Hospital Maternidade do Gama

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HO S P I TA L M ATER N IDADE DO GAM A Po r : Va nes s a A nd r a d e



Hospital Maternidade do Gama 1 / 2018

Universidade de Brasília - UnB Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - FAU Departamento de Projeto, Expressão e Representação - PRO

Vanessa Andrade - 12/0137356

Ivan Rezende do Valle Frederico Flósculo Carlos Luna



Como eu sempre disse, ter entrado na Universidade de Brasília e no curso dos meus sonhos foi um presente de Deus. Sem Ele eu não conseguiria. A Deus deixo o meu singelo agradecimento por esse momento. À minha família, que carinhosamente esteve ao meu lado em todas as etapas, meu muito obrigada. Ao meu noivo, que nunca mediu esforços pra me ajudar em tudo! Amo demais. Aos meus amigos da Fau, que são pessoas com as quais tive a honra de trilhar esse caminho, vocês têm um lugar especial em meu coração. E ao meu orientador, Ivan do Valle, que desde o início sempre me auxiliou em tudo, e me ensinou sabiamente e racionalmente grandes princípios ao se projetar, meu muito obrigada!

“Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças; porque no Seol, para onde tu vais, não há obra, nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.” Eclesiastes 9:10 Bíblia Sagrada


SUMÁRIO

Apresentação

7

Objetivos do objeto de estudo

7

Situação

42

Justificativa da escolha do tema

7

Implantação

43

Contextualização Histórica

8

Térreo

44

40

Do domicílio ao hospital

10

Cortes longitudinais

46

Situação no Brasil

11

Cortes transversais

48

Hospital da cidade sítio do projeto

12

Subsolo

50

Estado da Arte e Referências Projetuais

13

1º andar

51

Estado da Arte:

13

2º andar

52

Hospital Maternidade São Luiz

14

3º andar

53

Hospital e Maternidade Santa Joana

16

Cobertura

54

Maternidade Leila Diniz

17

Isométrica

55

18

Renders

56

Referências Projetuais: Hospital Sarah Fortaleza

19

Estrutura

66

Rede Sarah Brasília

20

Bibliografia

75

Complexo escolar em Serris

21

O contexto da cidade

22

Gama: dados socieconômicos

23

Gama: o terreno

24

O contexto do entorno

6

O Projeto

26

Uso e destinação do solo

28

Hierarquia Viária e acessos

29

Visuais

30

Análise Bioclimática

36

Diretrizes de Projeto

34

Programa de Necessidades

36


APRESENTAÇÃO

JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO TEMA

O plano de trabalho proposto desenvolverá os primei-

A Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universi-

ros conhecimentos relativos ao objeto de estudo, de forma a

dade de Brasília, no sexto período do estudante, oferta a maté-

disponibilizar os dados necessários ao entendimento do pro-

ria de Projeto Arquitetônico 6, na qual é projetado um Hospital.

jeto. Serão abordados: a contextualização histórica do tema,

É despertado no aluno um interesse maior pela área, ao ter um

estado da arte e referenciais projetuais, estudo/análise do sítio

primeiro contato com o assunto. Aliado a isso, a cidade que é a

escolhido, diretrizes de projeto e programa de necessidades

área do projeto, necessita de atendimento às parturientes. No

finalizado.

final do ano de 2016 o Pronto Atendimento Infantil (PAI) do Hospital Regional do Gama foi fechado, e permanece fechado até a data da realização deste trabalho. A emergência da ginecologia não está mais funcionando também. E o Centro Obstétrico do

OBJETIVOS DO OBJETO DE ESTUDO

Gama sofre por falta de equipe médica e de enfermagem para realizar os partos, resultando em superlotação, e tendo que

A área na qual se insere o objeto de estudo deste trabalho é a área da arquitetura da saúde, mais especificamente

realizar, em alguns casos, transferências das parturientes para outras unidades.

a saúde da mãe e bebê. O objeto é um hospital maternidade,

Em termos técnicos, na pág. 231 do Plano Diretor Local

com um programa de necessidades generoso para a realização

do Gama, informa-se a quantidade de equipamentos públicos

das atividades concernentes ao nascimento e atividades com-

necessários para atender a demanda da população prevista

plementares a este.

no ano de vigência do PDL. No ponto VIII.2, diz: “Destaca-se a

O projeto tem como área de implantação a cidade do

necessidade da criação de mais áreas para a atividade de saúde

Gama, no sudoeste do Distrito Federal, em região central da

[...] Para centro de saúde, 8 (oito) unidades, o Hospital Regional

cidade, de fácil acesso aos pedestres e ao Hospital Regional do

necessita de uma ampliação de 50% (cinquenta por cento) ou uma

Gama. O objetivo central do trabalho é estudar, analisar e de-

outra unidade o que deverá ser definido pela Secretaria de Saúde,

senvolver um projeto que atenda às necessidades da parturien-

e uma unidade para Inspetoria de Saúde.” Logo, fica confirmada

te e do neonato, tanto em questões físicas quanto de conforto

a necessidade de ampliação ou mais equipamentos públicos de

e bem-estar, além de atender à demanda de partos no Gama,

saúde na cidade do Gama - DF.

a qual o Hospital Regional que é o único público da cidade não

Por isso que é importante conhecer os dados relativos

tem estrutura tanto física quanto de profissionais para atender

aos serviços de parto na cidade, para que o projeto tenha um

a esses pacientes. Sobre tal questão, a seção do programa de

programa de necessidades com ambientes e áreas que condi-

necessidades abordará tais dados.

zem com a realidade e necessidade da população.

7


Contextualização histórica 8


O que é? Uma maternidade é, de acordo com o dicionário Mi-

que ao mesmo tempo é um “processo natural” para outros paí-

perante uma situação de morte iminente da mãe, para dar vida

chaelis, um “hospital, clínica ou setor hospitalar que se destina a

ses do oriente. Logo, a percepção de um ambiente de nascer se

à criança. Logo, era utilizada em último caso, por ser bastante

cuidar de parturientes antes e depois do parto, bem como de seus

apoia sobre as respectivas culturas de nascimento de cada país.

perigosa para a vida da mulher.

recém-nascidos”. Até alcançar o formato atual de maternidade, o

No parto com assistência médica, o parto cesariano é

BINTENCOURT (2008) cita três tipos de assistência ao

ambiente onde ocorre o evento do nascimento passou por uma

o exemplo que melhor define a questão da tecnologização. A

parto: o altamente medicalizado, centrado no médico, encon-

série de transformações, desde os tempos mais remotos.

cesárea é uma cirurgia que consiste na extração do feto através

trado principalmente nos EUA, Irlanda, Rússia e Brasil; a abor-

Na obstetrícia ocidental moderna, principalmente após

de uma incisão uterina (BITENCOURT, 2008, p. 18). Atualmente

dagem humanizada, com trabalhos mais autônomos das par-

o crescimento da indústria, o nascimento passou a ser visto de

esse tipo de cirurgia está bem mais segura, com a evolução de

teiras, encontrada por exemplo na Holanda, Nova Zelândia e

uma maneira mais tecnológica e/ou mecanizada, tendo a ne-

técnicas e estudos sobre o assunto, o que permite à mulher

Países Escandinavos; e uma mistura das duas abordagens, em

cessidade de incorporar cada vez mais tecnologia aos ambien-

a realização desse tipo de parto caso o feto não se encontre

países como a Inglaterra, Canadá, Alemanha, Japão e Austrália.

tes de nascer. BITENCOURT (2008) exemplifica tal afirmação ao

em condições de nascer através de parto normal. Porém inicial-

dizer que o parto é um “evento médico” nos Estados Unidos, e

mente a cesárea era realizada apenas na mulher defunta, ou

Até o séc 19: parteiras se deslocavam à casa das parturientes

Antes

Transição dos partos domicílios a hospitais

Séc.18

França: mortalidade materna. Inserção de médicos

1875: Pavilhão de Isolamento da Maternidade de Paris

Séc.19 Cesárea apenas em defuntas

Construção de diversas unidades obstétricas hospitalares nos EUA e França

Séc.20 Espaços de maternidade se consolidam com desenho e ambientes específicos

Linha do tempo síntese sobre a história das maternidades do mundo

9


Cesárea em mulher morte. Fonte: livro The Cambridge illustrateed history of medicine

