os espaços, o futebol é tema, e a nossa Revista não poderia ficar de fora. A partir desta edição, o repórter Leandro Lainetti, também blogueiro, vai dar uns pitacos sobre o futebol. Aprove, discorde, participe pelo e-mail contato@utilcd.com.br. O Campeonato Brasileiro é disputado no modelo de pontos corridos desde 2003. De lá para cá, foram seis campeões diferentes. Cruzeiro, Santos, Flamengo e Fluminense ganharam uma vez cada. O Corinthians ganhou duas, ao passo que o São Paulo foi tricampeão. Pode ser que nas arquibancadas o campeonato ainda não seja aquele sucesso estrondoso (basta ver as médias de público ano a ano para confirmar), mas dentro de campo a fórmula já está consagrada. Quando se fala em pontos corridos, logo alguém levanta a mão e brada em favor do mata-mata, fórmula que tem “muito mais emoção”, como costumam dizer seu defensores. Já os adoradores do formato atual argumentam que os pontos corridos premiam a justiça. Vence quem foi melhor durante todo, ou maior parte do campeonato. Acho que ambos modelos funcionam e têm seus prós e contras. Mas não adianta ficar todo ano discutindo a mesma coisa. Se agora são pontos corridos, que assim seja. O Brasileirão sempre começa do mesmo jeito. Parece até água gelada em panela ao fogo. Começa frio, paradinho. Depois vem o segundo estágio, e ela começa a esquentar, ficando morno. No fim, ebulição para todos os lados, e o campeonato pegando fogo. É exatamente assim que acredito que vai ser mais este ano. Outra característica do campeonato é a imprevisibilidade. Em ligas europeias, como a italiana, espanhola, alemã e inglesa, sabemos quem serão os favoritos. São sempre dois ou três times, e sempre os mesmos. Aqui não. Quando paramos para pensar em quem vai brigar nas cabeças, citamos oito ou nove clubes. Claro que com o decorrer do campeonato o número vai reduzindo, mas sempre chegamos às últimas rodadas com quatro ou cinco times ainda na briga. Não costumo ficar em cima do muro e não fi-
carei desta vez. Vamos fazer uma rápida análise para saber o que esperar dos principais clubes para o Brasileirão 2012. O Santos tem Neymar, Ganso e Muricy. Dois gênios da bola e um grande técnico sempre precisam ser considerados favoritos. O Corinthians, atual campeão, tem um elenco muito forte e qualificado, fator que pode ser fundamental em uma competição tão longa. O Palmeiras ainda é um time em formação, e Felipão terá muito trabalho pela frente, deve frequentar o pelotão intermediário, a não ser que faça mudanças drásticas. O São Paulo tem um bom time, Lucas e Luis Fabiano, mas é uma incógnita, pois é irregular. Ora joga bem, ora joga mal. Pode brigar em cima ou não. O Fluminense chega com um ótimo elenco, sempre turbinado financeiramente pelo principal patrocinador. A defesa é fraca e precisa de reforços. Se vierem, é um grande candidato. O Vasco precisa definir o que quer para tentar repetir a campanha do ano passado,
quando foi vice-campeão. Tem jogadores experientes e talentosos, mas um técnico que ainda precisa mostrar o seu valor. O Flamengo teve um começo de ano tumultuado, com troca de técnico e polêmicas. Eliminado nas duas competições que disputou, precisa se ajeitar, e muito, para brigar na parte de cima da tabela. O Botafogo possui um bom time para começar os jogos, principalmente no meio e no ataque. Mas quando o assunto é elenco, fica atrás da maioria. O Inter tem Dorival Júnior, bom técnico, além de jogadores de ataque que causam inveja. Oscar, D’Alessandro, Dagoberto e Leandro Damião formam um quarteto badalado. Deve brigar pelas primeiras posições. O Grêmio começou o ano montando um bom elenco. Contratou Vanderlei Luxemburgo para comandar a equipe e pode fazer um ótimo campeonato. Apesar de criticado, Luxa levou o Flamengo à Libertadores deste ano e, para o Grêmio, seria importante voltar a disputar a competição continental. Cruzeiro e Atlético Mineiro me parecem sem forças para brigar em cima. Com elencos nada mais que medianos, é possível até que briguem para
não serem rebaixados. Lembrando que são só previsões, palpites, e muita coisa pode mudar até o fim do Brasileirão. Com isso, chegamos ao fim da primeira coluna. Espero que tenham gostado e continuem a ler. Nos vemos em breve. Leandro Lainetti futebolemauhumor.blogspot.com.br
Revista de Bordo Util | Maio/Junhol 85
Futebol | America
Campeão dos Campeões O
America Football Club celebra, no dia 12 de junho de 2012, 30 anos do maior título da sua história, o Torneio dos Campeões de 1982. Convidado para participar graças à desistência do Flamengo, o Sangue, como é popularmente conhecido, enfrentou os principais clubes do Brasil e, de forma invicta, deu a volta olímpica, em pleno Maracanã, para toda a torcida americana festejar. O campeonato foi disputado na mesma época da Copa do Mundo da Espanha, e clubes como Fluminense, Santos, Vasco, São Paulo e Internacional foram alguns dos participantes. Visto como azarão, o America disputou com equipes que até aquele ano, já haviam participado de alguma final de campeonato nacional. Mesmo assim, o Diabo (apelido popular) foi o primeiro na fase de grupo, no mata-mata liquidou seus adversários, ganhou do Guarani na final e, consequentemente, se tornou o “Campeão dos Campeões”. Artilheiro do Mecão na competição e um dos maiores ídolos do clube, Francisco Eloia, mais conhecido como Elói, entende que ter sido campeão de um título expressivo no cenário nacional foi muito importante. De acordo com o excraque, eram times muito bons, e o campeonato teve muita repercussão “Fizemos uma trajetória maravilhosa, eu fui bem e, principalmente, ajudei o America a conseguir sua maior conquista”, afirmou ele, que atuou em mais de 20 