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merci Dos anos 60 aos 2000: Peças que marcaram gerações de uma mesma família.




Revista

merci 2014

Profiss達o nova no mercado.

Ele escreve para elas. (E faz muito bem!)

A moda dos anos 60 aos 2000.

Esfoliar faz bem!



Sumรกrio



QUEM sabe "faz impresso" Tomar a decisão de produzir uma revista, não é fácil. É preciso muita entrega, foco e determinação para que tudo saia perfeito, e quando dizemos tudo, é tudo mesmo. Das primeiras matérias às fotos, passando por diagramação, escolha de cores e fontes, até chegar na impressão. A Merci hoje é a concretização de um sonho que sonhamos juntas. Há nosso dedo e olhar em cada vírgula, borda e centímetro desse projeto. O sufoco que passamos para que tudo ficasse milimetricamente como imaginamos, você não vê nas páginas adiante, mas, o reconhecimento por cada gota de suor valeu a pena. É o bom e velho “a gente sofre, mas se diverte!”. Ainda bem! E não foi diferente para cada “amigo da Merci” que sofreu junto conosco, tardes de “faça chuva ou faça sol”, para produzirmos editoriais incríveis, com olhar apurado, o melhor do melhor, para vocês. Foram meses de trabalho intenso e resultado espetacular. Somos suspeitas para falar, mas, vale a pena “abrir os olhos” e deixar que as páginas a seguir os levem ... Tudo com o olhar nada óbvio, do que jeito que a MERCI ama.



TOP 10 Músicas Mulher é bicho esquisito Todo o mês sangra Um sexto sentido Maior que a razão Rita Lee sabia o que estava falando quando escreveu Cor de Rosa Choque. A música descreve muito bem nós mulheres. E em nossa homenagem, pedimos ao amigo Augusto Lima, um admirador de belas canções, que fizesse uma listinha de músicas que falam sobre elas. Confere aí: 1- Mulher – Chico Buarque & Enio Morricone 2- Mulher Brasileira – Benito de Paula 3- Rosa – Pixiguinha 4- Angélica – Chico Buarque 5- Cor de Rosa Choque – Rita Lee 6- Gosto de tudo nas mulheres – Erasmo Carlos 7- A mulher em mim – Roberta Miranda 8- Bete Balanço – Barão Vermelho 9- Carolina – Seu Jorge 10- Dora - Dorival Caymmi

Playlist para Ipod Música. Música para dormir, para malhar, para lembrar daquele amor que ficou para trás, para recordar momentos bons. Música que marca, que grita nosso nome, que nos faz decorar cada palavra e nunca mais esquecer. Música que chama, que clama, que diz. E se houver alguém nesse mundo que não gosta disso, ah, deixa pra lá. Não tem preconceitos, nem preceitos, nem conceitos, o importante é ter no seu ipod, música para todos os gostos. E, aperte o play! Taylor Swift – Shake it off Taylor Swift – Blank Space Nickelback – Far Way Magic – Rude Henrique e Juliano – Separa, namora John Legend – All of me Guilherme e Santiago – Jogado na rua Jorge e Matheus – Calma José Augusto – Chuvas de verão Bruno Mars – Marry you Ivete Sangalo – Amor que não sai Jorge Vercillo – Sensível demais Marco e Mário – Quem é ela Fifth Harmony – Better together Nando Reis – Luz dos Olhos Batifun – Abana Dilsinho – Já que você não me quer mais Shania Twain – From this moment on


TOP 10-Filmes 1. Antes que termine o dia

2. Um amor para recordar

3. A procura da felicidade

4. P.S. Eu te amo

5. Closer

6. O amor pode dar certo 7. Quatro casamentos e um funeral

8. Titanic 9. Cidade dos Anjos

10. Diário de uma paixão

Para acompanhar: Pipoca Doce Ingredientes: 1 xícara de milho de pipoca 2 colheres de sopa de óleo vegetal 2 colheres de sopa de açúcar refinado 1 colher de chá de chocolate em pó Canela Modo de preparo: Pegue as duas colheres de açúcar, coloque em um copo e misture com o chocolate em pó. Misture bem até que fique homogêneo e reserve. Pegue uma panela com uns 25 cm de diâmetro e espalhe o óleo no fundo. Coloque um úníco grão de milho de pipoca e espere este pipocar. Depois que o primeiro grão estourar coloque o resto todo e, com uma colher de pau, mexa até que outro milho pipoque. Assim que o segundo milho pipocar despeje a mistura de açúcar com chocolate e continue misturando até que outro milho pipoque. Feche a panela. Se for uma pipoqueira, continue misturando. Se não sacuda a panela para cima e para baixo, segurando a tampa até que todos os milhos tenham estourado. Pipoca Salgada Temperada A receita da pipoca salgada é a tradicional mesmo, mas na hora de colocar de colocar o óleo, amassa meio caldo de galinha ou um pacotinho de tempero pronto na panela e joga o milho. Fica uma delícia, temperadinha!


TOP 10 Afinal, o que os parceiros podem fazer para deixar as suas mulheres felizes? Fizemos essa pergunta para diversas mulheres. Olha só o que elas responderam! (Fiquem de olho nas dicas rapazes!)

1- Assistir a novela tomando um bom vinho 2- Mandar flores sem ocasião especial (Manda no trabalho que a gente adora causar inveja branca nas amigas! Haha) 3- Não implicar com a saída das Luluzinhas (a gente só vai fofocar vai!) 4- Ir mais à praia 5- Arrancar um sorriso nosso com piadas bobas, elogios sinceros e olhares profundos 6- Por falar em elogios, eles são necessários até quando estamos despenteadas 7- Abraços de urso sempre que possível 8- Abdicar do futebol naqueles dias de TPM em que ficamos tão carentes 9- Chocolate (chocolate sem faz uma mulher feliz!) 10- Preparar o café-da-manhã de vez em quando



Luz na passarela, que lá vem eles.

As vitrines a pouco tempo estavam recheadas de botas pesadas, cores sóbrias e sapatos

BIRKENS: O nome lhe parece um pouco estranho, mas, tenho certeza que você conhece essa febre dos anos 90, que voltou agora como peça desejo. As rasteiras com pegada esportiva foram vistas nas passarelas de várias marcas influenciadoras como Céline, Prada e Isabel Marant. Por ter um ar mais despojado, as birkens podem e devem ser usadas em ocasiões menos informais, onde você puder abusar dos shorts, saias, vestidos, jeans e até alfaiatarias. Símbolos de conforto e estilo, fiquem de olho neste modelo que será o principal acessório durante toda a temporada de verão.

invernais. Porém, o time que chegou para a próxima estação, mostra que leveza é tudo.

Mules: Sem fugir do conforto, outra pedida menos despojada e mais moderna são os famosos mules. Clássico e elegante, a versão 2015 desse sucesso, desembarca cheia de grandes novidades. Com características de tamanco e scarpin, o calçado aparece com modelos repaginados, design moderno e salto ainda mais alto. Leves, confortáveis e modernos na medida certa, vão bem com shorts, saias, vestidos soltinhos e macacões. O modelo é extremamente versátil, mas, assim como tantas outras coisas, devemos tomar cuidado na hora de combinar. A dica é deixar o mule sempre em evidência e na hora de usá-los com calça, que seja com barra curta ou dobrada. Vale super a pena investir nesse calçado que promete estar entre os it-shoes da temporada.


A vez do chapéu! Floppy

Dentre os mil e uns acessórios que a moda nos oferece, o chapéu é um dos itens mais versáteis; em sua variedade de modelos, há sempre um que combina com nosso estilo e personalidade.

Hit dos anos 20, o chapéu se tornou um item de personalidade e classe para muitas mulheres, mas, mesmo assim, este acessório ainda não ganhou nossas ruas, talvez por receio de parecer diferente do “normal”. O chapéu é sim uma peça despojada, porém, vale lembrar que atualmente ele tem sido introduzido em looks mais formais e essa combinação tem dado muito certo. É visível a mudança que ele traz, deixando a produção muito mais estilosa, com um ar leve e descontraído. Os modelos são muitos e tem para todos os gostos. Desde o panamá, aquele mais conhecido com aba reta, ótimo para usar na praia, até o floppy, que tem abas grandes e passa um “clima” hippie-chic. Dá para perceber que o chapéu é um excelente aliado das mulheres? Além de proteger o rosto do sol, dar uma disfarçada se o cabelo estiver feio, ele nos deixa muito mais bonita, clássica e elegante. No verão ou no inverno, aposte em peças como essas, que fazem toda a diferença no visual.

