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blog do Valdez TUDO SIMPLES, SEM COMPROMISSO

2 INDICE EM FORMA DE PREFÁCIO SEMPRE LUA -JUSSARA LEMOS O QUINTAL DE MINHA CASA -VALDEZ JUVAL A RETRIBUIÇÃO DO BEIJO -VALDEZ JUVAL MENSAGENS DE FÉ -STELLA WANDERLEY BUBBE GUN -VALDEZ JUVAL ORAÇÃO PARA NOSSA SENHORA -LUCIA DE FÁTIMA DE A. MAIA VENTANIA -JUSSARA LEMOS HOBBY

BLOG DO VALDEZ - volume 2 criação, produção e execução de VALDEZ JUVAL - vjuval@gmail.com


NUNCA PUDE IMAGINAR QUE AQUELES PAPEIS, MUITOS JÁ AMARELADOS PELO TEMPO, ALGUNS NOS FUNDOS DE GAVETAS E OUTROS AMARROTADOS COMO BOLAS JOGADAS AO LIXO, FOSSEM UM DIA REAPROVEITADOS E SERVISSEM DE LEITURA PARA TANTA GENTE! Coisas da Vida! Escrevia por escrever. Tinha vontade, gostava. Borrões, Simples borrões amassados, jogados fora. Até que um dia me chega uma pasta com muita coisa que escrevera e que não queria QUE houvesse leitor antes de minha morte. Cisma ou receio? Não sei. Naquela colecionadora um pedido de PREFÁCIO. Aí, paciência! Seria muita ingratidão se não atendesse o pedido. Escrevi então para a posteridade.

EM FORMA DE PREFÁCIO Muitos não sentirão, talvez, o sentido de minhas palavras. Alguém, por certo, julgará e se aperceberá da loucura interior que todos nós possuímos, refletidas em expressões, sentenças ou frases que nem temos coragem de dizer ou até mesmo pensar. Não me importará agora já que o tempo me destruiu, o juízo bom ou mal que poderão fazer do que digo ou do que fiz. Não se perguntem se o que escrevi e o que ainda pretendo escrever, são ficções. Ela é muito relativa. Entendam apenas que apesar de me parecer angustiado, sou feliz.


Não haveria arrependimento, creio, se ainda estivesse convivendo ao lado de quem estivesse me julgando. Não posso, não devo e nem tenho do que reclamar da vida. Se pareço volúvel, infiel é porque sou homem.

Tudo não passará de meras reflexões. De, na verdade, uma CULTURA INÚTIL. VALDEZ JUVAL


SEMPRE LUA Desculpem se surpreendo. Sou como a lua... Ora crescente, ora minguante, às vezes cheia sem caber em mim, mas sempre lua ! Sou lago sereno, mar revolto, luz que ofusca e que se ofusca num simples sopro... Às vezes sou concha, e fim ! Sou frações, o “x” que falta, sou inteira e metade de um sim, sou equação inexata, de um não que guardo em mim. Quero colo, peço colo, sou pergunta e sou resposta, sou frente e verso, sou o que pulo e o que atropelo. O que deixo no caminho, sou o que revelo.


Desculpem se surpreendo... Sou força, sou riso , sou pedaços que colho , sou janela aberta, às vezes entreaberta , mas sempre jardim! Sou verão, outono e inverno, Sou o terreno fértil da primavera , até onde vim. Sou o que aprendi e o que veio o que escolhi e o que anseio Sou por tudo isso, assim: às vezes feliz , às vezes não.. ora me contento, ora procuro, ora me acho no claro , ora me vejo no escuro. Desculpem se surpreendo... Sou gente... sou pedaços de mim.

JUSSARA LEMOS


O QUINTAL DE MINHA CASA Crônica de Valdez Juval Nos fundos lá de casa tinha um pequeno quintal agregado, com uma cerca de arame farpado. De fruteiras, apenas uma cajazeira, bem frondosa, que sombreava quase toda a área. Frutificava muito na época própria. O terreno era íngreme e lá no fim, parecendo um ferro de engomar, oferecia o melhor espaço para se permanecer em espaço aberto e protegido do sol graças a um caramanchão. As minhas irmãs brincavam com bonecas e com bandas de tijolo separavam os espaços no chão de areia solta como se fossem divisórias de uma casa.