equipes, incluindo os outros quatro grandes do Rio, ao longo de 22 anos de carreira. Na temporada antes ao Torneio dos Campeões, Elói estava no seu melhor momento da carreira. Seu nome estava na pré-lista da Copa do Mundo do ano seguinte, era titular absoluto e capitão dos Santos. Nesse ótimo cenário, não podia ser diferente. O jogador possuía muitas propostas para deixar a Vila Belmiro. Mas surpreendendo tudo e a todos, o atleta decidiu deixar as praias paulistas e partir para a Cidade Maravilhosa. “Como nasci no interior de São Paulo, eu tinha a vontade de jogar no Rio de Janeiro e, principalmente, no Maracanã que era um palco do futebol mundial. Com isso, na época, todos me criticaram por trocar um time de ponta do Brasil por outro que ainda estava em ascensão. Mas eu não me arrependo em nada, não. Ainda tive a sorte de, no primeiro ano, ser campeão e marcar o meu nome na história do America. Hoje
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fico muito feliz de ser lembrado pela conquista”, afirmou Elói. Ao longo do torneio, o meia marcou quatro gols e foi um dos melhores do time. Mas justamente na final, o craque acabou se machucando no início do jogo e teve que ver, de longe, o America fazer o placar de 2 x 1 no time de Campinas. Mesmo do banco, o capitão, ao longo de toda a competição, vibrou quando Gilson fez o gol da vitória. “A emoção foi tanta que, quando fui comemorar, o meu anel travou em um prego exposto e quase que meu dedo foi decepado. Na hora, com o sangue quente de felicidade, não senti nada. Fui para o campo comemorar, e tal, e só depois fui ver o estrago”, revelou ele, com bom humor, a curiosidade. Depois dessa ótima passagem pelo America, Elói rodou bastante e retornou para a Europa. No velho continente, anos antes, ele já tinha sido campeão da glamorosa Champions Lea-
Futebol | America
gue (Liga dos Campeões) pelo Porto. “Quando cheguei ao America, eu já era vencedor europeu. Depois de anos no Rio, passei pelo Vasco, entre outros, e voltei para jogar pela Genoa, na Itália”, informou ele, que ainda completou dizendo que as competições internacionais não eram conhecidas como são, atualmente, no Brasil. Em 86, o meia retornou ao Mecão, fez boas partidas, não mais tão brilhantes como as da geração de 82. Atualmente, o ex-jogador ainda tem seu destino junto ao clube. Em negociações para ser gerente de futebol, Elói, neste ano, chegou a ser técnico interino por alguns jogos do Campeonato Carioca da Série B, para não desgastar ainda mais a relação dos jogadores, comissão técnica e presidente. “O antigo comandante foi demitido, e eu segurei essa barra para amenizar os problemas. Porque para um ex-jogador que fez história como eu, é melhor trabalhar na parte de gestão. Ser técnico desgasta a imagem com os torcedores. E isso não é bom”, explicou ele, sobre sua passagemrelâmpago no comando do time de 2012. Segundo Elói, não dá para negar seu amor pelo America. O boleiro também afirmou que qualquer trabalho realizado por ele no Mecão será
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sempre feito com muito profissionalismo. “É um clube grande, tem de voltar para a elite do futebol carioca, e eu posso ajudar com minha experiência e fidelidade. Porque eu realmente viso auxiliá-lo a retornar para a série A do carioca. Até porque eu sou torcedor do América e o amo”, finalizou. Criado por dissidentes do Clube Atlético da Tijuca, em 1904, seus fundadores, já pensando grande, escolheram o nome America Football Club para homenagear o continente como um todo. Conseguindo seu primeiro, de sete títulos cariocas, em 1913, o Sangue é considerado patrimônio do Rio de Janeiro, e no ranking do Campeonato Carioca, o America é o quinto colocado, qualquer que seja o parâmetro utilizado. Atualmente, mesmo na Série B do Carioca, seus torcedores ainda ecoam, com muito amor pelo Sangue, o hino considerado o mais belo do Brasil. Os quase 160 mil apaixonados espalhados pela nação não deixam o America por nada e continuam cantando a canção composta por Lamartine Babo, “Hei de torcer, torcer, torcer… Hei de torcer até morrer, morrer, morrer… Pois a torcida americana é toda assim. A começar por mim”.
Economia | Fisco
O contraste do Fisco S e por um lado o Fisco Municipal vem se modernizando, tendo criado a nota fiscal de serviços eletrônica, com o sistema Nota Carioca, o que aumentou e muito a arrecadação do ISS, por outro, o do atendimento ao contribuinte, a situação é crítica. Para despachantes e contadores que vivem o relacionamento diário com o Fisco, uma das piores situações vem sendo a das Inspetorias de Licenciamento e Fiscalização da Prefeitura, vinculadas à Secretaria Municipal de Fazenda. Um processo de concessão de alvará chega a levar mais de 30 dias, as inspetorias vivem com o sistema fora do ar, a 18ª IRLF, jurisdição do bairro de Campo Grande, está desde o final de abril “sem sistema”, e outras, como a 7ª, da Barra da Tijuca, também passam pelo mesmo problema. Inúmeros processos parados, e o contribuinte que aguarde: se abrir seu negócio sem alvará, vai acabar multado, sujeito a Edital de Interdição, com multas diárias sendo aplicadas. Somos verdadeiros agentes do fisco, responsáveis por cumprir uma infinidade de obrigações acessórias de nossos clientes, e quando precisamos de agilidade nos processos da Prefeitura, esbarramos na morosidade do sistema. Modernização já! Alô, Prefeito Eduardo Paes, verifique a situação das Inspetorias de Licenciamento e Fiscalização, até o Alvará Já, uma ótima ideia, não está funcionando como proposto, uma vez que sem sistema não há emissão de taxas e alvarás. Fernando Sales é Contador Planotec Contabilidade e Serviços Ltda.