Panamá


Soul

da Bahia

A cara da Bahia num blog de street style Vários estados já contam com blogs de street style que retratam o dia-a-dia da sua população. Salvador já tem o seu, e agora Feira de Santana entra pro rol. Mas não pensem que ele fica por aqui. O Soul da Bahia já visitou o Rio de Janeiro, e pretende bater ponto em vários outros lugares.

Helena Ribeiro, autora da página, conta pra gente como surgiu e até onde vai o Soul da Bahia. 1- O Soul da Bahia é um blog de street style correto? Como surgiu essa ideia? Sim, eu considero o Soul da Bahia um blog de Street style, no entanto, eu diria que ele está um pouco fora dos padrões convencionais do que se vê de street style na web. O foco do blog não está necessariamente em personagens insólitos, que fogem aos padrões e antenado nas tendências. Na realidade, o desenho traçado pelo street style do Soul está no sujeito que só pelo fato de transitar vestido com a sua própria identidade pelas ruas da cidade, já abre precedente para que faça parte do time de fotografados do diário eletrônico. Assim, da mesma maneira em que num post seja retratado alguém muito fashionista,


adornado com elementos de moda incomuns, em outra postagens é possível ver alguém que desfila o básico, um básico tão básico e corriqueiro que a própria pessoa fica surpresa ao ser um alvo nosso. 2- Qual o objetivo do blog e o seu objetivo com ele? Eu sempre digo que o objetivo principal do blog é fazer um registro da diversidade baiana e mais especificamente, da diversidade que é natural das ruas, de qualquer espaço urbano onde desfilam diferentes classes sociais, credos, biótipos, cor da pele e caminhos. Não é para documentar a moda de um determinado grupo da Bahia, mas sim para passear dia após dia por variados lugares, seja na capital ou no interior, mostrando que o que você veste tem a ver com a rotina que você tem, a história que te define, as ideias que você apoia e acredita. Quanto ao meu objetivo com o Soul da Bahia, de ordem prática, ele nasce como uma ramificação de pesquisa de Mestrado que faço sobre o blog de moda de rua carioca Rio Etc. Daí que eu comecei a refletir sobre como a moda de rua se daria no meu próprio espaço geográfico, no estado onde nasci, entre as pessoas que conheço ou que nunca havia visto, mas aconteceu de fazer umas fotos, enfim, eu queria entender e compartilhar um pouco da imagem de moda real da Bahia.


Desse modo, ele acabou sendo projetado a partir de tantas questões que se desvelam a cada postagem para a minha Tese de Doutorado, quando eu findar o Mestrado. E como a coisa tem tomado uma dimensão maior do que eu havia planejado a princípio, estou começando a trazer para dentro deste projeto digital alguns colaboradores para somar, já que não tenho tempo hábil para me dedicar integralmente ao blog, por conta das horas de estudos com as pesquisas acadêmicas. Ainda assim, todo o texto e edição do blog continuará sendo de minha autoria até que venham a surgir seções que demandem a entrada de outros redatores-colaboradores. 3- Acho engraçado que você sempre está fotografando dentro da UEFS... Algumas meninas de determinados cursos me surpreendem. Se não me engano seu último post foi com uma mocinha de engenharia. Ela exala feminilidade e deve viver num meio tão masculino... Acho que o cabelo, as mechas... Você acha que ainda existe muito isso de as pessoas caracterizarem outras de acordo com seu curso, profissão? A quantidade de fotografias dentro da UEFS surge pela quantidade de horas em que passo dentro da Universidade em razão da pesquisa. Eu percebi que se eu esperasse o dia em que eu pudesse ter tempo de sair e explorar Feira de Santana e outras cidades, o blog ainda estaria como um projeto no papel. Fotografar na UEFS tem sido uma experiência feliz. A universalidade de gêneros é absurda, as pessoas são peculiares e diversificadas nas áreas de atuação que escolheram atuar. A nossa personagem estudante de Engenharia Civil, Marya Fernandes, foi um achado desse olhar coolhunter necessário para captar nossos personagens para o blog. Talvez o Soul da Bahia e outros blogs de moda de rua comecem a dissolver a ideia por meio das fotografias e postagens de que Médica tem que ter cara e atitude de uma Médica tradicional ou ainda que para ser Engenheira não pode ter estilo e ser naturalmente linda. Eu acredito que os estereótipos tendem a se quebrar daqui pra frente com tantas informação de moda e imagem pessoal na internet ao alcance de tantas e tantas pessoas. 4- As pessoas aceitam tirar fotos numa boa? A galera tá perdendo a vergonha de “se aparecer”? Lembro de quando eu tinha blog, pra tirar foto das pessoas era um sufoco... Se eu te falar que alguém já se recusou em fazer fotos vou estar mentindo. Em setembro fui à Salvador, no bairro do Rio Vermelho onde estava acontecendo o Festival da Primavera. Uma festa na rua, organizada pela prefeitura da capital. Com a máquina na mão, comecei a observar pessoas que renderiam fotos legais para o blog, observando a maneira como estavam vestidas, procurando deixar a seleção de fotografados bem mista e todas as 17 pessoas fotografadas, eu nunca havia visto na vida. Eu não conhecia ninguém. Eu abordava com gentileza, explicava um pouco sobre o projeto e prontamente elas se deixavam fotografar e ainda me cediam o uso de suas imagens através de um documento que estou sempre em punho. Com tantas redes sociais que atuam como disseminador das nossas próprias imagens, eu creio que as pessoas perderam o receio de fotografar e de serem fotografadas.


5- Vi que você passou alguns dias no Rio. Fazendo uma comparação, que diferença mais peculiar você no estilo do baiano e do carioca? Apesar de serem dois estados reconhecidos pela suas belezas naturais e visuais coloridos e solares, o carioca ao meu ver parece estar pronto para ir à praia de segunda à segunda. Com roupas leves e muito biquíni é como se a cidade estivesse todo o tempo respirando o mar, a areia, o sol se levantando e se pondo, exercícios físicos, enfim, até quem está com roupa de trabalho, comenta o quanto gostaria de estar na praia. Na Bahia, eu sinto que as pessoas se vestem de acordo com o local por onde vão transitar, seja no trabalho, estudos, a preocupação é estar preparado e confortável para o local de destino de quando ele saiu de casa. Eu creio que os nossos biquínis estão sempre fáceis na gaveta, mas eles passeiam muitos mais nos finais de semana. 6- E quais as semelhanças que conseguiu identificar? Eu creio que os dois estados dialogam no quesito ‘vaidade’. Eu vejo a Bahia como um estado de pessoas preocupadas com a maneira que se vestem, não digo dentro dos parâmetros do calendário da moda, digo no esmero em estar com acessórios no look, roupas justas, barriga de fora, cabelos bem arrumados, enfim, além da semelhança estética com a maneira que se adornam, uma outra semelhança é a paixão sem igual pelo próprio estado e pertença. 7- O blog é resultado de sua pesquisa de mestrado ok? Quando acabar o mestrado, o que acontece com o Soul da Bahia? O Soul da Bahia nasce na minha pesquisa de mestrado, mas de forma alguma chega ao fim com ela. Ele já se tornou parte das minhas convicções e da minha estrada como pesquisadora que se prolongará no Doutorado e atua mais do que como um observatório de comportamento. O Soul da Bahia é um modo que encontrei de explorar a Moda como algo que perpassa por todas as esferas sociais: política, econômica, educacional, religiosa, nas áreas de entretenimento, arte, enfim, eu encaro a moda como um fato social total, logo, particularizar o estilo de tantas pessoas a cada dia renova o meu olhar e desperta também o olhar de outras pessoas que a ele tem acesso. Muitos personagens que aparecem ali se sentem valorizados, resgatam sua autoestima, tornam-se gratos por terem sido escolhidos, essa parte é uma troca única e gratificante do trabalho. Ele não vai acabar, mas sim se renovar diariamente para contar um pouco da história visual da moda plural e democrática que desfila na Bahia. De uma pesquisa para o Mestrado da universidade às ruas das cidades, o blog vale o clique diário de quem tem fome de estilo. E pra quem ficou curioso em conhecer um pouquinho mais do Soul da Bahia, acessa o blog aí: souldabahia.blogspot. com.br


De volta aos emails Tirando os emails de trabalho, você já parou para pensar a última vez que mandou um correio eletrônico (??) para alguém querido, para um parente que mora distante, ou até mesmo para o namorado ou namorada? Em terra de Whatsapp e mensagens de Facebook, até as ligações se tornaram raras. Roubaram meu celular e durante algum tempo o único meio de comunicação via internet que eu que tinha acesso era o email. Fazia tempo que não lembrava o quão gostosa era a sensação de escrever um texto gigante, com detalhes do meu dia. E esse recurso, ultrapassado para alguns, estendeu-se para todos os segmentos da minha vida. A comunicação com meus chefes do trabalho (bye bye grupo no Whatsapp), com meus colegas da faculdade, com professores, família, namorado, enfim, voltou a ser através do email (com certa demora nos retornos, mas era o recurso que eu tinha no momento).

