a vitrine_ uma revista virtual
brasil, marรงo, 2015 nยบ 1
a vitrine_ uma revista virtual brasil, MARÇO, 2015 nº 1
PRODUÇÃO E DIREÇÃO: VALDEZ JUVAL vjuval@gmail.com valdezjuval@outlook.com valdezjuval.silva@yahoo.com
Esta revista é uma espécie de suplemento artístico e literário onde serão divulgadas matérias inéditas e ou de notória publicação. É um espaço aberto para todos. Assunto livre e independente ressalvado o que contrariar os preceitos da moral e dos costumes. Escreva-nos e participe. Aguardamos com muita honra a sua visita. Cordialmente,
p/a vitrine: Valdez Juval da Silva
DIREITOS RESERVADOS
Todo conteúdo desta obra pode, NO TODO EM PARTE, ser copiado, distribuído, exibido, executado, desde que seja dado crédito ao autor original. Você NÃO PODE FAZER USO COMERCIAL nem CRIAR OBRAS DERIVADAS.
POEMA DE TACIANA VALENÇA
Não espere de mim o que se espera de uma mulher normal Essas que por amor sofrem numa entrega desmedida, choram e até passam mal... Meu amor não tem rimas desmedidas nem descabidas Isso fica pra poesia, invenções que o coração cria pra alimentar as fantasias Coração cigano, meio pirata... detesto lamentos... Se o amor ficar meio impregnado Um bom banho despreza o perfume e acaba o tormento Na contra mão dos heróis sou um pouco Brás Cubas Romantismo demais enjoa... deixa tonta, é tortura Posso ser represa de amores sangrando Até que me espalhe na liberdade me encantando O barco me encanta e o naufrágio me excita Minha poesia ilude, é vício, é terapia Entre o mocinho e o bandido Vai depender do meu dia...
Taciana Valença TACIANA VALENÇA é Pernambucana, mora em Recife. Escritora, poeta, mulher de fibra. Presença constante no Facebook sempre nos brindando com o que escreve. Diretora/Editora na Empresa Perto de Casa, a qual edita uma revista com divulgação mensal. É formada em Administração pela Universidade Federal de Pernambuco.
IMITAÇÕES DE HAIKAI * -- -SOLIDÃO DEIXEI-A E PARTI SOMENTE PARA PODER SOFRER SOZINHO
-- -ADEUS TODO INSTANTE PRESSINTO TUA PARTIDA CHEGA A HORA
-- -POR QUE? FELICIDADE TODO DIA ESTA HORA FUGINDO DE MIM
-- -DESEJO MULHER E VINHO, AS RUBAIYAT DE OMAR, CARINHO, AMOR
* HAIKAY – poema japonês VALDEZ JUVAL
óleo sobre tela
MURILO RIBEIRO
nasceu em Penedo/AL e reside em Salvador/BA.
Tenho a felicidade de dizer que assisti o nascimento deste grande artista brasileiro, hoje conhecido internacionalmente. Promovemos uma exposição de seus trabalhos em João Pessoa com o patrocínio de alguns empresários, destaque especial para E. Gerson Carneiro da Cunha e EXPO Matex (Édipo Freire). Voltou para casa sem uma obra sequer em sua bagagem. MURILO LEMOS RIBEIRO estudou na Faculdade de Filosofia e na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Baia. É o Diretor do Palacete das Artes Rodin Bahia. VJS
Músicos de Jazz – 100x80 - óleo sobre tela.
O sol já está alto e a farra não acabou – 140x100 – Óleo sobre tela
DOIS DOIDINHOS E UM SONHO (50 x 50)
MADRUGADA Poema de JUSSARA LEMOS
Na noite que se cala (madrugada), sem a cor da noite , nem do dia, indefinida quanto tanto, sinto-me assim portanto , de indefinição abastada. Antes que a luz do dia me chame, por certo, bem antes da noite que aguarda, já que sozinhas neste trânsito, adormeço em mim os meus cantos, assombrando ( nem que só em pensamento) os meus lamentos...Cansada... Aproveito que é só nosso esse tempo, já que estamos só eu e ela, ela e eu ( madrugada), para fazer de conta que eu mando, nem que seja enquanto indefinido, já que posso eu, sonhar acordada...
E enquanto ainda há tempo, humildemente, rezo e peço: não deixeis senhor, que a madrugada que prepara o dia ( definido que pra mim esteja), faça meu lamento vencer o meu canto... Pois, se assim tiver que ser... melhor do que viver o dia ou a noite, é permanecer eternamente em trânsito, ( mesmo que também tormento), por indefinição... madrugada. ( Jussara Lemos) http://www.recantodasletras.com.br/autores/jussaralemos
JUSSARA LEMOS, Paraibana de João Pessoa, aqui apresentada pelo seu mais recente poema. Muito difícil para o editor selecionar um trabalho de sua autoria pela qualidade de desprendimento de como ele é construído. Acreditamos que seremos sempre brindados nesta revista com sua presença. Também é artesã e Defensora Pública da Paraiba.
Faltou Papel Conto de Micheli Biek O marido toma mais um gole da xícara de café enquanto a jovem esposa lava alguns pratos na pia. Ele comenta: - A editora vai ligar hoje ou amanhã pra acertar o valor de venda. - Humm! – murmura a mulher enquanto coloca um prato no secador. - Em um mês os livros estarão em todas as estantes e vou poder largar o emprego. - Então você vai largar o emprego. Viver da escrita? Rebate ela. - Óbvio! Coloca mais um pouco de café pra mim? Sobrou daquela torta de morango? - Torta de morango no café? Não vai te fazer bem. - Ah amor, tô comemorando. - Ainda não ganhou dinheiro, só gastou, não vejo o que comemorar. - Você vai ver, assim que os exemplares chegarem e começarem a vender. Em quarenta e cinco dias abandono aquele escritório. - Acho melhor não. – diz a esposa enquanto repassa o pedaço de torta ao marido. - Melhor não comer a torta? - Melhor não sair do trabalho. Moderar na torta também. - Amor, um pouco mais de café, por favor! - Na torta ou no livro? - Nos dois!
Micheli Biek é amante do cinema, das boas histórias e da arte. Estudante do curso de Produção em Mídia Audiovisual na Universidade de Santa Cruz do Sul. Não a conheço pessoalmente. Fiz uma leitura dinâmica em algumas obras suas no Recanto das Letras. Gostei muito.
MANOEL DE BARROS, poeta brasileiro do século XX. Ele próprio definiu sua arte como “vanguarda primitiva”. Foi ganhador de vários prêmios literários de repercussão. Autor de inúmeras obras entre elas “Livro sobre nada”. Faleceu em 24 de Outubro de 2014, Em Dezembro completaria 98 anos. Parabéns Jussara Maria por fazê-lo lembrado em sua Linha do Tempo do Facebook. MANOEL DE BARROS: AQUI REVERENCIAMOS SUA MEMÓRIA.
Homenagem de
a vitrine_