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Diversão e Arte | Cinema
Antigo, com gosto
de novidade
Por Leandro Lainetti / Foto André Fossati
O
cinema surgiu em 1895, pelas mãos dos irmãos Lumière. Logo foi apelidado de “Sétima Arte”. Mais de 100 anos após sua invenção, é difícil imaginar que alguém não tenha conhecido a mágica e o encantamento que os filmes são capazes de passar. Mas a realidade é diferente, principalmente em cidades como São Romão, localizada na região norte de Minas Gerais, às margens do Rio São Francisco. Com pouco mais de 8 mil habitantes e infraestrutura precária, o cinema só pode chegar por meio de outras pessoas. Uma delas é Inácio Neves, idealizador do projeto Cinema no Rio, que teve a sétima edição realizada entre abril e maio de 2012, passando por 13 cidades em 17 dias. Para realizar o sonho que muitos achavam impossível, ele usou a imaginação, acreditou e correu atrás. “Fui a uma festa e vi um daqueles escorregadores infláveis gigantes. Pensei que poderia fazer uma
tela de cinema no mesmo modelo e deu certo”. A partir de 2004, quando conseguiu aprovação na Lei Estadual de Incentivo à Cultura e angariou patrocínios, o projeto foi adiante. Mas chegar a cidades sem nenhuma estrutura não é fácil. Parte da equipe vai de barco, pelo próprio Rio São Francisco, enquanto a outra vai de carro e caminhão, levando os equipamentos. “Não podemos falhar. Nada pode impedir a sessão, então temos um caminhão repleto de ferramentas que nos auxiliam na montagem e conserto, caso seja necessário. É muito trabalho e muita responsabilidade”, garante Inácio. Mesmo com todo esse esforço, a satisfação dos envolvidos é plena. Motivos para isso não faltam. A troca de experiências entre realizadores e moradores é um deles. “Levamos a cultura a que eles não têm acesso e conhecemos a cultura deles, algumas coisas que nem existem
mais, que só ouvimos falar”. Segundo Inácio, esse contato é emocionante, e a recepção do projeto é sempre positiva. Além dos filmes, o projeto realiza uma oficina de fotografia com as crianças de cada cidade. Elas saem pelas ruas acompanhadas por voluntários do Cinema no Rio, munidas de câmeras digitais, e fazem imagens livremente. À noite, antes de sessão, são exibidas no telão a foto do autor e três fotos dele. “Isso é legal, porque você percebe como eles ficam felizes quando se veem na tela. Eles gritam, aplaudem. O reconhecimento deles por eles mesmos é fantástico”, afirma Inácio. Depois das fotos, filmes. São passados cinco curtas-metragens e um longa. Os temas são variados e leves, e buscam retratar a realidade da vida dessas cidades. Sem drogas ou violência, garantem facilmente a diversão e o sorriso da plateia. “Temos que ter essa delicadeza. Não podemos trazer filmes pesados e passar para eles. Estamos aqui para trazer alegria”, explica Inácio. Em São Romão, o longa-metragem exibido era
sobre duas senhoras que moram na própria cidade, um atrativo a mais para aproveitar a sessão. A protagonista, dona Maria Sebastiana, conhecida como Dona Bastu, é um caso à parte. Personagem de vida rica e características muito peculiares, ela merece um espaço só dela. Na próxima edição, você confere.
A Util Leva você até lá | Conservatória
Conservatória,
no ritmo certo N a edição passada, passeamos pela musicalidade de Conservatória, distrito de Valença, no estado do Rio de Janeiro, que promove festivais e serenatas ao luar com o único objetivo de manter acesa a chama do romantismo. Com 4 mil habitantes, a vocação musical do distrito soma com a beleza do lugar. Resultado: um roteiro turístico e agradável para todas as idades. Podemos dizer que Conservatória é um pequeno polo cultural. Se observarmos, a influência musical está em quase todos os lugares, não há um bar ou restaurante sem um pequeno palco e um microfone aberto ao público. A admiração pela seresta e a serenata é tanta que no centro do distrito há dois museus em homenagem aos mestres da seresta: Silvio Caldas e Vicente Celestino. O cinema ganha conotação saudosista e é uma atração à parte na cidade. É que o cinéfilo, Ivo
Raposo, apaixonado pela Sétima Arte, ergueu, no seu quintal, com muita força de vontade, a única réplica do cinema que era considerado o maior da América Latina, o Metro Tijuca. Tudo começou com a demolição do Metro em 1977, quando descobriu que os objetos originais ainda existiam em um depósito. Com isso, ele não pensou duas vezes e, com muita dificuldade, lutou para reunir boa parte dos acessórios. “Hoje, por exemplo, as poltronas, o ar-condicionado, os tapetes e até os cinzeiros são os mesmos usados naquela época”, disse ele, emocionado, que ainda contou que muitos artistas consagrados vão prestigiar a sua “obra de arte”. O “Cine Centímetro” – cujo nome é uma brincadeira em alusão ao “Metro”– é um surpreendente espaço. Ele abriga e reconduz 60 “viajantes do tempo” para voltar ao passado, resgatar o clima da época dos saudosos cinemas de rua e a se deparar com aquela velha e boa pipoca
O letreiro original do Metro Tijuca iluminando o “Centímetro” de Conservatória
O idealizador, Ivo Raposo, iniciando a exibição de vídeos para os visitantes
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Alambique aberto ao público O artista plástico Mário Luiz com sua primeira obra