O correio eletrônico é mais antigo que a internet, e foi uma ferramenta crucial para criá-la. E para quem não sabe, email significa electronic mail — ou seja, correio eletrônico. Normalmente os endereços vêm com uma “@” (arroba) logo depois do nome do usuário. Em inglês, essa arroba é lida como “at”, que significa o termo “em”. Isso significa que o usuário está “em” um determinado domínio.

Segundo o presidente e cofundador do Whatsapp, Jan Koum, o aplicativo de mensagens instantâneas passou dos 600 milhões de usuários ativos até agosto desse ano. Até o momento em que essa revista chegou nas mãos de vocês, imagina o tanto de pessoas que já vai ter baixado o app, provavelmente mais alguns milhões. O Whataspp tem seus prós, afinal a velocidade das mensagens instantâneas, recursos de foto e vídeo e até gravações de voz são unanimidade dentre os seus benefícios, mas já pensou em quanta conversa boba e desnecessária, quanto barulhinho de mensagens de grupo chegando no meio do trabalho atrapalhando a todos e deixando o chefe com a orelha em pé, e o pior, a dependência que criamos em mexer toda hora no celular? Tudo em excesso tem seu lado ruim, e esses são alguns pontos negativos das mensagens instantâneas. Que tal voltar um pouquinho no tempo e mandar um email hoje? E não to falando daquele email da empresa que seu chefe te pediu para enviar a horas. Estou falando de um email para aquela tia que mora na Itália e você não vê há anos, ou para o namorado que está exatamente agora no trabalho e vai ser pego de surpresa com uma cartinha online em pleno século XXI. Viva o correio eletrônico! Júlia Raquel, 8º semestre



Beleza Manual dos cuidados com os pés

Esfoliação

O açúcar é um dos produtos naturais mais eficazes para esfoliar a pele e, combinado com mel irá obter uma mistura perfeita para pés bonitos e macios. Basta misturar duas colheres de sopa de açúcar com mele e aplicar a pasta sobre os pés, massaje bem a solução. Em seguida retire com ajuda de água morna.

Hidratação Antes de deitar, espalhe um creme para os pés, de preferência com glicerina, que são mais poderosos. Depois, cubra-os com papel-filme e vista uma meia quentinha. O truque potencializa o efeito do creme.

Relaxamento Com um creme ou óleo, você mesma pode fazer uma massagem gostosinha. Pegue cada dedo e faça um movimento como se estivesse apertando-os, dê tapinhas nos calcanhares. Que delícia!



Saúde e Bem Estar

Ballet x Muay Thai Você sabia que o ballet pode ser considerado um esporte? E qual seria o esporte mais completo que existe? Muitos estudos apontam a natação. No entanto um trabalho realizado pelo professor fisioterapeuta Tim Watson, da Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido, conclui que o ballet clássico apresenta melhor resultado em sete de dez quesitos de condicionamento físico. Mas e a prática das artes marciais? Muitos fogem do Muay Thai por considerarem essa arte marcial tailandesa agressiva demais, mas os benefícios para o corpo fazem o esforço valer a pena. Nesta matéria fizemos um verdadeiro “ringue” entre dois profissionais de academias de Feira de Santana, Thaíse Peixoto e Alisson Lopes, para nos contar quem vence essa luta.


BALLET Quais os benefícios do ballet como atividade física? São inúmeros os benefícios, dentre os quais aumento do tônus muscular; fortalecimento global da musculatura, especialmente tronco e membros inferiores; desenvolve o senso rítmico; trabalha a coordenação motora, o equilíbrio, controle e consciência corporal; aumento da flexibilidade.

O ballet é associado à música, dança e arte. Pode-se esperar mais do que resultados corporais dessa atividade? Certamente. Uma vez inserido neste contexto, desperta-se o gosto pela dança, aprende-se a apreciar esta arte e outras que lhe são afins. Além disso, desenvolve o convívio em grupo e consigo mesmo. Melhora-se a autoestima, a auto percepção, pois passamos a nos perceber melhor, a perceber o nosso corpo, e ver que somos capazes de realizar com ele coisas que jamais imaginaríamos. Assim, ao mesmo tempo em que o desafiamos sempre, aprendemos também a respeitá-lo.

O ballet ajuda no emagrecimento? Pode auxiliar sim, a depender do nível e ritmo das aulas, da frequência e da intensidade, e também da associação com uma nutrição adequada.

Existe alguma contraindicação ou faixa etária para a prática dessa atividade? Contraindicação apenas se houver restrição médica, por alguma patologia ou condição de saúde específica. E quanto a faixa etária, qualquer indivíduo pode iniciar o ballet clássico, basta ter o desejo. Ressalto apenas que se o desejo é para ser um bailarino(a) de nível profissional, não pode ser muito tarde (digo, no máximo por volta dos 12 anos, por exemplo).

Por que o ballet vem conquistando tantos adeptos? Hoje vemos muitos artistas divulgando fotos e até o surgimento de novas modalidades dentro desse esporte, como por exemplo, o ballet fitness. Por que esse “estouro”? Difícil afirmar com veemência o porquê do “estouro”. Mas eu diria que o mundo contemporâneo permite a diversidade, as multi-possibilidades. Antigamente o ballet era só para uma elite, ou só para quem fez desde criança, ou só para meninas. O mundo mudou... as pessoas mudaram... e vão continuar mudando. A mídia também exerce um poder, quando utiliza o ballet, ou qualquer estilo de dança nos seus programas, telenovelas, comerciais, e acredito que isso desperte as pessoas para acreditar que também podem ser capazes.

Profa. Thaíse Peixoto – Licenciada em Dança, Fisioterapeuta, especialista em Atividade Física Adaptada e Saúde. Instrutora de Pilates e CoreAlign.


MUAY THAI Quais benefícios a prática de artes marciais, principalmente o Muay Thai, podem trazer para uma mulher? As aulas de Muay Thai são muito ativas e exigem que o aluno se movimente muito. Exercitando o seu corpo inteiro, fica mais fácil tonificar músculos, melhorar o condicionamento físico, a força, o equilíbrio e a flexibilidade. As lutas também ajudam na perda de peso. As aulas proporcionam um gasto calórico altíssimo, podendo queimar até 800 calorias por hora.

Quais as diferenças entre o treinamento de uma mulher para um homem? Não há diferença entre homem e mulher, a diferença está no preparo do aluno. Algumas mulheres podem se sentir intimidadas ao praticarem lutas, mas já vi muita mulher colocando homem no chão. (risos)

A procura desse esporte pelo público feminino vem aumentando cada vez mais. A qual motivo você atribui essa procura? A prática do Muay Thai cresceu muito nos últimos anos, como dizem algumas alunas minhas “está na moda fazer muay thay”. Mas não se pode esquecer que a prática desse esporte é fundamental, a arte marcial trabalha não só a parte física, mas a mental também. A arte de aprender uma defesa e ainda aliviar o estresse do dia-a-dia é o maior porta-voz desse esporte.

