Ano 01 | Nº 01 | Set/Out 2012
Revista Bimestral do Sistema Cidade Viva R$ 3,00
O PODER DE
UM SONHO: Promover a dignidade das pessoas
NOSSA HISTÓRIA O Projeto
EDUCAÇÃO A Diferença
QUEBRANDO PARADIGMAS Vencendo o Crack
GODSTOCK A Maior Onda de Amor
E MAIS: CIDADANIA, DIREITO, ÉTICA, EVENTOS, SAÚDE E MÚSICA
EDITORIAL Revista Bimestral da Fundação Cidade Viva Ano 1 | Nº 01 | Set/Out 2012 www.cidadeviva.org.br
NOVAS Fronteiras
Coordenação Geral Sérgio Queiroz Coordenação Executiva José Marcelo Coordenação de Comunicação Danuta Nóbrega Coordenação Editorial Paula Carosi Coordenação Comercial Sidney Guerra Depto. Comercial Daniela Guerra Kalina Grisi Designers e Diagramadores Marcelo Brito Sidney Guerra Tareb Edson Colaboradores Alyne Ramos André Palmeira Erika Melo Josemar Bandeira Lílian Paschoalin Ricardo Oliveira Rogério Aragão Samara Queiroz Saulo Duarte Fotografias Arquivo Retrato Social Captação via Internet - AD Circulação Campina Grande Conde João Pessoa Sapé Impressão Gráfica Santa Marta Tiragem 30.000 exemplares Publicidade revista@cidadeviva.org Informações 83.3041-7471 Ligue e anuncie 83.9141-5040 Reprodução Permitida desde que a fonte seja mencionada.
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Olá, É com grande alegria que apresentamos a Revista Cidade Viva! Como é bom dividir com você todas as experiências que temos vivido. Nossa história tem poucos anos... É verdade. Mas, ao folhear as páginas desta e das edições que virão, com certeza você irá perceber o quanto Deus tem feito por esta comunidade que, com ousadia, decidiu sair dos muros da igreja e usar os dons e talentos de seus voluntários para cuidar dos que estão em situação de vulnerabilidade social. Esta 1ª edição é para nós como uma carta de apresentação... Você vai conhecer a nossa história, os desafios que enfrentamos e as vitórias que conquistamos. Uma dessas vitórias foi a Escola Internacional Cidade Viva, que se propõe a educar líderes que transformarão o mundo. Outro marco em nossa vida é o Godstock 2011, a maior onda de amor que a Paraíba já viu! Mais de 700 voluntários envolvidos em 34 ações de amor pelo próximo. Estas e outras histórias emocionantes estão sendo contadas nesta edição. Fazer parte da Cidade Viva é um privilégio, pois é pensar, falar e agir em prol de vidas e levar o amor de Deus! É ser discípulo daquele que foi e sempre será o maior referencial de amor já visto: Jesus Cristo! É bom demais poder compartilhar com você tudo que temos vivido. Estamos indo mais além. É a Cidade Viva ultrapassando as fronteiras! Até a próxima edição....
Paula Carosi Especialista em Telejornalismo e Coordenadora Editorial facebook: paula.carosi twitter: @paulacarosi
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QUANDO O AMOR VENCE
ENCONTRO SOBRE CRISTIANISMO, CIDADE, CULTURA E CRIATIVIDADE
QUANDO O AMOR VENCE
PENSE Josemar Bandeira O PARADOXO da felicidade de consumo!
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s conversas da vida comum giram, frequentemente, em torno dos desejos e planos de felicidade. Mas, o que realmente significa ser feliz? De repente, a modernidade começou a usar essa palavra de maneira tão constante que o seu uso chega a ser leviano. Um supermercado diz que é “lugar de gente feliz”, uma loja de roupas diz que “felicidade é encontrar o seu manequim em uma roupa fashion”, os traficantes de drogas dizem que o ecstasy é a “pílula da felicidade” e assim por diante. Afinal, o que ligaria a felicidade ao consumo de produtos, serviços ou drogas? Começo afirmando que isso tem a ver com o fato de que a felicidade é uma composição da vida social e que ela ganha forma nas imposições culturais e econômicas de um tempo. Em outras palavras, quem determina o que nos torna felizes é a cultura em que estamos inseridos; é, como diria Jean-Paul Sartre (19051980), a vida na presença do outro, não necessariamente com o outro, mas sempre frente ao outro. Ter mais, consumir mais, ser mais bonito, estar na moda, morar melhor, frequentar os melhores restaurantes, usar as
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marcas mais caras, ou seja, o sentimento de felicidade na atual sociedade está sempre ligado à forma como se aparece diante do outro. Pode parecer loucura, mas é assim que esse mundo consumista nos impulsiona a viver. Estamos sempre comparando a nossa felicidade com a felicidade do vizinho e, para isso, utilizamos medidas de consumo. As pessoas da sociedade que Gilles Lipovetsky (1944) chama de sociedade de hiperconsumo se sentem melhor quando percebem que estão sendo invejadas. Desta maneira, não basta consumir, tem que se mostrar nas redes sociais, nas festas, nas ocasiões de ajuntamento público, nas rodas de amigos, na igreja, etc. Isso tudo é estranho, pois não faz muito tempo que as pessoas tinham medo de serem invejadas, agora elas têm orgulho disso. O paradoxo da felicidade de consumo está justamente no vazio que se segue a esse orgulho, uma espécie de ressaca que nasce da insaciável ambição humana, da incapacidade de se contentar com o que se é, ou mesmo, com o que se tem. Pior que isso, o paradoxo da felicidade de consumo é a desorganização da vida pessoal e familiar na tentativa de formar uma
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“Felizes são os humildes, pois eles receberão a terra por herança” (Mt 5:5). imagem pública que não é real. Mas, o triste é que a maciça maioria das pessoas que vivem assim não admite para si mesmo que precisa mudar. O segredo da felicidade real está no contentamento! Não se trata
de abrir mão de tudo, nem de desejar possuir tudo, mas apenas de se contentar com as alegrias de cada etapa da vida. Assim, posso utilizar uma frase que está na moda: sua felicidade será sustentável.
Josemar Bandeira Professor da UFPB, Mestre em Filosofia e Coordenador de Educação da Cidade Viva facebook: josemarbandeira twitter: @josemarbandeira
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