quentinha na entrada do cinema. A visitação ainda inclui exibição, em película, de antigos clipes e trailers da MGM, que eram exibidos na antiga sala. Mas essa veia artística desse pequeno distrito fluminense não para por aí, não. O artista plástico Mário Luiz Silva transforma papel em arte sacra dos séculos XVII, XVIII e XIV: anjos e santos. É uma releitura do barroco nacional numa fartura de dobras, curvas, cores e pinturas típicas do gênero artístico. “Minhas obras são sempre realizadas a partir de muita dedicação, amor, persistência e fé”, explicou. Já consagrado, o artista visitou e deixou suas peças em países como Itália, Espanha, EUA e França. Garante que não busca a fama. “Eu só quero que Deus me conceda saúde para continuar levando esse trabalho feito aqui para todo o mundo”. Fica claro que a arte emoldura toda essa região, mas há muito mais a fazer em Conservatória. Prepare-se, a aventura vai começar, vamos conhecer outras atrações da Capital da Seresta. O Hotel Fazenda Vilarejo, por exemplo, além
Entrada da loja de produtos do Vilarejo A mesa de jantar da fazenda impressiona por sua originalidade de mais de cem anos
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A Util Leva você até lá | Conservatória
de receber com todo conforto, oferece produtos originados da cana-de-açúcar, como rapadura, licor e a cachaça. É parada obrigatória de todo turista. De acordo com o administrador da fábrica e do canavial da fazenda, Márcio Iost, o alambique e o tour de visitação são tão badalados que o local “recebe, em média, 400 pessoas em cada sábado do mês”. O Hotel Fazenda Florença, assim como Vilarejo, é muito procurado e também é um lugar paradisíaco para se curtir o passado do Brasil. Fundado em 1852, o patrimônio se diferencia por aproveitar o local como ponto turístico, preservando toda a história, mesmo tendo visitas e hospedagens. Para se ter noção da originalidade, por ter a senzala, a casa grande e outros espaços ainda intactos, o local já foi até utilizado para gravação de novela global. O Túnel que Chora fica situado na Rua das Flores. Com 95 metros de extensão, todo de pedra, sem qualquer revestimento, iluminado com lampiões antigos a eletricidade e com calça-
mento em pé de moleque, o túnel encontra-se no estado de rocha bruta, sendo possível observar o trabalho artesanal dos escravos em sua escavação. Além das belas histórias, locais inusitados e fazendas exuberantes, o distrito também possui muito mistério. A Serra da Beleza, ponto turístico natural, não é só uma vista que alcança a Serra da Mantiqueira e montanhas de Minas Gerais. Segundo ufólogos, nas noites estreladas, misteriosas luzes aparecem circulando pelo vale, deixando intrigados visitantes e moradores. Estudiosos do assunto frequentemente visitam o lugar para observação e filmagens.
Todo o horizonte da Serra da Beleza
A casa grande da fazenda Florença
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Revista de Bordo Util | Maio/Junhol 97
Turismo | Lua de mel
Roteiros dos sonhos O primeiro passo para quem deseja se casar é planejar a cerimônia e a festa. Depois o casal pensa na lua de mel. Com tantas preocupações e gastos com as comemorações, às vezes acaba restando pouco para programar o momento mais especial dos recém-casados. É importante que haja planejamento, e a elaboração do roteiro deve começar a ser feita com ao menos seis meses de antecedência. Luis Baronto, proprietário da BR Afora Turismo, afirma: “Tudo que é feito em cima da hora acaba ficando mais caro. Ou pior, no caso de hotéis, acabam não se encontrando vagas”. É fato que, quando a lua de mel é mal planejada, a situação pode gerar uma enorme frustração no casal. Para Luis Baronto, um bom planejamento começa com o valor reservado para a ocasião e o destino. “É primordial estipular um teto financeiro para a viagem. Depois do valor, o mais importante é procurar os destinos que interessam e os passeios”, explica. Há formas de economizar na lua de mel sem entrar em uma furada. Para os que preferem aproveitar passeios românticos e ainda fazer compras, o ideal é economizar na hospedagem buscando um hotel mais em conta. Já aqueles que preferem curtir realmente a hospedagem, o hotel se torna o item mais importante. Uma boa dica é pesquisar na Internet, em sites com depoimentos de pessoas que já fizeram o passeio e sites turísticos do local que se deseja conhecer. Há ainda outra forma de economizar, usando as cotas, que funcionam da seguinte forma: os noivos compram o pacote de lua de mel com antecedência na agência e estipulam o valor das cotas, que giram em torno de R$ 100 e R$ 1.000. Depois, é só divulgar o contato da agência na lista de presentes. Ao fim do prazo combinado, toda a quantia é entregue aos noivos para decidirem os detalhes da viagem. Luis conta que a opção é muito requisitada. “Nós aqui na agência fechamos muitos pacotes dessa forma”, conclui.
Destinos mais procurados: Clássicos internacionais: Caribe (Cancun e Punta Cana) e Nova Iorque. No Brasil: resorts. Lua de mel dos sonhos: Taiti – Bora Bora com Papette (em torno de US$ 4.000 a US$ 7.000 por pessoa). O mais barato: Porto Seguro (em torno de R$ 900 por pessoa).