Qualquer pessoa pode praticar o Muay Thai? Sim. A partir dos 10 anos qualquer pessoa pode praticar o esporte. Uns com mais exigências e outros com menos, tudo depende do condicionamento físico e disciplina. Prof. Alisson Lopes – Formado em Educação Física, adepto a prática de Muay Thai há 10 anos.


Sexo Preliminares: o segredo do sucesso Em uma pesquisa realizada na Faculdade Anísio Teixeira, a Merci constatou que 100% das mulheres, acreditam que investir tempo nas preliminares melhora a qualidade do relacionamento sexual. Não é novidade para ninguém, que a mulher deseja que o exercício da sexualidade, não esteja focado apenas no ato sexual, elas esperam que os homens entendam, que quando elas querem carinho, isso não implica necessariamente em ter que fazer sexo.


Sexo Para o universo feminino, as preliminares são pequenos gestos de carinho que compõe todo envolvimento antes da hora H. Toques pelo corpo, carícias mais ousadas em lugares estratégicos como pernas, virilhas, seios, entre outros, excitam as mulheres, esclarece Daniela Lima, sexóloga, blogueira e estudante de comunicação. Cada indivíduo reage a sua maneira a cada um dos estímulos, mas, em geral, o corpo humano oferece pontos mais suscetíveis a estimulação sexual do que outros. Pensando nisso, entrevistamos cinquenta mulheres para sabermos quais partes do corpo não podem deixar de ser exploradas em uma preliminar, lembrando que, cada mulher podia escolher mais de uma opção.

Resultado da Pesquisa: Nuca: 68%, Vagina: 82%, Joelho: 8%, Pernas: 36%, Boca: 80%, Costas: 32%, Axila: 10%, Pé: 8%, Seios: 86%, Cotovelo: 6%, Umbigo: 28%, Bunda: 46%, Mão: 26%, Nariz: 6%, Barriga: 44%

“O resultado da pesquisa confirma que, para nós mulheres, o carinho, ou seja, as preliminares são muito importantes. Os estímulos são válidos, pois atendem as necessidades femininas e masculinas também. Ouvidos atentos aos sussurros do parceiro (a) para identificar o que agradou mais. E solte a criatividade! Entregue-se ao momento, fazendo tudo aquilo que sentir vontade.” Daniela Lima, sexóloga, blogueira e estudante de comunicação.


Moda

A evolução da moda

Dos anos 60 aos 2000, dentro de uma mesma família, o que mudou e que peça foi hit de cada época. A moda cresceu, e cresceu muito. Anos e anos de conquistas, modelos, cores e tecidos desenvolvidos especialmente para que nós, seremos humanos, nos sentíssemos melhores a cada dia, e que se não no trabalho ou no amor, que fosse na hora de nos olharmos no espelho e nos sentirmos maravilhosamente lindos. Quando se trata do sexo feminino, a quantidade de apetrechos e trecos não está escrita (na galáxia), laço aqui, aperta cá, dobra barra lá, aquele brinco, aquele sapato, aquele corte de vestido, aquela calça nova, o babado da blusa e assim vai... Anos da pura evolução de uma moda que não morre jamais, apenas adormece. Entrevistamos 5 mulheres de uma mesma família, Lima Rocha, que nos contou um pouco sobre essa evolução, cada uma do seu jeito, cada uma da sua época. As perguntas foram as mesmas para todas as cinco, mas é nítida a forma como a moda progrediu e gritante como o desejo de se sentir bem e linda 1) Quais peças você considera que eram moda na sua época? 2) Qual peça que você usa hoje e gostaria de ter usado nos anos X? 3) Você acha que a evolução da moda trouxe mais comodidade e conforto para as mulheres? 4) O que é moda para você? 5) “Moda é a tendência de consumo da atualidade”. Você concorda com essa afirmação?


Anos 60 Ivanise Lima Rocha 1- Na minha época usávamos muitos vestidos rodados, cintura baixa, justo até os joelhos e com babado. Chamávamos de rabo de peixe” 2- Adoraria ter usado calças, principalmente as de tecido” 3- Não. Porque eu não adoto a moda de hoje em dia, não gosto, acho feio. Saias curtas, roupas rasgadas, não faz meu gênero.” 4- Moda é a evolução, todos os dias você faz moda”. 5- Sim. Não faço parte desse ciclo, mas, posso observar que muita gente faz isso.

Anos 70 Nilcélia Lima Rocha 1- Calças pantalona, vestidos rodados acima do joelho e fitas de cabelo. 2- Blusão e blazer de poá. Hoje uso muito, antigamente eram artigos muito caros. 3- Sim. Sem pensar, a resposta é exata. Acho mais variedades e opções, nos anos 70 você não tinha espaço para comprar. Hoje até no meio da feira do interior você acha. 4- Moda pra mim levanta meu humor, meu astral, minha autoestima. 5- Sim. Há tantas variedades e opções que você se empolga. Na maioria das vezes não vamos para comprar, mas “bateu o olho”, já foi.


Anos 80 Ivana Lima Rocha 1- Top e camisão amarrado com calça legging 2- As peças da variação do jeans. Uma boa Levi’s, porque nessa época só se usava a USTOP (marca de jeans) rsrs. 3- Com certeza! É tudo mais despojado, confortável. Um vestido solto, você está arrumada, antes tudo que tinha que ter muito brilho. 4- Além de estilo e influência, é sobretudo bom senso. “Nem tudo que me serve, serve para minha amiga e vice-versa” 5- Também, mas, acima de tudo, moda é tudo aquilo que lhe deixa de bem consigo mesma.

Anos 90 Ivanilde Lima R. 1- Muito jeans. De macacão até calças boyfriend; e camisas quadriculadas também. 2- Sapatilha. Hoje eu uso muito, conforto sempre em primeiro lugar. 3- Com certeza. A moda de hoje quem faz somos nós, não há só uma moda, há vários tipos e cada um escolhe o seu. 4- Moda para mim é conforto. Você se sentir bem com o que você veste. 5- Em certo ponto sim. Há uma grande influência com o que surge todos os dias, logo acabamos consumindo mais.


Anos 2000 Amanda Rocha Lima 1- Uma boa calça de couro e uma cintura marcada. Acho que esse estilo marcou e marca minha época. 2- Não que não houvesse nos anos 2000, mas adoraria ter usado gladiadoras. Hoje eu amo! 3- Tenho certeza. Há evolução da moda trouxe mais “tudo” para as mulheres, inclusive leveza. 4- Moda pra mim é tudo aquilo que pudermos ver bom gosto. Não só roupas, mas decoração, estilo de vida e bom senso sempre. 5- Eu não diria tendência de consumo da atualidade, é claro que ela influência e muito, mas não é só isso. Na minha opinião, a moda é a ditadura do momento, no sentido mais leve da palavra, é claro.


Moda Se tu tens conciência Mês passado celebrou-se o Dia da Consciência Negra, para celebrar a data, convidamos uma amiga super especial para posar paras as nossas lentes. Confere aí o resultado!





Respeite tua pr贸pria natureza. Assuma tua beleza que muitos desejariam ter. Mas se tu tens consci锚ncia, Assuma sua identidade E veja seu valor. Valter Alves da Silva


Modelo: Larissa Mariana Fotos: Vanessa Bittencourt Produção: Amanda Lima e Júlia Raquel Loja: Ousa Brasil Locação: Loja Azteca



Profiss達o:

Jornalista




E tem profissão nova no mercado Já pensou que aquele blog que você escreve desabafos todas as noites pode gerar uma renda mensal? Um salário mesmo? Pois é, tem gente que já está fazendo desse hobby, uma profissão. Ser blogueiro (a) não é tão fácil quanto muita gente imagina, e também exige muita responsabilidade e compromisso, afinal, quando se leva a coisa a sério é preciso atualizações diárias, conteúdos relevantes e muita criatividade pra fazer o leitor sentar diariamente na frente do computador para ler suas postagens. Convidamos três blogueiras para contar um pouquinho dessa trajetória. Cada uma delas está vivendo uma fase desse novo trabalho. Vamos conhecê-las?