Estávamos em época de férias escolares e uma prima que morava na capital, fora passar aquele São João conosco. Participava da brincadeira com as minhas irmãs. Ela era a de mais idade e, em consequência, a mandona de tudo. Menina bonita, descendente direta de italianos, já bem desenvolvida, com seios bem delineados e saltando de uma blusa singela de tecido fino e transparente. Seus olhos azuis reluziam. Seus lábios carnudos, tentadores, davam a forma da boca atraente e sensual. Eu não entendia muito dessas coisas de pecado mas o meu corpo já tremia quando se deparava com algo que esquentava o sangue e a cabeça começava a perder o juízo como se alguma coisa de estranho estivesse por acontecer. Era uma época perigosa, ouvia dizer, principalmente na fase que frequentava aulas de catecismo, preparatórias para a primeira comunhão. E ela me beijou. Quanto infeliz ainda sou por não ter correspondido aquele beijo! (especial para a revista Perto de Casa-Recife/PE_de TACIANA LEMOS)


A RETRIBUIÇÃO DO BEIJO Crônica de Valdez Juval

Reencontro Tieta. Apesar dos pesares, risonha, alegre, feliz. Falou-me de sua satisfação quando leu o email que havia lhe endereçado com o preâmbulo: ”Crônica simples, infantil, sem pretensão. Um “RECUERDO”, talvez.”


- É lógico que li a sua crônica “O QUINTAL DE MINHA CASA” –disse-me ela. E continuou: Nunca esqueci aquele instante de arrebatamento e as consequências daquele beijo. Pareceu-me, na época, que eu era um demônio, roubando de um anjinho toda a pureza que ele irradiava. Por aquele gesto você ficou muito tempo sem falar comigo. Confesso que somente agora fiquei sabendo que meus seios lhe provocaram tamanho frenesi. Não foi proposital, garanto. Naquela época os sutiãs não eram usados pelas precoces. Mas o tempo, fator inexorável da nossa existência, está destruindo aquela mulher. Ainda mostra na face a sua beleza singela e irradiante apesar das rugas implacáveis. Anda tropegamente, bastante curva, alquebrada, ajudada por uma bengala para não tropeçar no primeiro grão de qualquer coisa que possa atropelar a sua passagem. Ainda me disse: - Hoje, veja quem sou. Não tive o direito de querer ser. Abracei-a. Um forte abraço trazendo o seu corpo para colar em meu corpo, um corpo definhado, de seios murchos, arriados que nem era mais necessário fazer uso do sutiã. E nas rugas bem acentuadas daquela face, beijeia. Beijei-a com muito carinho, amor e saudade.


MENSAGENS DE FÉ

Boa noite amigos: Descansa teu coração nas asas suaves de um anjo. Adormece tuas mágoas nas mãos macias de Deus. Apronta tua alma, linda e serena para um despertar glorioso. Assim funciona a Fé.

STELLA WANDERLEY

Tenha em mente: A vida é como um livro, cada dia uma página nova, cada hora uma vírgula, mas nem o lápis pode escrever o futuro e nem a borracha apagar o passado... e chega um momento em que Deus nos tira o lápis e escreve "FIM". Por esse motivo aproveite bem o hoje, pois cada momento é único, o passado não volta e o futuro pode não chegar. Não desperdice tempo com mágoas, brigas e rancores. Busque a felicidade e simplesmente seja FELIZ.