Turismo | Cruzeiros
O gigante dos mares
Por Suellen Ribeiro
O
que torna o Oasis of the Seas e o Allure of the Seas diferentes dos outros navios não é o tamanho – mas o aproveitamento interno nesses supernavios. Trata-se de uma inovação, da qual o mundo dos sete mares estava precisando. O projeto é diferente, com uma fenda no meio do navio, em vez de ser tudo fechado, com convés em cima e varandas com vista para o mar e para os pátios internos. Um dos pátios chama-se Central Park, e possui plantas e um jardim de verdade e deliciosos restaurantes, bares, lojas e galerias. No meio do jardim, foram construídas claraboias que vazam luz natural para a Royal Promenade, a “rua” principal do navio, por onde se embarca e se desembarca, e onde ficam os restaurantes, bares e lojas abertos até mais tarde. O outro espaço ao ar livre criado pelo vão fica na popa: é a Boardwalk, uma avenida temáti-
ca, com direito a carrossel antigo e barraca de frutos do mar. Existem dois restaurantes enormes, que abrem para todas as refeições sem cobrar. Um é o bufê padrão, chamado Windjammer, e outro é o restaurante formal, chamado Opus. Bebidas alcoólicas não estão inclusas. Quem quer escapar da comilança pode se refugiar no Solarium Bistro, que tem bufês saudáveis no café da manhã e no almoço. O cardápio do restaurante principal, o Opus, sempre tem alguma opção sem carboidratos ou frituras. Atividades como as piscinas de ondas, para fazer surfe, e a tirolesa precisam ser reservadas; as vagas esgotam logo. Faça pela Internet antes do embarque. Os shows estão incluídos – e são ótimos. Há um musical da Broadway, o Hairspray. Um espetáculo do teatro aquático inspirado no O, e Vegas, do Cirque de Soleil. Há também um espetáculo de patinação no
UTIL COMUNICAÇÃO
Turismo | Cruzeiros
gelo, e um segundo musical, apresentações de comédia stand-up e um clube de jazz. Depois do show da noite, você ainda pode escolher entre duas boates, um lugar de música latina ao vivo, um bar de karaokê, um piano-bar, um bar dançante com vista para o convés, um pub com som ao vivo e o cassino. Balança? Nada. Muitas vezes você nem se lembra de que está em um navio. É tecnologia de última geração. O navio tem capacidade para 6.000 passageiros e faz pelo menos três paradas em um cruzeiro de oito dias. O embarque e o desembarque são muito organizados. Rotas: O Oasis e o Allure partem de Fort Lauderdale e se revezam entre o Caribe Leste e o Caribe Oeste. Alguns locais são: Labadee (ilha do Haiti), St. Maarten, Cozumel, St. Thomas (Ilhas Virgens Americanas), Falmouth (Cidade da Jamaica) e Nassau (Bahamas). A cabine interna, em setembro, fica em torno de R$ 2.200,00 por pessoa, com todas as taxas. E em janeiro de 2013 (alta temporada para nós e baixa para eles), haverá muitas promoções. Uma cabine chega a custar R$ 1.500,00 por pessoa, com todas as taxas. Cruzeiro deixou de ser um programa para idoso. Segundo pesquisa da Royal Caribbean, dona dos navios, cruzeiro é uma das primeiras opções de viagem para casais em lua de mel, bodas, grupos de jovens, formandos, famílias com criança pequena e portadores de deficiência.
Por Suellen Ribeiro www.maniadeviagem.com.br
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Turismo | Peru
Mistério e cultura Por Verônica Nicoletti
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Peru é cheio de surpresas e emoções. Um país misterioso, a terra dos incas. Terra de enormes montanhas andinas, de florestas tropicais nebulosas e de belas praias convidativas. É possível descer o rio em um caiaque ou barco de borracha (rafting) ou caminhar em uma trilha inca. No Peru, tudo isso é possível! Destinos como Cusco, capital do antigo império inca, o Vale Sagrado, o Cânion do Colca Arequipa ou o Lago Titicaca, 103 possíveis zonas ecológicas e uma rica herança cultural são opções que o turista pode desfrutar em uma viagem ao Peru. LIMA, a capital do Peru, no passado tinha a reputação de ser a cidade mais bonita da América espanhola. Apesar de sua expansão bastante desigual dos subúrbios modernos e bairros pobres em todas as direções, mantinha seu charme. A cidade tem mais de oito milhões de habitantes, e apesar da pobreza de alguns bairros, há uma certa elegância no antigo centro colonial, com seus museus excelentes, como o Museu de Arte – que exibe mobília colonial e artefatos pré-colombianos e 400 anos de arte peruana –, o Museu Nacional de Antropologia e Arqueologia – notável por suas exibições excelentes do Peru pré-histórico –, o Museu do Ouro e o Museu moderno La Nación. O Museu Rafael Larco Herrera contém mais de quatrocentas mil cerâmicas excelentemente preservadas e estatuetas eróticas famosas. As Igrejas, como a de São Francisco (famosa por suas catacumbas) e Santo Domingo (de aproximadamente 1540), também são ótimas opções de visita. Os muitos mercados de Lima transbordam de iguarias e artesanato. Também há praças, edifícios coloniais adoráveis e um jardim zoológico. Um outro destino muito procurado é Cusco, que está situada a 3.400 metros acima do nível do mar, cercada por montanhas e va-
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les. Tem uma população de 300.000 habitantes, a maioria indígena. O cenário andino: as famosas ruínas incas e as ruínas mágicas de Machu Picchu. Como a antiga capital do império inca, e a cidade continuamente habitada mais antiga do continente, Cusco é ponto importante nas viagens ao Peru. A maioria das ruas da cidade está alinhada com os muros de pedra construídos pelos incas e abarrotada com palavras da língua quíchua, idioma falado pelos descendentes dos incas. A cidade é um acervo magnífico de arte colonial, como a Catedral (iniciada em 1559) e a Igreja La Merced. Há também as ruínas Coricancha, no meio do centro de uma cidade que era coberta com ouro (o trabalho em pedra é tudo o que resta) e o Museo de Arqueología, que está cheio de trabalhos em metal e ouro, joias, cerâmicas, tecidos e múmias. Quatro outras ruínas – Sacsayhuamán, Qenko, Puca Pucara e Tambo Machay – estão nas proximidades.