Parto em domicílio na Idade Média. Fonte: Wellcome Images. L0019348

Cerimônia do parto conforme tribos brasileiras, à esquerda, e o primeiro banho, à direita. Desenho de Bernard Picart, 1726. Fonte: Wellcome Library, V015967

tratamento, o que gerava mortes constantes por contato com

ternidades se fazia mais sólida; e, a partir do século XX, com o

mulheres com variadas doenças.

surgimento desses novos pensamentos, apesar de ocorrerem

Do domicílio ao hospital

Segundo Maria Lúcia Mott, doutora em História pela USP, em seu artigo Assistência ao Parto: do domicílio ao Hospital (1830-1960), até o final do século XIX os partos eram rea-

Algumas parteiras passaram a receber as parturientes

muitos partos por parteiras, os médicos também passaram a

lizados quase que exclusivamente na residência das próprias

em suas casas, e com o passar dos anos, essa forma de atendi-

realizar diversos partos, e junto a isso, locais apropriados para

parturientes, por parteiras leigas ou diplomadas. A cesariana

mento se ampliou, e os locais de atendimento passaram a ser

partos passaram a existir.

era realizada apenas em mulheres mortas, devido ao uso do

chamados de Casas de maternidade.

Um dos primeiros exemplos registrados, na história da

clorofórmio como anestésico ocorrer a partir de 1847, além de

No Brasil, os primeiros discursos sobre a necessidade

arquitetura e da obstetrícia, de edificação destinada especifi-

que o controle de infecções era dificultoso, não se conhecendo

de criação de maternidades, estabelecimentos especialmente

camente à função de atenção ao parto e ao nascimento foi o

ainda o papel dos micróbios na transmissão de doenças.

reservados para as mulheres darem a luz, estão diretamente

Pavilhão de Isolamento da Maternidade de Paris, construída em

O parto dentro de casa era o predominante da época.

relacionadas aos cursos para formação de parteiras e ao en-

1875. [...] A função do espaço destinado à maternidade no con-

Havia as Santas Casas, porém quem ia para lá eram as mulhe-

sino médico (MOTT, 2002). Vê-se que o reconhecimento pela

junto do hospital começa a consolidar-se como um desenho e

res de parto complicado, e geralmente de baixa classe social.

necessidade de um ambiente específico para os partos crescia,

ambientes específicos a partir do século XIX, embora o modelo

As Santas Casas, apesar de oferecer o serviço de assistência ao

e junto a isso, o ensino e prática dos cuidados relacionados ao

tradicional dos serviços de obstetrícia tenha sido estabelecido

parto, possuíam acomodações precárias, que não contribuíam

nascimento. Até o século XVIII as parturientes eram atendidas

de forma mais completa no período pós-Segunda Guerra Mun-

para o controle de infecções. O ambiente de nascer não era

em hospitais e asilos que acolhiam todo tipo de doentes. Então,

dial (BITENCOURT, 2008).

exclusivo, geralmente era agregado com outros ambientes de

para separar as grávidas dos demais doentes, a ideia de ma-

10


Situação no Brasil

No período do Brasil colônia, o parto normal entre os

Moncorvo Filho. A primeira enfermaria de partos foi implantada

à essa dificuldade, médicos não recomendavam mais o parto

índios tupinambás acontecia frequentemente nas ocas, com a

pela Faculdade de Medicina, em 1847, e, a partir dessa época,

em domicílio, principalmente nas camadas menos favorecidas,

presença de todas as mulheres. Após o parto, o filho era levado

foram sendo fundadas várias Cazas de Saúde. (BITENCOURT,

dado que existiam já ambientes próprios para tal atividade.

ao rio para ser banhado. Os pais tinham participação especial

2008).

nos partos mais difíceis, aonde faziam pressão na barriga da

Com a difusão das novas técnicas e com a possibilidade Porém o parto em domicílio, a partir dos anos 1920,

de trocas de informações culturais, o Brasil, após metade do sé-

em contexto global, logo foi considerado dificultoso por muitos

culo XX, sofre grande influência das práticas difundidas nos EUA

Já na comunidade urbanizada, que era constituída prin-

médicos, pelo fato de que a casa da parturiente teria que se

em relação à obstetrícia, com novos modelos de assistência ao

cipalmente pelos imigrantes portugueses, o parto era realiza-

trasformar em uma “enfermaria”, com diversos elementos de

parto. Assim, a mulher começa a se tornar, e passa a ser cada

do nos quartos das parturientes, por parteiras referenciadas

atenção ao parto e à mulher, e instrumentos de realização do

vez mais protagonista e principal elemento de atenção durante

dentro da comunidade. A primeira sala de partos no Brasil foi

parto – bacias de ágata, algodão esterilizado, gazes, soro fisio-

o parto.

instalada na Casa dos Expostos, em 1830, segundo o médico

lógico, álcool, luvas, roupas esterilizadas, entre outros. Devido

mãe, empurrando, para que o filho saísse.

11


Hospital da cidade sítio do projeto

Fazendo parte do processo de evolução dos hospitais e maternidades, está o Hospital Regional do Gama, cidade objeto do trabalho. A unidade, que integra a Região Sul junto com Santa Maria, é referência para moradores não só do DF, mas também para municípios goianos, mineiros e da Bahia. A unidade, considerada de média complexidade, tem capacidade para 500 leitos. Em 1960, a população do Gama era de 10 mil habitantes. Eles eram atendidos em um ambulatório na subprefeitura. Com o aumento da população, criou-se, em 1961, um grande barracão de madeira no Gaminha (Setor Oeste) para atender à demanda. Novas Instalações foram surgindo e em 12 de março de 1967, foi inaugurado oficialmente o Hospital Distrital do Gama, que mais tarde recebeu o nome de Hospital Regional. A área física da unidade contava com 40 consultórios e 386 servidores para atender a cerca de 1,6 mil pessoas por mês. Hoje, a área total da unidade é 46.440 metros quadrados e conta com 2.514 servidores (Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal. Março de 2016). Esse breve histórico auxilia na compreensão do marco que é o Hospital para a região, que

Imagem aérea - Hospital Regional do Gama

completou 50 anos em 2017, e que mesmo com anos de existência, possui carências de atendimento, e um deles é a demanda de partos na maternidade. Segundo o relatório dos serviços médico-hospitalares de 2014 da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, foram registrados, no Hospital Regional do Gama, 5.268 internações obstétricas, 5.280 partos, sendo que 3.421 foram normais e 1.859 foram cirúrgicos. A média foi de 440 partos por mês. Atualmente, a média de partos no HRG é de 900 por mês, e o parto normal ocupa maior espaço nos índices do que o cirúrgico. É importante lembrar que o Hospital do Gama atende pacientes do entorno, (Valparaíso, Novo Gama, Ocidental, Luziânia e outros municípios do Goiás), por ser referência para estes, e também pacientes que vêm até mesmo de Minas Gerais e Bahia, como citado anteriormente. Logo, é possível observar que a demanda por serviços médicos é alta, e o projeto de Diplomação tem como objetivo atender a essa demanda de forma que a cidade do Gama seja um pólo recebedor de pessoas de diversos municípios além da própria cidade.

Pronto Socorro - Hospital Regional do Gama

12


Estado da Arte 13


Hospital Maternidade São Luiz Unidade Anália Franco

Local: Tatuapé, São Paulo Arquitetura: Siegbert Zanettini Data do projeto: julho a dezembro de 2003

Dados Técnicos: Área do terreno: 7.950 m² Área total construída: 43.816,55 m² Número de leitos: 279 Número de salas de cirurgia: 18 Número de salas de parto: 11

14


A maternidade do hospital é formada por UTI neonatal, com 37 leitos; UTI semi-intensiva com 6 leitos; Centro Obstétrico com 9 salas; suítes para parto natural; um berçário em cada andar, com capacidade para 15 bebês cada; apartamentos para a recuperação da mãe depois do parto e 6 suítes. Conta ainda com um ambiente para familiares acompanharem o nascimento do bebê, chamado Espaço Nascer; e houve a criação da sala Central de Lactação, que seria um Banco de Leite. O projeto foi escolhido como referência porque sua volumetria escalonada permite iluminação e ventilação naturais principalmente aos setores de internação do hospital geral e da maternidade. Um pátio ajardinado que faz transição entre os setores de internação e a base do edifício possui uma claraboia conduz luz zenital à área de conforto dos médicos e da enfermagem, localizada no centro da planta do terceiro pavimento.