Sianny

Nome: Sianny Xisto Blog: ofia.com.br Idade: 23 anos Formação acadêmica: Publicidade e Propaganda Onde mora: Feira de Santana, Bahia. Quanto tempo de blog: 4 anos O que é o blog pra você? Profissão ou hobby? Estou numa fase de transição. Ele começou há quatro anos como um hobby. Só atualizava vez ou outra, até porque achava que ninguém lia mesmo rsrs. Com o passar do tempo, ganhei leitores e cobranças. Comecei a perceber que ele precisava ter novidade sempre e que isso custava um tanto de tempo. Por isso mesmo que hoje sinto a necessidade de profissionalizá-lo ainda mais. Estou trabalhando para isso!


Você ganha dinheiro com ele? Consegue se sustentar ou faz em outra coisa paralelo ao blog? Poderia estar ganhando mais, mas ainda é uma coisa bem esporádica. Um tanto pela cultura da cidade, e também porque não tenho um feeling comercial, sabe? Preciso de uma pessoa pra cuidar dessas coisas pra mim rsrs Como surgiu a ideia desta página? A ideia veio de uma grande amiga, a Misna, que foi minha parceira no blog até o início desse ano. A gente compartilhava muitas coisas na época pelo Orkut rs. Eu tinha acabado de entrar na faculdade de Publicidade e ela na de Design de Moda. Uma gostava muito da área da outra e acabávamos trocando muitas referências. Tanto que esses eram os assuntos do blog no início, publicidade e moda. Com o tempo, passamos a falar só de moda, beleza, decoração, entre outras coisas que a gente gostava. Qual a frequência de postagens? Ainda não é como eu quero, porque infelizmente meu tempo é dividido para outras atividades. Vamos colocar que rolam quatro posts semanais na média. Já tive experiência com colaboradores, mas não deu certo por N fatores. O que te inspira a manter o blog atualizado? O feedback das pessoas é o que me motiva a cada dia buscar coisas novas, me reinventar, não desistir. Sentir que tem gente ali do outro lado acompanhando tudo é muito gratificante! E ser cobrada por atualização é uma vergoinha deliciosa rsrs Existe algo ou até mesmo outra blogueira que você admira e se inspira? Minhas inspirações são divididas por setores, tipo: Thássia Naves é musa, mas sou fã do jeito de ser da Camila Coutinho, do Garotas Estúpidas, e fã do estilo ousado da Recifense, atual moradora do Rio, Carol Burgo do Small Fashion Diary. Ah, o Rio me inspira demais também! Vou conhecer ele no fim desse ano, estou ansiosa! Se pela internet já sou fascinada, imagina?! Tenho a impressão que era pra eu ter nascido lá!kkk Bom, isso só terei certeza depois. Então acompanhem no blog minhas impressões rs #olhaojabá


Diariamente surgem blogs novos na rede. Alguns duram um tempo, alguns fazem sucesso e outros não duram uma semana. O que você acha do “boom” da blogosfera e pra você qual a chave do sucesso, o que faz um blog dar certo? Acho que o que prende qualquer pessoa num blog é o conteúdo e a pessoalidade. Eu me preocupo em ter sempre posts interessantes, coisas que vão agregar no dia-a-dia das pessoas, imagens de qualidade... A maioria das pessoas gostam mesmo é de ver o “look do dia”. Já fui muito cobrada por isso, porque era uma coisa que eu não postava por vergonha de me expor. Mas aí com o tempo eu fui me desprendendo, perdendo a vergonha de aparecer rs. Hoje não é a principal pauta, mas vez ou outra acaba tendo. A pessoalidade, de fato, é o que torna as pessoas fieis. Se os leitores se identificarem com seu jeito de escrever, como seu estilo, com seu jeito de ser, eles vão voltar. Tenho tentado deixar as leitoras mais íntimas da minha vida, do meu dia-a-dia. Por isso acredito que tem espaço pra todo mundo, afinal ninguém é igual a ninguém. Qual a maior conquista que você já teve graças ao blog? Já consegui várias coisas por causa do blog, inclusive empregos! Rs Minha mais recente conquista foi ter sido semi-finalista de um concurso nacional de blogs, o We Love Fashion Blogs, promovido pelas marcas Petite Jolie e Fhits. Não ganhei, mas fiquei imensamente feliz em ter sido pré-selecionada entre mais de 1.100 blogs do país inteiro. O que sua família e amigos acham desse seu trabalho? Você recebe apoio deles? Todo mundo acha super bacana! Minha mãe não entende muito dessa onda de blog, mas fica super orgulhosa quando alguém chega pra ela e comenta que lê e que adora o blog. E o meu namorado é um dos fãs de carteirinha, meu braço direito! Ele me incentiva muito, além de ser meu fotógrafo e filmaker oficial! rs Pra finalizar, onde você pretende chegar com o blog? Não posso contar detalhes (sonho não se conta, como diz minha mãe rs), mas quero sim torná-lo um espaço de referência com conteúdo leve e bacana! PING PONG Blog preferido: Pode dois? Garotas Estúpidas e Small Fashion Diary. Blogueira(o) preferida(o): Camila Coutinho Instagram que vale a pena ser seguido: @oficinadeestilo Qual aplicativo não pode faltar no celular (de foto, de música, o seu the best app): minha última descoberta foi o Super Player. É uma rádio com playlists personalizadas!


Martinha

Nome: Martinha Fonseca Blog: armariodemadame.com.br Idade: 26 anos Formação acadêmica: jornalismo Onde mora: salvador/ba Quanto tempo de blog: 4 anos

1- O que é o blog pra você? Profissão ou hobby? É tudo, o começo e o fim do meu dia. Não paro nem um momento de pensar nele, em novos conteúdos, em novos projetos, em posts que quero fazer, que informações quero compartilhar. É minha profissão, mas é também minha paixão. Agradeço a Deus todos os dias que descobri um trabalho que me dá tanta satisfação 2- Você ganha dinheiro com ele? Consegue se sustentar ou faz em outra coisa paralelo ao blog? Sim, ele é meu trabalho mesmo, full time. É claro que, pelo fato de ainda morar na casa de meu pai, isso ajuda bastante, mas hoje todo o meu sustento vem do meu trabalho com o Armário de Madame. 3- Como surgiu a ideia desta página? Começou de forma despretensiosa, como uma brincadeira mesmo. Quando abri o Armário de Madame o meu objetivo era apenas falar de moda, ter um hobby. Eu sempre tive blogs, mas eram mais como diários virtuais. O Armário de Madame começou nessa linha, só que ao invés de falar apenas do meu dia, eu dava um toque de moda nisso, falava de tendências, de produtos legais, de algum look que tinha usado. Pensar no blog como um negócio, que teriam pessoas acessando e comentando era algo muito distante; mais um sonho mesmo. Eu nunca achei que se tornaria meu trabalho de fato. 4- Qual a frequência de postagens? Comecei fazendo de segunda sexta, mas até o final do ano as postagens no fim de semana acontecerão com mais freqüência também.


5- O que te inspira a manter o blog atualizado? A relação com as leitoras. É incrível, gostoso demais ver que alguém parou o dia para entrar no blog, ler o que tenho para dizer, ver o look que postei e se inspirar. Elas compartilham muito a vida delas comigo também, contam de situações parecidas que já passaram, ou compartilham algo que viveram e que acha que têm a ver com o assunto do post. Sem leitoras, nenhum blog tem sentido. 6- Existe algo ou até mesmo outra blogueira que você admira e se inspira? Eu me inspiro muito no que vejo na rua: na conversa com minhas amigas, numa mulher que passe do meu lado no corredor do shopping e que gosto do look; alem é claro de pesquisar muito sobre o que acontece no mundo, não só em relação a moda diferamente. Observar o que vejo ao meu redor é o que mais inspira na hora de fazer posts. Mas é claro que outras blogueiras também são fonte de inspiração: curto muito Camila Coutinho, pelo lado empreendedor; Thassia Naves pela criatidade que ela tem para compor look; Lia Camargo, Camila Coelho pela relação que elas constroem com as leitoras, Thereza do Fashionismo pelo texto engraçado e sem bem humorado e por aí vai. Olho muitos blogs todos os dias, e cada um deles me cativa por um motivo. 7- Diariamente surgem blogs novos na rede. Alguns duram um tempo, alguns fazem sucesso e outros não duram uma semana. O que você acha do “boom” da blogosfera e pra você qual a chave do sucesso, o que faz um blog dar certo? Eu acho bacana que apareçam novos blogs, eles trazem um novo olhar para o mercado. Por outro lado, acho que compromete a credibilidade da “profissão blogueira” se a todo instante aparece alguém dizendo que é blogueira, mas ao mesmo tempo não atualiza o blog, não investe em um perfil único de trabalho, e sai por aí imitando tudo que já existe, sem se preocupar em fazer próprio, sabe? Isso me deixa um pouco triste, porque batalho muito para meu trabalho ser levado a sério. Ainda existe muito lojista que espera milagre de uma divulgação no blog ou que acha que está te fazendo um favor, e não te contratando para divulgação, assim como contrata qualquer outro tipo de mídia. Isso é bem chato. Por isso acho que amar o que faz é fundamental para um blog dar certo. Alem disso, vale à pena se conhecer, saber onde quer chegar, o que não gosta e assim construir um perfil de trabalho. Tem espaço para novos blogs sempre, desde que cada um seja diferente do outro em algum sentido. 8- Qual a maior conquista que você já teve graças ao blog?