AREQUIPA era chamada de “cidade branca”. A cidade é rodeada por montanhas espetaculares, inclusive o vulcão El Misti. Uma característica da cidade são suas várias belas construções feitas com uma pedra vulcânica de cor clara, chamada silar. Também vale a pena visitar o Convento de Santa Catalina, a construção religiosa colonial mais fascinante do país, que era, até bem pouco tempo, lar de quase 450 freiras. O ponto mais importante é o Cânion do Colca, com mais de 1 quilômetro de extensão entre os penhascos e o fundo do rio, com sua pitoresca construção pré-incaica e aldeias índias amigáveis com camponeses vestidos tradicionalmente, vale certamente uma visita. PUNO – O LAGO TITICACA proporciona momentos impressionantes. Reserva Nacional desde 1978, tem mais de 60 variedades de pássaros, 14 espécies de peixes nativos e 18 tipos de anfíbios. Com 3.820 metros de altitude, é o lago navegável mais alto no mundo. Com mais de 170 km de comprimento, também é o
maior lago na América do Sul. Extraordinariamente claro e com águas azuis, deixa os visitantes encantados. Também conhecida por suas danças folclóricas e enormes rebanhos de alpacas e lhamas, Puno, o principal porto no lago, pode oferecer outra interessante opção: as viagens de barco para comunidades remotas da região. Também há tumbas de sepultamento construídas pelos incas (Chullpa) ao redor do lago, e as ilhas artificiais de Uros são fascinantes. Seguindo a rodovia Panamericana pela costa sul, é possível atravessar muitas áreas interessantes ao sul de Lima, inclusive Pisco, um importante porto pesqueiro, e Nazca, conhecida para sua cerâmica colorida e elaborada com desenhos geométricos enormes, principalmente de animais e pássaros. O Peru é um dos destinos mais impressionantes e misteriosos do nosso planeta, cheio de segredos e muita cultura, é um destino que realmente vale a pena. www.tudodeturismo.com.br
Responsabilidade Social | Andorinha do Mar
A onda agora é essa O
Rio de Janeiro continua lindo e solidário. Na cidade que, nos próximos anos, sediará importantes eventos esportivos, a vida de muitos jovens está se transformando por causa do amor ao esporte. No cartão postal praiano mais conhecido do Brasil, Copacabana, o surfe de peito cresce, se fortifica e ainda serve como fonte de esperança de cariocas que buscam um mundo melhor. Comandado pelo surfista de peito Marcelo Amaral, mais conhecido como Cabelo, o Grupo Andorinha do Mar pratica o surfe do bem. Eles, que todos os sábados se reúnem no Posto 5, às 10 horas, para pegar onda e trocar experiências, utilizam apenas o pé de pato como forma de fazer difíceis manobras radi-
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Por Cristiano Kubis
cais e sociais nas águas de Copa. O projeto social surgiu por iniciativa do próprio Marcelo. Segundo ele, após participar do Water Man em 2005, a motivação aumentou para se dedicar mais ao esporte. Aprendeu mais e quis dividir o seu conhecimento. Assim começou o trabalho social com o apoio da Associação Carioca de Surf de Peito (ACSP). Cabelo ensina o esporte gratuitamente e para diversos jovens de diversas comunidades. Um trabalho informal, sem fins lucrativos e de bons resultados. Alessandro de Souza, por exemplo, antes de entrar na Andorinha do Mar, matava aula e não gostava de estudar. “Eu pegava onda sozinho, ouvi falar da escolinha e me interessei. Fui muito bem recebido por todos, e o Cabe-
No surfe de peito, o corpo tem contato direto com o mar
O Grupo Andorinha do Mar reunido numa corrente do bem
lo me deu boas dicas. Agora, o meu desejo é trabalhar no mar como guarda-vidas”, disse o jovem de 20 anos, que atua como segurança. Já com Paulo Henrique, a mudança foi mais radical. O jovem de 17 anos não estudava, era envolvido com drogas, só ficava na rua e é pai de uma garotinha de 1 aninho. De acordo com ele, participar do projeto de surfe de peito o transformou e o motivou a largar o vício e voltar a estudar. “O Cabelo sempre veio me incentivando, in-
Marcelo “Cabelo” e o Diretor da Associação Carioca de Surf de Peito (ACSP), Cláudio Xavier
clusive me deu uma bolsa para fazer curso de informática. Ele é meu exemplo, e se rolar um patrocínio, eu tenho muita vontade de ir para o campeonato que será disputado no Espírito Santo”, declarou Paulo, que também quer entrar na Aeronáutica. Para o Diretor da Associação Carioca de Surfe de Peito (ACSP), Cláudio Xavier, o Grupo Andorinha do Mar é um projeto que, mesmo precisando de suporte técnico e de patrocínio, é pioneiro e funciona muito bem. “Aqui
Responsabilidade Social | Andorinha do Mar
na praia, você vê a molecada gente boa, em ordem e obediente ao Cabelo. Isso é muito importante, porque o atleta é o espelho do seu treinador”, opinou ele, também ex-nadador. A história desse curioso esporte está nas areias de Copacabana, e Cláudio foi um dos precurssores. Proibido de surfar de prancha pela mãe, o diretor se refugiou no body surf para atender sua sede por atividades físicas. “Eu tinha um grupo de amigos que se reunia para surfar de peito no Posto 2. O tempo foi passando, ajudei a criar a ACSP e, em 1990, consegui ir até para o Havaí”, informou. No mar, a multiplicação não é só dos peixes, mas de solidariedade. Perguntado sobre a expectativa para o futuro do surfe de peito, ele nem titubeou para responder. De acordo com o Diretor da ACSP, 49 anos, ex-nadador, ex-triatleta e também empresário, a sua maior aspiração é fazer essa atual geração retornar a competir no exterior. “O meu sonho é realizar o mesmo feito do grupo de 90. Reunir uma galera boa, ir para o Havaí ou participar do maior campeonato do
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mundo, na Califórnia”, concluiu. O surfe de peito é considerado a primeira forma de surfar e é originado da observação e respeito do homem aos golfinhos. Bastando um corpo e uma onda, ele pode ser tanto uma modalidade esportiva, quanto uma atividade de lazer. Como esporte, é permitido o uso de pé de pato em competições realizadas em diversos países, como EUA, Austrália e México. Já como diversão, ele é praticado em milhares de praias do mundo e, no Brasil, é popularmente conhecido como “jacaré”. Alessandro de Souza encontrou no mar a sua felicidade