1 2 3 4

1 2

5 6 7 8

enfermagem chefia de enfermagem centro obstétrico apartamento

berçário posto de enfermagem

3 4

pré-parto secretaria estacionamento de macas farmácia

quartos área para fumantes

5 6

9 10 11 12 13

estar jardim

INTERNAÇÃO MÉDICA E CIRÚRGICA

CENTRO CIRÚRGICO/CENTRO OBSTÉTRICO

UTI NEONATAL / UTI PEDIÁTRICA / UTI ADULTO

PRONTO ATENDIMENTO / CENTRO DE DIAGNÓSTICOS

ÁREAS DE APOIO/ÁREAS TÉCNICAS

VESTIÁRIOS, ESTAR MÉDICO E ENFERMAGEM

ADMINISTRAÇÃO / ACESSO AO PÚBLICO / RESTAURANTE

ESTACIONAMENTO

arsenal C.C. e C.O. equipamento anestesistas laboratório centro cirúrgico

7 8

espelho d’água semi-intensiva

Fonte: Revista eletrônica AU, Fevereiro de 2015

15


Hospital e Maternidade Santa Joana A maternidade do hospital possui apartamentos (enfermarias) e suítes com antessala para a mãe que quer mais

de alto risco; um Pronto Atendimento da Saúde da mulher; um centro cirúrgico da mulher e um Banco de Sangue.

privacidade. É formada por uma UTI adulto, para as mães que

O projeto foi escolhido como referência devido ao seu

apresentarem complicações; 3 salas para procedimentos de ci-

sistema de segurança, que permite que os pais acompanhem

rurgia cardíaca neonatal e cirurgia intrauterina; UTI neonatal;

todo o trajeto do bebê ao berçário, e a ida ao aprtamento atra-

Banco de Leite; um berçário em cada andar; Centro Obstétrico

vés da disponibilização de tecnologia de monitoramento. Além

com 7 salas de parto, sendo que três são suítes para parto nor-

disso, é uma maternidade completa em serviços de parto, dan-

mais, sala de pré-parto e sala de recuperação pós-anestésica,

do atenção tanto ao bebê quanto à mãe (possui serviços para a

sala de atendimento neonantal; uma unidade para gestantes

mãe que quase nenhuma maternidade em si possui). Suíte para mãe e familiares

UTI Neonatal com tratamento de luzes para evitar a dor e diminuir o estresse no bebê

Local: São Paulo, SP Primeira casa de saúde: agosto de 1948 Criação do hospital: 1991 Número de salas de parto cirúrgico: 4 Número de salas de parto normal: 3

Foto: Marcelo Bogobil

16


Maternidade Leila Diniz

Local: Barra da Tijuca, Rio de Janeiro Ano de inauguração: 17/01/2008 Área total construída: 6.320m²

Fluxograma da relação dos ambientes

RECEPÇÃO 1 espera 2 recepção UNIDADE NEONATAL 3 posto de enfermagem 4 arsenal 5 higiene 6 pasteurização 7 unidade de tratamento semi-intensivo 8 coleta 9 chefia de enfermagem 10 unidade de tratamento intensivo 11 sala de laudo 12 expurgo CENTRO OBSTÉTRICO 13 sala de pré-parto 14 pátio 15 sala de admissão 16 sala de relaxamento 17 sala de parto 18 curetagem 19 estar médico 20 posto de enfermagem 21 depósito 22 expurgo 23 barreira 24 sala de cirurgia

O prédio que abriga a Maternidade Leila Diniz é anexado ao Hospital Lourenço Jorge, no Rio de Janeiro. A maternidade possui 59 leitos, sendo 40 leitos obstétricos, quatro de enfermaria canguru (com a companhia permanente da mãe), dez de unidade intermediária neonatal, cinco de unidade de tratamento intensivo neonatal. O complexo possui oito salas para atendimento ambulatorial e um banco de leite para mães

APOIO TÉCNICO 25 descanso enfermagem 26 descanso médico 27 depósito

com dificuldade em amamentar. O programa arquitetônico se constitui em setores de-

APOIO ADMINISTRATIVO 28 cartório e registro 29 secretaria 30 copiadora 31 sala direção 32 sala administração 33 sala gerente adm.

finidos de acordo com sua localização e função, cortados por uma circulação central que percorre toda a maternidade. Esses setores são: recepção, centro obstétrico, Unidade Neona-

ENFERMARIA 34 leitos de alojamento conjunto - enfermaria 35 sala atendimento canguru 36 sala chefia enfermagem 37 núcleo pessoal 38 posto de enfermagem 39 depósito 40 vestiário 41 sala psicólogo/fonoaudiólogo 42 almoxarifado 43 pátio interno

tal, apoio administrativo, apoio técnico e enfermarias, que são separadas em duas alas. Próximos às enfermarias existem dois jardins abertos, que permitem a ventilação dos alojamentos e servem de áreas para banho de sol das mães e de seus recémnascidos. A seguir têm-se um fluxograma da planta da maternidade, representando tais setores.

Planta esquemática da maternidade

17


ReferĂŞncias Projetuais 18


Hospital Sarah Fortaleza Para questões bioclimáticas e de conforto, as obras do arquiteto Lelé representam as melhores soluções no assunto, posto que projetou hospitais modelo em iluminação e ventilação naturais, além do uso da vegetação como parte das diretrizes de projeto para que o ambiente se torne melhor ao paciente visualmente e termicamente. A orientação e a volumetria dos edifícios projetados devem favorecer os ventos predominantes. É o caso do Hospital Sarah Kubitschek de Fortaleza. Os

Vista aérea do Hospital. Foto: Arcoweb

ambientes passíveis de serem ventilados naturalmente estão organizados de maneira a receber o constante vento sudeste da região. Áreas como recepção, sala de espera, ambulatório, fisioterapia, entre outras, estão localizadas na frente do edifício para receber os ventos. O ar é posteriormente extraído pelas aberturas dos sheds, na parte superior. As salas que requerem ar-condicionado, caso do centro cirúrgico, radiologia, laboratórios, entre outras, estão localizadas principalmente na parte posterior do edifício, onde o potencial de ventilação natural é limitado. Esses ambientes requerem ventilação artificial para o controle da umidade, da temperatura,

Implantação do Hospital Sarah Fortaleza. Fonte: Revista eletrônica AU Julho/2014

da pressão estática para evitar a disseminação de bacÁrea com ventilação natural - transição 1 hall 2 central de macas 3 internação 4 informações 5 espera 6 acesso principal 7 recepção /marcação de consultas 8 fisioterapia 9 ambulatório 10 oficinas ortopédicas

19 21 22 25 26 27 28 29 30 31

sala de aula arquivo médico vestiários refeitório escola de excepcionais residência médica pátio de serviços estacionamento portaria quadra

Área com ar condicionado 12 13 14 15 16 17 18 20 23 24

informática curativos do laboratório radiologia ressonância magnética ultrassom auditório biblioteca laboratórios centro cirúrgico primeiro estágio

Área verde 32 33 34 35

jardim jardim interno bosque espelho d’água

térias e para o adequado funcionamento dos equipamentos.

19


Rede Sarah Brasília

A rede do Hospital Sarah Kubitschek Brasília é recheada de cores em formato de azulejos e paineis de Athos Bulcão. O projeto de diplomação faz uso generoso desse recurso, uma vez que os azulejos são consagrados em Brasília e trazem leveza e alegria ao ambiente no qual estão instalados.

