Gestalt

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POCKET BOOK

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refácio

Esta edição vem como junto de uma grande felicidade proporcionada pelo Prof. Aerton Diniz que ministra aulas com incrível oratória, de poder me ajudar nessa jornada de profundo conhecimento teórico que vai me possibilitar representar o curso de Design Gráfico com destaque no mercado de trabalho. Valesca Candida

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VASO DE RUBIN

Parte de um conjunto de ilus玫es de 贸ptica desenvolvido pelo psic贸logo dinamarqu锚s Edgar Rubin 3


CUBO DE NECKER

Fornece uma imagem interpretada pelo cérebro como uma ilusão de ótica. Publicado pela primeira vez em 1832 por Louis Albert Necker.

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A

Psicologia da forma, Psicologia da Gestalt, Gestaltismo ou simplesmente Gestalt é uma teoria dapsicologia iniciada no final do século XIX na Áustria e Alemanha que possibilitou o estudo da percepção(Britannica, 1992:226). Segundo a Gestalt, o cérebro é um sistema dinâmico no qual se produz uma interacção entre os elementos, em determinado momento, através de princípios de organização perceptual como: proximidade, continuidade, semelhança, segregação, preenchimento, unidade, simplicidade e figura/fundo. Sendo assim o cérebro tem princípios operacionais próprios, com tendências autoorganizacionais dos estímulos recebidos pelos sentidos. Surge como uma reação às teorias contemporâneas estabelecidas que se fundamentavam apenas na experiência individual e sensorial (Wundt). Parte do princípio de que o objeto sensível não é apenas um pacote de sensações para o ser humano, pois a percepção está além dos elementos fornecidos pelos orgãos sensoriais. Fundamentam-se nas afirmações de Kant de que os elementos por nós percebidos são organizados de forma a fazerem sentido e não apenas através de associações com o que conhecemos anteriormente.

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Max Wertheimer (1880-1943) publica o primeiro trabalho considerado iniciador dos estudos da Gestalt em1912, num estudo sobre a percepção visual, com seus colegas Wolfgang Köhler (18871967) e Kurt Koffka (1886-1940). Os três são considerados iniciadores do movimento da Gestalt (Britannica 1992:227). Estes consideram os fenômenos psicológicos como um conjunto autônomo, indivisível e articulado na sua configuração, organização e lei interna, que independem da percepção individual e que formulam leis próprias da percepção humana. O filósofo norte-americano William James, foi um dos que influenciaram esta escola, ao considerar que as pessoas não vêem os objetos como pacotes formados por sensações, mas como uma unidade. A percepção do todo é maior que a soma das partes percebidas. Uma outra influência fundamental foi a fenomenologiade Edmund Husserl. A fenomenologia afirma que toda consciência é consciência de alguma coisa. Assim sendo, a consciência não é uma substância, mas uma atividade constituída por atos (percepção, imaginação, especulação, volição, paixão, etc), com os quais visa algo.

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Fundamentos teóricos Segundo a Gestalt, existem quatro princípios a ter em conta para a percepção de objectos e formas: atendência à estruturação, a segregação figura-fundo, a pregnância ou boa forma e a constância perceptiva. Outros conceitos dessa teoria são supersoma e transponibilidade. Supersoma refere-se a idéia de que não se pode ter conhecimento de um todo por meio de suas partes, pois o todo é maior que a soma de suas partes: "(…) "A+B" não é simplesmente "(A+B)", mas sim um terceiro elemento "C", que possui características próprias". Já segundo o conceito da transponibilidade, independentemente dos elementos que compõem determinado objeto, a forma se sobressai. "(…) uma cadeira é uma cadeira, seja ela feita de plástico, metal, madeira ou qualquer outra matériaprima."