Educação | Curso de inglês
Descubra o melhor curso para você O
mercado globalizado está cada dia mais exigente, e aprender uma nova língua é fundamental para uma boa colocação no mercado de trabalho. São muitos cursos, muitos métodos, e escolher o melhor para você nem sempre é tarefa fácil. Duas eficazes abordagens de ensino de línguas são a Abordagem Comunicativa (Communicative Approach) e a Abordagem Lexical (Lexical Approach). O propósito original da Abordagem Comunicativa é o desenvolvimento comunicativo dos aprendizes de outra língua em situações reais do dia a dia. Já a Abordagem Lexical é uma abordagem de ensino que ajuda os
estudantes a aprenderem gramática, vocabulário e pronúncia de forma integrada. Na Abordagem Lexical, a pessoa aprende a gramática de modo natural nas situações comunicativas que praticar e desenvolver, com foco na prática da língua e não em regras e termos técnicos. A inFlux English School, inaugurada em março no Recreio dos Bandeirantes, trouxe ao mercado a fusão dessas duas abordagens, apresentando um novo conceito para o ensino do inglês e espanhol. Com a união dessas abordagens e turmas reduzidas, o aluno chega ao nível avançado em tempo muito menor que os cursos convencionais.
Educação | Veículos de Comunicação
Televisão e Educação, um foco em discussão! O
s veículos de comunicação são capazes de abranger praticamente todas as classes sociais, tendo em vista os meios de linguagem utilizados na propagação de ideias, valores e conhecimentos. É ampla a interferência da mídia no que se refere à Educação... A nova geração possui uma gama de recursos eletrônicos que a transporta para mundos que não correspondem, muitas vezes, a sua realidade. Falando especificamente do aparelho televisão... A televisão afeta comportamentos, contribuindo para a obesidade infantil, o despertar precoce da sexualidade e o aumento da violência entre as crianças e jovens (Carlsson, 1999).
Várias vezes somos surpreendidas por programas infantis que interferem diretamente no comportamento das crianças, comprometendoas a difusão de valores éticos e de cidadania, em que eles compartilham ideias dicotômicas, que negligenciam os direitos humanos e os tornam seres agressivos e irreverentes. Sem alternativas, responsáveis escolhem os menos hostis, isto quando se trata da TV fechada. E na TV aberta, a que a maioria da população tem acesso? Para esse caso, tudo se torna mais custoso ainda, pois a programação é sempre voltada para episódios mais “adultizados”, despertando a criança para um precoce amadurecimento. Isso sem contar com a pressão pela qual passam os pais para comprar esse ou aquele produto ou marca de sua preferência, em que a pirraça, irritação e inconformismo são cada vez mais frequentes. Seguimos, assim, no passo da inquietude, um caminho obscuro e inconstante. Devemos proibir as crianças de ter contato com a mídia? Seria alienar por completo o desenvolvimento humano. Então, como proceder? Conforme diz Bernardino Mendonça, psicólogo clínico pela Universidade Católica de Minas Gerais: “Assim como muitos inventos, a televisão não é boa nem é má; ela apenas reflete o nível e o perfil mental da sociedade que lhe é contemporânea.
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As pessoas que a programam são as responsáveis pela deturpação da sua finalidade original: cultura, entretenimento saudável e utilidade pública...”
Responsáveis e educadores não devem se deixar levar por julgamentos infundados, porém devem analisar seriamente o que pode se considerar melhor na imagem televisiva. Ideal seria que os aparelhos de televisão fossem desligados em programas que ultrapassem a censura livre, dando lugar a uma atividade mais saudável entre os membros da família. É preciso discutir e opinar sobre o que está sendo visto. Perfeito seria se esses meios de comunicação estimulassem os relacionamentos ideais, valorizando a justiça, a dignidade, o amor entre as pessoas; divulgando em novelas e programas educativos os melhores exemplos dos homens que dignificaram a nossa espécie, como aqueles que contribuíram para o bem da humanidade; em vez de exemplificarem e valorizarem os falsos heróis, que diariamente vemos e que nos fazem vítimas indefesas desses produtores, em massa, de imaturos que martirizam e destroem. Que tenhamos, todos nós, o discernimento de opinar sobre o que se vai acrescentar à vida de nossos filhos e alunos, melhor dizendo, de nossa sociedade. Um crescimento cultural em que seja salutar a cópia de um personagem para uma vida mais digna e real. Valéria Monção é Professora e Supervisora Pedagógica do Instituto Braga Carneiro – Unidade Barra
Diversão e Arte | Festa Junina
Os santos festeiros to do país. Hoje, de uma forma geral, apesar das peculiaridades de cada região, a festa junina tem características muito parecidas nos quatro cantos do Brasil. Um desses pedacinhos são as brincadeiras tão famosas nas festas juninas. Pau de sebo, correio do amor e o casamento na roça são apenas algumas delas. O casamento, claro, tem tudo a ver com Santo Antônio, considerado o santo casamenteiro. Na parte das músicas, baião, xote e forró são os ritmos mais tocados. As roupas típicas são o chapéu de palha, vestidos rendados e coloridos e as famosas calças remendadas. E, claro, não vamos deixar de fora as tão deliciosas comidas das festas juninas. Pé de moleque, quentão, canjica, milho cozido, paçoca, cachorro-quente, maça do amor, churrasquinho, bolo de coco, pipoca, pamonha, curau, bolo de fubá, cocada... enfim, é comida que não acaba mais, e tem para todos os gostos. Agora, basta você se preparar e curtir as festas juninas espalhadas por todo o Brasil.