1 - Divisória em madeira e painel em azulejos, Rede Sarah Brasília, 1982. Foto: Ricardo Paduenes 2 - Painel em azulejos, sala de espera da Radiologia e jardim, Rede Sarah Brasília, 1981. Foto: Tuca Reines 3 - Painel em azulejos, sala de espera da Ressonância Magnética, Rede Sarah Brasília, 1981. Foto: Tuca Reines

1

2

20

3


Complexo Escolar em Serris A escolha do projeto como referência se deve ao uso da madeira,

1 - Vista do pátio interno. Fonte: Archdaily. Agosto/2017

Localização: Serris, França

que traz a sensação de acolhimento e conforto, características essenciais para

Arquitetos: Ameller, Dubois & Associés

usos prolongados do espaço. O uso das cores também é marcante no projeto.

2 - Uso da cor como estratégia projetual para estimular sensa-

Área: 5.300m²

Nesse caso foi utilizada a cor para estimular as crianças a produzir, e a se sen-

ções de acordo com o objetivo do ambiente

tirem visualmente confortáveis no espaço da escola. A cor tem o potencial de estimular sensações nas pessoas, e é um ponto que será utilizado no projeto

3 - Madeira + brises que conformam um visual de luz , sombra

com o objetivo de evitar o estresse da mãe e bebê e tentar promover sensa-

e aconchego

ção de tranquilidade e relaxamento.

2

1

3

21


O contexto da cidade 22


Gama

dados socioeconômicos

Situada no sudoeste do Distrito Federal, a

A renda domiciliar média apurada na pesqui-

Região Administrativa do Gama foi fundada em 1966

sa foi da ordem de R$ 4.445,52, o que corresponde a

para acolher as famílias de uma invasão situada na

5,64 salários mínimos, e a renda per capita foi de R$

barragem do Paranoá, os moradores oriundos da Vila

1.396,93 (1,77 salários mínimos). Na RA, em apenas

Planalto e da Vila Amauri. A cidade transformou-se na

3,09% dos domicílios foram encontrados moradores

Região Administrativa - RA II em 1989, quando foram

que vivem com rendimentos acima de 20 salários míni-

fixados novos limites para as RA’s do Distrito Federal.

mos. Com até um salário mínimo se encontram 6,91%

Localização no Distrito Federal

dos domicílios. A cidade fica a 30Km do Plano Piloto e se divide em área urbana e rural. A área urbana é formada pelos setores Norte, Leste, Oeste, Sul, Central e de Indústria. Segundo o PDAD de 2015, último censo realizado para a cidade, o Gama tem uma população estimada de 141.911 habitantes. A PDAD 2015 contabilizou um total estimado de 43.571 domicílios urbanos no Gama predominando as construções permanentes e do tipo horizontal: casas. 72,78% dos domicílios possuem automóvel Ruas asfaltadas, iluminação pública, calçadas, meios-fios e rede de águas pluviais estão presentes na Do total de habitantes da RA do Gama, 27,19%

27,99% dos domicílios possuem bicicleta

mento de água pela rede geral e com fornecimento de

estão na faixa etária de 40 a 59 anos, 20,90% situamse na faixa de 25 e 39 anos e os idosos, acima de 60 anos, são 19,10%. A população de zero a 14 anos tota-

quase totalidade dos domicílios, assim como o abasteci-

energia elétrica. A coleta seletiva do lixo é expressiva na 7,13% dos domicílios possuem motocicleta

região.

liza 16,60%.

23


Gama O terreno

o terreno proposto.

O terreno se localiza no setor central do Gama, adjacente ao Hospital Regional e próximo ao Terminal

O terreno ocupa uma área de 7.000m², com 70m

Rodoviário, o que permite ao usuário acesso, facilidade

de frente e de fundo, e 100m de laterais. Atualmente exis-

de locomoção e a assistência de um hospital de grande

tem apenas 2 traves de futebol, e um extenso gramado na

porte.

área, com praticamente nenhuma vegetação arbórea.

Localização no Distrito Federal

Segundo o PDL do Gama, a área onde se insere o terreno é de restrição 2 - R2, o que significa que é

70

permitido uso misto, atendendo residência, comércio em 100

geral e coletivo, ou institucional. O terreno escolhido não é registrado em Cartório, porém devido à necessidade de

100

70

dimensão do terreno escolhido

um estabelecimento que atenda à demanda de partos da região, propõe-se uma requalificação urbana, com a criaSetor central da área urbana

ção de terreno de mesmos parâmetros urbanísticos dos terrenos adjacentes, que comportam os mesmos usos. De acordo com a administração do Gama, por estar em

Os parâmetros urbanísticos para a ocupação do

área central da cidade e em proximidade com o Hospital

lote, de acordo com o Plano Diretor Local do Gama,

Regional, além de não existir projeto para a área, é acei-

são:

tável a proposta de terreno para a construção de uma maternidade no local. O Plano Diretor Local da cidade,

Nível de restrição: R2

no artigo 111, diz:

Coeficiente de aproveitamento: 3,0

“As áreas do centro hoteleiro, do comércio central, das Praças 1 e 2, e aquelas localizadas no entorno da Administração Regional, no Setor Central, serão objeto de projeto urbanístico e paisagístico especial, observadas as seguintes diretrizes: [...] III - reformulação do parcelamento, admitindo-se a criação de lotes de categoria de uso R2 e coeficiente de aproveitamento 3,0 (três), nas áreas adjacentes às praças.”

Taxa de permeabilidade: 30%

Tais áreas citadas no artigo são aonde se insere

24

Construção mínima: 25%

Mais detalhes ao lado:

Localização do terreno no setor central


O que está no Plano Diretor Local (PDL) do Gama:

(Praça 01 Setor Central)

Não haverá afastamento obrigatório se o resultado da fórmula for

às projeções, para utilização do subsolo para garagem, conforme

Nível de Restrição R2 (pág. 5 da Lei COMPLEMENTAR Nº 728, DE 18

negativo.

os parâmetros estabelecidos pelo Código de Edificação, ouvidas as

DE AGOSTO DE 2006, que aprova o PDL do Gama);

concessionárias de serviços públicos.

III - lotes de nível de restrição 2 – R2: permitido uso misto, atenden-

Pág. 168: Foi suprimida a exigência, constante nas NGBs anteriores,

B.6.5) p. 174. Será permitido o avanço sobre área pública contígua

do residência, comércio em geral e coletivo, ou institucional;

da Taxa de Ocupação, considerada desnecessária, por não acres-

às projeções, para elemento de circulação vertical, conforme os pa-

Coeficiente de Aproveitamento de 3,0;

centar atributos positivos à produção do meio urbano. A reserva

râmetros estabelecidos pelo Código de Edificações.

Taxa de Permeabilidade do Solo: é conforme a área do lote. Maior

de solo não impermeabilizado, não garantida pela Taxa de Ocupa-

Pág. 189: O PDL define as seguintes estratégias relacionadas à po-

que 2.000m² = 30%;

ção,é viabilizada pela Taxa de Permeabilidade; a ventilação e ilu-

lítica de estacionamentos públicos: “...Estímulo à construção de ga-

Afastamento mínimo das fachadas voltadas para logradouro públi-

minação, pelos afastamentos obrigatórios, e o limite do potencial

ragens, não computando as áreas destinadas às mesmas no cálcu-

co: af= (h – 5) / tg 60º - d, onde af = afastamento mínimo; h=altura

construtivo, pelo Coeficiente de Aproveitamento.

lo da área máxima de construção permitida para o lote.

da edificação; d=distância da divisa do lote até o meio fio oposto.

B.6.4) p.174. Será permitido o avanço sobre área pública contígua

25


O contexto do entorno 26


Nota:

A partir dos desenhos seguintes, será feita a análise do entorno do terreno do projeto. Importante ressaltar que essa análise será realizada com a posição da planta rotacionada em 90º anti-horário em relação ao que é apresentado no projeto, devido a uma melhor compreensão do que acontece ao redor do lote, pois é possível mostrar as ruas principais, e todos os edifícios importantes que acontecem em volta.

