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CA PÍ TU LO 04
from CENTRO CULTURAL E AMBIENTAL: Estudo de uso no espaço Incinerador Vergueiro-part.1
by Vagner leite
4.1 INCINERADOR VERGUEIRO
Antes do século XIX não tinha uma logística ou destino correto do lixo então existiam muitos “lixões” a céu aberto clandestinos no meio da cidade. Para solucionar esse problema foi proposta a implantação de fornos que seriam responsáveis pela queima do lixo. O incinerador vergueiro começou a funcionar em 1968 com equipamento alemão e era responsável pela queima do lixo doméstico, mas em 1977 começou a receber resíduos do sistema de saúde, logo após a Cetesb fechar os incineradores particulares dos hospitais. Quando começou a queimar lixo hospitalar veio o problema, pois para a queima desse tipo de lixo a temperatura precisava ser alta e incinerador começou a ter muita manutenção pois não foi feita para aquela temperatura e além disso a queima incompleta dos resíduos. Fechado em 2002, com o laudo da CETESB que apontou resíduos de microrganismos vivos e escória e afirma que quando em funcionamento libera substâncias tóxicas e cancerígenas.
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4.2 A COMUNIDADE NO INCINERADOR VERGUEIRO
Alguns anos atrás poderíamos considerar o incinerador Vergueiro em estado de abandono, fechado com grades de proteção, ou seja, a edificação não teve nenhuma mudança na construção.
Tanto que na primeira visita ao incinerador no dia 31 de julho de 2022, foi possível analisar os ambientes da estrutura do forno e observar que estava tudo depredado e abandonado. Logo quando foi feita a visita estava iniciando um projeto interessante para o local que é de trazer um uso ao local. Esse projeto se inicia com os próprios moradores da região, ocupando o espaço com atividades para a comunidade, relacionados ao meio ambiente e a cultura, ou seja, uma intenção de dar vida ao local que estava abandonado
O projeto cada vez mais está crescendo e a comunidade ajudando e participando dos eventos que é para todos, conforme foi passando o projeto ganhou cada vez mais visibilidade e atualmente o projeto se chama usina eco cultural, onde acontece eventos com a comuni- dade colaborando e trazendo cada vez mais essa sensação do pertencer.
“Cresci no bairro, estudei na escola ao lado, vi a queima e o prejuízo para a comunidade, minha família participou da luta dos anos 90 pra parar o funcionamento. Acompanhei os 20 anos de abandono, levei o debate pra dentro do Conselho do Meio Ambiente da Suprefeitura do Ipiranga, defendi a revitalização com transformação de uso para Centro Eco-Cultural, mobilizei a comunidade junto com outras arquitetas, hoje estou sendo criminalizada por invasão.” Morador da região.
“Moro próximo ao incinerador há 25 anos, mas conheço a região há mt mais tempo, pois meus familiares eram moradores e tbm estudei o curso técnico na região. Um dos fatos q tenho relato é q ali próximo haviam vítimas de assaltos e estupros.” Morador da região.