motrix
J
unho é o mês das tradicionais festas juninas. Comidas típicas, danças, vestimentas, ornamentação, tudo na maior alegria. Todo mundo quer curtir e aproveitar esse momento tão gostoso. Mas você sabe de onde vêm os festejos em homenagem a Santo Antônio (13 de junho), São João (24 de junho) e São Pedro (29 de junho)? Se a resposta for não, está na hora de aprender. Uma das explicações é simplesmente por ser comemorada no mês de junho. Outra afirma que essa festa teve origem na Europa, e foi trazida ao Brasil pelos portugueses na época da colonização. Naqueles tempos, era comum a influência das culturas francesa, chinesa, espanhola e portuguesa em nossos costumes. Da França, por exemplo, veio a tradição da dança, que aqui acabou ganhando o nome de quadrilha. A mistura entre todas essas culturas e as presentes no Brasil naquele momento, como a indígena e a africana, acabou criando formas diferentes da festa em cada can-
Economia | Setor imobiliário
Comprar imóveis, a hora é essa Por Bruno Carrera
A
conjuntura macroeconômica e a queda na taxa de juros fortalecem o investimento no mercado imobiliário. Fazendo uma análise mais ampla, a crise econômica europeia e o fraco crescimento da economia americana fazem com que os investidores estrangeiros intensifiquem a retirada de capital da Bovespa, procurando investimentos mais seguros. Dessa forma, o mercado acionário brasileiro teve forte queda no mês de maio, já somando perdas no acumulado de 2012, que poderia ser um ano de recuperação, depois de três anos para serem esquecidos. A queda constante na taxa SELIC – taxa de juros básica da economia – traz diversos benefícios para a economia, como a ampliação do crédito interno e a redução dos juros para diversas linhas de crédito, entre elas o crédito imobiliário, o pessoal e o consignado. Paralelamente a esse fato, o governo está tra-
balhando, através dos bancos públicos, para forçar o mercado a reduzir o spread bancário (que, resumidamente, é a diferença entre a remuneração que o banco paga ao aplicador para captar um recurso e o quanto esse banco cobra para emprestar o mesmo dinheiro), e consequentemente a taxa de juros. Quem ganha com isso é o consumidor, que consegue crédito cada vez mais fácil e com menor custo para financiar a compra de seu imóvel, seja para investir ou para morar. A Caixa Econômica Federal, líder no segmento de crédito imobiliário, já anunciou novas quedas na taxa de juros do crédito imobiliário, passando de 10% para 9% ao ano o crédito para aquisição de imóveis até R$ 500 mil. Somando-se ao crédito imobiliário mais farto, diversos outros fatores fazem com que o cenário seja cada vez mais sólido para a continuidade da trajetória de valorização dos imóveis na cidade do Rio de Janeiro. As obras de infraestrutura e a produção no pré-sal trazem investimentos e capital para a cidade e toda a população, que, com renda maior, buscará investir em imóveis, ou sair do aluguel e realizar o sonho da casa própria, intensificando ainda mais a demanda por imóveis na cidade. Para ilustrar bem essa realidade, tomamos como exemplo o Residencial Way Badeirantes, lançado em maio na Estrada dos Bandeirantes, zona oeste do Rio, pela Living e RJZ Cyrela. O empreendimento foi sucesso de vendas, e esgotou todas as unidades no dia do lançamento. Isso demonstra a força de localidades no entorno do parque olímpico, como a Avenida Abelardo Bueno e a Estrada dos Bandeirantes, que são o foco dos investidores, e consequentemente as regiões que possuem uma forte tendência a se valorizarem continuamente e acima da média da cidade.
Revista de Bordo Util | Maio/Junhol 113
SOLUÇÃO
D ireta Solução
Mubarak e Kadafi (Política) Seriado InstrumenBig (?), O primei- Objeto pa- com to musical atração ro com- ra raspar Laurence Quantia londrina putador o coco Fishburne mensal
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Sufixo de "patada" Barcos de lazer
Apoio a uma proposta (p. ext.)
L I M R O A A N D A R I R A A R R A E I S R A E C E I
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Contar; relatar
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Divisão da plateia em teatros
Personagens do Folclore brasileiro
Cerimônia católica Doutora (abrev.)
(?)-mail: correio eletrônico (Inform.) Paturi; assoviadeira (Zool.)
Nitrogênio (símbolo)
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SOLUÇÃO
Solução
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Carta do baralho Papai, em inglês
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Ana (?), pioneira da Enfermagem
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Capacidade associada aos elefantes
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Capitais da Grécia e da Itália Corante Região de tráfico de drogas (bras.)
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Ilícitos praticados por hackers
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Revista de Bordo Util | Maio/Junhol 115