27


Uso e destinação do solo Quase que a totalidade do entorno atual do terreno é constituída por edifícios não residenciais. As projeções em cinza indicam projeto previsto para a área, de blocos de habitação multifamiliar (os retangulares mais alongados) e edifícios de uso coletivo, no entorno imediato do terreno (o uso coletivo, de acor-

Terreno

do com o PDL do Gama, corresponde às atividades com utilização prevista para grupo determinado de pessoas, como as de natureza cultural, esportiva, recreativa, educacional, social, religiosa e de saúde). Portanto, o que está em cinza ainda não existe atualmente, e não há previsão de construção segundo a administração, mas para fins de conhecimento do terreno e do uso do solo da área, o projeto está inserido neste mapa. Nos outros mapas prevalece o que existe. A área maior do mapa corresponde ao Hospital Regional do Gama,

Escala: 1/5000

Residencial

Comércio

Hospital/Saúde

Lazer/praça

Uso misto

Terminal Rodoviário

Institucional

Projeção de unidades residenciais. Não estão construídos.

que está inserido em uma faixa de terreno com a presença de edifícios comerciais e do terminal Rodoviário (em

mapa, um centro comercial, uma igreja na

praça arborizada com duas quadras de es-

marrom). No “quarteirão” onde fica o ter-

parte posterior, um Ponto de Encontro Co-

portes. A sudeste do terreno se encontra

reno existe, da esquerda para a direita do

munitário, uma Inspetoria de Saúde e uma

a parte residencial, que ocupa toda a área

28

posterior do mesmo.


Hierarquia Viária e acessos

N

A frente do terreno é servida por via coletora, e na lateral por outra coletora de menor fluxo. O terminal rodoviário fica a menos de 250m do terreno e existem outros pontos de ônibus próximos que não estão distantes mais do que

Avenida Comercial dos Pioneiros

400m. Como atualmente o terreno está

Avenida Centro Leste

vazio, os pedestres o utilizam para cortar caminhos, ir de uma ponta a outra, ir da rodoviária à escola, ou do hospital ao sentido das residências.

Avenida Centro Oeste

Via arterial

Pontos de ônibus

Via coletora

Acesso principal ao terreno

Via local

Fluxos de pedestres

25

50

100

150

200

Vista aérea dos caminhos marcados por pedestres (foto de 2016. Fonte: Google Earth)

Escala 1:5000

29


Visuais É possível perceber, através das fotografias tiradas, a generosa área do terreno, quase sem vegetação arbó-

12 PEC

rea. Existe iluminação pública, porém

11

Inspetoria de Saúde

ilumina mais a via do que o terreno

2 1

em si. Existem calçadas em toda a ex-

Igreja

9

tensão da área e a via principal é de

Escola

Quadras de esporte

Escola

Terreno 3 4

mão única, o que facilita o acesso de veículos. Os edifícios em altura, de-

10

pois da via principal ao terreno, são

Comércio

de uso hoteleiro e possuem aproxi-

5

8

7

6

madamente 30m de altura.

Comércio + Serviços Terminal Rodoviário

Área construída

Hospital

Vias

Calçadas 25

30

50

100

150

200


fotografias da รกrea

1

2

3

4

5

6 Fotos tiradas em 24/08/2017

31


fotografias da รกrea

5

7

10

8

11

6

9

12 Fotos tiradas em 24/08/2017

32


Análise Bioclimática L S N O

Frente Inverno: sol inclinado para o Norte

Fachada Frontal

L S N O

Frente Fachada lateral esquerda Verão: sol levemente inclinado para o Sul

- leve inclinação; - ventilação favorecida pelo baixo gabarito das unidades residenciais ao fundo; - fachada posterior e lateral direita são as que menos recebem sol, sendo que a lateral direita (sudoeste) é a fachada mais fria, recebe sol apenas no final da tarde, no ve-

Fachada Posterior

rão; - fachada posterior recebe sol apenas pela manhã, e a frontal é a mais desagradável: recebe sol o ano todo de tarde; - fachada lateral esquerda (nordeste) recebe sol pela manhã e no início da tarde. Logo, as fachadas que necessitam de proteção solar são a lateral esquerda e a frontal, que rebem maior incidência solar.

Fachada lateral direita

33


Diretrizes de Projeto FLEXIBILIDADE E MODULAÇÃO

(Estrutura modulada para possibilitar a flexibilização dos espaços)

Regularidade na modulação (1,20m, em razão das dimensões do leito hospitalar e às facilidades no planejamento dos ambientes destinados aos leitos)

Uniformização dos espaços e componentes construtivos

Planta livre

Paredes e divisórias não estruturais nos ambientes que permitirem

Agrupar áreas de complexidade de instalações de outras com menor complexidade

Sistemas pré-fabricados ou industrializados de construção

SUSTENTABILIDADE

(econômica, social e ecológica) ECONÔMICA: •

Utilização dos recursos naturais disponíveis (tecnologia existente, materiais de construção da região)

Utilização de materiais de construção duradouros e que necessite de pouca manutenção

SOCIAL:

Materiais de acabamento que transmitem aconchego, como a madeira

Uso da vegetação

Espaços para deambulação de parturientes como jardins, com iluminação natural

Conforto visual através das cores

ECOLÓGICA: •

Reaproveitamento das águas

Otimização da iluminação natural

Geração de energia elétrica pela captação da luz solar

CONFORTO TÉRMICO, ACÚSTICO E LUMINOSO A modulação de 1,20m. Seus múltiplos e submúltiplos

34

Orientação do edifício em relação ao sol

Ventos predominantes e massa de vegetação

Proteção nas fachadas com maior incidência solar

Iluminação natural

Materiais com absorção sonora nas áreas mais críticas


SEGURANÇA

(biossegurança, contra incêndio, contra violação)

BIOSSEGURANÇA: •

Previsão de área específica para armazenagem intermediária de resíduo hospitalar em cada unidade

Estabelecer local de armazenagem final dos resíduos fora do corpo do estabelecimento, onde aguardarão a coleta pública

Prever facilidade de acesso para veículos coletores dos resíduos

CONTRA INCÊNDIO: •

Limitação de altura (quanto menor o número de pavimentos, maior a facilidade de evacua-

ACESSIBILIDADE

(Do pedestre, do veículo, no interior do estabelecimento) DO PEDESTRE: •

Calçadas e caminhos sem obstáculos ao interior do edifício

Tratamento do piso

DO VEÍCULO: •

Estacionamentos para viaturas de serviços e de passageiro

NO ESTABELECIMENTO: •

Normas gerais de acessibilidade (NBR 9050)

ção) •

Materiais construtivos e de acabamento com alta resistência ao fogo (paredes, pisos, tetos corta-fogo)

Localização dos ambientes em decorrência da predominância dos ventos

Localização dos ambientes destinados aos hospitalizados de estado grave no ambiente térreo

Acesso de veículos do Corpo de Bombeiros que permita alcançar pelo menos duas fachadas opostas

CONTRA VIOLAÇÃO: •

Configuração de ambientes restritos para o bebê (berçário, UTI neonatal)

35


Programa de necessidades 36


UNI 20

240

HF; HQ; FO; IS

5 9 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

24 5,4 320 6 7,2 12 3,2 12 12 9 4 6 12 12 16

120 48,6 320 6 7,2 12 3,2 12 12 9 4 6 12 12 16

HF; HQ; FO; IS HF; HQ; IS

2

20

40

4

25

100

HF; HQ FO; FN; FAM; EE;

2,20m² por sala de

3

Posto de Enfermagem Sala de serviços

1 1

parto cirúrgico 6 7,2

Área para recuperação pós-anestésica

1

30

HF; EE HF; EE HF; HQ HF

HF HF HF HF

FV C; AC

6,6

HF

6 7,2

HF; EE HF; EE HF; FO; FAM; EE;

30

Sala de cuidados ao Recém - nascido - R.N.

