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RENATA CLARK-GRAY
o quadro epistemológico de conhecimento do mundo no Ocidente: espírito versus corpo, cultura versus natureza, considerando um sistema centrado no logo centrismo e falocentrismo. Que queremos dizer com isso? Que todas essas ideias são construções culturais quando sabemos que as mulheres e os negros são minorias e portanto excluídos das posições sociais mais elevadas dos estudos acadêmicos, dos canones literários e assim não surgem como formadores de opinião, afirma Luiza Lobo. Partindo deste principio, analizemos o trabalho de KATE CHOPIN focalizando o conto: “The dream of an hour”. Este conto tem a extensão de duas páginas e meia, onde a autora descreve um momento intenso em período curtíssimo que se passa com a personagem Mrs. Mallard ao receber a notícia da morte de seu marido, o ferroviário Brently Mallard. Com o choque ela se retira para seus aposentos no primeiro andar de sua residência, sozinha, fechando a porta atrás.
Dela, senta-se numa cadeira confortável e imóvel fica a contemplar as árvores que vê em seu quintal e absorva a paz que sente neste processo. Em suas elucubrações lembra-se que no dia anterior achava que sua vida era muito longa...mas naquele momento, vivendo aquela temporalidade em que o seu ser se imbuia conscientemente de uma grande paz interior, ela mentalmente repetia que estava livre, livre, livre. Enquanto isso ocorria com a protagonista, sua irmã forçava a porta para entrar, já com receio que algo pudera ter-lhe acontecido. Finalmente, Mrs. Mallard se levanta, abre a porta e com um ar vitorioso e triunfante, segura no braço de sua irmã, desce as escadas e aí, falece. A causa mortis: “ataque cardiaco causado por enorme alegria”. Chopin, fora muito feliz em nos apresentar o conceito de alteridade feminina na capacidade de nos apresentar a personagem no lugar de seu próprio ser, agora livre, em sua relação interpessoal. O plano da manipulação do autor, os pensamentos de Mrs. Mallards lidos pelo leitor, mostram que a mulher exibe uma crítica de vida diferente da dos homens, porque sua leitura e ao mesmo tempo diferente e produzida pela consciência de uma leitura da diferença, como um paradigma crucial da construção cultural, binaria, Mrs. Mallard, só conseguia ver seu OUTRO, livre... Brasileira, nascida em São Paulo, mas aos 12 anos, mudou-se para a cidade de João Pessoa, capital do Estado da Paraíba, Brasil.
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Faz parte da Academia Internacional de Literatura
Brasileira-AILB. Faz parte do grupo Coletivo Mulheres Artistas onde não só é colaboradora como cuida das redes sociais. Publicou seu primeiro livro Sunset &Poetry (em inglês) uma produção independente pela pela Amazon em Dezembro de 2020 e fez seu lançamento oficial virtualmente no 1 Salon International Du Livre Et De La Cuture De Geneve Cultive em Maio de 2021 e o lançamento do Ebook pela editora Cultive. Fará sua primeira participação com os 2 livros na 91 Feira do Livro de Lisboa 2021. É membro fundadora da NAISLA (Nucleo Accademico Italiano Di Scienze, Lettere E Arti) que tomará posse em Novembro de 2021.
Está participando de antologias nacionais que serão publicadas brevemente e uma antologia Internacional. Atualmente está localizada com o marido em seu barco na cidade de St George's, Grenada no Caribe.