A minha liberdade! Adoro a flexibilidade que o blog me dá, a possibilidade de poder trabalhar em casa, construir meus próprios horários, poder viajar e manter o trabalho em dia, e de correr atrás de trabalhos que no final das contas vão trazer benefícios para mim. Acho que puxei esse lado empreendedor de meu pai, gosto muito de trabalhar para mim mesma. 9- O que sua família e amigos acham desse seu trabalho? Você recebe apoio deles? Eles adoram, se diverte,, me apóiam muito, escutam e opiniam em tudo. Meu pai, minha irmã, meu irmão mais novo (juro!!) meu namorado e algumas amigas mais próximas são tipo “a diretoria do conselho”. Não faço nada sem perguntar a opinião deles, sem ponderar algo que eles me dizem. 10- Pra finalizar, onde você pretende chegar com o blog? Nossa, quero fazer tanta coisa! Eu gosto muito de escrever no blog, e sonho em um dia ele ser referência não só em moda sob a ótica de qual sapato ou bolsa é o queridinho da vez. Quero falar de moda como auto estima também, como uma ferramenta de expressão pessoal, como forma de construir crebilidade no ambiente de trabalho, sabe? Quero continuar com o blog, com o conteúdo de moda, parcerias, editoriais, produtos; mas quero também ir mais fundo, quem sabe fazer palestras sobre isso, mostrar para mais pessoas que mais do que decidir se aquela blusa combina com a saia, moda é auto-estima, é uma forma de construir uma boa relação com o espelho, é bem estar. De todo modo, o bom do blog é que ele acaba se tornando apenas plataforma para outros projetos, sabe? O blog pretendo continuar para sempre, mas espero que ele gere outros frutos, mas quais serão eles só o tempo dirá.

Bate-bola Blog preferido: o meu! Óbvio que sigo outros blogs, muitos! Mas o meu é mesmo o meu queridinho, fico relendo posts antigos, revendo fotos...lambendo a cria! Blogueira(o) preferida(o): muitas! Thassia, Camila Coutinho, Camila coelho, Lia, Thereza, Luiza sobral,e muitos outros. A lista nunca pára de crescer Instagram que vale a pena ser seguido: não é sobre moda, mas ando curtindo muito as fotos do perfil @kat_in n _yc. Fico babando e morrendo de saudades da big Apple! Qual aplicativo não pode faltar no celular (de foto, de música, o seu the best app): eu não sou nenhuma expert em app, sou sempre a útlima a saber do app da vez. Mas uso muito câmera+, instacollege, squaready e mirrorgram.



“ És do norte a princesa altaneira” O verão está na porta. As cores invadiram as roupas, as ruas e claro, o nosso editorial. A Yes Bahia, marca feirense há 37 anos no mercado, apresentou para essa temporada a coleção ”Sob o Sol”, assinada por Aládio Marques, que teve a cultura Inca como referência.

És do norte a princesa altaneira O verão está na porta. As cores invadiram as roupas, as ruas e claro, o nosso editorial. A Yes Bahia, marca feirense há 37 anos no mercado, apresentou para essa temporada a coleção “Sob o Sol”, assinada por Aládio Marques, que teve a cultura Inca como referência.

Produção: Amanda Lima, Junior Mendes, Júlia Raquel e Pedro Nery / Fotos: Pedro Nery


Produção: Amanda Lima, Junior Mendes, Júlia Raquel e Pedro Nery / Fotos: Pedro Nery









Lidy Siqueira Para falar de decoração, convidamos a design de interiores, Lydi Siqueira, autora de vários projetos de casas, escritórios e empresas. Além de babar pelo trabalho dela, admiramos também a sua pessoa, por isso, antes das dicas de décor, vamos conhecer um pouquinho dessa profissional que exerce com muita sintonia todas as suas “profissões”. Mulher, esposa, mãe e designer de interiores. 1) Como foi a escolha da profissão? O que faz um Design de Interiores? Cresci cercada de bom gosto, numa casa repleta de móveis assinados, muranos e muita bossa. Isso foi fundamental para a formação do senso estético apurado que uso durante as 24 horas do meu dia, já que o design, a beleza e a simetria e assimetria (usadas em conjunto) embalam meus passos, e dão ritmo aos meus projetos. 2) Teve alguma influência familiar? Com certeza. Minha mãe é a mulher mais elegante que conheço... Me influenciou diretamente em todos os sentidos... No paladar, no que cresci ouvindo (fiz piano durante muito tempo, e virei amante da bossa nova, jazz, blues e música clássica), na forma de me vestir, no olhar crítico, e claro, foi minha primeira cliente, o que me fez definitivamente me entregar ao sacerdócio de realizar sonhos do morar. 3) Como é o dia a dia do seu trabalho? Como disse anteriormente, nada é estático, tudo é novo, todos os dias... Vivo muitas vidas a todo tempo... Vidas e sonhos!! E meu trabalho, tem a doce tarefa de realizá-los...


4) Você é casada e tem filhos. Como é a rotina de ser mulher, esposa, mãe e profissional? Sou casada há 13 anos e tenho um casal. 8 e 5 respectivamente... A rotina é deliciosamente maravilhosa. Essa coisa de ser muitas em uma só, é que traz alegria e charme a minha vida. 6) E em relação a si própria? Como administra seu tempo? Você é vaidosa, vai ao salão toda semana? Conta um pouquinho sobre esse lado. Todos os dias tenho que ir à academia. Sagrado! Não (apenas) por estética, mas para me dar o gás que preciso para cumprir as multifunções que Deus me concedeu. Apesar de ser extremamente vaidosa, não sou escrava de salão, vou porque tenho que ir. Mas você nunca vai me ver por lá num dia de sábado ou durante horas numa lista de espera. Sou rápida, prática e absurdamente “cri-cri” com o tempo. Com a pele, uso um sabonete específico e Botox... Não vivo sem. (Nunca mais!) kkkkk Lydi essa sua rotina nos deixou exausta, mas também admiradas com sua disposição! E agora vamos falar de decoração? Para a design, o cinza, é o novo branco, e portas deixaram de ser cabreiras. O negócio é investir na entrada da casa com portas coloridas para receber as visitas com alto astral. Nome: LYDI SIQUEIRA Idade: 32 anos Cidade: Salvador | Feira de Santana


Sendo uma revista feminina, o perfil da Merci deveria ser ocup ado por uma mulher. Mas, encontramos um homem que fala para nós, ou pelo menos para a nossa maioria. Conheçam Não é fácil alçar voo solo quando se trata do universo da internet, pouco menos quando falamos de linhas diretas, como as redes sociais. Você pode ser julgado, interpretado da maneira errada, podem copiar sua imagem e fazerem montagens de mal gosto, ou até quem sabe, fingirem que você nem existe. Quem se expõe na internet está sujeito a tudo, principalmente a virar o escritor queridinho Delas. Matheus Rocha Santos, 23 anos, estudante de jornalismo, mas conhecido como Math. Autor do blog Neologismo, dono de uma escrita de tirar o fôlego e digno do carinho de muitos, muitos leitores, para ser mais exata, 132 mil. Procurando entender o que cerca um estudante que do dia pra noite vira fenômeno, a Merci correu atrás e perguntou o que todo mundo quer saber, então, FalaMath.