1

9

9

Depósito de materiais Sala de utilidades ÁREA TOTAL CENTRO OBSTÉTRICO

1 1

9 18

9 18 1065,8

1

12

12

Vestiário de acesso dos funcionários

2

16

32

Área para controle de visitas Sala de estar para visitantes

1

12

12

1

30

30

Sala de reuniões com familiares Posto de enfermagem/prescrição médica Área de serviços de enfermagem

1 5 5

20 5 9

20 25 45

Área de cuidados e higienização

3

4

12

Un. de Cuidados Intermediários (UCIN)

1

160

160

Un. de Tratamento Intensivo (UTI neonatal)

1

220

200

Sala para coleta de leite Sala de utilidades Quarto plantonista Rouparia Sala administrativa Copa + Estar funcionários

1 1 1 1 1 1

25 12 25 12 25 30

25 12 25 12 25 30

RECEPÇÃO

HF HF; HQ HF HF; HQ HF; HQ

CENTRO OBSTÉTRICO INTERNAÇÃO OBSTÉTRICA

Instalações

12

Área para antissepsia cirúrgica das mãos e antebraços

Área para registro de entrada e saída de pacientes

UNIDADE NEONATAL

Área total (m²) 130 8 32 80 18 8 276

FV C; AC HF; HQ; FO;

BANCO DE LEITE

Sala de parto cirúrgico / curetagem

Área unitária (m²) 2m² por pessoa 4 32 20 18 8

Ambientes Área de recepção de parturiente Sanitários para funcionários Sanitário e feminino Depósito masculino de equipamentos e materiais Sala de exame e de admissão de parturientes Depósito de materiais Consultório c/WC comum Depósito demédico materiais de limpeza Sala atendimento ginecológico ÁREAde TOTAL UNIDADE NEONATAL c/ WC Banheiro c/ vestiário p/ parturiente ir ao PPP Quarto para alojamento conjunto (mãe e bebê) ÁREA TOTAL RECEPÇÃO Área de parto natural: Banheiro comum a 2 quartos Quarto PPP (pré-parto, parto e pós-parto) sem banheira Quarto de isolamento da mãe com banheiro e anteQuarto câmara PPP com banheira Banheiro do quarto PPP Posto de enfermagem Área para deambulação Posto enfermagem Sala dedeserviços Sala de serviços para coleta de leite Sala de utilidades para psicólogo Banheiro acompanhantes Sala para para pediatria Sala administrativa de utilidades Rouparia Área para controle de entrada e saída de pacientes, Depósito de equipamentos acompanhantes e visitantese materiais Depósito de materiais de limpeza Quarto para plantonista/repouso Sala de expurgo Sanitário com vestiário para funcionários Copa Depósito de equipamentos e materiais Estar parade funcionários Depósito material de limpeza Sala para familiares e acompanhantes com WC Rouparia Área de parto cirúrgico: Solário Banheiros com vestiários para funcionários ÁREA TOTAL INTERNAÇÃO OBSTÉTRICA Área para recepção e registro de doadoras, com Sala de parto cirúrgico / curetagem banheiro Sala de preparo da doadora Área para antissepsia cirúrgica das mãos e antebraços Sala para coleta c/ vestiário de barreira Posto de Enfermagem Sala administrativa para palestras/educação sobre aleitamento Sala de serviços materno Área para recuperação pós-anestésica Sala para processamento, estocagem e distribuição de

HF; HQ

leite Sala de cuidados ao Recém - nascido - R.N. Laboratório de controle de qualidade Depósito materiais Sala para de lactentes acompanhantes Sala de utilidades Sanitário com vestiários (masc. e fem.) ÁREA TOTAL CENTRO de OBSTÉTRICO Depósito de material limpeza Copa / Estar funcionários Área registro deDE entrada ÁREApara TOTAL BANCO LEITE e saída de pacientes

HF; HQ

Vestiário acesso dos funcionários Recepção,de descontaminação, separação e lavagem de

FAM; EE; FVC

HF; EE HF; EE HF; HQ; FVC; FAM; EE HF;HQ;FVC; FAM; EE;FO HF; FO; FAM; AC; EE; FVC; ED; EE HF HF; HQ

UNIDADE NEONATAL CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO

banheira Quarto PPP com banheira Banheiro do quarto PPP Área para deambulação Posto de enfermagem Sala de serviços Sala de utilidades Banheiro para acompanhantes Sala administrativa Rouparia Depósito de equipamentos e materiais Depósito de materiais de limpeza Sala de expurgo Copa Estar para funcionários Sala para familiares e acompanhantes com WC Área de parto cirúrgico: Banheiros com vestiários para funcionários

Quantidade 1 2 1 4 1 1

HF

ÍSTICO

RECEPÇÃO CENTRO OBSTÉTRICO

Ambientes Área de recepção de parturiente Sanitário masculino e feminino Sala de exame e de admissão de parturientes Consultório médico c/WC comum Sala de atendimento ginecológico c/ WC Banheiro c/ vestiário p/ parturiente ir ao PPP ÁREA TOTAL RECEPÇÃO Área de parto natural: Quarto PPP (pré-parto, parto e pós-parto) sem

materiais Área para controle de visitas Sala de estar para visitantes Recepção de roupas limpas

Sala de reuniões com familiares Sala para preparo de materiais e roupas limpas Posto de enfermagem/prescrição médica Área de esterilização serviços de enfermagem Sala de Armazenamento Área de cuidadoseeDistribuição higienizaçãode materiais e roupas esterilizadas Sanitário com vestiário (barreira)(UCIN) Un. de Cuidados Intermediários Depósito de material de limpeza Sala administrativa Un. de Tratamento Intensivo (UTI neonatal) ÁREA TOTAL CME Almoxarifado: Sala para coleta de leite Recepção e pesagem Sala de utilidades Secretaria Quarto plantonista WC para funcionários Rouparia Depósito Geral Sala administrativa Guarda de inflamáveis Copa + Estar funcionários ÁREA TOTAL ALMOXARIFADO

Quantidade 1 2 2 1 1 4 1 1 1 48 (2 leitos por

Área unitária (m²) 2m² por6pessoa 4 35 32 20 20 8 18 8 20

Área total (m²) 130 12 8 35 32 20 80 8 18 752 8 960 276

Instalações HF HF HF; HQ HF HF; HQ HF; HQ HF; HQ

24 12 20 (1 leito por 5 quarto) 9 3 (1 a cada 30 1 leitos) 1 3 1 2 1 2 1 2 1 2 1 4 1 1 2 1 4 1 2 1 2 1 2 1 2

5,4 20 20 24 5,4 6 320 6 7,2 7,2 24 12 16 3,2 14 12 12 16 9 4 24 6 16 12 16 12 8 16 65 20

129,6 240 400 120 48,6 18 320 6 21,6 7,2 48 12 32 3,2 28 12 24 12 64 9 4 48 6 64 12 32 12 16 16 32 65 40 1982,2

HF; HQ HF; HQ; FO; IS HF; HQ HF; HQ; FO; IS HF; HQ; IS HF; EE

4 1

25 60

100 60

1 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1

2,20m² por 12 sala de parto cirúrgico 40 6 26 7,2 50 30 42 9 54 9 26 18 22 9 16 12

12 6,6 40 6 26 7,2 50 30 42 9 54 9 26 18 44 1065,8 9 16 12 379

2 1 1

16 42 12

32 42 12

1 1 1 1 5 5 1

30 12 20 58 5 9 34

30 12 20 58 25 45 34

3 1

4 48

12 48

2 1 1 1 1

11 160 6 10 220

22 160 6 10 200 232

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

25 18 12 9 25 8 12 100 25 20 30

25 18 12 9 25 8 12 100 25 20 30 155

quarto)

HF; EE HF; HFEE HF; HQ HFHQ HF; HF; HQ

HF HFHQ HF; HF HF HF HF; HQ FO; FN; FAM; EE; FV C; AC HF HF HF HF; EE HF; EE HF; FO; FAM; EE; FV C; AC HF; ED; EE; ADE HF; HQ; FO; FAM; HF;EE; EDFVC HF; HF; HQ HF HF HF HF; HQ HF; HQ; E; ADE

HF; E HF; EE HF; HF;EE E HF; HQ; FVC; ACEE FAM; HF;HQ;FVC; HF; HQ FAM; EE;FO HF HF; FO; FAM; AC; EE; FVC; ED; EE HF HF; HQ

HF

37


APOIO TÉCNICO E LOGÍSTICO

Serviços Gerais e Manutenção: Sub - estação Grupo gerador Saça para o conjunto No Break Sala para baterias Secretaria Vestiário feminino e masculino Área para serviços de manutenção geral ÁREA TOTAL SERVIÇOS GERAIS E MANUTENÇÃO Área para empresa de vigilância: Chefia com WC Vestiário feminino e masculino Estar dos vigilantes Copa Secretaria ÁREA TOTAL DA EMPRESA DE VIGILÂNCIA Câmara de lixo: Ante-câmara Casa de compressores Câmara de lixo ÁREA TOTAL CÂMARA DE LIXO Área de circulação vertical ÁREA TOTAL ÁREA TOTAL + CIRCULAÇÃO

com a média de 30 partos por dia, haverá 30 puérperas em recuperação, que podem ficar até 3 dias 1 1 1 1 1 2 1

24 24 18 12 9 8 60

24 24 18 12 9 16 60 163

1 2 1 1 1

12 9 12 8 9

12 18 12 8 9 59

1 1 1

9 4 30

9 4 30 43

120

600

5 (uma por andar)

5707 7419,1

Para o programa de necessidades, foram utilizadas as referências projetuais pesquisadas, além do conhecimento obtido através de visita ao centro obstétrico e internação obstétrica do Hospital Universitário de Brasília e Hospital Regional do Gama. Também foram principalmente utilizadas as Resoluções RDC 50 - 2002 e RDC nº 36 - 2008,

no leito. Então, foi adotado o número de 90 leitos para atender a média de mais 60 puérperas dos dois dias seguintes.

