O Cavaleiro da Dinamarca Uma abordagem da obra de Sophia de Mello Breyner Andresen segundo a metodologia cĂrculos de leitura
Prefácio Sophia de Mello Breyner Andresen nasceu a 6 de novembro de 1919 no Porto. Filha de Maria Amélia de Mello Breyner e de João Henrique Andresen, tem origem dinamarquesa pelo lado paterno. O seu avô, Jan Andresen, desembarcou um dia no Porto e nunca mais abandonou esta região, tendo o seu filho João Henrique, em 1895, comprado a Quinta do Campo Alegre, hoje Jardim Botânico do Porto. A mãe, Maria Amélia de Mello Breyner, é filha de Tomás de Mello Breyner, conde de Mafra, médico e amigo do rei D. Carlos. Maria Amélia é também neta de Henrique Burnay, de uma família belga radicada em Portugal.
Prefácio Criada na velha aristocracia portuguesa, educada nos valores tradicionais da moral cristã, foi dirigente de movimentos universitários católicos quando frequentava Filologia Clássica na Universidade de Lisboa (1936-1939) que não chegou a concluir. Colaborou na revista Cadernos de Poesia, onde fez amizades com autores influentes e reconhecidos como Ruy Cinatti e Jorge de Sena. Veio a tornar-se uma das figuras mais representativas de uma atitude política liberal, apoiando o movimento monárquico e denunciando o regime salazarista e os seus seguidores. Teve intervenção ativa no movimento dos Católicos Progressistas.
Ruy Cinatti
Jorge de Sena
Prefácio Da sua infância e juventude, recorda a importância das casas, lembrança que terá grande impacto na sua obra, ao descrever as casas e os objetos dentro delas. Explica isso do seguinte modo. “Tenho muita memória visual e lembro-me sempre das casas, quarto por quarto, móvel por móvel (…). Eu tento representar, quer dizer, voltar a tornar presentes as coisas de que gostei e é isso o que se passa com as casas: quero que a memória delas não vá à deriva, não se perca.”
Prefácio Obra Poética Poesia (1944, Cadernos de Poesia, nº 1, Coimbra; 3.ª ed. 1975) O Dia do Mar (1947, Lisboa, Edições Ática; 3.ª ed. 1974) Coral (1950, Porto, Livraria Simões Lopes; 2.ª ed., Lisboa, Portugália, 1968) No Tempo Dividido (1954, Lisboa, Guimarães Editores) Mar Novo (1958, Lisboa, Guimarães Editores) Livro Sexto (1962, Lisboa, Livraria Morais Editora; 7.ª ed. 1991) O Cristo Cigano (1961, Lisboa, Minotauro, ilustrado por Júlio Pomar) Geografia (1967, Lisboa, Ática) Grades (1970) 11 Poemas (1971) Dual (1972, Coimbra Moraes Editores; 3.ª ed., Lisboa, Salamandra, 1986) Antologia (1975) O Nome das Coisas (1977, Lisboa, Moraes Editores) Navegações (1983)
Prefácio Temas da Obra de Sophia de Mello Breyner Andresen - Buscas de: Justiça, Harmonia e exigência do Moral. - Tomada de consciência do tempo em que vivemos. - A Natureza e o Mar, espaços referenciais do ser humano. - A Casa. - O Amor. - Vida e Morte. - Memória da Infância. - Valores da Antiguidade Clássica, naturalismo helénico. - Idealismo e individualismo ao nível psicológico. - O Poeta como Pastor do Absoluto. - O Humanismo Cristão. - Crença em valores messiânicos e sebastianistas. - Separação.
O Mágico das Palavras
Campos semânticos (Natal, Floresta, Viagens Marítimas)
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Dinamarca
Palestina
O Cavaleiro da Dinamarca demorou na sua viagem dois anos.
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De regresso da Palestina, o Cavaleiro visitou os seguintes locais...
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Ravena
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Veneza
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Ferrara
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Bolonha
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Florenรงa
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GĂŠnova
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Bruges
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AntuĂŠrpia
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Dinamarca
Senhor das Histórias Vanina e Guidobaldo
Vanina era uma menina muito bela, orfã de pai e mãe. Quando ela ainda era criança, o seu tutor queria que ela se casasse com o seu parente chamado Arrigo, que era um homem muito velho, feio e muito maçador. Vanina foi presa, em casa, por Orso. Ela abria a janela do seu quarto e penteava os seus cabelos loiros e cheirosos. A brisa levava o seu aroma para cantos e recantos.
