1 minute read
O SÃO PEDRO DE PARDILHÓ DA INFÂNCIA DE EGAS MONIZ, NO FINAL DO SÉCULO XIX
Tinham-mefeitoemPardilhójuizdafestadeS.Pedro,oquemeenvaideceu; mas os trabalhos foram para meu pai que sabia tratar dessas coisas no campo profano e religioso. Lembro-me que o meu tio Abade recebeu a família e alguns amigos na sua casa, recentemente melhorada, no dia 28 de Junho. Houve fogo preso, desafio entre duas músicas de nomeada e também estrondoso fogo do ar. Fez-se um palanqueparaosconvidados,eeusentia-mefelizcommeuirmãoMiguel,na noitadadoarraialquedurouatétardesemqueosononosvisitasse. No dia seguinte, sumptuosa festa de Igreja com música, cantoria e sermão a que se seguiu a procissão até à Senhora dos Remédios Sei queiaimponente,deopavermelhaebastãodeprataquemecompetia como juiz do orago da terra. Meu irmão seguia-me de perto, tambémcomopaigual,massemoemblemadomandoqueafinalnãopassava de uma adorável ficção. Lembro-me hoje de muitas particularidades que não merecem relato, da véspera e do dia do padroeiro. Era a melhor noite de Verão! Muitos anos depois, na véspera de S. Pedro, tive a boa sorte de alcançar a primeira angiografia cerebral no homem. Decididamente o dia 28 de Junho deu-me satisfações pela vidafora!
Advertisement