Observação: o número atual de leitos obstétricos no Hospital Regional do Gama é de 30 leitos normais, e 12 leitos de isolamento.

LEGENDA HF = Água fria

AC = Ar condicionado (1)

HQ = Água quente

EE = Elétrica de emergência (2)

FV = Vapor

ED = Elétrica diferenciada (3)

FO = Oxigênio (5)

E = Exaustão (4)

FN = Óxido nitroso

IS = Sinalização de enfermagem

FV C = Vácuo clínico (5)

ADE = A depender dos equipamentos utiliza-

FA M = Ar comprimido medicinal (5)

dos

da Vigilância Sanitária, que estabelecem as normas e espaços com suas dimensões mínimas para estabelecimentos assistenciais de saúde. Porém no programa a maioria dos ambientes está com área maior do que a mínima proposta pela norma, para questão de conforto do usuário e funcionários. Algumas áreas de apoio como depósito de material e limpeza, rouparia, depósito de equipamentos e de materiais, permanecem com as áreas mínimas.

(1) Refere-se à climatização destinada à ambientes que requerem controle na qualidade do ar. (2) Refere-se à necessidade de o ambiente ser provido de sistema elétrico de emergência. (3) Refere-se à necessidade de o ambiente ser provido de sistema elétrico diferenciado dos demais, na dependência do equipamento instalado. Exemplo: sistema com tensão diferenciada, aterramen-

O número total de leitos adotado é de 116, sendo 96 leitos para internação obstétrica de mães saudáveis e 20 leitos para isolamento. Como o Hospital Regional do Gama tem uma média de partos atual de 900 por mês, e 30 por dia, e levando em consideração que a puérpera leva de 1 a 3 dias para voltar para casa, foi realizado um cálculo em que 1 leito fique ocupado por 3 dias, com o objetivo de atender a demanda. Assim,

38

to, etc. (4) É dispensável quando existir sistema de ar recirculado. (5) Canalizado ou portátil. Observação: uma área de circulação de 40% foi adicionada à área total do programa, totalizando 7.419,10m².


39


O Projeto 40


41


42

Situação


Implantação 43


ACESSO VEÍCULOS

Câmara de Lixo

CALÇADA PÚBLICA

Casa de Ante-câ- compresmara sores

RAMPA

JARDIM sobe

Vest. Fem.

Estar de vigilantes

CIRCULAÇÃO RESTRITA FUNCIONÁRIOS Depósito de Materiais

Sala de Utilidades

Sala de Serviços

Copa

PPP 1

Estar médicos

PPP 3

W.C.

PPP 5

W.C.

Sala de Serviços

PPP 7

Sala recém nascido - R.N. Vest. Masc

.

Vest. Masc.

Sala de Utilidades

Copa

W.C. PPP 9 Secretaria

Chefia

Depós. Materiais

Vest. Fem. Posto de Enfermagem - P.E. Acesso ao Centro Cirúrgico e Obstétrico

Sub-estação

Sala de Recuperação Sala de cirurgia 04

Sala de cirurgia 03

Sala de cirurgia 02

Sala de cirurgia 01

Rouparia

PPP 2

PPP 4 W.C.

WC acompanhantes

P.E.

PPP 8

PPP 6 W.C.

Expurgo

Vest. Fem.

PPP 11

W.C.

Consultório 03

Consultório 02

PPP 13

Consultório 01

S

W.C. Gestante

Ginecologia

Sala de Espera Familiares

PPP 15

Pátio aberto

Armazenamento e Distribuição

Triagem

ACESSO PEDESTRES

W.C. Fem.

W.C.

PPP 14

W.C.

W.C. Masc. PPP 17 Sala adminisVest. trativa

Recepção Maternidade

Vest. Acesso à Central de Material e Esterilização

D.M.L.

W.C.

PPP 16

Grupo gerador

Recepção e Lavagem

Montacarga

Pátio/Guarda de macas

Sala para conj. NO BREAK

Recepção e Pesagem

Secretaria

Rouparia

Preparo

D.M.L.

44

Esterilização

Vest. Masc.

PPP 12

JARDIM PARA DEAMBULAÇÃO

Sala administrativa

Serviços de manutenção geral

Sala para baterias

W.C.

W.C.

Planta Térreo - nível 0,00m

W.C.

CALÇADA PÚBLICA

Consultório 04

Secretaria

PPP 10

CIRCULAÇÃO RESTRITA FUNCIONÁRIOS

W.C.

D.M.L.

WC

Guarda de inflamáveis

Depósito Geral


Os ambientes - térreo

Recepção: O projeto valoriza uma recepção generosa,

Centro Obstétrico: com fácil acesso, se divide em sa-

Central de Material e Esterilização – CME: a CME é

que propicia o fluxo direto de pacientes em casos de emergên-

las de parto normal e parto cirúrgico. Todo o centro obstétrico

área responsável pela limpeza e processamento dos materiais

cia. A entrada é servida de uma laje em balanço com um avanço

tem em seu contorno externo à edificação uma área de circula-

hospitalares. É na CME que se realiza o controle, o preparo, a

de 2,10m , e a linha do balanço é seguida pela cobertura curva

ção restrita a médicos e funcionários, com vedação em elemen-

esterilização e a distribuição dos materiais a serem utilizados

que abriga veículos e pacientes no embarque e desembarque

tos vazados, o que garante a ventilação e iluminação naturais.

em diversos procedimentos hospitalares (CARVALHO, 2004).

do edifício. No mesmo ambiente da recepção pode-se levar as

Assim, todos os quartos de parto natural, chamados PPP (pré

Para garantir a segurança e a não contaminação por instru-

pacientes à sala de triagem, onde será observado qual o grau de

-parto, parto e pós-parto) têm aberturas que recebem ilumina-

mentos com resíduos hospitalares, a entrada dos materiais “su-

urgência, e posteriormente levada a um dos consultórios para

ção e ventilação diretas e naturais. Isso é possível através de,

jos” é única e separada do local aonde são liberados os mate-

ser avaliada pelo médico. Desse ambiente onde se encontram

não apenas a circulação externa do edifício, mas também a um

riais esterilizados. O local é dividido em área suja e área limpa,

os consultórios, a paciente juntamente com o acompanhante

pátio interno aberto com função de deambulação das pacien-

ou esterilizada.

será conduzida à sala de cirurgia ou à sala de parto.

tes, ou seja, um jardim onde as parturientes podem caminhar

O centro cirúrgico se localiza o mais próximo possível

como parte do trabalho de parto. Duas das paredes que confor-

da admissão das pacientes, pois é um ambiente que necessita

mam esse pátio receberam revestimento de azulejos do artista

ter ligação direta para casos de emergência. Do mesmo modo,

Alexandre Mancini, discípulo de Athos Bulcão. Os azulejos para

a Central de Material e Esterilizção – CME – está localizada no

essa área são em tons leves de azul e verde, cores que trazem

térreo, próxima ao centro cirúrgico e obstétrico, eliminando as-

calma e tranquilidade.

sim as longas distâncias a serem percorridas.