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Aplicações na arte A tendência à estruturação por exemplo explica a tendência dos diferentes povos a distinguir grupos de estrelas e reconhecer constelações no céu; a boa forma ou configuração ideal mais conhecida é a Proporção áurea dos arquitetos e geômetras gregos que explica muitas das formas que são agradáveis aos olhos humanos. As empresas de publicidade e criadores de signos visuais (marcas) parece que são os maiores usuários da descoberta dos símbolos que possuem alto poder de atração (pregnância). Vários artistas se utilizaram das ilusões de óptica muitas delas explicadas pela lei da segregação da figura e fundo a exemplo de Escher e Salvador Dalí. A ilusão de perspectiva e proposição cubista de criação de uma cena com (sob) múltiplos pontos de vista também são explicados pela teoria da elaboradas na escola Gestalt, no início do século XX, referentes a teoria da psicologia das imagens, foi possível criar condições favoráveis para a racionalização na construção de projetos gráficos.

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Reforça-se a idéia que o todo, é mais que a soma das suas partes, existindo envolvimento psicológico.Compreender a construção de imagens é imprescindível para a elaboração e desenvolvimento de mensagens visuais, viabilizando a ampliação do acervo de soluções gráficas autoras de sentidos qualificados. Gestalt - Leis da Gestalt A Teoria da Gestalt, em suas análises estruturais, encontrou determinadas leis que regem a percepção humana das formas, facilitando a compreensão das imagens e idéias. Essas leis seriam conclusões sobre o comportamento natural do cérebro, no que concerne ao processo de percepção. Os elementos constitutivos são agrupados de acordocom as características que possuem entre si, como semelhança, proximidade e outras que veremos a seguir.

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São estas, resumidamente, as Leis da Gestalt:

Continuidade Segregação Semelhança Unidade Proximidade Pregnância Fechamento/Clausura CONTINUIDADE: Há uma tendência de a nossa percepção seguir uma direção para conectar os elementos de modo que eles pareçam contínuos ou fluir em uma direção específica.

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SEGREGAÇÃO: significa a capacidade perceptiva de separar, identificar, evidenciar ou destacar unidade formais em um todo compositivo ou em partes deste todo.

SEMELHANÇA: Eventos semelhantes se agruparão entre si. Essa semelhança se dá por intensidade, cor, odor, peso, tamanho, forma etc. e se dá em igualdade de condições.

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UNIDADE:pode ser consubstanciada num único elemento, que se encerra em si mesmo, ou como parte de um todo. Ainda, numa conceituação mais ampla, pode ser entendida como o conjunto de mais de um elemento, configurando o "todo" propriamente dito, ou seja, o próprio objeto. As unidades formais, que configuram um todo, são percebidas, geralmente, através de relações entre os elementos (ou subunidades) que as constituem. Uma ou mais unidades formais podem ser segregadas ou percebidas dentro de um todo por meio de diversos elementos como: pontos, linhas, planos, volumes, cores, sombras, brilhos, texturas e outros, isolados ou combinados entre si.

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PROXIMIDADE: Elementos ópticos próximos uns dos outros tendem a ser vistos juntos e, por conseguinte, a constituírem um todo ou unidades dentro do todo. Em condições iguais, os estímulos mais próximos entre si, seja por forma, cor, tamanho, textura, brilho, peso, direção, e outros, terão maior tendência a serem agrupados e a constituírem unidades. Proximidade e semelhança são dois fatores que muitas vezes agem em comum e se reforçam mutuamente, tanto para constituírem unidade como para unificar a forma.

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PREGNÂNCIA: A mais importante de todas, possivelmente, ou pelo menos a mais sintética. Diz que todas as formas tendem a ser percebidas em seu caráter mais simples. É o princípio da simplificação natural da percepção. Quanto mais simples, mais facilmente é assimilada.

FECHAMENTO ou CLAUSURA: o princípio de que a boa forma se completa, se fecha sobre si mesma, formando uma figura delimitada. O conceito de clausura relaciona-se ao fechamento visual, como se completássemos visualmente um objeto incompleto.

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