BUBBLE GUM

Comentários de VALDEZ JUVAL Costumo pôr data na primeira página do livro, sempre que termino a leitura. Observei então que hoje completo 70 dias da conclusão de BUBBLE GUM. É esse o tempo que me permiti ficar ausente de ler ou escrever. Exceção para uma despretensiosa croniqueta “A amante de meu pai”, recentemente publicada. Senti-me um pouco transtornado. Já comentei anteriormente, mesmo sem o dom


de “crítico”, que não me atraem a leitura de autores que usam o seu poder intelectual para forçarem textos que confundem ou nos encaminha para raciocínios incompatíveis até com as expressões contidas em seus argumentos. E geram artimanhas, deslocações de cenários, alteração ou complementação de personagens, todos formando a teia idealizada para somente no final, num quase aleatório pensamento, encontrar o título BUBBLE GUM para o seu filme “porque tudo nele parecia oco, rosa e pegajoso: cenários, argumentos, emoções, até os próprios personagens, inclusive eu eram ocos, rosa e pegajosos, à beira de estourar, e aquilo que perseguiam, a sacrossanta redenção, a sacrossanta celebridade, se tornava, durante as pseudofilmagens do não-filme, tão oco, rosa, banal e breve como uma pequenina bola de chiclete, a qual acabaria inexoravelmente explodindo na sua cara.” (palavras da autora). O livro de Lolita Pille é um romance sobre a manipulação e ela não poupa o seu leitor. Mas não será por minha discordância ou comentário que possa prejudicar a sua circulação, pois já entrou na lista dos mais vendidos da França.

NOSSA SENHORA


Lúcia De Fátima De Araújo Maia e o Blog do Valdez compartilham a imagem e a oração de Nossa Senhora da Sagrada Família.

Nossa Senhora: Cubra-me com seu manto de amor,


Guarda-me na paz desse olhar. Cura-me as feridas e a dor me faz suportar. Que as pedras do meu caminho, Meus pés suportem pisar, Mesmo ferido de espinhos me ajude a passar Se ficaram mágoas em mim Mãe tira do meu coração E aqueles que eu fiz sofrer, peço perdão Se eu curvar meu corpo na dor Me alivia o peso da cruz Interceda por mim minha Mãe, junto a Jesus, Nossa Senhora, me dê a mão Cuida do meu coração. Da minha vida, do meu destino. Do meu caminho. Cuida de mim.


VENTANIA JUSSARA LEMOS Não , eu não entendo... Só sei que eu estava distraída, quando tudo começou. Foi tudo no silêncio. No silêncio que mais fez zoada em mim. "Silêncio " de ventania, que quando menos esperei, chegou. Levou meu sorriso, meu vestido de festa, meu brigadeiro,


meu jogo preferido, meu melhor amigo, minha cor... Quer saber? Pouco sobrou. Fiquei sem brilho, sem meus laços, sem certezas, sem leveza, sem vontade de boneca, sem cabelo pra pôr flor... Não sei , eu não entendo... Só espero que o vento volte, traga tudo que me levou. Quer saber? De tudo , o que eu mais queria, era o cabelo pra pôr flor! Quem sabe, se eu ficar de novo distraída, no silêncio, sem zoada, faça-me o vento agora, esse favor?


hobby de VALDEZ JUVAL PINTURA 1 – eu por mim... (aquarela sobre foto)

2 – auto retrato em caricata (guache)


3 – O PROFETA (óleo e guache)


4 – FLORES (óleo)

ARQUITETURA CASA REDONDA DA PRAIA DO BESSA Esta obra tem uma História. Foi o início da evolução da Praia do Bessa, em João Pessoa, capital da Paraiba e por que não dizer, o início de todo o desenvolvimento arquitetônico da cidade. Aqui começou o crescimento de João Pessoa. (Esta casa redonda está mencionada em algumas enciclopédias brasileiras) . Existiam na época de sua construção, além do campo de aviação, as residências de verão do Dr. Vicente Nogueira e a do Sr. Joaquim Mesquita. O resto era plantação de cajueiro e coqueiro já em fase de extinção. O campo era de mato meio rasteiro com plantas nativas e infrutíferas em chão de barro vermelho. SEMPRE GOSTEI DE ARQUITETURA E ESTA FOI UMA DAS OBRAS POR MIM PLANEJADA E EXECUTADA. Esta obra foi construida na Rua Juvenal Mário da Silva (Juvenal Mario da Silva era o meu pai, o


homenageado pelo legislativo municipal)e se inicia a beira mar da Praia do Bessa, no Restaurante Flash e se prolonga atĂŠ o Shopping ManaĂ­ra).

ESCREVINHADOR V. BIBLIOGRAFIA (blog do Valdez, vol.1)


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