Senhor das Histórias Mas um dia, um homem chamado Guidobaldo, que era capitão de um navio, seguiu o cheiro dos seus cabelos perfumados e brilhantes. Chegou à janela onde Vanina se penteava todos os dias. Vanina, quando o viu, ficou estupefacta e mandou-lhe o seu pente de marfim. Ele, como ela não podia ficar sem pente, ofereceu-lhe um pente de ouro, que não brilhava tanto como os cabelos de Vanina.
Senhor das Histórias Eles começaram a namorar às escondidas, mas, entretanto, Veneza ficou a saber. Segundo o seu tio, mais ninguém poderia casar-se com Vanina, a não ser Arrigo. O velho disse a Guidobaldo para sair de Veneza. Se não saísse no dia seguinte, iria mandar sete homens com sete punhais para o matar. Nessa mesma noite, Vanina fugiu com Guidobaldo e, no outro dia, o padre da igreja dos marinheiros casou-os. Após a partida destes procuraram-nos, mas não os encontraram. A partir daí viveram felizes para sempre.
Senhor das Histórias Giotto e Cimabué
Cimabué foi o primeiro pintor de Itália, e uma vez, nas suas viagens, encontrou uma pintura numa pedra. Era tão bela, e bem feita que o surpreendeu. Uma vez tão bela, tinha de descobrir quem a tinha pintado. Decidiu atar um cavalo a uma árvore, e procurar o pintor. Percorreu quase meia hora, na floresta, até que encontrou um pastor com o seu rebanho. Enquanto elas pastavam, ele pintava nas pedras.
Senhor das Histórias Cimabué perguntou-lhe onde tinha aprendido a pintar assim, ao que ele respondeu, que tinha aprendido sozinho. Espantado, Cimabué convidou Giotto para ir a Florença, e ele aceitou. E assim Cimabué fez de Giotto seu discípulo e ensinou-lhe todos os seus truques. E assim ele tornou-se o pintor mais célebre de Itália .
Senhor das Histórias Dante e Beatriz
Dante, era um grande poeta italiano, que conheceu Beatriz, uma mulher bela, a mais bela de Florença. Quando a conheceu, ficou muito apaixonado e amou-a muito. Mas, esta morreu ainda na sua juventude. Para Dante, este foi o seu maior desgosto e para esquecer a sua mágoa meteu-se em grandes aventuras, até se perder numa floresta e lhe aparecer Virgílio, poeta romano, morto há já mais de 1000 anos, dizendo que o guiaria até onde Beatriz o esperava.
Senhor das Histórias Dante e Virgílio partiram e passaram pelo Inferno, onde as pessoas pagavam pelos seus erros, prosseguiram até ao Purgatório, onde as pessoas após pagar pelos seus erros, faziam preces para ir para o Paraíso, onde Beatriz o esperava. Passaram ambos pela glória e felicidade, até que Beatriz disse a Dante para voltar à terra e escrever num livro tudo o que vira. Surge assim, a famosa obra de Dante intitulada A Divina Comédia.
Senhor das Histórias
Pêro Dias e o Africano
Pêro Dias era um bravo e destemido navegador Português. Numa expedição, quando alcançou terra, viu os nativos a esconderem-se atrás da vegetação. Pediu a todos que se afastassem e o deixassem sozinho. Quando os nativos viram que estava sozinho, aproximaram-se Pêro Dias e os africanos tentaram conversar, mas devido a falhas de comunicação, acabaram os dois por morrer. Quando os marinheiros viram o sangue de ambos, constataram que era igual, percebendo que por diferentes que sejamos por fora, assemelhamo-nos no interior.
Um trabalho elaborado sob orientação
da Docente RUTE ESTEVES, com os alunos Mariana ALMEIDA, Ana BOLETO, Guilherme, FALÉ, Sofia GOMES, Carolina GRILO, Teresa LARANJINHO, Renato MESSIAS, Mariana MOURA, Pedro, NUNES, Joana PARREIRA, Paulo PASSAREIRO, Alex PEPOLINO, Tiago QUADRADO e colaboração da Biblioteca Escolar Doutor Hernâni Cidade