45


Corte Longitudinal 1

46


Corte Longitudinal 2

47


Corte Transversal 1

48


Corte Transversal 2

49


Total geral de vagas públicas: 171 Vagas cadeirante: mínimo 2% segundo Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Vagas reservadas para cadeirantes: 6, distribuídas entre térreo e subsolo. Vagas idoso: mínimo 5% segundo Lei nº 10.741, de 1 de outubro de 2003. Vagas reservadas para idosos: 11, distribuídas entre térreo e subsolo.

Optou-se por manter um estacionamento privativo, próprio para funcionários do hospital, com entrada privativa. Assim, aumenta-se a segurança em relação ao acesso das unidades por pessoas não autorizadas. Total de vagas privativas: 61, apenas no subsolo.

Subsolo - nível -3,60m

50


Laboratório

Barreira

Processamento

W.C. Masc.

Copa / Estar Funcionários

Estocagem e distribuição

Vest. Fem.

W.C. Fem.

Utilidades

Serviços

UCIN Canguru

Hall de acesso

Vest. Masc.

U.C.I.N. convencional 10 leitos

Controle visitação

D.M.L.

Rouparia

Espera Visitantes Copa / Estar funcionários

Sala de serviços

D.M.L.

Sala para reunião com Familiares

Sala administrativa

Coleta de Leite

Plantonistas

Depósito de Equipamentos

Depósito de materiais

U.C.I.N. convencional 10 leitos

Jardim

Coleta Sala de serviços

UTI 9 leitos Sala administrativa W.C.

Vest.

Preparo

Sala para lactentes acompanhantes

Consultório

UTI 10 leitos

W.C.

Sala de serviços Sala para Palestra / Educação

Jardim

Arquivo

Vest.

Sala de serviços

Recepção Banco de Leite

Acesso ao jardim

Acesso ao jardim

Vest.

Controle Entrada / Saída pacientes

Planta 1º andar - nível +3,60m

51


Sala de utilidades Enf. 26

Enf. 25

Enf. 24

Enf. 23

Enf. 21

Enf. 19

Enf. 17

Enf. 15

Enf. 13

Enf. 11

Enf. 09

Enf. 07

Enf. 06

Enf. 05 Isol. 08

Isol. 07

Rouparia

Serviços

Isol. 06

Enf. 22

Jardim

Assistência Social

Posto de Enfermagem

Enf. 20

Enf. 18

Enf. 16

Enf. 14

Enf. 12

Enf. 10

Enf. 08

Sala de Serviços

Posto de Enfermagem

Guarda de materiais

Isol. 05

Coleta de leite

Enf. 04

Sala psicólogo

Repouso Plantonista

Enf. 03

Vest.

Solário

Acesso ao jardim

Acesso ao jardim

Controle Entrada / Saída de pacientes

Planta 2º andar - nível +7,20m

52

Isol. 03

Isol. 02

Isol. 01

Enf. 01

D.M.L.

Controle Entrada / Saída de pacientes

Isol. 04

Enf. 02

Jardim

Vest.

Projeção laje

Sala pediatria

Depósito


Sala de utilidades Enf. 48

Enf. 47

Enf. 46

Enf. 45

Enf. 43

Enf. 41

Enf. 39

Enf. 37

Enf. 35

Enf. 33

Enf. 31

Enf. 29

Enf. 28

Enf. 27 Isol. 20

Isol. 19

Posto de Enfermagem

Rouparia Estar Guarda de materiais

Enf. 44

Enf. 42

Enf. 40

Enf. 38

Enf. 36

Enf. 34

Enf. 32

Enf. 30

Isol. 18

Sala de Serviços

Assistência Social

Jardim

Isol. 17

Sala pediatria

Coleta de leite

Isol. 16

Sala psicólogo

Repouso Plantonista

Isol. 14

Vest.

Isol. 15

Isol. 13

Jardim

Isol. 12

Vest.

Isol. 11

Isol. 09

Isol. 10

Acesso ao jardim

Controle Entrada/Saída de pacientes

Acesso ao jardim

D.M.L.

Depósito

Controle Entrada/Saída de pacientes

Planta 3º andar - nível +10,80m

53


Cobertura - nĂ­vel +14,40m

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Síntese - Zoneamento 3º andar - nível +10,80m

2º andar - nível +7,20m

1º andar - nível +3,60m

Internação obstétrica - 116 leitos Apoio técnico e administrativo da internação obstétrica UTI e UCIN neonatal

Térreo - nível 0,00m

Banco de Leite Recepção Centro Obstétrico Central de Material Esterilizado Apoio técnico e logístico do hospital

Subsolo - nível -3,60m

Circulação vertical

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Fachada Frontal

56


Fachada lateral direita

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Perspectiva frontal - lateral direita

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Cobertura metรกlica para embarque e desembarque de pacientes e visitantes

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Recepção - Vista da entrada

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Recepção - vista 2. Existe forro porÊm sem retirar o desenho da estrutura

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Jardim interno para deambulação das pacientes

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Jardim interno - azulejos de Alexandre Mancini

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Jardim interno para deambulação das pacientes

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Corte perspectivado da recepção/subsolo/circulação vertical

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A estrutura

A estrutura tanto do edifício que se ergue quando do subsolo é formada por uma laje nervu-

completam a grelha.

rada com pilares duplos a cada 7,20m de eixo. Os

As vigas que se cruzam no pilar possuem abertura central que permite a passagem

pilares se conformam em dois de 20x60 com um

de instalações entre as próprias vigas, posto que são vigas duplas, cada uma apoiada em

espaço de 20cm entre eles para passagem de ins-

um pilar.

talações, assim, cada conjunto de pilar ocupa um

O pano de laje que completa o conjunto da grelha possui 10cm de espessura e

espaço de 60x60cm. Se apoiando em cada pilar,

também tem uma abertura no centro de cada pilar para que as instalações passem por

as vigas principais têm 80cm de altura por 20cm

todos os andares.

Detalhe Balanço - Vedação

66

de espessura, e entre elas vigotas a cada 1,20m de 40cm de altura em sentido cruzado

Estrutura do edifício


O conjunto de laje nervurada em comparação com a maciça tradicional torna a estrutura mais leve, o que não requer grandes quantidades de pilares, proporcionando maior espaço interno e área de circulação. Tal arranjo em um hospital é fundamental para que se garanta a flexibidade tanto das instalações quanto do layout dos ambientes, pois um estabelecimento assistencial de saúde está constantemente mudando segundo as novas tecnologias e pesquisas da área

Planta baixa do módulo estrutural

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Corte laje do jardim

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Pilares duplos espaรงados de 7,20 em 7,20m, de eixo

Vigas duplas apoiadas em cada pilar

Vigotas secundรกrias, de 1,20 em 1,20m, de eixo

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Frente

Trรกs

Lateral direita

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72


HO S P I TA L M ATER N IDADE DO GAM A Po r : Va nes s a A nd r a d e

73


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BIBLIOGRAFIA

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BITENCOURT, Fabio. Arquitetura Ambiente de Nascer: reflexões e recomendações projetuais de arquitetura e conforto ambiental. RJ: Rio Book’s 1º edição

FERRER, Mario. Manual da Arquitetura das Internações Hospitalares. RJ: Rio Book’s 1º edição

BRASIL. Secretaria de Políticas de Saúde. Área Técnica de Saúde da Mulher. Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada à mulher. Brasília, 2001. 199 p.

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MOTT, Maria Lúcia; Assistência ao Parto: do domicílio ao Hospital (1830-1960)

TOLEDO, Luiz C. Feitos para curar: arquitetura hospitalar e processo projetual no Brasil. RJ: ABDEH, 2006. 119p. FREITAS, Fernando ... [et al.]. Rotinas em Obstetrícia. – 5.ed. – Porto Alegre: Artmed, 2006. 680 p.

RICCI, Susan Scott. Enfermagem materno-neonatal e saúde sa mulher; tradução de Maria de Fátima Azevedo. RJ: Guanabara Koogan, 2008.

The Cambrigde illustrated history of medicine / edited by Roy Porter. Cambridge: Cambridge University Press, 1996.

75



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