O Escritor Delas.

Você ainda é um estudante de jornalismo. Como é saber que seu trabalho se tornou tão reconhecido a ponto de artistas compartilharem suas escritas? É um tanto quanto assustador. Não é algo que eu faça com esse objetivo. Na verdade, escrever, para mim, é algo extremamente subjetivo. Como a maioria dos meus textos são crônicas do cotidiano, essencialmente sentimentos, perceber que as pessoas se identificam é muito gratificante. Imagine, escrever algo que seu coração pede e ainda receber elogios, destaque por isso?! É engrandecedor. Todo escritor tem sua fonte de inspiração. O que ou quem te inspira? A vida. Acho que ela é a minha principal fonte de inspiração. Dentro dessas quatro letras é possível encontrar o mundo. Dentro de uma “vida”, cabe o amor, a felicidade, a tristeza, a melancolia, a paixão, o rancor, o ódio, a vontade, o desejo. Então, não tem inspiração maior ou mais forte que essa, uma vez que ela pode resumir tudo. Ah, ainda cabe a música. Meu vício na hora de escrever. Algo que eleva ainda mais a minha inspiração.


Qual ponto de ser um escritor mais te agrada? A licença poética. De toda a gama de possibilidades, a que mais me encanta é a possibilidade de “errar” dentro de uma liberdade “sem erros”. Quando escrevemos, as pessoas, simplesmente, nos dão essa carta de crédito. Só para exemplificar, segundo a gramática, separar o sujeito com vírgula, é crime. Mas, quando você adquire uma forma de escrita que faz sentido separá-lo, os leitores passam a respeitar isso. Eles ainda chamam de “estilo”. Não tem coisa mais libertadora do que escrever sem ser julgado. Seu público é 81% feminino. Como Matheus (escritor) se sente ao ser referência para esse público? Sinto-me lisonjeado. As mulheres são essencialmente sentimentais. A carga emocional que elas dão a vida é encantadora. Choram em filmes da sessão da tarde, em finais de novelas, se emocionam com músicas, rosas e pedidos de namoro. São alucinadas pelo casamento. Claro, esses são alguns clichês que, às vezes, nem fazem tanto sentido, mas me ajudam a dimensionar o quão importante é essa “emoção” para as mulheres. Nós escritores, transformamos sentimentos, em palavras. As mulheres transformam as palavras, em sentimentos, só lendo. Ou seja, não é que os homens sejam insensíveis e não consigam captar as lágrimas e sorrisos por detrás de cada linha, mas as mulheres o fazem com destreza. Sou fã da alma feminina e da sua complexidade sentimental. Nada é como é. Tudo é maior, mais forte, mais intenso, mais bonito, ou feio. Mas nunca é apenas 8. É sempre 80! O que você acha que estimula as mulheres a lerem e se encantarem com o seu trabalho? O amor. É que ele insiste em morar nas minhas linhas. E as mulheres são essencialmente apaixonadas. Elas amam tudo. As famílias, as almas gêmeas, as roupas, o glamour, as festas, elas amam a vida. Tudo, para as mulheres, é amor. Talvez por isso, até sofram demais. Mas, sofrer é um amor invertido. É quando o sentimento que devia só abraçar, esmaga, enforca, aperta. Acho que elas se identificam com meu trabalho por isso. Eu escrevo o que sinto. Elas sentem demais. Com 27 mil seguidores no twitter, 14 mil seguidores no instagram, além de 132 mil curtidas em sua página, a quê você atribui o seu sucesso nas redes sociais? E, na sua opinião, de que maneira elas podem alavancar a carreira de alguém? Atribuo esse “sucesso” a força dos sentimentos. A gente vive hoje num mundo globalizado, mas, ao mesmo tempo, isso tem afastado as pessoas. Hoje a gente se reúne para uma foto, mas, dificilmente nos reunimos para discutir os problemas que os amigos estão passando. O Neologismo é justamente uma tentativa de falar o que o coração sente. Um resgate ao sentimentalismo. Vivemos tempos áureos na literatura. A poesia já dominou o mundo. Hoje, as hashtags são as maiores forças de expressão. Devo a cada seguidor que eu possuo um abraço. Porque eles me seguem em busca disso. Palavras que abracem suas almas.


E falando de carreira, quando se estuda Jornalismo, busca-se um destaque para as palavras. Busca-se uma certa visibilidade para a comunicação. Nós, jornalistas natos, somos falastrões. Quando ganhamos espaço para falar, é maravilhoso. E sendo honesto, como escritor, o meu objetivo é viver disso. Sonhar que uma editora me procure e peça para publicar um livro meu. Com esse destaque eu fico cada vez mais próximo de realizar o meu sonho. Aquela história de “minha hora vai chegar”. Aproveitando o veículo de comunicação. Qual recado você gostaria de deixar para seus leitores? Quero em primeiro lugar agradecer o convite e a possibilidade de estar presente em mais esse momento tão importante nas vidas de Amanda e Júlia. Num segundo momento, agradeço a todos os leitores do Neologismo por me permitirem falar. Por me darem esse espaço de dizer em palavras o que eu guardo aqui dentro do coração. Agradeço a Deus todos os dias por essa possibilidade: Escrever. Todos nascemos com dons. Alguns cantam, outros dançam, alguns são excelentes médicos, outros engenheiros, alguns jornalistas, mas eu, Matheus Rocha, sou escritor. Eu digo sentimentos através de palavras. Aceito de bom grado essa missão que me foi instituída no momento em que cheguei a esse mundo. Enfim, o neologismo que eu uso, é: Obrigado. E através dele, um novo sentido para a palavra gratidão.


Entardeceres Já pensou em conhecer a sua cidade pelas molduras do pôr-do-sol? Fizemos um recorte do capítulo “Entardeceres”, assinado pela jornalista Beatriz Ferreira, no livro Narrativas de Todos os Santos, e destacamos a descrição do entardecer em três lugares em Feira de Santana-Ba. Depois de ler essa narrativa de imagens tão reais e personagem fictícia, vamos ter certeza de onde te encontrar às 17h59. Ah, vale a pena seguir Beatriz no instagram. Olha os cliques de diversos pôrdo-sol que printamos na rede da moça... Segunda-feira Na avenida Getúlio Vargas (Olímpio Vital) – 17:39h O mesmo cenário todos os dias. Nada muda por aqui, afirma Catarina. E a menina de 24 anos que nasceu e cresceu na cidade Princesa torna-se nostálgica. Não, não é a primeira vez ela está ali sentada observando aquele entardecer. Anos antes, não se sabe ao certo quantos, estava naquela mesma calçada vestida em roupa de festa, pronta para receber um prêmio quando o carro simplesmente quebrou. Sim, estava acompanhada. Uma paixão dessas de adolescente nada convencional que sempre gera uma cumplicidade sem igual. Sentaram então na calçada. Os olhos de Catarina, com certeza, levantaram-se de forma peculiar, exatamente como agora, inúmeras vezes. Sentia raiva. E foi assim, vestido de gala, ao lado de uma paixão inconsequente, mas apropriadamente de terno, que nossa Catarina descobriu o entardecer que naquele mesmo momento elegeu como o mais belo de Feira, e talvez, da sua vida. Embora essa última dedução diga respeito àquele, e só. Que prêmio.


