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SAMUEL ADILSON GOMES FERREIRA

Angola.

Samuel Adilson Gomes Ferreira

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REBENTO DE SABEDORIA

Tão simples o olhar perdido, tão nobre a intenção forjada na vontade do homem e os pulos de medo adormecido.

talvez os mortos sábios dormem como as lâmpadas quebradas que dão iluminação o coração repleto de desejo de possuir e a tristeza brigada com a solidão

o leite derramado pelo olhar cintilante das flores cujas pétalas adornadas de ciúmes e dores vão saindo salpicando a sabedoria divina.

No olhar atento da criança No choramingar da esperança perdida no ar Reencontro no luar o meu ser.

Olhares virados para mim Perguntando o começo e o fim E eu balbucindo a resposta.

Enganado da verdade Perdido na vaidade E embriagado de vontade Eu subo o deserto.

Nossas mentes retraidas com o estudo Nossas lentes cansadas de ver o mundo E o vazio enchendo nossos vidas.

Esse resto do meu rosto Esse canto que encanta Essa mina que não é minha E o tempo que rima como a vida. Cultiva-se a sabedoria Num campo de fertilidade Guia-se toda a mania Num mundo de intelectualidade.

Em cheias que dormem Pastos de rebentos Flores que adornam nossos momentos E a sabedora escrevendo seu nome.

Embora em tempos de fome que roe A mente constroe as palavras E homens constroem as lavras

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