Terça-feira Avenida Senhor dos Passos – 17:43h Enquanto o sol dá um show ao pigmentar o céu no alto da Getúlio Vargas, Feira entardece também na avenida Senhor dos Passos; a mais agitada da cidade. O comércio ali pulsa como um órgão vital, e a relação de quem transita pela rua vai além da compra e venda. Se tivéssemos oportunidade de olhar do alto seria sim, a Senhor dos Passos, uma grande feira-livre, assim como no inicio. Afinal, a cidade nasceu de uma feira, mas essa história fica para depois. A diversidade de cores corre a avenida em carrinhos-de-mão pilotados por meninos (porque aqui é assim; as meninas e os meninos quando querem se referir a determinado grupo de pessoas do mesmo sexo, uma objetivação generalizada, que para eles funciona). São abacaxis, pinhas, caquis, uvas, frutas do conde, e outras com nomes tão estranhos que nem o próprio Lucas da Feira se ousaria a repetir. Catarina não costuma ir ao centro da cidade, passa assim de carro. Vidro fechado, ar condicionado ligado, Ipod conectado ao som. Vez ou outra abaixa as janelas para sentir o clima lá de fora. Cada um tem a sua vida, um com mais pressa que o outro, todos agitados e fechados em seus problemas. Seria essa uma boa justificativa? Para e olha para o lado quando a luz vermelha do semáforo acende diante dela, só então percebe a cidade. O vermelho que tinge o alto torna-se ainda mais vivo quando inicia-se o espetáculo das labaredas de fogo, manuseadas por um artista solitário de circo; ele tem cerca de um minuto para apresentar seu número e recolher o dinheiro que garantirá o jantar. O vai e vem das pessoas na faixa de pedestre torna-se mais lento, todos parecem parar para observar as labaredas voando e pousando nas mãos do rapaz vestido com roupas descombinadas. Listras e bolinhas. Azul, verde, preto e vermelho. Chapéu de mágico, nariz de palhaço. Magro, cabelo rastafari. Um hippie, um hippie de circo. Á esquerda de Catarina a igreja, também Senhor dos Passos, continua a receber os fieis. Eles entram, ajoelham-se, permanecem ali alguns minutos e saem em seguida com os mesmos passos largos que haviam deixado no primeiro degrau ao entrar na igreja de concreto.


Domingo Cabrita – 17:47h A rua parece ser a última do bairro, à esquerda poucos casebres, alguns barracos, muitos quintais e galinhas soltas passeando, elas correm desajeitadas abrindo caminho para o carro. À direita, a cerca de estacas finas e arame farpado isola o penhasco. Conseguimos chegar na hora certa, o sol começou a se pôr. O lugar é pobre, não há como negar. Pobre e vazio, se não fosse pelas galinhas seria como um bairro fantasma. O triste lugarejo veste-se de alaranjado. Do fim da rua, no alto de um barranco, a imagem da Feira envolta em um círculo de fumaça desaparece aos poucos na penumbra. Os poucos prédios denunciam que se trata de uma cidade horizontal e as pequenas construções amontoadas ordenadamente parecem compor uma tela pintada a óleo, com cores quentes. Assim, de longe, esquece-se a agitação comum a segunda maior cidade da Bahia, a sensação que não existe vida que resista ao encanto do entardecer torna-se quase real e a cidade, lá em baixo, para pra observar o cair da noite. Mas, não dá para ignorar as quase 600 mil pessoas indo e vindo em meio ao fluxo permanente da vida. Soma-se ao indeterminado número de habitantes os passantes, mais alguns mil espalhadas por toda ela, já que aqui abriga-se o maior entroncamento rodoviário do Norte-Nordeste. As luzes amarelas e brancas já estão acessas e unem-se as lâmpadas dos faróis dos carros que correm como vaga-lumes. A cidade brilha. Anoiteceu


A experiência de fazer umviajar cruzeiro Viajar é um hobby para a maioria das pessoas, mas fazê-lo, implica numa série de fatores. Na sociedade em que vivemos, tempo é um grande empecilho. Uma viagem legal exige alguns dias para que se possa explorar o roteiro, relaxar, curtir os lugares. Se libertar da rotina e dos compromissos que prendem o indivíduo não é algo tão fácil de fazer se não houver um planejamento ou férias à vista. O fator financeiro é outro obstáculo, por isso, muitas empresas de turismo, a fim de ganhar clientes de todos os nichos do mercado, vêm promovendo viagens com a possibilidade de parcelamento da forma mais facilitada possível. Eu sempre achei viagens de cruzeiro, a coisa mais glamurosa do mundo, e por isso, longe da minha realidade. Até que um dia recebi um e-mail de uma empresa que oferecia uma viagem com um roteiro incrível, all inclusive e em dez vezes no cartão! Pirei! Comprei com onze meses de antecedência e tratei logo de programar as minhas férias para a mesma data. Viagem comprada, férias programadas, eis que surge um problema: Fiquei grávida! Não que isso fosse um problema para mim, pelo contrário... Amei a notícia! Mas era um problemão para o embarque, por que existe uma lei federal que afirma que gestantes só podem embarcar em navios até a 21ª semana, e adivinha? Na data do embarque eu estava com exatamente essa idade gestacional, quase que onze meses de espera iam literalmente por água abaixo. Mas embarcamos. Parecia um sonho, eu, meu esposo e meu baby (na barriga) dentro daquele imenso transatlântico! O primeiro lugar que eu quis ir foi a polpa do navio olhar aquela imensidão azul.. Mas lembrei de Jack e Rose no Titanic e logo mudei de lugar... vai que...


Enfim, eram quatorze andares, nossa cabine super confortável, um deck lindo com duas piscinas enormes, garçons para todo lado oferecendo todos os tipos de bebidas inimagináveis, banheiras de hidromassagens a céu aberto, animadores promovendo dinâmicas e coreografias para que os passageiros não ficassem parados. Em cada andar um restaurante funcionava a la carte ou self service. A tripulação, muito simpática e solícita, era composta por várias nacionalidades. À noite, quando o navio estava em águas internacionais funcionava o cassino, onde todos apostam a sorte, jogando ao menos uma partidinha do enorme número de jogos oferecidos. Todas as noites haviam espetáculos na Broadway, espaço reservado para shows, um teatro em que artistas muito talentosos apresentavam musicais lindíssimos, dignos da Broadway nova-iorquina, e logo depois do show, todos os gostos musicais eram atendidos, pois havia em diferentes espaços para ouvir e dançar, músicas como bolero, MPB, sertanejo e eletrônica na discoteca que só acabava quando o sol nascia. No deck aconteciam festas temáticas. No roteiro, ao comprar a viagem, vários tipos de roupas eram indicadas para os diversos temas de festa, como tropical, festa white, festa black, anos 60 e festa de gala. Tudo estava perfeito até o navio atracar na sua primeira parada: Armação de Búzios-RJ, lá é uma ilha, portanto não há porto, enfrentamos uma fila imensa para sair do navio para uma escuna que balançava muito, a gravidez me fazia enjoar mais do que qualquer passageiro, era uma distância grande até o cais, a maré estava alta e o mar agitado. Foram os 20 minutos mais longos da minha vida! Para desembarcar, outra fila, me faltavam as pernas e o fôlego, mas depois de uma água de côco e do visual deslumbrante, tudo valeu a pena, até pensar na volta, que seria tão angustiante quanto a ida, mas relaxei e aproveitei aquele lugar único: Passeei de bugre, mergulhei com as tartarugas na água mais cristalina já vista por mim. Foi um dia maravilhoso apesar do trágico desembarque... O embarque ao navio foi como previsto, mas àquela altura, nada mais importava.


Mais um dia em alto mar até aportarmos em Santos-SP. Dessa vez não desembarcamos, aproveitei a piscina vazia e curti o dia de sol como se o navio fosse todo meu! No dia seguinte eu estava ficando mais velha... em alto mar! E amanheci o meu dia na cidade maravilhosa. O Rio de Janeiro merece todos os predicados que recebe dos poetas! A cidade é toda linda, até as favelas compõem a cena. As escadinhas pintadas, ruas limpas, praia para todo lado, um calorão que é abrandado pela brisa do mar. Chegar ao Cristo Redentor dá muito trabalho, mas a gente se sente (sem trocadilho) bem perto de Deus. Ninguém queria voltar ao navio, mas era o jeito... Quando o atracasse de novo estaríamos de volta para casa, então a pedida era aproveitar cada andar daquele navio, até à biblioteca nós fomos! Aproveitamos para fazer umas compras (os precinhos eram ótimos!!) e a nossa carruagem virou abóbora... Depois de sete dias em alto mar, desembarcamos em Salvador com o coração pedindo um novo embarque, mas agradecidos por ter feito um passeio lindo, romântico com poucas desventuras e um final feliz! Espero embarcar de novo em breve! Dandara Céo Barreto, estudante


Amigos da Merci

Augusto Lima Beatriz Ferreira Carol Oliveira Dandara CĂŠo Eveline Cordeiro JoĂŁo Carlos de Oliveira Junior Mendes Larissa Mariana Lucas Bulos Pedro Nery Thaynara Oliveira Vanessa Bittencourt




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